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Falência: Conceito e Histórico

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Falência 
Histórico 
 O empresário antes de iniciar a sua atividade empresarial deverá tomar todas as 
providências necessárias que lhe deem segurança quanto ao êxito de sua atividade. 
 Sendo assim, indicativo que proceda análise de perspectivas de mercado para 
aquela atividade, calculando detidamente seu patrimônio e o quantum poderá dispor desse 
e assim por diante. 
 Todavia, ainda assim, por vezes o empresário devido a circunstâncias que não 
estão alheias a sua vontade acaba adquirindo obrigações que seu patrimônio se demonstra 
insuficiente para solvê-las. 
 Tais circunstâncias nos primórdios imputavam responsabilidade pessoal pela lei 
das XII Tábuas, entretanto, não é a mesma responsabilidade pessoal que imaginamos na 
atualidade. 
 Sobre esse período Waldemar Ferreira aduz: 
“Se, nos primeiros e bárbaros tempos da civilização romana, como na de todos os 
povos primitivos, respondia o devedor insolvente personalissimamente, em sua liberdade, 
em sua honra, em sua vida e no seu corpo, por suas dívidas, mercê de execução privada, 
mas de caráter penal, que sofria, ferido de infâmia, escravizado, vendido e, até, pelo 
menos simbolicamente, esquartejado e partilhado entre os seus credores, tertus nndinis 
partis secanto, tal o sistema das XII Tábuas, mercê da manus injectio – esse processo 
executivo se transmudou de pessoal em patrimonial...”. (Waldemar Martins Ferreira, 
Instituições de Direito Comercial, vol. 5, p.10) 
 Sendo assim, temos que nos tempos da civilização romana, comum era a 
possibilidade de os devedores pagarem suas dívidas não com seu patrimônio, mas com 
aquilo que era mais importante, a sua vida e a sua liberdade. 
 Tais procedimentos não mais são aceitos no mundo contemporâneo, assim, temos 
que a falência na atualidade irá contemplar a arrecadação de bens apenas, sendo 
procedimento que visa satisfação creditícia material e não como ocorria nos primórdios 
da humanidade. 
 
Conceito 
 No atual estágio de nossa sociedade, a falência merece destaque de forma mais 
abrangente e como forma de satisfação de créditos do credor da dívida. 
 Para Waldemar Ferreira: 
“Apresenta-se a falência, como de tudo resulta, por estado de fato. Vislumbra-se na 
prática de atos ou contratos tendentes a produzirem recursos que permitam o 
cumprimento de obrigações líquidas e certas, em seus vencimentos, mas ruinosos. 
Denuncia-se pelo propósito de prejudicar aos credores, revelado pela tentativa, senão pela 
prática de atos criminosos, constitutivos da quebra fraudulenta. Ou, mais simples e 
naturalmente, externa-se pela impontualidade de pagamento, mercê do protesto de título 
de dívida líquida certa”. (Waldemar Martins Ferreira, Instituições de Direito Comercial, 
vol. 5, p.45) 
 Sobre o processamento histórico na visão de Luiz Tzirulnik temos que: 
“Por muitos anos, como de costume ou juridicamente instituída, a falência funcionou, 
primeiro, como punição a qualquer espécie de devedor. Com o passar dos anos, ficou 
clara a sua função de proteger o comércio e desenvolver o crédito, momento em que a sua 
aplicação era restrita ao devedor comerciante, como o foi até recentemente. Para tanto, o 
instituto da falência servia para privar do comércio aqueles que, ao não fazer bom uso de 
suas prerrogativas creditícias, feriam os direitos de seus credores, inadimplindo 
obrigações assumidas por meio de contratos e/ou representadas por títulos de crédito”. 
(Luiz Tzirulnik, Direito Falimentar, p. 45) 
Para Fábio Ulhoa Coelho: 
 “A falência é, assim, o processo judicial de execução concursal do patrimônio do 
devedor empresário, que, normalmente, é uma pessoa jurídica revestida da forma de 
sociedade por quotas de responsabilidade limitada ou anônima. Para os não empresários 
sem meios de honrar a totalidade de suas obrigações, o direito destina um processo 
diferente de execução concursal, que é a insolvência civil disciplinada no Código de 
Processo Civil”. (Fábio Ulhoa Coelho, Comentários à nova Lei de Falências e de 
recuperação de empresas, p. 192). 
 Já Ricardo Negrão adverte: 
“Falência é um processo de execução coletiva, no qual todo o patrimônio de um 
empresário declarado falido – pessoa física ou jurídica – é arrecadado, visando o 
pagamento da universalidade de seus credores, de forma completa ou proporcional. É um 
processo judicial complexo que compreende a arrecadação dos bens, sua administração e 
conservação, bem como a verificação e o acertamento dos créditos, para posterior 
liquidação dos bens e rateio entre os credores. Compreende também a punição de atos 
criminosos praticados pelo devedor falido”. (Ricardo Negrão, Manual de Direito 
Comercial e de Empresa, Vol. III, p. 213) 
 Sendo assim, temos que a falência se configura em procedimento judicial 
específico de execução coletiva quanto ao patrimônio do empresário devedor que esteja 
em estado de insolvência jurídica. Na falência, teremos o afastamento do devedor de suas 
atividades e a arrecadação de seu patrimônio material e imaterial que será otimizado de 
melhor maneira possível visando à satisfação dos credores da massa falida. 
 Para a caracterização da falência três pressupostos de falência devem estar 
caracterizados, são estes: 
a) Qualidade do devedor; 
b) Insolvência jurídica; 
c) Sentença declaratória de falência. 
 
Qualidade do devedor 
Quanto à qualidade do devedor, temos que poderão falir no direito brasileiro o 
empresário e a sociedade empresária (Art. 1º LFR), matéria já vista neste capítulo. 
 
