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Condução unidirecional em regime estacionário/permanente: equação de Fourier em coordenadas cartesiana, cilíndrica e esférica. Transferência de Calor e Massa GCA112 Junho/2020 Lavras - MG –Aula 05 – Prof. Bárbara Costa barbara.costa@estudante.ufla.br Prof. Bárbara Costa O que vamos aprender ? 2 Mecanismo de Transmissão de Calor: Condução Lei de Fourier Condução de Calor em Paredes Planas Condução de Calor em configurações Cilíndricas Condução de Calor em configurações Esféricas Importância do estudo da condução Prof. Bárbara Costa O que é Condução ? Ocorre quando existe um gradiente de temperatura em um meio estacionário. 3 Prof. Bárbara Costa 4 𝑞𝑥" = 𝑞𝑥 𝐴 = − 𝑘 𝑑𝑇 𝑑𝑥 n qx" qy" qn" 𝑞 " = − 𝑘 ▽ 𝑇 = −𝑘 ( 𝑖 𝜕𝑇 𝜕𝑥 + 𝑗 𝜕𝑇 𝜕𝑦 + 𝑘 𝜕𝑇 𝜕𝑧 ) Obs.: (kx = ky = kz) e k depende da estrutura física do material – relacionado ao estado da matéria. ▽ Operador gradiente tridimensional Campo escalar de temperatura Condutividade térmica – propriedade de transportek T (x, y, z) O Fluxo é uma grandeza vetorial: Lei de Fourier Prof. Bárbara Costa 5 A, T1 A, T2 Δx ΔT = T1 – T2 qx Lei de Fourier Forma unidirecional Prof. Bárbara Costa 𝑞𝑥 ∝ 𝐴 Δ𝑇 Δ𝑥 6 A, T1 A, T2 Δx ΔT = T1 – T2 qx 𝑞𝑥 = − 𝑘 ∙ 𝐴 𝑑𝑇 𝑑𝑥 Taxa de calor por condução Condutividade térmica do material Área da seção transversal Razão da variação de temperatura pela distância na direção x do fluxo de calor qx k A 𝑑𝑇 𝑑𝑥 Lei de Fourier Forma unidirecional Fig.: Faixa de condutividades térmicas de vários estados da matéria a temperaturas e pressões normais. Em geral ksólido > klíquido > kgases Devido ao espaçamento intermolecular nos estados da matéria. Prof. Bárbara Costa Lei de Fourier 𝑞𝑥 ∝ 𝐴 Δ𝑇 Δ𝑥 8 A, T1 A, T2 Δx ΔT = T1 – T2 qx 𝑞𝑥 = − 𝑘 ∙ 𝐴 𝑑𝑇 𝑑𝑥 𝑞𝑥" = − 𝑘 𝑑𝑇 𝑑𝑥 𝑞𝑥 𝐴 = − 𝑘 𝑑𝑇 𝑑𝑥 Forma unidirecional Prof. Bárbara Costa Condução de calor em uma parede plana 9 x T1 L T2 0 qx A k 𝑞𝑥 = −𝑘 ∙ 𝐴 𝑑𝑇 𝑑𝑥 𝑞𝑥𝑑𝑥 = −𝑘 ∙ 𝐴 𝑑𝑇 𝑞𝑥 0 𝐿 𝑑𝑥 = −𝑘 ∙ 𝐴 𝑇 1 𝑇 2 𝑑𝑇 𝑞𝑥𝑥 | 𝐿 0 = −𝑘 ∙ 𝐴 T | 𝑇 2 𝑇 1 𝑞𝑥(𝐿 − 0) = −𝑘 ∙ 𝐴 (T2 – T1) 𝑞𝑥𝐿 = 𝑘 ∙ 𝐴 (T1 – T2) 𝑞𝑥 = 𝑘 ∙𝐴 𝐿 (T1 – T2) 𝑞𝑥 = 𝑘 ∙ 𝐴 𝐿 Δ𝑇 Prof. Bárbara Costa Exemplo 1 Uma sala de aula é mantida na temperatura de 18 ºC por um equipamento de ar condicionado. Esta sala possui 20 m de comprimento, 8 m de largura e 3m de altura. As paredes da sala possuem 20 cm de espessura e são feitas com tijolos de alvenaria com condutividade térmica é 0,7 W/m K, e as áreas das janelas podem ser consideradas desprezíveis. A face externa das paredes podem estar até 38 ºC em um dia de verão. Para efetuar cálculos mais simplificados, podemos desconsiderar a troca de calor realizada pelo piso e teto e ainda trocas ocorridas por convecção e radiação. Qual a taxa de calor que o ar condicionado precisa retirar da sala para manter essas condições ? 