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Aula 05 - Direito Processual Penal

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Livro Eletrônico
Aula 05
Direito Processual Penal p/ AGEPEN-GO (Agente de Segurança
Prisional) Com Videoaulas - Pós-Edital
Renan Araujo
	
	
	
	 	
	
	 1	
37	
	
	
PPROCESSO	E	JULGAMENTO	DOS	CRIMES	DE	RESPONSABILIDADE	DOS	
FUNCIONÁRIOS	PÚBLICOS.	PROCEDIMENTO	RELATIVO	AOS	CRIMES	
CONTRA	A	HONRA.	PROCEDIMENTO	DOS	CRIMES	CONTRA	A	
PROPRIEDADE	IMATERIAL.	PROCEDIMENTO	DE	RESTAURAÇÃO	DE	AUTOS.	
	
1	 PROCESSO	E	JULGAMENTO	DOS	CRIMES	DE	RESPONSABILIDADE	DOS	FUNCIONÁRIOS	
PÚBLICOS	..........................................................................................................................	3	
1.1	 Introdução	................................................................................................................................	3	
1.2	 Procedimento	para	os	crimes	inafiançáveis	.............................................................................	4	
1.3	 Procedimento	para	os	crimes	afiançáveis	................................................................................	4	
1.4	 Tópicos	especiais	......................................................................................................................	9	
1.5	 Quadro	esquemático	..............................................................................................................	10	
2	 PROCEDIMENTO	DOS	CRIMES	CONTRA	A	HONRA	..................................................	10	
3	 PROCESSO	DE	RESTAURAÇÃO	DE	AUTOS	DESVIADOS	OU	DESTRUÍDOS	..................	12	
4	 PROCEDIMENTO	DOS	CRIMES	CONTRA	A	PROPRIEDADE	IMATERIAL	.....................	13	
5	 DISPOSITIVOS	LEGAIS	IMPORTANTES	.....................................................................	16	
6	 SÚMULAS	PERTINENTES	........................................................................................	19	
6.1	 Súmulas	do	STJ	.......................................................................................................................	19	
7	 JURISPRUDÊNCIA	CORRELATA	...............................................................................	19	
8	 LISTA	DE	EXERCÍCIOS	.............................................................................................	20	
9	 EXERCÍCIOS	COMENTADOS	....................................................................................	26	
10	 GABARITO	.............................................................................................................	37	
	
	
	
	
	
Renan Araujo
Aula 05
Direito Processual Penal p/ AGEPEN-GO (Agente de Segurança Prisional) Com Videoaulas - Pós-Edital
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37	
Olá,	pessoal!	 	
	
Hoje	vamos	estudar	um	procedimento	específico	de	apuração	de	infrações	penais:	o	processo	
e	julgamento	dos	crimes	de	responsabilidade	dos	funcionários	públicos,	previsto	nos	arts.	513	a	
518	do	CPP.	
Veremos,	 ainda,	 o	procedimento	 relativo	 aos	 crimes	 contra	 a	 honra,	 o	 procedimento	 dos	
crimes	contra	a	propriedade	imaterial	e	o	procedimento	de	restauração	de	autos.	
	
Bons	estudos!		
Prof.	Renan	Araujo	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Renan Araujo
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37	
1 PROCESSO	 E	 JULGAMENTO	 DOS	 CRIMES	 DE	
RESPONSABILIDADE	DOS	FUNCIONÁRIOS	PÚBLICOS	
1.1 INTRODUÇÃO	
Este	procedimento	é	o	previsto	pelo	CPP	para	a	apuração	dos	crimes	praticados	por	funcionário	
público	contra	a	administração	pública.	Tratam-se	dos	crimes	funcionais.	
Os	crimes	funcionais	podem	ser:	
• Próprios	 –	 Quando	 a	 conduta	 somente	 é	 ilícita	 penalmente	 quando	 praticada	 pelo	
funcionário	público	contra	a	administração	pública.	Exemplo:	Prevaricação,	abandono	
de	função,	etc..	
• Impróprios	–	Quando	a	conduta	também	é	punida	quando	praticada	por	um	particular,	
modificando-se,	apenas,	a	tipificação	legal.	Exemplo:	O	crime	de	peculato-furto	é	um	
crime	funcional.	No	entanto,	se	um	particular	praticar	a	mesma	conduta,	embora	não	
se	tenha	o	mesmo	crime,	a	conduta	permanece	penalmente	ilícita,	sendo	considerada	
furto	simples.	
	
⇒ Qual	 dos	 crimes	 funcionais	 é	 apurado	 por	 este	 procedimento?	 Ambos,	 a	 distinção	 é	
meramente	acadêmica,	não	tendo	reflexos	na	definição	do	rito	a	ser	adotado.	
	
Ressalto	a	 vocês	que	 se	o	 crime	 for	praticado	por	 funcionário	público	 contra	particular,	ou	
praticado	por	particular	contra	a	administração	pública,	ou	ainda,	 se	 se	 tratar	de	crime	contra	a	
administração	da	Justiça,	não	deverá	ser	seguido	este	rito	especial.	
	
	
CUIDADO!	Não	confundam	crimes	funcionais	próprios	e	impróprios	(ambos	exigem	a	condição	de	
funcionário	público)	com	crimes	funcionais	típicos	e	atípicos.	
Qual	é	a	diferença?	
Os	crimes	funcionais	típicos	são	aqueles	nos	quais	o	tipo	penal	EXIGE	que	a	conduta	seja	praticada	
por	funcionário	público.	Os	crimes	funcionais	atípicos	são	aqueles	em	que	o	tipo	penal	não	exige	
qualquer	 qualidade	 do	 sujeito	 ativo,	 podendo	 ser	 praticado	 por	 qualquer	 pessoa,	 inclusive	 por	
funcionários	públicos	no	exercício	de	suas	funções.	
Ex.:	Crime	funcional	TÍPICO:	Art.	319	do	CP,	crime	de	prevaricação.	O	tipo	penal	EXIGE	a	condição	
de	funcionário	público.	
Renan Araujo
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Ex.	 II:	 Crime	 funcional	 ATÍPICO:	 É	 o	 crime	 praticado	 por	 funcionário	 público	 em	 razão	 de	 suas	
funções,	mas	 que	 poderia	 ter	 sido	 praticado	 por	 um	particular.	 Ex:	 Art.	 90	 da	 Lei	 de	 Licitações.	
Vejamos:	
Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter 
competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem 
decorrente da adjudicação do objeto da licitação: 
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Essa	conduta	pode	ser	praticada	por	qualquer	pessoa,	INCLUSIVE,	mas	não	necessariamente,	por	um	
funcionário	público	no	exercício	das	funções.	Neste	caso,	teríamos	um	crime	funcional	ATÍPICO.	
O	STF	possui	entendimento	no	sentido	de	que	somente	os	crimes	funcionais	TÍPICOS	(sejam	eles	
próprios	ou	impróprios)	devem	seguir	este	rito	especial	previsto	no	art.	514	e	seguintes	do	CPP.	
	
	
Em	resumo,	este	rito	será	aplicável	aos	crimes	previstos	nos	arts.	312	a	326	do	CP	e	nos	crimes	
previstos	no	art.	3°	da	Lei	8.137/90	(Lei	de	Crimes	contra	a	Ordem	Tributária).	
O	rito	 irá	variar	conforme	a	natureza	do	crime.	Se	estivermos	diante	de	um	crime	funcional	
inafiançável,	teremos	um	rito.	Porém,	se	estivermos	diante	de	um	crime	afiançável,	teremos	outro	
rito.	
	
1.2 PROCEDIMENTO	PARA	OS	CRIMES	INAFIANÇÁVEIS	
Em	se	tratando	de	crimes	funcionais	inafiançáveis,	o	rito	previsto	é	praticamente	idêntico	ao	
rito	comum	ordinário,	com	a	única	diferença	de	que	a	queixa	ou	a	denúncia	com	documento	ou	
justificação	 que	 faça	 presumir	 a	 existência	 do	 crime	 ou	 “declaração	 fundamentada	 da	
impossibilidade	de	apresentação	destas	provas”.	Nos	termos	do	art.	513	do	CPP:	
Art.	513.	Os	crimes	de	responsabilidade	dos	funcionários	públicos,	cujo	processo	e	julgamento	competirão	aos	
juízes	de	direito,	a	queixa	ou	a	denúncia	será	instruída	com	documentos	ou	justificação	que	façam	presumir	a	
existência	do	delito	ou	com	declaração	fundamentada	da	impossibilidade	de	apresentação	de	qualquer	dessas	
provas.	
	
Após	isto,	segue-se	o	mesmo	rito	do	procedimento	comum	ordinário,	sem	diferenças.	
	
1.3 PROCEDIMENTO	PARA	OS	CRIMES	AFIANÇÁVEIS	
Aqui	sim	há	diferenças	substanciais.	Devemos,	primeiro,	conciliar	as	disposições	dos	arts.	514	
a	516	com	as	disposições	dos	arts.	395	a	398	do	CPP.	
O	art.	394,	§	4°	do	CPP	diz:	
Renan Araujo
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	 5	
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Art.	394.	O	procedimento	será	comumou	especial.	(Redação	dada	pela	Lei	nº	11.719,	de	2008).	
(...)	
§	4o	As	disposições	dos	arts.	395	a	398	deste	Código	aplicam-se	a	todos	os	procedimentos	penais	de	primeiro	
grau,	ainda	que	não	regulados	neste	Código.	(Incluído	pela	Lei	nº	11.719,	de	2008).	
	
Mas	em	que	consistem	as	disposições	dos	arts.	395	a	398	do	CPP?	Estas	disposições	cuidam	dos	
primeiros	passos	do	rito	comum	ordinário,	referentes	ao	recebimento	da	denúncia	ou	queixa,	prazo	
para	resposta,	etc.	Vejamos:	
Art.	395.	A	denúncia	ou	queixa	será	rejeitada	quando:	(Redação	dada	pela	Lei	nº	11.719,	de	2008).	
I	-	for	manifestamente	inepta;	(Incluído	pela	Lei	nº	11.719,	de	2008).	
II	-	faltar	pressuposto	processual	ou	condição	para	o	exercício	da	ação	penal;	ou	(Incluído	pela	Lei	nº	11.719,	de	
2008).	
III	-	faltar	justa	causa	para	o	exercício	da	ação	penal.	(Incluído	pela	Lei	nº	11.719,	de	2008).	
Parágrafo	único.	(Revogado).	(Incluído	pela	Lei	nº	11.719,	de	2008).	
Art.	 396.	 Nos	 procedimentos	 ordinário	 e	 sumário,	 oferecida	 a	 denúncia	 ou	 queixa,	 o	 juiz,	 se	 não	 a	 rejeitar	
liminarmente,	recebê-la-á	e	ordenará	a	citação	do	acusado	para	responder	à	acusação,	por	escrito,	no	prazo	de	
10	(dez)	dias.	(Redação	dada	pela	Lei	nº	11.719,	de	2008).	
Parágrafo	 único.	 No	 caso	 de	 citação	 por	 edital,	 o	 prazo	 para	 a	 defesa	 começará	 a	 fluir	 a	 partir	 do	
comparecimento	pessoal	do	acusado	ou	do	defensor	constituído.	(Redação	dada	pela	Lei	nº	11.719,	de	2008).	
Art.	 396-A.	Na	 resposta,	 o	 acusado	 poderá	 argüir	 preliminares	 e	 alegar	 tudo	 o	 que	 interesse	 à	 sua	 defesa,	
oferecer	documentos	e	justificações,	especificar	as	provas	pretendidas	e	arrolar	testemunhas,	qualificando-as	e	
requerendo	sua	intimação,	quando	necessário.	(Incluído	pela	Lei	nº	11.719,	de	2008).	
§	1o	A	exceção	será	processada	em	apartado,	nos	termos	dos	arts.	95	a	112	deste	Código.	(Incluído	pela	Lei	nº	
11.719,	de	2008).	
§	2o	Não	apresentada	a	resposta	no	prazo	legal,	ou	se	o	acusado,	citado,	não	constituir	defensor,	o	juiz	nomeará	
defensor	para	oferecê-la,	concedendo-lhe	vista	dos	autos	por	10	(dez)	dias.	(Incluído	pela	Lei	nº	11.719,	de	2008).	
Art.	397.	Após	o	cumprimento	do	disposto	no	art.	396-A,	e	parágrafos,	deste	Código,	o	 juiz	deverá	absolver	
sumariamente	o	acusado	quando	verificar:	(Redação	dada	pela	Lei	nº	11.719,	de	2008).	
I	-	a	existência	manifesta	de	causa	excludente	da	ilicitude	do	fato;	(Incluído	pela	Lei	nº	11.719,	de	2008).	
II	-	a	existência	manifesta	de	causa	excludente	da	culpabilidade	do	agente,	salvo	inimputabilidade;	(Incluído	pela	
Lei	nº	11.719,	de	2008).	
III	-	que	o	fato	narrado	evidentemente	não	constitui	crime;	ou	(Incluído	pela	Lei	nº	11.719,	de	2008).	
IV	-	extinta	a	punibilidade	do	agente.	(Incluído	pela	Lei	nº	11.719,	de	2008).	
	