Insolvência jurídica 
 A insolvência jurídica na atual legislação falimentar está disposta no artigo 94 e 
seus incisos. 
 Sendo assim, o pedido de falência poderá ser requerido contra devedor que esteja 
incorrendo em uma das circunstâncias abaixo descritas: 
a) Impontualidade Injustificada: Esta ocorrerá quando o empresário (empresário 
individual ou sociedade empresária) sem relevante razão de direito deixar de pagar 
obrigação liquida devidamente materializada em título executivo, em quantia superior a 
40 salários mínimos devidamente protestados. (Art. 94, I, LFR) 
 O protesto deverá indicar ainda a identificação da pessoa que a recebeu, conforme 
entendimento sumulado pelo STJ. (SÚMULA 361 STJ - A notificação do protesto, para 
requerimento de falência da empresa devedora, exige a identificação da pessoa que a 
recebeu) 
 O pedido de falência com base nesta hipótese poderá ocorrer através de concurso 
de credores (litisconsorte ativo) desde que os títulos somados sejam superiores aos 40 
(quarenta) salários mínimos descritos. 
A falência com base neste motivo também poderá ocorrer quando o credor tiver 
em mãos mais de um título executivo, desde que estes perfaçam quantia superior ao valor 
mencionado acima, ou seja, numerário superior a 40 (quarenta) salários mínimos. 
Determina a legislação que o pedido de falência baseado nesta hipótese seja 
instruído com os títulos executivos acompanhados do protesto para fins falimentares (Art. 
94 § 3º LFR) 
 Quanto ao protesto específico para fins falimentares determinado pela legislação 
nossos tribunais têm entendimento de que estes se demonstram irrelevantes. Neste 
sentido: 
Protesto. Ausência de apontamento para fins específicos da falência. Irrelevância. 
Qualquer protesto pode ser admitido na instrução do pedido de falência. TJSP. (AI nº 
554.663-4/9-00, rel. Des. Pereira Calças, j. 27.8.2008) 
 
b) Execução Frustrada: A execução frustrada é também conhecida como tríplice 
omissão. 
 Teremos esta hipótese quando o devedor (empresário ou sociedade empresária) 
deixar de pagar determinada obrigação liquida, em seu correto vencimento, dando ensejo 
a execução desta obrigação, no entanto, durante o procedimento executório, o executado 
não deposita a quantia e não nomeia bens à penhora no prazo legal estabelecido no 
processo de execução. 
 O não pagamento do título no vencimento acarreta a primeira omissão, enquanto 
a falta de depósitoda quantia quando de sua citação acarreta a segunda omissão. 
 Já a terceira omissão será caracterizada pela falta de nomeação de bens à penhora 
quando da intimação do executado para tal ato. 
 Neste cenário, importante se denota que o Código de Processo Civil (Art. 652) 
estabelece que o executado do título será citado para no prazo de três dias efetuar o 
pagamento da dívida, caso não o faça munido da segunda via do mandado, o oficial de 
justiça procederá a penhora e a avaliação dos bens (Art. 652, §1º CPC) 
 Após esta citação, o juiz poderá a qualquer tempo, de ofício ou a requerimento do 
exequente, determinar a intimação do executado para que este proceda a indicação de 
bens passíveis de penhora. (Art. 652, §3º CPC) 
 De grande relevância é o teor do parágrafo seguinte que admite possibilidade de 
que a intimação de indicação de bens passíveis de penhora seja efetuada na figura do 
advogado do executado. (Art. 652, §4º CPC) 
 Sendo assim, imprescindível a ocorrência dos três requisitos, ou seja, não 
pagamento, falta de pagamento e inexistência de nomeação de bens à penhora, 
comprovados por certidão extraída do juízo que processa esta execução. (Art. 94, § 4º 
LFR) 
 Sobre isso aduz Alexandre Alves Lazzarini: 
 “Daí a razão pela qual a certidão a que se refere o § 4º do artigo 94 da Lei nº 
11.101/2005 deve ser clara, não bastando afirmar que o devedor não pagou, não depositou 
ou não foram encontrados bens para a penhora, mas deve conter que o devedor intimado 
não pagou e não nomeou bens à penhora, pois a referência genérica (não foram 
encontrados bens para a penhora) não leva mais à conclusão de que o devedor fora 
intimado (antes era citado) para indicar os bens; antes, a localização de bens é ônus do 
credor”. 
(Alexandre Alves Lazzarini, Considerações sobre a repercussão das recentes alterações 
do Código de Processo Civil na Lei de Falências e Recuperações Judiciais, Revista do 
Advogado, Associação dos Advogados de São Paulo, nº 92, Julho de 2007, p. 130). 
 
c) Atos de Falência: Poderá ainda o pedido de falência ocorrer quando o devedor 
(empresário ou sociedade empresária) incorrer na prática de certos atos considerados pela 
legislação como atos de falência. (Art. 94, III, “a” até “g” LFR) 
 Assim, conforme a legislação são considerados atos de falência quando o devedor: 
 
I) proceder à liquidação precipitada de seu ativo, ou mesmo quando esta lançar mão de 
meio ruinoso ou fraudulento para a realização dos pagamentos; 
 Pelo teor do inciso, temos a situação que poderá gerar o pedido de falência do 
devedor, quando este lançar meio fraudulento para venda daquele ativo necessário ao 
exercício de sua atividade empresarial. 
 “São vendas realizadas com enormes abatimentos, muitas vezes por preços 
inferiores ao próprio custo, sem que se possa, negocialmente, justificar a medida”. (Sérgio 
Campinho, Falência e Recuperação de empresa: O novo regime da insolvência 
empresarial, p. 270). 
 
II) realizar negócio simulado, ou alienar o seu ativo total ou em parte, com o objetivo de 
retardar pagamentos ou fraudar os seus credores; 
O legitimado ao pedido de falência do devedor poderá requerer esta quando 
houver a realização de atos praticados de forma a prejudicar os seus credores, como 
exemplo a simulação de venda de determinado maquinário ou mesmo a criação de títulos 
de dívidas inexistentes. 
 
III) efetuar a alienação irregular de seu estabelecimento empresarial, ou seja, transferi-lo 
sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver o 
seu passivo; 
 Como já visto nesta obra quando tratamos do estabelecimento empresarial, o 
devedor proprietário de estabelecimento que realizar o trespasse tem de obedecer às 
regras do art. 1.144 do Código Civil, sob pena de incorrer neste ato de falência. 
 
IV) simular a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a 
legislação ou mesmo a fiscalização, ou fraudar os seus credores; 
 Nesta hipótese teremos a simulação do principal estabelecimento (principal 
complexo de bens organizado para o exercício daquela atividade) como causa. Por esta, 
o devedor altera apenas documentalmente o principal domicílio no intuito de prejudicar 
seus credores quanto à cobrança ou execução de dívidas. 
 
V) quando o empresário ou a sociedade dar ou reforçar garantia de dívida contraída 
anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar o seu 
passivo; 
 No inciso V temos a possibilidade para o requerimento da falência de empresário 
que referente a uma dívida antiga outorga ou reforça garantia, o que acaba favorecendo 
interesse de alguns credores em detrimento da comunhão de interesses deste. 
 
VI) quando o empresário, ou os sócios ausentar-se sem deixar representante habilitado e 
com recursos suficientes para pagar os credores, ou quando este abandona o 
estabelecimento empresarial, ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou 
de seu principal estabelecimento; 
 Pela ausência sem deixar representante habilitado, temos aqui hipótese onde o 
empresário ao abandonar e não deixar um agente qualificado para representá-lo acaba por 
furtar-se de suas obrigações, o que restará em claro prejuízo a sua comunidade de 
credores. 
 
