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Aula 11 - NBR 6118

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ABNT NBR 6118:2014
Projeto de estruturas de concreto – Procedimento
Neste material é apresentada uma visão geral da 
ABNT NBR 6118:2014. Cada capítulo da Norma é 
apresentado resumidamente em um slide. 
ABNT NBR 6118:2014
Histórico
1940 1960 1978 2003 2014
NB-1:1940
Baseada em 
teorias 
elásticas, 
resistências 
médias e 
tensão 
admissível.
NB-1:1960
Introduziu o 
conceito de 
resistência 
característica.
NB-1:1978
Introduziu o 
ELU e ELS.
NBR 
6118:2003
Destaque na 
introdução da 
durabilidade e 
uso de 
modelos 
numéricos.
NBR 
6118:2014
Melhorias da
NBR de 2003.
2008:
Padrão 
Mundial ISO
1. Escopo.
2. Referências normativas.
3. Termos e definições.
4. Simbologia.
5. Requisitos gerais de qualidade da estrutura e avaliação 
da conformidade do projeto.
6. Diretrizes para durabilidade das estruturas de concreto.
7. Critérios de projeto que visam a durabilidade.
8. Propriedades dos materiais.
9. Comportamento conjunto dos materiais.
10. Segurança e estados-limites.
11. Ações.
12. Resistências.
13. Limites para dimensões, deslocamentos e fissuras.
14. Análise estrutural.
15. Instabilidade e efeitos de 2ª ordem.
16. Princípios gerais de dimensionamento, verificação e 
detalhamento.
17. Dimensionamento e verificação de elementos lineares.
18. Detalhamento de elementos lineares.
19. Dimensionamento e verificação de lajes.
20. Detalhamento de lajes.
21. Regiões especiais.
22. Elementos especiais.
23. Ações dinâmicas e fadiga.
24. Concreto simples.
25. Interfaces do projeto com a construção, utilização e 
manutenção.
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Projeto de estruturas de concreto – Procedimento
CAPÍTULOS DA NORMA:
Essas etapas de projeto podem ser resumidas em:
ABNT NBR 6118:2014
1. Escopo
A NBR 6118 estabelece os requisitos básicos exigíveis
para o projeto de estruturas de concreto simples, armado e
protendido.
Estabelece os requisitos gerais a serem atendidos pelo
projeto como um todo, bem como os requisitos específicos
relativos a cada uma de suas etapas.
Em algumas dessas etapas devem ser atendidos requisitos
que não se encontram na NBR 6118, devendo ser
procurados em outras Normas (Cap.2) ou em práticas
recomendadas (como exemplo, as Práticas Recomendadas
do IBRACON).
a) Conhecimento do problema e definição dos requisitos
gerais a serem atendidos;
b) Escolha dos materiais a serem utilizados e dos
correspondentes requisitos de durabilidade;
c) Definição das ações a considerar;
d) Concepção da solução a ser adotada;
e) Análise estrutural;
f) Verificação ou dimensionamento da estrutura;
g) Detalhamento das peças estruturais;
h) Produção dos documentos;
i) Controle de qualidade do produto final;
j) Assistência técnica à obra.
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http://site.ibracon.org.br/2013-11-09-20-58-13
Algumas das Normas citadas na NBR 6118:
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2. Referências normativas
A NBR 6118 faz referências a outras Normas da ABNT
relacionadas ao projeto de estruturas de concreto.
Neste capítulo, essas Normas são listadas.
• ABNT NBR 6120 – Cargas para o cálculo de estruturas
de edificações;
• ABNT NBR 8681 – Ações e segurança nas estruturas;
• ABNT NBR 6123 – Forças devidas ao vento em
edificações;
• ABNT NBR 15200 – Projeto de estruturas de concreto
em situações de incêndio;
• ABNT NBR 15421 – Projeto de estruturas resistentes a
sismos;
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Algumas definições usuais:
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3. Termos e definições
Neste capítulo, são apresentados os termos e definições
que são usados ao longo da NBR 6118. As definições são
divididas em três:
• Definições do concreto estrutural: Define-se o que é
concreto simples, armado e protendido, armaduras
passiva e ativa, e as juntas de dilatação.
