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RESUMO NEUROFISIOLOGIA - ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO-convertido (2)

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RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 1 
 
 
RESUMO FISIOLOGIA – INTRODUÇÃO A NEUROFISIOLOGIA – CAPÍTULO 46 GUYTON 
 
• Neste capítulo do livro, vamos falar como está composto o nosso SNC e como ele 
funciona, ou seja, a sua estrutura geral e quais são os mecanismos pelo qual ele trabalha. 
• Tópicos: 
a) Estrutura do Sistema Nervoso. 
b) Neurônio – unidade funcional básica do sistema nervoso. 
c) Sinais aferentes – chegam pelos dendritos. 
d) Sinais eferentes – se transmite pelo axônio. 
e) Sinapse – (química) – unidirecional 
f) SNC – formado por 100.000 milhões de neurônios. 
• Neurônios do SNC – Unidade Funcional Básica: A nossa unidade funcional do sistema 
nervoso é o neurônio, esse neurônio tem os seus dendritos que seria a sua parte 
receptiva, tem o soma ou corpo neuronal e nós temos o seu prolongamento axônico 
que vai dar continuidade e comunicação com o neurônio seguinte. Nós vamos ter as 
suas comunicações por meio das sinapses e esses neurônios conformam tanto as nossas 
estruturas periféricas como nervos assim como nosso SNC propriamente dito. 
 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 2 
 
 
 
• Nós recebemos milhões de bits que seriam informações a todo instante e essas 
informações são correspondentes a todos os nossos sinais externos. Nós temos 
recepção visual, olfatória, auditiva a todo momento. E tudo isso é transmitido pelos 
nossos neurônios até o nosso sistema nervoso onde ele é interpretado. 
• Receptores Sensoriais: Podem ser auditivos, visuais, táteis ou de outras classes. Esta 
experiência sensitiva produz as vezes reações imediatas ou se conserva no cérebro 
durante minutos, semanas ou anos. 
• A porção somática que transmite a informação sensitiva se encontra em toda a 
superfície corporal e algumas estruturas profundas se dirigem a numerosas áreas 
sensitivas situadas em: 
a) Medula espinhal em todos os seus níveis. 
b) Substância reticular do bulbo, protuberância e mesencéfalo. 
c) Cérebro. 
d) Tálamo. 
e) Nas áreas somastésicas do córtex cerebral. 
• Nós temos uma grande gama de receptores sensitivos que podem ser auditivos, visuais, 
táteis, dentre outros. Esses receptores são responsáveis pela nossa compreensão do 
meio externo, ou seja, nos colocam em contato com o meio externo. E a partir disso, 
nós teremos a comunicação com os nossos níveis cerebrais, mais especificamente 
dizendo, níveis do sistema nervoso. O processamento da informação tem diferentes 
níveis. Informações simples são processadas em um nível, informações medianas em 
outro nível e informações complexas são processadas em outro nível. Então nós temos 
3 diferentes níveis de processamento das informações no sistema nervoso. Então nós 
temos processamento na medula espinal, nas regiões subcorticais e também na região 
da nossa corteza (córtex) cerebral. 
• Na imagem abaixo (Figura 46 – 2) podemos observar como funciona o nosso 
eixoneuromotor, que é uma das nossas principais formas de comunicação com o meio 
externo. É a forma pela qual o nosso sistema nervoso nos permite locomover-se, entrar 
em contato e sentir temperatura, pressão, frio, dentre outros. Então na imagem 
podemos ver que na pele, nós temos os receptores sensitivos que sentem frio, pressão, 
calor, dor, visão, dentre outros. E esses nossos receptores sempre que são estimulados 
emitem sinais e esses sinais são chamados de sinais aferentes que sobem, ascendem 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 3 
 
em direção ao nosso SNC por meio da medula espinal, como podemos ver na imagem 
abaixo. 
 
• Então nós temos o nosso sistema nervoso dividido em dois grandes grupos, ou seja, um 
sistema nervoso aferente sensitivo e um sistema nervoso eferente motor. 
• Porção Motora: São os efetores. A função mais importante que o SNC desempenha é o 
controle e a regulação das distintas funções corporais, governando: 
a) Contrações da musculatura esquelética. 
b) Contrações musculares lisas das vísceras. 
c) Secreção das glândulas exócrinas e endócrinas. 
• Essas funções em conjunto se conhecem como funções motoras e os musculos e 
glândulas que a recebem são os efetores. 
• O nosso sistema nervoso eferente motor é assim chamado porque literalmente nós 
temos a formação de uma resposta propriamente dita. Nós temos a contração dos 
músculos esqueléticos por esses nervos motores, nós temos a secreção glandular, nós 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 4 
 
temos a contração das nossas vísceras que seriam os nossos órgãos musculares ocos 
dentre outros. Então essa é a nossa porção motora. 
 