10 Para calcular a taxa de calor que o ar condicionado precisa retirar da sala para manter essas condições, teremos que calcular a taxa de calor que entra da parte externa da sala para a parte interna. E esse calor, entra na sala através das paredes. Desconsiderando as áreas do teto e piso, e a influencia das janelas, a área das 4 paredes da sala é: A 3 m 6 m 38ºC 18ºC qx k 𝐴 = 2 8 ∙ 3 + 2 20 ∙ 3 = 168 𝑚2 Prof. Bárbara Costa Considerando que a área das quinas das paredes, onde deve ser levada em conta a transferência de calor bidimensional, é pequena em relação ao resto, podemos utilizar a equação que descreve a condução para paredes planas: 11 𝑞𝑥 = 𝑘 ∙ 𝐴 𝐿 Δ𝑇 𝑞𝑥 = 0,7 𝑊/𝑚 𝐾 ∙168 𝑚2 0,20𝑚 (311,15 − 291,15)K 𝑞𝑥 = 117,6 𝑊 𝑚/ 𝐾 0,20𝑚 (20)K 𝑞𝑥 = 11,760 𝑊 Daí, a taxa de calor que o ar condicionado precisa retirar da sala para manter essas condições é igual a taxa de calor que entra na sala, que é igual a: Prof. Bárbara Costa Condução de calor atraves de configurações cilindricas 12 𝑞𝑟 = − 𝑘 ∙ 𝐴 𝑑𝑇 𝑑𝑟 𝐴 = 2 𝜋 𝑟 𝐿 𝑞𝑟 = − 𝑘 ∙ (2 𝜋 𝑟 𝐿) 𝑑𝑇 𝑑𝑟 𝑞𝑟 1 𝑟 𝑑𝑟 = − 𝑘 ∙ (2 𝜋 𝐿)𝑑𝑇 𝑞𝑟 𝑟 1 𝑟 2 1 𝑟 𝑑𝑟 = − 𝑘 ∙ (2 𝜋 𝐿) 𝑇 1 𝑇 2 𝑑𝑇 𝑞𝑟 ln 𝑟 | 𝑟 2 𝑟 1 = − 𝑘 ∙ (2 𝜋 𝐿) (T)| 𝑇2 𝑇 1 𝑞𝑟 ln 𝑟2 − ln 𝑟1 = − 𝑘 ∙ (2 𝜋 𝐿) (T2 – T1) 𝑞𝑟 ln 𝑟 2 𝑟 1 = 𝑘 ∙ (2 𝜋 𝐿) (T1 – T2) 𝑞𝑟 = 𝑘 ∙ (2 𝜋 𝐿) ln 𝑟2 𝑟1 Δ𝑇 Prof. Bárbara Costa Condução de calor através de uma configuração esférica 13 𝑞𝑟 T1 T2 r2 r1 k 𝑞𝑟 = −𝑘 ∙ 𝐴 𝑑𝑇 𝑑𝑟 𝐴 = 4𝜋𝑟2 𝑞𝑟 = −𝑘 ∙ (4𝜋𝑟 2) 𝑑𝑇 𝑑𝑟 𝑞𝑟 1 𝑟2 𝑑𝑟 = −𝑘 ∙ 4𝜋 𝑑𝑇 𝑞𝑟 𝑟 1 𝑟 2 1 𝑟2 𝑑𝑟 = −𝑘 ∙ 4𝜋 𝑇 1 𝑇 2 𝑑𝑇 𝑞𝑟 𝑟 1 𝑟 2 𝑟−2𝑑𝑟 = −𝑘 ∙ 4𝜋 𝑇 1 𝑇 2 𝑑𝑇 𝑞𝑟(−𝑟 −1)| 𝑟2 𝑟 1 = −𝑘 ∙ 4𝜋 (𝑇)| 𝑇2 𝑇 1 𝑞𝑟 −𝑟2 −1 − −𝑟1 −1 = −𝑘 ∙ 4𝜋 (𝑇2 − 𝑇1) 𝑞𝑟 − 1 𝑟 2 − − 1 𝑟 1 = −𝑘 ∙ 4𝜋 (𝑇2 − 𝑇1) 𝑞𝑟( 1 𝑟 1 − 1 𝑟 2 ) = −𝑘 ∙ 4𝜋 (𝑇2 − 𝑇1) 𝑞𝑟 = 𝑘 ∙4𝜋 ( 1 𝑟 1 − 1 𝑟 2 ) (𝑇1 − 𝑇2) 𝑞𝑟 = 𝑘 ∙4𝜋 ( 1 𝑟 1 − 1 𝑟 2 ) (Δ𝑇) Prof. Bárbara Costa Importância do estudo da Condução 14 Prof. Bárbara Costa A G R A D E Ç O P E L A A T E N Ç Ã O ! ! ! b a r b a r a . c o s t a @ e s t u d a n t e . u f l a . b r 15 Prof. Bárbara Costa Referências 1 - BERGMAN, T L et al Fundamentos de transferência de calor e de massa 7 ed Rio de Janeiro, RJ LTC, c 2014 xvi, 672 p (Minha Biblioteca) 2 - ÇENGEL, Yunus A GHAJAR, Afshin J Transferência de calor e massa uma abordagem prática 4 ed Porto Alegre, RS AMGH Ed 2012 xxii 902 p (Minha Biblioteca) 3 - WELTY, James R RORRER, Gregory L FOSTER, David G Fundamentos de transferência de momento, de calor e de massa 6 ed Rio de Janeiro, RJ LTC, 2017 703 p (Minha Biblioteca) 16
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