O	art.	398	foi	revogado,	ficando	prejudicada	a	redação	do	§	4°	do	art.	394.	
Renan Araujo
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Perceba,	 caro	 aluno,	 que	 o	 §	 4°	 determinou	 a	 aplicação	 destas	 regras	 a	 todo	 e	 qualquer	
procedimento	especial	previsto	no	CPP.	No	entanto,	os	arts.	514	a	516	estabelecem	um	regramento	
APARENTEMENTE	conflitante.	Observe:	
Art.	514.	Nos	crimes	afiançáveis,	estando	a	denúncia	ou	queixa	em	devida	forma,	o	 juiz	mandará	autuá-la	e	
ordenará	a	notificação	do	acusado,	para	responder	por	escrito,	dentro	do	prazo	de	quinze	dias.	
Parágrafo	único.	Se	não	for	conhecida	a	residência	do	acusado,	ou	este	se	achar	fora	da	jurisdição	do	juiz,	ser-
lhe-á	nomeado	defensor,	a	quem	caberá	apresentar	a	resposta	preliminar.	
Art.	515.	No	caso	previsto	no	artigo	anterior,	durante	o	prazo	concedido	para	a	resposta,	os	autos	permanecerão	
em	cartório,	onde	poderão	ser	examinados	pelo	acusado	ou	por	seu	defensor.	
Parágrafo	único.	A	resposta	poderá	ser	instruída	com	documentos	e	justificações.	
Art.	516.	O	juiz	rejeitará	a	queixa	ou	denúncia,	em	despacho	fundamentado,	se	convencido,	pela	resposta	do	
acusado	ou	do	seu	defensor,	da	inexistência	do	crime	ou	da	improcedência	da	ação.	
	
Há,	portanto,	um	conflito	de	leis?	Não,	não	há,	meu	caro	aluno.	A	Doutrina	tratou	de	conciliar	
estes	dois	regramentos,	nos	termos	que	passarei	a	seguir.	
Como	o	art.	396	estabelece	um	momento	para	a	defesa	(após	o	recebimento	da	denúncia),	e	
o	 art.	 514	 estabelece	 outro	 momento	 para	 a	 defesa,	 anterior	 ao	 recebimento	 da	 denúncia,	 a	
solução	 lógica	e	óbvia	encontrada	 foi	 entender	que,	nestes	procedimentos,	o	acusado	 terá	dois	
momentos	distintos	para	exercer	sua	defesa.	
O	primeiro	momento	é	antes	do	recebimento	da	denúncia,	nos	termos	do	art.	514	do	CPP.	
Após	a	apresentação	desta	resposta,	o	Juiz	decide	se	recebe	ou	não	a	ação	penal.	Recebendo	a	
ação	penal,	deverá	citar	o	réu	para	que	apresente	sua	Resposta	à	acusação,	nos	termos	do	art.	396	
do	CPP.	
Assim,	podemos	estabelecer	o	seguinte	rito:	
1)	O	acusador	oferece	a	denúncia	ou	queixa	–	A	ação	penal	oferecida	deve	estar	de	acordo	
com	 os	 preceitos	 do	 art.	 41	 do	 CPP,	 e	 deve,	 ainda	 (à	 semelhança	 do	 que	 ocorre	 nos	 crimes	
inafiançáveis),	trazer	documento	ou	justificação	que	faça	presumir	a	existência	do	crime,	ou	prova	
da	 impossibilidade	 de	 fazer	 prova	 disso	 (art.	 513	 do	 CPP).	 A	 acusação	 poderá	 arrolar	 até	 oito	
testemunhas,	por	simetria	ao	rito	comum	ordinário,	nos	termos	do	art.	394,	§	5°	do	CPP:	
2)	A	ação	penal	é	autuada	e	o	acusado	notificado	para	apresentar	resposta	preliminar,	NO	
PRAZO	DE	15	DIAS	(art.	514	do	CPP)	–	Caso	não	estejamos	diante	de	hipótese	de	rejeição	liminar	da	
ação	 penal	 por	 inépcia	 (art.	 395	 do	 CPP),	 o	 Juiz	mandará	 autuar	 a	 ação	 penal	 e	 notificar	 o	 réu	
(funcionário	público),	para	que	ofereça	sua	defesa	preliminar,	no	prazo	de	15	dias.	O	CPP	prevê	que	
se	o	nomeado	não	tiver	residência	conhecida	ou	residir	em	comarca	diversa	da	de	atuação	do	Juiz,	
deverá	ser-lhe	nomeado	curador.	Nos	termos	do	§	único	do	art.	514	do	CPP:	
Parágrafo	único.	Se	não	for	conhecida	a	residência	do	acusado,	ou	este	se	achar	fora	da	jurisdição	do	juiz,	ser-
lhe-á	nomeado	defensor,	a	quem	caberá	apresentar	a	resposta	preliminar.	
	
Renan Araujo
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	Boa	parte	da	Doutrina	critica	isto,	ao	argumento	de	que	esse	dispositivo	viola	o	princípio	da	
ampla	defesa,	pois	não	há	nenhum	obstáculo	para	que	seja	notificado	o	acusado	mediante	carta	
precatória.		
Durante	o	prazo	para	a	apresentação	da	resposta,	os	autos	permanecem	em	cartório,	podendo	
ser	examinados	pelo	acusado	e	por	seu	defensor	(art.	515	do	CPP).	
	
3)	O	funcionário	público	apresenta	a	resposta	preliminar	(ou	não)	–	Apresentada	a	resposta	
(que	pode	ser	instruída	com	documentos	e	justificações,	nos	termos	do	§	único	do	art.	515	do	CPP)	
o	Juiz,	agora,	deve	deliberar	acerca	do	recebimento	ou	não	da	denúncia.	Se	o	Juiz	verificar	que:	a)	
está	presente	uma	das	hipóteses	do	art.	395	do	CPP	não	percebidas	antes	de	mandar	notificar	o	
acusado	ou	b)	em	razão	das	alegações	do	acusado,	entender	que	não	houve	crime	ou	que	a	ação	é	
improcedente,	deverá	REJEITAR	A	DENÚNCIA	OU	QUEIXA,	nos	termos	do	art.	516	c/c	art.	395	do	
CPP;	
Porém,	se	o	Juiz	entender	que	a	ação	penal	não	é	inepta,	e	entender	que	as	razões	do	acusado	
(apresentadas	na	defesa	preliminar)	não	o	convencem	da	inexistência	do	crime	ou	da	improcedência	
da	ação,	DEVERÁ	RECEBER	A	DENÚNCIA	OU	QUEIXA,	mandando	citar	o	réu,	para	que	em	10	dias	
apresente	RESPOSTA	À	ACUSAÇÃO,	nos	termos	do	art.	396	do	CPP:	
Art.	517.	Recebida	a	denúncia	ou	a	queixa,	será	o	acusado	citado,	na	forma	estabelecida	no	Capítulo	I	do	Título	
X	do	Livro	I.	
(...)	Art.	396.	Nos	procedimentos	ordinário	e	sumário,	oferecida	a	denúncia	ou	queixa,	o	juiz,	se	não	a	rejeitar	
liminarmente,	recebê-la-á	e	ordenará	a	citação	do	acusado	para	responder	àacusação,	por	escrito,	no	prazo	de	
10	(dez)	dias.	(Redação	dada	pela	Lei	nº	11.719,	de	2008).	
	
	
CUIDADO!	Vejam	que	há	uma	diferença	crucial	entre	uma	defesa	e	outra:	O	prazo	para	a	defesa	
preliminar	(antes	do	recebimento	da	denúncia)	é	de	15	dias.	O	prazo	para	apresentação	da	resposta	
à	acusação	é	de	10	dias!	
	
	
4)	 A	 partir	 daqui,	 o	 procedimento	 segue	 nos	 termos	 do	 procedimento	 comum	 pelo	 rito	
ordinário	–	Recebida	a	denúncia	ou	queixa	e	determinada	a	citação	do	réu,	este	deverá	apresentar	
resposta	à	acusação	no	prazo	de	10	dias,	alegando	toda	a	matéria	que	interesse	à	sua	defesa	(art.	
396-A	do	CPP).	Apresentada	a	resposta,	o	Magistrado	deve	analisar	se	não	se	trata	de	hipótese	de	
absolvição	sumária,	prevista	no	art.	397	do	CPP:	
Art.	397.	Após	o	cumprimento	do	disposto	no	art.	396-A,	e	parágrafos,	deste	Código,	o	 juiz	deverá	absolver	
sumariamente	o	acusado	quando	verificar:	(Redação	dada	pela	Lei	nº	11.719,	de	2008).	
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I	-	a	existência	manifesta	de	causa	excludente	da	ilicitude	do	fato;	(Incluído	pela	Lei	nº	11.719,	de	2008).	
II	-	a	existência	manifesta	de	causa	excludente	da	culpabilidade	do	agente,	salvo	inimputabilidade;	(Incluído	pela	
Lei	nº	11.719,	de	2008).	
III	-	que	o	fato	narrado	evidentemente	não	constitui	crime;	ou	(Incluído	pela	Lei	nº	11.719,	de	2008).	
IV	-	extinta	a	punibilidade	do	agente.	(Incluído	pela	Lei	nº	11.719,	de	2008).	
	
	
ATENÇÃO!	Os	fundamentos	do	art.	397	do	CPP,	embora	se	refiram	a	hipóteses	de	absolvição	sumária	
(pois	conduzem	à	improcedência	da	ação),	no	que	tange	aos	crimes	funcionais	podem	ser	tanto	as	
causas	de	absolvição	sumária	quanto	as	causas	que	levam	à	rejeição	da	ação	penal,	pois,	nos	termos	
do	art.	516	do	CPP,	o	Juiz	rejeitará	a	denúncia	ou	queixa	quando	se	convencer	da	inexistência	de	
crime	ou	da	improcedência	da	ação	(fundamentos	do	art.	397	do	CPP).	CUIDADO!	J	
	
	
Caso	 não	 seja	 hipótese	 de	 absolvição	 sumária,	 o	 Juiz	 designará	 audiência	 de	 instrução	 e	
julgamento	para,	no	máximo,	60	dias	(art.	400	do	CPP).	Na	audiência,	a	prova	oral	será	produzida	
segundo	a	ordem	estabelecida	pelo	CPP	(primeiro	as	testemunhas	de	acusação,	depois	as	de	defesa,	
e,	ao	 final,	o	 interrogatório	do	 réu).	 Finda	a	 instrução	na	audiência,	o	 Juiz	questionará	às	partes	
acerca	da	necessidade	de	requerer	alguma	diligência	(art.	402).	Não	sendo	requerida	a	diligência,	ou	
sendo	estas	indeferidas	pelo	Magistrado,	as	partes	apresentarão	alegações	finais	orais,	ao	final	das	
quais	o	Juiz	proferirá	a	sentença.	
O	CPP	permite,	contudo,	que	diante	da	complexidade	da	causa	ou	o	número	de	acusado,	o	Juiz	
substitua	as	alegações	orais	por	alegações	finais	escritas	(memoriais),	devendo	proferir	sentença,	no	
prazo	de	10	dias,	após	a	apresentação	dos	memoriais	(art.	403,	§	3°	do	CPP).	
	
Esta	breve	passada	pelo	rito	comum	ordinário	serve	apenas	para	complementar	o	estudo	
do	processo	e	julgamento	dos	crimes	de	responsabilidade	dos	funcionários	públicos,	pois	
o	que	interessa	mesmo	nessa	matéria	é	a	parte	diferenciada,	própria	do	procedimento	
especial,	consistente	na	existência	de	um	momento	processual	anterior	ao	recebimento	
da	 denúncia	 para	 que	 o	 acusado	 (funcionário	 público)	 apresente	 defesa	 (defesa	
preliminar).	
	
⇒ Mas	e	se	o	crime	é	praticado	pelo	funcionário	público	durante	o	exercício	da	função,	mas	
este	perde	a	condição	de	 funcionário	público	posteriormente?	A	Doutrina	 se	divide.	Uns	
entendem	que	permanece	o	procedimento	especial,	pois	a	lei	não	fez	distinção.	Outros,	no	
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entanto,	entendem	que	o	rito	só	é	aplicável	no	caso	de	o	funcionário	público	ainda	ostentar	
esta	 condição,	 pois	 este	 rito	 específico	 (com	 um	momento	 defensivo	 prévio)	 se	 justifica	
somente	para	evitar	que	o	funcionário	público	seja	temerariamente	processado.	PREVALECE	
ESTA	ÚLTIMA	CORRENTE.	
	
