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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE TERAPIA OCUPACIONAL DISCIPLINA PRÁTICA PSICOMOTORA EM TERAPIA OCUPACIONAL BRUNA LIRA TEIXEIRA 04047037 3° SEMESTRE ESTUDO DE CASO – PARKINSON BELÉM - PARÁ 2020 Trabalho apresentado a disciplina Prática Psicomotora em Terapia Ocupacional, como requisito para obtenção de nota referente a 2ª avaliação. Orientadora: Profª Sabrina Queiroz SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO......................................................................3 2. ETIOLOGIA...........................................................................4 2.1. FISIOPATOLOGIA..................................................................4 3. SINAIS E SINTOMAS..............................................................5 3.2. PREVENÇÃO.........................................................................5 5. ESTUDO DE CASO..................................................................6 5.2. HISTÓRIA DA DOENÇA PREGRESSA........................................6 5.3. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL................................................6 6. ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL...................................7 7. CONCLUSÃO...........................................................................8 8. REFERÊNCIAS..........................................................................9 ➢ INTRODUÇÃO A doença de Parkinson (DP) é uma doença degenerativa crónica do sistema nervoso central que afeta principalmente a coordenação motora. Os sintomas vão-se manifestando de forma lenta e gradual ao longo do tempo. Na fase inicial da doença, os sintomas mais óbvios são tremores, rigidez, lentidão de movimentos e dificuldade em caminhar. Podem também ocorrer problemas de raciocínio e comportamentais. Nos estádios avançados da doença é comum a presença de demência. Cerca de 30% das pessoas manifestam depressão e ansiedade. Entre outros possíveis sintomas estão problemas sensoriais, emocionais e perturbações do sono. O conjunto dos principais sintomas a nível motor denominam-se "Parkinsonismo", ou "síndrome de Parkinson". Em 2015, a doença de Parkinson afetava 6,2 milhões de pessoas, tendo sido a causa de 117 000 mortes em todo o mundo. A doença de Parkinson geralmente ocorre em pessoas com idade superior a 60 anos, das quais cerca de 1% é afetada. A doença é mais comum entre homens do que em mulheres. Quando aparece em pessoas com menos de 50 anos, denomina-se "Parkinson precoce" ou "juvenil". A esperança média de vida a seguir ao diagnóstico é de 7 a 14 anos. A doença é assim denominada em homenagem ao médico britânico James Parkinson, que publicou a primeira descrição detalhada da doença em 1817 na obra An Essay on the Shaking Palsy. Entre as campanhas de consciencialização estão o Dia Mundial da Doença de Parkinson, realizado a 11 de abril, na data de aniversário de James Parkinson, e a utilização de uma tulipa vermelha como símbolo da doença. 3 ➢ ETIOLOGIA É provável que haja predisposição genética, pelo menos em alguns casos da DP. Cerca de 10% dos pacientes têm história familiar de DP. Vários genes anormais foram identificados. A herança é autossômica dominante para alguns genes e autossômica recessiva para outros. Nas formas genéticas, a idade no início tende a ser mais jovem, mas o curso é tipicamente mais benigno do que DP de início tardio presumivelmente não genética. ➢ FISIOPATOLOGIA Sinucleína é uma proteína celular neuronal e glial que pode se agregar em fibrilas insolúveis e formar corpos de Lewy. A característica patológica da DP é Corpos de Lewy cheios de sinucleína no sistema nigroestriatal. Entretanto, a sinucleína pode se acumular em várias outras partes do sistema nervoso, incluindo o núcleo motor dorsal do nervo vago, núcleo basilar, hipotálamo, neocórtex, bulbo olfatório, gânglios simpáticos, plexos mioentéricos do trato gastrointestinal. Os corpos de Lewy surgem em sequência temporal, e vários especialistas acreditam que a DP seja um desenvolvimento relativamente tardio de uma sinucleinopatia sistêmica. Outros sinucleinopatias (transtornos de deposição de sinucleína) incluem demência com corpos de Lewy e atrofia multissistêmica. A DP podem compartilhar as características de outras sinucleinopatias, como disfunção autonômica e demência. Raramente, a DP ocorre sem corpos de Lewy (p. ex., em uma forma devido a uma mutação no gene PARK 2). Na DP, ocorre perda dos neurônios pigmentados da substância negra, lócus cerúleo e outros grupos de células dopaminérgicas do tronco encefálico se degeneram. A perda dos neurônios da substância negra resulta na depleção da dopamina no aspecto dorsal do putâmen (parte dos gânglios basais) e causa muitas das manifestações