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Trabalho de Direito Penal do Inimigo - D88

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FACULDADE INTERAMERICANA
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA DE DIREITO PENAL I
TURMA: D88
DIREITO PENAL DO INIMIGO
PORTO VELHO, 2020.
1. Introdução
Inimigos da sociedade são as pessoas consideradas pelo “Direito Penal do Inimigo”, não merecedoras de receber os mesmos benefícios que o direito penal proporciona àqueles que são considerados cidadãos, esse conceito que é relativamente recente e foi criado em 1985, pelo jurista alemão Gunther Jakobs, que apresentou essa teoria como antítese do “direito penal do cidadão”. Os ataques terroristas, os crimes de máfias, de organizações criminosas, dentre outros foram a mola propulsora para que o penalista acima citado, abordasse durante a “Jornada de Professores de Direto Penal de Frankfurt” o assunto em questão. Os questionamentos eram basicamente com essas falas: Como deve a sociedade enfrentar esse perigo: por meio das regras comuns do Direito Penal ou por intermédio de um conjunto distinto de normas, mais rigorosas, que permitam uma proteção mais eficaz do corpo social? 
Foi nesse contexto que surgiu a nomenclatura Direito Penal do Inimigo em oposição ao Direito Penal do cidadão.
2. Desenvolvimento
Professor de Filosofia do Direito e Direito Penal na renomada Universidade de Bonn Gunther Jakobs, a peça chave para entendermos o que de fato é o Direito Penal do Inimigo o antagonista ao Direito Penal do Cidadão, onde o inimigo é aquele que comete atos contrários ao de um cidadão, a organização criminosa como exemplo de oposição ao estado, e violação de normas, possuindo suas próprias regras, seus participantes são considerados inimigos. Um ato terrorista trouxe a ideia do que é o inimigo por excelência e o que penalista Jakobs traz como marco o ataque de 11 de Setembro um dos maiores atos terroristas já cometidos, existindo também vários outros inimigos a serem apontados, mas como principal temos o terrorista que pratica atos ilícitos de forma contínua. Sendo esses considerados “inimigos da sociedade” no conceito de Direito Penal do Inimigo não devem receber as mesmas garantias, remédios e benefícios concedidos pelo Direito Penal àqueles que são considerados cidadãos.
Segundo coordenação de Pedro Lenza, em esquematizado Direito Penal, o jurista Gunther Jakobs, descrevia que, ao direito penal do cidadão, incumbiria garantir a eficácia da norma. Sendo assim, o indivíduo que comete um delito desrespeita a lei, a qual, por meio da penalidade aplicada, mostra que permanece ileso, garantindo-se, desse modo, que ele continua valendo apesar da inflação. Em seu âmbito, operam todos os direitos e garantias fundamentais. Porém, já no Direito Penal do inimigo, isto é, indivíduos que reincidem constantemente na prática de crimes ou praticam fatos de extrema gravidade, teria como finalidade combater perigos. Neste, o infrator não é tratado como sujeito de direitos, mas como inimigo eliminado e privado do convívio social.
A teoria quando foi inicialmente exposta por Jakobs tinha como principal ponto a defesa de uma espécie de despersonalização daqueles indivíduos que apresentam um potencial possível de perigo para a sociedade. Apesar de não serem privados de todos os seus direitos e benefícios, mas, em certos aspectos são desprovidos dos mesmos direitos que um cidadão goza. 
E esse assunto foi sendo discutido ao longo dos anos, em 1999, o então autor citado, apresentou 4 critérios para definir o Direito Penal do Inimigo, sendo eles: 
I. A ampla antecipação da punibilidade;
II. A falta de redução da pena proporcional a esta antecipação;
III. A transposição de legislação própria de Direito Penal para uma legislação combativa;
IV. A supressão de garantias processuais penais.
No ano de 2003, um texto foi escrito por Jakobs com o seguinte título “Direito Penal do Cidadão e Direito Penal do Inimigo” sendo publicado em 2004 na Alemanha, o texto dizia que “Aquele que discrepa por princípio não oferece nenhuma garantia de comportamento pessoal; por isso não pode ser combatido como cidadão, mas como inimigo. Esta guerra se leva a cabo com um direito legítimo dos cidadãos, isto é, com seu direito à segurança; a mesma não é, contudo, direito do apenado, diferentemente do que ocorre com a pena, o inimigo é excluído”.
O Direito Penal do Inimigo tem algumas características peculiares que são: ter como finalidade a eliminação de perigos; baseia-se na periculosidade do agente, considerado inimigo e, portanto, como alguém que não pode ser tratado como sujeito de direitos (“não pessoa”); efetua uma ampla antecipação da punibilidade, visando coibir ações perigosas antes que estas se concretizem (punição de atos preparatórios); as penas são severas, ainda quando aplicadas em casos de antecipação da tutela penal; aplica-se uma legislação diferenciada, com enfoque combativo (“combate ao inimigo”); utiliza-se principalmente de medidas de segurança; garantias processuais penais são suprimidas.
Portanto, essa teoria foi questionada por outros penalistas, como por exemplo, o Claus Roxin, que afirma ser esse modelo de Direito Penal incompatível com uma ordem constitucional democrática.
No ordenamento jurídico brasileiro é possível notar a influência do Direito Penal do Inimigo tanto no código penal, como nas leis esparsas como, por exemplo: na Lei de Drogas, Lei de Crimes Ambientais e o Estatuto do Desarmamento.
 
3. Considerações finais
O Direito Penal do Inimigo é uma Teoria que prevê punições mais severas e uma tutela jurisdicional penal mais célere ao indivíduo, que segundo a teoria para determinadas condutas é necessário um direito penal diferente para aqueles indivíduos que não se comportam como cidadãos, pessoas comuns que eventualmente praticam alguns crimes, e prevê que é necessário um direito penal mais intenso, e separa as pessoas dentro de duas vertentes, a vertente do cidadão e a vertente dos inimigos, aquelas pessoas que se comportam fora do sistema jurídico.
Os inimigos perderiam os direitos e as garantias previstas em lei, e sofreria uma punição mais rápida e rígida, o exemplo mais esclarecedor de inimigo, seria a prática do terrorismo.
Portanto concluímos que existem duas correntes Doutrinárias, uma majoritária desfavorável, alegando como motivo principal a falta de observâncias aos Direitos Humanos e o conflito com o art 5º, da Constituição Federal. E outra, minoritária, com conteúdo favorável a Teoria de Jakobs, concordando que para se instaurar a ordem e estabilização social, em alguns casos específicos, deve aplicar-se um tratamento diferenciado a indivíduos criminosos.
4. Referencias Bibliográficas
ESTEFAM, André; GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito penal esquematizado: parte geral. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2020. 243 p., il. Tabs.
https://blog.sajadv.com.br/direito-penal-do-inimigo/

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