Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CHEQUE – Lei 7.357/85 CONCEITO: Cheque é uma das espécies de títulos de crédito admitido no Direito Empresarial brasileiro, por tanto, cheque é uma ordem de pagamento à vista, incondicional, contra um banco, em razão de provisão que o emitente possui junto ao sacado, proveniente essa de contrato de depósito bancário ou de abertura de crédito. Se o cheque é uma ordem de pagamento à vista, ele tem a figura do sacador, do sacado e do tomador/beneficiário. É uma ordem de pagamento, portanto, tem essa estrutura. É importante conhecermos quem é quem no cheque. O sacador é o correntista que, por ter um contrato de depósito bancário ou de abertura de crédito, ele dá uma ordem para o banco que vai ser o sacado. O sacador dá essa ordem para o sacado efetuar o pagamento daquele tipo para o tomador beneficiário que é o “primeiro credor” daquele cheque. Para Gladston Mamede, ele é simultaneamente uma ordem de pagamento, contra o sacado e uma declaração de crédito assumida pelo sacador. Presumese que este tenha fundos e a ausência de fundos não descaracteriza o título, ou seja, ele continua valendo como cheque (art. 4º da Lei nº 7.357/85). A instituição financeira mantém relações jurídicas diretas com o emitente, e desta forma mesmo sacada não é partícipe da relação cambiária, não sendo garantidora do pagamento, não podendo ser protestada ou executada. Para que o cheque seja emitido, essencial que exista uma conta bancária e, assim de um contrato entre a instituição financeira sacada e o emitente. O cheque é uma espécie de título de crédito, todas as espécies de títulos de crédito são regidas por princípios ou requisitos essenciais, para a concretização da sua função pecuniária. São três os princípios norteadores denominados: Cartularidade; Literalidade e Autonomia. REQUISITOS DO CHEQUE (artigos 1º e 2º da Lei nº 7357/85): O cheque deve atender aos requisitos legalmente estabelecidos, a saber: Art . 1º O cheque contêm: I - a denominação ‘’cheque’’ inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é redigido; II - a ordem incondicional de pagar quantia determinada; III - o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado); IV - a indicação do lugar de pagamento; V - a indicação da data e do lugar de emissão; VI - a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais. Art . 2º O título, a que falte qualquer dos requisitos enumerados no artigo precedente não vale como cheque, salvo nos casos determinados a seguir: I - na falta de indicação especial, é considerado lugar de pagamento o lugar designado junto ao nome do sacado; se designados vários lugares, o cheque é pagável no primeiro deles; não existindo qualquer indicação, o cheque é pagável no lugar de sua emissão; II - não indicado o lugar de emissão, considera-se emitido o cheque no lugar indicado junto ao nome do emitente. TIPOLOGIA DO CHEQUE: O cheque possui tipologia diversa, considerando as declarações lançadas no mesmo ou seu histórico de emissão. Exsurgem da própria Lei nº 7357/85: 1. Cheque ao portador: Quando abre-se mão do direito de indicar o portador. (art. 8º, III, e parágrafo único, da Lei nº 7.357/85), desta feita haverá circulação por mera tradição (art. 907 e seguintes do CC). Nada impede a emissão ao portador, mas no momento da apresentação para pagamento deve-se indicar o beneficiário. Obs: Lei 9.069/95 (Lei que instituiu o Plano Real), no seu art. 69, diz que o cheque é obrigatório ser nominativo se for superior a 100 reais. Ou seja, se for igual ou inferior a 100 reais, ele pode ser ao portador. 2. Cheque à ordem: Regra geral admite-se o endosso. Ou seja, não havendo nada, presume-se à ordem. 3. Cheque nominativo: Indica-se o beneficiário e retira-se do regime de transferência cambial, ou seja será transferível por cessão civil. 4. Cheque por conta de terceiro: O cheque é emitido por conta de um terceiro, ou seja emitido determinando que seja compensado com fundos da conta de terceiros. Expressão : “pague este cheque por conta de Fulano de Tal”. O emitente por óbvio deve ser autorizado a emitir este cheque, se não autorizado, implica em ilícito civil. Importante ressaltar que se não há provisão de fundos na conta do terceiro, quem assume a responsabilidade pelo pagamento é o emitente. Não caracteriza aceite. 