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EBOOK-APRENDA-BIM-REVISADO-04-09

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Como aprender a 
projetar 
Guia definitivo de elaboração de projetos 
BIM para engenheiros e arquitetos
Rafael Ferreira da 
Silva
1
Como aprender a projetar: guia
definitivo de elaboração de projetos BIM
para engenheiros e arquitetos
Por Rafael Ferreira da Silva
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
Todos os exemplos e comparações citadas no texto são de caráter
ilustrativo para facilitar a compreensão e para que o leitor tenha
maior interação com o assunto. Não nos responsabilizamos por
qualquer má interpretação.
Como aprender a projetar: guia definitivo de 
elaboração de projetos BIM para engenheiros 
e arquitetos
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Como aprender a projetar: guia
definitivo de elaboração de projetos BIM
para engenheiros e arquitetos
Por Rafael Ferreira da Silva
RESUMO
De modo a facilitar a compreensão por parte do leitor, este guia foi
criado de forma didática com a intenção de proporcionar ao mesmo
o entendimento prático da plataforma BIM e mostrar como os
softwares funcionam na plataforma e como podem ser usados para
elaborar projetos de engenharia e arquitetura.
Todas as informações aqui contidas são parte do conhecimento
adquirido pelo autor em toda a sua trajetória acadêmica e
profissional vivenciada. O Conteúdo será disposto da forma mais
prática possível, expondo como os softwares da plataforma BIM
são utilizados na prática. O intuito é fugir dos conceitos maçantes e
técnicos que nos são ensinados e que muitas vezes dificultam a
compreensão por quem já não tem uma certa intimidade com o BIM,
e propor um entendimento claro de como o aluno ou profissional
pode usar as ferramentas do BIM para trabalhar na vida real.
E antes que você se assuste com a quantidade de páginas fique
tranquilo! Nós sabemos que o seu tempo é precioso para ser
perdido com um monte de conteúdo teórico e maçante. Portanto
este foi livro foi criado com o intuito de que a leitura não se torne
cansativa, por isso, está recheado de exemplos práticos. E lhe
garanto que se você tirar uma hora do seu tempo para ler o livro
até o final, irá definitivamente compreender a plataforma e poderá
discutir sobre BIM em alto nível. Boa leitura!
Como aprender a projetar: guia definitivo de 
elaboração de projetos BIM para engenheiros 
e arquitetos
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Como aprender a projetar: guia definitivo de 
elaboração de projetos BIM para engenheiros 
e arquitetos
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO........................................................................................................5
CAPÍTULO 01: ENTENDA O CONCEITO DE BIM..........................................13
Tecnologia BIM...................................................................................................14
CAPÍTULO 02: BIM NA PRÁTICA....................................................................21
Arquitetônico......................................................................................................23
Estrutural............................................................................................................35
Elétrico.................................................................................................................48
Hidrossanitário..................................................................................................60
Gestão de tempo e planejamento................................................................68
CAPÍTULO 03: COMPATIBILIZAÇÃO DO PROJETO E ANÁLISE DE
INTERFERÊNCIAS.............................................................................................75
Compatibilização...............................................................................................76
Análise de interferências...............................................................................84
CAPÍTULO 04: IMPORTANDO DO MS PROJECT AO NAVISWORKS.....96
Timeliner..............................................................................................................97
CAPÍTULO 05: CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................108
INTRODUÇÃO
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Como aprender a projetar: guia definitivo de 
elaboração de projetos BIM para engenheiros 
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Antes de entrarmos nos conceitos deixe-me prender sua atenção
em uma breve história para que você compreenda melhor a
importância do BIM.
Um pequeno rato ao olhar pelo buraco do assoalho vê o fazendeiro
e sua esposa abrindo um pacote. Então logo pensou que no pacote
haveria um pedaço de queijo, ou qualquer outro tipo de comida.
Ao ver o fazendeiro tirar uma ratoeira do pacote, o rato correu
aterrorizado para pedir ajuda aos outros animais. Ele então gritava:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!
A galinha então disse:
Perdoe-me Sr. Rato, uma ratoeira em nada me causa problemas. 
Não posso ajudá-lo!
O rato correu então até o porco e disse:
- Porco, há uma ratoeira na casa. Me ajude!
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Como aprender a projetar: guia definitivo de 
elaboração de projetos BIM para engenheiros 
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- Me desculpe Sr. Rato, disse o porco, não há nada que eu possa 
fazer a não ser rezar pelo Sr. Fique tranquilo que será lembrado 
por mim.
Quase sem esperanças o rato dirigiu-se então à vaca e ela lhe 
disse:
- Uma ratoeira Sr. Rato? O senhor já viu o meu tamanho? Acha que 
estou me sentindo em perigo por causa de uma simples ratoeira? 
Creio que não!
O rato então volta para casa desolado para encarar a ratoeira.
Naquela mesma noite ouviu-se um barulho da ratoeira pegando sua
vítima.
No escuro a esposa do fazendeiro corre para ver o que a ratoeira
havia pegado, e ao acender as luzes viu que a ratoeira pegou a
cauda de uma serpente venenosa, que a picou na perna. O
fazendeiro a levou imediatamente ao hospital e a mulher após ter
tomado todos os medicamentos e anti-venenos necessários voltou
para casa com febre.
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Como aprender a projetar: guia definitivo de 
elaboração de projetos BIM para engenheiros 
e arquitetos
Todos sabem que nada melhor que uma canja de galinha para
alimentar uma pessoa com febre. O fazendeiro pegou então seu
cutelo e foi ao galinheiro providenciar o ingrediente principal.
Como a mulher ainda continuava doente, os amigos vieram visitá-la
e para alimentá-los o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo.
Para alimentar todas as pessoas que vieram ao funeral, o
fazendeiro sacrificou então a vaca.
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REFLITA!
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Com esta pequena história, podemos
fazer uma analogia com o mercado da
construção atual e o sistema BIM. Imagine
que o "Rato" simboliza aquele que está
mais antenado e sempre ligado nas novas
informações e tecnologias existentes,
pois sabe que tecnologia vem
acompanhada de inovação, e inovação
gera novos nichos de mercado, onde há
pouca ou nenhuma concorrência, o que
faz aquele engajado à este novo mercado
estar sempre a frente. o "Rato" tenta
avisar as pessoas ao seu redor a
importância de dar atenção à tecnologia, e
que a negação por parte da maioria pode
gerar problemas para o mercado em
geral, o que pode afetar e atrasar o
avanço do mesmo.
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Os "Animais" simbolizam as empresas ou profissionais que
insistem em utilizar os mesmos métodos antiquados sem se
preocupar em inovar, pensando estarem em uma zona de conforto
onde nada de ruim pode lhes acontecer e por isso decidem não se
preocupar e nem ouvir aqueles que tentam alertá-los sobre a
tecnologia.
