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Teoria da Contabilidade e Ética Profissional

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Teoria da Contabilidade 
e Ética Profissional
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Rodrigo De Souza Marin
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira
Ética Profissional e Código de Ética Contábil
• Conceitos de Ética;
• Ética Profissional;
• Perfil Ético-Profissional Contábil.
• Enfatizar a ética e o profi ssionalismo zelando os princípios e práticas contábeis;
• Abordar o perfi l ético do contabilista.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Ética Profi ssional e 
Código de Ética Contábil
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre­se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam­
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus­
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre­se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Ética Profissional e Código de Ética Contábil
Contextualização
Conforme o CFC (2010), o IFRS, a harmonização internacional de normas e 
a convergência contábil entre os mercados têm provocado uma enorme transfor­
mação em toda a contabilidade, e, consequentemente, no contabilista de forma 
geral. A busca incessante pela transparência, controle e governança tem sido uma 
luta para todos os profissionais contábeis.
Sendo assim, os contabilistas tornam­se uma peça chave em todo esse que­
bra­cabeça estrutural/corporativo, desenvolvendo nova postura perante os novos 
 desafios institucionais.
O foco nos princípios éticos faz­se fundamental, pois mudanças profundas estão 
acontecendo no mundo e requerem uma resposta adequada para o novo profissional 
contábil que se formará daqui em diante. Cada vez mais, a academia ( Universidade) 
deve adotar o ensino da ética como sendo algo que está além de uma disciplina 
isolada, devendo ser ministrada de forma que a ética permeie as outras disciplinas 
durante a concepção dos contadores no decorrer de todo o curso.
Atualmente, os contadores trabalham basicamente com informações. A infor­
mação é um dos bens mais preciosos nas mãos dos contabilistas para produção de 
dados contábeis úteis para tomada de decisão. O contabilista é responsável por le­
vantar, estudar e analisar as informações, tendo a responsabilidade de uma conduta 
irrepreensível, transparente e ética perante toda a sociedade.
A consciência profissional deve ser o lastro a guiar os trabalhos do contabilista, 
bem como auxiliar nas diversas opções que o mercado apresenta para, assim, me­
lhor gerir seu cliente e apoiá­lo rumo à perpetuidade em seus negócios.
Viver em um país marcado comumente por fraudes, erros e corrupções torna 
fundamental aos futuros contabilistas ter foco na ética, na moral e nos bons costu­
mes, qualidades essenciais para o trabalho do contador ser bem realizado.
Nunca é demais estudar ética profissional. Com todo este cenário traçado ante­
riormente, faz­se necessário que os profissionais de contabilidade busquem aprimo­
ramento técnico constante, pois, desta forma, gera­se conhecimento, sendo uma 
das maneiras mais assertivas para exercer a ética perante um mercado de trabalho 
cada vez mais complexo e desleal.
8
9
Conceitos de Ética
A origem histórica da palavra ética remonta à Grécia antiga e no idioma original, 
éthos, significa modo de ser ou caráter; caráter este adquirido e conquistado pelo 
homem. O homem em todo este contexto sempre aparece como ponto focal da 
política, da ciência, da arte e da moral.
No dicionário Aurélio (2004, p.842), ética é “o estudo dos juízos de apreciação 
que se referem à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do 
bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto.” 
Pensando por este viés, não existe uma definição absoluta do certo ou errado, ou 
mesmo do bem e do mal. Estes conceitos podem ter conotações diferentes quando 
analisados em relação às culturas, ideologias e tradições de uma sociedade.
Ética: é o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana suscetível de 
qualificação do ponto de vista do bem e do mal [...].Ex
pl
or
Fonte: FERREIRA, 2004, p.842
Ao definir em uma sociedade o que é certo ou errado, bom e mau, isso de 
alguma forma cria um padrão de conduta para aqueles que se acharem, ou se 
sentirem desnorteados perante o grupo para o qual aquele padrão foi estabelecido. 