• E nós temos também a nossa porção aferente sensitiva que realiza a compreensão do 
nosso meio externo. 
 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 5 
 
• Tratamento da Informação – Função Integradora do SN: A primeira característica da 
neurofisiologia é o tratamento da informação. O nosso sistema nervoso recebe milhões 
de informações e essas informações são selecionadas e isso se chama canalização das 
informações. Nesse momento por exemplo, quando estamos sentados ou de pé e até 
mesmo dormindo, nós temos milhões de informações, nós temos a roupa que está 
encostando no corpo, temos a temperatura do ambiente, a luminosidade, enfim, temos 
milhões de informações e tudo isso é canalizado. Isso significa que o nosso sistema 
nervoso descarta mais de 99% dessas informações, porque mais de 99% dessas 
informações nesse momento é inútil, isso ocorre porque por exemplo, se nós nos 
preocuparmos com uma formiga que estão passando sob nosso pé nesse momento, e 
nós não prestarmos atenção na aula, nós não iremos aprender o conteúdo. Então 
funciona dessa maneira, a canalização das informações é justamente para selecionar e 
filtrar aquilo que é importante no momento adequado propriamente dito. Então essa é 
a primeira característica do nosso sistema nervoso. O sistema nervoso realiza o 
tratamento da informação aferente que recebe, de tal modo a produzir respostas 
motoras adequadas. O cérebro descarta mais de 99% de toda a informação sensorial 
por carecer de interesse ou importância. Depois de selecionar a informação sensorial, 
esta é conduzida até as regiões motoras adequadas do encéfalo para produzir as 
respostas convenientes. Esta canalização da informação se chama função integradora 
do sistema nervoso. 
• Mas como isso é possível? O mecanismo pelo qual o nosso sistema nervoso trabalha é 
simples, ou seja, é a sinapse. A sinapse é a comunicação entre os nossos neurônios. 
Esses neurônios comunicam-se com grande facilidade, mas ao mesmo tempo eles 
podem literalmente inibir-se. Esse nosso conjunto de comunicações vai ser muito 
utilizado para o armazenamento de informações ou memória. O armazenamento de 
informações ou memória é a comunicação neuronal. Na parte da neurofisiologia 
existem comunicações entre grupos neuronais e essas comunicações são facilitadas ou 
inibidas de acordo com a quantidade de repetições. Por exemplo, quando temos um 
estímulo visual na sequencia várias e várias vezes, nós nos acostumamos com isso, e 
lembramos disso e isso acontece porque os neurônios se comunicaram várias vezes para 
informar que essa informação visual estava ali presente. Então essa comunicação 
neuronal é armazenada sob a forma de memória. A memória está relacionada 
principalmente à porção da corteza (córtex), o encéfalo tem uma porção mais externa 
que é a corteza motora onde fica armazenada a maior parte da memória, mas 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 6 
 
fisiologistas e neurocientistas já verificaram que a medula e regiões subcorticais 
também possuem informação ou armazenamento de memória. 
• O papel das sinapses no tratamento da informação determinam a direção que seguem 
os sinaisnervosos a propagar-se pelo sistema nervoso. Algumas sinapses transmitem os 
sinais com facilidade e outros se fazem de forma mais difícil. Os sinais facilitadores e 
inibidores do sistema nervoso regulam as etapas dos sinais. Alguns receptores pós-
sinápticos respondem com muitos impulsos eferentes e outros somente com alguns 
poucos impulsos. Assim as sinapses realizam um trabalho seletivo, bloqueando os sinais 
débeis ao mesmo tempo que deixam passar os sinais mais intensos, ou bem 
selecionando e ampliando certos sinais débeis e canalizando esses sinais em muitas 
direções e não somente em uma única direção. 
• Principais Níveis de Funcionamento do SNC: O sistema nervoso é dividido em algumas 
porções. O sistema nervoso humano herdou capacidades funcionais especiais de cada 
um dos estágios evolutivos humanos. Dessa herança existem 3 níveis principais do 
sistema nervoso que tem atributos funcionais específicos. Esses níveis são conhecidos 
como nível medular, cortical e subcortical. Então como funciona essa filtração da 
informação? Nós temos 3 níveis de processamento. É como se fosse uma hierarquia, 
tem coisas que determinados níveis podem processar, e outras que não podem ser 
processadas. Nós temos um nível medular ou espinal que são as nossas informações 
básicas, ou seja, aquilo que não é preciso comunicar o tempo inteiro o SNC para ser 
realizado. Por exemplo, nós estamos de pé nesse momento, ou até mesmo deitado, 
isso quer dizer que a nossa postura é processada pelo nosso nível espinal ou medular. 
São informações como a marcha, a contração dos músculos para manter a nossa 
postura, a contração constante, ou seja aquele tônus muscular, dentre outros. Então 
isso tudo é realizado a nível da medula, é o nosso primeiro auxílio, a medula comunica 
e realiza manutenção. 
• O nosso segundo nível é o encefálico inferior, também conhecido como nível 
subcortical, onde vai incluir todos aqueles tecidos que estão abaixo da corteza, que 
seriam os gânglios da base, putâmen, corpo estriado, dentre outros, ou seja, 
corresponde ao nível do tronco encefálico, cerebelo, estruturas localizadas abaixo da 
corteza cerebral. Eles processam informações mais complexas das informações 
processadas ao nível medular, mas não são informações tão complexas. Um exemplo 
perfeito disso são as informações processadas pela protuberância e bulbo raquídeo. São 
informações importantes que seria o controle da respiração que é fundamental para a 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 7 
 
