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PENAL IV
Web 1
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas: 
Em datas e horários diversos, todavia no período compreendido entre meados do mês de fevereiro até o mês de maio do ano de 2014, RONALDO ESPERTO, prevalecendo-se da condição de perito, nomeado pelo juízo da Xª Vara civil da Comarca da Capital, com o fim de obter indevida vantagem econômica solicitou aos advogados de determinado processo, o pagamento de determinada quantia em dinheiro para fins de elaboração de laudo favorecendo o cliente destes, todavia as vítimas não concordaram em repassar qualquer montante a RONALDO ESPERTO. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às questões formuladas: 
a) RONALDO ESPERTO é considerado funcionário público para fins penais? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
R: Sim, pois de acordo com o art. 327 do CP “Considera-se funcionário público, para efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo ou função pública.”
b) Qual a correta tipificação de sua conduta? Ainda, responda se a mesma restou tentada ou consumada, haja vista as vítimas não terem concordado em repassar qualquer montante ao agente. 
A conduta de RONALDO deve ser tipificada como Corrupção Passiva, crime previsto no artigo 317 do Código Penal, que preceitua: “Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem
            A conduta do perito deve ser considerada CONSUMADA, não obstante o fato de as vítimas não terem concordado em repassar qualquer quantia ao agente, conforme as precisa lições do Professor Rogério Greco: “(...) o delito se consuma quando o agente efetivamente solicita, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem indevida, que, se vier a ser entregue, deverá ser considerada mero exaurimento do crime”. (GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: parte especial, volume III / Rogério Greco. – 13º. ed. Niterói, RJ: Impetus, 2016, p, 759)
Questão objetiva. 
Acerca dos crimes contra a Administração pública, assinale a resposta correta. 
a) O crime de denunciação caluniosa (art. 339 do CP), além de outros requisitos de configuração, exige que a imputação sabidamente falsa recaia sobre vítima determinada, ou, ao menos, determinável. 
CORRETA: “Se não houver uma pessoa determinada, o fato poderá subsumir à hipótese constante do art. 340 do Código Penal, que prevê o delito de comunicação falsa de crime ou de contravenção”. (GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: parte especial, volume III / Rogério Greco. – 13º. ed. Niterói, RJ: Impetus, 2016, p, 759) (Grifo nosso)
b) Para a configuração do crime de peculato-furto (art. 312, § 1°, CP) é suficiente que o sujeito ativo,funcionário público, subtraia um bem móvel particular que esteja sob a guarda da Administração pública. 
ERRADA: No peculato-furto, é necessário que o agente se valha da facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. Sem essa condição, a subtração de bem móvel particular que esteja sob a guarda da Administração Pública, mesmo tendo sido a conduta praticada por funcionário público, se adequa ao tipo previsto no artigo 155 do CP.
c) Considera-se funcionário público, para efeitos penais, quem exerce múnus público, assim entendido o ônus ou encargo para com o poder público, como no caso do curador. 
ERRADA: “O exercício de uma função pública, ou seja, aquela inerente aos serviços prestados pela Administração Pública, não pode ser confundido com múnus público, entendido como encargo ou ônus conferido pela lei e imposto pelo Estado em determinadas situações, a exemplo do que ocorre com os tutores, CURADORES etc”. (GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: parte especial, volume III / Rogério Greco. – 13º. ed. Niterói, RJ: Impetus, 2016, p, 703) (grifo nosso)
d) Nos crimes de inserção de dados falsos em sistemas de informações (art. 313-A do CP) e modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (art. 313-B do CP) se exige que figure, como sujeito ativo da conduta, o funcionário público autorizado. 
ERRADA: Somente o artigo 313-A do CP exige que a conduta seja praticada por funcionário público autorizado, não existindo tal previsão no tipo previsto no artigo 313-B do mesmo diploma legal, bastando que a conduta seja praticada por funcionário público.
e) Ao contrário do que ocorre na extorsão, o crime de concussão é classificado como delito material, operando-se quando o agente aufere a vantagem indevida almejada.
ERRADA: O crime de concussão é classificado pela doutrina como CRIME FORMAL.