Não podemos obrigar alguém a ser ético, mas através dos valores morais que cada 
pessoa adquire no decorrer de sua vida e através de suas experiências, o que se 
pode fazer é deixar explícito aquilo que é certo e o que não é, de acordo com deter­
minada sociedade. Assim, caberá a cada indivíduo a escolha do caminho a trilhar.
Para Costa (2017), Ética é um conjunto de conhecimentos objetivos, extraídos 
da investigação do comportamento humano; a família contribuiu para a formação 
do indivíduo.
Já a Moral é o conjunto de regras aplicadas no dia a dia, e usadas continuamente 
por cada pessoa. Forma a construção do indivíduo durante sua vida. Pensando nes­
ta visão, a ética volta­se para a racionalidade humana, em que o ser humano tenta 
descobrir os limites de seus direitos e deveres, verdadeiramente a sua essência, que, 
como indivíduo, quer profissionalmente.
Para Barsano (2014, p.49), “A é tica é definida, de uma forma ampla, como a 
explicitaç ã o teó rica dos comportamentos morais do agir humano, na busca do bem 
comum e da realizaç ã o individual.” 
Quando falamos de ética, não há como escapar à uma dúvida permanente: 
de que ética falamos? Da ética verdadeira, ou da ética do engano e dissimulação? 
Toda distorção ética criada por nós, seres humanos, nada mais é do que relativa a 
interesses egoístas sobre nossas preferências individuais. Sendo assim, a ética é a 
ciência da verdade, não existe ética da mentira, ou meia ética.
9
UNIDADE Ética Profissional e Código de Ética Contábil
Ela é a verdade em sua essência e, por habitar dentro de nós, tem estreita rela­
ção com o ser! Ninguém fica indiferente à ética. Embora muitas vezes travestida, 
a ética da dissimulação e a meia­ética são mentiras por inteiro que não resistem à 
verdade do tempo (MATOS, 2017).
A ética é o fundamento da sociedade, não existe a possibilidade de vida social 
sem a observância de princípios éticos, e, com isso, a sociedade deve preconizar 
três pilares éticos para manter o bem comum e uma predisposição em fazer o bem.
Quadro 1 – Três Pilares éticos
Justa É essencial que a sociedade seja JUSTA.
Livre É necessário que a sociedade seja LIVRE.
SolidáriaÉ vital que a sociedade seja SOLIDÁRIA.
Fonte: Adaptado de Matos, 2017
Se tivermos o foco nesses três pilares, construiremos uma sociedade compro­
metida com o respeito e a dignidade humana. E, para que esta sociedade venha a 
ser vivenciada para além dos pilares, como estrutura basilar, temos também três 
capacidades éticas a serem desenvolvidas em todas as sociedades, sendo elas:
• Liderança integrada;
• Organização flexível e
• Visão e ação estratégica.
A seguir, um breve relato de cada uma das capacidades:
• Liderança integrada: Não basta existirem líderes, eles precisam estar ali­
nhados por verdades absolutas;
• Organização flexível: A sociedade estimula a participação de todos, e que 
 todos possam exercitar a criatividade, a descentralização e a autoridade;
• Visão e ação estratégicas: Desenvolver a análise crítica e pensamento estra­
tégico com foco em tomada de decisão.
A ética é construída como um conjunto de regras adquiridas e confirmada pela 
prática cotidiana. Este conjunto de regras está estabelecido sobre valores, normal­
mente, valores do bem.
Lopes Sá (2000, p.33) descreve com maestria o sentido de ética:
A ética é um estado de espírito quase hereditário e vem da formação e do 
meio social no qual a criança teve sua personalidade moldada, burilada 
para ingressar no convívio da sociedade, que é o que popularmente se 
denomina berço; e moral é adquirida por meio da educação formal e da 
experiência de vida.
A ética é um assunto vital e cotidiano, pois a sociedade enfrenta graves desafios. 