E o Fazendeiro? Nada mais é que a própria inovação! Pronta para
abater metodologias e pensamentos considerados ultrapassados
afim de fomentar a busca por novos conhecimentos e novas
técnicas daqueles que almejam crescimento e inovação para se
destacarem não só profissionalmente como também na vida.
Mas Rafael, eu não me preocupo muito com a tecnologia e inovação
e prefiro seguir utilizando a mesma metodologia de sempre!
Pensemos em alguns exemplos. Pense na Uber,
que com um
aplicativo tirou o monopólio do transporte particular dos táxis, com
um valor muito menor de cobrança e ainda por consequência
gerando milhões de empregos pelo mundo. Pense nos bancos
digitais, ou Fintechs, onde é possível criar sua conta online em
menos de 3 minutos e com todas as garantias, e que tiraram o
monopólio dos bancos físicos que até então cobravam taxas
abusivas sobre o seu capital.
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Pense também em ferramentas como a própria internet, que
atualmente permite que pessoas comuns tenham acesso à
qualquer tipo de informação. Através de ferramentas como Google
Ads, milhões de profissionais pelo mundo tem a oportunidade de
ampliar suas vendas anunciando através da internet para o mundo
todo. Além disso, temos o Youtube, que atualmente é uma das
ferramentas mais incríveis do mundo e possibilita que aprendamos
praticamente sobre qualquer assunto desejado.
Assim como o mundo evolui para cada vez mais tentar facilitar a
vida para o ser humano, o BIM trás mudanças para a engenharia, e
com o mesmo intuito, o de facilitar a vida dos profissionais da área
da construção. E não só isso, pois, além de facilitar a vida dos
profissionais, também facilita a vida das pessoas, pois, com a
engenharia cada vez mais evoluída tecnologicamente, é possível
cada vez mais entregar ao cliente o que ele deseja com maior
precisão, maior assertividade, e cada vez mais rápido e sem
transtornos.
Mas afinal, o
que é BIM?
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CAPÍTULO 01:
ENTENDA O
CONCEITO DE
BIM
Como aprender a projetar: guia definitivo de 
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Neste momento você deve estar se perguntando mas o que
realmente é BIM? Seria um software? Uma ferramenta? Um modelo
3D do empreendimento? Pois bem, deixe-me lhe explicar de uma
forma mais interativa.
TECNOLOGIA BIM
Imagine que você está indo comprar pães na padaria do seu Zé.
Antes de a padaria abrir o seu Zé começa a prepara seus pães as
3h da manhã para que estejam prontos e fresquinhos para quando
você chegar para comprar.
Agora imagine esse pão. Imagine os ingredientes que são utilizados
para fazer o pão (trigo, leite, açúcar, ovos, etc.) como sendo as
disciplinas (projetos estrutural, arquitetônico, hidrossanitário,
elétrico, etc.) na engenharia, disciplinas essas que são modeladas
com auxílio de softwares. Assim como o seu Zé une os ingredientes
para fazer o pão, que pode ser considerado um elemento
geométrico de três dimensões, no BIM os softwares criam as
diferentes disciplinas (estrutural, arquitetônica, elétrica, etc.). Além
disso, é possível unir essas disciplinas posteriormente em uma
plataforma (software), onde podem ser analisadas como um todo
ou individualmente.
Como aprender a projetar: guia definitivo de 
elaboração de projetos BIM para engenheiros 
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No BIM cada software é responsável por criar uma disciplina,
sendo que existem alguns softwares que possibilitam a criação de
mais de uma disciplina. No sistema BIM os softwares criam
modelos geométricos em 3D de cada disciplina, porém além de
criar esses elementos 3D os softwares fornecem parâmetros, e é aí
que entra o BIM!
MAS O QUE SERIAM
ESSES PARÂMETROS?
Bem, vamos lá. Voltando a padaria do Seu Zé, imagine a massa do
pão como sendo um todo, e os ingredientes como partes desse
todo. Para ter-se por exemplo a massa montada e pronta para ir ao
forno, primeiro é preciso unir todos os ingredientes em suas
proporções corretas. Por exemplo: o Seu Zé sabe que para fazer
uma remessa de pães ele precisa colocar 2kg de trigo, 1 litro de
leite, 4 ovos, açucar, etc. Com os softwares da tecnologia BIM não é
diferente. No BIM você pode modelar as diferentes disciplinas em
seus respectivos softwares, porém, aí que vem a parte divertida!
Você não precisa quantificar manualmente nenhum parâmetro,
porquê os softwares fazem isso automaticamente para você.
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Esses parâmetros nada mais são que dados fornecidos pelos
softwares durante e após a modelagem 3D do projeto. Vamos
analisar exemplos desses dados nas disciplinas. A Tabela 1 indica
alguns exemplos de dados que podem ser analisados em softwares
do sistema BIM para diferentes disciplinas.
Tabela 1: Parâmetros fornecidos por softwares BIM.
Fonte: Autor, 2019.
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Além dos parâmetros citados como exemplo na Tabela 1, há
dezenas de outros parâmetros fornecidos pelos softwares BIM,
assim como quantitativos de materiais e custo final. Além dos
parâmetros contidos nos softwares, os mesmos possibilitam que o
projetista crie seus próprios parâmetros, para usar como julgar
necessário. Esses parâmetros podem ser visualizados em tabelas,
que podem ser geradas nos softwares, e estas tabelas modificam
automaticamente conforme a modelagem 3D for modificada, de
modo que as tabelas estejam sempre de acordo com o quantitativo
atualizado do modelo 3D.
Para melhor ilustrar imagine que Seu Zé por algum motivo deseja
saber a quantidade de cada ingrediente separadamente contida em
um pão. Por exemplo: quantos gramas de trigo, açucar, leite, etc.,
estão contidos em 10g de massa de pão. A menos que ele contrate
um engenheiro químico para fazer uma análise molecular da massa
do pão, ele não saberá a quantidade exata de cada ingrediente
contida em 10g de massa pão. É aí que está a diferença entre 3D e
BIM, que muitas pessoas confundem.
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Isso acontece porquê seu Zé trabalha com um modelo não
paramétrico, ou seja, se comparado a engenharia, poderia se dizer
que seu Zé trabalha no sistema CAD, que para ele está tudo bem,
pois sua única intenção é fazer o pão de modo empírico, como lhe
foi ensinado, conferir se está no ponto a olho nú, e então
posteriormente vendê-lo.
Os softwares do sistema Computer Aided Design (CAD), Desenho
Assistido por Computador traduzido para o português, fornecem
uma plataforma onde é possível construir-se a representação
geométrica do projeto em 2D, e em alguns softwares até em 3D,
porém não fornecem nenhum parâmetro, ou seja, são apenas
elementos (portas, janelas, paredes, vigas, colunas,
etc.) representados por linhas.
