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QUADROS DEMÊNCIAIS NOS IDOSOS

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1 Gabrielle Nunes 
QUADROS DEMÊNCIAIS NOS IDOSOS 
OBJETIVOS 
1- Elucidar as principais demências do idoso; 
2- Entender como funciona os testes de Minimental e RAVLT; 
3- Entender o funcionamento e a importância do NASF (explicar o papel de cada profissional); 
4- Conhecer o estatuto do Idoso; 
5- Explicar o funcionamento dos cuidados paliativos; 
6- Associar a deficiência de vitamina B12 com a demência; 
INTRODUÇÃO ÀS DEMÊNCIAS 
CONCEITO 
A demência é uma síndrome caracterizada pelo comprometimento cognitivo persistente e progressivo com diminuição 
significativa de funcionalidade e alteração em, pelo menos, dois domínios cognitivos. 
▪ Prejuízo cognitivo progressivo, em 2 ou mais domínios cognitivos, que interferem na funcionalidade 
QUAIS SÃO OS DOMÍNIOS COGNITIVOS? Visuo-espacial, memória, cognição social, linguagem, pensamento abstrato, 
atenção, praxia, personalidade; 
LINGUAGEM 
Diminuição da fluência verbal; substituição de sílabas e fonemas; alterações na capacidade de escrita; sempre levar em 
consideração o grau da escolaridade; 
▪ Analisar: Sintaxe, nomeação de objetos, gramática, capacidade de escrita e reprodução de desenhos; 
Uma opção é solicitar que o paciente desenhe algo, reproduza um objeto ou faça uma mimica para avaliar os distúrbios 
práxicos. 
MEMÓRIA/ APRENDIZAGEM 
De maneira geral o principal comprometimento de memória está relacionado à dificuldade de memorização ainda em 
estágios iniciais, então há comprometimento na amnésia anterógrada. Com o avanço dos danos cerebrais há também 
comprometimento da memória remota. 
▪ Memória anterógrada: Paciente: “sou viúva”; mas o seu marido está vivo; 
▪ Memória recente: Paciente “Não fui ao mercado ontem1”; na verdade foi e fez a feira; 
▪ Memória imediata: Não consegue repetir as 5 cinco palavra do Minimental 
▪ Memória autobiográfica: Não se reconhece; 
FUNÇÃO EXECUTIVA 
São alteradas quando já não há um planejamento adequado das atividades, o paciente sente dificuldade em organizar 
seus horários e afazeres domésticos como o horário do jantar, por exemplo. 
▪ Perde a capacidade de flexibilidade mental e de reorganização: esquecer a hora de jantar, por exemplo. 
ATENÇÃO COMPLEXA 
É evidenciada pela concentração em uma atividade cotidiana como cozinhar ou estudar e que pode ser facilmente 
alterada no avanço da demência. A atenção pode ser sustentada, dividida ou seletiva e estabelece nossa capacidade 
de realizar uma tarefa e aprendizado. 
PERCEPTOMOTOR 
Capacidade de se localizar no tempo e no espaço; percepção motora e visual; 
As agnosias definem dificuldade em reconhecer um elemento e pode acontecer, por exemplo, com a orientação 
topográfica. Esse é um ponto de preocupação e, por muitas vezes, destaca a atenção dos familiares porque o paciente 
pode se perder em ruas pelas quais passou a vida inteira, no caminho do trabalho, ou ao levar um neto na escola. 
COGNIÇÃO SOCIAL 
Caracterizada pela percepção de si e do outro, pela forma como processamos as informações e entendemos o 
funcionamento social, por exemplo. 
 
2 Gabrielle Nunes 
Alterações importantes nas emoções, por exemplo, perda de empatia configuram diminuição da cognição social. 
 
PREVALÊNCIA: A prevalência, após os 60 anos, dobra a cada 5 anos de idade; após 85 anos: 25-45% dos idosos da 
comunidade terão quadros demenciais; 
ETIOLOGIA 
DEMÊNCIA COM COMPROMETIMENTO ESTRUTURAL DO SNC 
DEMÊNCIAS PRIMÁRIAS (NEURODEGENERATIVAS) 
- Alzheiemr 
- Corpúsculo de Lewy frontotemporal (DFT) 
- Parkinson 
- Huntiggton 
DEMÊNCIAS SECUNDÁRIAS 
- Doença cerebrovascular 
- Tumores 
- HPN (hidrocefalia de pressão normal) 
- Infecções 
DEMÊNCIA SEM O COMPROMETIMENTO DO SNC (CAUSAS TÓXICO-METABÓLICAS) 
- Hipotireoidismo 
- Abuso de drogas 
- Insuf. Renal 
- Insf. Hepática 
- Insuf. Cardíaca 
- Def. vitamina B12 
CAUSAS REVERSÍVEIS 
▪ D: drugs (medicamentos e álcool) 
▪ E: Emotional depression (depressão) 
▪ M: metabolic (ex. hipotireoidismo) 
▪ E: Eyes and ears declining (sensorial) 
▪ N: Normal pressure hydrpcephalus (hidrocefalia) 
▪ T: Tumor or other space-occupying lesion (tumores) 
▪ I: Infection (infecção) 
▪ A: Anemia (deficiência de B12 ou Folato) 
 
Apesar de serem incomuns (2% das causas de demência), as causas reversíveis devem ser pesquisadas, 
devido ao seu potencial benefício para o paciente 
 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM-5 PARA TRANSTORNO NEUROCOGNITIVO MAIOR 
A. Evidências de declínio cognitivo importante a partir de nível anterior de desempenho em um ou mais domínios cognitivos 
(atenção complexa, função executiva, aprendizagem e memória, linguagem, perceptomotor ou cognição social), com 
base em: 
o Preocupação do indivíduo, de um informante com conhecimento ou do clínico de que há declínio significativo 
na função cognitiva; 
o Prejuízo substancial no desempenho cognitivo, de preferência documentado por teste neuropsicológico 
padronizado ou, em sua falta, por outra investigação clínica quantificada. 
 