Neste início do século XXI, existem desafios gritantes na transformação de comporta­
mentos sociais e na relação com o próximo, como uma simples regra de respeitar seu 
semelhante. Uma simples regra preconizada por Jesus Cristo há mais de dois mil anos:
10
11
O segundo é: 
Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Não há outro mandamento maior do que estes. (BÍBLIA, Marcos, 12:31)
Sócrates baseava sua ética numa convicção pessoal, adquirida por meio da 
 tentativa de compreender a justiça das leis. Através do pensamento defendido por 
 Descartes, ele propõe uma adoção de uma moral provisória, que cuidasse, inicial­
mente, das questões teóricas, resolvendo as práticas do jeito que desse. Talvez, 
 ainda, simplesmente ignorar a ética, cuidando apenas de assuntos técnicos: conse­
guir dinheiro, progredir profissionalmente etc.
Chauí (1995, p. 24), ao abordar sobre os valores como padrões de conduta comenta:
A existência de um agente consciente, reconhecendo a diferença entre os 
pares de opostos, é condição sine qua non da conduta ética. E a consciên­
cia moral não só reconhece essas diferenças, como julga o valor dos atos e 
das condutas à luz de seus valores, assumindo as responsabilidades deles.
A Ética, em muitos contextos, está correlata com virtudes, ou costumeira­
mente denominada de qualidades. Lopes Sá (1996, p.65) relata que “Na conduta 
ética, a virtude é condição basilar, ou seja, não se pode conceber o ético sem 
o virtuoso como princípio, nem deixar de apreciar tal capacidade em relação 
a terceiros”. A virtude do homem está relacionada com a prudência, justiça, 
 fortaleza e temperança.
Quadro 2 – Virtudes básicas
Prudência A reta noção daquilo que se deve fazer ou evitar, exigindo o conhecimento dos princípios gerais da moralidade e das contingências particulares da ação.
Justiça
É o ato de respeitar os direitos e os deveres; é a disposição de dar a cada um o que é seu de acordo com 
a natureza, a igualdade ou a necessidade; é a base da vida em sociedade e da participação na existência 
comum; a Justiça implica a combinação de diversas atividades, com a imparcialidade, a piedade, a 
veracidade, a fidelidade, a gratidão, a liberdade e a equidade.
Fortaleza Firmeza interior contra tudo o que molesta a pessoa neste mundo, fazendo vencer as dificuldades e os perigos que exercem a medida comum.
Temperança
Regra, medida e a condição de toda virtude; é o meio justo entre o excesso e a falta; exige sensatez baseada 
num pensamento flexível e firme; encontra-se atrelada à contingência, à sobriedade, à humildade, à 
mansidão e à modéstia.
Fonte: Adaptado de Camargo (2001, pg. 35)
Em contraponto às virtudes, existem os vícios, que na verdade representam sen­
timentos inversos às virtudes, dentre os quais o orgulho, a avareza, a gula, a inveja, 
a preguiça e a ira influenciarão negativamente o caráter do homem.
O foco da ética é o homem (ser humano), forjado com virtudes e influenciado 
 negativamente por vícios, o qual é capaz de agir de acordo com as suas necessi­
dades individuais e coletivas. Esta ação do homem deve ser avaliada sempre através 
de um contexto histórico, cultural e comportamental. Assim, os conceitos éticos 
 podem ser explicitados utilizando­se de várias teorias pregadas por vários estu­
diosos no decorrer da história.
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UNIDADE Ética Profissional e Código de Ética Contábil
Ética Profissional
Em qualquer área, o trabalhador, exercendo plenamente sua função, necessita 
de um compromisso moral com a sociedade, cliente, empregador e governo. Tendo 
ele deveres e responsabilidades irrefutáveis, deve cumprir as obrigações impostas 
pelo patrão, a fim de exercer bem sua função.