Web 2
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
CASO CONCRETO 
Túlio, Guarda Municipal, encontrava-se em serviço em frente a determinado prédio público, quando verificou que José iniciava uma pichação naquele prédio. Em razão disso, ordenou a Flaviano Bom de Tinta que parasse de imediato e entregasse o material que estava sendo utilizado na pichação. Ocorre que Flaviano Bom de Tinta, para garantir sua fuga, desferiu chutes na canela do funcionário e, de imediato, empreendeu fuga, não vindo a ser alcançado. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública, responda às questões formuladas: 
a) Diferencie as condutas de desacato, resistência e desobediência. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
R: Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela; No crime de desacato, o agente pratica a conduta de desacatar funcionário público, que deve ser entendida como faltar com o devido respeito, afrontar, menosprezar, desestimar, desprezar. 
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio; Art. CP Resistência já que naquela eventual ou ameaça perpetrada contra funcionário público, como vimos Flaviano ter dado chutes na canela do funcionário No crime de resistência, o agente opõe-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio.  
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:
Art 330, CP Desobediência ocorre quando o sujeito ativo da prática delitiva não atende a ordem legal emanada por funcionário público competente, através de um comando expresso àquele que tem o dever jurídico de obedecer. E no caso cima Flaviano não obedece a ordem do funcionario publico.
Já no crime de desobediência, o agente deixa de atender, não cumpre a ordem legal de funcionário público, ou deixa de fazer alguma coisa que a lei imponha, caracterizando uma resistência passiva, diferentemente do crime de resistência, no qual há o emprego de violência ou ameaça.
b) Qual a correta capitulação da conduta de Flaviano Bom de Tinta? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
FLAVIANO cometeu o crime de RESISTÊNCIA QUALIFICADA pelo fato do ato legal não foi executado, na forma do artigo 329, §1º, do Código Penal, que tipifica:  
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: 
Pena - detenção, de dois meses a dois anos. 
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa: 
Pena - reclusão, de um a três anos. 
  
Questão objetiva. 
Em relação aos crimes praticados por particulares e funcionários públicos contra a Administração Pública, analise as assertivas e assinale a alternativa correta: 
I ? Pode-se afirmar que o crime de prevaricação tipifica-se por retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. CORRETO - PREVARICAÇÃO - Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposiçãoexpressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:  Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
II ? O descumprimento, por autoridade administrativa, de sentença proferida em Mandado de Segurança, pode configurar, em tese, o crime de prevaricação. 
CORRETO 
III ? Para configuração do crime de corrupção passiva, na modalidade solicitar vantagem indevida, é necessário que a solicitação do funcionário seja correspondida pelo particular. 
ERRADO – Trata-se de crime formal, sendo a correspondência do particular à solicitação mero exaurimento da conduta. 
IV ? Se o funcionário deixa de praticar ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem, comete o delito de condescendência criminosa. 
ERRADO – CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA - Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. 
V ? No crime de concussão, como o particular é ameaçado, caso ceda à exigência do funcionário, não incorre em corrupção ativa. 
CORRETO 
a) Apenas as assertivas I, II e III são verdadeiras. 
b) Apenas as assertivas I, II e V são verdadeiras. 
c) Apenas as assertivas II, IV e V são verdadeiras. 
d) Apenas as assertivas II, III e IV são verdadeiras. 
e) Apenas as alternativas II, III e V são verdadeiras.
Web 3
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas: 
Caso concreto. 
ARNALDO, jovem de 17 anos, após praticar o crime de roubo de um veículo automotor, procura seu amigo LAURO e o solicita que mantenha o carro guardado em sua casa por um tempo. LAURO aceita a incumbência e age conforme o combinado, unicamente com a intenção de ajudar ARNALDO. Contudo, a autoria do roubo é descoberta, pois a Polícia Civil consegue recuperar o veículo que ainda estava com LAURO. Dos fatos, ARNALDO e LAURO são denunciados em processo-crime pelo delito de roubo, sendo LAURO, considerado partícipe do delito. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra o Patrimônio e Administração Pública, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: 
a) A capitulação da conduta de LAURO está correta? Responda de forma objetiva e fundamentada.
Não só a capitulação da conduta de LAURO como também a da conduta de ARNALDO estão incorretas. LAURO tinha unicamente a intenção de ajudar o autor do fato, sem ter concorrido, de nenhum modo, para a conduta anterior, infringindo, dessa forma, o artigo 349 do Código Penal. Já ARNALDO, tendo em vista que este tinha somente 17 anos de idade na data do fato, não pode responder pelo crime de roubo, tipo previsto no artigo 157 do Código Penal, e sim pelo cometimento de ato infracional, conforme disposto no artigo 103 c/c 104, ambos do Estatuto da Criança e do Adolescente.
