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Curso de Administração Pública (TJ-RO) Técnico Judiciário (Pacote) 
Aula 00 – Modelos de Gestão Pública 
Prof. Vinicius Ribeiro 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 1 
 
 
 
Olá pessoal, como vão as coisas? Estudando muito? Espero que sim, desde que 
sejam estudos planejados, otimizados, organizados, concentrados e com 
material de qualidade. 
Meu nome é Vinicius Ribeiro, sou um uberlandense que vive há mais de 7 
anos em Brasília. Gosto muito dessa cidade. Apesar disso, preserrrrvo meu 
sotaque mineiro que come quieto um pão de queijin, sempre com café (humm, 
maravilha!!!). 
Vamos a um breve resumo do meu currículo: 
• Graduado em Administração na Universidade Federal de Uberlândia – 
UFU; 
• MBA em Comércio Exterior e Negócios Internacionais na Fundação 
Getúlio Vargas – FGV; 
• Atualmente, sou Analista Legislativo da Câmara dos Deputados, 
onde trabalho com as nossas Leis Orçamentárias; 
• Fui classificado no concurso para Consultor de Orçamentos da 
Câmara dos Deputados, certame realizado em 2014; 
• Ex-Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério do 
Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG, onde atuava na Secretaria 
de Planejamento e Investimentos Estratégicos - SPI; 
• Ex-Analista Judiciário (Área Administrativa) do Supremo Tribunal 
Federal, onde atuava na Secretaria de Controle Interno (oriundo do 
concurso do STJ); 
• Ex-Analista Judiciário (Área Administrativa) do Conselho Nacional 
de Justiça, onde atuava na Seção de Gestão de Contratos (oriundo do 
concurso do STF); 
• Ex-Servidor do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, 
onde atuava na Coordenação de Tomada de Contas Especial; 
Aula Demo 
Curso de Administração Pública (TJ-RO) Técnico Judiciário (Pacote) 
Aula 00 – Modelos de Gestão Pública 
Prof. Vinicius Ribeiro 
 
 
 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 2 
• Classificado no concurso de Analista Legislativo (Administração) do 
Senado Federal em 2012; 
• Venho lecionando administração no Ponto dos Concursos nos últimos 
quatro anos e meio; 
• Possuo um livro publicado pela Editora Método, sob coordenação do 
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, intitulado “Administração para 
Concursos”. 
Os professores adoram colocar frases motivacionais nos seus cursos. Eu tenho 
uma particularidade: gosto de colocar algumas brincadeiras para quebrar o 
gelo. Permitam-me. 
 
 
 
Brincadeiras à parte, hoje começo um curso de Noções de Administração de 
Recursos Humanos e Gestão Pública (Parte dos Conhecimentos 
Específicos para o cargo de Técnico Judiciário) para o concurso do 
Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia – TJ-RO. 
Inicialmente, vejam a programação do curso e o sumário desta aula para 
prosseguirmos. 
Fala papito, vamos 
pra night!!! Esse 
lance de estudar 
para concurso é uma 
perda de tempo!!! 
Sabe de nada, 
Inocente!!! 
Curso de Administração Pública (TJ-RO) Técnico Judiciário (Pacote) 
Aula 00 – Modelos de Gestão Pública 
Prof. Vinicius Ribeiro 
 
 
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Aula Conteúdo Programático 
00 
Modelos de gestão pública: patrimonialista, burocrático (Weber) e 
gerencial. 
01 
Gestão de processos de mudança organizacional: conceito de mudança. 
Mudança e inovação organizacional. Análise dos ambientes interno e 
externo; estratégias para obter sustentação ao processo de mudança. 
Missão, visão de futuro, valores. 
02 
Indicadores de desempenho. Conceitos de eficácia e efetividade aplicados 
à Administração Pública: avaliação e mensuração do desempenho 
governamental. 
03 
Orçamento público – Princípios orçamentários; diretrizes orçamentárias; 
processo orçamentário; 
04 
Receita pública: categorias, fontes, estágios; dívida ativa; despesa 
pública: categorias, estágios; suprimento de fundos; restos a pagar; 
despesas de exercícios anteriores. 
05 
Noções de licitação pública: fases, modalidades, dispensa e 
inexigibilidade. 
06 
Modelos de gestão de pessoas – evolução dos modelos de gestão de 
pessoas. Gestão estratégica de pessoas. Possibilidades e limites da 
gestão de pessoas no setor público. 
 
 
Sumário 
Detalhe Sobre o Curso/Edital ..................................................... 04 
Evolução da Administração Pública ............................................ 06 
Questões ......................................................................................... 28 
Bibliografia ...................................................................................... 42 
Exercícios Trabalhados ............................................................... 42 
Gabarito ......................................................................................... 51 
Curso de Administração Pública (TJ-RO) Técnico Judiciário (Pacote) 
Aula 00 – Modelos de Gestão Pública 
Prof. Vinicius Ribeiro 
 
 
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E como será o curso, Professor? 
O foco deste curso, ministrado em 6 aulas (além desta aula demo), é capacitá-
los para resolver a prova de Administração Pública para o cargo de Técnico 
Judiciário para o concurso do TJ-RO. 
Meu objetivo aqui é fazer com que vocês acertem as questões desta disciplina 
e que isso contribua para a aprovação no concurso. 
Esse curso de teoria e exercícios comentados possui foco na nossa banca: FGV. 
Vale lembrar que a prova está prevista para 20/9/15. Tempo de sobra para 
estudar!!!! E qual é a remuneração e a quantidade de vagas, professor? 
o Remuneração: pode chegar a R$ 4.442,48. Nada mal, não 
é??? 
o Vagas e Redações Corrigidas: 110 vagas, sendo 1995 
redações corrigidas!!!!!!!! 
Estudar de forma correta é fundamental. O candidato precisa ser organizado, 
traçar metas realistas e cumpri-las. Depois é só fazer a prova e esperar a sua 
medalha, que na verdade é um belo crachá!!!! 
 
 
Muitos alunos me questionam sobre a necessidade de leituras complementares. 
A minha resposta: depende do nível e da disponibilidade de cada um. O edital 
será todo abordado em nossas aulas. De qualquer forma, ao final da aula, está 
Curso de Administração Pública (TJ-RO) Técnico Judiciário (Pacote) 
Aula 00 – Modelos de Gestão Pública 
Prof. Vinicius Ribeiro 
 
 
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citada a bibliografia básica. 
Aprofundando ou não em livros, é fundamental que o aluno diversifique seus 
estudos com as outras matérias do certame. É essencial que o candidato não 
deixe de lado aquela matéria que ele possui um conhecimento prévio, mas não 
necessário para gabaritar. 
Opte por estudar três matérias (português, administração, matemática) 
diferentes por dia. No próximo dia, escolha outras três e assim vai. Em um 
intervalo de 3 ou 4 dias, você viu um pouco de todas as matérias do edital, 
deixando sempre a cabeça fresquinha com os mais variados conhecimentos. 
Vamos conversar ao longo do curso no fórum sobre a sua preparação. 
Não deixe de participar. 
Outro ponto que quero falar é sobre as questões comentadas. Ao longo do 
curso, irei colocar questões das matérias já estudadas. Assim, é possível 
que eu coloque, por exemplo, uma questão da matéria vista hoje na aula 2. A 
ideia é não deixar o conteúdo cair no esquecimento, ok? 
A estrutura da aula será a seguinte: exposição da teoria com exercícios e seus 
comentários. Ao final da aula, esses mesmos exercícios serão colocados, 
porém sem os devidos comentários, para quem queira tentar resolvê-los sem 
que haja explicações. 
Fórum: o fórum de dúvidas é um importante mecanismo de aprendizado e de 
valorização do aluno que realmente está adquirindo o nosso curso de maneira 
legal. Qualquer questionamento com relação à matéria pode ser feito por lá. À 
medida que as perguntas são realizadas, vou respondendo seguindo a ordem 
de postagem. 
As perguntas são respondidas no prazo máximo de 1 semana. No entanto, é 
mais comum que eu responda em um prazo menor doque sete dias. Vale frisar 
que todos os questionamentos serão atendidos. 
 
 
 
Curso de Administração Pública (TJ-RO) Técnico Judiciário (Pacote) 
Aula 00 – Modelos de Gestão Pública 
Prof. Vinicius Ribeiro 
 
 
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Modelos de gestão pública: patrimonialista, burocrático 
(Weber) e gerencial. 
Vamos entender a evolução da Administração Pública, que começa no 
patrimonialismo, passa pela burocracia e culmina no gerencialismo. 
 