1.4 TÓPICOS	ESPECIAIS	
	
Algumas	questões	importantes	surgiram	acerca	deste	rito	especial:	
	
⇒ Ausência	de	notificação	para	apresentação	de	defesa	preliminar	 –	O	STF	entende	que	a	
notificação	para	apresentação	desta	defesa	é	obrigatória,	 sendo	a	sua	ausência	causa	de	
nulidade	 relativa.	 O	 STJ,	 por	 sua	 vez,	 entende	 que	 se	 a	 ação	 penal	 foi	 ajuizada	 após	 um	
procedimento	administrativo	prévio	no	qual	o	acusado	 teve	oportunidade	de	se	defender	
(um	 Processo	 Administrativo	 Disciplinar,	 por	 exemplo),	 não	 há	 nulidade,	 mas	 mera	
irregularidade,	 que	 não	 contamina	 o	 processo	 penal.	 O	 STF	 não	 compartilha	 deste	
entendimento,	 entendendo	 ser	 necessária	 a	 notificação	 para	 apresentação	 de	 defesa	
preliminar,	em	qualquer	caso.	
⇒ Funcionário	público	que	possua	foro	especial	por	prerrogativa	de	 função	–	Se	o	acusado	
possui	foro	por	prerrogativa	de	função,	devendo	ser	julgado	perante	o	STF,	o	STJ	ou	algum	
dos	 TRFs	ou	TJs,	não	 se	 aplica	o	 rito	previsto	no	CPP,	 aplicando-se	o	 rito	previsto	na	 Lei	
8.038/90	(Processo	nos	Tribunais).	
⇒ Ação	penal	instruída	com	inquérito	policial	–	O	STJ	possui	entendimento	sumulado	(súmula	
330)1	no	sentido	de	que,	caso	a	ação	penal	seja	instruída	inquérito	policial	(ou	seja,	caso	tenha	
havido	 um	 inquérito	 policial	 prévio,	 que	 fundamentou	 o	 ajuizamento	 da	 denúncia)	 é	
desnecessária	 a	 notificação	 para	 a	 apresentação	 de	 resposta	 preliminar.	 Contudo,	 o	 STF	
possui	 algumas	 decisões	 em	 sentido	 contrário,	 ou	 seja,	 no	 sentido	 de	 que	mesmo	 nesta	
hipótese	a	notificação	para	apresentação	de	resposta	preliminar	é	necessária2.	
																																																			
1 Segue julgado recente do STJ: “(...) Esta Corte Superior firmou jurisprudência no sentido da desnecessidade da 
resposta preliminar prevista no art. 514 do Código de Processo Penal, na hipótese de a ação penal ser 
instruída por inquérito policial, o que ocorreu na espécie (Súmula 330 do STJ). (HC 173.864/SP, Rel. Ministro 
GURGEL DE FARIA, QUINTA TURMA, julgado em 03/03/2015, DJe 12/03/2015)” 
2 Vejam, a título de exemplo: “Muito embora o Supremo Tribunal Federal tenha fixado o entendimento de 
que a existência de inquérito policial não é causa para a dispensa da defesa referida no art. 514 do 
Código de Processo Penal, a Corte tem reiterados julgados reafirmando a necessidade de demonstração do 
prejuízo suportado pelo acusado para o acolhimento da alegação de nulidade da ação penal. Precedentes. (...) (RHC 
121094 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 19/08/2014, PROCESSO 
ELETRÔNICO DJe-178 DIVULG 12-09-2014 PUBLIC 15-09-2014)” 
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1.5 QUADRO	ESQUEMÁTICO	
Vamos	fixar	melhor	a	matéria	através	do	nosso	quadro	esquemático:	
	
	
 
2 PROCEDIMENTO	DOS	CRIMES	CONTRA	A	HONRA	
	
O	Procedimento	estabelecido	para	o	processo	e	 julgamento	dos	crimes	contra	a	honra	está	
disciplinado	nos	arts.	519	a	523	do	CPP.	Vejamos:	
Art.	519.	No	processo	por	crime	de	calúnia	ou	 injúria,	para	o	qual	não	haja	outra	 forma	estabelecida	em	lei	
especial,	observar-se-á	o	disposto	nos	Capítulos	I	e	III,	Titulo	I,	deste	Livro,	com	as	modificações	constantes	dos	
artigos	seguintes.	
Art.	520.	Antes	de	receber	a	queixa,	o	juiz	oferecerá	às	partes	oportunidade	para	se	reconciliarem,	fazendo-as	
comparecer	em	juízo	e	ouvindo-as,	separadamente,	sem	a	presença	dos	seus	advogados,	não	se	lavrando	termo.	
Art.	 521.	 Se	 depois	 de	 ouvir	 o	 querelante	 e	 o	 querelado,	 o	 juiz	 achar	 provável	 a	 reconciliação,	 promoverá	
entendimento	entre	eles,	na	sua	presença.	
Art.	522.	No	caso	de	reconciliação,depois	de	assinado	pelo	querelante	o	termo	da	desistência,	a	queixa	será	
arquivada.	
PROCEDIMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE 
DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS (AFIANÇÁVEIS)
Oferecida	a	denúncia
Juiz	rejeita	liminarmente	(hipóteses	do	
art.	395	do	CPP) Juiz	não	rejeita	liminarmente
Manda	autuar	e	notificar	o	acusado	para	
oferecer	defesa	escrita,	no	prazo	de	15	
dias
Juiz	se	convence	da	inexistência	de	
crime	ou	improcedência	da	ação
Rejeita	a	denúncia
Juiz	não	se	convence	da	inexistência	de	
crime	ou	improcedência	da	ação
Manda	citar	o	réu
Processo	segue	de	acordo	com	o	rito	
ordinário
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Art.	523.	Quando	for	oferecida	a	exceção	da	verdade	ou	da	notoriedade	do	fato	imputado,	o	querelante	poderá	
contestar	a	exceção	no	prazo	de	dois	dias,	podendo	ser	inquiridas	as	testemunhas	arroladas	na	queixa,	ou	outras	
indicadas	naquele	prazo,	em	substituição	às	primeiras,	ou	para	completar	o	máximo	legal.	
	
Embora	 o	 art.	 519	 se	 refira	 somente	 aos	 crimes	 de	 calúnia	 e	 injúria,	 é	 claro	 que	 se	 aplica	
também	 ao	 crime	 de	 DIFAMAÇÃO,	 que	 não	 foi	 mencionado	 porque	 não	 existia	 à	 época	 da	
publicação	o	CPP.	
O	 procedimento	 difere	 pouco	 do	 procedimento	 comum	 pelo	 rito	 ordinário.	 Aliás,	 tal	 qual	
ocorre	no	procedimento	de	julgamento	dos	crimes	de	responsabilidade	dos	funcionários	públicos,	a	
diferença	só	existe	antes	da	fase	instrutória.	Vejamos	as	etapas	próprias	deste	rito:	
• Audiência	 de	 reconciliação	 –	 Oferecida	 a	 queixa,	 deverá	 o	 Juiz,	 antes	 de	 recebê-la,	
ordenar	a	notificação	do	querelante	e	do	querelado	para	comparecerem	à	AUDIÊNCIA	
DE	 TENTATIVA	 DE	 RECONCILIAÇÃO,	 que	 será	 realizada	 SEM	 A	 PRESENÇA	 DE	
ADVOGADOS.	O	não	comparecimento	do	querelado	não	acarreta	prejuízos	processuais	
a	ele.	Já	a	ausência	do	querelante	é	vista	pela	maioria	esmagadora	da	Doutrina	como	
hipótese	de	perempção	(art.	60,	III	do	CPP);	
• Recebimento	 da	 queixa-crime,	 citação	 e	 resposta	 à	 acusação	 –	 Não	 havendo	 a	
reconciliação,	o	Juiz	verificará	se	a	ação	penal	preenche	todos	os	requisitos	e,	em	caso	
positivo,	a	receberá,	mandando	citar	o	querelado,	abrindo-lhe	prazo	para	a	resposta.	
Aqui,	em	nada	difere	do	procedimento	comum;	
• Exceção	da	Verdade	 –	 Simultaneamente	ao	oferecimento	da	 resposta	 à	 acusação,	o	
querelado	poderá	apresentar,	em	petição	distinta,	a	chamada	EXCEÇÃO	DA	VERDADE,	
que	 é	 a	 prova	 de	 que	 o	 fato	 imputado	 é	 verdade	 (somente	 se	 admite	 no	 crime	 de	
calúnia),	 ou	 EXCEÇÃO	 DE	 NOTORIEDADE	 DO	 FATO	 (que	 é	 referente	 ao	 crime	 de	
difamação	praticado	 contra	 funcionário	 público	 no	 exercício	 da	 função).	Oferecida	 a	
exceção,	o	Juiz	SUSPENDE	O	PROCESSO	e	intima	o	querelante	para	contestar	a	exceção	
no	prazo	de	DOIS	DIAS,	nos	termos	do	art.	23	do	CPP.	
• Processo	segue	pelo	rito	ordinário	
	
	
CUIDADO!	Com	o	surgimento	da	Lei	9.099/95,	que	criou	os	Juizados	Especiais	Criminais,	boa	parte	
dos	crimes	contra	a	honra,	agora,	será	de	competência	dos	Juizados	(adotando-se,	portanto,	o	rito	
sumaríssimo),	já	que	possuem,	em	regra,	pena	máxima	não	superior	a	dois	anos.	
A	exceção	fica	por	conta	do	crime	de	injúria	qualificada,	 já	que,	por	ter	pena	máxima	superior	a	
este	patamar,	deverá	ser	adotado	o	procedimento	especial	que	acabamos	de	estudar.	
	
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3 PROCESSO	 DE	 RESTAURAÇÃO	 DE	 AUTOS	 DESVIADOS	 OU	
DESTRUÍDOS	
Este	é	um	tipo	de	procedimento	que	praticamente	nunca	é	cobrado	em	provas	de	concursos	
públicos.	Para	ser	sincero,	eu	nunca	ministrei	nenhum	curso	em	que	a	Banca	tivesse	cobrado	este	
procedimento.	
Ele	 tem	 vez	 quando,	 por	 algum	 infortúnio,	 os	 autos	 originais	 do	 processo	 judicial	 forem	
destruídos	ou	extraviados.	
Para	se	proceder	à	restauração	dos	autos,	o	Juiz	determinará	que	o	Escrivão	certifique	tudo	
quanto	se	lembre	a	respeito	do	processo	(hoje	em	dia	é	complicado),	sejam	requisitadas	cópias	de	
documentos	 que	 tenham	 sido	 expedidos	 pelo	 IML	 (laudos	 cadavéricos,	 por	 exemplo)	 e	
estabelecimentos	 congêneres,	 bem	 como	 determinará	 a	 CITAÇÃO	 das	 partes	 do	 processo	
(pessoalmente	ou	por	edital,	se	não	encontradas)	para	integrarem	o	processo	de	restauração	dos	
autos.	
No	dia	e	hora	designados	as	partes	serão	ouvidas,	de	forma	a	tentar	se	restabelecer	o	que	havia	
até	então	transcorrido	no	processo,	bem	como	deverão	apresentar	as	cópias	de	que	disponham	do	
processo.	
Algumas	diligências	serão	necessárias	para	a	perfeita	(ou	o	mais	próximo	disto)	restauração	
dos	autos.	Vejamos	o	que	diz	o	art.	543	do	CPP:	
Art.	543.	O	juiz	determinará	as	diligências	necessárias	para	a	restauração,	observando-se	o	seguinte:	
I	-	caso	ainda	não	tenha	sido	proferida	a	sentença,	reinquirir-se-ão	as	testemunhas	podendo	ser	substituídas	as	
que	tiverem	falecido	ou	se	encontrarem	em	lugar	não	sabido;	
II	-	os	exames	periciais,	quando	possível,	serão	repetidos,	e	de	preferência	pelos	mesmos	peritos;	
III	 -	 a	 prova	 documental	 será	 reproduzida	 por	meio	 de	 cópia	 autêntica	 ou,	 quando	 impossível,	 por	meio	 de	
testemunhas;	
IV	-	poderão	também	ser	inquiridas	sobre	os	atos	do	processo,	que	deverá	ser	restaurado,	as	autoridades,	os	
serventuários,	os	peritos	e	mais	pessoas	que	tenham	nele	funcionado;	
V	-	o	Ministério	Público	e	as	partes	poderão	oferecer	testemunhas	e	produzir	documentos,	para	provar	o	teor	do	
processo	extraviado	ou	destruído.	
	
Estas	diligências	devem	ser	concluídas,	em	regra,	no	prazo	máximo	de	20	dias,	e	após	disso	
os	autos	serão	conclusos	ao	Juiz.	
Uma	 vez	 julgado	 o	 processo	 de	 restauração	 dos	 autos,	 estes	 novos	 autos	 valerão	 pelos	
originais	extraviados	ou	destruídos.	
E	 se	 no	 curso	 da	 restauração	 aparecerem	 os	 autos	 extraviados?	 Nesse	 caso,	 o	 processo	
criminal	 retomará	 seu	 curso	 nos	 autos	 originais,	 e	 os	 autos	 do	 processo	 de	 restauração	 serão	
apensados	a	ele.	
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Mas	e	se,	por	acaso,	o	processo	for	desviado	ou	destruído	e	já	tiver	sido	proferida	sentença	
condenatória,	estando	o	réu	preso?	O	que	acontece	com	a	situação	do	réu?	Nesse	caso,	a	sentença	
condenatória	permanece	produzindo	efeitos,	DESDE	QUE	na	guia	de	recolhimento	(documento	pelo	
qual	se	materializa	a	prisão	do	condenado	na	penitenciária)	conste	cópia	da	sentença	ou	certidão	
que	deixe	INEQUÍVOCA	a	sua	existência	(art.	548	do	CPP).	
	