nossa vida, controle da FC mas que literalmente não são tão complexas como outras 
que podem ser realizadas. 
• O nosso terceiro nível que é o mais complexo onde se encontra armazenamento de 
memória, a realização de movimentos precisos minuciosos, é o nível cortical ou nível 
encefálico superior da corteza. Cada região da nossa corteza motora, seja occipital, 
temporal, parietal tem uma função específica, como compreensão da fala, realização de 
movimentos motores minuciosos, dentre outros. Então, todo esse tipo de informação 
que é ultra específico é realizado pelo nosso nível encefálico superior. 
a) Nível Espinhal ou Medular: O nível medular corresponde basicamente a todas as 
porções da medula espinhal. Tem como funções a realização dos movimentos de 
marcha, reflexos de retirada por estímulos dolorosos, reflexos de contração forçada 
das pernas para sustentar o corpo contra a ação da gravidade e reflexos que regulam 
localmente os vasos sanguíneos, ou seja, vasodilatação e vasoconstrição, 
movimentos gastrointestinais, excreção urinária, além de muitas outras funções. 
Por exemplo, no caso do reflexo da micção, quando a bexiga está cheia, ela está 
cada vez maior, ela está dilatando porque está repleta de urina, então essa 
dilatação, a distensão da bexiga é recebida pelo sistema simpático que manda 
informação até a medula espinhal na região sacra, e do sacro vem uma resposta 
motora para acontecer a contração da bexiga. Então começa uma contração para 
essa pessoa ter vontade de ir ao banheiro e liberar o esfíncter para poder urinar. 
Então a medula espinhal controla o reflexo urinário. Nós também temos o 
peristaltismo que quando ele precisa aumentar a sua função ou até mesmo 
diminuir, ele também depende um pouquinho da medula espinhal, ou seja, a 
medula espinhal tem que gerar comandos através do simpático e do parassimpático 
para aumentar o peristaltismo no caso do parassimpático ou diminuir o 
peristaltismo no caso do simpático, então a medula espinhal vai gerar comandos 
para aumentar ou diminuir esse peristaltismo. 
b) Nível Encefálico Inferior (Subcortical): O nível subcortical corresponde ao tronco 
encefálico, os gânglios da base, o hipotálamo, o cerebelo, o tálamo. Então são essas 
as porções que estão dentro do nível subcortical. Esse nível recebe o nome de 
subcortical porque está abaixo do córtex cerebral. Então seria todo o nosso 
diencéfalo com o cerebelo e o tronco encefálico. Controla atividades subconscientes 
através de áreas inferiores do cérebro, bulbo raquídeo, protuberância, 
mesencéfalo, hipotálamo, tálamo, cerebelo e gânglios basais. Esse nível controla a 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 8 
 
pressão arterial e a respiração através do tronco encefálico (ponte e bulbo). Ainda 
a nível do tronco encefálico, temos a região cardiotônica do sistema nervoso, ou 
seja, controla a frequência cardíaca. Quando falamos do hipotálamo, nós temos a 
região que controla a temperatura corporal. Temos também o controle do equilíbrio 
graças ao tronco encefálico e ao cerebelo principalmente. Esse nível controla 
também reflexos alimentares como salivação, quando temos fome começamos a 
salivar um pouco mais, ação de lamber os lábios que é um reflexo alimentar quando 
estamos com fome, estes reflexos ocorrem a nível de bulbo, ponte, mesencéfalo, 
amigdala e hipotálamo. Raiva, excitação, resposta sexual, reação à dor, reação ao 
prazer também são reações controladas pelo nível encefálico inferior ou subcortical. 
c) Nível Encefálico Superior (Cortical): O córtex cerebral basicamente tem a função no 
controle da memória, ou seja, no armazenamento de informação. O córtex cerebral 
é um armazenamento de memória, o córtex nunca funciona sozinho, mas sempre 
em associação com outros centros inferiores do sistema nervoso. Quando o córtex 
cerebral trabalha junto com a região anterior, no caso o nível subcortical inferior, 
ele trabalha no controle da vigília, que é a capacidade do ser humano ficar acordado. 
Quando nós acordamos, tomamos café, estamos indo trabalhar ou indo para a 
faculdade, nós estamos super acordados quando tivemos uma noite bem dormida, 
então o nosso nível de vigília é super elevado, porque está liberando noradrenalina 
no nosso SNC e assim estamos prontos para uma aula, prontos para o trabalho. No 
entanto, no decorrer da aula como acontece com muitos alunos, o sono vai 
aparecendo e isso é culpa da noradrenalina baixando os seus níveis nessa região do 
nível cerebral superior junto com o inferior. Então a noradrenalina vai baixando os 
seus níveis e consequentemente o nível de vigília vai diminuindo também. Então, o 
nosso nível de vigília é controlado pelo nível encefálico superior e inferior. 
• Sinapses: A comunicação entre os nossos neurônios é simples, acontece por meio das 
sinapses. Essa comunicação neuronal pode ser dividida em 2 tipos, ou seja, nós temos 
as sinapses químicas e nós temos as sinapses elétricas. 
a) Sinapses Químicas: As sinapses químicas acontecem quando nós temos a liberação 
de neurotransmissores num espaço chamado de fenda sináptica. Então um 
neurônio comunica-se com outro por meio da liberação de neurotransmissores que 
são substancias geralmente de origem proteica que irão ativar o neurônio que está 
adjacente. A característica diferencial entre a sinapse e a sinapse elétrica,é que na 
sinapse química graças a essa função apresenta uma unidirecionalidade, ou seja, ela 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 9 
 