Administração Pública Patrimonialista 
Dentro da classificação da Administração Pública, a primeira delas, na ordem 
cronológica, é a patrimonialista, também chamada de clássica. 
O patrimonialismo é considerado uma privatização (rent-seeking) do Estado 
para o príncipe e seus nobres. 
Nas sociedades pré-capitalistas e pré-democráticas, o aparelho do estado é 
considerado uma extensão do poder do soberano. Há uma “confusão” entre o 
que é de quem. Os servidores possuem status de nobreza real, sendo seus 
cargos chamados de prebendas. 
A res publica (coisa pública) não se diferencia das res principis (coisa do 
príncipe). O rei e os nobres não distinguem se o fax é da repartição ou da sua 
casa. Tudo bem: não existia fax naquela época. Mas, alguém deve estar 
pensando que já viu este filme, e um filme tão atual quanto “Boyhood”. Pois é, 
podemos afirmar que o patrimonialismo perdura nos dias de hoje, não é? 
Importante destacar que, no Brasil, mesmo com a proclamação da república 
em 1889, esse modelo continuou vigente por algumas décadas. A república do 
“café (São Paulo) com leite (Minas Gerais – um belo estado)” manteve a 
estrutura patrimonialista, com uma democracia bastante incipiente, rudimentar. 
Vejamos o quadro abaixo. 
 
Curso de Administração Pública (TJ-RO) Técnico Judiciário (Pacote) 
Aula 00 – Modelos de Gestão Pública 
Prof. Vinicius Ribeiro 
 
 
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Administração Pública Burocrática 
No mundo, a administração burocrática surge na segunda metade do século 
XIX, no auge do Estado Liberal. O objetivo era combater o nepotismo e a 
corrupção, entraves para o capitalismo, para o desenvolvimento dos mercados. 
Trata-se do modelo racional-legal. 
Influenciado pelos ideais de Weber, Getúlio Vargas opta pelo modelo 
burocrático, a partir de 1930. É possível dizer que a estrutura da Administração 
Pública brasileira começa nesse período, quando o Governo cria o DASP 
(Departamento Administrativo do Serviço Público) em 1936. Antes, não há 
uma estrutura, até pela mistura que se fazia entre o público e o privado no 
patrimonialismo. 
O DASP foi responsável por realizar os principais concursos no país até meados 
da década de 80, quando foi extinto. 
Considerando todo o problema advindo do patrimonialismo, Vargas institui uma 
administração com rígidos controles, com hierarquia no serviço público, 
formalismo, impessoalidade. Todas essas características visavam combater a 
Administração Pública Patrimonialista
•Momento histórico - monarquia
•Agentes: rei, nobres
•Privatização do Estado e democracia fraca
•Preocupação com controle - nota "0"
•Corrupção e Nepotismo - nota "10"
•Cargos como prebendas ou sinecuras - benefícios fáceis, sem 
esforços, troca de favores
•Res publica = res principis (coisa pública = coisa do príncipe)
Curso de Administração Pública (TJ-RO) Técnico Judiciário (Pacote) 
Aula 00 – Modelos de Gestão Pública 
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corrupção, o nepotismo. 
Outra grande contribuição da burocracia é a meritocracia. É a partir de 30 no 
Brasil que se começa a valorizar o mérito no trabalho, a promover funcionários 
em face de mérito nas suas realizações. Essa é a meritocracia. 
Veja bem. Não estou falando que a meritocracia “bombou” desde então. 
Sabemos que ainda hoje ela não está plenamente implantada, com cargos 
políticos sobrepondo o mérito a cargos técnicos. Estou dizendo que essa ideia 
de promover por mérito começou com Vargas, ok? 
Vejamos o quadro abaixo. 
 
 
 
1) (FGV CGE-MA 2014) Por meio do paradigma pós-burocrático foi 
possível identificar algumas vantagens da burocracia como: 
a) a meritocracia. 
b) a rigidez. 
c) a resistência a mudanças. 
Administração Pública Burocrática
•Combate à corrupção, centralização
•Controle de gastos, de processos - atividades-meio
•Hierarquia, divisão do trabalho e rigidez
•Rotinas controladas e estabelecidas
•Formalismo e impessoalidade
•Desconfiança extrema em relação aos funcionários e políticos
Curso de Administração Pública (TJ-RO) Técnico Judiciário (Pacote) 
Aula 00 – Modelos de Gestão Pública 
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d) o apego às regras. 
e) o formalismo. 
O grande legado da administração burocrática para o gerencialismo é a 
meritocracia, que é a promoção/valorização dos funcionários com base no 
mérito. 
Gabarito: A 
 
Administração Pública Gerencial/Sistêmica – Nova Gestão Pública 
Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o mundo e o Brasil passaram a 
“aumentar” o Estado, com o intuito de prover o cidadão de mais serviços, 
como saúde, educação, previdência social. Essa expansão do Estado gerou um 
“inchamento” da máquina pública. Chegou um momento em que os 
contribuintes (tax payers) percebem a quantidade de tributos pagos e a baixa 
qualidade do serviço público. Bem atual, não é? Bem semelhante ao “vem pra 
rua” de 2013. 
 
Voltando à vaca fria, juntamente com a expansão do Estado após 45, o 
desenvolvimento tecnológico e a globalização mundial foram marcas do final 
do século XX (anos 1900). Esses fatores (expansão do Estado, tecnologia e 
globalização) foram determinantes para deixar à mostra grandes problemas da 
Apesar de todas as críticas ao “Estado Máximo”, a crise mundial de 2008 
evidenciou problemas no Estado Mínimo. A falta de regulação 
(participação do Estado) no mercado habitacional/financeiro americano 
gerou todo o problema. Sem o Estado, não houve controle. Depois, com a 
crise estourada, os bancos e empresas recorreram ao rico dinheirinho do 
Estado. Conclusão: é preciso chegar a um meio termo. Nem tanto 
inchado, nem tanto mínimo. O termo agora é o “Estado Necessário”. 
Curso de Administração Pública (TJ-RO) Técnico Judiciário (Pacote) 
Aula 00 – Modelos de Gestão Pública 
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burocracia. Uma coisa era controlar o Estado quando ele era pequeno, com 
tecnologia 0, sem muitas relações com o mundo. Outra coisa é você “engessar”, 
controlar algo grande, tecnológico e globalizado, concordam? 
Vejamos o quadro abaixo. 
 
 
Importante destacar que não há um abandono da burocracia pelo 
gerencialismo. Esse tipo de administração também busca aproveitar conceitos 
importantes da administração burocrática. Não há total ruptura. 
No estudo da evolução da administração pública (patrimonialismo, burocracia e 
gerencialismo), as diversas reformas que foram implantadas com vistas à 
administração gerencial são conhecidas como a Nova Gestão Pública - NGP 
(New Public Management – NPM: termo utilizado por Cristopher Hood). E é 
nesse momento que se pode perceber claramente a evolução dos conceitos de 
eficiência, eficácia e efetividade (esses dois últimos se inserindo praticamente 
no mesmo momento). 
Administração Pública Gerencial
• Foco em resultados
• Idéias de Margaret Thatcher trazidas pelo Ministro Bresser Pereira ao 
Brasil
• Eficiência e Eficácia
•Redução de custos
•Autonomia dos Administradores
•Descentralização
• Políticos/Funcionários Públicos são merecedores de limitado grau de 
confiança
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Aula 00 – Modelos de Gestão Pública 
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ANPM pode ser dividida em três diferentes momentos que ocorreram em 
diversos países, tendo destaque na Grã-Bretanha, da saudosa Margaret 
Thatcher, conhecida essa NPM como Managerialism lá na terra da Rainha. 
Vejamos um quadro ilustrativo. 
 
Vejamos alguns conceitos. 
 
Equidade: garantir o direito de todos com imparcialidade. Igualdade. Tratar 
igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida das suas 
desigualdades. Eu não posso tratar um deficiente físico como eu trato uma 
pessoa sem deficiência física. É preciso, por exemplo, construir rampas, 
disponibilizar estacionamento exclusivo, etc. 
Eficiência: fazer certo as coisas. Utilizar os recursos da melhor maneira 
possível, fazendo mais (produtos) com menos (insumos, mão de obra, 
recursos financeiros), sem desperdícios. É ser produtivo, ter bom desempenho. 
A eficiência ganhou status de princípio constitucional da Administração Pública, 
inserido pela Emenda Constitucional nº 19/1998 em meio a uma reforma 
gerencial no setor público brasileiro. 
Public Service Oriented (PSO)
Cidadãos Equidade
Consumerism
Clientes Efetividade
Modelo Gerencial Puro
Contribuintes Eficiência
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Eficácia: fazer a coisa certa. É fazer o que é certo para se alcançar um 
objetivo. É o alcance dos objetivos. 
Efetividade: fazer o que tem que ser feito. É causar o melhor impacto 
possível com as ações, é alcançar resultados. Além de atingir o resultado, é 
preciso gerar benefícios à sociedade. 
 