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Agora como seria se o Seu Zé implantasse o sistema BIM no seu
produto? Bem, vamos lá! Se ele implantasse o BIM no seu produto,
além de saber a quantidade exata de ingredientes que ele deve
usar para fazer o pão de modo a ter a maior economia e o maior
lucro, ele também teria em mãos parâmetros como por exemplo:
quantidade exata de massa de cada ingrediente que está contida
em 10g de massa de pão (por exemplo: a cada 10g de massa de pão
há 3g de trigo, 2g de leite, 3 g de açúcar, e 2g de ovos), ele saberia
quanto tempo seu pão ficou no forno para chegar no ponto, quanto
tempo ele teria que deixar o pão no forno se quisesse a massa
mais crocante ou mais macia, saberia exatamente em quantos dias
seu pão teria validade para consumo, saberia até a quantidade de
átomos presente em cada milésimo de grama de pão, e muitas
outras dezenas de parâmetros (dados).
Resumindo, se o Seu Zé aderisse ao sistema BIM ele teria o
controle total sobre o seu produto e também teria em mãos todas
as variáveis antes mesmo de ele ser produzido, e tudo isso tendo
em mãos apenas um computador.
20
Bom... agora que
você tem uma
noção, que tal
partirmos para ver
como o BIM
funciona na
prática??
CAPÍTULO 02:
BIM NA PRÁTICA
Como aprender a projetar: guia definitivo de 
elaboração de projetos BIM para engenheiros 
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Neste capítulo conheceremos alguns
dos softwares que compõem
a plataforma BIM, para ilustrar de maneira prática como funciona
uma compatibilização de projeto. Para isso faremos um pequeno
projeto de uma casa de alvenaria com estrutura em concreto
armado, de modo que a didática não fique muito complexa e os
exemplos não se estendam demasiadamente. Quanto aos
softwares, as disciplinas estrutural, arquitetônica, hidráulica e
elétrica, foram desenvolvidas no Revit da Autodesk, o cronograma
da obra com uma pequena EAP (Estrutura Analítica de Projeto) foi
desenvolvido no MS Project da Microsoft, e o software usado para
fazer a compatibilização e análise 4D foi o Navisworks da
Autodesk.
Serão ilustradas separadamente algumas das etapas de
construção de cada disciplina e suas funcionalidades nos
respectivos softwares, sendo que no final será apresentada a
compatibilazação dessas disciplinas em uma única plataforma
(software). No decorrer das explicações serão comentados vários
insights sobre os softwares e o BIM de modo que a compreensão
fique mais clara.
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elaboração de projetos BIM para engenheiros 
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ARQUITETÔNICO
Vale ressaltar que este Ebook não é um tutorial que irá ensiná-lo a
trabalhar com os softwares, e, se caso é isso que você deseja, o
Youtube é uma excelente plataforma onde há milhares de
horas/aula de Revit para iniciantes, e até mesmo avançado, além de
que, seria necessário um Ebook de mais de dez mil páginas para
explicar todas as funções e vantagens dos softwares, por isso creio
que a melhor maneira para se aprender a manusear e
compreender as ferramentas dos softwares seja através de vídeo-
aulas. Porém caso você esteja aqui para entender definitivamente o
que é BIM e como funciona na prática eu aconselho que você
acompanhe o desenvolvimento do conteúdo até o fim, pois ele foi
todo feito pensando em trazer a você leitor, seja estudante,
engenheiro, arquitetos, ou afins, o entendimento real da plataforma
e como você pode realmente utilizá-la para se destacar como
profissional.
“A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem”.
- Oscar Niemeyer
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A disciplina de arquitetura foi inteira modelada no software Revit
(versão 2019) da empresa Autodesk, e a interface do programa e o
modelo 3D do projeto são ilustrados na Figura 01.
Figura 01: Interface e modelo arquitetônico.
Fonte: Autor, 2019.
Na Figura 02 a seguir, pode-se observar mais de perto o
modelo arquitetônico 3D e também a planta baixa em 3D.
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Figura 02: Modelo arquitetônico 3D e planta baixa 3D.
Fonte: Autor, 2019.
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ALVENARIA
Veja a planta baixa do nível térreo do empreendimento na Figura
03.
Figura 03: Planta baixa térreo.
Fonte: Autor, 2019.
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Vamos alterar a visualização gráfica para um padrão mais básico
para que você possa visualizar na Figura 04.
Figura 04: Detalhe 01 parede planta baixa térreo.
Fonte: Autor, 2019.
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Vamos analisar um pouco mais de perto! E agora, percebeu?
Figura 05: Detalhe 02 parede planta baixa térreo.
Fonte: Autor, 2019.
Você se lembra que foi dito que diferente da plataforma CAD, onde
os elementos são representados por linhas, no BIM tem-se uma
modelagem paramétrica dos elementos?
Pois então, na Figura acima está ilustrada uma parede de alvenaria
de vedação, e sim! O que você está vendo são as camadas da
parede, do centro para a extremidade: tijolos cerâmicos, reboco e
revestimento cerâmico.
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No Revit é possível adicionar as camadas das paredes para que se
possa quantificar os materiais, e além de isso fornecer uma visão
fiel de como ficará a parede após construída, esta ainda não é a
parte divertida do BIM! Me acompanhe que eu vou lhe mostrar mais.
Na Tabela 02 a seguir é possível analisar uma das tabelas das
quais foram citadas no Capítulo 01. Trata-se de uma tabela de
levantamento de materiais para argamassa de assentamento para
blocos cerâmicos, e nela é possível analisar-se todos os
parâmetros necessários para obtenção das quantidades dos
materiais como também o custo total de cada um deles.
No Revit, assim como no Microsoft Excel é possível fazer a
inserção de fórmulas para cálculo de novos parâmetros que
deseja-se criar. O mais instigante é que você não precisa criar
novamente esses parâmetros a cada novo projeto. É possível criar
uma vez e salvar como um modelo, assim toda vez que deseja-se
fazer um novo projeto (nova modelagem), basta utilizar o modelo
pronto, assim quando terminar a modelagem 3D do novo projeto, os
valores dos parâmetros estarão prontos e de acordo com a nova
modelagem.
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Tabela 02: Parâmetros de cálculo de argamassa de assentamento no Revit.
Fonte: Autor, 2019.
Obs: Na tabela as casas decimais estão separadas por ponto e não
por vírgula, porém é possível configurar para separar por vírgula.
Isto influi de cada projetista e a maneira como o mesmo prefere
trabalhar no sotware.
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É isso mesmo! O uso do Excel faz-se opcional pela parte do
profissional. E caso você não deseja abrir mão do Excel, tudo bem.
É só você exportar a tabela para o Excel com todos os parâmetros
calculados, como ilustram a Figura 06 e Tabela 03, porém devo-lhe
informar que você só perderá tempo precioso, pois o software BIM
calcula automaticamente praticamente tudo e lhe dá uma
estimativa muito precisa do que você irá gastar antes mesmo de a
obra iniciar.