VII) também constitui ato de falência, quando o devedor deixa de cumprir obrigação 
assumida no plano de recuperação judicial. 
 Nesta hipótese já estudada, teremos a possibilidade de o credor requer a falência 
daquele devedor que obteve a recuperação judicial, e após período de 2 (dois) anos passou 
a não mais cumpri-lo. 
 Nestas modalidades, o pedido de falência descreverá os fatos que a caracterizam, 
juntando-se as provas que houver e especificando-se as que serão produzidas. (Art. 94, § 
5º LFR) 
 
Insolvência Jurídica – Caracterização 
Impontualidade 
Injustificada 
(Art. 94, I LFR) 
Execução Frustrada 
(Art. 94, II LFR) 
 
Atos de Falência 
(Art. 94, III, “a” até “g” 
da LFR) 
 
Ocorre quando o devedor 
não efetua o pagamento de 
quantia superior a 40 
salários mínimos 
Ocorre quando o devedor 
não efetua o pagamento do 
título e promovida a 
execução este não deposita 
e não nomeia bens à 
penhora 
• Liquidação precipitada 
dos ativos; 
• Realização de negócio 
simulado; 
• Simula a transferência do 
estabelecimento; 
• Promove a alienação 
irregular; 
• Concede reforço a 
garantia anteriormente 
concedida; 
• Ausenta-se do 
estabelecimento sem 
deixar representante 
habilitado; 
• Não cumpre plano de 
recuperação judicial. 
 
 
 
Pedido de Falência (Legitimados a pedir a falência do devedor). 
 O sujeito ativo de um pedido de falência será (Art. 97 LFR): 
a) pelo próprio devedor, na hipótese da auto falência; esta ocorrerá mediante requerimento 
pelo próprio devedor no juízo da falência, quando este estiver em crise econômico-
financeira, e julgue não atender aos requisitos para pleitear a sua recuperação judicial; 
 
b) pelo cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante; 
 
c) pelo cotista ou acionista do devedor na forma da lei, ou do ato constitutivo da 
sociedade; 
 
d) por qualquer credor. 
 
Defesa do Devedor 
 O devedor poderá no prazo de 10 (dez dias) contestar a ação. (Art. 98 LFR) 
 No prazo mencionado no caput do art. 98 da LFR o devedor poderá quando o 
pedido for baseado na impontualidade injustificada (Art. 94, I da LFR) ou da execução 
frustrada (Art. 94, II da LFR) apresentar o depósito elisivo. 
 O depósito elisivo correspondente ao total do crédito, acrescido de correção 
monetária, juros e honorários advocatícios, existindo o depósito a falência não será 
decretada e, caso julgado procedente o pedido de falência, o juiz ordenará o levantamento 
do valor pelo autor. (Art. 98 p.u. LFR) 
 Temos assim, que no que se refere a sua defesa o devedor terá três possibilidades 
a realizar: 
a) efetuar o depósito elisivoapenas, nesta hipótese não haverá quebra em virtude do 
depósito; 
b) contestar a ação e efetivar o depósito elisivo, hipótese em que se acarreta a discussão 
do pedido e da contestação com o consequente julgamento, que também não vai restar 
em falência, em vista do depósito; 
c) apenas contestar. 
 Bom lembrarmos que o pedido de falência baseado no ato de falência (Art. 94, III 
da LFR) comporta apenas a última hipótese para contestação. 
 A defesa do devedor em caso de pedido de falência baseada na impontualidade 
injustificada (Art. 94, I da LFR) ou da execução frustrada (Art. 94, II da LFR) na será 
decretada quando houver provas concretas quanto (Art. 96 da LFR): 
I – falsidade de título; II – prescrição; III – nulidade de obrigação ou de título; IV – 
pagamento da dívida; V – qualquer outro fato que extinga ou suspenda obrigação ou não 
legitime a cobrança de título; VI – vício em protesto ou em seu instrumento; VII – 
apresentação de pedido de recuperação judicial no prazo da contestação, observados os 
requisitos do art. 51 desta Lei; VIII – cessação das atividades empresariais mais de 2 
(dois) anos antes do pedido de falência, comprovada por documento hábil do Registro 
Público de Empresas, o qual não prevalecerá contra prova de exercício posterior ao ato 
registrado. 
 
Sentença declaratória de falência 
 O terceiro pressuposto de é a sua sentença declaratória. 
O juiz ao receber o pedido de falência, em seguida os argumentos da contestação 
deverão então analisá-los, sendo certo que não havendo fundamento defensivo para a 
improcedência do pedido e inexistindo depósito elisivo, não restará outra alternativa ao 
magistrado senão a de decretação da falência. 
Esta sentença declaratória deverá ter o conteúdo comum de qualquer sentença 
judicial, devendo o juiz observar os requisitos do CPC. 
Além disso, deverá a sentença conter também os requisitos previstos no artigo. 99 
da LFR, tais como: 
a) síntese do pedido, a identificação do falido e dos administradores da sociedade; 
b) fixação do termo legal de falência, sem poder retrotrai-lo por mais de 90 dias 
contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do primeiro 
protesto realizado; 
c) ordem ao falido, para que este apresente no prazo máximo de cinco dias, a relação 
nominal dos credores; 
d) prazo para as habilitações de créditos, conforme regra do art. 7º, parágrafo 
primeiro; 
e) ordem de suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido; 
f) proibição para a prática de qualquer ato de disposição ou oneração de bens do 
falido; 
g) determinação de diligências necessárias para salvaguardas os interesses das partes 
envolvidas; 
h) ordem para que o registro público proceda a devida anotação da falência no 
registro do devedor; 
i) nomeação de administrador judicial; 
j) determinação de expedição de ofícios aos órgãos ou repartições públicas 
competentes para que estas informem a existência de bens e direitos do falido; 
k) pronuncia a respeito de eventual continuação provisória das atividades do falido; 
l) determinação quando entender ser conveniente a convocação da assembleia-geral 
de credores; 
m) ordem de intimação ao Ministério Público e comunicação às Fazendas Publicas 
Federal, Estaduais e Municipais, onde o devedor tiver estabelecimento, para que 
estas tomem conhecimento da falência. 
 
Natureza Jurídica 
 A legislação falimentar atual não faz como a antiga lei fazia menção a 
terminologia “Declaração judicial da falência”, utilizando-se do termo “sentença que 
decretar a falência”. 
 Defendemos nessa obra que a natureza jurídica da sentença seja declaratória e 
constitutiva. 
 Isso se dá pelo fato de que a sentença de falência além de declarar a falência do 
empresário ou da sociedade empresária, é condição para que exista o início da fase 
falimentar do processo. 
 
