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DISCIPLINA DE IED
Profª Luciana Aparecida Guimarães
*
	Conceito de Direito: “é o conjunto das normas gerais e positivas que regulam a vida social” conforme entendimento de Radbruch copiado por Washington de Barros Monteiro.
	Palavra Direito: etimologicamente significa o que é reto, origem do latim=directum.
 É usada como forma de designar o conjunto de regras com que se disciplina a vida em sociedade que se caracterizam de forma genérica, quando se aplicam a todos indistintamente e de forma jurídica, onde existe a garantia de eficácia pelo Estado durante a aplicação para cada indivíduo em sociedade.
	NORMAS DE CONDUTA: lei, costume, jurisprudência e princípios gerais de direito constituem o direito objetivo.
	CONJUNTO DE LEIS: direito positivo (posto em sociedade). Para Aristóteles, a justiça “é a perpétua vontade de dar a cada um o que é seu, segundo uma igualdade.”
*
	Mundo do ser – o que é natural e o Mundo do dever ser – mundo jurídico
 Por conta do livre arbítrio, o mundo do dever ser, preza pela liberdade de escolha da conduta e portanto necessita que o Direito seja tratado como a Ciência do “dever ser”.
	Moral e Direito – regras de comportamento onde a sanção surge.
	Direito Positivo: é o ordenamento jurídico em vigor no país e Direito Natural: é a ideia abstrata do direito, é uma justiça superior e suprema onde é inconcebível o não cumprimento da obrigação. Atualmente é conhecido como o jusnaturalismo, sendo visto como expressão de princípios superiores ligados à natureza racional e social do homem.
	Ex. para o Direito Positivo uma dívida de jogo não poderia ser cobrada judicialmente (art.882 do CC) mas para o Direito Natural, é obrigação do devedor cumprir com sua obrigação. 
*
	Direito objetivo: conjunto de normas impostas pelo Estado para amparar as pretensões do indivíduo que vive em sociedade (norma agendi) e 
	Direito Subjetivo: faculdade que cada indivíduo possui de buscar a aplicação do direito objetivo na violência de seus direitos (facultas agendi).
	Direito Público: direito que regula as relações do Estado com outro Estado ou as do Estado com os cidadãos.
	Direito Privado: é o direito que regula as relações entre indivíduos predominando os interesses de ordem particular.
*
	DIREITO PRIVADO
Direito Civil
Direito Comercial
Direito Agrário
Direito Marítimo
Direito do Trabalho
Direito do Consumidor
Direito Aeronáutico	DIREITO PÚBLICO
Direito Constitucional
Direito administrativo
Direito Tributário
Direito Penal
Direito Processual Civil e Penal
Direito Internacional (público e privado)
Direito Ambiental
*
	Principais características da lei:
Generalidade: dirige-se a todos;
Imperatividade: impõe um dever;
Autorizamento: fato de ser autorizante; 
Permanência: não se exaure em uma só aplicação;
Emanação de autoridade competente: competências legislativas previstas na CF.
	Classificação:
Cogentes (mandamentais, proibitivas) e não cogentes (permissivas supletivas)
mandamentais: determinam uma ação e proibitivas: ordenam uma abstenção(privação).
Permissivas: permitem a disposição de algo pelo interessado (ex. art.1639 do CC) e supletivas: se aplicam quando a parte não se manifesta (termos como “salvo estipulação em contrário”)
*
	Quanto ao conteúdo do autorizamento
Intensidade da sanção: a)mais que perfeita, b)perfeitas, c)menos que perfeitas, d)imperfeitas.
a)Estabelecem ou autorizam a aplicação de duas sanções (art.19 da Lei 5478/1968 parágrafo 1º);
b) Impõe a nulidade de um ato, sem cogitar aplicação de pena (art.166, I do CC);
c) Não acarretam nulidade ou a anulação do ato ou negócio jurídico, somente impõe sanção (art.1523, I do CC);
d) Quando a violação não acarreta qualquer consequência (art.814 do CC).