 
 
As Bases do Gerencialismo 
Dentro de um contexto de governos neoliberais da década de 80 do século 
passado, com Ronald Regan, nos Estados Unidos, e sua amiga Margaret 
Thatcher, na Inglaterra, começa a ser implantado os ideários do gerencialismo. 
Embora o contexto inicial fosse neoliberal, logo se percebeu que o Estado 
Mínimo era inviável para o gerencialismo. A razão disso são as demandas cada 
vez maiores dos cidadãos por melhores e mais diversificados serviços, ou seja, 
as pessoas não querem um Estado que apenas cuida da educação e da saúde. 
Ao invés de um Estado Mínimo, a ideia passa a ser de um Estado Menor, que 
ao menos regule determinadas atividades. Nesse formato, grande parte dos 
investimentos em infraestrutura e das prestações de serviços é realizada por 
parte da iniciativa privada. Ao Estado, cabe regular as atividades para garantir 
o bom funcionamento. Daí, surgem as agências reguladoras. 
As agências reguladoras são autarquias instituídas sob regime especial (apenas 
autarquias, se falarmos na esfera federal), criadas para regular o serviço 
Sou eficiente se produzo um carro, utilizando 5 pessoas, sendo que antes 
eu utilizava 10. Sou eficaz se produzo o carro planejado. Sou efetivo se o 
carro produzido gera impactos na sociedade, como a satisfação dos clientes 
ou a diminuição da emissão de poluentes. 
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público, fruto da privatização de alguns serviços. Com essas privatizações, 
criou-se a necessidade de regular o mercado, para não deixar simplesmente 
nas mãos da iniciativa privada. Daí, surgiram a ANATEL, ANAC, ANTAQ, ANA, 
ANTT, etc. 
Diferente das agências reguladoras são as agências executivas: autarquias (ou 
fundações públicas de direito público ou privado) que recebem essa 
qualificação (de agência executiva). Para alcançarem esse status, as 
autarquias celebram um contrato de gestão com o ministério supervisor. Nesse 
contrato, são estabelecidos direitos e obrigações. 
As agências executivas ganham essa qualificação com o foco no alcance de 
resultados, é a chamada contratualização de resultados. Com a qualificação, 
essas agências passam a gozar de mais ampla autonomia gerencial, 
orçamentária e financeira. 
É uma via de mão dupla. Se, por um lado, há maior autonomia, por outro, 
existe a obrigação de atingir metas. 
Os motivos que fazem com que o poder público recorra à iniciativa privada 
resumem-se em fatores econômicos e culturais. De um lado, as despesas 
públicas aumentaram demasiadamente, passando a ser contestadas pelos 
contribuintes (taxpayers); a baixa produtividade do setor público em meio a 
uma interferência de objetivos sociais com os objetivos econômicos; as 
empresas passam a exercer pressão sobre os mercados públicos devido às 
suas estratégias de crescimento. 
Na outra ponta (cultural), temos as inovações tecnológicas (transporte e 
telecomunicação), que favorecem uma cultura de autonomia. Além desses 
problemas, existe a própria necessidade do sistema social de se renovar. 
Nesse contexto, a gestão pública passa a ser dominada pela incorporação de 
princípios de mercado, pelas teorias administrativas, por programas de 
qualidade que procuram elevar os níveis de produtividade das organizações 
públicas. 
 
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Gerencialismo Puro 
Em um primeiro momento, o gerencialismo focou na eficiência, considerando o 
cidadão como um contribuinte (taxpayers), ou seja, é aquele que financia o 
sistema. No Brasil, tão importante foi a eficiência que essa passagem da 
burocracia para o gerencialismo é marcada pela Emenda Constitucional nº 
19/98. Essa emenda introduziu nos princípios da Administração Pública 
(legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade) a eficiência. Esses cinco 
princípios formam agora o LIMPE (legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência). 
 
2) (FGV SUSAM 2014) A Administração Pública Direta e Indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios obedecerá aos princípios relacionados a seguir, 
à exceção de um. Assinale-o. 
A) Princípio da legalidade. 
b) Princípio da publicidade. 
c) Princípio da moralidade. 
d) Princípio da legitimidade. 
e) Princípio da eficiência. 
Legitimidade não faz parte do rol dos princípios citados no caput do Art. 37 da 
Constituição Federal. 
A legitimidade representa um atributo dos atos administrativos que significa o 
seguinte: uma vez praticado o ato, ele se presume legítimo, apto a produzir 
seus efeitos. 
Gabarito: D 
 
 
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A reforma gerencial no Brasil é marcada por um documento chamado PDRAE: 
Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. Esse documento data de 
1995 e foi elaborado sob a batuta do então Ministro Bresser Pereira, no 
Governo FHC (95-2002). 
O gerencialismo se aproveitou da ineficiência da burocracia, que criou um 
Estado auto-referenciado, com o controle nos gastos como marca. Devemos 
nos lembrar também das disfunções da burocracia: excesso de formalismo, 
apego aos regulamentos, resistência a mudanças, processo decisório lento, etc. 
O grande foco dessa fase era sanar os problemas que advieram da burocracia, 
por meio da redução de gastos públicos e do aumento da produtividade do 
setor público, ou seja, buscava-se a eficiência governamental. 
Como instrumento para implantação desses objetivos que buscam a economia, 
o Estado passou a efetuar práticas de privatização, desregulamentação (deixar 
para o mercado a organização de determinado setor), devolução de atividades 
governamentais à iniciativa privada. 
As pessoas eram vistas como meros contribuintes (taxpayers), ou seja, 
aqueles que estão preocupados com a aplicação eficiente do recursoarrecadado, sem que isso gere desperdícios. No gerencialismo puro, funciona a 
lógica fiscal. 
O foco eram os taxpayers justamente pela crise que ocorrera no Estado do 
Bem-Estar, que se viu incapaz de atender às demandas da sociedade. Isso 
gerou revoltado dos contribuintes, que não viam seus recursos serem 
devidamente aplicados. 
Outras características do gerencialismo puro: aplicação de 
conhecimentos/teorias oriundas da iniciativa privada; foco na administração 
voltada para a mudança de cultura no setor público. Sabemos que essa 
mudança ainda não obteve êxito no Brasil, pois a fama do serviço público 
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brasileiro remonta a época burocrática daspeana (do DASP). 
Com relação à eficiência, fundamental passou a ser o corte de custos: redução 
salarial, demissões, racionalização de processos, etc. 
Vejamos os problemas/críticas da primeira fase do gerencialismo. 
 
 
Consumerism 
Uma vez que o gerencialismo puro não melhorou a prestação dos serviços, 
surgem novas tendências que visam à efetividade, à qualidade no setor público. 
 
Nesse segundo momento, chamado de consumerism, a preocupação estende-
se para a qualidade (efetividade). O usuário do serviço público agora é visto 
como um cliente/consumidor, em alusão aos termos utilizados nas empresas. A 
satisfação do cliente vira o foco e a qualidade do serviço a ferramenta principal. 
No consumerism, funciona a lógica gerencial. 
A ideia era fazer com que o setor público ficasse mais ágil e competitivo, 
descentralizando serviços, implantando inovações para o atendimento ao 
público, incentivando a competição entre os órgãos públicos. 
Essa descentralização é fundamental. É a partir dela que surge a Administração 
Indireta e suas entidades. Fazendo a distinção: administração direta são os 
Ministérios e seus órgãos, ou as secretarias, no caso dos Estados e Municípios. 
Ausência de mensuração da efetividade (impacto) dos serviços 
prestados
Preocupação excessiva com a relação custo e produção, na questão 
financeira
O cidadão é visto como um mero contribuinte
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A administração indireta são as autarquias (IBAMA), fundações (IBGE), 
empresas públicas (CAIXA ECONÔMICA) e sociedades de economia mista 
(PETROBRÁS). 
A utilização da administração indireta é uma forma de descentralização, 
conceito do gerencialismo. Descentralizar é dar autonomia para essas 
empresas e autarquias criadas. Autonomia de decisão, o que acelera a 
execução, melhorando o serviço público. Já imaginaram se tudo tivesse que 
passar pelos Ministros? Iria demorar um pouco, não é? 
É no consumerism que surge o paradigma do cliente na gestão pública. Assim, 
a partir da implantação da qualidade e da flexibilidade visando ao melhor 
atendimento possível, o conceito de cliente até então utilizado somente nas 
empresas é transportado para o setor público. 
Além da descentralização, que busca a proximidade entre o usuário dos 
serviços e a administração pública, são criados mecanismos para tentar evitar 
problemas com a execução dos serviços. 
Até então, não existia no setor público o conceito de competição. Uma vez 
sendo os serviços todos exclusivos, todos representando um monopólio, os 
consumidores não possuem alternativas para escolher. 
A ideia então é copiar as bases do funcionamento do mercado. O estímulo à 
concorrência subsidia a qualidade dos serviços, já que aquele que estiver 
prestando um serviço de maneira insatisfatória perde espaço para serviços de 
qualidade. 
Vejamos os problemas/críticas do consumerism. 
 