B. Os déficits cognitivos interferem na independência em atividades da vida diária (i.e., no mínimo, necessita de assistência 
em atividades instrumentais complexas da vida diária, tais como pagamento de contas ou controle medicamentoso). 
- Prejuízo funcional 
 
C. Os déficits cognitivos não ocorrem exclusivamente no contexto de delirium. D. Os déficits cognitivos não são mais bem 
explicados por outro transtorno mental (p. ex., transtorno depressivo maior, esquizofrenia). 
- Excluir delirium e doenças psiquiátricas 
OBS: O diagnóstico é CLÍNICO (Anamnese + avaliação cognitiva) 
 
3 Gabrielle Nunes 
EXAMES CLÍNICOS 
ABORDAGEM INICIAL 
• Qual idade o quadro foi instalado? Modo de instalação? Progressão? 
• História familiar 
• Fatores de risco cardiovasculares, AVC, depressão, medicamentos, álcool, quadro agudo 
EXAMES COMPLEMENTARES 
RASTREIO DE DEMÊNCIA REVERSÍVEL: (1) Laboratorial: hemograma e VHS; bioquímica geral ((eletrólitos, Na, K+, Ca+), função 
renal);; função tireoidiana; vitamina B12; VDRL, FTA-ABs; HIV; 
OUTROS: TC crânio ou RM; bateria neuropsicológica (avaliação por neuropsicólogo); LCR; EEG; SPECT ou PET CT; 
NEUROIMAGEM: Com o objetivo de descartar causas secundária e identificar os padrões anatômicos, funcionais e 
moleculares próprios de cada doença; 
▪ Ex: atrofia da área medialtemporal e alterações no consumo de glicose (PET CT), característico de pacientes com 
Alzheimer; 
TESTES COGNITIVOS 
MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM): é utilizado para avaliar a função cognitiva, é um teste rápido e de fácil aplicação, 
não requerendo material específico. 
PONTOS AVALIADOS 
ORIENTAÇÃO TEMPORAL (5 pontos) Hora aproximada/ dia da semana/dia do mês/mês /ano 
ORIENTAÇÃO ESPACIAL (5 pontos) Local/endereço/bairro ou andar/ cidade/ estado 
REGISTRO (3 pontos) Repetir: carro/vaso/tijolo 
ATENÇÃO E CÁLCULO (5 pontos) 100-7=93-7=86-7=79-7=72-7=65 
EVOCAÇÃO (5 pontos) Três objetos anteriores 
REPETIR (1 ponto) “Nem aqui, nem ali, nem lá” 
COMANDO DE ESTÁGIOS (3 pontos) Pegue essa folha de papel com a mão direita, dobre-a ao meio e coloque-a 
no chão (não repetir ou ajudar) 
ESCREVER UMA FASE COMPLETA (1ponto) Escrever uma frase com sentido (início, meio e fim) 
LER E EXECUTAR (1 ponto) Feche os olhos 
COPIAR DESENHO (1ponto) Copiar dos pentágonos com inserção de ângulos. 
A avaliação se dá pela soma dos pontos, sendo que existe variação pelo nível de escolaridade, veja como é realizado 
no Brasil: 
• Analfabetos: - 18 pontos 
• 1-3 anos de escolaridade: -21 pontos 
• anos de escolaridade: -24 pontos 
• >8 anos de escolaridade: - 26 pontos. 
 
Montreal Cognitive Assessment (MoCA): é um instrumento de rastreio cognitivo considerado mais sensível que o MEEM aos 
estádios mais ligeiros de declínio nomeadamente ao Défice Cognitivo Ligeiro (DCL). 
É um teste mais complexo, com diversos comandos como: seguir postas, desenhar cubos e relógios, nomear animais não 
comumente vistos no dia a dia, testede atenção, memória, linguagem, abstração, evocação de memória tardia e perguntas 
de evocação. 
BATERIA BREVE de RASTREIO COGNITIVO: Teste de aplicação rápida, em torno de 7 minutos e consta em: 
1- Identificação de nomeação de 10 figuras apresentadas em uma folha de papel. Após retirada solicite a nomeação 
dos objetos. Refere--se à memória incidental. 
2- Mostra a folha novamente e retira algumas vezes solicitando que o paciente relembre os objetos. Refere-se à 
memória imediata. 
 