Recursos 
 Da sentença declaratória de falência caberá o recurso de agravo (Art. 100 LFR). 
 A lei faz menção apenas à expressão agravo, que defendemos seja o agravo por 
instrumento. 
 Neste mesmo sentido aduz Fábio Ulhoa Coelho: 
 “...A única modalidade adequada neste caso será a do agravo por instrumento, já 
que não há sentido nenhum na interposição do retido, tendo em vista que sua apreciação, 
a título de preliminar, no julgamento da apelação contra a sentença de encerramento da 
falência não poderá desconstituir a execução concursal já concluída...”. (Fabio Ulhoa 
Coelho, Curso de Direito Comercial, Vol. III, p. 270). 
 A decisão poderá ser recorrida pelo próprio falido, quando sociedade por seus 
sócios, por credores, terceiro prejudicado ou o representante do Ministério Público. 
 Já da sentença que denegar o pedido de falência, caberá o recurso de apelação. 
(Art. 100 LFR) 
 Bom lembrarmos que o pedido de falência requerido por dolo, será condenado na 
própria sentença de improcedência a indenizar o devedor, apurando-se perdas e danos em 
liquidação de sentença. (Art. 101 LFR) 
 
 
Requisitos da Sentença – Termo Legal de Falência 
 O termo legal de falência na visão de Waldemar Ferreira é o período considerado 
suspeito. (Waldemar Martins Ferreira, Instituições de Direito Comercial, vol. 5, p.130) 
 Para Fábio Ulhoa Coelho: 
“O Termo legal de falência é o período anterior à decretação da quebra, que serve 
de referência para a auditoria dos atos praticados pelo falido”. (Fábio Ulhoa Coelho, 
Comentários à nova Lei de Falências e de recuperação de empresas, p. 273). 
Em virtude da iminência de sua quebra, visto que o devedor é aquele que no 
controle de sua atividade pode constatar a incidência de resultados que estejam lhe 
levando a essa situação, poderá ocorrer por parte deste devedor, a realização de atos que 
acabem frustrando os objetivos da legislação quanto à satisfação dos credores. 
Sendo assim, fixará o juiz o lapso temporal para que neste período seja uma 
auditoria realizada para “...investigar se ocorreram irregularidades nas vésperas da 
declaração da falência, auditando-se os atos do falido...”. (Fábio Ulhoa Coelho, 
Comentários à nova Lei de Falências e de recuperação de empresas, p. 273). 
 O lapso temporal a ser fixado pelo termo legal de falência não poderá exceder a 
mais de 90 (noventa) dias contados do pedido de falência, do pedido de recuperação 
judicial ou do primeiro protesto por falta de pagamento. (Art. 99, II da LFR) 
 Durante este período, auditoria deverá ser realizada no que compreende aos atos 
do falido, havendo ineficácia dos seguintes atos: 
a) o pagamento de dívidas não vencidas realizado pelo devedor dentro do termo legal, por 
qualquer meio extintivo do direito de crédito, ainda que pelo desconto do próprio título; 
(Art. 129, I, da LFR) 
b) o pagamento de dívidas vencidas e exigíveis realizados dentro do termo legal, por 
qualquer forma que não seja a prevista pelo contrato; (Art. 129, II, da LFR) 
c) a constituição de direito real de garantia, inclusive a retenção, dentro do termo legal, 
tratando-se de dívida contraída anteriormente; se os bens dados em hipoteca forem objeto 
de outras posteriores, a massa falida receberá a parte que devia caber ao credor da hipoteca 
revogada; (Art. 129, III, da LFR) 
 O artigo 129 da lei falimentar também trata de outros atos que não terão efeito, 
todavia, estes serão atos passíveis de revogação, que veremos quando do estudo da ação 
revocatória. 
Requisitos da Sentença – Continuação provisória das suas atividades 
 Prevê a legislação que poderá haver pelo juiz determinação quanto à continuidade 
das atividades do devedor de forma provisória, cabendo a gerência desta atividade ao 
administrador judicial. 
 A presente medida demonstra mais uma vez o sentido recuperacional e 
preservativo da nova legislação, visto que pela citada hipótese, poderá o administrador 
judicial dar continuidade na atividade empresarial por curto período com a intenção de ao 
ser continuado o negócio este possa ter melhor valor na horada venda, o que por 
consequência irá beneficiar a comunhão de credores. 
 
Juízo Universal da Falência 
 
 O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre 
bens e interesses do falido, por isso é chamado de juízo universal da falência, no entanto 
tal juízo não terá competência para a apreciação e julgamento de algumas ações. 
 
Excluídos do juízo universal da falência 
 
a) trabalhistas (Art. 76 LFR); 
b) fiscais (Art. 76 LFR, cumulada com art. 187 do CTN); 
c) ações em que o falido figurar como autor ou litisconsorte ativo (Art. 76 
LFR); 
d) ações decorrentes de acidente do trabalho (Emenda Constitucional nº 
45/2004, que redefiniu o art. 114 da CF) 
e) ações em que a União for parte (Art. 109, I, CF) 
f) ações em que demandam quantia ilíquida (Art. 6º § 1º LFR) 
 
 
Questão importante se dá principalmente quanto aos processos trabalhistas, afinal 
o juízo universal não tem competência para o seu julgamento. 
Sendo assim, o processo trabalhista deverá continuar com seu devido 
processamento diante da Justiça do Trabalho, que deverá definir o crédito trabalhista, ou 
seja, o processamento até a sentença não pertence ao Juízo Universal, todavia a partir da 
constituição do crédito a sua execução deverá ser remetida ao Juízo Universal. 
Neste sentido já se manifestou por diversas oportunidades o STJ, (Ag. Reg. 
2008/0073175-1 Ministro Fernando Gonçalves) 
 
Efeitos quanto à pessoa do falido: 
 Quanto à pessoa do falido, determina a lei que o devedor ficará inabilitado para 
exercer qualquer atividade empresarial desde a decretação da falência, até a sua extinção 
(Art. 102 LFR) 
 O falido, desde a falência perde o direito de administrar os seus bens ou deles 
dispor, podendo, no entanto, poderá o falido fiscalizar a administração da falência. (Art. 
103 LFR) 
 