 
Ausência da separação de conceitos entre o consumidor do mercado e do 
do serviço público
Nem sempre é possível implantar a competição de serviços públicos
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Public Service Oriented - PSO 
Diante desses princípios da iniciativa privada, surge uma problemática: como 
garantir a equidade em um contexto de privatização. 
É fato que o setor privado visa ao lucro, não possuindo preocupação com 
igualdades entre as pessoas. Aquele que paga mais, tem o melhor serviço 
prestado: é a valorização do “bom” cliente. 
Entretanto, não é assim que a “banda deve tocar” no setor público. Como já 
falamos, é preciso tratar todos de forma igual (não esquecendo a desigualdade 
dos desiguais). Vejamos o exemplo da Grã-Bretanha. 
Até os anos 80, os serviços públicos eram produzidos e gerenciados pelo 
Estado, no modelo de monopólios naturais, para que se garantisse a 
generalização dos serviços e condições para o desenvolvimento industrial. 
Margaret Thatcher modifica radicalmente esse panorama: os serviços de água, 
gás, energia e telecomunicações passam por um processo de privatização que 
faz com que esses setores se tornem rentáveis, gerando mais interesse do 
setor privado. Essa rentabilidade e o lastro na capacidade de pagamento dos 
usuários criam dois fenômenos: cherry picking (cereja do bolo) e o social 
dumping (dano social). 
 
Cherry picking: processo de luta das empresas para a dominação das zonas 
mais rentáveis ou em acelerado crescimento. 
Social dumping: desprezo pelas classes mais pobres. 
A consequência desses fenômenos é a criação de guetos com pouco acesso aos 
serviços públicos. O direcionamento dos auxílios aos mais necessitados não é 
mais tratado no âmbito da gestão dos serviços, mas no contexto das políticas 
sociais do Estado. 
Nesse último momento, o public service oriented, a evolução parte para a 
equidade/justiça, relacionada com a responsabilização. O usuário é visto como 
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um cidadão. Essa mudança de cliente para cidadão é fundamental. O 
tratamento de um cliente é proporcional ao que ele gasta. Com o cidadão, isso 
não acontece. 
Agora, o cidadão tem, além de direitos, obrigações perante a sociedade, como 
a fiscalização da “coisa pública”, devendo cobrar os maus gestores. 
A descentralização promovida pela PSO não visa somente à eficiência do 
serviço ou a qualidade do atendimento. Na public service oriented, a 
descentralização é uma forma de promover a participação política dos cidadãos. 
É importante mencionar que cidadão diferencia-se de cliente devido à sua 
conotação coletiva. 
 
3) (FGV SUSAM 2014) A Administração Pública Gerencial está baseada 
nos valores de 
a) eficiência, eficácia e competitividade. 
b) publicidade, eficiência e efetividade. 
c) legalidade, subjetividade e moralidade. 
d) moralidade, compromisso e resultados. 
e) economicidade, efetividade e operacionalidade. 
O gerencialismo dá especial ênfase em aspectos que contribuem para o 
aumento da produtividade e para o alcance de resultados, como a eficiência, a 
eficácia, a competitividade e a efetividade. 
Sendo assim, somente a alternativa a) traz características restritas à 
Administração Pública Gerencial. 
Gabarito: A 
 
Atuação da Administração Pública no contexto do Gerencialismo 
Em meio ao gerencialismo, o setor público vem tentando alternativas para 
gerar os benefícios que a sociedade espera. Modelos tradicionais de execução 
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das políticas públicas vêm dando espaçoinstitutos mais modernos. 
As Parcerias Público-Privadas são formas de contratualização de resultados. 
A regulamentação das PPPs é feita pela Lei nº 11.079/2004, em que constam 
as seguintes definições: 
PPP: contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou 
administrativa. 
Concessão Patrocinada: concessão de serviços públicos ou de obras públicas de 
que trata a Lei no 8.987/95 (Lei das Concessões e Permissões), quando 
envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação 
pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. 
Concessão Administrativa: contrato de prestação de serviços de que a 
Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva 
execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. 
Vejamos algumas vedações legais: 
• valor do contrato inferior a R$ 20.000.000,00; 
• período de prestação do serviço inferior a 5 anos; 
• tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento 
e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. 
Vejam que, pela magnitude temporal e financeira, as PPPs envolvem projetos 
de grande vulto. 
Antes da celebração do contrato, é necessário que seja constituída uma 
sociedade de propósito específico, que irá implantar e gerir o objeto da 
parceria. Vejamos algumas características desse tipo de sociedade: 
• Pode assumir a forma de companhia aberta 
• Deverá obedecer a padrões de governança corporativa e adotar 
contabilidade e demonstrações financeiras padronizadas 
• A Administração Pública não pode ser titular da maioria do capital 
votante – senão, não seria público-privada. 
As OS e as OSCIP também se encaixam nessa tentativa de prestar melhores 
serviços à população. São dois os instrumentos celebrados com essas 
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organizações: contratos de gestão e termos de parceria, sempre imbuídos de 
alcance de resultados. Ih professor! Contrato de gestão? O mesmo nome 
daqueles celebrados com as agências executivas? É, infelizmente tem o mesmo 
nome, mas a história aqui é um pouco diferente. Vejamos. 
Os termos de parceria são celebrados com as Organizações da Sociedade Civil 
de Interesse Público – OSCIP, que devem ter como finalidades uma das 
seguintes (rol exemplificativo – pode haver outras atividades), conforme a Lei 
nº 9.790/99: 
• Assistência social; 
• Cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; 
• Educação; 
• Saúde; 
• Segurança alimentar e nutricional; 
• Defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do 
desenvolvimento sustentável; 
• Voluntariado; 
• Desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza; 
• Experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e 
de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito; 
• Promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e 
assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar; 
• Ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de 
outros valores universais; 
• Estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, 
produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e 
científicos que digam respeito às atividades citadas acima. 
Com relação ao contrato de gestão, esse outro tipo é celebrado com 
Organizações Sociais – OS, que são pessoas jurídicas de direito privado sem 
fins lucrativos cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, 
ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, 
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à cultura e à saúde, conforme a Lei nº 9.637/98. Esse rol de atividades é 
taxativo, ou seja, não podem existir outras atividades. 
 