A ética é definida, de uma forma ampla, como a explicitação teórica dos 
comportamentos morais do agir humano, na busca do bem comum e da 
realização individual. A ética profissional, sem sombra de dúvidas, é uma das 
áreas desse conhecimento mais importante para o ambiente organizacional, 
pois estuda os comportamentos morais praticados tanto pelo empregador 
quanto pelo empregado nas relações trabalhistas. (BARSANO, 2014, p.49)
Para inspirar a nossa conduta ilibada, precisamos ter valores respeitáveis, uma 
boa relação entre empregador e empregado, dentro de um ambiente organizacional 
estável e agradável. Esta deve ser a base das nossas relações interpessoais, o res­
peito mútuo deve prevalecer em todas as relações envolvidas com a empresa, com 
a sociedade e com todos que as cercam.
Liderança e ética profissional
Há atualmente nas organizações um grande foco em liderança. A liderança é 
capaz de influenciar o clima organizacional, de motivar os colaboradores e líderes. 
Líder não é aquele que coaduna com o poder, e sim aquele que, através da lide­
rança, extrai o melhor de seus colaboradores, transformando o ambiente em um 
espaço mais produtivo e agradável, em busca por resultados mais positivos para 
sua equipe.
A ética sempre anda de mãos dadas com a liderança. Acima de tudo, o líder deve 
ser honesto, além de leal à causa, ou seja, a ética também deve estar presente na 
figura da liderança, tendo em vista a finalidade do cargo. Um líder deve ser justo, 
honesto e imparcial, ou seja, jamais criar acepção de pessoas, por qualquer motivo 
que seja. Além disso, sempre que possível, pensar no bem­estar de todos ao seu 
redor, tanto na empresa, como colaboradores, fornecedores e clientes.
Conforme as teorias dominantes sobre liderança, elas se classificam em três 
cate gorias: estilo autocrático, estilo democrático e estilo liberal. Veja a seguir as 
suas principais características:
Estilo Autocrático
No estilo autocrático, as decisões do líder não são fundamentadas pelas 
opiniões de seus liderados ou subordinados, e muito menos discutidas com 
os demais. Nesse estilo de liderança, a autoridade está concentrada no líder.
12
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Estilo Democrático
Ao contrário do autocrático, o lí der democrá tico acredita no com­
partilhamento de ideias, sugestões, críticas etc. Tem como principal 
caracterí stica, ouvir com serenidade os seus liderados, envolvendo­os 
nos processos de decisã o e controle. Sempre na esperanç a de alcançar 
o bem­estar para todos.
Estilo Liberal
Como o pró prio nome indica, o lí der liberal tem por costume transferir 
seu poder de comando para os seus liderados ou subordinados, abdi­
cando de forma contí nua e natural suas atribuiç õ es de liderar ou coman­
dar equipes. (BARSANO, 2014, p.50) 
Perfil Ético-Profissional ContábilPara que o profissional contabilista exerça suas funções e atividades com eficá­
cia, muitas são as virtudes que ele necessita ter. Algumas dessas qualidades devem 
ser intrínsecas ao seu caráter, já outras podem ser conquistadas. O mercado exige 
atualmente muitas características específicas para ao profissional contábil, mas uma 
característica preponderante deve ser a ética, haja vista que nossa sociedade, cada 
dia mais, se torna enfraquecida e carente de modelos morais a serem seguidos.
Código de Ética do Contabilista: https://goo.gl/DWS4nj.
Ex
pl
or
Lopes Sá (1996, p.161) considera algumas virtudes como básicas e que são co­
muns a quase todas as profissões, afirmando: “Virtudes básicas profissionais são 
aquelas indispensáveis, sem as quais não se consegue a realização de um exercício 
ético competente, seja qual for a natureza do serviço prestado”. São elas:
• Ideia Chave;
• Honestidade;
• Zelo;
• Sigilo;
• Competência;
• Prudência;
• Humildade;
• Imparcialidade.
13
UNIDADE Ética Profissional e Código de Ética Contábil
Algumas virtudes destacam­se no meio da profissão de contador, sendo elas con­
sideradas importantes e, de certa forma, preponderantes para a prática profissional:
• Honestidade: tem relação estreita com a confiabilidade delegada ou outorga­
da por alguém. Honestidade também tem relação com a responsabilidade de 
saber que o profissional cuidará dos bens de terceiros da mesma forma, ou 
melhor, do que cuidaria dos seus próprios.