*
	Segundo a sua natureza
Substantivas (materiais) e 2) adjetivas (formais)
Definem direitos e deveres estabelecendo requisitos e forma de exercício. São leis materiais ou direito substantivo (direito adjetivo são as leis processuais),
Traçam meios de realização dos direitos. São leis processuais (direito adjetivo).
	Quanto à hierarquia
Constitucionais (emanam da Constituição);
Complementares (situam-se entre as normas constitucionais e as leis ordinárias). Tratam de matérias especiais.
Ordinárias (leis comuns),
*
Delegadas (elaboradas pelo Executivo por autorização expressa do Legislativo e possui a mesma posição hierárquica das leis ordinárias),
Medidas provisórias (estão no mesmo plano das ordinárias e das delegadas mas não são propriamente leis. Editadas pelo Executivo em casos de relevância e urgência),
Decretos legislativos (usadas para materialização das competências exclusivas do Congresso Nacional, como por ex. resolver definitivamente sobre tratados internacionais que acarretem compromissos gravosos ao patrimônio nacional (art. 49, I da CF)
Resoluções (regulamenta matéria de competência privativa da Câmara dos Deputados e Senado Federal, tem natureza administrativa ou política)
Normas internas (são os regimentos e estatutos que disciplinam as regras procedimentais sobre o funcionamento do Legislativo – ex.Regimentos Internos.
*
	Quanto a competência e extensão territorial
Federais, Estaduais e Municipais.
	Quanto ao alcance
Gerais – quando se aplicam a todo um sistema de relações jurídicas (ex.Código Civil)
Especiais – quando se destinam a situações jurídicas específicas ou determinadas (ex.locação)
 
*
	Lei de Introdução ao Código Civil (Decreto-Lei nº 4.657 de 4.9.1942) contém dezenove artigos tratando-se de legislação anexa ao Código Civil, mas autônoma. De caráter universal, aplica-se a todos os ramos do direito.A conhecida LICC recebe nova nomenclatura: Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro - LINDB conforme redação dada pela Lei n. 12.376 de 2010, mas em seu conteúdo não obteve muitas alterações. 
	Lei em geral - Art. 3º da LINDB (afirmação de que ninguém deve se escusar de cumprir a lei alegando que não a conhece), aplica-se a todo ordenamento jurídico extravasando o âmbito do Direito Civil abrangendo princípios que regem aplicação das normas de direito privado e de direito público no tempo e no espaço (art. 1º ao 6º) além de normas de direito internacional privado (art. 7º ao 19º).
	
*
A LINDB tem função de regulamentar:
O início da obrigatoriedade da lei;
O tempo da obrigatoriedade da lei
A eficácia global da ordem jurídica, não admitindo a ignorância da lei vigente;
Os mecanismos de integração das normas, quando houver lacunas;
Os critérios de hermenêutica jurídica;
O direito temporal;
O direito internacional privado brasileiro;
Os atos civis praticados no estrangeiro, pelas autoridades consulares brasileiras.
Vendo os artigos de lei:
Regular a vigência e a eficácia das normas jurídicas (art. 1º e 2º), apresentando soluções ao conflito de normas no tempo (art. 6º) e no espaço (art. 7º ao 19º);
Fornecer critérios de hermenêutica (art.5º);
3) Estabelecer mecanismos de integração de normas quando houver lacunas (art. 4º);
4) Garantir não só a eficácia global da ordem jurídica, não admitindo o erro de direito (art. 3º) que a comprometeria, mas também a certeza, a segurança e estabilidade do ordenamento, preservando as situações consolidadas em que o interesse individual prevalece (art. 6º);
*
Como a LINDB é considerada:
Conjunto de normas sobre normas, uma vez que disciplina as próprias normas jurídicas, determinando o seu modo de aplicação e entendimento no tempo e no espaço dispondo sobre a aplicação por analogia, os costumes e os princípios gerais do direito aos casos omissos (art. 4º do CC), aplicando-se a todo o ordenamento jurídico, com exceção ao Direito Penal e ao Direito Tributário que contém normas específicas a esse respeito.