4 Gabrielle Nunes 
3- Oferta mais uma vez a folha e evoca. Aprendizado. 
4- Após um intervalo de cinco minutos é solicitado que o paciente fale nome de animais por exemplo, para avaliar a 
fluência verbal. 
5- Solicite o desenho de um relógio marcando a hora exata (2:45). Neste caso, os desenhos estão relacionados a 
capacidade cognitiva, sendo que podem existir pequenos erros até completa deformidade e incapacidade de 
desenhar o objeto solicitado. 
6- Solicite a evocação das figuras nas folhas após 5 minutos. Refere a memória recente. 
Por fim, o paciente recebe uma folha com 20 desenhos, sendo que os 10 anteriormente apresentados també constam 
desenhados e o paciente deve informar quais estavam anteriormente. Para isso há uma folha de respostas. 
Atente-se que cada entrega da folha deve durar 30 segundos nas mãos do paciente e a retirada consta em 60 segundos. 
TESTE DE APRENDIZAGEM AUDITIVO-VERBAL DE REY (RAVLT): tem por objetivo avaliar os processos de memória declarativa 
episódica e fornecer informações sobre as medidas de aprendizagem audito-verbal, índices de interferência e de retenção 
de informações e memória de reconhecimento. 
▪ Teste realizado em aproximadamente 40 minutos: lista de palavras que deverão ser repetidas pelo paciente em 
inúmeros tempos até que o paciente aprenda todas; 
▪ LINK: https://www.youtube.com/watch?v=WKtPa6q_Idk 
TESTES FUNCIONAIS 
AIVID – ESCALA DE LAWTON ABVD – ESCALA DE KATZ 
- Gerenciar finanças 
- Lidar com transporte (dirigir ou transporte público) 
- Fazer compras 
- Preparar refeições 
- Usar telefone e aparelhos de comunicação 
- Gerenciar medicações 
- Manutenção das tarefas domésticas de casa 
- Alimentar-se 
- Ir ao banheiro 
- Escolher a roupa 
- Arrumar-se e manter a higiene pessoal 
- Manter-se continente 
- Vestir-se 
- Tomar banho 
- Andas e transferir (cama para a cadeira de rodas, por 
exemplo) 
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS 
Declínio cognitivo subjetivo (comprometimento cognitivo leve) > Demência: leve, moderada ou grave. 
DECLÍNIO COGNITIVO SUBJEITO: Clinicamente, os pacientes ou familiares percebem perdas sutis de domínio cognitivos, por 
exemplo, capacidade intelectual para aprender ou ensinar algo percebido facilmente em pacientes com maior 
escolaridade. No entanto, não há alteração nos testes aplicados. 
DECLÍNIO COGNITIVO LEVE: Caracteriza-se pela queixa de alteração cognitiva, especialmente de memória, e são 
evidenciadas alterações leves nos testes neuropsicológicos. Contudo, essas alterações ainda não afetam a funcionalidade 
e por isso determinam o comprometimento cognitivo leve. 
DEMÊNCIA: A graduação da demência é realizada pelo comprometimento funcional. 
▪ Leve: ainda não há alteração funcional ou se existir está relacionado a atividades instrumentais; 
▪ Moderada: perda importante de atividades instrumentais e atividades básicas moderadamente afetadas. 
▪ Grave: perda da capacidade de realizar atividades básicas. 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=WKtPa6q_Idk
 
5 Gabrielle Nunes 
DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS 
As doenças neurodegenerativas do SNC são transtornos caracterizados pela degeneração celular de subconjuntos de neurô-
nios que tipicamente estão relacionados por função em vez de localização física no cérebro. Muitos desses transtornos estão 
associados ao acúmulo de proteínas anormais que servem como marcos histológicos de transtornos específicos. 
DOENÇA DE ALZHEIMER 
É a causa mais comum de demência na população idosa: 60-80% dos casos. 
• 1ºFASE: início insidioso de prejuízo da função intelectual superior e alterações de humor e comportamento; 
• 2ª FASE: desorientação, perda de memória e afasia, achados que são indicativos de disfunção cortical grave; 
• 3ºFASE: ao longo de mais 5-10 anos o paciente se torna profundamente incapacitado, mudo e imóvel; 
Em nível celular, a doença de Alzheimer é caracterizada por uma perda progressiva de neurônios corticais, relacionada com 
a deposição de proteínas anormais, principalmente no córtex entorrinal, hipocampo e córtex cingulado posterior. 
FISIOPATOLOGIA 
Um peptídeo chamado beta amiloide, ou Abeta, se acumula no cérebro com o passar do tempo, iniciando uma cadeia de 
eventos que resulta na doença de Alzheimer. Ab é criado quando a proteína transmembrana chamada proteína precursora 
de amiloide (PPA) é clivada sequencialmente pelas seguintes enzimas: conversora de b-amiloide e y-secretase. 
QUADRO GENÉTICO: As mutações na PPA ou nos componentes da y-secretase (presenilina 1 ou presenilina 2) levam a doença 
de Alzheimer familiar ao aumentar a frequência em que o Ab é gerado. 
 
