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Gerenciamento de resíduos. São atribuições dos biomédicos a elaboração de plano e gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, obedecendo a critérios técnicos e legislação ambiental e visando a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. É o que estabelece a Resolução nº 124, de 16/6/2006, do Conselho Federal de Biomedicina, em vigor desde 21 de junho. O exercício da atividade profissional regulada pela resolução requer submissão aos termos contidos na RDC nº 306 da Anvisa e/ou outra que vier a atualizar e complementar os procedimentos contidos na referida RDC. A Resolução nº 124 aplica-se aos geradores de resíduos de serviços de saúde relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo, laboratórios analíticos, de produtos para a saúde, necrotérios, funerárias e serviços onde realizem atividades de embalsamento, serviços de medicina legal, estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde, centros de controle de zoonoses, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnósticos in vitro, serviços de tatuagens, serviços de acupuntura, unidades móveis de atendimento à saúde, dentre outros similares. Na Biomedicina é utilizado o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS). O PGRSS é um conjunto de procedimentos de gestão que visam o correto gerenciamento dos resíduos produzidos em estabelecimentos de saúde; Contempla os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta interna, armazenamento, transporte, tratamento e destinação final, bem como os aspectos relativos à proteção à saúde pública e segurança ocupacional do pessoal envolvido nas etapas do gerenciamento de resíduos; Baseia-se na resolução da ANVISA – RDC 306 e do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA 358, O PGRSS é obrigatório, sendo que todo gerador de resíduos de serviços de saúde deverá elaborar o seu. Quem são os geradores ? Os laboratórios analíticos de produtos para saúde; Os necrotérios, funerárias e serviços onde se realizam atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); Os serviços de medicina legal; As drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; Os estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; Os centros de controle de zoonoses; Os distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; As unidades móveis de atendimento à saúde; Os serviços de acupuntura; Os serviços de tatuagem, dentre outros similares. Diretrizes aplicáveis a todos os geradores para elaboração do PGRSS (RDC 306/2004 ANVISA): Segregação; Acondicionamento; Identificação; Transporte Interno; Armazenamento Temporário; Tratamento; Armazenamento Externo; Coleta e Transporte externos, Disposição Final. A classificação dos RSS vem sofrendo um processo de evolução contínuo, na medida em que são introduzidos novos tipos de resíduos nas unidades de saúde e como resultado do conhecimento do comportamento destes perante o meio ambiente e a saúde, como forma de estabelecer uma gestão segura com base nos princípios da avaliação e Séries Temáticas Anvisa Tecnologias em Serviços de Saúde Volume 1 28 Brasil: destinação dos resíduos em 2000 Fonte: Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - 2000 Elaboração: Fespsp, 2005. gerenciamento dos riscos envolvidos na sua manipulação. Os resíduos de serviços de saúde são parte importante do total de resíduos sólidos urbanos, não necessariamente pela quantidade gerada (cerca de 1% a 3% do total), mas pelo potencial de risco que representam à saúde e ao meio ambiente. Os RSS são classificados em função de suas características e conseqüentes riscos que podem acarretar ao meio ambiente e à saúde. De acordo com a RDC ANVISA no 306/04 e Resolução CONAMA no 358/05, os RSS são classificados em cinco grupos: A, B, C, D e E. Classificação dos resíduos Grupo A - resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção; Grupo B - resíduos químicos; Grupo C - rejeitos radioativos; Grupo D - resíduos comuns, Grupo E - materiais perfurocortantes. Os resíduos do serviço de saúde ocupam um lugar de destaque pois merecem atenção especial em todas as suas fases de manejo (segregação, condicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final) em decorrência dos imediatos e graves riscos que podem oferecer, por apresentarem componentes químicos, biológicos e radioativos. Esses resíduos representam um potencial de risco em duas situações: Para a saúde ocupacional de quem manipula esse tipo de resíduo, seja o pessoal ligado à assistência médica ou médico-veterinária, seja o pessoal ligado ao setor de limpeza e manutenção; Para o meio ambiente, como decorrência da destinação inadequada de qualquer tipo de resíduo, alterando as características do meio. O risco no manejo dos RSS está principalmente vinculado aos acidentes que ocorrem devido às falhas no acondicionamento e segregação dos materiais Séries Temáticas Anvisa Tecnologias em Serviços de Saúde Volume 1 30 perfuro-cortantes sem utilização de proteção mecânica. Quanto aos riscos ao meio ambiente destaca-se o potencial de contaminação do solo, das águas superficiais e subterrâneas pelo lançamento de RSS em lixões ou aterros controlados que também proporciona riscos aos catadores, principalmente por meio de lesões provocadas por materiais cortantes e/ou perfurantes, e por ingestão de alimentos contaminados, ou aspiração de material particulado contaminado em suspensão. E, finalmente, há o risco de contaminação do ar, dada quando os RSS são tratados pelo processo de incineração descontrolado que emite poluentes para a atmosfera contendo, por exemplo, dioxinas e furanos. Tratamento dos resíduos Desinfecção para tratamento dos resíduos do grupo A : As tecnologias de desinfecção mais conhecidas são a autoclavagem, o uso do micro-ondas e a incineração. Estas tecnologias alternativas de tratamento de resíduos de serviços de saúde permitem um encaminhamento dos resíduos tratados para o circuito normal de resíduos sólidos urbanos (RSU), sem qualquer risco para a saúde pública. Descontaminação com utilização de vapor em altas temperaturas (autoclavagem) : É um tratamento que consiste em manter o material contaminado em contato com vapor de água, a uma temperatura elevada, durante período de tempo suficiente para destruir potenciais agentes patogênicos ou reduzi-los a um nível que não constitua risco.Tratamento térmico por incineração : É um processo de tratamento de resíduos sólidos que se define como a reação química em que os materiais orgânicos combustíveis são gaseificados, num período de tempo prefixado. O processo se dá pela oxidação dos resíduos com a ajuda do oxigênio contido no ar. Saúde Ocupacional Imunização (hepatite B, tríplice viral, dupla bacteriana, tuberculose etc); Uso de EPI conforme o procedimento de descarte de resíduos; Lavagem de mãos após manuseio de qualquer resíduo; Não reencapar agulhas; Fazer as refeições/comer em ambientes próprios(refeitórios etc); Descarte correto: grupos de resíduos – recipientes corretos; Referências Bibliográficas Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_gerenciamento_residuos.pdf> Acesso em 26 de Novembro de 2019. PLATT, F. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde – Grupos A e E. Disponivel em: <https://www.ufrgs.br/farmacia/wp-content/uploads/2015/10/Aula-Residuos-Servico-de-Saude-2015.2.pdf> Acesso em 26 de Novembro de 2019. RDC 306/2005ANVISA/MS. Resolução 358/2005 CONAMA/MMA. Alunas: Grupo 03 Emily Leticia Michelle
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