Deveres do falido 
 Além das restrições descritas, impõem a decretação da falência outros deveres 
como os descritos no art. 104 da LFR quais sejam: 
I – assinar nos autos, desde que intimado da decisão, termo de comparecimento, com a 
indicação do nome, nacionalidade, estado civil, endereço completo do domicílio, devendo 
ainda declarar, para constar do dito termo: 
a) as causas determinantes da sua falência, quando requerida pelos credores; 
b) tratando-se de sociedade, os nomes e endereços de todos os sócios, acionistas 
controladores, diretores ou administradores, apresentando o contrato ou estatuto social e 
a prova do respectivo registro, bem como suas alterações; 
c) o nome do contador encarregado da escrituração dos livros obrigatórios; 
d) os mandatos que porventura tenha outorgado, indicando seu objeto, nome e endereço 
do mandatário; 
e) seus bens imóveis e os móveis que não se encontram no estabelecimento; 
f) se faz parte de outras sociedades, exibindo respectivo contrato; 
g) suas contas bancárias, aplicações, títulos em cobrança e processos em andamento em 
que for autor ou réu; 
II – depositar em cartório, no ato de assinatura do termo de comparecimento, os seus 
livros obrigatórios, a fim de serem entregues ao administrador judicial, depois de 
encerrados por termos assinados pelo juiz; 
III – não se ausentar do lugar onde se processa a falência sem motivo justo e comunicação 
expressa ao juiz, e sem deixar procurador bastante, sob as penas cominadas na lei; 
IV – comparecer a todos os atos da falência, podendo ser representado por procurador, 
quando não for indispensável sua presença; 
V – entregar, sem demora, todos os bens, livros, papéis e documentos ao administrador 
judicial, indicando-lhe, para serem arrecadados, os bens que porventura tenha em poder 
de terceiros; 
VI – prestar as informações reclamadas pelo juiz, administrador judicial, credor ou 
Ministério Público sobre circunstâncias e fatos que interessem à falência; 
VII – auxiliar o administrador judicial com zelo e presteza; 
VIII – examinar as habilitações de crédito apresentadas; 
IX – assistir ao levantamento, à verificação do balanço e ao exame dos livros; 
X – manifestar-se sempre que for determinado pelo juiz; 
XI – apresentar, no prazo fixado pelo juiz, a relação de seus credores; 
XII – examinar e dar parecer sobre as contas do administrador judicial. 
 O não cumprimento de quaisquer das obrigações acima descritas acarreta após ser 
intimado pelo juiz a fazer gera ao falido a incidência de crime de desobediência. (Art. 
104, p.u. LFR) 
 
Efeitos quanto aos bens do falido 
 Como já dito o falido perde o direito de livremente administrar os seus bens e 
deles dispor. (Art. 103 LFR) 
 No mais, em ato contínuo à assinatura do termo de compromisso, deverá o 
administrador judicial promover a arrecadação dos bens e documentos do devedor, 
devendo os bens arrecadados ficar sob a guarda do administrador judicial. (Art. 108 e § 
1° LFR) 
 A respeito do estabelecimento empresarial, como já mencionado ele poderá ser 
utilizado em hipóteses remotas para continuação da atividade, entretanto o 
estabelecimento será lacrado sempre que houver risco para a execução da etapa de 
arrecadação ou para a preservação dos bens da massa falida ou dos interesses dos 
credores. (Art. 109 LFR) 
 Não serão objetos de arrecadação os bens absolutamente impenhoráveis (Art. 108, 
§ 4° LFR). Em virtude de a legislação falimentar não prever os bens absolutamente 
impenhoráveis, teremos então aplicação da lei processual (Código de Processo Civil), 
além de outros previstos em leis especiais, como o bem de família (Lei 8.009/90). 
Também não haverá arrecadação para o patrimônio de afetação, obedecerão ao 
disposto na legislação respectiva, permanecendo seus bens, direitos e obrigações 
separados dos do falido até o advento do respectivo termo ou até o cumprimento de sua 
finalidade, ocasião em que o administrador judicial arrecadará o saldo a favor da massa 
falida ou inscreverá na classe própria o crédito que contra ela remanescer. (Art. 119, IX 
LFR) 
 
Efeitos quanto aos contratos do falido 
 No que se refere aos contratos à legislação trata das regras dos contratos bilatérias, 
unilaterais e de alguns contratos específicos. 
 
Contratos bilaterais 
 No que se referem aos contratos bilaterais, estes não se resolverão pela falência, 
podendo inclusive ser cumpridos pelo administrador judicial quando for verificada 
redução, ou evite o aumento do passivo daquela massa falida, poderá ainda o contrato ser 
cumprido quando forem necessários à preservação e manutenção de seus ativos, sempre 
necessitando tais hipóteses de autorização do comitê de credores (Art. 117 LFR) 
 
Contratos unilaterais 
Já quanto aos contratos unilaterais, também poderão ser cumpridos com a 
autorização do comitê de credores, quando tal fato reduzir ou evitar o aumento do passivo 
da massa falida, ou for necessário a manutenção e preservação do ativo da falida. (Art. 
118 LFR) 
 Todavia, quanto a alguns contratos específicos a lei contém previsão própria 
quanto ao ser regramento em virtude da quebra, tais como: 
 
Coisas vendidas em trânsito 
 Nos contratos de compra e venda a prazo não será permitido ao vendedor obstar a 
entrega das coisas expedidas ao devedor e ainda em trânsito, se o comprador, antes do 
requerimento da falência, as tiver revendido, sem fraude, à vista das faturas e 
conhecimentos de transporte, entregues ou remetidos pelo vendedor. (Art. 119, I LFR) 
 
Venda de coisas compostas 
 No que se refere à venda composta (venda de determinado bem em partes 
diversas) e o administrador judicial resolver não continuar a execução do contrato, poderá 
o comprador pôr à disposição da massa falida as coisas já recebidas, pedindo perdas e 
danos. (Art. 119, II LFR) 
 
Venda ou prestação de serviços pagos em prestações 
 Quanto a venda ou prestação de serviços contratados junto ao devedor, não tendo 
este entregue coisa móvel ou prestado serviço que vendeu ou contratou a prestações, e 
resolvendo o administrador judicialnão executar o contrato, o crédito relativo ao valor 
pago será habilitado na classe própria. (Art. 119, III LFR) 
 
Contrato de venda com reserva de domínio 
 Nas compras com reserva de domínio, ou seja, naquelas onde o devedor adquire 
o produto, que permanece sob o domínio do vendedor que reserva para si a propriedade 
até que o preço seja integralmente pago, o administrador judicial, ouvido o Comitê, 
restituirá a coisa móvel se resolver não continuar a execução do contrato, exigindo a 
devolução, nos termos do contrato, dos valores pagos. (Art. 119, IV LFR) 
 
Contrato de compra e venda a termo 
 Quando da existência de contrato de compra e venda a termo, que tenham cotação 
em bolsa ou mercado, e não se executando o contrato pela efetiva entrega daquelas e 
pagamento do preço, quando da chegada do termo deverá ser apurada a diferença de 
valores, o que acarreta possibilidade de a massa prestar ou receber valores. (Art. 119, V 
LFR) 
 
Promessa de compra e venda de imóveis 
 No que tange à promessa de compra e venda, não haverá vencimento antecipado 
deste contrato, assim, aplica-se a lei específica (Arts. 1.417 e 1.418 CC). 
 Neste caso, mediante a promessa de compra e venda em que não se pactuou o 
arrependimento, celebrado por instrumento, registrado em cartório de registro de imóveis 
adquire o comprador direito real à aquisição do imóvel. 
 Neste caso, fica ao comprador titular de direito real, a possibilidade de exigir do 
promitente vendedor, ou de terceiros, a quem os direitos deste forem cedidos, a outorga 
da escritura definitiva de compra e venda, conforme o disposto no instrumento preliminar; 
e, se houver recusa, requerer ao juiz a adjudicação do imóvel 
 
