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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM ENGENHARIA AMBIENTAL E SANEAMENTO BÁSICO Resenha Crítica de Caso Brumadinho 2020 ADMINISTRANDO A CIDADE: DESENCADEANDO VALOR DO ECOSSISTEMA COMERCIAL REFERÊNCIA: VISNJIC, Ivanka; NEELY, Andy; CENNAMO, Carmelo e VISNJIC, Nikola. Desencadeando valor do ecossistema comercial. EUA: University of California Berkeley, 2016. Biblioteca Online Universidade Estácio de Sá. O artigo inicia-se demostrando as complexidades de se administrar uma cidade e as dificuldades que os líderes e organizações encontram. Os autores tomaram como base para o estudo as cidades de Viena, Londres e Chicago em função de serem cidades com bons índices de qualidade de vida, desenvolvimento sustentável, entre outros, e analisaram as dificuldades administração dessas cidades. Foi observado que os lideres dessas cidades as tratam como ecossistemas onde todos estão interligados, principalmente pessoas e empresas. Os governantes, exercendo suas funções de líderes, necessitam de um equilíbrio na tentativa de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, mas também em fornecer um ambiente econômico bom para empresas, se tornando propício para investimentos. As cidades muitas vezes são vistas como “ecossistemas de ecossistemas”, onde governança de sucesso necessita de uma abordagem de orquestração. Nessa abordagem, os líderes determinam estruturas apropriadas ao seu ecossistema e dinamizam seu ambiente e alterações. As empresas eram as principais criadoras de riquezas e geração de valores para os acionistas na era industrial, além de serem as responsáveis pela criação de empregos e benefícios para consumidores e comunidade. Foi estudado e discutido sobre empresas e suas relações individuais com outras empresas e partes interessadas, a intenção era esse estudo também em áreas mais complexas, como os governos. As cidades são um grande exemplo do desafio de administrar um ecossistema comercial complexo, tentando alcançar a dualidade de objetivos entre diferentes partes interessadas, focando principalmente em empresas e população civil, lembrando a existência de fatores limitantes, como a escassez de recursos. O autor define como os ecossistemas funcionam, tomando atitudes de empresas como exemplo, buscando resolver problemas complexos e com valores mais altos. Angariar recursos e ter a competência necessária para exercer alguns serviços e produtos é um dificultador, podendo ocasionar maior agregação de valor em função da especificidade para a resolução dos problemas. O texto descreve dois tipos de governança: o integrador e o de plataforma. O modo integrador tem como foco incentivar empresas a desenvolver componentes que integrem valor a um produto final. É uma interação linear, onde a empresa líder direciona ligações entre membros do ecossistema, cultivando uma autoridade informal. O modo de governança do centro de plataformas foca no papel de facilita e inovar produtos complementares de forma terceirizada para aumentar o alcance de seus produtos aos consumidores. É um mercado bilateral, com interação direta entre complementadores e clientes (algo que não ocorre na governança integradora). Não está claro ainda se um exemplo é melhor que o outro ou se funcionam melhor em determinadas condições que o outro. Ter conhecimento de qual abordagem utilizar em vários e diferentes contextos pode ser o divisor de águas para o sucesso ou fracasso de ecossistemas tão complexo como as cidades. Os autores defendem que nenhuma cidade funciona estritamente com somente uma das diretrizes abordadas, classificando as cidades como o “ecossistema de ecossistemas”. Por fim, eles concluem o estudo dizendo que os administradores, como orquestradores deveriam responder algumas perguntas específicas para avaliar os problemas e a possível capacidade de resposta dos ecossistemas antes de tomar algumas decisões, visando inclusive resultados em longo prazo. Esse deveria ser o ponto inicial de uma orquestração municipal, que é precisamente a administração da evolução de ecossistemas urbanos.
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