• Definições dos Estados-limites¹: São situações limites
que as estruturas não devem ultrapassar. Existem os
Estados-limites últimos (ELU) e os Estados-limites de
serviço (ELS).
• Definição relativa aos envolvidos no processo
construtivo: Define-se o que é o contratante (pessoa
que contrata a execução de serviços e /ou obras).
• Armadura ativa e passiva: A armadura ativa é
previamente alongada. A passiva não é previamente
alongada;
• Concreto armado: obtido por meio da associação
entre o concreto e a armadura passiva;
• Concreto protendido: obtido por meio da associação
entre o concreto e a armadura ativa;
• Estado-limite último (ELU): estado-limite
relacionado ao colapso, ou a qualquer outra forma de
ruína estrutural;
• Estado-limite de deformações excessivas (ELS-
DEF): estado em que as deformações atingem os
limites estabelecidos na Norma.
1. Mais detalhes dos Estados-limites são dados no Cap. 10 da Norma. 
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4. Simbologia
Neste capítulo, são apresentados os símbolos utilizados na
NBR 6118.
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5. Requisitos gerais de qualidade da estrutura e avaliação da conformidade do projeto
As estruturas de concreto devem atender aos requisitos de
qualidade, estabelecidos na NBR 6118, e aos requisitos
adicionais estabelecidos entre o projetista e o contratante.
Os requisitos de qualidade são classificados em três
grupos:
• Capacidade resistente: consiste na segurança à
ruptura;
• Desempenho em serviço: consiste na capacidade da
estrutura manter-se em condições de utilização,
evitando danos de fissuração excessiva, deformações
inconvenientes, vibrações indesejáveis, etc;
• Durabilidade: refere-se a conservação da estrutura.
A qualidade dos projetos estruturais deve ser assegurada.
Para tanto, deve-se realizar a “Avaliação da Conformidade
de Projeto”.
A avaliação da conformidade de projeto consiste,
basicamente, em verificar se o projeto estrutural, conforme
definido nos seus respectivos desenhos e especificações,
atende aos requisitos de qualidade.
Esta avaliação deve ser feita por profissional independente
e diferente do projetista. Este avaliador deve acompanhar o
desenvolvimento do projeto desde o início, avaliando e
validando cada etapa de projeto.
NOTA: Na NBR 6118:2007, a avaliação da conformidade de projeto se
resumia a obras de grande porte. Na NBR 6118:2014, o termo “obras de
grande porte” foi retirado por entender que existem obras de pequeno e
médio porte com complexidade igual ou maior que as de grande porte.
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Corrosão das 
armaduras por 
carbonatação
Corrosão das 
armaduras por ação de 
cloretos
Lixiviação
Exemplos desses mecanismos: 
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6. Diretrizes para durabilidade das estruturas de concreto
As estruturas de concreto devem ser projetadas e
construídas visando a durabilidade. Neste capítulo, a NBR
6118 apresenta conceitos e diretrizes relacionados a
durabilidade:
• Vida útil de projeto: período de tempo durante o qual a
estrutura deve ser capaz de desempenhar bem as
funções para as quais foi projetada.
• Mecanismos de envelhecimento e deterioração: a
Norma apresenta os mecanismos de deterioração do
concreto, das armaduras e da estrutura propriamente
dita, e as medidas preventivas.
• Agressividade do Ambiente: A agressividade do
ambiente está relacionada ás ações físicas e químicas
que atuam na estrutura. Essa agressividade deve ser
classificada conforme a Tabela 6.1 da Norma.
Na Tabela 6.1, a agressividade é classificada conforme a 
Classe de Agressividade Ambiental (CAA) que pode ser I, 
II, III ou IV. Este parâmetro (CAA) é utilizado no projeto, 
por exemplo, para determinar o cobrimento necessário. 