A honestidade é uma conduta que obriga o respeito ao próximo e às regras 
gerais e de bons costumes, tanto para os próximos como para terceiros não 
relacionais. Ser honesto, integralmente, é um dever ético de qualquer profissio­
nal; não seria diferente com o profissional contábil.
Um contabilista utiliza informações financeiras a seu favor, entregues pelo seu 
cliente, devendo ser totalmente honesto com relação a essas informações e 
com seus clientes, a fim de não ferir a ética profissional.
• Zelo: parte de uma responsabilidade individual, baseada na relação entre o 
 sujeito e o objeto de trabalho. Cada tipo de tarefa exige seu próprio zelo e sua 
própria forma de caracterizá­la. Por exemplo, um contabilista encarregado de 
cuidar de uma escrita contábil tem a seu cargo, geralmente, todas as tarefas fis­
cais, envolvendo declarações, pagamentos de tributos etc.; já outro profissional 
da contabilidade, que é incumbido de realizar uma análise para fins de avaliação 
de um ativo imaterial de uma empresa tem outro gênero de responsabilidades.
De qualquer forma, a obrigatoriedade de zelar pela tarefa aceita não varia, mes­
mo que variem a qualidade do serviço e a formalização do contrato. O Profis­
sional não deve distinguir qualidade de tarefa ou qualidade de cliente, mas, sim, 
manter o objetivo de cumprir o trabalho de forma eficaz. Deixar de cumprir 
com afinco uma tarefa cuja responsabilidade se assumiu constitui de falta de 
zelo, sem falar numa transgressão ética.
• Sigilo: bem afirma Lopes Sá (1996, p.165): “Eticamente, o sigilo assume o 
papel de algo que é confiado e cuja preservação de silêncio é obrigatória.”
Embora nem sempre o segredo seja solicitado, por parecer óbvio a quem o 
confidenciou, poderá, ao ser divulgado, enfraquecer o valor do profissional e ser 
entendido como violação de confiança pelo prejudicado. Por isso, o ideal é que 
se guarde em sigilo tudo o que se conhece sobre o cliente na prática da profissão.
Documentações, hábitos pessoais, registros contábeis e processos gerenciais, 
bem como quaisquer outros itens, em função de sua natureza, devem ser man­
tidos em sigilo, uma vez que a revelação deles pode trazer sérios problemas ao 
cliente do profissional.
• Competência: sob o ponto de vista funcional, é o exercício do conhecimento 
de forma adequada e persistente a um trabalho ou profissão. O exercício de 
uma profissão exige a aquisição de pleno conhecimento, atualização constante , 
o domínio sobre a tarefa e sobre a forma de executá­la, além de um constante 
aperfeiçoamento.
14
15
Aceitar uma tarefa sem ter capacidade para exercê­la é uma tarefa que não de­
veria acontecer em hipótese alguma, em razão dos potenciais danos que pode 
causar. Nem pense em ser detentor de “todo” conhecimento contábil, mas tenha 
humildade para focar em suas especialidades e delegar seus pontos fracos tecni­
camente. Um profissional precisa reconhecer suas limitações para não incorrer 
em erros. “O erro, na conduta, não está em não ter conhecimentos, mas em 
ter consciência de que dele não se dispõe e mesmo assim aceitar uma tarefa.” 
(Lopes de Sá, 1996, p. 167).
O profissional deve preocupar­se sempre com a educação continuada, prin­
cipalmente o contabilista, pois as informações da área mudam em velocida­
de crescente. É fundamental, portanto, do ponto de vista ético, que a tarefa 
seja executada dentro do que há de mais atual, e em favor do cliente, de 
modo a lhe oferecer menores custos e maior capacidade e aproveitamento 
do trabalho.
