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LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL PNA - ATIVIDADE 3 Status Completada Resultado da tentativa 2,5 em 2,5 pontos Resultados exibidos Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários Pergunta 1 2,5 em 2,5 pontos Caro estudante, No decorrer da unidade 3, foram apresentados os mecanismos constitutivos do parágrafo e de gêneros textuais como textos jornalísticos e opinativos. E, dentre os opinativos, resenhas são gêneros muito solicitados em vários meios, como jornalísticos e acadêmicos. Há uma série de revistas, jornais e periódicos que reservam espaço para a publicação desses textos. Como aponta Fiorin: “A resenha crítica é o resumo de uma obra acompanhada de uma avaliação em que aspectos positivos e/ou negativos são apontados, resultando em um texto que mescla informação e opinião”. (FIORIN, J. L.. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2006, p.16). É curioso como há todo um espaço midiático para o gênero resenha, o qual serve como modelo de apresentação de várias obras. Diga-se mais: textos audiovisuais, como filmes, ou apenas orais, como músicas, recebem resenhas encomendadas para auxiliar na sua divulgação. Uma boa resenha, de fato, auxilia e muito na divulgação de um filme. Nem todas as resenhas apresentam características formais, é claro. Ao longo da unidade, colocou-se o fato de certos textos transitam entre gêneros, apresentando várias características. Às vezes, a resenha se mescla com o artigo de opinião e a carta do leitor: observe, por exemplo, a quantidade de textos opinativos sobre filmes e livros que podemos encontrar nos dias de hoje, em meio a uma sociedade digital. Um simples leitor pode virar um crítico tão ferrenho capaz de promover o fracasso de uma obra, a exemplo de filmes que são previamente criticados antes do seu lançamento, como reflexos posteriores. São as “resenhas informais”, muitas delas feitas por sites famosos de fãs, que por sua vez atingem um público maior do que o de um texto publicado em um jornal. Ainda assim, muitas obras, principalmente as escritas, ainda são muito previamente divulgadas com base em grandes veículos de comunicação, seja agregando entrevistas, informações, dados, entre outros. É comum, inclusive, artigos acadêmicos que se usam resenhas como fonte de informação para complementar seus dados. Como base nisso, tenha a seguinte questão em mente: Tendo isso em mente, o aluno deve fazer o seguinte: - Escolher um texto – literário ou não – de sua escolha; - Escrever uma resenha crítica sobre a obra, que tenha entre 10 e 20 linhas; - O texto deverá ser escrito/publicado na área indicada. Resposta Selecionada: Com título original “The Shack”¹, o livro foi escrito pelo canadense William P.Young, lançado em 2007 nos Estados Unidos, chegou ao Brasil em 2008 pela Editora Sextante, com total de 240 páginas. A Cabana (em português), já vendeu mais de 3 milhões de livros no Brasil e mais de 18 milhões em todo o mundo, e é o livro mais recomendado da atualidade.² A história se passa ao redor de um homem chamado Mack, que teve uma infância muito difícil, seu pai era alcoólatra, agredia a esposa e a ele. Aos treze anos Mack fugiu de casa, e desde então nunca mais reviu nem seu pai nem sua mãe. Passou por muitas dificuldades, até que se casou com Nan, com quem teve cinco filhos. Durante uma viagem que deveria ser repleta de diversão e alegria, uma tragédia marca para sempre a vida da família de Mack, que teve sua filha mais nova chamada Missy, sequestrada e assassinada enquanto ele salvava os seus 2 filhos que estavam a fazer canoagem. Depois de exaustivas investigações, indícios de que Missy teria sido assassinada são encontrados numa velha cabana, ou seja, encontraram o vestido vermelho que Missy estava no dia de sua morte ensanguentado. Aquilo deixou Mack com uma grande ferida; ele se revolta contra Deus e culpa o mesmo por ter permitido que isso acontecesse com a criança. Mack recebe uma carta com um nome “papai” – que é o modo com que sua mulher se refere a Deus – dizendo para ele o visitar no final de semana na cabana, mesmo lugar que os vestigios de Missy havia sido encontrado pelos policiais. De inicio, Mack fica desconfiado achando que é uma brincadeira, mas no fundo desperta uma curiosidade e decide ir de encontro a cabana. Chegando lá, a sua vida dá uma nova reviravolta. Deus (Pai), Jesus (Filho) e o Espírito Santo estão à sua espera para um acerto de contas e, com imensa benevolência, travam com Mack surpreendentes conversas sobre vida, morte, dor, perdão, fé, amor e redenção, fazendo-o compreender alguns dos episódios mais tristes de sua história,e tornando uma outra pessoa, mais compreensível, sem rancor, alegre e acima de tudo fazem com que ele deixe de vez a grande tristeza. Mack precisava de uma figura paterna para quebrar seu estereótipo, mas o autor só lhe dá isso no final do livro, quando Papai aparece como um homem de meia idade, depois que o problema de Mack com seu pai foi “resolvido”. Preocupa o fato de Papai dizer para Mack “Quero curar a ferida que cresceu dentro de você e entre nós”³, referindo-se à angústia e à depressão causada pela morte de Missy, quando na realidade a ferida vinha desde os tempos da adolescência, em relação ao seu pai. O que o autor tenta oferecer é uma visão mais ampla da fé, dentro dos princípios bíblicos. Ainda assim, seus personagens levantam críticas religiosas sobre a quebra de seus dogmas, como o fato de seus personagens principais – Deus, Jesus e Espirito Santo – aparecerem com outros estereótipos, como, a figura de Deus em uma mulher, negra e gorda. O autor se esforça para desfazer uma classificação muito comum, mesmo entre cristãos, que apresenta Jesus (Filho) como um super-herói bonzinho e Deus (Pai) como um velho zangado e violento. Um ponto muito importante que o autor transmite com a fé, é a afirmação de que Jesus está conosco no sofrimento e por isso não é necessário que nos entreguemos à sensação de abandono por Deus que o sofrimento normalmente traz. A mensagem que a história transmite é de conhecer os valores que o mundo precisa, principalmente perdoar e amar ao próximo. Referências Bibliográficas ¹ YOUNG, William J. A Cabana, 2007. ² https://istoe.com.br/261321_NA+TRILHA+DE+A+CABANA+/ ³ YOUNG, William J. A Cabana, Pág. 83 PINTO, Aina. Isto É - Na trilha de “A Cabana” https://istoe.com.br/261321_NA+TRILHA+DE+A+CABANA+/ , acessado em: 13 de maio de 2019 YOUNG, William P. A cabana. Tradução de Alves Calado. Sextante, 2008.Titulo original: The shack. 236p. ISBN 978-85-99296-36-3