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Em relação a qualidade do concreto a Norma estabelece, na 
Tabela 7.1, os parâmetros mínimos de tipo do concreto 
(C20, C30, etc) e a relação água/cimento para cada tipo de 
Classe de Agressividade Ambiental(CAA).
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7. Critérios de projeto que visam a durabilidade
Para evitar o envelhecimento prematuro, a NBR 6118
apresenta neste capítulo os seguintes critérios que devem
ser observados no projeto:
• Prever drenagem eficiente, para evitar o acúmulo de
água na estrutura;
• Evitar formas arquitetônicas e estruturais que possam
reduzir a durabilidade da estrutura;
• Garantir concreto de qualidade apropriada. Garantir
cobrimentos de concreto apropriados para a proteção às
armaduras;
• Detalhar adequadamente as armaduras para permitir e
facilitar o lançamento e adensamento do concreto;
• Controlar a fissuração das peças;
• Adotar medidas especiais, quando necessário;
• Prever procedimentos de inspeção e manutenção
preventiva.
Em relação aos cobrimentos a Norma estabelece, na Tabela 
7.2, os cobrimentos mínimos para cada tipo de CAA.
O detalhamento das armaduras deve ser feito conforme os 
Cap.18 e Cap.20.
O controle de fissuração deve ser feito conforme o item 
13.4 do Cap.13.
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8. Propriedades dos materiais
Neste capítulo, a NBR 6118 apresenta as propriedades do
concreto e do aço, e como devem ser calculadas ou
consideradas. Esses parâmetros são utilizados no projeto:
Concreto:
• Classes;
• Massa específica;
• Coeficiente de dilatação térmica;
• Resistência à compressão;
• Resistência à tração;
• Resistência no estado multiaxial de tensões e à fadiga;
• Módulo de elasticidade;
• Coeficiente de Poisson e Módulo de elasticidade
transversal;
• Diagramas tensão-deformação;
• Fluência e retração.
Aço de armadura passiva:
• Categoria;
• Tipo de superfície 
aderente;
• Massa específica;
• Coeficiente de dilatação 
térmica;
• Módulo de elasticidade;
• Diagrama tensão-
deformação, resistência 
ao escoamento e à 
tração;
• Dutilidade;
• Resistência à fadiga;
• Soldabilidade.
Aço de armadura ativa:
• Classificação;
• Massa específica;
• Coeficiente de dilatação 
térmica;
• Módulo de elasticidade;
• Diagrama tensão-
deformação, resistência 
ao escoamento e à 
tração;
• Dutilidade;
• Resistência à fadiga;
• Relaxação.
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9. Comportamento conjunto dos materiais
Neste capítulo, a NBR 6118 apresenta especificações para
garantir o trabalho solidário e conjunto entre o concreto e o
aço:
• Verificação de aderência. Aderência é o fenômeno que
faz com que os dois materiais trabalhem juntos,
impedindo o deslizamento das barras de armadura
dentro do concreto. A Norma apresenta como
determinar a resistência de aderência entre a armadura e
o concreto. Esse valor é usado, por exemplo, para
determinar os comprimentos de ancoragem;
• Ancoragem das armaduras. Ancoragem é a fixação
das barras no concreto, nos pontos de interrupção. A
Norma apresenta dois tipos de ancoragem: ancoragem
por aderência e por dispositivos mecânicos. Na
ancoragem por aderência, a Norma apresenta como
considerar e determinar o comprimento de ancoragem;
• Emenda das barras. Pode ser necessário emendar
barras de aço, devido a necessidade de um comprimento
maior que 12 m (tamanho máximo de barras
comerciais) ou outros motivos. Nesses casos, a Norma
especifica diretrizes para emendas;
• Protensão. A Norma também especifica critérios para o
concreto protendido.
Exemplo de emenda 
das barras.
Exemplo de ancoragem 
por aderência.