Enquanto grandes depósitos de Ab são uma característica da doença de Alzheimer em estágio final, pequenos agregados 
de Ab também podem ser patogênicos, já que eles alteram a neurotransmissão e são tóxicos para os neurônios e terminações 
sinápticas. Grandes depósitos na forma de placas também levam à morte neuronal, disparam uma resposta inflamatória 
 
6 Gabrielle Nunes 
local que pode resultar em mais lesão celular e podem causar alteração na comunicação de região para região através de 
efeitos mecânicos sobre os axônios e dendritos. Além de mudança na função colinérgica e de outros neurotransmissores 
ocasionando prejuízo no processo de informações neuronais. 
INTRACELULAR: A presença do Ab também leva à HIPERFOSFORILAÇÃO DA PROTEÍNA TAU de ligação ao microtúbulo 
neuronal. Esse nível maior de fosforilação faz com que a tau seja redistribuída dos axônios para os dendritos e corpos celulares, 
onde se agrega em emaranhados que também contribuem para a disfunção neuronal e a morte celular. 
▪ Placas neuríticas de beta-amiloide + emaranhados neurofibrilares de proteína tau + atrofia cortical (lobos temporais), 
alargamentos dos sulcos cerebrais, aumento ventricular compensatório 
FATORES DE RISCO FATORES PROTETORES 
- Idade avançada 
- Grupo genético ApoE4, SORL1, PSEN1 e PSEN2 
- Doenças vasculares 
- Doenças metabólicas 
- Tabagismo 
- Sedentarismo 
- Elementos sociodemográficos 
- Atividade física regular 
- Estímulo intelectual/escolaridade 
- Dieta rica em antioxidantes 
- Uso de estatinas 
- Uso de anti-inflamatórios durante a vida 
QUADRO CLÍNICO 
São evidentes as alterações cognitivas envolvendo memória, linguagem, praxia, gnosia e função executiva. Dentre esses, a 
memória costuma ser o principal elemento alterado com esquecimentos cotidianos como uma panela no fogão ou um 
número de celular que antes havia gravado na memória. 
Manifestações não cognitivas como sintomas comportamentais e sintomas psicológicos também podem estar em 
associação, por exemplo, a depressão, ansiedade, apatia e irritabilidade. 
ESTÁGIO 1 Amiloide assintomática: traços de amilóide no PET SCAN; redução de beta amilóide no LCR; 
ESTÁGIO 2 Amiloidose + sinais de neurodegeneração: Disfunção neuronal em exames de neuroimagem funcional; 
Aumento de proteína TAU no LCR; Atrofia hipocampal na RMN; 
ESTÁGIO 03 Amiloidose + neurodegeneração + declínio cognitivo: mudança na cognição basal; Desempenho ruim 
em tarefas mais complexas; 
AVALIAÇÃO PELO TEMPO DE INSTALAÇÃO: Nos primeiros anos (1-3 anos) é denominada fase leve; 2 a 8 anos caracteriza a 
fase moderada e 6 a 12 anos a fase grave já com comprometimento avançado com funcionalidade prejudicada. 
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 
Diagnóstico clínico + RNM com atrofia hipocampal + PT SCAM alterada ou não; 
Dentre os mais utilizados são anticolinesterásicose memantina. A estimulação cognitiva é o principal aspecto do tratamento, 
pois favorece o retardamento da perda de funcionalidade. 
▪ Ver filmes 
▪ Leitura 
▪ Conversa 
▪ Contas
 