5. Cheque administrativo- (cheque bancário, cheque comprado, ou cheque de caixa): Emitido pelo próprio banco contra seu caixa, ordenando-se a pagar à beneficiário nomeado determinada importância. É vista como uma estratégia de segurança. Trata-se do cheque emitido pelo banco sacado, para liquidação por uma de suas agências. Nele, emitente e sacado são a mesma pessoa (LC, art. 9º, III); ou seja, a instituição financeira ocupa, simultaneamente, a situação jurídica de quem dá a ordem de pagamento e a de seu destinatário. O pressuposto do cheque administrativo, também chamado bancário, é a nominatividade. Se a lei admitisse sua emissão “ao portador”, poderia o título de uma instituição financeira conceituada acabar substituindo o papel-moeda. Serve essa modalidade de cheque ao aumento da segurança no ato de recebimento de valores. EX: O vendedor de imóvel, ao outorgar a escritura ao comprador, em negócio à vista, normalmente exige o pagamento em cheque administrativo de banco de primeira linha, porque a probabilidade de esse título não ter fundos é remotíssima. 5. Cheque visado: É aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou do portador legítimo, lança e assina, no verso, declaração confirmando a existência de fundos suficientes para a liquidação do título (LC, art. 7º). Somente pode receber visamento o cheque nominativo ainda não endossado. Ao visar o cheque, o banco sacado deve reservar, da conta de depósito do emitente, numerário bastante para o pagamento do título, realizando o lançamento de débito correspondente. Os efeitos do visamento estão limitados ao prazo de apresentação do cheque, de modo que, após o seu transcurso, caso o cheque não lhe tenha sido apresentado, o banco estorna a reserva, lançando o respectivo crédito na conta de depósito do emitente. A mesma operação deve ser feita, se o cheque visado é apresentado ao banco sacado para inutilização. O visto do cheque não exonera o emitente, endossantes e demais devedores, e não importa nenhuma obrigação cambial do banco sacado. Em decorrência, sendo o cheque visado apresentado ao sacado, para liquidação, depois de vencido o prazo de apresentação, e não havendo suficiente provisão de fundos, ele será restituído ao apresentante, que não poderá responsabilizar o banco pelo cheque. A instituição financeira somente poderá ser responsabilizada, se deixou de proceder à reserva que a lei determina, mas isso não em decorrência do direito cambiário, mas sim pelas normas gerais de responsabilidade civil, por ato culposo, restando ao credor do cheque visado sem fundo apenas a alternativa de executar o emitente ou eventuais endossantes e avalistas. Em resumo, seria o cheque visado uma forma de obrigar a instituição financeira à debitar da conta do emitente a quantia indicada no cheque e a reservá-la em benefício do portador legitimado, durante o prazo de apresentação. Nele, lança-se uma certificação ou visto no verso do cheque. Faculdade do emitente e do beneficiário. Não se admite em cheque ao portador como forma de se evitar fraudes fiscais. Se o banco não acata a ordem nada impede a propositura de ação de indenização. 7. Cheque cruzado: O cruzamento se realiza pela aposição, no anverso do cheque, de dois traços transversais e paralelos. Tanto o emitente como qualquer portador podem cruzar o título. Há duas espécies de cruzamento: o geral (ou “em branco”), que não identifica nenhum banco no interior dos dois traços; e o especial (ou “em preto”), em que certo banco é identificado, por seu nome ou número no sistemafinanceiro, entre os mesmos traços. O cruzamento se destina a tornar segura a liquidação de cheques ao portador, já que, uma vez cruzado o título, sempre seria possível, a partir de consulta aos assentamentos do banco, saber em favor de que pessoa ele foi liquidado. O cheque não cruzado ao portador pode ser pago diretamente no caixa da agência sacada, hipótese em que não se poderá conhecer a pessoa que recebeu o correspondente valor. Claro que a utilidade do cruzamento é reduzida, no direito brasileiro, em razão da obrigatoriedade da forma nominativa dos cheques superiores a R$ 100,00. Em resumo, no cheque cruzado o pagamento somente poderá ser realizado por meio de crédito em conta, ou seja, não é apresentável para saque. Aposição de dois traços paralelos na face (anverso), com inclinação à direita, o que não é exigência. Cruzamento geral: será pago a um banco qualquer ou a um cliente do sacado. Cruzamento especial: só pode ser pago para o banco indicado, se for o sacado a cliente seu, permite-se que o banco incumba outro da cobrança o que se fará por um segundo traço. PRAZO DE APRESENTAÇÃO DO CHEQUE: Esse não é o prazo prescricional, mas o prazo que você deve apresentar para pagamento. E é muito simples: 30 dias – Se for para a mesma praça. 