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10. Segurança e estados-limites
As estruturas de concreto devem atender aos critérios de
segurança e estados-limites estabelecidos na NBR 6118:
• Critérios de segurança: Os critérios de segurança
adotadas na NBR 6118 são baseados na NBR 8681. São
apresentados em detalhes nos Cap.11 e Cap.12;
• Estados-limites¹: A segurança de uma estrutura
envolve dois aspectos: a estrutura não pode alcançar a
ruptura, e não deve apresentar um comportamento
inadequado quando utilizada (deformação excessiva,
fissuras, etc). A segurança da estrutura contra o colapso
está relacionada com os Estados-Limites Últimos
(ELU) e a segurança na utilização está relacionada com
os Estados-Limites de Serviço (ELS).
1. Para saber mais sobre os Estados-limites:
• http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/Fundamentos.pdf
• CARVALHO, R.C. Cálculo e detalhamento de estruturas usuais de 
concreto armado: segundo a NBR 6118:2014. São Carlos: EdUFSCar, 
2014.
Para evitar que a ruptura ocorra, o dimensionamento dos 
elementos estruturais deve ser feito no ELU, onde os 
elementos estruturais são dimensionados como se 
estivessem prestes a romper (situação limite). As 
resistências dos materiais são minoradas e os esforços 
solicitantes majorados, dando uma margem de segurança 
ao projeto. No item 10.3 da Norma, são apresentados os 
ELU que devem ser verificados nas estruturas de concreto.
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http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/Fundamentos.pdf
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11. Ações
Ações são definidas como causas que provocam esforços
ou deformações nas estruturas. Neste capítulo, a NBR 6118
apresenta como considerar estas ações no projeto de
estruturas de concreto. As ações são classificadas como:
• Ações permanentes: São as que ocorrem com valores
praticamente constantes durante toda a vida da
construção. Ex: peso próprio, retração, fluência,
recalques, etc;
• Ações variáveis: São ações que apresentam variações
significativas durante a vida da construção. Ex: cargas
acidentais, ação do vento, temperatura, etc;
• Ações excepcionais: São ações que tem curta duração e
baixa probabilidade de ocorrência durante a vida da
construção. Ex: explosões, incêndios, sismos, etc.
As ações devem ser quantificadas por “valores
representativos” que podem ser característicos,
convencionais excepcionais e reduzidos. No projeto, os
“valores de cálculo” das ações devem ser utilizados, que
são obtidos a partir dos valores representativos
multiplicados pelos coeficientes de ponderação (item
11.6).
Esses coeficientes de ponderação majoram as ações (item
11.7).
Um carregamento na estrutura é definido pela combinação
de ações, de forma mais desfavorável. As combinações são
divididas em Combinações últimas e Combinações de
serviço, utilizadas na verificações do Estado Limite Último
e de Serviço, respectivamente (item 11.8).
NOTA: Mais informações sobre as Ações são encontradas na NBR 8681.
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12. Resistências
Neste capítulo, a NBR 6118 apresenta como considerar as
resistências no projeto de estruturas de concreto. Também
apresenta as condições de segurança que devem ser
verificadas.
No projeto, as “resistências de cálculo” devem ser
utilizadas (item 12.3). Essa resistência é obtida a partir da
“resistência característica” (item 12.2) dividida pelo
coeficiente de ponderação (item 12.4). Esse coeficiente de
ponderação minora as resistências.
Na verificação da segurança das estruturas de concreto
devem ser atendidas as condições construtivas e analíticas
de segurança:
• Condições construtivas: deve-se atender aos critérios
de detalhamento (Cap.18 e Cap.20), as normas de
controle de materiais e as normas de execução de obra;
• Condições analíticas: Os esforços resistentes de
cálculo (Rd) não podem ser menores que os esforços
solicitantes de cálculo (Sd): Rd ≥ Sd
Os esforços resistentes são calculados a partir das
resistências de cálculo, conforme os Cap.17, Cap.19 ou
Cap.22.