• Prudência: ou seja, o bom julgamento da ação, cautela, zelo no momento de 
decidir. Não se pode basear apenas na prudência para determinar se uma ação 
é boa ou má, certa ou errada. Contudo, se no processo de discussão ou con­
testação, algumas atitudes se revelam boas, certas, melhores que outras, temos 
que acabar por adotá­las, e é precisamente neste momento que se precisa fazer 
uso desta virtude.
• Humildade: o profissional precisa possuir essa virtude para compreender que 
não é o dono da verdade e que o bom senso e a inteligência são propriedades 
de um grande número de pessoas.
• Imparcialidade: é uma virtude tão importante, que assume as características 
do dever, pois se destina a se contrapor aos preconceitos, a reagir contra os 
mitos, a defender os verdadeiros valores sociais e éticos, assumindo, principal­
mente, uma posição justa nas situações que terá que enfrentar. Para ser justo, 
é preciso ser imparcial, logo, a justiça depende muito da imparcialidade.
Poderíamos elencar outras virtudes que, por certo, agregariam às já citadas, 
no intuito de traçar um perfil necessário para o profissional contábil, porém, 
as virtudes apresentadas atendem, plenamente, aos anseios dos contabilistas 
para bem exercerem as suas atividades, sendo a ética condição essencial para 
o exercício de qualquer profissão.
A profissão contábil desempenha papel vital em uma economia de mercado, 
pois esta necessita das informações geradas pela contabilidade para se desenvolver 
plenamente. Contudo, informações não são suficientes; têm que ser informações 
confiáveis. Já este padrão só é alcançado por meio de condutas profissionais éticas.
O bom contabilista não se vende, não sonega, não engana; antes, deve incan­
savelmente combater toda possibilidade de fraude, de não transparência em suas 
operações, e não coaduna com o erro, procurando eliminá­lo; não avilta a profissão 
e nem os honorários a que faz jus, pelo contrário, coloca a primeira em alto padrão 
e decência e estipula o segundo de forma a viver com dignidade.
15
UNIDADE Ética Profissional e Código de Ética Contábil
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Artigo: A Honestidade Acadêmica de Professores e Alunos de Contabilidade
https://goo.gl/xAYxu3
Código de ética CFC – 2019
https://goo.gl/DWS4nj
Ética Geral e Profissional em Contabilidade: um estudo sobre a postura de discentes e profissionais em contabilidade
https://goo.gl/tboFUm
Atuação do contador público no combate a corrupção no Brasil: Operação Lava Jato
https://goo.gl/Qjsckz
A Contabilidade do Crime no Brasil
https://goo.gl/inPQ8t
16
17
Referências
BARSANO, Paulo Roberto. É tica profissional. 1. ed. Sã o Paulo: É rica, 2014.
BÍBLIA, A. T. Provérbios. In: BÍBLIA. Português. Sagrada Bíblia Católica: Anti­
go e Novo Testamentos. Tradução de José Simão. São Paulo: Sociedade Bíblica de 
Aparecida, 2008. p. 202­203.
CAMARGO, Marculino. Fundamentos da Ética Geral e Profissional.Rio de 
Janeiro: Vozes, 1999.
CASTILHO, Edison. Introduç ã o à ló gica contá bil. Sã o Paulo: Saraiva, 2010.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC no 803, de 10 
de outubro de 1996. In: Princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas 
Brasileiras de Contabilidade. Brasília, 1996.
COSTA, João Carlos Dias da. Perícia contábil: aplicação prática. 1. ed. São Paulo : 
Atlas, 2017.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Lígua 
Portuguesa. 3.ed. Curitiba: Positivo, 2004
LOPES DE SÁ, Antonio. A Ética Necessária. Minas Gerais: Una, 2000.
LOPES DE SÁ, Antonio. Ética Profissional. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1996.
MATOS, Francisco Gomes de. É tica na gestã o empresarial: da conscientizaç ã o à 
aç ã o. 3. ed. Sã o Paulo: Saraiva, 2017.
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