60 dias – Se for em praça diferente. O pagamento do cheque pode ser sustado, prevendo a lei duas modalidades de sustação: a) revogação : constante do art. 35 da LC, também chamada de contraordem. Trata-se de ato exclusivo do emitente do cheque, praticado por aviso epistolar ou notificação judicial ou extrajudicial, em que exponha as razões motivadoras do ato. Esta modalidade de sustação do pagamento gera efeitos apenas após o término do prazo de apresentação e, evidentemente, caso o cheque não tenha sido, ainda, liquidado. Em outros termos, equivale a ato cambial que limita ao prazo de apresentação previsto em lei a eficácia do cheque como ordem de pagamento à vista; b) oposição : constante do art. 36 da LC. Ato que pode ser praticado pelo emitente ou portador legitimado do cheque, mediante aviso escrito, fundado em relevante razão de direito (extravio ou roubo do título). A sustação, seja por revogação, seja por oposição, pode configurar crime de fraude no pagamento por cheque, nos termos do art. 171, § 2o, VI, do CP, se o emitente ou o portador presumivelmente legitimado agirem dolosa e fraudulentamente, provocando dano ao portador do cheque. Em ambas as hipóteses de sustação, o sacado não pode questionar a ordem, devendo limitar-se a cumpri-la caso se encontrem presentes os pressupostos formais. Se estiver ocorrendo abuso de direito pelo emitente ou portador legitimado, isso será objeto de conhecimento judicial, por ação própria, da qual o banco sequer é parte. Da mesma forma, se houver crime de fraude no pagamento por meio de cheque no ato de sustação praticado, não cabe ao banco decidir, mas ao Poder Judiciário. JURISPRUDÊNCIAS - CHEQUES EMENTAS: DIREITO CIVIL. CHEQUE. PROTESTO REALIZADO POR PORTADOR DE BOA-FÉ. INEXISTÊNCIA DE ATO ILÍCITO. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA. DEVER DE INDENIZAR NÃO CARACTERIZADO. SENTENÇA MANTIDA. I. Em função do princípio da autonomia, o cheque se desprende do negócio jurídico em virtude do qual foi emitido a partir do momento em que entra em circulação. II. A não ser que o emitente prove que a tradição do cheque proveio de má-fé, de artimanha ou de qualquer ato escuso, o emitente responde por seu pagamento, independentemente de eventual vício do negócio jurídico subjacente, a teor do que dispõem os artigos 25 da Lei 7.357/1985 e 915 e 916 do Código Civil. III. Age no exercício regular de direito o portador de boa-fé que promove a cobrança e o protesto do cheque inadimplido. IV. Recurso conhecido e desprovido. (TJ-DF 07014690720198070001 DF 0701469- 07.2019.8.07.0001, Relator: JAMES EDUARDO OLIVEIRA, Data de Julgamento: 11/03/2020, 4ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no PJe : 14/04/2020 . RECURSO ESPECIAL. TÍTULO DE CRÉDITO. CHEQUE. EMISSÃO COM CLAROS. AUSÊNCIA DA DATA DE EMISSÃO. POSTERIOR CONTRAORDEM PARA REVOGAÇÃO. PRESCRIÇÃO. DETERMINAÇÃO DO TERMO INICIAL. PORTADOR DE BOA-FÉ. PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE. SUMULA 387/STF. 1. Embargos à execução opostos em 07/11/2013. Recurso Especial interposto em 05/08/2016 e atribuído a este Gabinete em 23/01/2017. 2. O propósito recursal consiste em determinar qual o termo inicial da contagem da prescrição na hipótese em que um cheque dado em garantia, sem a data preenchida, entrou em circulação e, quatro anos após a emissão da contraordem, inseriu-se a data no campo designado. 3. Há muito a jurisprudência permite a existência dos chamados "cheques incompletos", quando emitidos com a omissão de um dos elementos constituintes obrigatórios previstos legalmente, permitindo-se seu preenchimento posterior pelo credo de boa-fé antes de sua cobrança. Nesses termos, veja-se o que consta na Súmula 387 do STF ("A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa- fé antes da cobrança ou do protesto"). 4. O termo inicial da prescrição do cheque deve ser a data expressamente consignada no espaço reservado para a emissão da cártula, conforme consta em tese fixada no Tema Repetitivo nº 945. 5. "O interesse social visa, no terreno do crédito, a proporcionar ampla circulação dos títulos de crédito, dando aos terceiros de boa-fé plena garantia e segurança na sua aquisição". 6. Os riscos da emissão de cheque com claros recai particularmente sobre seu emitente, considerando que inoponibilidade de exceção de abuso no preenchimento do cheque quando ele é feito por terceiro portador de boa-fé. 7. Não pode o julgador deduzir a existência de má- fé pelo portador do cheque pelo simples fato do preenchimento da data de emissão ocorrer após a contraordem para revogação do cheque, a não ser que determine expressamente a existência de má-fé pelo exequente, ora recorrido. 