ENTÃO QUER DIZER QUE
NÃO PRECISO MAIS
USAR O EXCEL PARA
QUANTIFICAR MEUS
ORÇAMENTOS?
APROVEITE O QUE A 
TECNOLOGIA TEM A 
LHE OFERECER!
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Figura 06: Exportação de parâmetros da tabela para o Excel.
Fonte: Autor, 2019.
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Tabela 03: Parâmetros exportados visualizados no Excel.
Fonte: Autor, 2019.
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Com a utilização do BIM pode-se prever uma economia de até mais
de 15% no empreendimento. Isto se dá pela não necessidade de
retrabalho e não adição de aditivos no decorrer da obra, pois a
interação entre profissionais de diferentes áreas da engenharia na
compatibilização das disciplinas elimina todos os possíveis erros já
na fase de projetos.
Abaixo segue o link da reportagem do G1 onde isso é explicado mais 
detalhadamente:
http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/v/e-
tech-nova-tecnologia-torna-obras-mais-baratas-e-
rapidas/7654825/?fbclid=IwAR0Y4QK8XEBNLph6078Auq58xUZdIO5
RiTBhtMFu-iXNWwINhEHalNlCPLY
E você pode ter certeza meu amigo, que não há nada que uma
empresa ou chefe goste mais do que um profissional que o faça
economizar dinheiro! Aquele que nos próximos anos dominar as
ferramentas do BIM, será com certeza o profissional que se
destacará no mercado, e também o mais bem remunerado.
http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/v/e-tech-nova-tecnologia-torna-obras-mais-baratas-e-rapidas/7654825/?fbclid=IwAR0Y4QK8XEBNLph6078Auq58xUZdIO5RiTBhtMFu-iXNWwINhEHalNlCPLY
35
ESTRUTURAL
A disciplina estrutural
do empreendimento foi modelada também no
software Revit da Autodesk, portanto, não foi calculada, mas sim
apenas modelada empiricamente para fins ilustrativos, sendo que o
Revit não é um software de cálculo estrutural. Alguns exemplos de
softwares da plataforma BIM utilizados para cálculo estrutural que
são compatíveis com o Revit e que podem ser utilizados para
calcular estruturas são CAD/TQS, Eberick da AltoQI e Robot da
Autodesk.
Então vamos conferir as vantagens das ferramentas do BIM
utilizadas na disciplina estrutural, e como você pode usá-las ao seu
favor. Vamos lá!
“Ajuda o teu semelhante a levantar a carga, mas não a levá-la”.
- Pitágoras
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A estrutura modelada no software pode ser evidenciada na Figura
07.
Figura 07: Modelo estrutural do empreendimento.
Fonte: Autor, 2019.
Bem, agora vamos analisar alguns
dos parâmetros fornecidos pelo
software para esta disciplina. Vem
comigo!
Como aprender a projetar: guia definitivo de 
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Vamos olhar para a estrutura mais de perto na Figura 08.
Figura 08: Detalhe da armadura na estrutura.
Fonte: Autor, 2019.
Perceba que com apenas um clique nos elementos de coluna e viga
é possível evidenciar as armaduras contidas nos mesmos. Também
é possível configurar a visualização gráfica de modo que a
armadura fique sobreposta nos elementos, como ilustra a Figura
09. Neste momento você deve estar se perguntando: Nossa,
quantas horas deve levar para modelar toda essa armadura nos
elementos? Bem... Eu, particularmente, demorei aproximadamente
10min, e uma pessoa com conhecimento básico de Revit pode levar
entre 30min-45min, aproximadamente. É muito mais fácil do que
parece, e pode ser feito com apenas alguns cliques.
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Figura 09: Sobreposição das armaduras nos elementos estruturais.
Fonte: Autor, 2019.
Depois de se adquirir uma certa destreza com o software, ele se
torna intuitivo, e você perceberá que muitas vezes irá conseguir
solucionar eventuais problemas dentro do software sozinho sem
ajuda de terceiros.
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Referente as tabelas de quantitativos para os elementos
estruturais do empreendimento, as mais importantes para a
execução são as tabelas de volume de concreto e as de vergalhões,
como ilustram as Figuras 10 e 11.
Os vergalhões podem ser analisados todos em uma única tabela
para ter-se as quantidades e as metragens das barras como
também separadamente, onde são mais detalhados e apresentam o
custo final, como por exemplo o vergalhão de 5mm (ver Figura 12).
Na Figura 11 assim como para barra de 5mm tem-se o quantitativo
para todos os diâmetros de barras utilizados no projeto. Desta
maneira é possível saber, após a modelagem, a quantidade exata
de barras que serão utilizadas, seus tamanhos, peso total e custo
final.
Vamos as tabelas 
de quantitativos?
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Figura 10: Quantitativo do volume de concreto para os elementos estruturais.
Fonte: Autor, 2019.
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Figura 11: Tabela de vergalhões.
Fonte: Autor, 2019.
Note a praticidade de visualização e seleção através da Figura 13 a
seguir. Veja que ao clicar na tabela, a barra é automaticamente
sobreposta em cor verde no modelo 3D, além de abrir uma caixa de
rolagem com opções para troca de diâmetros de barras. Isto
possibilita que você faça uma mudança rapidamente através da
tabela e saiba onde a mudança esta sendo feita no desenho, sem
ter que modificar diretamente no desenho.
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Figura 12: Tabela de vergalhão 5mm.
Fonte: Autor, 2019.
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Figura 13: Seleção de vergalhão através da tabela.
Fonte: Autor, 2019.
Referente à Figura 10 você deve estar pensando, mas Rafael é fácil
de quantificar a metragem cúbica de concreto de um
empreendimento deste porte sem precisar de um software.
Concordo com você, é mais fácil por se tratar de uma laje maciça e
elementos não curvos, porém e quando se tratar de um projeto
mais complexo onde as geometrias nem sempre são planas e sim
curvas?
Como aprender a projetar: guia definitivo de 
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Figura 14: Exemplo de estrutura visualizada no Revit.
Fonte: Autor, 2019.
Vejamos este exemplo de um outro projeto estrutural que fiz em
uma empresa em que trabalhei (Figura 14), onde o piso estrutural é
em laje nervurada, a qual é construída com a utilização de cubetas.