Os esforços solicitantes são calculados a partir da
combinação de ações considerada (Cap.11), de acordo com
a análise estrutural escolhida (Cap.14).
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13. Limites para dimensões, deslocamentos e fissuras
Neste capítulo, a NBR 6118 apresenta os valoresmínimos/máximos das dimensões dos elementos
estruturais, dos deslocamentos e das fissuras:
• Dimensões-limites (item 13.2): Neste item se
encontram as dimensões-limites dos elementos
estruturais (vigas, pilares e lajes), limites para furos e
aberturas nos elementos, e especificações sobre
canalizações embutidas;
• Deslocamentos-limites (item 13.3): Na verificação do
Estado-limite de deformação excessiva (ELS-DEF), os
deslocamentos na estrutura não devem superar os
deslocamentos-limites apresentados neste item;
• Controle de fissuração (item 13.4): Na verificação do
Estado-limite de abertura das fissuras (ELS-W), as
fissuras não devem superar os valores-limites
apresentados neste item.
Algumas dimensões-limites usuais:
• Largura mínima de vigas: 12 cm.
• Dimensão mínima da seção transversal de pilares: 19
cm. Em casos especiais (item 13.2.3), este valor pode
ser reduzido até no máximo a 14 cm.
• Espessura mínima de lajes maciças de piso (sem
balanço): 8 cm.
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14. Análise estrutural
Por meio da análise estrutural é possível determinar os
esforços, tensões, deformações e deslocamentos na
estrutura, necessários para verificar os estados-limites.
Neste capítulo, a NBR 6118 apresenta os tipos de análise
estrutural e como utilizá-las no projeto de estruturas de
concreto. Os seguintes itens são apresentados:
• Princípios gerais da análise estrutural;
• Hipóteses básicas;
• Classificação dos elementos estruturais: elementos
lineares (vigas, pilares, etc) e de superfície (placas,
cascas, etc);
• Métodos de análise estrutural;
• Considerações na análise estrutural de elementos
lineares, de placa e outros.
Para realizar a análise estrutural é preciso adotar um
modelo estrutural¹ adequado (ex: elementos isolados,
pórtico espacial, etc). Este modelo deve representar a
geometria dos elementos estruturais, os carregamentos, as
condições de contorno e as características e respostas dos
materiais. A resposta dos materiais é representada pelos
métodos de análise estrutural:
• Análise linear;
• Análise linear com redistribuição;
• Análise plástica;
• Análise não-linear;
• Análise através de modelos físicos.
Para aplicar e escolher esses métodos de análise estrutural
corretamente, deve-se seguir as orientações da Norma
neste capítulo.
1. Para saber mais sobre modelos estruturais em projetos de concreto:
• http://www.tqs.com.br/conheca-os-sistemas-cadtqs/analise-estrutural/analise-estrutural
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http://www.tqs.com.br/conheca-os-sistemas-cadtqs/analise-estrutural/analise-estrutural
Os esforços determinados a partir da geometria inicial da
estrutura são chamados de efeitos de 1ª ordem. Os esforços
obtidos de uma análise considerando a geometria
deformada da estrutura são chamados de efeitos de 2ª
ordem.
Os efeitos de 2ª ordem são classificados em globais, locais
e localizados.
Neste capítulo, a Norma apresenta critérios sobre quando e
como considerar os efeitos de 2ª ordem no projeto das
estruturas de concreto.
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15. Instabilidade e efeitos de 2ª ordem
Os seguintes tópicos são abordados:
• Campo de aplicação e conceitos;
• Princípio básico de cálculo;
• Definições e classificações das estruturas;
• Dispensa da consideração dos esforços globais de 2ª
ordem;
• Análise de estruturas de nós fixos;
• Análise de estruturas de nós móveis;
• Análise de elementos isolados;
• Análise de pilares-parede;
• Instabilidade lateral de vigas.