7 Gabrielle Nunes 
DEGENERAÇÃO LOBAR FRONTOTEMPORAL (DFT) 
É um quadro que tem o componente hereditário. As mutações genéticas ocorrem no cromossomo 17q21-22, no gene tau, e 
representam tubulopatias, pois as anormalidades estão na proteína tau ligante do microtúbulo. Há uma atrofia cerebral 
assimétrica predominantemente na região frontotemporal que caracteriza o quadro clínico peculiar. 
Esses transtornos compartilham características clínicas (deterioração progressiva da fala e alterações de personalidade) 
decorrentes da degeneração e atrofia dos lobos temporal e frontal; 
▪ São sintomas neuropsiquiátricos + alterações de linguagem; 
SÍNDROMES CLÍNICAS: quando o lobo frontal carrega o maior fardo da doença, as alterações comportamentais costumam 
predominar, enquanto, quando a doença começa no lobo temporal, os problemas de linguagem muitas vezes são a queixa 
apresentada. Esses sintomas precedem os distúrbios de memória que podem auxiliar na sua distinção da doença de 
Alzheimer com base clínica. 
▪ VARIANTE COMPORTAMENTAL: alterações em comportamento social e personalidade com sintomas de 
impulsividade, desinibição e negligenciamento com a higiene corporal. 
▪ AFASIA PROGRESSIVA PRIMÁRIA: ocorre degeneração progressiva da linguagem pela atrofia assimétrica 
anterolateral do lobo temporal cerebral. Há redução da fluência e compreensão da linguagem. 
▪ DEMÊNCIA SEMÂNTICA: é um subtipo de afasia progressiva primária e ocorre quando há grave comprometimento 
do lobo esquerdo cerebral. Há fluência na fala, contudo, com desorganização de significado. 
DIAGNÓSTICO: ocorre de maneira geral como nas outras demências, com avaliação clínica ampliada e alguns sintomas são 
bastante sugestivos da DFT, como a desinibição e comprometimento importante da linguagem. Tomografia 
computadorizada e ressonância magnética são indicados para determinar o local e extensão dos danos cerebrais. 
TRATAMENTO: realizado com inibidores da receptação de serotonina (IRSS), trazodona e antipsicóticos. 
FISIOPATOLOGIA: atrofia do cérebro que afeta predominantemente os lobos frontal e temporal 
DEMÊNCIA POR CORPÚSCULO DE LEWY 
A Doença de Lewy afeta indivíduos prioritariamente após os 75 anos e é caracterizada pela perda progressiva das funções 
cognitivas em decorrência da formação dos “corpos de Lewy”. 
QUADRO CLÍNICO: Tem como principais sinais e sintomas a dificuldade de atenção, concentração e perda progressiva da 
memória, além da dificuldade de avaliar distâncias o que ocasiona traumas por quedas constantemente. Além disso, podem 
coexistir sintomas como tremores e rigidez semelhantes a doença de Parkinson, flutuação do estado mental e alucinações 
visuais. 
▪ A perda de memória vem depois da perda da atenção e do estado de alerta, disfunção viuoespacial, distúrbio do sono 
REM (viver seus sonhos) 
▪ Quadros flutuantes na cognição nos estágios iniciais: ora/ dias lúcido e no outro confuso 
▪ Sintomas psicóticos são mais comuns e alucinações, geralmente visuais, podem ser bastante complexas e bizarras (vultos 
de crianças ou animais). 
▪ Há sintomas de parkinsonismo associado – tremores, rigidez e instabilidade postural. 
▪ Sensibilidade a neurolépticos 
FISIOPATOLOGIA: Formação dos corpúsculos de LEWY no córtex: inclusões individuais ou múltiplas, intracitoplasmáticas, 
eosinofílicas, redondas a alongadas, que muitas vezes têm um núcleo denso envolto por halo pálido. Assim como, acúmulo 
de alfa-sinucleina intraneuronal 
TRATAMENTO: ocorre com as medidas de apoio e prevenção de acidentes como, por exemplo, melhorando a iluminação 
dos ambientes na casa, organizando horários de alimentação e ciclo-sono vigília, retirada de tapetes e móveis que sejam 
propícios a quedas. Tratamento medicamentoso: anticolinesterásicos, p/ distúrbios de sono REM usar clonazepam, p/ 
parkinsonismo utilizar levodopa, evitar os neuroléptico. 
DEMENCIA NA DOENÇA DE PARKINSON: Corpúsculos de LEWY: inclusões individuais ou múltiplas, intracitoplasmáticas, 
eosinofílicas, redondas a alongadas, que muitas vezes têm um núcleo denso envolto por halo pálido. 
 
8 Gabrielle Nunes 
DOENÇAS SECUNDÁRIAS 
DISTÚRBIO NEUROCOGNITVO VASCULAR 
A Demência Vascular (DV) é a forma de demência secundária mais prevalente e a segunda entre todas as demências. Sua 
causa direta é a doença cerebrovascular e é representada por um grupo heterogêneo de subtipos relacionando aspectos 
clínicos e de neuroimagem. 
A demência vascular é a perda da função mental devido à destruição do tecido cerebral, pois seu suprimento de sangue 
está reduzido ou bloqueado; 
▪ Caracterizada por declínio cognitivo global e persistente; 
FATORES DE RISCO Hipertensão arterial; diabetes; aterosclerose; fibrilação atrial; dislipidemias; tabagismo; AVCs prévios; 
FISIOPATOLOGIA Múltiplas imagens de isquemia corticais e subcorticais e/ou lesões de microangiopatia/gliose na 
substância branca subcortical 
QUADRO CLÍNICO Inicio pode ser insidioso ou agudo; progressão gradual ou em degraus; quadro clínico variável, 
conforme localização do evento vascular 
TRATAMENTO Controlar fatores de risco cardiovasculares; cogitar anticolinesterásicos e memantina; 
antidepressivos; 
ETIOLOGIA 
Pode ser secundária à hipoperfusão cerebral aguda ou crônica ou a eventos hemorrágicos ou isquêmicos, ou seja, é resultado 
de lesões vasculares a nível de encéfalo. Entre as causas isquêmicas, a DV pode ocorrer devido a um: 
INFARTO ÚNICO DE GRANDES VASOS (DV CORTICAL 
Exemplo: como em um infarto extenso secundário à oclusão da artéria cerebral média; 
DEMÊNCIA POR MÚLTIPLOS INFARTOS 
Ocorrem infartos cerebrais múltiplos, envolvendo áreas corticais e subcorticais, com início abrupto, progressão rápida, sinais 
piramidais, hemiparesia, perda hemi-sensorial, déficits neuropsicológicos e prejuízo de memória. 
INFARTOS LACUNARES SECUNDÁRIOS À DOENÇA DE PEQUENOS VASOS (DV SUBCORTICAL 
São muito observados na substância branca do encéfalo do idoso, há sintomas como prejuízo de memória, função 
executiva anormal, retardo psicomotor, euforia, psicose, hemiparesia, dentre outros. 
A DOENÇA DE BINSWANGER é conhecida pela afecção com múltiplos infartos na substância branca frontal gerando sinais 
pseudobulbares, abulia, alterações do comportamento, sinais piramidais bilaterais, distúrbios de memória e de atenção, 
retardo psicomotor, distúrbios de marcha, incontinência urinária e parkinsonismo. 
INFARTO ÚNICO EM ÁREA ESTRATÉGICA COMO NO TÁLAMO, HIPOCAMPO OU GÂNGLIOS DA BASE 
Deve-se a danos em áreas funcionalmente importantes, sendo a sintomatologia definida de acordo com a área lesada. 
▪ Giro angular apresentam-se com afasia aguda, alexia com agrafia, distúrbios de memória, desorientação 
espacial, agnosia e discalculia. 
▪ Artéria cerebral posterior apresenta amnésia, agitação psicomotora, alucinações visuais, confusão, agnosia e 
déficits visuais 
▪ Artéria cerebral anterior percebem-se abulia, afasia motora transcortical, prejuízo de memória, dispraxia, 
hemiparesia contra-lateral, perda hemi-sensorial em extremidades inferiores e incontinência de esfíncteres. 
HIPOPERFUSÃO 
É uma síndrome de isquemia cerebral decorrente de insuficiência cardíaca e de hipotensão. 
Hipoperfusão aguda (ex. encefalopatia anóxica após parada) ou crônica (ex. IC grave ou hipotensão postural). A área 
mais sensível à hipoperfusão encontra-se entre os territórios das artérias cerebrais média e posterior. 
Ocorre afasia transcortical, prejuízo de memória, apraxia e déficits visoconstrutivos. 
DEMÊNCIA HEMORRÁGICA 
Ocorre por hematomas subdurais crônicos, hematoma intracerebral ou hemorragia subaracnóidea. 
 