8. Recurso especial conhecido e provido. (STJ - REsp: 1647871 MT 2017/0004924-2, Relator: Ministra NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamento: 23/10/2018, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 26/10/2018) QUESTÕES DE CONCURSO – CHEQUES FONTE: QCONCURSOS 1° Considere a seguinte situação hipotética: Eva comprou mercadorias em uma loja popular e emitiu um cheque do Banco Bradesco em 10 de outubro, preenchendo a data de emissão correta, mas combinando oralmente com a vendedora que ela deveria depositá-lo apenas em 01 de novembro do mesmo ano. A vendedora endossa o cheque emitido por Eva a um de seus fornecedores, sem mencionar o que fora verbalmente combinado. O endossatário apresenta o título ao Banco Bradesco antes de 01 de novembro. O cheque é devolvido por insuficiência de fundos, e o nome de Eva é inserido no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) pelo Banco do Brasil, gestor do referido cadastro, sem que este a notifique previamente. Diante do exposto, assinale a alternativa correta. A) A devolução do cheque por insuficiência de fundos implica em responsabilização tanto da vendedora perante Eva, quanto do Banco do Brasil, pela inserção do nome de Eva no CCF sem prévia notificação. B) A apresentação do cheque ao Banco Bradesco pelo fornecedor antes da data combinada entre Eva e a vendedora caracteriza dano moral imputável ao fornecedor. C) As ações do Banco do Brasil e do fornecedor endossatário não caracterizam dano moral. D) A devolução do cheque por insuficiência de fundos não implica em responsabilização do Banco Bradesco por dano moral, mas a inserção do nome de Eva no CCF sem prévia notificação pelo Banco do Brasil caracteriza dano moral, imputável a este. E) A devolução do cheque por insuficiência de fundos pelo Banco Bradesco foi indevida, caracterizando dano moral. RESPOSTA: LETRA C 2° O denominado cheque pré-datado, apesarde usual no comércio brasileiro, não está previsto na legislação, segundo a qual o cheque é uma ordem de pagamento à vista, estando a instituição bancária obrigada a pagá-lo no ato de sua apresentação, de modo que a instituição não pode ser responsabilizada pelo pagamento imediato de cheques datados com lembrete de desconto para data futura. • Certo • Errado RESPOSTA: CERTO 3° No que se refere à apresentação e ao pagamento do cheque, considere: I. O cheque apresentado para pagamento antes do dia indicado como data de emissão é pagável no dia da apresentação. II. O sacado pode exigir, ao pagar o cheque, que este lhe seja entregue quitado pelo portador. III. A morte do emitente ou sua incapacidade superveniente à emissão invalidam os efeitos do cheque. Está correto o que se afirma APENAS em A) I e II. B) I e III. C) II e III. D) II. E) III. RESPOSTA: LETRA A 4° Em pagamento de serviços que lhe foram prestados, Antônio emitiu cheque nominal em favor de Bianca, que o endossou a Carlos, que, por sua vez, o endossou a Débora. Após, Eduardo lançou aval no cheque, porém sem indicar quem seria o avalizado. Nesse caso, de acordo com a Lei do Cheque (Lei n° 7.357/1985) A) consideram-se avalizados Antônio, Bianca e Carlos. B) considera-se avalizado Antônio, somente. C) considera-se avalizado Carlos, somente. D)considera-se avalizada Bianca, somente. E) o aval é nulo, pois a indicação do avalizado é requisito essencial de validade. RESPOSTA: LETRA B 5° Cheque é uma ordem emitida contra um banco, ou outra instituição financeira credenciada, para que pague à pessoa, em favor de quem se emite ou ao portador, importância em dinheiro que previamente foi posta à disposição do emitente. Há mais de uma maneira e tipos de apresentação dos cheques. Leia algumas destas definições e assinale a alternativa que caracteriza corretamente o significado de cheque administrativo: A) É um cheque normal que tem como garantia apenas a assinatura do emitente, o qual será o responsável, caso não exista a provisão necessária de fundos que garanta a cobertura do cheque. B) É um cheque especial conferido a determinados clientes de um banco que têm um limite preestabelecido de fundos em sua conta para gastar a descoberto. É garantido pelo banco, mediante cobrança de juros, pelo tempo de utilização. C) É um cheque emitido pelo banco com débito imediato na conta de quem o solicita. Trata-se de um cheque garantido pelo banco. É nominal a alguém que passa a ser o favorecido. D) É o cheque que o sacador ou portador poderá cruzar com dois traços transversais paralelos. Fazendo com que sua cobrança seja feita somente através de banco, através de depósito em conta corrente, facilitando a identificação do depositante e o eventual rastreamento de cheques roubados. RESPOSTA: LETRA C
Compartilhar