vai de um neurônio para o neurônio que está ao lado, nunca acontece de forma 
multidirecional como é o caso da nossa sinapse elétrica. A figura abaixo, mostra 
como funciona a nossa sinapse química. Então nós temos um neurônio 
comunicando-se com outro, os quais estão separados por uma fenda sináptica que 
geralmente tem uma dimensão, uma largura de 200 a 300 angstroms. E a 
comunicação entre eles é feita pela vesícula sináptica, onde nós temos as proteínas 
as quais irão ativar canais que se encontram na membrana pós-sináptica. Então o 
neurônio que está excitando o neurônio de baixo vai ter uma prolongação que é 
chamada de terminal pré-sináptico ou botão sináptico, porque fisiologistas 
estudaram por microscópio eletrônico e perceberam que essa estrutura tem forma 
de botão. Essas vesículas são liberadas na fenda sináptica por exocitose e ativam a 
membrana pós-sináptica, mais especificamente os nossos canais. 
 
b) Sinapses Elétricas: As nossas sinapses elétricas acontecem graças a transmissão de 
impulsos elétricos entre os nossos neurônios. Como podemos observar na imagem 
abaixo, na nossa sinapse elétrica, nós temos uma junção intercelular, ou seja, nós 
não temos uma fenda sináptica, nós temos uniões comunicantes, as uniões GAP que 
permitem a transmissão desse impulso elétrico entre esses neurônios. A partir do 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 10 
 
momento em que este neurônio for excitado, o neurônio seguinte será excitado 
automaticamente. 
 
• Anatomia Fisiológicas da Sinapse: Então, a anatomia fisiológica das sinapses constam 
do seguinte, nós temos que entender minuciosamente onde estão acontecendo esses 
processos. 
a) Soma ou corpo neuronal. 
b) Axônio. 
c) Dendritos. 
d) Terminais pré-sinápticos. 
• Na figura 46 – 6, nós temos a representação de um neurônio motor anterior típico, onde 
temos os dendritos, nós temos o soma neuronal e nós temos o axônio. O ponto de 
comunicação acontece da seguinte maneira, os dendritos recebem os nossos terminais 
pré-sinápticos (ilustrados na cor verde na imagem abaixo). Eles saem da prolongação 
que é o axônio e no fim das suas prolongações formam-se os terminais pré-sinápticos 
que comunicam-se com outro neurônio que está abaixo. Na figura 46 – 6 podemos ver 
os terminais pré-sinápticos entrando em contato com os dendritos e a partir disso nós 
temos a nossa comunicação. 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 11 
 
 
• Terminais Pré-Sinápticos: Como nós podemos observar na imagem abaixo, os terminais 
pré-sinápticos tem a forma ovalada, nós temos a nossa hendidura ou fenda sináptica 
onde serão liberados os nossos neurotransmissores. 
 
• Mecanismo que Provoca Liberação de Neurotransmissor – Missão do Cálcio: O 
mecanismo principal estudado que provoca a liberação de neurotransmissores foi 
graças aos canais de cálcio (Ca+2) voltagem dependentes nas nossas membranas pré-
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 12 
 
sinápticas. Na imagem acima, podemos observar que temos vários canais de cálcio 
voltagem dependentes, então quando o cálcio entra, ele libera essas vesículas sinápticas 
na nossa fenda sináptica. A partir disso, nós temos a excitação da membrana pós-
sináptica que está abaixo. 
• Ação da Substância na Membrana Pós-Sináptica: A liberação de neurotransmissores é 
literalmente correspondente a quantidade de ingressou, quanto maior for a quantidade 
de cálcio, maior vai ser a quantidade de neurotransmissores liberados. Esses 
neurotransmissores irão agir na nossa membrana pós-sináptica, unindo-se aos nossos 
canais. E esses canais podem ser canais ionóforos ou podem ser canais metabotrópicos, 
ou seja, são 2 tipos de canais. 
a) Componente Ionóforo: Esses canais possuem canais iônicos ou atua como um 
ativador de segundo mensageiro. Os canais iônicos são aqueles que permitem a 
passagem de íons e os canais metabotrópicos são aqueles que atuam estruturas 
intracelulares que são conhecidas como segundos mensageiros. 
 