4 PROCEDIMENTO	 DOS	 CRIMES	 CONTRA	 A	 PROPRIEDADE	
IMATERIAL	
 
O	procedimento	dos	crimes	contra	a	propriedade	imaterial	está	previsto	nos	arts.	520	a	530-I	do	CPP.	
Vejamos:	
Art.	524.	 	No	processo	e	julgamento	dos	crimes	contra	a	propriedade	imaterial,	observar-se-á	o	disposto	nos	
Capítulos	I	e	III	do	Título	I	deste	Livro,	com	as	modificações	constantes	dos	artigos	seguintes.	
Art.	 525.	 	No	 caso	de	haver	 o	 crime	deixado	 vestígio,	 a	 queixa	ou	a	denúncia	não	 será	 recebida	 se	não	 for	
instruída	com	o	exame	pericial	dos	objetos	que	constituam	o	corpo	de	delito.	
Art.	 526.	 	 Sem	 a	 prova	 de	 direito	 à	 ação,	 não	 será	 recebida	 a	 queixa,	 nem	 ordenada	 qualquer	 diligência	
preliminarmente	requerida	pelo	ofendido.	
Art.	 527.	 	 A	 diligência	 de	 busca	 ou	 de	 apreensão	 será	 realizada	 por	 dois	 peritos	 nomeados	 pelo	 juiz,	 que	
verificarão	a	existência	de	fundamento	para	a	apreensão,	e	quer	esta	se	realize,	quer	não,	o	laudo	pericial	será	
apresentado	dentro	de	3	(três)	dias	após	o	encerramento	da	diligência.	
Parágrafo	único.		O	requerente	da	diligência	poderá	impugnar	o	laudo	contrário	à	apreensão,	e	o	juiz	ordenará	
que	estase	efetue,	se	reconhecer	a	improcedência	das	razões	aduzidas	pelos	peritos.	
Art.	528.		Encerradas	as	diligências,	os	autos	serão	conclusos	ao	juiz	para	homologação	do	laudo.	
Art.	529.		Nos	crimes	de	ação	privativa	do	ofendido,	não	será	admitida	queixa	com	fundamento	em	apreensão	
e	em	perícia,	se	decorrido	o	prazo	de	30	dias,	após	a	homologação	do	laudo.	
Parágrafo	único.		Será	dada	vista	ao	Ministério	Público	dos	autos	de	busca	e	apreensão	requeridas	pelo	ofendido,	
se	o	crime	for	de	ação	pública	e	não	tiver	sido	oferecida	queixa	no	prazo	fixado	neste	artigo.	
Art.	530.		Se	ocorrer	prisão	em	flagrante	e	o	réu	não	for	posto	em	liberdade,	o	prazo	a	que	se	refere	o	artigo	
anterior	será	de	8	(oito)	dias.	
Art.	530-A.	O	disposto	nos	arts.	524	a	530	será	aplicável	aos	crimes	em	que	se	proceda	mediante	queixa.	(Incluído	
pela	Lei	nº	10.695,	de	1º.7.2003)	
Art.	530-B.	Nos	casos	das	infrações	previstas	nos	§§	1o,	2o	e	3o	do	art.	184	do	Código	Penal,	a	autoridade	policial	
procederá	à	apreensão	dos	bens	ilicitamente	produzidos	ou	reproduzidos,	em	sua	totalidade,	juntamente	com	
os	 equipamentos,	 suportes	 e	 materiais	 que	 possibilitaram	 a	 sua	 existência,	 desde	 que	 estes	 se	 destinem	
precipuamente	à	prática	do	ilícito.	(Incluído	pela	Lei	nº	10.695,	de	1º.7.2003)	
Art.	530-C.	Na	ocasião	da	apreensão	será	lavrado	termo,	assinado	por	2	(duas)	ou	mais	testemunhas,	com	a	
descrição	de	todos	os	bens	apreendidos	e	informações	sobre	suas	origens,	o	qual	deverá	integrar	o	inquérito	
policial	ou	o	processo.	(Incluído	pela	Lei	nº	10.695,	de	1º.7.2003)	
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Art.	 530-D.	 Subseqüente	 à	 apreensão,	 será	 realizada,	 por	 perito	 oficial,	 ou,	 na	 falta	 deste,	 por	 pessoa	
tecnicamente	habilitada,	perícia	sobre	todos	os	bens	apreendidos	e	elaborado	o	laudo	que	deverá	integrar	o	
inquérito	policial	ou	o	processo.	(Incluído	pela	Lei	nº	10.695,	de	1º.7.2003)	
Art.	530-E.	Os	titulares	de	direito	de	autor	e	os	que	lhe	são	conexos	serão	os	fiéis	depositários	de	todos	os	bens	
apreendidos,	 devendo	 colocá-los	 à	 disposição	 do	 juiz	 quando	 do	 ajuizamento	 da	 ação.	 (Incluído	 pela	 Lei	 nº	
10.695,	de	1º.7.2003)	
Art.	 530-F.	 Ressalvada	 a	 possibilidade	 de	 se	 preservar	 o	 corpo	 de	 delito,	 o	 juiz	 poderá	 determinar,	 a	
requerimento	da	vítima,	a	destruição	da	produção	ou	reprodução	apreendida	quando	não	houver	impugnação	
quanto	à	sua	ilicitude	ou	quando	a	ação	penal	não	puder	ser	iniciada	por	falta	de	determinação	de	quem	seja	o	
autor	do	ilícito.	(Incluído	pela	Lei	nº	10.695,	de	1º.7.2003)	
Art.	530-G.	O	juiz,	ao	prolatar	a	sentença	condenatória,	poderá	determinar	a	destruição	dos	bens	ilicitamente	
produzidos	 ou	 reproduzidos	 e	 o	 perdimento	 dos	 equipamentos	 apreendidos,	 desde	 que	 precipuamente	
destinados	à	produção	e	reprodução	dos	bens,	em	favor	da	Fazenda	Nacional,	que	deverá	destruí-los	ou	doá-los	
aos	Estados,	Municípios	e	Distrito	Federal,	a	instituições	públicas	de	ensino	e	pesquisa	ou	de	assistência	social,	
bem	como	incorporá-los,	por	economia	ou	interesse	público,	ao	patrimônio	da	União,	que	não	poderão	retorná-
los	aos	canais	de	comércio.	(Incluído	pela	Lei	nº	10.695,	de	1º.7.2003)	
Art.	530-H.	As	associações	de	titulares	de	direitos	de	autor	e	os	que	lhes	são	conexos	poderão,	em	seu	próprio	
nome,	 funcionar	 como	 assistente	 da	 acusação	 nos	 crimes	 previstos	 no	 art.	 184	 do	 Código	 Penal,	 quando	
praticado	em	detrimento	de	qualquer	de	seus	associados.	(Incluído	pela	Lei	nº	10.695,	de	1º.7.2003)	
Art.	 530-I.	 Nos	 crimes	 em	que	 caiba	 ação	 penal	 pública	 incondicionada	 ou	 condicionada,	 observar-se-ão	 as	
normas	constantes	dos	arts.	530-B,	530-C,	530-D,	530-E,	530-F,	530-G	e	530-H.	(Incluído	pela	Lei	nº	10.695,	de	
1º.7.2003)	
	
O	procedimento	se	divide	em	DOIS:	
a)	Crimes	de	ação	penal	PRIVADA	
b)	Crimes	de	ação	penal	PÚBLICA	
	
O	procedimento	no	caso	de	crimes	de	ação	penal	PRIVADA	está	previsto	nos	arts.	524	a	530	
do	CPP.	Vamos	sintetizá-lo	da	seguinte	forma:	
• RITO	–	Adota-se	o	rito	ordinário	do	procedimento	comum.	
• PROVAS	–	Em	se	tratando	de	crime	que	deixa	vestígios,	a	denúncia	(ou	queixa)	deve	ser	
instruída	com	o	exame	pericial	dos	objetos	que	constituam	o	corpo	de	delito.	
• BUSCA	E	APREENSÃO	–	O	Juiz	determinará	que	seja	realizada	por	dois	PERITOS,	que	
verificaram	se	é	o	caso	de	realizar,	ou	não,	a	apreensão	(pois	pode	não	haver	violação	à	
propriedade	imaterial).	De	toda	forma,	o	laudo	dos	peritos	deve	ser	entregue	em	até	03	
dias	 após	 o	 encerramento	 da	 diligência.	O	 requerente	 (da	 Busca	 e	 apreensão)	 pode	
impugnar	o	laudo	dos	peritos.	Se	o	Juiz	entender	que	este	(o	requerente)	tem	razão,	
mandará	que	se	realize	a	apreensão.	
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• AÇÃO	PENAL	PRIVADA	–	Se	baseada	no	 laudo	da	apreensão	e	da	perícia,	deverá	ser	
ajuizada	em	até	30	dias	a	contar	da	homologação	do	laudo.	O	prazo,	entretanto,	será	de	
08	dias	em	caso	de	réu	preso.	
	
	
O	procedimento	no	caso	de	crimes	de	ação	penal	PÚBLICA	está	previsto	nos	arts.	524	a	530	
do	CPP.	Vamos	sintetizá-lo	da	seguinte	forma:	
• RITO	–	Adota-se	o	rito	ordinário	do	procedimento	comum.	
• APREENSÃO	–	No	caso	dos	delitos	do	art.	184,	§1º,	2º	e	3º	do	CP,	a	autoridade	policial	
procederá	 à	 apreensão	 dos	 bens	 ilicitamente	 produzidos	 ou	 reproduzidos,	 em	 sua	
totalidade,	juntamente	com	os	equipamentos,	suportes	e	materiais	que	possibilitaram	
a	 sua	 existência,	 desde	 que	 estes	 se	 destinem	 precipuamente	 à	 prática	 do	 ilícito,	
lavrando-se	termo	assinado	por	2	(duas)	ou	mais	testemunhas,	com	a	descrição	de	todos	
os	 bens	 apreendidos	 e	 informações	 sobre	 suas	 origens,	 o	 qual	 deverá	 integrar	 o	
inquérito	policial	ou	o	processo.	
• PROVA	PERICIAL	–	Uma	vez	apreendidos	os	objetos,	será	realizada	PERÍCIA,	por	perito	
oficial,	ou,	na	falta	deste,	por	pessoa	tecnicamente	habilitada.	A	perícia	recairá	sobre	
todos	os	bens	apreendidos	e	o	laudo	deverá	integrar	o	inquérito	policial	ou	o	processo.	
CUIDADO!	Aqui	há	uma	diferença	em	relação	ao	rito	ordinário.	Em	regra	o	CPP	exige	01	
PERITO	OFICIAL	ou	02	PERITOS	NÃO	OFICIAIS.	Neste	caso,	não	havendo	perito	oficial,	a	
perícia	será	realizada	por	01	PERITO	NÃO	OFICIAL.	
• DEPÓSITO	DOS	BENS	APREENDIDOS	–	Ficará	a	cargo	dos	titulares	de	direito	de	autor	e	
os	 que	 lhe	 são	 conexos,	 que	 devem	 colocá-los	 à	 disposição	 do	 juiz	 quando	 do	
ajuizamento	da	ação.	
• DESTRUIÇÃO	 DOS	 BENS	 APREENDIDOS	 –	 Pode	 ser	 determinada	 pelo	 Juiz,	 a	
requerimento	da	vítima,	quando3:	
a) Não	houver	impugnação	quanto	à	ilicitude	dos	bens;	
b) Ou	quando	a	ação	penal	não	puder	ser	iniciada	por	ausência	de	indícios	de	autoria.	
• EFEITOS	DA	CONDENAÇÃO	–	Poderá	o	Juiz	determinar:	
a)	A	destruição	dos	bens	ilicitamente	produzidos	ou	reproduzidos;	
b)	 O	 PERDIMENTO,	 em	 favor	 da	 Fazenda	 Nacional,	 dos	 equipamentos	 apreendidos,	
desde	que	precipuamente	destinados	à	produção	e	reprodução	dos	bens.4	
• ASSISTENTE	 DE	 ACUSAÇÃO	 –	 Poderão	 se	 habilitar	 como	 assistentes	 de	 acusação	 as	
associações	 de	 titulares	 de	 direitos	 de	 autor	 e	 os	 que	 lhes	 são	 conexos	 (nos	 crimes	
																																																			
3 Deve ser preservada a possibilidade de realização do exame de corpo de delito. 
4 A Fazenda Nacional poderá destruí-los ou doá-los aos Estados, Municípios e Distrito Federal, a instituições públicas 
de ensino e pesquisa ou de assistência social, bem como incorporá-los, por economia ou interesse público, ao 
patrimônio da União. Não poderão, contudo, voltar ao mercado comercial. 
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previstos	 no	 art.	 184	 do	 Código	 Penal),	 quando	 os	 crimes	 forem	 praticados	 em	
detrimento	de	qualquer	de	seus	associados.	
	