Como aprender a projetar: guia definitivo de 
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45
Este tipo de cubeta utilizada em lajes nervuradas possui uma
geometria curva e complexa de ser calculada sem auxílio de
software. Para calcular o volume total da laje sem auxílio de
software o projetista além de engenheiro teria que ser um bom
matemático, pois teria de fazer uso de equações diferenciais para
descobrir o volume de uma cubeta, além de ter de contabilizar
todas as cubetas necessárias para a laje e depois multiplicar pelo
volume de uma única cubeta e descontar do volume total da laje
maciça, para ainda assim ter-se um valor estimado de m³ de
concreto por m² de laje. Que trabalhão ein? Mas não se preocupe,
se você é inteligente e sabe que tempo vale dinheiro, tenho certeza
que você já está se habituando com as ferramentas BIM e poderá
extrair esse volume no valor exato dos softwares da plataforma.
A Figura 15 ilustra o formato de uma laje nervurada feita no Revit
vista debaixo para cima com a forma geométrica das cubetas
impressas no concreto.
Na Figura 15 o modelo está sendo visualizado no Autodesk A360,
que é um aplicativo gratuito que pode ser instalado em qualquer
computador ou dispositivos móveis como celulares, tablets, etc.
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46
Figura 15: Detalhes da laje nervurada pvto G2 visualizada no A360.
Fonte: Autor, 2019.
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47
Figura 16: Parâmetros da laje nervurada visualizados no A360.
Fonte: Autor, 2019.
Na Figura 16 pode-se evidenciar os parâmetros do elemento
estrutural laje nervurada incluindo o volume total de concreto.
48
ELÉTRICO
Vamos entrar nesta disciplina que abrange muitas outras áreas
além da construção civil, porém que é essencial para a mesma.
Venha descobrir como o princípio de indução eletromagnética de
Michael Faraday e a corrente alternada de Nikola Tesla se unem
nos softwares do sistema BIM para criar uma imbatível ferramenta!
O projeto de instalações elétricas foi todo modelado no software
Revit, e nele você verá as vantagens de se elaborar um projeto
elétrico na plataforma BIM, desde tabela de quantitativos precisas a
tabelas de cargas, iluminação, TUG’s e TUE’s.
“Se você quiser descobrir os segredos do Universo pense em
termos de energia, frequência e vibração”
- Nikola Tesla
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49
Ao delimitar-se os ambientes, função que pode ser feita com um
clique, veja que automaticamente o software fornece a área e o
perímetro de cada ambiente (Figura 17).
Figura 17: Delimitação de ambiente no Revit.
Fonte: Autor, 2019.
Note que na barra de propriedades (Figura 18) é possível incluir a
distância máxima
entre tomadas seguindo os padrões da NBR 5410,
e veja que ao inserir o valor as quantidades de tomadas são
calculadas automaticamente pelo software para todos os cômodos
delimitados.
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50
Figura 18: Cálculo automático dos pontos de tomada.
Fonte: Autor, 2019.
Ao passo que os pontos são calculados, os valores são transferidos
automaticamente para a planta de elétrica (Figura 19). A Figura 20
ilustra (circulado em vermelho) os parâmetros escolhidos para
este template elétrico básico. Porém note as dezenas de outros
parâmetros que podem ser inclusos (Figura 20 - circulado em
roxo), sem contar os parâmetros calculados que podem ser
adicionados (Figura 20 - circulado em amarelo). Nestes parâmetros
calculados é possível criar-se novas colunas e adicionar fórmulas
para calcular absolutamente tudo o que você deseja, assim como
no software Excel.
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51
Figura 19: Visualização dos valores calculados na planta.
Fonte: Autor, 2019.
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Figura 20: Parâmetros do projeto elétrico no Revit.
Fonte: Autor, 2019.
A Figura 21 indica a planta baixa elétrica com os pontos de
iluminação, TUG’s (tomadas de uso geral) e TUE’s (tomadas de uso
específico) criados. Note na Figura 22 que ao selecionar o circuito
no navegador do sistema, os pontos que estão inclusos naquele
circuito ficam visíveis na planta e é mostrado o circuito (linha
tracejada verde). Na Figura 23 está ilustrado o quadro de circuitos
que é fornecido automaticamente pelo software após a colocação
dos pontos de iluminação, TUG’s e TUE’s. Você só precisa nomear
manualmente os circuitos de acordo com cada cômodo na coluna
Descrição. Para o projeto foi definido um circuito trifásico, para fins
didáticos, de modo a demonstrar a separação de potência em fases
como veremos adiante (Figura 24).
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53
Figura 21: Pontos de iluminação, TUG’s e TUE’s.
Fonte: Autor, 2019.
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54
Figura 22: Separação de circuitos.
Fonte: Autor, 2019.
Veja que a distribuição de potência nas fases está desbalanceada,
com um erro de aproximadamente 42% ((4900,00-
2847,00)/4900,00)) (Ver Figura 23). Porém basta um clique no ícone
rebalancear cargas (ver Figura 24) que o software faz a
redistribuição automática de potência dos circuitos de modo que as
cargas fiquem balanceadas, resultando neste caso em um erro de
aproximadamente 3,8%, estando abaixo do erro máximo permitido
segundo a norma (5%).
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55
Figura 23: Quadro de circuitos Revit.
Fonte: Autor, 2019.
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Figura 24: Balanceamento automático de cargas.
Fonte: Autor, 2019.
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Figura 25: Intalação elétrica no Revit vistas 3D.
Fonte: Autor, 2019.
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Figura 26: Intalação elétrica no Revit detalhes 3D e cortes.
Fonte: Autor, 2019.
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Figura 27: Diagrama unifilar em planta no Revit (vista comum/vista em 
cores consistentes..
Fonte: Autor, 2019.
60
HIDROSSANITÁRIO
O projeto de instalações hidrossanitárias foi modelo e totalmente
concluído no software Revit. Nele você verá como as disciplinas
estrutural e arquitetônico são importadas para a template de
instalações hidrossanitárias para que o projeto possa ser modelo
em cima destas disciplinas, visando a eliminação prévia de
interferências.
Você também irá conferir todas as tabelas de quantitativos precisas
para esta disciplina e analisar as vistas e cortes detalhados do
empreendimento.
“Não há filosofia que não seja fundada sobre o conhecimento dos
fenômenos, mas para obter qualquer benefício a partir deste
conhecimento, é absolutamente necessário ser um matemático”
- Daniel Bernoulli
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61
Antes de iniciar-se o projeto de instalações hidrossanitárias, é
necessário vincular os projetos arquitetônico e estrutural ao seu
template hidrossanitário. Deste modo você pode modelar os itens
referentes ao projeto hidrossanitário sabendo onde estão as
colunas, vigas, paredes, janelas, etc.
Figura 28: Disciplinas estrutural e arquitetônica vinculadas ao projeto.
Fonte: Autor, 2019.
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O engenheiro de instalações que fará o projeto de instalações
hidrossanitária recebe os projetos estrutural e arquitetônico de
outros profissionais e os vincula no Revit. Deste modo ele terá uma
visão geral de onde poderá ou não passar com os elementos da
instalação. Isto diminui drasticamente ou exclui a chance de haver
alguma interferência entre as disciplinas. Incrível, não é?