 
9 Gabrielle Nunes 
São elencados três critérios diagnósticos: 1- diagnóstico de demência; 2)Evidência da presença de doença cerebrovascular, 
demonstrada pelahistória, pelo exame clínico ou pelos exames de neuroimagem; 3) a demência e a doença 
cerebrovascular precisam estar relacionadas. 
DEMÊNCIA POR QUEDA NA VITAMINA B12 
A vitamina B12 é um dos principais elementos para manutenção e funcionamento cerebral. Deficiência dessa vitamina 
ocasiona desordem na síntese de neurotransmissores e consequentes déficits no processamento de informações cerebrais. 
Os sintomas gerais incluem anemia, fraqueza muscular, desordens da coordenação motora e equilíbrio, parestesias e 
espasmos. Com o surgimento de confusão mental, déficits de memória e dificuldade em executar atividades diárias deve-se 
suspeitar de demência. 
Os impactos da queda de B12 podem ser revertidos? Em alguns casos que há o problema na absorção da vitamina B12, é 
possível fazer a suplementação vitamínica. Já, em outros processos, é preciso regular a alimentação – como uma dieta 
vegana que não contenha a B12. E, por fim, vale destacar: o tratamento com a vitamina deve ser iniciado aos primeiros sinais 
do problema, impedindo que as doenças se tornem irreversíveis. 
ROBBINS: a déficits neurológicos associados a alterações na medula espinhal, chamados coletivamente de degeneração 
combinada subaguda da medula espinhal. Como o nome indica, os tratos ascendente e descendente da medula espinhal 
são afetados. Os sintomas se desenvolvem ao longo de semanas. Os primeiros sinais clínicos costumam incluir ligeira ataxia e 
entorpecimento e formigamento das extremidades inferiores, que podem evoluir para fraqueza espasmódica das 
extremidades inferiores; algumas vezes segue-se até mesmo paraplegia completa. A terapia de reposição vitamínica 
imediata produz melhora clínica; no entanto, se a paraplegia tiver se desenvolvido, a recuperação é ruim. 
DELIRIUM 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DSM-5 
A. Perturbação da atenção (i.e., capacidade reduzida para direcionar, focalizar, manter e mudar a atenção) e da 
consciência (menor orientação para o ambiente). 
B. A perturbação se desenvolve em um período breve de tempo (normalmente de horas a poucos dias), representa uma 
mudança da atenção e da consciência basais e tende a oscilar quanto à gravidade ao longo de um dia. 
 C. Perturbação adicional na cognição (p. ex., déficit de memória, desorientação, linguagem, capacidade visuoespacial ou 
percepção). 
D. As perturbações dos Critérios A e C não são mais bem explicadas por outro transtorno neurocognitivo preexistente, 
estabelecido ou em desenvolvimento e não ocorrem no contexto de um nível gravemente diminuído de estimulação, como 
no coma. 
E. Há evidências a partir da história, do exame físico ou de achados laboratoriais de que a perturbação é uma consequência 
fisiológica direta de outra condição médica, intoxicação ou abstinência de substância (i.e., devido a uma droga de abuso 
ou a um medicamento), de exposição a uma toxina ou de que ela se deva a múltiplas etiologias. 
COMPARANDO OS TERMOS 
DEMÊNCIA Alterações: memória, habilidade visoespacial, cognição, distúrbios do humor, alterações na personalidade 
e comportamento, linguagem. 
▪ É uma diminuição, lenta e progressiva, da função mental; 
DELIRIUM Síndrome cerebral orgânica sem etiologia específica, caracterizada por estado confusional agudo; 
acomete principalmente idosos hospitalizados; é uma urgência médica; 
▪ É caracterizado por uma incapacidade de prestar atenção, desorientação, incapacidade de 
pensar com clareza e flutuações do nível de alerta. 
Fatores de risco: polipatologia, febre, infecção, distúrbiometabólico, fratura, demência, distúrbio sensorial, 
múltiplas drogas, etc. 
 