Contrato de locação 
 Neste caso existirá regramento específico da lei falimentar, estabelecendo 
hipóteses distintas em caso do falido ser locador ou locatário. 
 Quando for o falido o locador, não se resolve o contrato pela locação, até porque 
os valores ingressos serão endereçados ao pagamento dos credores. (Art. 119, VII, LFR) 
 Já quando o falido for o locatário, o administrador judicial poderá a qualquer 
tempo denunciar o contrato sem a necessidade de ter de efetuar o pagamento de multas. 
(Art. 119. VII, LFR) 
 
Contrato de conta corrente 
 Nos contratos de conta corrente, determina a LFR que estas consideram-se 
encerradas no momento da decretação da falência analisando-se o respectivo saldo. (Art. 
121 LFR) 
 
Contrato de mandato e comissão 
 Especificamente em relação ao contrato de mandato, com a decretação de falência 
terá os seus efeitos cessados, cabendo ainda ao mandatário prestar contas desta cessão. 
(Art. 120 LFR) 
 No caso de mandato judicial, este permanecerá vigente até que seja expressamente 
revogado pelo administrador judicial. (Art. 120, § 1° LFR) 
 
Efeitos quanto aos seus credores 
 A sentença declaratória de falência, quanto aos credores gera em regra quatro 
efeitos, quais sejam: 
I) formação da massa falida subjetiva; 
Quanto à formação da massa falida subjetiva, esse é um dos principais efeitos 
quanto à sentença de falência, pois em vista da execução coletiva que se demonstra uma 
falência, a partir do instante em que ocorre a quebra, os credores deverão habilitar seus 
créditos ou analisá-lo quanto ao seu valor ou posição para assim aguardar o recebimento. 
 
II) suspensão das ações e execuções individuais; 
A sentença de falência determinará a suspensão de todas as ações e execuções 
individuais do falido com o intuito de garantir a universalidade do concurso de credores. 
 
III) vencimento antecipado dos créditos; 
A decretação da falência determina o vencimento antecipado dos créditos de modo 
a possibilitar a correta formação da massa falida subjetiva. (Art. 77, LFR) 
 
IV) suspensão da fluência de juros. 
Segundo o regramento legal, contra a massa falida não são exigíveis juros 
vencidos após a decretação da falência, previstos em lei ou em contrato, se o ativo apurado 
não bastar para o pagamento dos credores subordinados. (Art. 124 LFR). 
Tal menção legal tem o claro condão de preservar a possibilidade de os credores 
receberem os seus créditos, abrangendo o maior número possível destes. 
 
Atos de ineficácia objetiva e subjetiva 
 Atos de ineficácia objetiva são aqueles previstos na legislação falimentar, que se 
praticados pelo devedor, independentemente da comprovação da existência de fraude 
terão sua ineficácia declarada. 
 A ineficácia objetiva poderá ser declarada de ofício pelo juiz, nos autos principais 
da falência, podendo também ser arguida pelo administrador judicial, pelo Ministério 
Público ou qualquer um dos credores. 
 Desta forma serão ineficazes os seguintes atos: 
a) o pagamento de dívidas não vencidas realizado pelo devedor dentro do termo legal, por 
qualquer meio extintivo do direito de crédito, ainda que pelo desconto do próprio título. 
(Art. 129, I, LFR); 
b) o pagamento de dívidas vencidas e exigíveis realizado dentro do termo legal, por 
qualquer forma que não seja a prevista pelo contrato. (Art. 129, II, LFR); 
c) a constituição de direito real de garantia, inclusive a retenção, dentro do termo legal, 
tratando-se de dívida contraída anteriormente; se os bens dados em hipoteca forem objeto 
de outras posteriores, a massa falida receberá a parte que devia caber ao credor da hipoteca 
revogada. (Art. 129, III, LFR); 
d) a prática de atos a título gratuito, desde 2 (dois) anos antes da decretação da falência; 
(Art. 129, IV, LFR) 
e) a renúncia à herança ou a legado, até 2 (dois) anos antes da decretação da falência; 
(Art. 129, V, LFR) 
f) a venda ou transferência de estabelecimento feita sem o consentimento expresso ou o 
pagamento de todos os credores, a esse tempo existentes, não tendo restado ao devedor 
bens suficientes para solver o seu passivo, salvo se, no prazo de 30 (trinta) dias, não 
houver oposição dos credores, após serem devidamente notificados, judicialmente ou pelo 
oficial do registro de títulos e documentos; (Art. 129, VI, LFR) 
g) os registros de direitos reais e de transferência de propriedade entre vivos, por título 
oneroso ou gratuito, ou a averbação relativa a imóveis realizados após a decretação da 
falência, salvo se tiver havido prenotação anterior. (Art. 129, VII, LFR) 
 Já pela ineficácia subjetiva, temos os atos que podem ser revogados pela 
existência de ato praticado com elemento fraude, entretanto, neste caso a irregularidade 
não poderá ser apontada de ofício, mas mediante procedimento próprio que veremos. 
 
Ação Revocatória 
 Constitui-se a ação revocatória, de procedimento judicial que terá como objetivo 
a revogação de atos praticados pelo devedor com o intuito de prejudicar credores, 
provando-se o conluio fraudulento entre o devedor e o terceiro que com ele contratar e o 
efetivo prejuízo sofrido pela massa falida. (Art. 130 LFR) 
 Tal procedimento poderá ser promovido pelo administrador judicial, por qualquer 
credor ou pelo Ministério Público no prazo de 3 (três) anos contados da decretação da 
falência. (Art. 132 LFR) 
 A ação revocatória conforme disposição deverá ser promovida contra todos os que 
figuram no ato ou que por efeito dele foram pagos, garantidos ou beneficiados; contra os 
terceiros adquirentes, se estes tivessem conhecimento da intenção do devedor de 
prejudicar os seus credores, além dos herdeiros ou legatários destes. (Art. 133 LFR) 
 O juízo competente para o julgamento desta é o próprio juízo da falência (Art. 134 
LFR) 
 A sentença que julgar procedente a ação revocatória determinará o retorno dos 
bens à massa falida em espécie, com todos os acessórios em seu valor de mercado 
acrescida inclusive se for o caso das perdas e danos, podendo inclusive o juízo, a 
requerimento do autor determinar o sequestro de bens do patrimônio do devedor. (Art. 
135 LFR) 
 Da sentença da ação revocatória caberá o recurso de apelação. (Art. 135, p.u. LFR) 
 Reconhecida aineficácia ou julgada procedente a ação revocatória, as partes 
retornarão ao estado anterior, e o contratante de boa-fé terá direito à restituição dos bens 
ou valores entregues ao devedor. (Art. 136 LFR) 
 
Processo Falimentar 
O procedimento falimentar divide-se em três etapas, quais sejam: a fase pré-
falimentar, a fase falimentar e a fase pós-falimentar. 
 