Figura 29: Vista 3D do projeto de instalações hidrossanitárias.
Fonte: Autor, 2019.
A Figura 29 ilustra o projeto de instalações hidrossanitárias pronto
visualizado em 3D.
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Figura 30: Detalhes hidrossanitário 3D.
Fonte: Autor, 2019.
Note o nível de detalhamento na Figura 30, alternando entre opções
gráficas realistas e cores consistentes.
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64
Figura 31: Inclinações e cotas no plano isométrico.
Fonte: Autor, 2019.
A Figura 31 indica as inclinações das tubulações e cotas no 3D. Isso
pode facilitar bastante a visualização na hora da construção em
obra.
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65
E AGORA QUE TAL DARMOS UMA
OLHADA NAS TABELAS DE
QUANTITATIVOS?
Figura 32: Tabela quantitativos hidráulica parte I.
Fonte: Autor, 2019.
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Figura 33: Tabela quantitativos hidráulica parte II.
Fonte: Autor, 2019.
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67
As tabelas de quantitativos das Figuras 32 e 33, são tabelas
simples de serem criadas. Além delas, podem ser adicionados
vários outros parâmetros, até mesmo parâmetros calculados para
ajudar no dimensionamento das tubulações. Porém essas tabelas
já são de grande valia. Imagine em um empreendimento maior,
como uma edificação de vários pavimentos. Imagine você ter um
quantitativo preciso de tudo o que você vai utilizar para a
construção. Isso já ajudaria bastante na elaboração de um
orçamento mais preciso, concorda?
Figura 34: Tubulações vinculadas aos projetos estrutural e arquitetônico 
vistas debaixo da fundação do terreno.
Fonte: Autor, 2019.
68
GESTÃO DO TEMPO E PLANEJAMENTO
O planejamento de uma obra, que também pode ser denominado
BIM 4D, nada mais é que a elaboração de um cronograma de modo
a prever e estimar os prazos de duração para cada atividade que
constituirá o empreendimento podendo assim ter uma estimativa da
duração total, e organizar essas atividades de modo a economizar
dinheiro e recursos, ou aplicar os recursos da melhor forma com
intuito de diminuir prazos.
A linguagem
utilizada pelos softwares de planejamento, assim
como no software aqui utilizado, que é o MS project da Microsoft, é
a PERT/CPM. O método PERT - Program Evalution and Review
Technique foi desenvolvido pela empresa Booz, Allen & Hamilton
para a força aérea e marinha americana na década de 1960 devido a
corrida armamentista. Já o método CPM - Critical Path Method, foi
desenvolvido na mesma época pelas empresas UNIVAC e Dupont
para o programa aeroespacial da NASA. Ambos os métodos foram
desenvolvidos para gestão de projetos, com o intuito de distribuir
melhor as atividades e recursos humanos que constituem o projeto
prevendo assim um tempo de execução mais assertivo referente ao
capital investido.
69
Se as atividades de um projeto fossem realizadas todas umas após
as outras bastaria somá-las para estimar-se a duração, mas como
na maioria das vezes elas acontecem em paralelo, tem-se a
necessidade de criar um modelo matemático para poder prever-se
os prazos, e foi dessa necessidade que surgiu o PERT/CPM.
“Falta de tempo é desculpa daqueles que perdem tempo por falta de
métodos”
- Albert Einstein
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70
Para o exemplo de empreendimento em questão foi elaborada uma
pequena EAP no MS Project, que pode ser evidenciada na Figura 35.
Figura 35: EAP desenvolvida no MS Project.
Fonte: Autor, 2019.
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71
No MS Project basta escrever o nome da atividade e colocar o seu
tempo de duração e definir sua predecessora (atividade que a
antecede) que o programa calcula os prazos e lhe dá a estimativa
de término automaticamente. As durações individuais das
atividades foram estimadas empiricamente para fins didáticos,
portanto não se atente rigorosamente se os prazos não estiverem
de acordo com o que você está habituado.
No software você pode fazer praticamente qualquer coisa que você
imagina referente à prazos. É possível programar atividades para
começar juntas umas com as outras, pode-se programá-las para
começar uma depois da outra com um intervalo de tempo de dias,
horas, etc., pode-se agendar no calendário um dia em que você
quer que aquela atividade comece ou termine, ou seja, dá pra fazer
praticamente tudo que você deseja para controlar seu cronograma
de obra. Vale ressaltar que um engenheiro orçamentista que tem
uma boa experiência com prazos de obras e que sabe utilizar bem
as ferramentas do software é um dos profissionais mais bem
remunerados atualmente.
No software há centenas de ferramentas e gráficos para controle e
auxílio de prazos, porém um dos mais utilizados é o Gantt de
controle que pode ser evidenciado na Figura 36.
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72
Figura 36: Gantt de controle no MS Project.
Fonte: Autor, 2019.
Veja que o software disponibiliza as tarefas do caminho crítico
(barras em vermelho), que são as tarefas que afetam diretamente
na duração da obra.
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73
Veja alguns exemplos de programação de prazos do cronograma
na Figura 37. Nas sapatas (2II+2dias) significa que a construção das
sapatas iniciará 2 dias após o início da escavação, que é sua
predecessora. Já as vigas baldrames (4TI+1dia) foram definidas que
iniciarão 1 dias após o término das sapatas como exemplo.
Percebam que o Gantt de controle modifica automaticamente
conforme são modificados os prazos do projeto.
Figura 37: Tarefas e suas precedentes e sucessoras.
Fonte: Autor, 2019.
O software também disponibiliza uma planilha de recursos (Figura
38), onde nela podem ser inseridos os custos de materiais e de
serviços que podem ser unidos com as atividades para ter-se
maior controle sobre quanto será gasto em determinado período
que deseja-se analisar. Resumindo, o software oferece uma curva
S de todo o planejamento.
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74
Figura 38: Planilha de recursos no MS Project.
Fonte: Autor, 2019.
CAPÍTULO 03:
COMPATIBILIZAÇÃO
DO PROJETO E
ANÁLISE DE
INTERFERÊNCIAS
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76
COMPATIBILIZAÇÃO
Pois bem, chegou o tão esperado momento em que você vai
realmente esclarecer toda e qualquer dúvida em relação ao BIM.
Diferente de muitos conceitos teóricos maçantes que talvez você
esteja habituado, neste capítulo você entenderá de uma maneira
simples e intuitiva como o BIM funciona na prática.
Vamos importar todas as disciplinas criadas no Revit para o
Navisworks e fazer todos os tipos de análises necessárias. Iremos
visualizar como as disciplinas conversam entre si no software.
Também iremos analisar as interferências entre disciplinas fazendo
uso da ferramenta Clash Detective. Também iremos analisar os
relatórios de colisões gerados automaticamente pelo Navisworks
com todos os dados dos elementos, e além disso, iremos conferir
como consertar as interferências de maneira rápida e fácil com
uma linkagem entre os softwares.