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16. Princípios gerais de dimensionamento, verificação e detalhamento
Após a análise estrutural, as etapas seguintes no projeto
são: dimensionamento, verificação e detalhamento. O
objetivo dessas etapas é garantir a segurança da estrutura.
Nessas três etapas é necessário levar em consideração
aspectos globais (estrutura como um todo) e aspectos
locais (elementos estruturais isolados), e garantir a
segurança em relação aos Estados-limites.
As diretrizes e critérios de durabilidade (Cap.6 e Cap.7)
devem ser considerados nessas etapas.
No item 16.5, a Norma apresenta as considerações
necessárias para o caso particular de cargas cíclicas
(situação que ocorre em pontes, por exemplo).
Nos Capítulos 17-24 a Norma apresenta como aplicar os 
conceitos apresentados nos Capítulos 1-15, nas etapas de 
dimensionamento, verificação e detalhamento das 
estruturas. Cada capítulo (17-24) é dedicado a um tipo de 
elemento estrutural (linear, laje, etc) ou situação de projeto:
• Cap.17: Dimensionamento e verificação de elementos lineares (vigas,
pilares);
• Cap.18: Detalhamento de elementos lineares;
• Cap.19: Dimensionamento e verificação de lajes;
• Cap.20: Detalhamento de lajes;
• Cap.21: Critérios para verificação de regiões especiais;
• Cap.22: Critérios para elementos especiais (consolos, dentes gerber,
sapatas, etc);
• Cap.23: Ações dinâmicas e fadiga;
• Cap.24: Concreto simples.
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17.4 Elementos lineares sujeitos à força cortante - ELU:
Neste item são apresentados os critérios para dimensionar
as armaduras transversais (geralmente estribos);
17.5 Elementos lineares sujeitos à torção – ELU: Neste
item são apresentados os critérios para dimensionar as
armaduras para resistir à torção;
17.6 Estado-limite de fissuração inclinada da alma -
Força cortante e torção: Neste item são apresentadas
considerações sobre a fissuração diagonal da alma dos
elementos estruturais;
17.7 Solicitações combinadas: Neste item são
apresentados os critérios que devem ser atendidos em
situações de solicitações combinadas (flexão e torção,
torção e força cortante).
ABNT NBR 6118:2014
17. Dimensionamento e verificação de elementos lineares
Neste capítulo, a Norma apresenta os critérios para
dimensionar e verificar elementos lineares (vigas, pilares,
etc).
17.2 Elementos lineares sujeitos a solicitações normais -
Estado-Limite Último (ELU): Neste item é apresentado
como determinar os esforços resistentes das seções dos
elementos lineares, submetidos a força normal e momentos
fletores (solicitações normais). Os esforços resistentes são
utilizados no dimensionamento das armaduras.
17.3 Elementos lineares sujeitos a solicitações normais -
Estado-Limite de Serviço (ELS): Neste item é
apresentado como determinar os deslocamentos e fissuras
para realizar as verificações do ELS, conforme os valores
limites do Cap.13. Apresenta-se também os valores
mínimos e máximos para as armaduras;
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Após o dimensionamento e as verificações, é necessário
detalhar as armaduras para possibilitar a execução da
estrutura. O detalhamento deve ser feito de forma a atender
os critérios de segurança e execução. Neste capítulo, a
Norma apresenta as especificações de detalhamento dos
seguintes elementos:
18.3 Vigas;
18.4 Pilares;
18.5 Pilares-parede;
18.6 Cabos de Protensão.
ABNT NBR 6118:2014
18. Detalhamento de elementos lineares
NOTA: O detalhamento de elementos lineares (Cap.18), é complementado
pelas especificações do Cap.9 (relativas a aderência, ancoragem e emendas),
Cap.6 e Cap.7 (relativas a durabilidade) e o Cap.13 (relativas as dimensões-
limites).
Para saber mais sobre o detalhamento de vigas e pilares:
• http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/pag_concreto2.htm
• CARVALHO, R.C. Cálculo e detalhamento de estruturas usuais de 
concreto armado: segundo a NBR 6118:2014. São Carlos: EdUFSCar, 
2014.