Fase Pré-Falimentar 
A fase pré-falimentar inicia-se com o pedido de falência, cujas hipóteses já foram 
devidamente mencionadas, baseado no pedido, expedirá o juiz a ordem de citação ao 
devedor, que querendo poderá apresentar em 10 (dez) dias a sua contestação, do pedido 
de falência, podendo neste período efetivar o depósito elisivo, também já visto. 
 
Fase Falimentar 
 A fase falimentar inicia-se com a sentença declaratória de falência, cujos 
requisitos já estudamos na presente obra. 
 Durante a fase falimentar do processo alguns procedimentos serão de extrema 
relevância como as habilitações e impugnações de crédito, os pedidos de restituição, a 
arrecadação e venda de bens, os pagamentos e o encerramento da falência. 
 
Verificação e Habilitação de créditos 
Conforme verificamos no estudo desta obra, quando da publicação na imprensa 
oficial da sentença de falência, o devedor deverá no prazo de 5 (cinco) dias apresentar sua 
relação de credores. (Art. 99, III, LFR) 
No caso da recuperação judicial esta relação é apresentada quando do pedido de 
recuperação judicial. (Art. 51, III LFR) 
O juiz, tanto na falência (Art. 99, p.u., LFR) quando na recuperação judicial (Art. 
52 § 1° LFR) determina que exista publicação de edital contendo a relação de credores 
apresentada pelo devedor. 
A verificação e habilitação dos créditos do falido, competem ao administrador 
judicial, com base nos livros contábeis e nos documentos mercantis, além daqueles que 
lhe forem habilitados pelos credores, podendo o administrador judicial contar inclusive 
com o auxílio de empresas ou profissionais habilitados, certo que esta habilitação será 
idêntica tanto na falência quanto na recuperação judicial. (Art. 7° LFR) 
Nestes termos, tanto na falência, como na recuperação judicial, a relação dos 
credores publicada na imprensa oficial, confere aos credores a possibilidade de no prazo 
de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador judicial as habilitações de crédito, 
ou no mesmo prazo apresentar as suas divergências. 
As habilitações devem ser requeridas pelo credor que não tenha o seu crédito 
devidamente previsto na relação de credores. 
O pedido de habilitação de crédito deverá conter o nome, o endereço do credor e 
o endereço em que receberá comunicação de qualquer ato do processo; o valor do crédito, 
atualizado até a data da decretação da falência ou do pedido de recuperação judicial, sua 
origem e classificação; os documentos comprobatórios do crédito e a indicação das 
demais provas a serem produzidas; a indicação da garantia prestada pelo devedor, se 
houver, e o respectivo instrumento; a especificação do objeto da garantia que estiver na 
posse do credor, que devem ser exibidos no original ou por cópias autenticadas se 
estiverem juntados em outro processo.(Art. 9° LFR) 
O credor que não observar o prazo de 15 (quinze) dias previsto na legislação 
poderá efetuar o seu pedido, porém será considerado credor retardatário. (Art. 10 LFR) 
Na recuperação judicial os credores retardatários não terão direito de voto nas 
deliberações da assembleia geral de credores, exceto se for credor trabalhista. (Art. 10 
§1° LFR) 
Na falência o credor retardatário não terá direito de voto nas assembleias de 
credores caso já tenha existido formação do quadro-geral de credores, perdendo este 
credor o direito a rateios eventualmente realizados e ficando sujeitos ao pagamento de 
custas pela habilitação. (Art. 10 §§ 2° e 3°, LFR) 
Com base nas informações que possui o administrador, bem como nas 
informações obtidas nas habilitações e divergências apresentadas, o administrador fará 
publicar edital, dentro do prazo de 45 (quarenta e cinco) dias contados do final do prazo 
que foi concedido para as habilitações, nesta publicação deve haver menção de todos os 
créditos novamente. 
No prazo de 10 (dez) dias contados da republicação, o comitê de credores, 
qualquer credor, o próprio devedor, ou os seus sócios, além dos membros do Ministério 
Público, agindo como fiscal da lei, poderão efetuar impugnação contra a relação de 
credores, devendo as impugnações, serem apresentadas perante o juiz da falência. (Art. 
8° LFR) 
As impugnações serão processadas em autos apartados, devendo os credores que 
tiveram seus créditos impugnados, no prazo de 5 (cinco) dias contados de sua intimação, 
apresentarem contestação quanto à impugnação. (Art. 11 LFR) 
Transcorrido o prazo para manifestação daqueles que tiveram seus créditos 
impugnados, o devedor e o Comitê se houver serão intimados para contestar a 
impugnação no prazo de 5 (cinco) dias. 
 
Findo o prazo de manifestação do devedor e do Comitê, o administrador judicial 
será intimado pelo juiz para emitir parecer no prazo de 5 (cinco) dias, devendo juntar à 
sua manifestação o laudo elaborado pelo profissional ou empresa especializada, se for o 
caso, e todas as informações existentes nos livros fiscais e demais documentos do devedor 
acerca do crédito, constante ou não da relação de credores, objeto da impugnação. (Art. 
12, p.u., LFR) 
Após, a impugnação será analisada e julgada pelo juiz, sendo que da decisão 
judicial sobre as impugnações será cabível o recurso de agravo. (Art. 17 LFR) 
Com base nas informações que detém, além daquelas fornecidas através das 
habilitações, divergências e impugnações, será o administrador judicial o responsável 
então pela consolidação do quadro-geral de credores a ser homologado pelo juiz. (Art. 18 
LFR) 
O quadro-geral, assinado pelo juiz e pelo administrador judicial, mencionará a 
importância e a classificação de cada crédito na data do requerimento da recuperação 
judicial ou da decretação da falência, será juntado aos autos e publicado no órgão oficial, 
no prazo de 5 (cinco) dias, contado da data da sentença que houver julgado as 
impugnações. (Art. 18, p.u., LFR) 
 