Se eu tentar te dar a introdução de tudo que vamos fazer neste
capítulo e o quão incrível vai ser eu vou precisar de mais de dez
páginas para fazer isso. Portanto vamos logo conferir como uma
compatibilização de projetos funciona na prática e como os
profissionais podem conversar entre si para resolver eventuais
problemas.
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77
Figura 38: Interface do Navisworks.
Fonte: Autor, 2019.
Na Figura 38 é apresentada a interface do Navisworks junto com a
primeira disciplina adicionada para a análise, que é a estrutural.
Após exportar o arquivo do Revit para o Navisworks, o primeiro
passo é linkar os dois arquivos. Deste modo quando for necessário
ser feita alguma mudança na modelagem do Revit, não será
necessário salvar e exportar ao Navisworks novamente. Após os
arquivos linkados pode-se utilizar a ferramenta Refresh do
Navisworks e as mudanças são transferidas automataticamente.
Veja na Figura 39, onde os pilares internos foram apagados apenas
para exemplo.
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78
Figura 39: Revit linkado ao Navisworks.
Fonte: Autor, 2019.
Por ser um software de análise, o Navisworks oferece várias
ferramentas de visualização. Uma dessas ferramentas é o Walk,
que permite que você caminhe por dentro do projeto, deste modo
pode-se analisar a junção das disciplinas mais de perto. Veja na
Figura 40 como os elementos de hidráulica e elétrica estão
perfeitamente em seus devidos lugares, pelo fato de terem sido
modelados em cima das disciplinas de arquitetura e estrutural.
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79
Figura 40: Visualizando o projeto internamente no Navisworks.
Fonte: Autor, 2019.
Assim como no Revit, o Navisworks possui uma ferramenta de
caixa de corte que permite seccionar o projeto em qualquer vista a
qual se deseja analisar. Veja um exemplo na Figura 41. Além disso
também há uma ferramenta de medição que pode ser usada para
qualquer ponto do projeto (ver Figura 42).
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80
Figura 41: Ferramenta caixa de corte no Navisworks.
Fonte: Autor, 2019.
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81
Figura 42: Ferramenta de medição do Navisworks (comprimento; ângulo; 
área; perímetro).
Fonte: Autor, 2019.
O software também disponibiliza uma ferramenta na qual é
possível ocultar-se os elementos, como paredes,
estrutura, etc.,
para melhor analisar como as disciplinas interagem entre si, caso
desejado (Ver Figura 43).
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82
Figura 43: Ferramenta ocultar no Navisworks.
Fonte: Autor, 2019.
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83
Figura 44: Inserção de links nos elementos no software Navisworks.
Fonte: Autor, 2019.
Observe na Figura 44 que no Navisworks é possível a inserção de
links nos elementos. Você pode adicionar estes links para a pessoa
que for analisar posteriormente clicar no elemento e ser
direcionado para por exemplo um catálogo na web ou alguma
norma.
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84
ANÁLISE DE INTERFERÊNCIAS
Neste ponto iremos analisar algumas das funções da ferramenta
Clash Detective, que serve para análise de interferências entre as
disciplinas.
Veja nas Figuras 45 e 46 que é possível fazer-se a análise entre
quaisquer tipos de disciplinas ou elementos desejados.
Figura 45: Configurações na ferramenta Clash Detective para análises 
entre disciplinas.
Fonte: Autor, 2019.
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85
Neste exemplo escolhemos analisar os choques entre as
disciplinas de elétrica (selection A) e estrutural (selection B) (ver
Figura 45). Após configurar e rodar o teste, o software lhe entrega
todos os pontos onde há interferências entre as disciplinas
selecionadas. As Figuras 47 e 48 ilustram algumas dessas
interferências.
Figura 46: Configurações na ferramenta Clash Detective para análises 
entre elementos.
Fonte: Autor, 2019.
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Figura 47: Clash Detection elétrica para estrutura I (conduítes cruzando 
vigas).
Fonte: Autor, 2019.
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Figura 48: Clash Detection elétrica para estrutura II (conduíte x viga / 
caixa x pilar).
Fonte: Autor, 2019.
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88
Figura 49: Clash Detection elétrica para estrutura II.
Fonte: Autor, 2019.
As Figuras 47 e 48 ilustram 4 interferências, porém veja que o
software detectou 88 interferências a serem corrigidas.
No empreendimento de exemplo deste livro, as disciplinas foram
modeladas propositalmente de modo que ocorresse interferências,
para que ficasse explícito a eficiência do software em detectar
problemas. A seguir vamos analisar mais algumas interferências.
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89
Figura 50: Clash Detection hidráulica para estrutura I (tubulação esgoto x 
viga / tubulação água fria x viga).
Fonte: Autor, 2019.
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90
Figura 51: Clash Detection hidráulica para estrutura II (tubulação água 
fria x viga / tubulação água fria x viga).
Fonte: Autor, 2019.
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91
Figura 52: Clash Detection hidráulica para elétrica (joelho 90º x conduíte
/ tubulação água fria x conduíte).
Fonte: Autor, 2019.
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Figura 53: Clash Detection hidráulica para estrutura corrigindo.
Fonte: Autor, 2019.
Agora vamos analisar como resolver uma interferência. Tomemos
de exemplo a Figura 53. Após a interferência detectada no
Navisworks basta ir no Revit e modificar a modelagem para que
elimine a interferência. Após feita a alteração no Revit, basta
acionar a ferramenta Refresh do Navisworks e automaticamente a
interferência é eliminada da análise (Figura 55).
Figura 54: Corrigindo problema no Revit.
Fonte: Autor, 2019.
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93
Figura 55: Interferência entre tubulação e viga eliminada.
Fonte: Autor, 2019.
Outro recurso interessante do Navisworks é a possibilidade de
gerar relatórios das colisões. O software fornece alguns formatos
para geração de relatório e nesse exemplo vamos analisar o
formato HTML (Figura 56). Após salvar o arquivo, basta abrí-lo em
seu navegador de internet para que você possa analisar o relatório.
Note que é possível anotar comentários para a pessoa que será
encarregada de resolver o problema (Figura 57). E na Figura 58,
observe que o relatório entrega uma descrição detalhada dos
elementos em conflito e até indica a distância a ser movida para
que os elementos deixem de colidir, que neste caso é 8 centímetros
(Figura 58 destacado em vermelho).
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94
Figura 56: Gerando relatório em formato HTML das colisões.
Fonte: Autor, 2019.
Figura 57: Relatório de colisões HTML.
Fonte: Autor, 2019.
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95
Figura 58: Relatório de colisões HTML detalhe.
Fonte: Autor, 2019.
Fonte: Autor, 2019.
Figura 59: Relatório de colisões HTML detalhe II.