Direito Penal só admite a aplicação da analogia somente in bonan partem ou seja, se em benefício da parte e o Direito Tributário admite a analogia como critério de hermenêutica (ex.artigo 108 do C.T.N)
*
	Vigência da Lei
É o ciclo vital da lei (nascem, aplicam-se e permanecem em vigor até serem revogadas).
- Vigênciaé a qualidade temporal da norma (art. 1 da LINDB fala que o prazo de 45 dias depois de publicada, a lei leva para entrar em vigência, não se aplicando a decretos e regulamentos. Se a lei for admitida em outros países o prazo é de 3 meses)
Períodos – a)início, b)continuidade e c) cessação
Início da Vigência: processo de criação passa por 3 fases: a elaboração ou iniciativa (art.61, caput da CF); promulgação e publicação.
Critério do prazo único: o intervalo entre a data da publicação da lei e a sua entrada em vigor denomina-se vacatio legis .O critério do prazo único se dá porque a lei entra em vigor em uma única data em todo país, sendo simultânea a sua obrigatoriedade.
*
	Vigência e vigor
O art. 2º da LINDB prevê a vigência que é o tempo de duração da lei e o vigor que está relacionado à sua força vinculante. Não confundir com eficácia que é a qualidade da norma que se refere à sua adequação em vista da produção concreta de efeitos.
	Republicação do texto legal 
Se durante a vacatio legis ocorrer nova publicação do texto legal para correção de erros materiais ou falha de ortografia, o prazo da obrigatoriedade começará a correr da nova publicação (LINDB art.1º parágrafo 3º). Se caso a lei republicada adquiriu força obrigatória, os direitos adquiridos na sua vigência têm que ser resguardados)
	Contagem do prazo
Na vacância da lei o prazo será contado da seguinte forma para entrada em vigor: inclusão da data da publicação e do último dia do prazo entrando em vigor no dia subsequente. Se a lei for parcialmente vetada, a parte não vetada é publicada em determinada data (o veto tem caráter suspensivo) 
*
	Revogação da lei
Cessa a vigência da lei com a sua revogação(art. 2º da LINDB).
Causas intrínsecas podem provocar a revogação da lei, como:
Advento do termo fixado para sua duração (ex.disposições transitórias e leis orçamentárias);
Implemento de condição resolutiva (ex. leis para caso de guerra);
Consecução de seus fins (ex. quando os fins para os quais a lei foi feita, se realizam)
Para esses casos ocorre a caducidade da lei (torna-se a lei sem efeito pela imposição de causas previstas em seu próprio texto legal)
A revogação é a supressão da força obrigatória da lei, retirando-lhe a eficácia (só pode ocorrer quando a lei for substituída por outra)
	Revogação total(ab-rogação) ou revogação parcial (derrogação)
A primeira refere-se a supressão integral da norma anterior e a segunda, atinge somente uma parte da norma, permanecendo o restante
*
	Critérios de revogação da lei: cronológico (norma posterior sobre norma anterior); especialidade (norma especial prevalece sobre a geral) e hierárquico (norma superior prevalece sobre a inferior)
	A lei revoga-se por outra lei da mesma fonte que aprovou o ato revogado (ex. a norma de Direito Constitucional somente se revoga pelo processo de emenda à Constituição – art.60 CF) ou por lei de hierarquia superior.
	Revogação expressa (quando ocorre a declaração expressa de revogação da lei – art. 2º parágrafo 1º, segunda parte da LINDB) e revogação tácita (quando a lei não é revogada expressamente pela lei nova mas existe incompatibilidade com o atual texto – art. 2º parágrafo 1º, primeira parte da LINDB), neste caso a revogação é oblíqua ou indireta.
	Critérios de especialidade: quando a norma especial revoga a geral quando disciplinar, de forma diversa, o mesmo assunto. 
*
	Antinomia é a presença de duas normas conflitantes, pode ser aparente ou real.
- Aparente, deve-se levar em consideração para solução dos conflitos os critérios cronológicos, especialidade e hierárquico.
- Real, quando não podemos utilizar os critérios mencionados acima devendo se socorrer dos mecanismos destinados a suprir as lacunas da lei (LINDB art.4º e 5º).