5 DISPOSITIVOS	LEGAIS	IMPORTANTES	
	
	
	
CÓDIGO	DE	PROCESSO	PENAL	
Ä	Arts.	513	a	518	do	CPP	–	Regulamentam	o	procedimento	dos	crimes	de	responsabilidade	dos	
funcionários	públicos:	
CAPÍTULO	II	
DO	PROCESSO	E	DO	JULGAMENTO	DOS	CRIMES	
DE	RESPONSABILIDADE	DOS	FUNCIONÁRIOS	PÚBLICOS	
Art.	513.	 	Os	crimes	de	responsabilidade	dos	funcionários	públicos,	cujo	processo	e	julgamento	competirão	aos	juízes	de	
direito,	a	queixa	ou	a	denúncia	será	instruída	com	documentos	ou	justificação	que	façam	presumir	a	existência	do	delito	ou	
com	declaração	fundamentada	da	impossibilidade	de	apresentação	de	qualquer	dessas	provas.	
Art.	514.		Nos	crimes	afiançáveis,	estando	a	denúncia	ou	queixa	em	devida	forma,	o	juiz	mandará	autuá-la	e	ordenará	a	
notificação	do	acusado,	para	responder	por	escrito,	dentro	do	prazo	de	quinze	dias.	
Parágrafo	 único.	 	 Se	 não	 for	 conhecida	 a	 residência	 do	 acusado,	 ou	 este	 se	 achar	 fora	 da	 jurisdição	 do	 juiz,	 ser-lhe-á	
nomeado	defensor,	a	quem	caberá	apresentar	a	resposta	preliminar.	
Art.	 515.	 	No	 caso	previsto	no	artigo	anterior,	 durante	o	prazo	 concedido	para	a	 resposta,	 os	 autos	permanecerão	em	
cartório,	onde	poderão	ser	examinados	pelo	acusado	ou	por	seu	defensor.	
Parágrafo	único.		A	resposta	poderá	ser	instruída	com	documentos	e	justificações.	
Art.	516.		O	juiz	rejeitará	a	queixa	ou	denúncia,	em	despacho	fundamentado,	se	convencido,	pela	resposta	do	acusado	ou	
do	seu	defensor,	da	inexistência	do	crime	ou	da	improcedência	da	ação.	
Art.	517.		Recebida	a	denúncia	ou	a	queixa,	será	o	acusado	citado,	na	forma	estabelecida	no	Capítulo	I	do	Título	X	do	Livro	
I.	
Art.	518.		Na	instrução	criminal	e	nos	demais	termos	do	processo,	observar-se-á	o	disposto	nos	Capítulos	I	e	III,	Título	I,	deste	
Livro.	
	
Ä	Arts.	519	a	523	do	CPP	–	Regulamentam	o	procedimento	dos	crimes	contra	a	honra:	
CAPÍTULO	III	
DO	PROCESSO	E	DO	JULGAMENTO	DOS	CRIMES	
DE	CALÚNIA	E	INJÚRIA,	DE	COMPETÊNCIA	DO	JUIZ	SINGULAR	
Art.	 519.	 	No	processo	por	 crime	de	 calúnia	ou	 injúria,	 para	o	qual	 não	haja	outra	 forma	estabelecida	 em	 lei	 especial,	
observar-se-á	o	disposto	nos	Capítulos	I	e	III,	Titulo	I,	deste	Livro,	com	as	modificações	constantes	dos	artigos	seguintes.	
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Art.	520.		Antes	de	receber	a	queixa,	o	juiz	oferecerá	às	partes	oportunidade	para	se	reconciliarem,	fazendo-as	comparecer	
em	juízo	e	ouvindo-as,	separadamente,	sem	a	presença	dos	seus	advogados,	não	se	lavrando	termo.	
Art.	521.		Se	depois	de	ouvir	o	querelante	e	o	querelado,	o	juiz	achar	provável	a	reconciliação,	promoverá	entendimento	
entre	eles,	na	sua	presença.	
Art.	522.		No	caso	de	reconciliação,	depois	de	assinado	pelo	querelante	o	termo	da	desistência,	a	queixa	será	arquivada.	
Art.	523.		Quando	for	oferecida	a	exceção	da	verdade	ou	da	notoriedade	do	fato	imputado,	o	querelante	poderá	contestar	
a	exceção	no	prazo	de	dois	dias,	podendo	ser	inquiridas	as	testemunhas	arroladas	na	queixa,	ou	outras	indicadas	naquele	
prazo,	em	substituição	às	primeiras,	ou	para	completar	o	máximo	legal.	
	
	
Ä	Arts.	 524	 a	 530-I	 do	 CPP	 –	 Regulamentam	o	 procedimento	 dos	 crimes	 contra	 a	 propriedade	
imaterial:	
CAPÍTULO	IV	
DO	PROCESSO	E	DO	JULGAMENTO	DOS	CRIMES	
CONTRA	A	PROPRIEDADE	IMATERIAL	
Art.	524.		No	processo	e	julgamento	dos	crimes	contra	a	propriedade	imaterial,	observar-se-á	o	disposto	nos	Capítulos	I	e	III	
do	Título	I	deste	Livro,	com	as	modificações	constantes	dos	artigos	seguintes.	
Art.	525.		No	caso	de	haver	o	crime	deixado	vestígio,	a	queixa	ou	a	denúncia	não	será	recebida	se	não	for	instruída	com	o	
exame	pericial	dos	objetos	que	constituam	o	corpo	de	delito.	
Art.	526.		Sem	a	prova	de	direito	à	ação,	não	será	recebida	a	queixa,	nem	ordenada	qualquer	diligência	preliminarmente	
requerida	pelo	ofendido.	
Art.	 527.	 	 A	 diligência	 de	 busca	 ou	 de	 apreensão	 será	 realizada	 por	 dois	 peritos	 nomeados	 pelo	 juiz,	 que	 verificarão	 a	
existência	de	fundamento	para	a	apreensão,	e	quer	esta	se	realize,	quer	não,	o	laudo	pericial	será	apresentado	dentro	de	3	
(três)	dias	após	o	encerramento	da	diligência.	
Parágrafo	único.		O	requerente	da	diligência	poderá	impugnar	o	laudo	contrário	à	apreensão,	e	o	juiz	ordenará	que	esta	se	
efetue,	se	reconhecer	a	improcedência	das	razões	aduzidas	pelos	peritos.	
Art.	528.		Encerradas	as	diligências,	os	autos	serão	conclusos	ao	juiz	para	homologação	do	laudo.	
Art.	529.		Nos	crimes	de	ação	privativa	do	ofendido,	não	será	admitida	queixa	com	fundamento	em	apreensão	e	em	perícia,	
se	decorrido	o	prazo	de	30	dias,	após	a	homologação	do	laudo.	
Parágrafo	único.		Será	dada	vista	ao	Ministério	Público	dos	autos	de	busca	e	apreensão	requeridas	pelo	ofendido,	se	o	crime	
for	de	ação	pública	e	não	tiver	sido	oferecida	queixa	no	prazo	fixado	neste	artigo.	
Art.	530.		Se	ocorrer	prisão	em	flagrante	e	o	réu	não	for	posto	em	liberdade,	o	prazo	a	que	se	refere	o	artigo	anterior	será	
de	8	(oito)	dias.	
Art.	530-A.	O	disposto	nos	arts.	524	a	530	será	aplicável	aos	crimes	em	que	se	proceda	mediante	queixa.																			(Incluído	
pela	Lei	nº	10.695,	de	1º.7.2003)	
Art.	530-B.	Nos	casos	das	infrações	previstas	nos	§§	1o,	2o	e	3o	do	art.	184	do	Código	Penal,	a	autoridade	policial	procederá	
à	 apreensão	 dos	 bens	 ilicitamente	 produzidos	 ou	 reproduzidos,	 em	 sua	 totalidade,	 juntamente	 com	 os	 equipamentos,	
suportes	e	materiais	que	possibilitaram	a	sua	existência,	desde	que	estes	se	destinem	precipuamente	à	prática	do	ilícito.																								
(Incluído	pela	Lei	nº	10.695,	de	1º.7.2003)	
Art.	530-C.	Na	ocasião	da	apreensão	será	lavrado	termo,	assinado	por	2	(duas)	ou	mais	testemunhas,	com	a	descrição	de	
todos	os	bens	apreendidos	e	 informações	 sobre	 suas	origens,	o	qual	deverá	 integrar	o	 inquérito	policial	ou	o	processo.																									
(Incluído	pela	Lei	nº	10.695,	de	1º.7.2003)	
Art.	 530-D.	 Subseqüente	 à	 apreensão,	 será	 realizada,	 por	 perito	 oficial,	 ou,	 na	 falta	 deste,	 por	 pessoa	 tecnicamente	
habilitada,	 perícia	 sobre	 todos	 os	 bens	 apreendidos	 e	 elaborado	 o	 laudo	 que	 deverá	 integrar	 o	 inquérito	 policial	 ou	 o	
processo.																							(Incluído	pela	Lei	nº	10.695,	de	1º.7.2003)	
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Art.	530-E.	Os	titulares	de	direito	de	autor	e	os	que	lhe	são	conexos	serão	os	fiéis	depositários	de	todos	os	bens	apreendidos,	
devendo	colocá-los	à	disposição	do	juiz	quando	do	ajuizamento	da	ação.	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 (Incluído	pela	Lei	nº	10.695,	de	
1º.7.2003)	
Art.	530-F.	Ressalvada	a	possibilidade	de	se	preservar	o	corpo	de	delito,	o	juiz	poderá	determinar,	a	requerimento	da	vítima,	
a	destruição	da	produção	ou	reprodução	apreendida	quando	não	houver	impugnação	quanto	à	sua	ilicitude	ou	quando	a	
ação	penal	não	puder	ser	iniciada	por	falta	de	determinação	de	quem	seja	o	autor	do	ilícito.																							(Incluído	pela	Lei	
nº	10.695,	de	1º.7.2003)	
Art.	530-G.	O	juiz,	ao	prolatar	a	sentença	condenatória,	poderá	determinar	a	destruição	dos	bens	ilicitamente	produzidos	
ou	 reproduzidos	 e	 o	 perdimento	 dos	 equipamentos	 apreendidos,	 desde	 que	 precipuamente	 destinados	 à	 produção	 e	
reprodução	dos	bens,	em	favor	da	Fazenda	Nacional,	que	deverá	destruí-los	ou	doá-los	aos	Estados,	Municípios	e	Distrito	
Federal,	a	 instituições	públicas	de	ensino	e	pesquisa	ou	de	assistência	social,	bem	como	 incorporá-los,	por	economia	ou	
interesse	público,	ao	patrimônio	da	União,	que	não	poderão	retorná-los	aos	canais	de	comércio.(Incluído	pela	
Lei	nº	10.695,	de	1º.7.2003)	
Art.	 530-H.	 As	 associações	 de	 titulares	 de	 direitos	 de	 autor	 e	 os	 que	 lhes	 são	 conexos	 poderão,	 em	 seu	 próprio	 nome,	
funcionar	como	assistente	da	acusação	nos	crimes	previstos	no	art.	184	do	Código	Penal,	quando	praticado	em	detrimento	
de	qualquer	de	seus	associados.																								(Incluído	pela	Lei	nº	10.695,	de	1º.7.2003)	
Art.	 530-I.	 Nos	 crimes	 em	 que	 caiba	 ação	 penal	 pública	 incondicionada	 ou	 condicionada,	 observar-se-ão	 as	 normas	
constantes	dos	arts.	530-B,	530-C,	530-D,	530-E,	530-F,	530-G	e	530-H.																						(Incluído	pela	Lei	nº	10.695,	de	1º.7.2003)	
	
	
Ä	Arts.	541	a	548	do	CPP	–	Regulamentam	o	procedimento	de	restauração	de	autos	extraviados	ou	
destruídos:	
Art.	 541.	 	 Os	 autos	 originais	 de	 processo	 penal	 extraviados	 ou	 destruídos,	 em	 primeira	 ou	 segunda	 instância,	 serão	
restaurados.	
§	1o		Se	existir	e	for	exibida	cópia	autêntica	ou	certidão	do	processo,	será	uma	ou	outra	considerada	como	original.	
§	2o		Na	falta	de	cópia	autêntica	ou	certidão	do	processo,	o	juiz	mandará,	de	ofício,	ou	a	requerimento	de	qualquer	das	
partes,	que:	
a)	 o	 escrivão	 certifique	o	 estado	do	processo,	 segundo	a	 sua	 lembrança,	 e	 reproduza	o	que	houver	a	 respeito	 em	 seus	
protocolos	e	registros;	
b)	sejam	requisitadas	cópias	do	que	constar	a	respeito	no	Instituto	Médico-Legal,	no	Instituto	de	Identificação	e	Estatística	
ou	em	estabelecimentos	congêneres,	repartições	públicas,	penitenciárias	ou	cadeias;	
c)	as	partes	sejam	citadas	pessoalmente,	ou,	se	não	forem	encontradas,	por	edital,	com	o	prazo	de	dez	dias,	para	o	processo	
de	restauração	dos	autos.	
§	3o		Proceder-se-á	à	restauração	na	primeira	instância,	ainda	que	os	autos	se	tenham	extraviado	na	segunda.	
Art.	542.		No	dia	designado,	as	partes	serão	ouvidas,	mencionando-se	em	termo	circunstanciado	os	pontos	em	que	estiverem	
acordes	e	a	exibição	e	a	conferência	das	certidões	e	mais	reproduções	do	processo	apresentadas	e	conferidas.	
Art.	543.		O	juiz	determinará	as	diligências	necessárias	para	a	restauração,	observando-se	o	seguinte:	
I	-	caso	ainda	não	tenha	sido	proferida	a	sentença,	reinquirir-se-ão	as	testemunhas	podendo	ser	substituídas	as	que	tiverem	
falecido	ou	se	encontrarem	em	lugar	não	sabido;	
II	-	os	exames	periciais,	quando	possível,	serão	repetidos,	e	de	preferência	pelos	mesmos	peritos;	
III	-	a	prova	documental	será	reproduzida	por	meio	de	cópia	autêntica	ou,	quando	impossível,	por	meio	de	testemunhas;	
IV	-	poderão	também	ser	inquiridas	sobre	os	atos	do	processo,	que	deverá	ser	restaurado,	as	autoridades,	os	serventuários,	
os	peritos	e	mais	pessoas	que	tenham	nele	funcionado;	
V	-	o	Ministério	Público	e	as	partes	poderão	oferecer	testemunhas	e	produzir	documentos,	para	provar	o	teor	do	processo	
extraviado	ou	destruído.	
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Art.	544.		Realizadas	as	diligências	que,	salvo	motivo	de	força	maior,	deverão	concluir-se	dentro	de	vinte	dias,	serão	os	autos	
conclusos	para	julgamento.	
Parágrafo	único.		No	curso	do	processo,	e	depois	de	subirem	os	autos	conclusos	para	sentença,	o	juiz	poderá,	dentro	em	
cinco	dias,	requisitar	de	autoridades	ou	de	repartições	todos	os	esclarecimentos	para	a	restauração.	
Art.	545.		Os	selos	e	as	taxas	judiciárias,	já	pagos	nos	autos	originais,	não	serão	novamente	cobrados.	
Art.	 546.	 	 Os	 causadores	 de	 extravio	 de	 autos	 responderão	 pelas	 custas,	 em	 dobro,	 sem	 prejuízo	 da	 responsabilidade	
criminal.	
Art.	547.		Julgada	a	restauração,	os	autos	respectivos	valerão	pelos	originais.	
Parágrafo	único.		Se	no	curso	da	restauração	aparecerem	os	autos	originais,	nestes	continuará	o	processo,	apensos	a	eles	
os	autos	da	restauração.	
Art.	548.		Até	à	decisão	que	julgue	restaurados	os	autos,	a	sentença	condenatória	em	execução	continuará	a	produzir	efeito,	
desde	que	conste	da	respectiva	guia	arquivada	na	cadeia	ou	na	penitenciária,	onde	o	réu	estiver	cumprindo	a	pena,	ou	de	
registro	que	torne	a	sua	existência	inequívoca.	
	