Enquanto nas OSs o poder público tem a faculdade de celebrar o contrato de 
gestão, nas OSCIPs, o poder público é obrigado a celebrar o termo de parceria. 
Outra diferença entre elas é que uma OS é oriunda da extinção de um órgão. A 
OSCIP não tem essa origem, ela é uma qualificação recebida pelo Ministério da 
Justiça. 
Os Consórcios Públicos (associações públicas) são outro exemplo nessa 
modernização da administração pública. 
A própria Constituição dispôs sobre o tema. Vejamos: 
Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por 
meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes 
federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a 
transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à 
continuidade dos serviços transferidos. 
Vejam então que o consórcio é uma gestão associada de serviços públicos. 
Apesar do disposto na CF (cada ente tem competência para disciplinar os 
consórcios), em 2005, veio uma lei editada pela União que trata de normas 
gerais acerca dos consórcios. 
Na verdade, a base para essa Lei não veio do art. 241, e sim do seguinte 
artigo: 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para 
as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as 
empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, 
III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
Nos termos da Lei de normas gerais de consórcios (Lei 11.107/2005), o 
“consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito 
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privado.” 
Esse consórcio pode ser feito entre entes federados da mesma espécie 
(município com município) ou de diferente espécie (Estado com município). No 
entanto, há exceções quando se trata de espécie distinta: 
Não se celebra consórcio exclusivamente entre a União e municípios. Assim, é 
necessária a participação dos estados onde se encontram esses municípios. 
Não se celebra consórcio entre um Estado e um município pertencente a outro 
Estado. 
Vale ressaltar que é possível a celebração de consórcio entre o Distrito Federal 
e municípios. 
Antes da celebração de um contrato, que é o instrumento que constitui um 
consórcio, é necessário que seja subscrito um protocolo de intenções. O 
contrato é uma ratificação desse protocolo. Caso o ente disciplinar por lei a 
participação antes de subscrever o protocolo. 
No consórcio, a entrega de recursos dos entes ao consórcio é feita por meio de 
contrato de rateio. 
Outro aspecto trazido pela Lei é a possibilidade de realizar atividades de 
arrecadação. Veja: 
Art. 2º 
 § 2o Os consórcios públicos poderão emitir documentos de cobrança e exercer 
atividades de arrecadação de tarifas e outros preços públicos pela prestação de 
serviços ou pelo uso ou outorga de uso de bens públicos por eles administrados 
ou, mediante autorização específica, pelo ente da Federação consorciado. 
Essa Lei foi regulamentada pelo Decreto 6.107/2007, que bem define consórcio. 
Vejamos: 
Art. 2º: 
I - consórcio público: pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da 
Federação, na forma da Lei no 11.107, de 2005, para estabelecer relações de 
cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse comum, 
constituída como associação pública, com personalidade jurídica de direito 
público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem 
fins econômicos. 
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Esse Decreto traz outras importantes definições: 
IX - gestão associada de serviços públicos: exercício das atividades de 
planejamento, regulação ou fiscalização de serviços públicos por meio de 
consórcio público ou de convênio de cooperação entre entes federados, 
acompanhadas ou não da prestação de serviços públicos ou da transferência 
total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade 
dos serviços transferidos. 
XVI - contrato de programa: instrumento pelo qual devem ser constituídas e 
reguladas as obrigações que um ente da Federação, inclusive sua administração 
indireta, tenha para com outro ente da Federação, ou para com consórcio público, 
no âmbito da prestação de serviços públicos por meio de cooperação federativa; 
XVII - termo de parceria: instrumento passível de ser firmado entre consórcio 
público e entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de 
Interesse Público, destinado à formação de vínculo de cooperação entre as 
partes para o fomento e a execução de atividades de interesse público previstas 
no art. 3o da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999; e 
XVIII - contrato de gestão: instrumento firmado entre a administração pública e 
autarquia ou fundação qualificada como Agência Executiva, na forma do art. 51 
da Lei no 9.649, de 27 de maio de 1998, por meio do qual se estabelecem 
objetivos, metas e respectivos indicadores de desempenho da entidade, bem 
como os recursos necessários e os critérios e instrumentos para a avaliação do 
seu cumprimento. 
A lei citada no inciso XVII é a Lei das OSCIPs (Organizações da Sociedade Civil 
de Interesse Público). 
Dimensões da Reforma na Administração Pública 
A reforma na Administração Pública pode ser vista sobre algumas dimensões. 
Vamos a elas: 
• Dimensão institucional-legal: formada pelas mudanças necessárias 
no campo normativo e legal da Administração; 
• Dimensão política: voltada para o contexto político, onde entra a 
dimensão institucional-legal também; 
• Dimensão cultural: baseia-se na mudança de valores burocráticos para 
gerenciais; 
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• Dimensão-gestão: põe em prática as novas ideias gerenciais e oferece 
à sociedade um serviço público efetivamente mais barato, mais bem 
controlado e com a melhor qualidade; 
• Dimensão econômica: está voltada para o mercado. 
 
PDRAE 
Vamos falar um pouco mais sobre o Plano. 
Elaborado pelo então Ministério da Administração Federal e da Reforma do 
Estado – MARE, o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE) 
representou a tentativa de implantação do gerencialismo no Brasil. De maneira 
mais concreta, o PDRAE introduziu dispositivos na Constituição Federal de 88 
com o intuito de colocar a Carta Magna em consonância com as pretensões de 
uma Administração Pública Gerencial. 
O principal dispositivo foi a introdução do princípio da eficiência para a 
Administração Pública. Juntamente com a eficiência, o Plano buscava 
flexibilizar a estabilidade do funcionalismo público, permitindo a existência de 
regimes jurídicos diferenciados. A ideia era conferir um caráter mais gerencial 
na atuação dos servidores. 
Essa questão do regime por vezes se alterou no Brasil e, hoje (desde 2007), 
prevalece a regra de apenas um regime (Regime Jurídico Único – RJU), que 
determina que os entes devem ter apenas um regime. No caso da União, esse 
regime é o estatutário (em contraposição ao regime celetista), nos termos da 
Lei 8.112/90. 
O Plano também entrou no campo das aposentadorias. A ideia era definir uma 
idade mais razoável para se aposentar, sendo essa aposentadoria proporcional 
ao tempo de contribuição do servidor. 
O PDRAE, ao fazer uma análise do contexto histórico, destaca três aspectos 
relacionados à crise do Estado: 
• Crise fiscal 
o Perda do crédito 
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o Poupança pública negativa 
• Esgotamento da estratégia estatizante seja por meio do: 
o Estado do bem-estar social – países desenvolvidos 
o Substituição de importações – terceiro mundo 
o Estatismo – países comunistas 
• Superação da maneira de se administrar � superação da administração 
pública burocrática. Sempre lembrando que o gerencialismo não 
abandona por completo seus preceitos. 
O PDRAE destaca tentativas anteriores de reforma da administração pública 
burocrática, salientando que essas experiências foram marcadas ou pelo foco 
na extinção/criação de órgãos ou pela instituição de estruturas para funcionar 
de forma paralela à estrutura existente para flexibilizar a rigidez burocrática: 
 
• Governo JK (1956-1961). Foram criadas comissões especiais: 
o Comissão de Estudos e Projetos Administrativos: foco na 
simplificação dos processos administrativos e reformas ministeriais 
o Comissão de Simplificação Burocrática: elaboração de projetos 
voltados para reformas globais; descentralização de serviços. 
• Reforma de 67 (Decreto Lei 200/67): um grande tentativa de 
superar a rigidez burocrática. É considerado o primeiro momento de 
administração gerencial no Brasil. Nesse Decreto, foram 
realizadas/buscadas: 
o Transferência de atividades para autarquias, fundações, empresas 
públicas e sociedades de economia mista (descentralização 
funcional); 
o Instituição do planejamento e do orçamento como princípios de 
racionalidade administrativa. 
o Reunião da competência e da informação no processo decisório. 
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A Reforma de 67 gerou uma dualidade de órgãos, criando núcleos de eficiência 
e competência na administração indireta oriunda da descentralização (ilhas de 
excelência) e mantendo estruturas arcaicas e ineficientes na administração 
direta. 
Voltando ao PDRAE, são destacados quatro setores no contexto do Aparelho do 
Estado, vejamos: 
 
Núcleo Estratégico
• setor que define leis/políticas públicas
• local de tomada de decisão em nível estratégico
• corresponde aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e ao 
Presidente da República, Ministros e seus assessores diretos (âmbito do Poder 
Executivo)
Atividades Exclusivas
• serviços que só podem ser feitos pelo Estado
• exercício do poder de regulamentar, fiscalizar e fomentar (poder extroverso)
• exemplo: cobrança de impostos, polícia, serviço de trânsito
Serviços Não Exclusivos
• Estado e organizações públicas não-estatais atuam simultaneamente
• O Estado está presente nesse setor dada a sua importância: educação e saúde
Produção de Bens e Serviços para o Mercado
• área de atuação das empresas
• atividades que geram lucro mas que ainda estão no aparelho do Estado devido 
ao alto grau de investimento ou da característica de monopólio do setor
• exemplo: infra-estrutura
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Para aqueles que queiram fazer uma leitura maior a respeito do PDRAE, segue 
o link onde está disponível o Plano: 
http://www.bresserpereira.org.br/Documents/MARE/PlanoDiretor/planodiretor.
pdf 
 