10 Gabrielle Nunes 
DEPRESSÃO Prazer diminuído na vida; perda de peso; insônia; agitação motora; retardo psicomotor; fadiga; culpa 
inadequada ou sentimento de inutilidade; diminuição na capacidade de pensar, concentra-se ou tomar 
decisões; pensamento recorrentes de morte; 
• Depressão maior 
• Distimia 
• Distúrbio bipolar 
CASOS CLÍNICOS 
DEMÊNCIA LEVE: Paciente Maria Arcanja, 73 anos, casada, católica, professora aposentada, natural e procedente de 
Salvador (BA). QP: Consulta de rotina na unidade básica de saúde. HMA: Paciente refere que há quatro meses tem sentido 
dificuldade para organizar as contas e pagamentos, inclusive, no mês passado não pagou as contas de luz e água, mas disse 
aos filhos que estavam pagas. Conta que neste último não conseguiu mais fazer a feira sozinha, precisando voltar pra casa 
e pedir ajuda a filha mais velha. Não sabe explicar exatamente qual foi à dificuldade encontrada. Queixa-se também de 
esquecer todo os números telefônicos que tinha em mente há alguns esses. Sem alteração de linguagem, ou 
perceptomotora. Nos testes aplicados perdeu pontos nas AIVDs, sem comprometimento de ABVDS. 
▪ Alterações apenas em atividade instrumentais 
DEMÊNCIA GRAVE: Paciente Francisco Ambrósio, 85 anos, viúvo, evangélico, ex-carpinteiro, natural e procedente de Niterói 
(RJ). QP: Neto afirma que o avô não consegue se alimentar sozinho há dois meses e não toma banho sozinho há desde o 
último mês. HMA. Neto de seu Francisco conta que no último mês o avô já não quer tomar banho e quando tenta realizar 
não consegue mais, pois passa sabonete antes de ligar o chuveiro e se molhar, ou apenas olha a água cair e não consegue 
executar o ato em si. Também não quer que ninguém o ajude, brigando e utilizando com palavras agressivas. Além disso, 
não consegue se alimentar porque deixa todo alimento cair na mesa ou não aceita mais o que lhe oferecem. Esquece 
constantemente o nome dos filhos e fugiu de casa na última semana, sendo encontrado por vizinhos sem saber explicar onde 
morava ou quem é. Você aplica os testes e seu Francisco não realizada mais nenhuma atividade instrumental, além disso, 
realiza poucas atividades básicas de vida diária, com limitação grave na maioria. 
▪ Alterações nas atividades instrumentais e nas atividades básicas 
ESTATUTO DO IDOSO 
LEI NO 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003. DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DO IDOSO E DÁ OUTRAS 
PROVIDÊNCIAS. 
Art. 1o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 
(sessenta) anos. 
Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que 
trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua 
saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. 
Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta 
prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, 
à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. 
 Art. 4o Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo 
atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei. 
DOS ALIMENTOS: 
▪ Art. 11. Os alimentos serão prestados ao idoso na forma da lei civil. 
▪ Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores. 
DO DIREITO À SAÚDE: 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.741-2003?OpenDocument
 
11 Gabrielle Nunes 
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o 
acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, 
proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos. 
 § 1o A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão efetivadas por meio de: 
 I – cadastramento da população idosa em base territorial; 
 II – atendimento geriátricoe gerontológico em ambulatórios; 
 III – unidades geriátricas de referência, com pessoal especializado nas áreas de geriatria e gerontologia social; 
 IV – atendimento domiciliar, incluindo a internação, para a população que dele necessitar e esteja impossibilitada de se 
locomover, inclusive para idosos abrigados e acolhidos por instituições públicas, filantrópicas ou sem fins lucrativos e 
eventualmente conveniadas com o Poder Público, nos meios urbano e rural; 
 V – reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, para redução das seqüelas decorrentes do agravo da saúde. 
 § 2o Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos, gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso continuado, 
assim como próteses, órteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação. 
PONTOS IMPORTANTES: 
▪ Estabelece as garantias de prioridade; 
▪ É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso. 
▪ Determina direitos à liberdade inerentes a pessoa humana 
LINK: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm 
NÚCLEO AMPLIADO DE SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF) 
MODALIDADES 
Para que serve: aumentar a resolutividade e a qualidade da Atenção Básica, ampliando o repertório de ações da Atenção 
Básica, a capacidade de cuidado de cada profissional e o acesso da população a ofertas mais abrangentes e próximas das 
suas necessidades. 
MODALIDADE I Vinculada a, no mínimo, 5 (cinco) e a, no máximo, 9 (nove) equipes de Saúde da Família (eSF) ou 
equipes de Atenção Básica para populações específicas (Consultórios na Rua, equipes ribeirinhas e 
fluviais) 
MODALIDADE II Vinculada a, no mínimo, 3 (três) e a, no máximo, 4 (quatro) eSF e/ou equipes de Atenção Básica 
para populações específicas (Consultórios na Rua, equipes ribeirinhas e fluviais). 
MODALIDADE III Vinculada a, no mínimo, 1 (uma) e a, no máximo, 2 (duas) eSF e/ou equipes de Atenção Básica 
para populações específicas (Consultórios na Rua, equipes ribeirinhas e fluviais), agregando-se de 
modo específico ao processo de trabalho delas, configurando-se como uma equipe ampliada. 
O NASF deve ser constituído por uma equipe na qual profissionais de diferentes áreas de conhecimento atuem em conjunto 
com os das eSF, compartilhando e apoiando as práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade das equipes . Tal 
composição deve ser definida pelos próprios gestores municipais e eSF, mediante critérios de prioridades identificadas a partir 
das necessidades locais e da disponibilidade de profissionais de cada uma das diferentes ocupações. 
A composição de cada um dos NASF será definida pelos gestores municipais e equipes Saúde da Família e deve considerar 
os critérios de prioridade identificados a partir dos dados epidemiológicos, das necessidades do território e das equipes de 
saúde que serão apoiadas. 
Para efeito de repasse de recurso federal, poderão compor os NASF: profissional/professor de educação física, nutricionista, 
fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, farmacêutico, assistente social, psicólogo, fonoaudiólogo, médico psiquiatra, médico 
ginecologista, médico pediatra, médico acupunturista, médico homeopata, médico ginecologista/obstetra, médico 
geriatra, médico internista (clínica médica), médico do trabalho, médico veterinário, profissional com formação em arte e 
educação (arte educador) e profissional de saúde sanitarista. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm
 