motoras da DP. 4 ➢ SINAIS E SINTOMAS Na maioria dos pacientes, os sintomas da doença de Parkinson (DP) começam de forma insidiosa. O tremor em repouso, em uma das mãos, em geral é o primeiro sintoma. O tremor é caracterizado por: Ser lento e grosseiro; Ser máximo em repouso, diminuindo à movimentação e ausente durante o sono; Aumentar por tensão emocional ou fadiga. Muitas vezes envolvendo o punho e os dedos da mão, às vezes envolvendo o polegar movendo-se contra o dedo indicador (rolamento de pílula), como quando as pessoas rolam uma pípula na mão ou seguram um objeto pequeno. Rigidez; Movimentos Lentos; Instabilidade Postural; Demência; Transtornos do Sono. ➢ PREVENÇÃO • Atividades físicas: ajudam na oxigenação do cérebro, deixando-o mais ativo e facilitando a renovação dos neurônios; • Alimentos antioxidantes: “abastecem” o organismo com substâncias importantes para o equilíbrio do corpo; • Estímulos cerebrais: assim como os músculos, a mente também precisa ser estimulada. Estudar uma outra língua, ler frequentemente e desafiar o cérebro com tarefas que parecem difíceis como desenhar ou fazer um cálculo também são formas interessantes de estímulo. • A convivência social é outra importante ferramenta para manter o cérebro sadio. Por isso, em nossas atividades no Centro de Longevidade realizamos encontros que estimulam a leitura, a memória e a sociabilidade dos pacientes. 5 ➢ ESTUDO DE CASO O estudo refere-se ao cliente Flávio Moraes Silva, sexo masculino, casado Com 85 anos de idade, residente de Belém – PA. Estudou até o ensino médio e é aposentado. Iniciou-se o tratamento de Terapia Ocupacional na Clínica da UNAMA. Foi realizado anamnese, sendo obtido o histórico do paciente e o começo da patologia, para assim dar início ao tratamento. Comdiagnóstico de doença de Parkinson há 10 anos. ➢ HISTÓRIA DA DOENÇA PREGRESSA O cliente relatou os primeiros sintomas há 10 anos, iniciando com tonturas, perda de equilíbrio e fraqueza muscular. Depois de receber o diagnóstico iniciou tratamento medicamentoso e terapêutico ocupacional na Clínica da UNAMA. ➢ HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL Apresenta tônus rígido, tremores de repouso em pouca frequência, com força muscular parcialmente preservada, déficit de equilíbrio acentuado provocando distúrbios de marcha e faz uso de sonda vesical. Apresenta perda de amplitude de movimento em grande partes das articulações e faz uso de órteses (bengala). Apesar das dificuldades, consegue realizar suas atividades de vida diária. 6 ➢ ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL O objetivo da terapia ocupacional é tornar o paciente independente funcionalmente, tanto quanto possível, respeitando os seus limites. O tratamento em pacientes com Doença de Parkinson, não pode ser padronizado, visto que, cada paciente é um indivíduo e apresenta incapacidadesespecíficas. O estabelecimento de um plano terapêutico individual baseia-se na avaliação detalhada e nas observações, possibilitando funcionalidade e a independência do paciente nas atividades da vida diária (EGGERS, 1987). A Terapia Ocupacional trabalha com atividades que têm como objetivo, melhorar a funcionalidade do paciente, sendo fundamental que ele e sua família entendam o significado e a importância da realização dessas atividades planejadas a fi m de melhorar o quadro global do paciente. A Terapia Ocupacional tem por finalidades diminuir ou corrigir patologia, promover e mater a saúde, pois ela não é capaz de curar os sintomas e nem de impedir que a doemça progrida, mas é capaz de manter a boa movimentação do paciente, evitar o agravamento do quadro motor e dos aspectos cognitivos. 7 ➢ CONCLUSÃO Conclui-se que, nas realizações dos atendimentos, embora o paciente não possua grandes limitações físicas que o impeçam de realizar atividades funcionais, necessita ser treinado na execução das atividades da vida diária e da vida prática, buscando adquirir uma vida com maior autonomia. A Terapia ocupacional vem contribuir com estes aspectos, favorecendo assim, melhor qualidade de vida ao portador da Doença de Parkinson. 8 ➢ REFERÊNCIAS: https://www.docsity.com/pt/relatorio-parkinson/4834830/ https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https ://sbgg.org.br/a-intervencao-da-terapia-ocupacional-junto-ao- individuo-com-da-doenca-de- parkinson/&ved=2ahUKEwjdzrj4u_HpAhXGILkGHaVACXAQFjA BegQIBBAB&usg=AOvVaw34db_W1seVt3G2SCMBelKP https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_de_Parkinson https://www.h9j.com.br/suasaude/Paginas/Parkinson-medidas- simples-ajudam-a-prevenir-a-doen%C3%A7a.aspx https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbio s-neurol%C3%B3gicos/transtornos-de-movimento-e- cerebelares/doen%C3%A7a-de-parkinson 9
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