 
Questões 
4) (FGV AL-BA 2014) A eficiência e a necessidade de reduzir custos e 
aumentar a qualidade dos serviços públicos, tendo o cidadão como 
beneficiário, são características próprias da Administração Públicaa) Patrimonialista. 
b) Gerencial. 
c) Burocrática. 
d) Organizacional. 
e) Oligárquica. 
Essa preocupação clara com o cidadão, colocando-o no centro das atenções do 
setor público, ganha força no gerencialismo. 
Gabarito: B 
5) (FGV DPE-RJ 2014) A Nova Gestão Pública, ou New Public 
Management, que representa uma importante mudança de paradigma 
na administração pública internacional, tem como características 
a) utilização de modelos colegiados de deliberação e participação da 
sociedade. 
b) fortalecimento nas leis e normativos para separação do público e do 
privado. 
c) utilização de ferramentas de controle de custos, eficiência e gestão 
por resultados. 
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d) utilização de políticas para redução das desigualdades sociais. 
e) utilização de redes interorganizacionais e contratos relacionais. 
A NPM possui fundamental importância no âmbito das administrações públicas 
na medida em que insere assuntos no setor público antes não tratados, 
representando uma mudança de paradigma: controle de custos, eficiência e 
gestão por resultados. 
Gabarito: C 
6) (FGV TRE-PA 2011) De acordo com a Constituição Federal de 1988, 
a Administração Pública obedecerá aos seguintes princípios: 
a) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
b) legalidade, impessoalidade, moralidade, probidade e externalidade. 
c) legitimidade, impessoalidade, moralidade, probidade e 
externalidade. 
d) razoabilidade, proporcionalidade, improbidade e personalismo. 
e) discricionariedade, ponderação, isenção e separação de poderes. 
Os princípios constantes no caput do art. 37 formam o LIMPE. 
Gabarito: A 
7) (FGV FIOCRUZ 2010) Focalizando-se a mudança cultural na 
administração pública, destacam-se a emergência de valores 
gerenciais e o fenômeno resistência. No processo de transformação 
são introduzidos, na administração pública, elementos característicos 
da lógica empresarial desenvolvidos no contexto da administração 
privada, pela via da transferência e adaptação de conhecimentos 
gerenciais. 
Dentre os pontos delineadores, assinale a alternativa que não se 
relaciona a esse emergente paradigma gerencial. 
a) Descentralização política e administrativa. 
b) Redução de níveis hierárquicos. 
c) Flexibilidade organizacional e a confiança limitada. 
d) Exclusiva orientação para gestores da organização. 
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e) Controle por resultados. 
Um dos pontos principais do pensamento gerencialista era trazer para a 
realidade pública aquilo que já vinha sendo aplicado com sucesso nas 
empresas privadas. A ideia era conferir mais eficiência na atuação pública, 
fazendo melhor uso dos tributos pagos pelos contribuintes. Sempre lembrando 
que não basta simplesmente copiar o que é feito na iniciativa privada, é 
preciso adaptar para o setor público, considerando, por exemplo, o princípio da 
legalidade. 
Vejamos os itens: 
a) descentralização é um importante passo dado pelo Decreto-Lei 200/67 rumo 
ao gerencialismo. 
b) a redução de nível hierárquico desburocratiza a atividade pública. Com essa 
horizontalização (estrutura organizacional é menos vertical quando há menor 
número de níveis hierárquicos � menos chefes), o gestor na ponta ganha mais 
autonomia para atuar. 
c) no gerencialismo, a rigidez excessiva da burocracia é rechaçada. Além disso, 
a confiança nos burocratas (técnicos) é limitada, contrapondo-se à 
desconfiança total oriunda da burocracia. 
d) essa é a nossa resposta. A orientação é para o cidadão. 
e) gerencialismo � controle por resultados; burocracia � controle nos 
processos. 
Gabarito: D 
8) (FGV FIOCRUZ 2010) A intenção das reformas administrativas é a 
construção de um Estado novo, que surgirá como resultado de 
reformas profundas que o habilitarão a desempenhar as funções que o 
mercado não é capaz de executar. 
Nesse contexto, analise as afirmativas a seguir. 
I. O objetivo é construir um Estado que responda às necessidades de 
seus cidadãos. 
II. O objetivo é construir um Estado democrático, no qual seja possível 
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aos políticos fiscalizar o desempenho dos burocratas e estes sejam 
obrigados, por lei a lhes prestar contas. 
III. O objetivo é construir um Estado no qual os eleitores possam 
fiscalizar o desempenho dos políticos e estes também sejam obrigados 
por lei a lhes prestar contas. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
e) se as afirmativas I, II e III estiverem corretas. 
Vejamos os itens: 
I) perfeito. O motivo da prestação pública é suprir as necessidades dos 
cidadãos. Item correto. 
II) a democracia é condição fundamental nesse contexto. Os burocratas 
(servidores) precisam sim ser fiscalizados e para isso existem órgãos de 
controle, que auxiliam o Congresso no controle externo. Congresso este onde 
estão os políticos: deputados e senadores. Item correto. 
III) em uma democracia consolidada, a participação dos cidadãos é 
fundamental, seja na tomada de decisão, seja na fiscalização da atuação 
pública. Item correto. 
Gabarito: E 
9) (FGV FIOCRUZ 2010) Com relação às características básicas da 
Administração Pública Gerencial, assinale a afirmativa incorreta. 
a) É orientada para o cidadão e para a obtenção dos resultados. 
b) Pressupõe que os políticos e os funcionários públicos são 
merecedores de grau limitado de confiança. 
c) Concentra-se no processo. 
d) Serve-se, como estratégia, da descentralização e do incentivo à 
criatividade e à inovação. 
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e) Utiliza o contrato de gestão como instrumento de controle dos 
gestores públicos. 
Vejamos cada alternativa: 
a) perfeito. Cidadão + resultado = intenção do gerencialismo. 
b) grau limitado de confiança em contraposição à desconfiança total dos 
agente públicos na administração burocrática. 
c) essa é a resposta. Concentra-se no resultado. 
d) descentralizar gera autonomia ao gestor que está na ponta tomar as 
decisões mais pertinentes. Além disso, o gerencialismo tenta combater a 
rigidez/formalismo da burocracia já que a inovação e a criatividade são 
características importantes nesse contexto. 
e) o contrato de gestão é um instrumento de suma importância no contexto 
gerencial. Voltado para resultados, ele auxilia a observância do cumprimento 
das metas por parte dos gestores. 
Gabarito: C 
10) (FGV FIOCRUZ 2010) Com relação à concepção neoliberal do 
Estado não é correto afirmar que: 
a) o Estado deve se manter isolado das pressões do setor privado. 
b) o Estado deve reduzir o tamanho da administração pública. 
c) o Estado deve reduzir o tamanho do setor público. 
d) o Estado deve apoiar-se em decisões discricionárias do que em 
regras. 
e) o Estado deve delegar as decisões a unidades independentes que 
não cedam às pressões políticas. 
O conceito neoliberal pressupõe um Estado menor, deixando para a iniciativa 
privada boa parte da atividade econômica. No entanto, ele precisa regular a 
atuação privada em determinados setores. Nessa regulação, é essencial que o 
gestor público regulador não se deixe influenciar pelas pressões da iniciativaprivada. Esse regulador deve possuir independência na sua atuação. 
A sentença errada é aquela que afirma que o apoio em decisões discricionárias 
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é mais importante. A diminuição do Estado não significa o fim do princípio da 
legalidade. 
Gabarito: D 
11) (FGV BADESC 2010) Assinale a alternativa que completa 
corretamente a lacuna do fragmento a seguir. 
A dimensão _____ é apontada como a grande barreira para por em 
prática as novas ideias gerenciais baseadas em modelos inovadores, 
como as agências autônomas e as organizações sociais. 
a) econômica. 
b) cultural. 
c) gestão. 
d) institucional. 
e) política. 
Vejamos as dimensões: 
A dimensão institucional-legal é formada pelas mudanças necessárias no 
campo normativo e legal da Administração; 
A dimensão política está voltada para o contexto político, onde entra a 
dimensão institucional-legal também; 
A dimensão cultural baseia-se na mudança de valores burocráticos para 
gerenciais; 
A dimensão-gestão põe em prática as novas ideias gerenciais e oferece à 
sociedade um serviço público efetivamente mais barato, mais bem controlado e 
com a melhor qualidade; 
A dimensão econômica está voltada para o mercado. 
Gabarito: C 
12) (FGV AFRE-RJ 2009) Com relação às formas de propriedades 
previstas pelo modelo gerencial de administração pública, analise as 
afirmativas a seguir: 
I. O modelo gerencial prevê a propriedade privada. 
II. O modelo gerencial prevê a propriedade pública estatal. 
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III. O modelo gerencial prevê a propriedade pública não-estatal. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Todas as alternativas estão corretas. Essas formas de propriedade estão 
previstas no PDRAE, marco do gerencialismo no país. 
 