12 Gabrielle Nunes 
LINK: 
▪ http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0548_04_04_2013.html 
▪ http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0562_04_04_2013.html 
▪ https://aps.saude.gov.br/ape/nasf/perguntasfrequentes/ 
CUIDADOS PALIATIVOS 
CONCEITOS 
PALIAR: tornar menos intenso; abrandar, amenizar, atenuar; 
Cuidados Paliativos consistem no atendimento ativo e multidisciplinar de pacientes, cuja doença não responde ao 
tratamento curativo, por isso têm a finalidade de controlar possíveis dores físicas e outros sintomas, até contornar problemas 
sociais, psicológicos e espirituais. 
▪ Demências, insuficiência cardíaca, enfisema pulmonar e a doença renal crônica também podem ser doenças com 
indicações de cuidados paliativos, mas principalmente pacientes oncológicos e doenças crônicas em estágio 
avançado; 
▪ Indicações: são indicados para todos os pacientes (e familiares) com doença ameaçadora da continuidade da vida 
por qualquer diagnóstico, com qualquer prognóstico, seja qual for a idade, e a qualquer momento da doença em 
que eles tenham expectativas ou necessidades não atendidas. 
OBS: Os cuidados paliativos não devem ser iniciados apenas na fase terminal da doença, : devem estar disponíveis para 
pacientes e seus familiares durante todo o processo de doença ameaçadora à continuidade da vida e também no 
transcurso do luto. 
EQUIPE: são prestados mais efetivamente por uma equipe interdisciplinar, p. ex., médicos, enfermeiros, assistentes sociais, 
psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, capelães e voluntários que sejam 
competentes e habilidosos em todos os aspectos do processo de cuidar relacionados à sua área de atuação. 
OBJETIVO: oferecer a melhor assistência, controle dos sintomas, alívio da dor, conforto e acolhimento ao paciente e sua 
família, desta forma garantindo mais qualidade de vida, ao invés de simplesmente esperar a terminalidade e finitude. 
CUIDADOS PALIATIVOS AUXILIAM PACIENTES E FAMILIARES A: 
Lidar com questões físicas, psicológicas, sociais, espirituais e de ordem prática, com seus medos, suas expectativas, 
necessidades e esperanças; 
Preparar-se para a autodeterminação no manejo do processo de morrer e do final da vida; 
Lidar com as perdas durante a doença e o período de luto; 
Alcançar o seu potencial máximo, mesmo diante da adversidade. 
 
LOCAL DO CUIDADO: Pacientes e familiares necessitam 
de acesso a Cuidados Paliativos em cada um dos 
ambientes em que estejam recebendo cuidados. Se o 
paciente precisa ser transferido de um ambiente para 
outro, é importante garantir a continuidade do cuidado, 
para que se mantenha respeitada a abordagem 
paliativa. 
 
 
 
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0548_04_04_2013.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0562_04_04_2013.html
https://aps.saude.gov.br/ape/nasf/perguntasfrequentes/
 
13 Gabrielle Nunes 
 
 
INFORMAÇÕES ESSENCIAIS 
I. Uma pessoa tem indicação de cuidados paliativos na terceira idade quando existe declínio funcional, falência orgânica 
ou síndrome de fragilidade. Esses são sinais que indicam a dependência total ou parcial do idoso para a maior parte das 
atividades diárias. 
II. Embora não cure, os cuidados paliativos têm como objetivo aliviar a dor ou qualquer outro sintoma invasivo da doença, 
oferecendo o suporte que o paciente idoso precisa. 
III. Devem ser iniciados no momento do diagnóstico da doença, pois ao longo do tratamento assumem uma importância 
cada vez maior. 
IV. Os cuidados são multidisciplinares, por isso, além de profissionais especializados envolvem também o apoio dos familiares. 
V. A essência dos cuidados paliativos consiste em permitir que o idoso e seus familiares possam viver com mais conforto e 
da melhor maneira 
LINK: https://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2015/05/vamos-falar-de-cuidados-paliativos-vers--o-online.pdf; 
https://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2015/05/vamos-falar-de-cuidados-paliativos-vers--o-online.pdf

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