Buscar

Análise de Poemas Simbolistas

Prévia do material em texto

COLÉGIO NOSSA SENHORA DE LOURDES
Ensino Médio Ano: 3º Turma: 1301 Data: 31/05/2020 Disciplina: Literatura Professor(a): Nelson Marques Referência: Trabalho Trimestral Nota:_____________ Nome: Camila Mayer, Jorge Fernando & Luma Leal Nº:01, 09, 12 
 
Ela foi encontrada! Quem? A eternidade...
Ela foi encontrada!
Quem? A eternidade.
É o mar misturado
Ao sol.
Minha alma imortal,
Cumpre a tua jura
Seja o sol estival
Ou a noite pura.
Pois tu me liberas
Das humanas quimeras,
Dos anseios vãos!
Tu voas então...
— Jamais a esperança.
Sem movimento.
Ciência e paciência,
O suplício é lento.
Que venha a manhã,
Com brasas de satã,
O dever
É vosso ardor.
Ela foi encontrada!
Quem? A eternidade.
É o mar misturado
Ao sol.
· Por que é um poema simbolista? Devido à musicalidade dos versos, combinações sonoras e sensoriais, subjetivismo, subversão dos valores realistas, descrença na esperança, temáticas religiosas e alusão a aspectos imaginários e ao inconsciente.
· Qual a nossa interpretação? Para nós, o poema é uma metáfora para a realidade a qual o autor vivenciava. O autor tratava-a como um inferno. No poema, ele dá a entender que está morto e está a caminho do inferno (“que venha a manhã / com brasas de satã), porém, entendemos que é sua visão da realidade vigente. Para ele, não existia inferno, a própria realidade já era o seu inferno.
Adormecido no Vale
É um vão de verdura onde um riacho canta
A espalhar pelas ervas farrapos de prata
Como se delirasse, e o sol da montanha
Num espumar de raios seu clarão desata.
Jovem soldado, boca aberta, a testa nua,
Banhando a nuca em frescas águas azuis,
Dorme estendido e ali sobre a relva flutua,
Frágil, no leito verde onde chove luz.
Com os pés entre os lírios, sorri mansamente
Como sorri no sono um menino doente.
Embala-o, natureza, aquece-o, ele tem frio.
E já não sente o odor das flores, o macio
Da relva. Adormecido, a mão sobre o peito,
Tem dois furos vermelhos do lado direito.
· Por que é um poema simbolista? Pois aborda elementos sensoriais, metáforas personificadas para tratar da natureza, e a morte.
· Qual a nossa interpretação? Para nós, o autor está representando a realidade dura e sofrida de uma guerra. Ele parece estar narrando a morte de um soldado em meio a natureza, fazendo um contraste entre a calmaria da natureza (“É um vão de verdura onde um riacho canta”) e o suplício de um soldado morto na batalha (Tem dois furos vermelhos do lado”).

Continue navegando