Núcleo Estratégico
•setor que define leis/políticas públicas
•local de tomada de decisão em nível estratégico
•corresponde aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e ao Presidente 
da República, Ministros e seus assessores diretos (âmbito do Poder Executivo)
Atividades Exclusivas
•serviços que só podem ser feitos pelo Estado
•exercício do poder de regulamentar, fiscalizar e fomentar (poder extroverso)
•exemplo: cobrança de impostos, polícia, serviço de trânsito
Serviços Não Exclusivos
•Estado e organizações públicas não-estatais atuam simultaneamente
•O Estado está presente nesse setor dada a sua importância: educação e saúde
Produção de Bens e Serviços para o Mercado
•área de atuação das empresas
•atividades que geram lucro mas que ainda estão no aparelho do Estado devido ao alto 
grau de investimento ou da característica de monopólio do setor
•exemplo: infra-estrutura
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Gabarito: E 
13) (FGV SENADO FEDERAL 2008) Segundo a abordagem gerencial da 
administração pública, os setores existentes em um Estado são: 
a) o setor público e o setor privado. 
b) o setor público, o setor privado e o comércio internacional. 
c) o núcleo estratégico, as atividades exclusivas do Estado, os serviços 
não-exclusivos e a produção de bens e serviços para o mercado. 
d) o núcleo estratégico, as atividades exclusivas do Estado e os 
serviços não-exclusivos. 
e) as atividades exclusivas do Estado, os serviços não- exclusivos e a 
produção de bens e serviços para o mercado. 
De acordo com o PDRAE, fruto da administração gerencial, temos quatros 
setores: núcleo estratégico, atividades exclusivas do Estado, serviços não-
exclusivos, e a produção de bens e serviços para o mercado. 
Gabarito: C 
14) (FGV TJ-GO 2014) Após a crise fiscal do final da década de 70, 
governos de diversas partes do mundo buscaram elaborar mudanças 
que pudessem tornar a máquina pública menos custosa e mais 
eficiente. Esse conjunto de mudanças, disseminadas pelas 
administrações da maioria dos países ocidentais e formalizado mais 
tarde por Cristopher Hood, em 1991, ficou conhecido como: 
(A) administração patrimonialista; 
(B) nova governança pública; 
(C) nova gestão pública; 
(D) burocracia weberiana; 
(E) teoria da escolha racional. 
Esse conjunto de mudanças define a New Public Management – NPM (Nova 
Gestão Pública). 
A teoria da escolha racional entende que os indivíduos deliberam para escolher 
entre possíveis ações sempre olhando para os resultados. 
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Gabarito: C 
15) (FGV TJ-AM 2013) O conjunto de órgãos, funcionários e 
procedimentos utilizados pelos três poderes que integram o Estado, 
para realizar as funções econômicas e os papéis que a sociedade lhe 
atribuiu, é denominado 
(A) Administração Social. 
(B) Administração Pública. 
(C) Administração Econômica. 
(D) Administração Cidadã. 
(E) Administração Científica. 
Esse é o conceito de Administração Pública. 
Gabarito: B 
16) (FGV SUDENE 2013) Na Administração Pública, a gestão por 
resultados está relacionada à 
(A) Administração Gerencial. 
(B) Administração Patrimonialista. 
(C) Administração Centralizada. 
(D) Administração Burocrática. 
(E) Administração Descentralizada. 
Gerencialismo mira resultados. 
Gabarito: A 
17) (FGV SUDENE 2013) Assinale a alternativa que apresenta 
características fundamentais para diferenciar a Administração Pública 
da Administração Privada. 
(A) Enquanto a Administração Privada utiliza o planejamento, a 
organização, a direção e o controle como técnicas administrativas, a 
Administração Pública utiliza apenas técnicas relacionadas à 
motivação e à avaliação de resultados. 
(B) Enquanto a Administração Pública tem como objetivo proporcionar 
o bem----estar à coletividade, a Administração Privada tem como objetivo 
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primordial o lucro. 
(C) Tanto na Administração Pública quanto na Privada, os gestores 
possuem liberdade de atuação e podem fazer tudo o que a lei não 
proíbe. 
(D) Tanto na Administração Pública quanto na Privada, a eficiência é 
medida pelo cumprimento da missão planejada. 
(E) Enquanto os gestores da Administração Pública prestam contas aos 
Tribunais de Contas das esferas a que estão subordinados, na 
Administração Privada os gestores não precisam prestar contas. 
Vejamos as alternativas. 
a) O planejamento também é adotado no setor público. 
b) Essa é a nossa resposta. 
c) Na Administração Pública, só pode ser feito aquilo que a lei permite. 
d) Esse é o conceito de eficácia. 
e) Na Administração Privada, os gestores também precisam prestar contas. Os 
acionistas vão querer saber o que está acontecendo. 
Gabarito: B 
18) (FGV PREF. FLORIANÓPOLIS-SC 2014) No que concerne à reforma 
da função pública, em diversos países há um discurso no qual se 
enfatiza a necessidade de motivar os funcionários, transformar a sua 
cultura, promover as suas qualificações, promover a liderança e 
procurar o envolvimento e o comprometimento dos funcionários com 
os serviços públicos. Simultaneamente, algumas iniciativas de reforma 
da funçãopública caracterizaram-se por um ataque ao estatuto dos 
funcionários no que diz respeito à segurança de emprego e à 
remuneração. Ao mesmo tempo em que se diz que os funcionários 
públicos representam um valor importante da Administração Pública, 
se faz o downsizing (Araújo, 2004, p. 6). 
O trecho citado aponta algumas contradições que ocorrem, dentre 
outros fatores, devido ao fato de a Nova Administração Pública: 
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(A) estimular o comprometimento em troca de maior segurança no 
emprego; 
(B) importar valores oriundos do setor privado para o setor público; 
(C) aumentar os gastos com pessoal na Administração Pública; 
(D) rejeitar contratações de funcionários fora do Regime Jurídico 
Único; 
(E) incorporar gratificações por tempo de serviço aos funcionários 
públicos federais. 
Esse paradigma enfrentado pelo setor público ocorre em face da importação 
dos valores oriundos do setor privado. É fato que o setor público precisa adotar 
o gerencialismo. No entanto, as peculiaridades precisam ser levadas em conta. 
Uma das grandes vantagens de ser servidor público é a estabilidade. Dizer que 
valoriza o servidor e é contra a estabilidade soa como uma incoerência. 
Gabarito: B 
19) (FGV PREF. FLORIANÓPOLIS-SC 2014) Na opinião de Luiz Carlos 
Bresser Pereira (1998), um estado norteado por uma cultura 
burocrática não está a serviço dos cidadãos. É possível compreender 
essa afirmação do autor se considerarmos que a reforma gerencial da 
Administração Pública no Brasil e a Nova Administração Pública 
advogam que: 
(A) os serviços prestados ao Estado precisam ser realizados de forma 
competitiva; 
(B) a estabilidade dos servidores públicos precisa ser preservada e 
ampliada; 
(C) as contratações por meio de concurso público precisam ser 
ampliadas; 
(D) as empresas serão mais eficientes se administradas publicamente; 
(E) os serviços de educação e saúde precisam pertencer ao núcleo 
estratégico do Estado. 
O gerencialismo no setor público tem o grande objetivo de voltar a atuação 
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pública para resultados. Assim, os serviços prestados precisam ser realizados 
de forma competitiva. 
Gabarito: A 
20) (FGV PREF. FLORIANÓPOLIS-SC 2014) Sobre os contornos e 
propostas da Nova Administração Pública (Bresser Pereira, 1998), é 
possível incluir: 
(A) a centralização do ponto de vista político, reduzindo a 
transferência de recursos e atribuições para os níveis regionais e 
locais; 
(B) o controle por resultados, a posteriori, em vez de um controle 
passo a passo dos processos administrativos; 
(C) a progressiva substituição da competição administrada pela 
colaboração como valor orientador das organizações; 
(D) a centralização administrativa, com a ampliação da autoridade 
central; 
(E) o estímulo a organizações unitárias e monolíticas, nas quais a ideia 
de multiplicidade tenha lugar. 
Vejamos as alternativas. 
a) a descentralização é que se insere no contexto gerencial. 
b) essa é a nossa resposta. 
c) a competição deve ser estimulada. 
d) a descentralização é que se insere no contexto gerencial. 
e) as organizações precisam ser múltiplas, com a participação de todos. Não 
podem ser unitárias nem monolíticas. 
Gabarito: B 
21) (FGV DPE-RO 2015) As reformas administrativas no Brasil, em 
grande medida, mostraram-se voltadas à eliminação do 
patrimonialismo. Em relação ao patrimonialismo, é correto afirmar 
que: 
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(A) o quadro administrativo é formado por pessoas com vínculo de 
fidelidade pessoal; 
(B) os processos e controles são centrais ao funcionamento das 
organizações; 
(C) a impessoalidade nas relações é uma característica fundamental; 
(D) a periferia operacional é separada do núcleo estratégico; 
(E) os serviços são moldados como quasi-mercados. 
No patrimonialismo, os funcionários possuem forte vínculo com aqueles que os 
nomearam. São todos apadrinhados. Esse vínculo gera fidelidade pessoal. 
Trata-se de uma relação de troca, de toma lá da cá. 
Gabarito: A 
22) (FGV DPE-RO 2015) No Plano Diretor da Reforma do Aparelho do 
Estado foram previstas algumas mudanças institucionais relacionadas 
à ação do Estado. Dentre elas, destacou-se à época a estratégia de 
publicização, visando à criação das Organizações Sociais que atuariam 
no setor do Estado denominado: 
(A) Institucional-Legal; 
(B) Núcleo Estratégico; 
(C) Atividades Exclusivas; 
(D) Serviços Não-Exclusivos; 
(E) Bens e Serviços para o Mercado. 
As OSs se inserem nos serviços não-exclusivos. Estado e organizações públicas 
não-estatais atuam simultaneamente. 
Gabarito: D 
23) (FGV DPE-MT 2015) As opções a seguir apresentam pontos 
fundamentais do modelo de administração pública gerencial, à exceção 
de uma. Assinale-a. 
a) Foco nos cidadãos, como beneficiários da administração. 
b) Avaliação do desempenho, como instrumento efetivo de gestão. 
c) Ênfase na inovação, como característica básica de gestão. 
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d) Foco em processos, como instrumento de controle. 
e) Busca de resultados, como fator determinante de gestão. 
O foco em processos é característica da administração burocrática, sendo a 
nossa resposta como exceção ao gerencialismo. 
Gabarito: D 
24) (FGV DPE-MT 2015) O modelo de administração pública gerencial 
pressupõe que o Estado é dividido em quatro setores: núcleo 
estratégico, atividades exclusivas, atividades não exclusivas e 
produção de bens e serviços. 
Assinale a opção que indica uma atividade não exclusiva do Estado. 
a) As atividades de arrecadação de impostos. 
b) A elaboração e a fiscalização do cumprimento de leis. 
c) A garantia da segurança pública 
d) A promoção da seguridade social básica. 
e) A prestação de serviços de educação. 
Serviços não exclusivos: 
• Estado e organizações públicas não-estatais atuam simultaneamente 
• O Estado está presente nesse setor dada a sua importância: educação e 
saúde 
Gabarito: E 
25) (FGV TRE-PA 2011) É considerado requisito para a qualificação de 
autarquia ou fundação como agência executiva 
a) ter celebrado contrato de prestação de serviços por, no mínimo, um 
ano com o respectivo Ministério Supervisor. 
b) ter celebrado contrato de permissão e/ou concessão com o 
respectivo Ministério Supervisor. 
c) ter plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento 
institucional concluído há, no mínimo, seis meses. 
d) ter celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério 
Superior. 
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e) ter plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento 
institucional concluído há, no mínimo, um ano. 
Vejamos os itens. 
O erro das letras “a” e “b”: o contrato é de gestão. 
c) e e) não existe essa parte de “seis meses” ou “um ano” para o plano de 
estruturação. 
Gabarito: D 
 