	Efeito represtinatório – restauração da lei revogada por ter a lei revogadora perdido a vigência (art.2º par.3º) – Impossibilidade, salvo se o legislador expressamente se pronunciou nesse sentido.
 Ex. Lei 1 – revogada pela Lei 2 – revogada pela Lei 3.
 Não se estabelece a Lei 1 revogada pela Lei 2 (lei revogadora) se a Lei 3 não for expressa no momento que revogou a Lei revogadora n.2 (determinando a repristinação da Lei 1).
*
	Obrigatoriedade das leis – lei é tida como ordem jurídica dirigida a vontade geral e portando obrigatória a todos (art. 3º da LINDB)
 “ignorantia legis neminem excusat” - “Ninguém se escusa de cumprir a lei alegando que não a conhece”
 Erro de direito-conhecimento falso da lei-boa-fé
	“iura novit curia” – “ pressuposto de que o Juiz conhece o direito”
A regra não se aplica ao direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário (art. 337 CPC).
Três teorias para justificar o pressuposto:
Presunção legal: presume que a lei uma vez publicada torna-se conhecida para todos;
Ficção legal: considera tratar-se de hipótese de ficção, e não de presunção – em verdade não ocorre;
Necessidade social: a lei é obrigatória por elevadas razões de interesse público e a alegação de seu desconhecimento comprometeria a eficácia global do ordenamento jurídico.
*
	Integração das normas jurídicas
 Situações não previstas em lei que reclamam solução por parte do juiz que não podem eximir-se de proferir decisão (art.126 CPC) sobre o pretexto de omissão na lei.
 Mecanismos destinados a suprir as lacunas da lei (art.4º LINDB): a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Lacunas da lei: omissão na lei,
Analogia: caso semelhante; 
	requisitos: inexistência de dispositivo legal; semelhança; identidade de fundamentos;
	Analogia legis (legal) quando a base é uma norma existente e analogia juris (jurídica) quando a base é um conjunto de normas para obter no caso sub judice a regulamentação necessária mas não prevista expressamente.
	Analogia e interpretação extensiva: na primeira não existe lei expressa sobre o caso concreto e na segunda, ocorre a extensão do âmbito de aplicação de uma norma existente a casos cuja interpretação é menos literal.
 
*
Fontes do Direito (expressão das normas) – “é o meio técnico de realização do direito objetivo” (conforme Caio Mário da Silva Pereira)
FORMAIS (diretas ou imediatas): 
A lei- fonte principal
A analogia, o costume e os princípios gerais do direito(ART. 4º da LINDB e art. 126 do CPC) – fontes acessórias
NÃO FORMAIS (indiretas ou mediatas): 
A doutrina e a jurisprudência
*
	Costume: É uma fonte subsidiária ou fonte supletiva.
	Diferença da lei: 
Quanto à origem: nasce de um processo legislativo com origem certa e determinada, enquanto o costume tem origem incerta e imprevista;
Quanto à forma: a lei é texto escrito e o costume é direito não escrito (consuetudinário);
	Conceito: o costume é a prática uniforme, constante, pública e geral de determinado ato, com a convicção de sua necessidade (em geral pela sociedade que o pratica). Para que o costume se converta em costume jurídico deve haver consagração pela prática judiciária (confirmação jurisprudencial).
	Espécies: secundum legem (quando se acha expressamente referido na lei deixando de ser verdadeiramente um costume para se tornar uma lei), praeter legem (quando de destina a suprir a lei nos casos omissos Ex. cheque pré-datado)e contra legem (quando existe a oposição à lei)
*
	Princípios gerais do direito
Conceito: regras que se encontram na consciência dos povos e são universalmente aceitas, mesmo não escritas. Muitas delas passaram a integrar o direito positivo. Ex. art.186 do CC- ninguém pode lesar a outrem; art.1216, 1220, 1255, 876 do CC) -veda o enriquecimento ilícito e a que não admite escusa de não cumprimento da lei por não conhecê-la (LICC art.3º). 
 Na sua grande maioria os princípios gerais do direito são normas implícitas no ordenamento jurídico civil, como: ninguém pode valer-se da própria torpeza, a boa-fé se presume, ninguém pode transferir mais direitos do que tem, se deve favorecer mais aquele que procura evitar um dano do que aquele que busca realizar um ganho, entre outros.