• Como podemos ver na imagem, o cálcio vai entrar na membrana pré-sináptica e vai 
liberar essas vesículas, essas vesículas irão se encaixar, se fundir na membrana pré-
sináptica irão ativar esses canais. Esses canais podem ser de 2 tipos, ionóforos ou 
metabotrópicos. Os canais ionóforos irão permitir a passagem de íons que podem ser 
íons com carga positiva ou carga negativa. E os canais metabotrópicos terão outro 
funcionamento. 
1. Canais Iônicos: Os canais ionóforos que são os nossos canais iônicos, eles irão 
literalmente ativar cátions ou ânions. Dependendo da ativação, nós vamos ter uma 
excitação ou uma inibição neuronal. 
2. Canais Metabotrópicos: Os nossos canais metabotrópicos irão ativas os segundos 
mensageiros. A proteína G é um dos nossos principais mecanismos de segundo 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 13 
 
mensageiro. Na imagem abaixo, nós temos o receptor da membrana, logo abaixo temos 
a porção do componente de ligação, porque é o local onde o neurotransmissor se 
conecta, e quando ele se conecta a porção logo abaixo não abre nenhum canal, isso 
significa que o componente Ionóforo não funciona como canal iônico. Ele funciona como 
um ativador de segundo mensageiro. Então, esse ativador de segundo mensageiro vai 
ativar na região intracelular, o segundo mensageiro que está representado por 3 
estruturas desenhadas em azul na imagem, chamadas de proteína G. Essa proteína G é 
uma proteína que tem 3 subunidades proteicas, a subunidade alpha, a subunidade beta 
e subunidade gama. 
 
 
• A proteína G é o segundo mensageiro porque ela vai gerar respostas na região 
intracelular, ela vai gerar 4 tipos de respostas. Ela vai gerar uma resposta de abertura 
de canais na membrana plasmática e o axônio dele já se localiza nos nervos espinais que 
saem da medula ou nos pares cranianos que saem do tronco encefálico. Então com a 
chegada do neurotransmissor, ele se conecta no componente de ligação do receptor, 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 14 
 
isso gerou um comando, uma energia que viaja pelo componente ionóforo que é o 
ativador do segundo mensageiro. Ativa a proteína G que é o segundo mensageiro. A 
subunidade alpha que é a maior delas se solta, porque as subunidades beta e gama 
ficam presas na proteína. A subunidade alpha vai fazer uma das 4 funções, e uma dessas 
funções é abrir canal. Como podemos ver na imagem, podemos observar a abertura de 
um canal de potássio (K+). Então quando se abre um canal de potássio (K+), isso quer 
dizer que o potássio sai do interior da célula, ele vai do LIC para o LEC, então corre a 
perda de carga positiva para o exterior, isso quer dizer que estamos inibindo esse 
neurônio e tudo isso ocorre dentro do citoplasma do neurônio pós-sináptico. Então a 
primeira função é a inibição do neurônio. 
 
• A segunda função que ela pode desempenhar é a ativação de enzimas na membrana 
plasmática, como exemplo, temos as enzimas que trabalham na formação do AMP 
cíclico, então ela pega ATP e forma AMP cíclico. Esse AMO cíclico tem a capacidade de 
formar uma molécula de ATP posteriormente sem a necessidade de entrar em todo o 
processo do ciclo de Krebs e também o AMP cíclico é considerado em alguns lugares 
como segundo mensageiro. 
• A terceira função é ativar enzimas na região intracelular, no citoplasma, como por 
exemplo, enzimas que fazem a glicólise, glicogenólse, gliconeogênese. Então ele vai 
ativar enzimas que degradam os carboidratos, ou que ajudam na produção de ATP 
dentro da mitocôndria, então ela vai ativar enzimas intracelulares. 
• E a quartafunção é a transcrição gênica que é uma das mais importantes. Quando 
falamos de transcrição gênica que é o momento onde a célula produz proteína. Então 
ela vai produzir proteína. Se observarmos a imagem acima, vemos que o receptor é 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 15 
 