Exemplo de detalhamento de viga de concreto armado:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/pag_concreto2.htm
19.3 Dimensionamento e verificação de lajes - Estado-
Limite de Serviço (ELS): : Neste item, a norma apresenta
as considerações sobre os ELS de deformação excessiva,fissuração, descompressão e formação de fissuras. Deve-se
seguir os critérios dos itens 17.3.2 a 17.3.4 do Cap.17.
Apresenta-se também os valores mínimos e máximos para
as armaduras;
19.4 Força cortante em lajes: A Norma apresenta os
critérios para duas situações: laje sem armadura para força
cortante e laje com armadura para força cortante;
19.5 Dimensionamento de lajes à punção: Punção é o
ELU determinado por cisalhamento no entorno de forças
concentradas. Ocorre em situações onde a laje é apoiada
diretamente nos pilares (lajes lisas ou cogumelos).
ABNT NBR 6118:2014
19. Dimensionamento e verificação de lajes
Neste capítulo, a Norma apresenta os critérios para
dimensionar e verificar lajes:
19.2 Dimensionamento e verificação de lajes - Estado-
Limite Último (ELU): Para determinar os esforços
resistentes das seções das lajes submetidas a força normal e
momento fletores, deve-se seguir os critérios dos itens
17.2.1 a 17.2.3 do Cap.17. Esses critérios são as hipóteses
básicas para analisar os esforços resistentes das seções de
vigas e pilares, e as condições de dutilidade em vigas. Os
esforços resistentes são utilizados para dimensionar as
armaduras. O cálculo das armaduras em lajes é feito de
modo semelhante ao de vigas, considerando faixas (vigas)
de largura unitária (geralmente 1 m);
NOTA: Para saber mais sobre o dimensionamento e verificação de lajes:
• http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/Lajes.pdf
• CARVALHO, R.C. Cálculo e detalhamento de estruturas usuais de 
concreto armado: segundo a NBR 6118:2014. São Carlos: EdUFSCar, 
2014.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/Lajes.pdf
Após o dimensionamento e as verificações, é necessário
detalhar as armaduras para possibilitar a execução da laje.
Neste capítulo, a Norma apresenta os critérios de
detalhamento de lajes das seguintes situações de projeto:
20.1 Critérios gerais;
20.2 Bordas livres e aberturas;
20.3 Lajes sem vigas;
20.4 Armadura de punção;
20.5 Lajes armadas com telas soldadas nervuradas.
ABNT NBR 6118:2014
20. Detalhamento de lajes
NOTA: Para saber mais sobre o detalhamento de lajes:
• http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/Lajes.pdf
• CARVALHO, R.C. Cálculo e detalhamento de estruturas usuais de 
concreto armado: segundo a NBR 6118:2014. São Carlos: EdUFSCar, 
2014.
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http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/Lajes.pdf
ABNT NBR 6118:2014
21. Regiões especiais
“Regiões especiais” são as regiões dos elementos
estruturais em que, na análise de seu comportamento
estrutural, não seja válida a hipótese das seções planas, ou
seja, quando se apresente na estrutura uma distribuição
não-linear de deformações específicas. Estas regiões
ocorrem quando se apresentem na estrutura
descontinuidades bruscas de geometria ou dos
carregamentos aplicados. Neste capítulo, a Norma
apresenta critérios para o projeto das regiões especiais:
21.2 Regiões de introdução de cargas concentradas;
21.3 Furos e aberturas nos elementos;
21.4 Nós de pórticos e ligações entre paredes;
21.5 Ligações de elementos estruturais pré-moldados;
21.6 Juntas de concretagem.
Na hipótese das seções planas, é considerado que as seções 
permanecem planas após a deformação. Esta hipótese 
aparece no item 17.2.2 do Cap.17.