 
Bibliografia 
Livro/Texto Autor 
Administração Geral e Pública Chiavenato 
Direito Administrativo Descomplicado Marcelo Alexandrino 
Orçamento Público Giacomoni 
 
 
Exercícios Trabalhados 
1) (FGV CGE-MA 2014) Por meio do paradigma pós-burocrático foi possível 
identificar algumas vantagensda burocracia como: 
a) a meritocracia. 
b) a rigidez. 
c) a resistência a mudanças. 
d) o apego às regras. 
e) o formalismo. 
2) (FGV SUSAM 2014) A Administração Pública Direta e Indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios relacionados a seguir, à exceção de 
um. Assinale-o. 
A) Princípio da legalidade. 
b) Princípio da publicidade. 
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c) Princípio da moralidade. 
d) Princípio da legitimidade. 
e) Princípio da eficiência. 
3) (FGV SUSAM 2014) A Administração Pública Gerencial está baseada nos 
valores de 
a) eficiência, eficácia e competitividade. 
b) publicidade, eficiência e efetividade. 
c) legalidade, subjetividade e moralidade. 
d) moralidade, compromisso e resultados. 
e) economicidade, efetividade e operacionalidade. 
4) (FGV AL-BA 2014) A eficiência e a necessidade de reduzir custos e aumentar 
a qualidade dos serviços públicos, tendo o cidadão como beneficiário, são 
características próprias da Administração Pública 
a) Patrimonialista. 
b) Gerencial. 
c) Burocrática. 
d) Organizacional. 
e) Oligárquica. 
5) (FGV DPE-RJ 2014) A Nova Gestão Pública, ou New Public Management, que 
representa uma importante mudança de paradigma na administração pública 
internacional, tem como características 
a) utilização de modelos colegiados de deliberação e participação da sociedade. 
b) fortalecimento nas leis e normativos para separação do público e do privado. 
c) utilização de ferramentas de controle de custos, eficiência e gestão por 
resultados. 
d) utilização de políticas para redução das desigualdades sociais. 
e) utilização de redes interorganizacionais e contratos relacionais. 
6) (FGV TRE-PA 2011) De acordo com a Constituição Federal de 1988, a 
Administração Pública obedecerá aos seguintes princípios: 
a) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
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b) legalidade, impessoalidade, moralidade, probidade e externalidade. 
c) legitimidade, impessoalidade, moralidade, probidade e externalidade. 
d) razoabilidade, proporcionalidade, improbidade e personalismo. 
e) discricionariedade, ponderação, isenção e separação de poderes. 
7) (FGV FIOCRUZ 2010) Focalizando-se a mudança cultural na administração 
pública, destacam-se a emergência de valores gerenciais e o fenômeno 
resistência. No processo de transformação são introduzidos, na administração 
pública, elementos característicos da lógica empresarial desenvolvidos no 
contexto da administração privada, pela via da transferência e adaptação de 
conhecimentos gerenciais. 
Dentre os pontos delineadores, assinale a alternativa que não se relaciona a 
esse emergente paradigma gerencial. 
a) Descentralização política e administrativa. 
b) Redução de níveis hierárquicos. 
c) Flexibilidade organizacional e a confiança limitada. 
d) Exclusiva orientação para gestores da organização. 
e) Controle por resultados. 
8) (FGV FIOCRUZ 2010) A intenção das reformas administrativas é a 
construção de um Estado novo, que surgirá como resultado de reformas 
profundas que o habilitarão a desempenhar as funções que o mercado não é 
capaz de executar. 
Nesse contexto, analise as afirmativas a seguir. 
I. O objetivo é construir um Estado que responda às necessidades de seus 
cidadãos. 
II. O objetivo é construir um Estado democrático, no qual seja possível aos 
políticos fiscalizar o desempenho dos burocratas e estes sejam obrigados, por 
lei a lhes prestar contas. 
III. O objetivo é construir um Estado no qual os eleitores possam fiscalizar o 
desempenho dos políticos e estes também sejam obrigados por lei a lhes 
prestar contas. 
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Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
e) se as afirmativas I, II e III estiverem corretas. 
9) (FGV FIOCRUZ 2010) Com relação às características básicas da 
Administração Pública Gerencial, assinale a afirmativa incorreta. 
a) É orientada para o cidadão e para a obtenção dos resultados. 
b) Pressupõe que os políticos e os funcionários públicos são merecedores de 
grau limitado de confiança. 
c) Concentra-se no processo. 
d) Serve-se, como estratégia, da descentralização e do incentivo à criatividade 
e à inovação. 
e) Utiliza o contrato de gestão como instrumento de controle dos gestores 
públicos. 
10) (FGV FIOCRUZ 2010) Com relação à concepção neoliberal do Estado não é 
correto afirmar que: 
a) o Estado deve se manter isolado das pressões do setor privado. 
b) o Estado deve reduzir o tamanho da administração pública. 
c) o Estado deve reduzir o tamanho do setor público. 
d) o Estado deve apoiar-se em decisões discricionárias do que em regras. 
e) o Estado deve delegar as decisões a unidades independentes que não 
cedam às pressões políticas. 
11) (FGV BADESC 2010) Assinale a alternativa que completa corretamente a 
lacuna do fragmento a seguir. 
A dimensão _____ é apontada como a grande barreira para por em prática as 
novas ideias gerenciais baseadas em modelos inovadores, como as agências 
autônomas e as organizações sociais. 
a) econômica. 
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b) cultural. 
c) gestão. 
d) institucional. 
e) política. 
12) (FGV AFRE-RJ 2009) Com relação às formas de propriedades previstas 
pelo modelo gerencial de administração pública, analise as afirmativas a seguir: 
I. O modelo gerencial prevê a propriedade privada. 
II. O modelo gerencial prevê a propriedade pública estatal. 
III. O modelo gerencial prevê a propriedade pública não-estatal. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
13) (FGV SENADO FEDERAL 2008) Segundo a abordagem gerencial da 
administração pública, os setores existentes em um Estado são: 
a) o setor público e o setor privado. 
b) o setor público, o setor privado e o comércio internacional. 
c) o núcleo estratégico, as atividades exclusivas do Estado, os serviços não-
exclusivos e a produção de bens e serviços para o mercado. 
d) o núcleo estratégico, as atividades exclusivas do Estado e os serviços não-
exclusivos. 
e) as atividades exclusivas do Estado, os serviços não- exclusivos e a produção 
de bens e serviços para o mercado. 
14) (FGV TJ-GO 2014) Após a crise fiscal do final da década de 70, governos 
de diversas partes do mundo buscaram elaborar mudanças que pudessem 
tornar a máquina pública menos custosa e mais eficiente. Esse conjunto de 
mudanças, disseminadas pelas administrações da maioria dos países ocidentais 
e formalizado mais tarde por Cristopher Hood, em 1991, ficou conhecido como: 
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(A) administração patrimonialista; 
(B) nova governança pública; 
(C) nova gestão pública;

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