 
 O juiz aplica por diversas vezeso princípio de que ninguém pode valer-se da própria torpeza para suas decisões (ver art. 150 CC)
 
 Para que possam ser aplicados os princípios gerais do direito devem conter juridicidade, ou seja, devem ser reconhecidos como direito aplicável.
*
	Equidade não é lacuna mas mero recurso auxiliar da aplicação desta (previsão art. 127 CPC) quando o Juiz pode, por critério, decidir (art.1586 CC)
- Espécies: legal, contida no texto da norma (ex. art.1584 CC, parágrafo único) ou judicial, aquela que o legislador (explícita ou implicitamente) incumbe o magistrado de decidir por equidade (art.1749, II do CC);
Decidir com equidade – decidir com justiça;
Decidir por equidade – decisão do juiz sem se ater à legalidade estrita, mas somente à sua convicção íntima (com autorização pelo legislador em caso específicos)
	Aplicação e interpretação das normas
	Fenômeno da subsunção e da integração normativa
A generalidade das normas bem como sua impessoalidade, tornam-nas abstratas no que se refere aos casos concretos permitindo a aplicação do silogismo para aplicação da lei. Premissa maior é a norma regulando uma situação abstrata e a premissa menor é o caso concreto. A conclusão é a sentença judicial que aplica a norma abstrata ao caso concreto.
Quando o fato é típico e se enquadra perfeitamente no conceito abstrato da norma temos o fenômeno da subsunção.
Na ausência da possibilidade da subsunção, ocorre a integração da norma. 
*
	Para se identificar a aplicação da norma ou se proceder a integração normativa ao caso, o juiz deve interpretar a norma descobrindo seu sentido e alcance.
	Tipos de escolas que estudam a interpretação da norma:
Teoria subjetiva de interpretação (ou escola exegética)- sustenta-se que o que se pesquisa é a vontade do legislador expressa na lei;
Teoria da interpretação objetiva- onde se afirma que não é a vontade do legislador que se visa mas a vontade da lei, ou melhor, o sentido da norma;
Teoria da livre pesquisa do direito(ou da livre investigação científica)- defende a ideia de que o juiz deve ter a função criadora na aplicação da norma que deve ser interpretada em função das concepções jurídicas, morais e sociais de cada época, primando pelo equilíbrio (art. 5º LINDB)
	Métodos de interpretação
- hermenêutica: interpretação das leis, observando quais métodos foram utilizados que levam ao estudo da fonte ou origem da norma, quanto aos meios e quanto aos resultados.
*
	Conflito de leis no tempo
-aplicação da lei nova às situações anteriormente constituídas.
Solução através dos critérios estabelecidos pelas disposições transitórias (quando o legislador elabora no próprio texto normativo a solução para o conflito) e da irretroatividade das normas (quando a lei nova não pode, expressamente, regular assuntos anteriores à sua publicação).
Teoria subjetiva de Gabba: trata do respeito ao ato jurídico perfeito (fato consumado), ao direito adquirido (o que já incorporou definitivamente ao patrimônio e à personalidade de seu titular) e à coisa julgada (imutabilidade dos efeitos da sentença).
Para que a lei nova possa atingir fatos já consumados, pretéritos, não deve ofender ó que já foi exposto acima ou quando o legislador expressamente mandar aplicá-la a casos pretéritos, mesmo que a palavra retroatividade não seja usada ao caso concreto.
*
	Eficácia da lei no espaço (art. 9º ao 19º da LINDB) – regras de direito internacional público e privado.
Princípios da territorialidade (território do Estado) e da extraterritorialidade (território de outro Estado);
Estatuto pessoal- situação jurídica que rege o estrangeiro pelas leis de seu país de origem (art. 7º LINDB);
Lex domicilii –onde estabelece-se a lei do país onde a pessoa é domiciliada (STF, Súmula 381). O conceito de domicílio é dado pela lex fori (lei do foro competente, da jurisdição onde se deve processar a demanda art.70 e seguintes do CC)

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