S
Seção S permanece 
plana após deformação
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ABNT NBR 6118:2014
22. Elementos especiais
Os elementos especiais se caracterizam por um
comportamento que não respeita a hipótese de que as
seções permanecem planas após a deformação. Neste
capítulo, a Norma apresenta os critérios de projeto dos
seguintes elementos especiais:
21.4 Vigas-parede;
21.5 Consolos e dentes Gerber;
21.6 Sapatas;
21.7 Blocos sobre estacas.
Em uma viga-parede, por exemplo, as seções transversais 
não continuam planas após a deformação:
S
Seção S não permanece 
plana após deformação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
As ações dinâmicas em uma estrutura podem provocar
vibrações excessivas e fadiga dos materiais.
As vibrações podem ser causadas por vários tipos de ações
variáveis: máquinas, ondas devidas a vento e água, tráfego
rodoviário, trabalhos de construção (cravação de estacas,
explosões, etc), entre outras.
A fadiga é um fenômeno associado a ações dinâmicas
repetitivas, que acabam causando mudanças progressivas e
permanentes na estrutura. Essas mudanças podem acarretar
problemas estruturais.
Neste item, a Norma apresenta critérios para projeto de
estruturas de concreto onde existam ações dinâmicas.
Como exemplo, temos o projeto de pontes submetidas as
ações dinâmicas do tráfego de veículos.
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23. Ações dinâmicas e fadiga
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Os seguintes tópicos são abordados:
• Considerações gerais;
• Estado-limite de vibrações excessivas;
• Estados-limites últimos provocados por ressonância ou
amplificação dinâmica;
• Estado-limite último de fadiga;
• Estados-limites de serviço, relacionados as solicitações
devido as ações dinâmicas.
24.3 Materiais e propriedades: Neste item, a Norma
apresenta os tipos de concreto que podem ser utilizados
nos elementos de concreto simples. Deve-se atender os
critérios do Cap.8;
24.4 Juntas e disposições construtivas: As juntas são um
elemento importante nas estruturas de concreto simples.
Neste item é apresentado critérios sobre as juntas;
24.5 Projeto estrutural: Neste item, a Norma apresenta os
critérios que devem ser considerados no projeto dos
elementos de concreto simples;
24.6 Elementos estruturais de concreto simples: Neste
item, a Norma apresenta critérios específicos para o projeto
de pilares-parede, blocos de fundação, pilares e arcos em
concreto simples.
ABNT NBR 6118:2014
24. Concreto simples
Elementos estruturais de concreto simples são elementos
estruturais de concreto sem armadura, ou com uma
pequena armadura disposta geralmente em forma de malha
junto às faces, que tem a função de reduzir os efeitos de
fissuração.
Como exemplo de estruturas de concreto simples temos:
blocos para revestimentos de piso, meios-fios, muretas,
elementos decorativos, painéis, canais, sapatas corridas ou
individuais de fundações, etc.
24.2 Campo de aplicação: O uso de concreto simples está
limitado a peças preponderantemente solicitadas à
compressão, onde a fissuração não afeta sua integridade
estrutural e peças onde a dutilidade não é uma condição
importante. Neste item, a Norma também apresenta
algumas condições básicas que devem ser garantidas;
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ABNT NBR 6118:2014
25. Interfaces do projeto com a construção, utilização e manutenção
Em seu último capítulo, a Norma apresenta alguns critérios
relacionados as etapas finais de projeto:
25.1 Aceitação de projeto: O projeto deve ser aceito
quando forem cumpridas as exigências da Norma,
especificadamente as do Cap.5;
25.2 Recebimento do concreto e do aço: Neste item, a
Norma cita outras Normas que devem ser atendidas para
receber o concreto e o aço;
25.3 Manual de utilização, inspeção e manutenção: Ao
fim do projeto, com todas as informações, um manual de
utilização, inspeção e manutenção deve ser produzido. Este
manual deve especificar requisitos básicos para garantir a
vida útil prevista para a estrutura;
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