proteína, o segundo mensageiro que é a proteína G é uma proteína e as enzimas que 
são ativadas também são proteínas, então a produção de proteína no núcleo é muito 
importante. A proteína G viaja até o núcleo e ativa a transcrição que nada mais é do que 
pegar o DNA e formar o RNAm. Esse RNAm sai do núcleo, vai até o ribossomo, acontece 
a tradução dessa mensagem e consequentemente o ribossomo começa a produzir 
proteína, como por exemplo, produz proteína de canal de sódio (Na+), proteína 
receptora de acetilcolina, proteína que vai servir como bomba de Na+/K+, uma proteína 
que vai servir como canal de potássio, proteína que vai servir como canal de cálcio. 
Então as proteínas são muito importantes para o funcionamento celular do nosso 
organismo. Então, nós estaremos melhorando um pouco o desenvolvimento do 
neurônio produzindo proteína. Geralmente essa quarta função que é a transcrição 
gênica acontece na repetição de informação para memória. 
• Terminais Pré-Sinápticos: Então como podemos ver na imagem abaixo, o cálcio se uniu 
na membrana pré-sináptica, liberou essas vesículas de neurotransmissores e eles irão 
ativar esses canais. Esses canais podem ser iônicos ou podem ser metabotrópicos. Esses 
íons que podem passar podem ser íons positivos ou negativos, ou seja, catiônicos ou 
aniônicos. 
 
• Quando nós temos um canal aniônico, e esse neurotransmissor faz com entre íons 
ânions, entrarão íons negativos. E se entra íons negativos no interior desse nosso 
neurônio, então o interior desse neurônio vai se tornando cada vez mais negativo. Mais 
negativo, faz com ele se mantenha no repouso, então isso seria uma inibição, ou seja, 
ele não vai ser excitado. 
• Agora, quando nós temos um canal iônico catiônico, nós vamos ter uma passagem de 
íons positivos, consequentemente esse interior vai ficando cada vez mais positivo e nós 
vamos ter uma excitação neuronal. É assim que nós temos a atuação do nosso sistema 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 16 
 
nervoso. Ou o neurônio fica excitado ou ele fica inibido. Se ele fica inibido ele não faz 
nada. Se ele fica excitado, ele transmite impulsos adiante. 
• Receptores: Então, esses receptores podem ser excitadores ou inibidores. A excitação 
de um neurônio acontece geralmente pela ativação de canais catiônicos. Então ativa 
esses canais catiônicos, entram íons positivos e esse neurônio fica excitado. Mas existem 
outras situações, como por exemplo, o fechamento dos canais de potássio. Se o potássio 
não consegue sair dentro da célula, ele se acumula no interior, o potássio é um íon 
positivo, então se ele fica no interior e ele é positivo, consequentemente nós teremos 
uma excitação neuronal. 
• Agora, já a inibição acontece geralmente pela abertura de canais aniônicos, como 
seriam os canais de cloro. Nós temos neurotransmissores como o GABA e outros que 
realizam a abertura desses canais de cloro, então com a entrada do cloro no interior da 
célula, consequentemente o interior fica negativo e nós temos uma inibição neuronal. 
 
• Substancias que Atuam como Transmissores: Esses neurotransmissores que foram 
liberados são classificados grandemente em neurotransmissores de ação rápida ou 
neurotransmissores de ação lenta. 
 
 
 
 
 
 
 
• 
 
SINTETIZADOS NO CITOSOL DA MEMBRANA PRÉ-SINÁPTICA 
AÇÃO RÁPIDA AÇÃO LENTA – 
NEUROPEPTÍDEOS 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 17 
 
• Receptores de Ação Rápida: Os nossos receptores de ação rápida tem duração de 
milissegundos. Os neurotransmissores de molécula pequena e de ação rápida são 
divididos em 4 classes. Então a classificação dos neurotransmissores é a seguinte: 
a) Neurotransmissores de Classe I: Acetilcolina. É a única classe onde a acetilcolina 
está presente. 
b) Neurotransmissores de Classe II: Nesse classe temos as nossas aminas, como a 
noraepinefrina, epinefrina, serotonina, histamina, dopamina. 
c) Neurotransmissores de Classe III: Na classe III nós temos os nossos aminoácidos, 
como por exemplo o GABA (ácido gama-aminobutírico) que é um importante 
inibidor neuronal, temos também o glutamato, glicina, aspartato. 
d) Neurotransmissores de Classe IV: Nessa classe temos o óxido nítrico que tem 
funções muito importantes. 
 
• Receptores de Ação Lenta: Tem duração muito mais potente e muito mais prolongada. 
Os nossos neurotransmissores de ação lenta, geralmente são chamados de neuro-
hormônios porque eles estão envolvidos no nosso sistema nervoso e endócrino. Eles 
tem ação duradoura de 1 à 2 dias e geralmente eles são peptídeos hipotalâmicos e 
hipofisários. 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 18 
 