CAPÍTULO 04:
IMPORTANDO MS
PROJECT AO
NAVISWORKS
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97
TIMELINER
Aqui vamos começar a tarefa de importação da EAP construída no
software MS Project da Microsoft para o software Navisworks. É
possível fazer a importação de arquivos CSV (Excel), arquivos do
Project e Primavera, como indica a Figura 60.
Fonte: Autor, 2019.
Figura 60: Formato de arquivos para importar
para o Navisworks.
Logo adiante na Figura 61 analisamos a interface com o projeto e a
EAP já importada do MS Project para o Navisworks
Como aprender a projetar: guia definitivo de 
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98
Veja como a EAP é importada perfeitamente como no MS Project e
juntamente com o gráfico de Gantt (Figura 62).
Fonte: Autor, 2019.
Figura 61: Disciplinas importadas + EAP importada.
Figura 62: EAP + Gráfico de Gantt no Navisworks.
Fonte: Autor, 2019.
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99
Agora entra uma fase muito importante. De certa forma, nós
precisamos explicar para o Navisworks qual elemento do modelo é
correspondente a qual tarefa da EAP. Mas não se preocupe, pois
também é uma tarefa simples, assim como qualquer outra em
softwares da plataforma BIM, e só precisa de um pouco de
conhecimento no software. É possível selecionar cada elemento
individualmente e anexar a linha do tempo ou pode-se criar grupos
com elementos do mesmo gênero e atribuir à uma tarefa, como
ilustra a Figura 63 com as sapatas da fundação.
Figura 63: Anexando grupo de sapatas à tarefa sapatas no Navisworks.
Fonte: Autor, 2019.
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100
Após atribuir todos os elementos do empreendimento às tarefas
importadas do MS Project, já é possível fazer uma simulação da
construção. Veja como as etapas da construção vão sendo
visualizadas ao mesmo tempo em que as datas são mostradas.
Figura 64: Timeliner do Navisworks sapatas + vigas baldrame.
Fonte: Autor, 2019.
Figura 65: Timeliner do Navisworks fundação + pilar + vigas + alvenaria.
Fonte: Autor, 2019.
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101
Também é possível adicionar itens a serem visualizados no
Timeliner, como por exemplo a tarefa que
está sendo realizada e a
porcentagem de conclusão (Figura 66).
Figura 66: Timeliner Navisworks porcentagem de conclusão da alvenaria.
Fonte: Autor, 2019.
Após configurar a Timeliner é possível também exportá-la como um
arquivo de vídeo como indica a Figura 67. Você pode definir o
formato de vídeo desejado e também o tamanho, o que influência na
qualidade do vídeo.
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102
Figura 67: Exportação da Timeliner para formato Windows AVI.
Fonte: Autor, 2019.
Figura 68: Timeliner exportada visualizada em formato Windows AVI.
Fonte: Autor, 2019.
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103
Na ferramenta de colunas é possível adicionar mais colunas, como
por exemplo custo de material, custo de mão de obra e
equipamento para cada tarefa (Figura 69).
Figura 69: Adicionando colunas para custos.
Fonte: Autor, 2019.
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104
Com as novas colunas adicionadas é possível inserir os valores de
custos para materiais, mão de obra, etc. Após a inserção dos
valores de custos, os mesmos aparecem no Timeliner juntamente
com os outros itens, como contador de dias, porcentagem de
construção, tarefa que está sendo realizada, etc.
Figura 70: Novas colunas para custos adicionadas.
Fonte: Autor, 2019.
Vamos ver um exemplo utilizando os custos para material e mão de
obra, com valores fictícios (Figura 71). Também é possível alterar
manualmente a maneira de como se deseja visualizar os itens
(Figura 72).
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105
Figura 71: Valores de mão de obra e custo de material incluídos na EAP.
Fonte: Autor, 2019.
Figura 72: Configurando para mostrar custos de
materiais, mão de obra e custo total.
Fonte: Autor, 2019.
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106
Figura 73: Timeliner incluindo custos de mão de obra e materiais.
Fonte: Autor, 2019.
Figura 74: Timeliner incluindo custos de mão de obra e materiais AVI.
Fonte: Autor, 2019.
Aqui está o link do Youtube para visualização do vídeo completo:
https://www.youtube.com/watch?v=S0au7zjNlbo&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=S0au7zjNlbo&feature=youtu.be
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e arquitetos
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A Timeliner no Navisworks pode servir também como um auxílio à
curva S do empreendimento. Na Figura 75 temos um exemplo de
curva S de um empreendimento de médio padrão. O gráfico ilustra
os desembolsos mensais ao longo do período de construção. No
Navisworks, com os dados do gráfico e uma EAP bem elaborada no
MS Project, você além de acompanhar os custos mensais da
construção, também irá ver no modelo 3D as etapas da construção
durante todo o período da construção.
Figura 75: Curva S com desembolsos mensais de empreendimento de médio padrão.
Fonte: Autor, 2019.
Com uma EAP bem elaborada e a Timeliner 3D do empreendimento
no Navisworks você será implacável, pois irá apresentar para o seu
cliente ou empresa que lhe contratou um cronograma detalhado da
obra com todos os seus custos, e além disso irá mostrar um
modelo 3D que passará por todas as etapas da obra, indicando em
que estágio estará a construção em uma determinada data.
CAPÍTULO 05:
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Como aprender a projetar: guia definitivo de 
elaboração de projetos BIM para engenheiros 
e arquitetos
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Eu gostaria de parabenizar você que chegou até aqui e que agora
com certeza tem uma visão mais ampla de como a plataforma BIM
funciona no mundo real. Ao ouvir as frases “softwares de
engenharia” ou “plataforma BIM”, muitas vezes as pessoas ficam
assustadas e pensam ser algo complexo e de difícil acesso. Mas
atualmente com a constante evolução da tecnologia está cada vez
mais fácil compreender e ter acesso às informações antes
consideradas pouco acessíveis e complexas. Para o profissional da
área da construção civil que deseja se destacar no mercado de
trabalho, será imprescindível o conhecimento na plataforma BIM.
Apesar de o BIM não ser algo novo no mundo, no Brasil
relativamente ainda é, e está em fase de implantação. E como
qualquer coisa nova é comum que gere desconfiança e negação por
parte de profissionais que utilizam os mesmos métodos há anos.
Porém eu posso lhe afirmar que o BIM será o futuro da construção,
pois é uma ferramenta que veio para facilitar em todos os sentidos
a vida dos profissionais da área da construção e gerar mais
economia e precisão em todos os tipos de empreendimentos.
Portanto se você é um daqueles profissionais que não se conforma
com a mesmice, domine o BIM e veja sua carreira como
profissional decolar!
Como aprender a projetar: guia definitivo de 
elaboração de projetos BIM para engenheiros 
e arquitetos
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Rafael Ferreira da Silva
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