6 SÚMULAS	PERTINENTES	
6.1 SÚMULAS	DO	STJ	
Ä	Súmula	330	do	STJ	–	O	STJ	sumulou	entendimento	no	sentido	de	que	não	é	necessária	intimação	
do	réu	para	apresentar	a	resposta	preliminar	prevista	no	art.	514	do	CPP	quando	a	ação	penal	está	
instruída	com	inquérito	policial:	
SÚMULA	330	DO	STJ	
É	desnecessária	a	resposta	preliminar	de	que	trata	o	artigo	514	do	Código	de	Processo	Penal,	na	ação	penal	instruída	por	
inquérito	policial.	
	
7 JURISPRUDÊNCIA	CORRELATA	
	
Ä	STJ	-	AgRg	no	REsp	1459388/DF	-	O	STJ	entendeu	que	a	inobservância	do	procedimento	específico	
dos	crimes	de	 responsabilidade	dos	 funcionários	públicos	 (basicamente,	 intimação	para	 resposta	
preliminar)	gera	nulidade	apenas	relativa:	
8.	Este	Tribunal	sufragou	o	entendimento	de	que	a	inobservância	do	procedimento	previsto	no	artigo	514	do	Código	de	
Processo	Penal	gera,	tão-somente,	nulidade	relativa,	desde	que	arguida	no	momento	oportuno	e	com	a	demonstração	
de	efetivo	prejuízo	daí	decorrente.	
9.	"É	desnecessária	a	resposta	preliminar	de	que	trata	o	artigo	514	do	Código	de	Processo	Penal,	na	ação	penal	instruída	
com	inquérito	policial".	Enunciado	330	da	Súmula	deste	STJ.	
(...)	(AgRg	no	REsp	1459388/DF,	Rel.	Ministra	MARIA	THEREZA	DE	ASSIS	MOURA,	SEXTA	TURMA,	julgado	em	17/12/2015,	
DJe	02/02/2016)	
	
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Ä	 STF	 -	 RHC	 117209	 -	 O	 STF	 consolidou	 entendimento	 no	 sentido	 de	 que	 somente	 os	 crimes	
funcionais	TÍPICOS	(sejam	eles	próprios	ou	impróprios)	devem	seguir	este	rito	especial	previsto	no	
art.	514	e	seguintes	do	CPP:	
(...)	 Não	 há	 falar	 em	 nulidade	 do	 processo	 em	 face	 da	 não	 observância	 do	 disposto	 no	 art.	 514	 do	 CPP,	 pois	 é	 da	
jurisprudência	desta	Corte	que	o	referido	dispositivo	processual	se	reserva	às	hipóteses	em	que	se	imputa	a	prática	de	
crimes	funcionais	típicos,	o	que	não	é	o	caso	do	art.	90	da	Lei	de	Licitações.	Precedentes.	6.	Recurso	ordinário	improvido.	
(RHC	117209,	Relator(a):		Min.	TEORI	ZAVASCKI,	Segunda	Turma,	julgado	em	25/02/2014,	PROCESSO	ELETRÔNICO	DJe-047	
DIVULG	10-03-2014	PUBLIC	11-03-2014)	
	
	
8 LISTA	DE	EXERCÍCIOS	
	
	
	
01. (CESPE	–	2018	–	STJ	–	TÉCNICO	JUDICIÁRIO)	
Se	a	denúncia	contra	servidor	público	a	respeito	da	prática	de	crime	contra	a	administração	pública	
em	 geral	 vier	 acompanhada	 do	 respectivo	 inquérito	 policial,	 será	 desnecessária	 a	 resposta	
preliminar	prevista	no	procedimento	especial	para	crimes	dessa	natureza.	
	
02. (CESPE	–	2016	–	TRE-PI	–	AJAJ	–	ADAPTADA)	
De	acordo	com	o	CPP,	o	procedimento	dos	crimes	funcionais	aplica-se	a	todos	os	crimes	funcionais	
afiançáveis	e	inafiançáveis.	
	
03. (CESPE	–	2013	–	POLÍCIA	FEDERAL	–	DELEGADO	DE	POLÍCIA)	
Nos	casos	de	crimes	afiançáveis	de	responsabilidade	do	funcionário	público,	a	legislação	processual	
antecipa	 o	 contraditório	 antes	 de	 inaugurada	 a	 ação	 penal,	 com	 a	 apresentação	 da	 defesa	
preliminar.	
	
04. (CESPE	–	2013	–	MPU	–	ANALISTA)	
Considerando	 que	 um	 servidor	 público	 tenha	 sido	 preso	 em	 flagrante	 pela	 prática	 de	 peculato	
cometido	em	desfavor	da	Caixa	Econômica	Federal,	tendo	sido	o	crime	facilitado	em	razão	da	função	
exercida	pelo	referido	servidor.	
Julgue	os	itens	a	seguir,	com	base	na	legislação	processual	penal.	
Por	se	tratar	de	crime	afiançável,	ao	servidor	é	garantido	o	direito	de	apresentar	resposta	preliminar	
no	prazo	de	quinze	dias,	logo	após	a	notificação	pelo	juízo	processante,	quando,	então,	o	juiz	decidirá	
pelo	recebimento	ou	rejeição	da	denúncia.	
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05. (FUNIVERSA	–	2015	–	SEADP	/DF	–	AGENTE	PENITENCIÁRIO)	
Segundo	 o	 entendimento	 do	 STF,	 nos	 crimes	 afiançáveis	 de	 responsabilidade	 dos	 funcionários	
públicos,	 sejam	eles	 funcionais	 típicos	ou	não,	estando	a	denúncia	em	devida	 forma,	o	 juiz	deve	
mandar	autuá-la	e	ordenar	a	notificação	do	acusado	para	responder	‘a	acusação	por	escrito.	
	
06. (FCC	–	2008	–	TCE/AL	–	PROCURADOR)	
O	 Código	 de	 Processo	 Penal	 prevê	 rito	 especial	 para	 o	 processo	 e	 o	 julgamento	 dos	 crimes	 de	
responsabilidade	dos	funcionários	públicos.	Esse	rito	especial		
A)	 impede	que	o	acusado	possa	ser	preso	antes	de	 recebida	a	denúncia,	ainda	que	o	crime	seja	
inafiançável.		
B)	permite	ao	acusado	se	defender	antes	de	ser	recebida	a	denúncia,	se	o	crime	for	afiançável.		
C)	permite	ao	acusado	se	defender	antes	de	ser	recebida	a	denúncia,	se	o	crime	for	inafiançável.		
D)	permite	ao	acusado	a	efetivação	de	acordo	para	evitar	o	recebimento	da	denúncia,	se	o	crime	for	
afiançável.		
E)	permite	ao	acusado	a	efetivação	de	acordo	para	evitar	o	recebimento	da	denúncia,	se	o	crime	for	
inafiançável.		
	
07. (FCC	–	2011	–	TRE/AP	–	ANALISTA	JUDICIÁRIO	–	ÁREA	JUDICIÁRIA)	
Nos	crimes	afiançáveis	de	responsabilidade	dos	funcionários	públicos,	estando	a	denúncia	ou	queixa	
em	devida	forma,	o	juiz	mandará	autuá-la	e	ordenará	a	notificação	do	acusado,	para	responder	por	
escrito,	dentro	do	prazo	de		
A)	cinco	dias.		
B)	dez	dias.		
C)	quinze	dias.		
D)	trinta	dias.		
E)	vinte	dias.		
	
08. (FCC	–	2006	–	PGE/RR	–	PROCURADOR	DO	ESTADO)	
No	processo	e	julgamento	dos	crimes	de	responsabilidade	dos	funcionários	públicos,		
A)	nos	crimes	afiançáveis	e	inafiançáveis,	após	a	denúncia,	o	juiz	ordenará	a	notificação	do	acusado	
para	responder	por	escrito,	dentro	do	prazo	de	15	(quinze)	dias.		
B)	 nos	 crimes	 inafiançáveis,	 após	 a	 denúncia,	 o	 juiz	 ordenará	 a	 notificação	 do	 acusado	 para	
responder	por	escrito,	dentro	do	prazo	de	15	(quinze)	dias.		
C)	nos	 crimes	afiançáveis	e	 inafiançáveis,	o	eventual	 recebimento	da	denúncia	é	 feito	depois	da	
notificação	do	acusado	e,	caso	existente,	de	sua	resposta.		
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D)	 nos	 crimes	 afiançáveis,	 o	 eventual	 recebimento	da	denúncia	 é	 feito	depois	 da	notificação	do	
acusado	e,	caso	existente,	de	sua	resposta.		
E)	a	falta	de	notificação	do	acusado	para,	se	quiser,	responder	à	acusação	causa	nulidade	absoluta,	
conforme	súmulas	do	Superior	Tribunal	de	Justiça	e	do	Supremo	Tribunal	Federal.		
	
09. (FCC	–	2007	–	TRE/SE	–	ANALISTA	JUDICIÁRIO	–	ÁREA	JUDICIÁRIA)	
O	 artigo	 514,	 do	 Código	 de	 Processo	 Penal,	 determina	 que,	 nos	 processos	 por	 crime	 de	
responsabilidade	de	funcionário	público,	o	juiz	mandará	autuar	a	denúncia	e	ordenará	a	notificação	
do	acusado,	para	responder	por	escrito,	no	prazo	de	15	dias.	Essa	fase	do	procedimento	é	obrigatória	
apenas	nos	crimes		
A)	inafiançáveis.		
B)	afiançáveis.		
C)	apenados	com	prisão	simples	e	multa.		
D)	apenados	com	detenção.		
E)	apenados	com	reclusão.		
	
10. (VUNESP	–	2017	–	CÂMARA	DE	COTIA-SP	–	PROCURADOR)	
A,	funcionário	público	do	Município,	foi	flagrado	por	um	repórter	investigativo,	no	estacionamento	
da	 Prefeitura,	 praticando	 ato	 libidinoso	 em	 uma	 adolescente	 de	 13	 anos.	 Após	 a	 divulgação	 da	
matéria,	 A	 foi	 denunciado,	 pelo	 Ministério	 Público,	 por	 estupro	 de	 vulnerável.	 A	 denúncia	 foi	
precedida	de	inquérito	policial.	Recebida	a	denúncia	pelo	Juiz,	determinou-se	a	citação	de	A,	para	
fins	de	apresentação	da	resposta	à	acusação,	em	10	dias.	A	defesa	de	A	impetrou	habeas	corpus	no	
Tribunal,	alegando	afronta	ao	rito	especial	dos	crimes	de	responsabilidade	dos	funcionários	públicos,	
dado	que	não	houve	oportunidade	para	se	apresentar	a	resposta	preliminar,	prevista	no	artigo	514	
do	Código	de	Processo	Penal.	
Diante	do	caso	hipotético,	assinale	a	alternativa	correta.	
a)	A	defesa	preliminar,	prevista	no	artigo	514	do	CPP,	aplica-se	ao	caso	hipotético,	já	que	se	trata	de	
ação	penal	que	apura	crime	praticado	por	funcionário	público.	
b)	A	defesa	preliminar,	prevista	no	artigo	514	do	CPP,	não	se	aplica	ao	caso	hipotético,	pois,	muito	
embora	se	trate	de	ação	penal	que	apura	crime	praticado	por	funcionário	público,	a	denúncia	foi	
precedida	de	inquérito	policial,	na	esteira	do	entendimento	sumulado	nos	Tribunais	Superiores.	
c)	Acertou	o	Juiz	ao	não	aplicar	a	regra	do	artigo	514	do	CPP,	já	que	o	rito	especial	é	previsto	apenas	
para	crimes	próprios	de	 funcionário	público.	Uma	vez	citado,	o	prazo	para	o	acusado	apresentar	
resposta	à	acusação	é	de	10	(dez)	dias.	
d)	Acertou	o	Juiz	ao	não	aplicar	a	regra	do	artigo	514	do	CPP,	já	que	o	rito	especial	é	previsto	apenas	
para	crimes	próprios	de	funcionário	público.	Uma	vez	citado,	o	prazo	para	apresentar	resposta	à	
acusação	é	de	15	(quinze)	dias.	
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e)	Na	 defesa	 preliminar,	 prevista	 no	 artigo	 514	 do	CPP,	 o	 acusado	poderá	 juntar	 documentos	 e	
arrolar	até	03	(três)	testemunhas,	a	fim	de	evidenciar	a	inexistência	do	crime	ou	improcedência	da	
acusação.	
	