 
• Um é liberado de forma lenta porque ele é sintetizado no nosso citosol, no soma, passa 
ao retículo endoplasmático, depois aparato de Golgi e depois vai caminhado até o 
axônio até ser liberado. 
• Agora os nossos neurotransmissores de ação rápida que seria a noraepinefrina, 
epinefrina, acetilcolina são produzidos justamente no nosso terminal pré-sináptico, 
então eles já são produzidos ali e já são liberados. 
• Fenômenos Elétricos – Excitação Neuronal: A nossa célula nervosa funciona como uma 
célula normal, ou seja, ela tem um potencial de repouso, e esse potencial de repouso 
tem valor de –65mV, isso foi estuado em nossos neurônios dos cornos anteriores da 
medula. Esse valor de –65mV é muito parecido com o potencial de repouso do músculo 
liso, é uma célula que é extremamente excitável. E esses –65mV são graças à grande 
quantidade de potássio que nós temos no interior dessa célula. A partir do momento 
que nós temos a excitação desse neurônio, ele vai se comunicar com outro neurônio, 
nós temos uma distribuição uniforme desse impulso elétrico. Isso significa que quando 
nós temos uma alteração nesse potencial de repouso, ele vai para um valor de –45mV, 
isso vai ser transmitido rapidamente por todo o soma e logo axônio porque no interior 
nós temos uma substancia de alta condutividade elétrica, ou seja, o neurônio é um bom 
condutor elétrico. 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 19 
 
 
• Efeito da Excitação Sináptica Sobre a Membrana Pós-Sináptica: Para transmitir uma 
informação nós temos uma excitação neuronal. Nós temos que fornecer um valor 
elétrico, umbral de 20mV, ou seja, desses –65mV nós vamos levar em torno de –45mV 
e aí nós já vamos ter a transmissão desse potencial de ação para outros neurônios. E 
isso nós chamamos de excitação pós-sináptica. 
 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 20 
 
• Na imagem acima podemos observar como funciona. Então temos um neurônio (Figura 
A), ele está em repouso, o valor no interior dele normal é de –65mV. Ele vai ser excitado 
(Figura B), foi liberado neurotransmissores na hendidura sináptica, a partir dessa 
liberação de neurotransmissores, nós vamos levar o interior de membrana para –45mV 
e logo esse impulso elétrico vai ser transmitido adiante excitando outro neurônio. 
• Agora no caso de uma inibição de um grupo neuronal (Figura C), ocorre a liberação 
desses neurotransmissores, ativam os nossos canais aniônicos, entra cloro, fica mais 
negativo e como isso cessa o estímulo. 
• Geração dos Potenciais de Ação no Segmento Inicial do Axônio que Abandona o 
Neurônio – Umbral de Excitação: A excitação neuronal começa no segmento inicial do 
axônio. Essa excitação acontece porque no segmento inicial do axônio, nós temos a 
maior quantidade de canais de sódio (Na+) voltagemdependentes, então entra muito 
sódio e vai excitando todo o neurônio. 
• Fenômenos Elétricos da Inibição Neuronal: No caso da inibição ocorre o processo 
inverso, nós temos a liberação de neurotransmissores que ativam os nossos canais 
aniônicos, tornando esse interior mais negativo e consequentemente o estímulo cessa. 
Essa é a nossa inibição pós-sináptica. 
 
• Inibição Pré-Sináptica: Aparecem antes de que o impulso alcance as sinaspses. Obedece 
as descargas de substancias inibidoras na parte externa das fibrilas nervosas do terminal 
pré-sináptico. A inibição pré-sináptica se produz em muitas das vias sensitivas do 
sistema nervoso, ou seja, é dizer que as fibras nervosas se inibbem mutuamente, o qual 
reduz ao mínimo a difusão colateral dos impulsos pelas vias sensitivas. 
• Evolução Temporal dos Potenciais Pós-Sinápticos: Agora esse sistema neuronal se 
comunica por uma forma muito interessante que seria a somação de estímulos. Todos 
os neurônios estão conectados e nós vamos ter uma somação que vai ser temporal ou 
que pode ser espacial. Quando uma sinapse excita um neuronio motor anterior, a 
membrana somente mantém uma grande permeabilidade aos íons sódio durante 1 a 2 
milisegundos. Neste brevíssimo tempo ingressam íons suficientes para fazer surgir o 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 21 
 
EPSP. Este potencial descende com lentidão durante 15 milisegundos, que é o tempo 
necessário ao excesso de cargas positivas ao sair do neurônio e restabelecer o potencial 
de repouso. O neurônio quando se comunica com outro neurônio, se ele libera 
neurotransmissores de ação rápida, a duração de todo esse processo é de em torno de 
1 a 2 milissegundos, mas isso não é funcional, por vezes, nós precisamos aumentar essa 
comunicação, então nós temos os nossos tipos de comunicação que seria a somação 
espacial e a somação temporal. 
• Somação Espacial nos Neuronios – Umbral de Descarga: Os fisiologistas estudaram e 
perceberam que um neuronio sozinho não é capaz de excitar outro neurônio, isso em 
relação aos terminais pré-sinápticos, isso quer dizer que é necessário de vários terminais 
pré-sinápticos para excitar o neurônio que está abaixo. Um terminal pré-sináptico 
consegue fornecer apenas 0.5 a 1mV. Para ser excitado é necesário de 20mV, então um 
terminal pré-sináptico sozinho não consegue excitar outro neurônio, então nós 
precisamos de vários terminais pré-sinápticos. A imagem abaixo demonstra exatamente 
isso, nós precisamos de vários terminais pré-sinápticos, no mínimo de 16 a 20 terminais 
pré-sinápticos disparando para conseguir excitar o neurônio que está adjacente. Isso 
seria a somação espacial, vários terminais pré-sinápticos atuando em conjunto para 
ativar o outro neurônio. Quando não existe a possibilidade da somação espacial, daí 
temos a somação temporal. 
 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 22 
 