Arrecadação do ativo 
 Concomitante à fase de mensuração do passivo, ou seja, de apuração do montante 
devido, o administrador judicial deverá promover a arrecadação de bens. 
Os bens e documentos arrecadados separadamente ou em blocos, no local onde se 
encontram, ficarão sob a guarda do administrador judicial ou de pessoa por ele escolhida, 
podendo o falido ou qualquer representante ser nomeado depositário dos bens. (Art. 108, 
§ 1° LFR) 
O auto de arrecadação, composto pelo inventário e pelo respectivo laudo de 
avaliação dos bens, será assinado pelo administrador judicial, pelo falido ou seus 
representantes e por outras pessoas que auxiliarem ou presenciarem o ato. (Art. 110 LFR) 
A arrecadação será efetivada com o intuito de guardar o patrimônio e preservá-lo 
para que assim possa então ser este utilizado para satisfação dos credores. 
Exceção poderá ser feita aos bens perecíveis, deterioráveis, sujeitos à considerável 
desvalorização ou que sejam de conservação arriscada, pois poderão estes, serem 
vendidos antecipadamente, logo após a arrecadação e a avaliação, desde que haja 
autorização judicial, após serem ouvidos o comitê e o falido no prazo de 48 horas. (Art. 
113 LFR) 
 
Pedido de restituição 
 O pedido de restituição será cabível para o proprietário do bem arrecadado 
indevidamente em processo de falência, ou que se encontrava em poder do devedor 
quando de sua decretação, cabendo também tal pedido de restituição de coisa vendida a 
crédito e entregue ao devedor nos 15 dias anteriores ao requerimento de sua falência, se 
ainda não alienada. (Art. 85 LFR) 
 O pedido de restituição deverá ser fundamentado com a descrição da coisa, sendo 
autuado em separado, juntamente com osdocumentos que os instruem, determinando 
ainda a intimação do falido, do comitê de credores e do administrador judicial para que 
no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias se manifestem, valendo como contestação a 
manifestação contrária à restituição. (Art. 87 e § 1° LFR) 
 A sentença que reconhecer o direito do requerente determinará a entrega da coisa 
no prazo de 48 horas. (Art. 88 LFR) 
 Da sentença que julgar o pedido de restituição caberá apelação sem efeito 
suspensivo. (Art. 90 LFR) 
 Quando não couber no caso específico o pedido de restituição, fica resguardado o 
direito dos credores de propor os embargos de terceiros, cabendo tais embargos também, 
quando das discussões a respeito da posse. (Art. 93 LFR) 
 
Realização do ativo 
O ativo arrecadado acima deverá ser levado a liquidação, chamada de fase de 
realização do ativo, sendo ocorrida logo a fase de arrecadação dos bens, devendo a 
alienação destes ser realizadas da seguinte forma, observada a ordem de preferência (Art. 
140 LFR): 
I – alienação da empresa, com venda de seus estabelecimentos em bloco; 
II – alienação da empresa, com a venda de suas filiais ou unidades produtivas 
isoladamente; 
III – alienação em bloco dos bens que integram cada um dos estabelecimentos do devedor; 
IV – alienação dos bens individualmente considerados. 
 Assim, o juiz, após ouvir o administrador judicial e atendendo as observações do 
comitê de credores, quando este houver, ordenará que se proceda a alienação do ativo sob 
as seguintes modalidades (Art. 142 LFR): 
I – leilão por lances orais; 
II – propostas fechadas; 
III – pregão. 
 A alienação ocorrerá com o maior valor oferecido, ainda que este seja inferior a 
avaliação conferida ao bem. (Art. 142, § 2° LFR) 
 
Ordem de pagamentos 
 Feita a realização do ativo, já sabendo a sociedade quais são os seus credores, ou 
seja, já havendo a existência do quadro geral de credores, é chegada a hora de se efetivar 
os pagamentos, que deverão obedecer a determinadas ordens legais. 
 Frise-se que primeiramente deverão ser efetuados os pagamentos referentes ao 
créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores à 
decretação da falência, até o limite de 5 (cinco) salários mínimos por trabalhador, que 
deverão ser pagos tão logo se tenha disponibilidade em caixa. (Art. 151 LFR) 
 Tão logo sejam efetuados tais pagamentos, deve-se então ser efetuados os 
pagamentos referentes aos créditos provenientes dos pedidos de restituições, caso já não 
mais se tenha àquele bem. (Art. 86, p.u. LFR) 
 Após estes deverão ser efetuados os pagamentos referentes aos créditos 
extraconcursais, sendo considerados como tais, os créditos com origem posterior à 
falência, como as remunerações devidas ao administrador judicial e seus auxiliares, e 
créditos derivados da legislação do trabalho, ou decorrentes de acidentes do trabalho 
relativos a serviços prestados posteriormente a decretação da falência, as quantias 
fornecidas à massa pelos credores bem como as despesas provenientes da arrecadação, 
administração e realização do ativo, custas judiciais provenientes de ações ou execuções 
em que a massa falida tenha sido vencida. (Art. 84 LFR) 
 Esgotados tais pagamentos deverão então ser pagos os créditos concursais, 
descritos e regulados pelo art. 83 da Lei de Falências, na seguinte ordem: 
a) créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 salários mínimos por 
credor, e os decorrentes de acidente do trabalho; 
b) créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado; 
c) créditos tributários; 
d) créditos com privilégio especial; 
e) créditos com privilégio geral; 
f) créditos quirografários; 
g) multas contratuais e legais; 
h) créditos subordinados. 
 
Ordem de Pagamento na falência 
Créditos estritamente salariais relativos aos 3 meses anteriores a falência, no limite de 
até 5 salários mínimos por trabalhador. (Art. 151 LFR) 
Pagamento dos créditos provenientes dos pedidos de restituição na hipótese de o bem 
que deveria ser devolvido ter sido alienado. (Art. 86 p.u.) 
Pagamentos dos créditos extraconcursais, ou seja, as despesas da massa falida. (Art. 84 
LFR) 
Pagamento dos créditos de natureza concursal. (Art. 83 LFR) 
 
 
 
 
Ordem de Pagamento dos créditos concursais 
• créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 salários mínimos por 
credor, e os decorrentes de acidente do trabalho; 
• créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado; 
• créditos tributários; 
• créditos com privilégio especial; 
• créditos com privilégio geral; 
• créditos quirografários; 
• multas contratuais e legais; 
• créditos subordinados. 
 
Encerramento da falência 
 Após o administrador judicial prestar suas contas ao juiz da falência, matéria já 
vista neste capítulo, o processo de falência será encerrado mediante sentença, que poderá 
ser combatida com recurso de apelação. (Art. 154, § 6° LFR) 
 
Extinção das Obrigações do Falido 
 As obrigações do falido estarão extintas (Art. 158 LFR): 
I- Pagamento de todos os créditos; 
II- Pagamento, depois de realizado todo o ativo, de mais de 50% do passivo 
quirografário; 
III - Decurso do prazo de 5 anos contados do encerramento da falência, se o falido não 
tiver sido condenado por crime falimentar; 
IV - Decurso do prazo de 10 anos, contados do encerramento da falência, se o falido tiver 
sido condenado por crime falimentar.

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