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DIREITO CIVIL V - CCJ0111 Caso Concreto 13 (X Exame OAB) Luzia sempre desconfiou que seu neto Ricardo, fruto do casamento do seu filho Antônio com e Josefa, não era filho biológico de Antônio, ante as características físicas por ele exibidas. Vindo Antonio a falecer, Luzia pretende ajuizar uma ação negatória de paternidade. A respeito do fato apresentado, responda aos seguintes itens. a. Tem Luzia legitimidade para propor a referida ação? Resposta: Luzia não possui legitimidade ativa ad causam para propor ação de contestação de paternidade de seu neto, tendo em vista a nítida disposição do artigo 1.601 do CC, quando aduz que cabe tão somente ao pai da criança dar início a tal contestação de paternidade, sendo inclusive direito imprescritível e ação personalíssima. b. Caso Antônio tivesse proposto a ação negatória e falecido no curso do processo, poderia Luzia prosseguir com a demanda? Qual o instituto processual aplicável ao caso? Resposta: Sim, a vista do exposto, e nos termos do parágrafo único do artigo 1.601 do CC, cabe aos herdeiros do impugnante, depois de iniciado a ação de contestação de paternidade, prosseguir com o feito. Caso concreto Luzia e Pedro são os pais da menor Isabela e encontram-se divorciados há cerca de um ano. Apesar do tempo transcorrido, o casal não consegue entendimento sobre o regime de convivência dos genitores com a filha, que se mantém residindo com a mãe e periodicamente, em horários estabelecidos exclusivamente pela genitora, recebe a visita do pai. Inconformado com a situação, principalmente porque sempre que visita a filha vê- se compelido a supervisão da genitora da menor que não deixa sozinhos em momento algum, Pedro promove uma ação de guarda compartilhada. Em repúdio a pretensão de Pedro, Luzia alega que a criança conta com pouca idade, apenas 3 anos, e que por isso depende excessivamente de seus cuidados e que se opõe por tais justificativas a fixação judicial da guarda compartilhada. Diante dos fatos narrados, e analisando a questão sob a perpectiva atualizada dos nossos tribunais, explique se procede a alegação de Luzia indicando os fundamentos legais. Resposta: Não assiste razão alguma a Luzia, visto ser direito inderrogável de o pai ter a possibilidade de ver a sua filha, de poder usufruir da guarda compartilhada, sendo que a separação, quer seja consensual ou não, quer judicial ou pelo divórcio não retira tampouco altera as relações entre pai e filho. Conforme os artigos 1.632, 1.584, 1.586, 1.588, 1.589 e 1.590 do Código Civil. Questão objetiva (MPAP 2012) Mauro e José contam, respectivamente, com dezoito e treze anos de idade. Paulo declara-se pai de Mauro e José neste ano de 2012 e pretende reconhecê-los como filhos, pois ambos seriam frutos de um relacionamento de oito anos que manteve com Ana, genitora de Mauro e José. Nesta hipótese, de acordo com o Código Civil, Paulo: a. não precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá impugnar o reconhecimento nos quatro anos que se seguirem à maioridade ou à emancipação. b. não precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá impugnar o reconhecimento nos dois anos que se seguirem à maioridade ou à emancipação. c. precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá impugnar o reconhecimento no prazo de até dois anos após à maioridade ou à emancipação. d. precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá impugnar o reconhecimento nos quatro anos que se seguirem à maioridade ou à emancipação. e. precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá impugnar o reconhecimento no prazo de até três anos após à maioridade ou à emancipação. Questão objetiva (TJPR 2013) No que concerne ao poder familiar, assinale a alternativa correta. a. O pai ou a mãe que estabelecer nova união estável, não perde, quanto aos filhos do relacionamento anterior, os direitos do poder familiar, exercendo- os sem qualquer interferência do novo companheiro. b. Os pais, quanto à pessoa dos filhos menores, podem recomendar, não porém exigir, que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios da sua idade e condição. c. Durante o casamento ou a união estável, aos pais compete o poder familiar; na falta ou impedimento de um deles, dará o juiz tutor ou curador, conforme o caso. d. Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto permanecem seus vínculos de dependência econômica.
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