• Somação Temporal: A somação temporal seria a descarga rítmica e constante de vários 
impulsos elétricos. Então o neurônio vai excitar o próximo neurônio descarregando 
várias vezes o mesmo impulso elétrico pelo mesmo terminal pré-sináptico. Então é 
quando temos a descargas sucessivas de um só terminal pré-sináptico, essa é a 
diferença entre os dois tipos de somação. 
• Facilitação de Neuronios: Agora, aplicando tudo isso à prática. Então temos o nosso 
encéfalo, nossos neurônios periféricos, são neurônios e eles se comunicam, a 
comunicação entre eles é a sinapse. A sinapse mais frequente é a sinapse química, 
liberação de neurotransmissores, esses neurotransmissores podem ser de ação rápida 
e de ação lenta, na maior parte das vezes são de ação rápida. Esses neurônios se 
comunicam o tempo inteiro, mas aí tem aquele detalhe que um neurônio sozinho não 
pode excitar outro neurônio, ele precisa de vários, por isso eles estão aglomerados, são 
conjuntos neuronais e eles realizam a somação. A somação espacial é a utilição de vários 
terminais pré-sinápticos e a somação temporal é somente um que está descarregando 
várias e várias vezes até conseguir exictar o neurônio que está ao lado. Quanto mais nós 
utilizamos um caminho neuronal, maior vai ser a facilidade de comunicação entre eles, 
ou seja, eles vão criando afinidade. Por exemplo, quando nós realizamos um exercício 
físico repetitivo, mais fácil fica, porque o caminho neuronal vai acelerando a nossa 
velocidade de transmissão que é conhecido como “facilitação neuronal”. 
• Funções Especiais dos Dendritos na Excitação Neuronal: Os dendritos dos neurônios 
motores se extendem de 500 a 1000 micrometros em todas as direções desde o corpo 
neuronal. Podem receber sinais desde uma extensa zona situada ao redor do neuronio 
motor, o qual facilita a somação de sinais procedentes de muitas fibras nervosas pré-
sinápticas independentes. A maioria dos dendritos não pode transmitir os potenciais de 
ação, mas podem transmitir sinais mediante condução elétrica. Outra função especial 
é a somação da excitação e da inibição nos dendritos. 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 23 
 
 
• Relação Entre o Estado de Excitação do Neurônio e a Velocidade/Descarga: O estado 
de somação é a soma líquida do impulso excitador que chega ao neurônio. Se o grau de 
excitação supera a de inibição em qualquer instante, se diz que existe um estado de 
excitação. Na mudança, se a inibição é maior do que a excitação, então se fala em estado 
de inibição. 
• Características Especiais da Transmissão Sináptica: Nós temos algumas características 
especiais da nossa união sináptica. As características da união sináptica seria a fadiga da 
união sináptica e as influencias da hipóxia, alcalose e acidose. Nós não podemos pensar 
que esses neurônios podem se comunicar de maneira aleatória o tempo inteiro, 
disparando excessivamente. Não é assim, existe uma fadiga que está relacionada a 
quantidade de neurotransmissores disponíveis. Se existe uma quantidade “X” , então 
existe uma quantidade “X” que pode ser liberada. E é isso que acontece em algumas 
situações como a epilepsia. Na epilepsia a pessoa começa a tremer, se debater mas em 
determinado tempo ela remite porque esgotaram os seus neurotransmissores. 
• Efeito da Acidose e Alcalose sobre a Transmissão Sináptica: Na alcalose nós temos 
grande quantidade de oxigênio disponível. Grande quantidade de oxigênio fornece 
 
RESUMO ELABORADO POR ANDREY LEANDRO MENSHHEIN – MEDICINA UCP 4º SEMESTRE 24 
 
grande quantidade de neurotransmissores e consequentemente aumenta a 
excitabilidade neuronal, maior comunicação entre eles. 
• A alcalose aumenta a excitabilidade neuronal e a acidose deprime intensamente a 
atividade neuronal. 
• Efeito da Hipóxia sobre a Transmissão Sináptica: Na hipóxia ocorre o contrário. Na 
hipóxia e na acidose nós temos baixa quantidade de oxigênio, ou seja, baixa 
disponibilidade para a formação de neurotransmissores e logo diminuímos a 
comunicação neuronal. 
• Efeito dos Fármacos sobre a Transmissão Sináptica: Os fármacos podem aumentar ou 
diminuir a atividade neuronal. Ex: cafeína, teofilina, teobromina, aumentam a 
excitabilidade neuronal. Os fármacos anestésicos inibem a atividade neuronal.

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