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TÓPICOS DO CASO CLINICO GIARDIA LAMBLIA

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Kaline Augusta dos Santos de Oliveira 
 
Matéria: Parasitologia 
Curso: Enfermagem Matutino 
 
 
 
 
TÓPICOS DO CASO CLÍNICO GIARDIA LAMBLIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Salvador - Bahia 
2020 
 
Giardia lamblia 
 
 
 Agente etiológico; 
Giardíase é uma doença causada por pelo protozoário Giardia lamblia ou G. 
duodenalis ou G. intestinalis. 
Ø Taxonomia 
•Reino : Protista 
•Sub-reino: Protozoa 
•Filo: Sarcomastigophora 
•Sub-filos: Mastigophora 
•Classe: Zoomastigophorea 
•Família: Hexamitidae 
•Gênero: Giardia üG 
 Doença(parasitose); 
Giardíase é uma infecção no intestino delgado causada pelo protozoário 
Giardia lamblia. A infecção ocorre principalmente quando a pessoa ingere 
cistos do protozoário (forma que o parasita adquire para resistir a condições 
ambientais desfavoráveis até conseguir um hospedeiro) presentes em 
alimentos contaminados por fezes e água sem tratamento. A ingestão do 
parasita também pode ocorrer por falta de higiene, ao não lavar as mãos 
adequadamente, por exemplo, ou pelo contato sexual com uma pessoa 
infectada. 
 Epidemiologia; 
Ø Distribuição mundial (cosmopolita) 
Ø OMS: 500 mil novos casos/ano 
Ø Atinge principalmente crianças de 8 meses à 10-12 anos (creches) 
Ø Surtos epidêmicos veiculados por água 
Ø Prevalência ü 5 a 43% em países em desenvolvimento ü 3 a 7% em países 
desenvolvidos 
 
 Morfologia e habitat; 
Ø Morfologia 
• Piriforme (12-15 µm de comprimento) 
• simetria bilateral 
• achatamento dorsoventral 
• superfície ventral - disco adesivo 
• 2 núcleos ü= quantidade de DNA 
• ambos ativos transcripcionalmente 
• ambos dividem ao mesmo tempo 
• 4 pares de flagelos 
• Reproduz-se por fissão binária 
Ø Habitat: duodeno e parte do jejuno 
• mergulhados nas criptas 
• aderidos mucosa - disco suctorial 
• metabolismo: anaeróbio (não tem mitocôndria) 
• aerotolerante 
• nutrição: membrana e pinocitose 
• Deslocamento rápido por batimento dos flagelos 
• Reprodução: divisão binária longitudinal ücultivável 
 Transmissão; 
Ø Cistos são responsáveis pela transmissão (sobrevivem na água) 
Ø Água e alimentos contaminados 
Ø Transmissão direta pelas mãos (fecal-oral) 
Ø Período de incubação ü1-4 semanas com média de 7-10 dias 
 Ciclo biológico; 
A infecção ocorre pela ingestão de cistos em água ou alimentos contaminados. 
No intestino delgado, os trofozoítos sofrem divisão binária e chegam à luz do 
intestino, onde ficam livres ou aderidos à mucosa intestinal, por mecanismo de 
sucção. A formação do cisto ocorre quando o parasita transita o cólon, e neste 
estágio os cistos são encontrados nas fezes (forma infectante). No ambiente 
podem sobreviver meses na água fria, através de sua espessa camada. 
 Patogenia e Sintomatologia; 
Ø Patogenia 
• processo “principalmente” mecânico 
• parasitas em grande quantidade aderem e recobrem a parede do duodeno - 
“tapete” 
• “impression prints” - marcas deixadas quando o parasita descola, arrancando 
as microvilosidades. 
• Evidências da presença de uma toxina (CRP136) 
• Não ocorre invasão da mucosa 
• O revestimento da parede do duodeno dificulta a absorção intestinal (?) - 
diarréia 
• Grande número de trofozoítas é eliminado. 
 
Ø Sintomatologia 
- Assintomática 
- Sintomática (agudo-crônico) 
• Aguda, intermitente e autolimitante 
• Dores abdominais (cólicas) 
• Diarréia (líquida) - muco + gordura - ausência de hemáceas 
• Má absorção intestinal Incubação: 12-20 dias. 
 Imunidade; 
Ø Resposta do hospedeiro• Aguda – neutrófilos e eosinófilos 
• Crônica: inflamação – atrofia das microvilosidades 
• Participação de IgM, IgA e IgG específicos 
• HIV: não induz aumento ou gravidade de casos 
 Diagnóstico; 
Ø Parasitológico 
• Nas fezes formadas – pesquisa de cistos com salina ou lugol pelo método de 
Faust; 
• No fluido duodenal – pesquisa de trofozoítos em biópsia jejunal ou “Entero-
test” (para casos de diarréia crônica); 
• Nas fezes diarréicas – pesquisa de trofozoítos ou cistos– (imediatamente 
após a coleta ou colocar em soluções conservantes pois os trofozoítos têm 
viabilidade curta); 
Ø Imunológico 
• No soro – pesquisa de anticorpos por ELISA ou IFI – pouco sensível e 
específico; 
• Nas fezes – pesquisa de antígenos por ELISA – sensibilidade em torno de 
85% a 95% e especificidade de 90 a 100%. 
• Amostras de água – pesquisa de DNA parasitário por PCR. 
 
 Tratamento; 
 
 Profilaxia. 
Ø Saneamento básico (água) 
Ø Higiene - creches, asilos 
Ø Cuidados com alimentos 
Ø Tratamento dos doentes 
Ø Tratamento dos portadores assintomáticos - muito importante 
Ø Animais domésticos (cães e gatos) são reservatórios

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