11. (FAPEMS	–	2017	–	PC-MS	–	DELEGADO	DE	POLÍCIA)	
Leia	o	trecho	a	seguir.	
[...]	não	é	propriamente	a	qualidade	de	funcionário	público	que	caracteriza	o	crime	funcional,	mas	o	
fato	de	que	é	praticado	por	quem	se	acha	no	exercício	de	função	pública,	seja	esta	permanente	ou	
temporária,	remunerada	ou	gratuita,	exercida	profissionalmente	ou	não,	efetiva	ou	interinamente,	
ou	per	accidens	[...]".	
HUNGRIA,	Nelson.	Comentários	ao	Código	Penal.	12.	ed.	Rio	de	Janeiro:	Forense,	1991.	
Acerca	 do	 processo	 e	 julgamento	 dos	 crimes	 praticados	 por	 funcionário	 público,	 assinale	 a	
alternativa	correta.	
a)	Estando	a	denúncia	ou	a	queixa	em	devida	forma,	o	juiz	mandará	autuá-la	e	ordenará	a	notificação	
do	acusado,	para	responder	por	escrito,	no	prazo	de	dez	dias.	
b)	O	juiz	deverá	rejeitar	a	denúncia,	em	despacho	genérico,	se	estiver	convencido,	após	a	resposta	
do	acusado	ou	de	seu	defensor,	da	inexistência	do	crime	ou	da	improcedência	da	ação.	
c)	Caso	o	acusado	esteja	fora	da	 jurisdição	do	 juiz	do	processo,	a	resposta	preliminar	poderá	ser	
apresentada	por	defensor	nomeado,	no	prazo	de	dez	dias.	
d)	 Se	 não	 for	 conhecida	 a	 residência	 do	 acusado	 ser-lhe-á	 nomeado	 defensor,	 a	 quem	 caberá	
apresentar	a	resposta	preliminar,	no	prazo	de	dez	dias.		
e)	A	lei	processual	penal	antecipa	o	contraditório,	pois,	antes	de	inaugurada	ação	penal,	permite	a	
apresentação	da	defesa	preliminar.	
	
12. (VUNESP	–	2008	–	TJ/MT	–	ANALISTA	JUDICIÁRIO/ADMINISTRAÇÃO)	
Na	hipótese	do	processo	e	do	julgamento	dos	crimes	de	responsabilidade	dos	funcionários	públicos,	
o	juiz	rejeitará	a	denúncia	quando	
I.	estiver	seguro	da	inexistência	do	crime;	
II.	estiver	certo	da	improcedência	da	ação	penal;	
III.	tiver	dúvidas	quanto	a	autoria	do	crime.	
Pode-se	afirmar	que	
(A)	I	e	II	estão	corretos.	
(B)	I	e	III	estão	corretos.	
(C)	II	e	III	estão	corretos	
(D)	I,	II	e	III	estão	corretos.	
(E)	I,	II	e	III	estão	incorretos.	
	
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13. (VUNESP	–	2011	–	TJ-SP	–	TITULAR	NOTARIAL)	
O	funcionário	público	processado	criminalmente	por	prática	de	crime	funcional	tem	direito	às	regras	
do	art.	514	do	Código	de	Processo	Penal,	defesa	preliminar,	
a)	quando	for	maior	de	sessenta	anos.	
b)	somente	se	não	for	reincidente.	
c)	quando,	 tendo	praticado	mais	de	um	crime,	a	 soma	das	penas	não	ultrapasse	quatro	anos	de	
reclusão.	
d)	sempre	que	o	delito	for	afiançável.	
	
14. (FCC	–	2012	–	PC-RJ	–	INSPETOR)	
De	acordo	com	o	Código	de	Processo	Penal,	nos	crimes	de	responsabilidadede	funcionários	públicos,	
quando	afiançáveis,	o	prazo	de	resposta	do	acusado,	antes	do	recebimento	da	denúncia	ou	queixa,	
é	de:	
a)	trinta	dias.	
b)	cinco	dias.	
c)	dez	dias.	
d)	vinte	dias.	
e)	quinze	dias.	
	
15. (CESPE	–	2009	–	IBRAM-DF	–	ADVOGADO)	
Caso o acusado esteja fora da jurisdição do juiz, a apresentação da resposta preliminar poderá ser feita 
por defensor nomeado, no prazo de 15 dias. 
	
16. (CESPE	–	2009	–	IBRAM-DF	–	ADVOGADO)	
O procedimento especial previsto no CPP não se aplica a todos os crimes funcionais. 
	
17. (CESPE	–	2009	–	IBRAM-DF	–	ADVOGADO)	
O procedimento especial prevê que, após o recebimento da denúncia, o juiz determinará a notificação 
do réu para responder por escrito a acusação. 
	
18. (CESPE	–	2009	–	IBRAM-DF	–	ADVOGADO)	
Caso	o	juiz,	diante	dos	argumentos	apresentados	na	resposta	preliminar,	se	convença	da	inexistência	
do	crime	ou	da	improcedência	da	ação,	deverá	absolver	sumariamente	o	acusado.	
	
19. (CESPE	–	2009	–	SEJUS/ES	–	AGENTE	PENITENCIÁRIO)	
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No	 processo	 dos	 crimes	 de	 responsabilidade	 dos	 funcionários	 públicos,	 no	 caso	 de	 infração	
afiançável,	o	juiz	deve	mandar	autuar	a	denúncia	e	ordenar	a	notificação	do	acusado	para	responder	
por	escrito	à	acusação	no	prazo	de	15	dias.	
	
20. (CESPE	–	2003	–	AGU	–	PROCURADOR	FEDERAL)	
À	luz	do	direito	processual	penal,	julgue	o	item.	
Considere	a	seguinte	situação	hipotética.	
Com	 base	 em	 inquérito	 policial,	 o	 Ministério	 Público	 ofertou	 denúncia	 em	 desfavor	 de	 um	
funcionário	público	pela	prática	do	crime	de	peculato-furto.	
Nessa	situação,	o	juiz,	antes	de	receber	a	denúncia,	deverá	ordenar	a	notificação	do	acusado	para,	
dentro	do	prazo	de	quinze	dias,	responder	por	escrito,	sob	pena	de	nulidade	absoluta.	
	
21. (CESPE	–	2012	–	TRE-RJ	–	ANALISTA	JUDICIÁRIO)	
Em	 relação	 ao	 habeas	 corpus	 e	 ao	 processo	 e	 julgamento	 dos	 crimes	 de	 responsabilidade	 dos	
funcionários	públicos,	julgue	o	próximo	item.	
Ao	julgar	processos	que	discutam	crimes	de	responsabilidade	dos	funcionários	públicos,	o	juiz	deverá	
rejeitar	a	denúncia,	em	despacho	fundamentado,	se	estiver	convencido,	pela	resposta	do	acusado	
ou	do	seu	defensor,	da	inexistência	do	crime	ou	da	improcedência	da	ação.	
	
22. (CESPE	–	2010	–	DPE-BA	–	DEFENSOR	PÚBLICO)	
Roger,	servidor	público	estadual,	e	Rafael,	autônomo,	praticaram,	em	concurso	de	agentes,	crime	
afiançável	contra	a	administração	pública.	A	apuração	dos	fatos,	feita	em	processo	administrativo	
disciplinar,	 resultou	na	demissão	do	 servidor,	 por	 grave	 falta	 administrativa.	 Encaminhada	 cópia	
autêntica	do	processo	administrativo	disciplinar	ao	MP,	este,	de	pronto,	ofertou	denúncia	contra	os	
acusados.	Nessa	situação,	tanto	Roger	quanto	Rafael	devem	ser	notificados	para	a	apresentação	de	
resposta	à	acusação,	antes	do	recebimento	da	denúncia.	
	
23. (CESPE	–	2008	–	TJDF	–	ANALISTA	JUDICIÁRIO)	
Nos	crimes	de	responsabilidade	dos	funcionários	públicos,	cujo	processo	e	julgamento	competem	
aos	juízes	de	direito,	a	denúncia	deve	ser	instruída	com	documentos	que	façam	presumir	a	existência	
do	delito,	não	se	admitindo,	para	suprir	a	falta	de	tais	documentos,	declaração	fundamentada	de	
impossibilidade	de	apresentação	dos	mesmos.	
	
24. (CESPE	–	2007	–	CBM/DF	–	ADVOGADO)	
Segundo	 orientação	 jurisprudencial,	 causa	 nulidade	 absoluta,	 nos	 procedimentos	 dos	 crimes	 de	
responsabilidade	dos	funcionários	públicos,	a	falta	de	oportunidade	de	defesa	antes	do	recebimento	
da	representação.	
	
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25. (CESPE	–	2004	–	POLÍCIA	FEDERAL	–	ESCRIVÃO)	
Nos	processos	referentes	a	crimes	afiançáveis	de	responsabilidade	dos	servidores	públicos,	o	juiz,	
antes	de	 receber	a	denúncia	ou	queixa,	deverá	notificar	o	acusado	para	apresentação	de	defesa	
preliminar.	
	
9 EXERCÍCIOS	COMENTADOS	
	
01. (CESPE	–	2018	–	STJ	–	TÉCNICO	JUDICIÁRIO)	
Se	a	denúncia	contra	servidor	público	a	respeito	da	prática	de	crime	contra	a	administração	pública	
em	 geral	 vier	 acompanhada	 do	 respectivo	 inquérito	 policial,	 será	 desnecessária	 a	 resposta	
preliminar	prevista	no	procedimento	especial	para	crimes	dessa	natureza.	
COMENTÁRIOS:	Item	correto,	pois	este	é	o	exato	entendimento	do	STJ,	por	meio	da	súmula	330	do	
STJ:	
SÚMULA 330 DO STJ 
É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal, na 
ação penal instruída por inquérito policial. 
Portanto,	a	AFIRMATIVA	ESTÁ	CORRETA.	
	
02. (CESPE	–	2016	–	TRE-PI	–	AJAJ	–	ADAPTADA)	
De	acordo	com	o	CPP,	o	procedimento	dos	crimes	funcionais	aplica-se	a	todos	os	crimes	funcionais	
afiançáveis	e	inafiançáveis.	
COMENTÁRIOS:	Item	errado,	pois	o	procedimento	especial	dos	crimes	funcionais	só	se	aplica	aos	
crimes	AFIANÇÁVEIS,	nos	termos	do	art.	514	do	CPP.	
Portanto,	a	AFIRMATIVA	ESTÁ	ERRADA.	
	
03. (CESPE	–	2013	–	POLÍCIA	FEDERAL	–	DELEGADO	DE	POLÍCIA)	
Nos	 casos	 de	 crimes	 afiançáveis	 de	 responsabilidade	 do	 funcionário	 público,	 a	 legislação	
processual	antecipa	o	contraditório	antes	de	 inaugurada	a	ação	penal,	 com	a	apresentação	da	
defesa	preliminar.	
COMENTÁRIOS:	O	 item	 está	 correto,	 pois	 em	 tal	 procedimento	 existem	 dois	momentos	 para	 a	
apresentação	de	defesa	pelo	acusado,	um	antes	do	recebimento	da	denúncia	e	outro	depois,	nos	
termos	do	art.	514	do	CPP:	
Art.	514.		Nos	crimes	afiançáveis,	estando	a	denúncia	ou	queixa	em	devida	forma,	o	juiz	mandará	autuá-la	e	ordenará	
a	notificação	do	acusado,	para	responder	por	escrito,	dentro	do	prazo	de	quinze	dias.	
Renan Araujo
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Art.	516.		O	juiz	rejeitará	a	queixa	ou	denúncia,	em	despacho	fundamentado,	se	convencido,	pela	resposta	do	acusado	
ou	do	seu	defensor,	da	inexistência	do	crime	ou	da	improcedência	da	ação.	
Art.	517.		Recebida	a	denúncia	ou	a	queixa,	será	o	acusado	citado,	na	forma	estabelecida	no	Capítulo	I	do	Título	
X	do	Livro	I.	
Portanto,	a	AFIRMATIVA	ESTÁ	CORRETA.	
	
04. (CESPE	–	2013	–	MPU	–	ANALISTA)	
Considerando	que	um	servidor	público	 tenha	sido	preso	em	flagrante	pela	prática	de	peculato	
cometido	em	desfavor	da	Caixa	Econômica	Federal,	 tendo	 sido	o	 crime	 facilitado	em	 razão	da	
função	exercida	pelo	referido	servidor.	
Julgue	os	itens	a	seguir,	com	base	na	legislação	processual	penal.	
Por	 se	 tratar	 de	 crime	 afiançável,	 ao	 servidor	 é	 garantido	 o	 direito	 de	 apresentar	 resposta	
preliminar	no	prazo	de	quinze	dias,	logo	após	a	notificação	pelo	juízo	processante,	quando,	então,	
o	juiz	decidirá	pelo	recebimento	ou	rejeição	da	denúncia.	
COMENTÁRIOS:	Item	correto,	pois	retrata	a	exata	previsão	contida	no	art.	514	do	CPP,	e	que	é	o	
grande	diferencial	deste	procedimento	especial.	Vejamos:	
Art.	514.		Nos	crimes	afiançáveis,	estando	a	denúncia	ou	queixa	em	devida	forma,	o	juiz	mandará	autuá-la	e	ordenará	
a	notificação	do	acusado,	para	responder	por	escrito,	dentro	do	prazo	de	quinze	dias.	
Portanto,	a	AFIRMATIVA	ESTÁ	CORRETA.	
	
05. (FUNIVERSA	–	2015	–	SEADP	/DF	–	AGENTE	PENITENCIÁRIO)	
Segundo	o	 entendimento	do	 STF,	 nos	 crimes	 afiançáveis	 de	 responsabilidade	dos	 funcionários	
públicos,	sejam	eles	funcionais	típicos	ou	não,	estando	a	denúncia	em	devida	forma,	o	juiz	deve	
mandar	autuá-la	e	ordenar	a	notificação	do	acusado	para	responder	à	acusação	por	escrito.	
COMENTÁRIOS:	 Item	 errado.	 O	 STF	 firmou	 entendimento	 no	 sentido	 de	 que	 tal	 procedimento	
(notificação	para	apresentação	de	defesa	preliminar)	 só	se	aplica	 se	aplica	aos	crimes	 funcionais	
típicos,	ou	seja,	aqueles	que	exigem	a	condição	de	funcionário	público	do	agente.	Vejamos:	
(...)	Nãohá	falar	em	nulidade	do	processo	em	face	da	não	observância	do	disposto	no	art.	514	do	CPP,	pois	é	da	
jurisprudência	 desta	 Corte	 que	 o	 referido	 dispositivo	 processual	 se	 reserva	 às	 hipóteses	 em	que	 se	 imputa	 a	
prática	de	crimes	funcionais	típicos,	o	que	não	é	o	caso	do	art.	90	da	Lei	de	Licitações.	Precedentes.	6.	Recurso	
ordinário	improvido.	
(RHC	117209,	Relator(a):		Min.	TEORI	ZAVASCKI,	Segunda	Turma,	julgado	em	25/02/2014,	PROCESSO	ELETRÔNICO	
DJe-047	DIVULG	10-03-2014	PUBLIC	11-03-2014)	
Se	o	crime	praticado	pelo	funcionário	público	não	é	um	crime	“próprio”	de	funcionário	público,	ou	
seja,	pode	ser	praticado	isoladamente	por	um	particular,	não	teremos	a	aplicação	do	regramento	do	
art.	514	do	CPP.	
Lembrando	que	estes	crimes	(que	podem	ser	praticado	por	funcionário	público	ou	por	particular),	
para	 boa	 parte	 da	 Doutrina,	 sequer	 são	 considerados	 como	 crimes	 “funcionais”,	 pois	 estes	
demandariam,	sempre	a	condição	de	funcionário	público	como	elementar	do	delito.	
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Outra	parte	da	Doutrina	distingue	os	 funcionais	em	“típicos”,	quando	a	 condição	de	 funcionário	
público	é	essencial	e	“atípicos”,	quando	se	trata	de	mero	crime	comum	praticado	por	funcionário	
público	no	exercício	das	funções.	
Portanto,	a	AFIRMATIVA	ESTÁ	ERRADA.	
	
06. (FCC	–	2008	–	TCE/AL	–	PROCURADOR)	
O	Código	de	Processo	Penal	prevê	 rito	especial	para	o	processo	e	o	 julgamento	dos	 crimes	de	
responsabilidade	dos	funcionários	públicos.	Esse	rito	especial		
A)	impede	que	o	acusado	possa	ser	preso	antes	de	recebida	a	denúncia,	ainda	que	o	crime	seja	
inafiançável.		
B)	permite	ao	acusado	se	defender	antes	de	ser	recebida	a	denúncia,	se	o	crime	for	afiançável.		
C)	permite	ao	acusado	se	defender	antes	de	ser	recebida	a	denúncia,	se	o	crime	for	inafiançável.		
D)	permite	ao	acusado	a	efetivação	de	acordo	para	evitar	o	recebimento	da	denúncia,	se	o	crime	
for	afiançável.		
E)	permite	ao	acusado	a	efetivação	de	acordo	para	evitar	o	recebimento	da	denúncia,	se	o	crime	
for	inafiançável.		
COMENTÁRIOS:	 O	 rito	 especial	 previsto	 para	 os	 crimes	 de	 responsabilidade	 dos	 funcionários	
públicos	deve	ser	analisado	sob	dois	prismas.	Com	relação	aos	crimes	inafiançáveis,	a	diferença	é	
praticamente	nula,	exigindo	a	Lei,	tão-somente,	a	juntada	de	determinado	documento	quando	da	
propositura	da	ação	penal.	No	entanto,	quando	estivermos	diante	de	crimes	funcionais	afiançáveis,	
a	diferença	é	substancial.	
O	CPP	estabelece,	em	seu	art.	514,	que	nesses	casos,	haverá	um	momento,	anterior	à	análise	do	
recebimento	da	denúncia	ou	queixa,	no	qual	o	acusado	poderá	se	defender,	apresentando,	no	prazo	
de	15	DIAS,	defesa	preliminar.	Vejamos:	
Art.	514.	Nos	crimes	afiançáveis,	estando	a	denúncia	ou	queixa	em	devida	forma,	o	juiz	mandará	autuá-la	e	ordenará	
a	notificação	do	acusado,	para	responder	por	escrito,	dentro	do	prazo	de	quinze	dias.	
Somente	 após	 a	 apresentação	 desta	 defesa	 preliminar,	 ou	 o	 transcurso	 do	 prazo	 sem	 o	 seu	
oferecimento,	é	que	o	 Juiz	decidirá	 se	 recebe	ou	 rejeita	a	denúncia	ou	queixa.	 Isso	não	 impede,	
entretanto,	que	o	Juiz,	antes	mesmo	de	mandar	notificar	o	réu,	verificando	a	inépcia	da	peça	inicial	
acusatória,	a	rejeite	liminarmente,	nos	termos	do	art.	395	do	CPP.	
ASSIM,	A	ALTERNATIVA	CORRETA	É	A	LETRA	B.	
	
07. (FCC	–	2011	–	TRE/AP	–	ANALISTA	JUDICIÁRIO	–	ÁREA	JUDICIÁRIA)	
Nos	 crimes	 afiançáveis	 de	 responsabilidade	 dos	 funcionários	 públicos,	 estando	 a	 denúncia	 ou	
queixa	 em	 devida	 forma,	 o	 juiz	 mandará	 autuá-la	 e	 ordenará	 a	 notificação	 do	 acusado,	 para	
responder	por	escrito,	dentro	do	prazo	de		
A)	cinco	dias.		
B)	dez	dias.		
C)	quinze	dias.		
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D)	trinta	dias.		
E)	vinte	dias.		
COMENTÁRIOS:	 Conforme	 vimos,	 a	 diferença	 deste	 procedimento	 em	 relação	 ao	 rito	 comum	
ordinário	reside,	basicamente,	na	existência	de	um	momento	anterior	ao	recebimento	da	denúncia	
ou	queixa,	no	qual	se	oportuniza	a	apresentação	de	defesa	ao	acusado.	
Este	prazo	para	apresentação	de	defesa	é,	nos	termos	do	art.	514	do	CPP,	de	15	dias.	
ASSIM,	A	ALTERNATIVA	CORRETA	É	A	LETRA	C.	
	
08. (FCC	–	2006	–	PGE/RR	–	PROCURADOR	DO	ESTADO)	
No	processo	e	julgamento	dos	crimes	de	responsabilidade	dos	funcionários	públicos,		
A)	nos	crimes	afiançáveis	e	inafiançáveis,	após	a	denúncia,	o	juiz	ordenará	a	notificação	do	acusado	
para	responder	por	escrito,	dentro	do	prazo	de	15	(quinze)	dias.		
B)	 nos	 crimes	 inafiançáveis,	 após	 a	 denúncia,	 o	 juiz	 ordenará	 a	 notificação	 do	 acusado	 para	
responder	por	escrito,	dentro	do	prazo	de	15	(quinze)	dias.		
C)	nos	crimes	afiançáveis	e	inafiançáveis,	o	eventual	recebimento	da	denúncia	é	feito	depois	da	
notificação	do	acusado	e,	caso	existente,	de	sua	resposta.		
D)	nos	crimes	afiançáveis,	o	eventual	recebimento	da	denúncia	é	feito	depois	da	notificação	do	
acusado	e,	caso	existente,	de	sua	resposta.		
E)	a	falta	de	notificação	do	acusado	para,	se	quiser,	responder	à	acusação	causa	nulidade	absoluta,	
conforme	súmulas	do	Superior	Tribunal	de	Justiça	e	do	Supremo	Tribunal	Federal.		
COMENTÁRIOS:	 O	 rito	 especial	 previsto	 para	 os	 crimes	 de	 responsabilidade	 dos	 funcionários	
públicos	deve	ser	analisado	sob	dois	prismas.	Com	relação	aos	crimes	inafiançáveis,	a	diferença	é	
praticamente	nula,	exigindo	a	Lei,	tão-somente,	a	juntada	de	determinado	documento	quando	da	
propositura	da	ação	penal.	No	entanto,	quando	estivermos	diante	de	crimes	funcionais	afiançáveis,	
a	diferença	é	substancial.	
O	CPP	estabelece,	em	seu	art.	514,	que	nesses	casos,	haverá	um	momento,	anterior	à	análise	do	
recebimento	da	denúncia	ou	queixa,	no	qual	o	acusado	poderá	se	defender,	apresentando,	no	prazo	
de	15	DIAS,	defesa	preliminar.	Vejamos:	
Art.	514.	Nos	crimes	afiançáveis,	estando	a	denúncia	ou	queixa	em	devida	forma,	o	juiz	mandará	autuá-la	e	ordenará	
a	notificação	do	acusado,	para	responder	por	escrito,	dentro	do	prazo	de	quinze	dias.	
Somente	após	a	apresentação	desta	defesa	preliminar,	ou	o	transcurso	do	prazo	sem	o	seu	oferecimento,	é	que	o	
Juiz	 decidirá	 se	 recebe	 ou	 rejeita	 a	 denúncia	 ou	 queixa.	 Nos	 termos	 do	 art.	 516	 do	 CPP: 
Art.	516.	O	juiz	rejeitará	a	queixa	ou	denúncia,	em	despacho	fundamentado,	se	convencido,	pela	resposta	do	acusado	
ou	do	seu	defensor,	da	inexistência	do	crime	ou	da	improcedência	da	ação.	
ASSIM,	A	ALTERNATIVA	CORRETA	É	A	LETRA	D.	
	
09. (FCC	–	2007	–	TRE/SE	–	ANALISTA	JUDICIÁRIO	–	ÁREA	JUDICIÁRIA)	
O	 artigo	 514,	 do	 Código	 de	 Processo	 Penal,	 determina	 que,	 nos	 processos	 por	 crime	 de	
responsabilidade	 de	 funcionário	 público,	 o	 juiz	 mandará	 autuar	 a	 denúncia	 e	 ordenará	 a	
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notificação	 do	 acusado,	 para	 responder	 por	 escrito,	 no	 prazo	 de	 15	 dias.	 Essa	 fase	 do	
procedimento	é	obrigatória	apenas	nos	crimes		
A)	inafiançáveis.		
B)	afiançáveis.		
C)	apenados	com	prisão	simples	e	multa.		
D)	apenados	com	detenção.		
E)	apenados	com	reclusão.		
COMENTÁRIOS:	 O	 rito	 especial	 previsto	 para	 os	 crimes	 de	 responsabilidade	 dos	 funcionários	
públicos	deve	ser	analisado	sob	dois	prismas.	Com	relação	aos	crimes	inafiançáveis,	a	diferença	é	
praticamente	nula,	exigindo	a	Lei,	tão-somente,	a	juntada	de	determinado	documento	quando	da	
propositura	da	ação	penal.	No	entanto,	quando	estivermos	diante	de	crimes	funcionais	afiançáveis,	
a	diferença	é	substancial.	
O	CPP	estabelece,	em	seu	art.	514,	que	nesses	casos,	haverá	um	momento,	anterior	à	análise	do	
recebimento	da	denúncia	ou	queixa,	no	qual	o	acusado	poderá

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