 
b) O fato de ARNALDO ser inimputável possui alguma relevância para a conduta de LAURO? 
A inimputabilidade de ARNALDO não pode ter relevância para a conduta de LAURO no sentido de afastar a ocorrência do crime de favorecimento real. Tal fato, pelo contrário, gera maior reprovabilidade, uma vez que o que ele deveria ter feito era informar às autoridades policiais o ocorrido, e não ajudar o menor, o que pode ser considerado como um estímulo à prática de novos atos infracionais por parte de ARNALDO.
Questão objetiva. 
Xisto, Vereador de um determinado município do Estado de Sergipe, com o escopo de vingar-se do seu desafeto Tácito, também Vereador do mesmo município, faz uma denúncia escrita de crime eleitoral perante a Autoridade Policial contra Tácito, sabendo da inocência deste, apresentando-se como Moisés para não ser identificado. O Inquérito Policial é instaurado pela Autoridade Policial. Neste caso Xisto cometeu crime de 
a) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos, aumentada de um terço.
ERRADO: A majorante prevista no §1º do artigo 339 do CP prevê o aumento de UM SEXTO da pena, caso o agente se sirva do anonimato ou nome suposto para cometimento da referida infração penal. (Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente:   Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. § 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto.)
 
b) comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, aumentada de um terço.
ERRADO: Trata-se do crime de denunciação caluniosa, art. 339 do CP.
 
c) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos e multa, aumentada da sexta parte. 
CORRETO: Xisto imputou o cometimento de crime, que sabia ser falso, a Tácito, valendo-se, para isso, de nome suposto, incorrendo no tipo penal previsto no Art. 339 do CP, que preceitua: “Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente:   Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. § 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto.”.
d) comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, sem qualquer majoração. 
ERRADO: Trata-se do crime de denunciação caluniosa, art. 339 do CP.
e) denunciação caluniosa, com pena de 2 a 8 anos, sem qualquer majoração.
ERRADO: Conforme já demonstrado na letra (c), há a majoração de um sexto da pena, tendo em vista que Xisto se valeu de nome suposto.
Web 4
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas. 
Tentativa de roubo de tênis termina com morte de uma adolescente em SP 
O criminoso queria roubar o tênis do namorado da vítima. Gabriela dos Santos tinha 17 anos, chegou com vida ao hospital, mas não resistiu. 
Disponível em: http://g1.globo.com/hora1/noticia/2016/11/tentativa-de-roubo-de-tenis-termina-com-morte-de-uma-adolescente-em-sp.html (Atualizado em 16/11/2016 08h44) 
A polícia de São Paulo procura um motoqueiro suspeito de matar uma adolescente, na capital. Tudo aconteceu porque o criminoso queria roubar o tênis do namorado dela. O crime aconteceu por volta das 20h de segunda-feira (14). Uma câmera de segurança gravou a aproximação de uma moto preta, em baixa velocidade na avenida Arraias do Araguaia, em Sapopemba. A polícia suspeita que o rapaz que aparece nas imagens, de capacete preto e blusa vermelha, procurava uma vítima pelo bairro - e encontrou assim que entrou na travessa Alessandro Tassoni. Era um casal que saiu de uma padaria caminhando e foi parado quase na porta de casa. O namorado contou à polícia que o ladrão desceu da moto, apontou uma arma para o casal e exigiu que ele entregasse o tênis. Quando o rapaz se abaixou para tirar o calçado dos pés, o motoqueiro fez um disparo que atingiu a cabeça da namorada, que estava ao lado. O bandido fugiu sem levar nada. Os namorados tinham saído de casa só para trocar dinheiro e já estavam voltando quando foram abordados. O rapaz contou aos policiais que tudo foi muito rápido e quando ele pediu calma, o ladrão atirou. Gabriela dos Santos, de 17 anos, foi socorrida pelos parentes. Chegou com vida ao pronto socorro, mas algumas horas depois os médicos constataram a morte cerebral da adolescente. A vizinhança passou o dia tentando acalmar a família da jovem. Revoltados, os amigos e os parentes não quiseram falar sobre o crime. Até agora ninguém foi preso. A polícia disse que o suspeito aparenta ter menos de 20 anos e cerca de um 1,80m de altura. 
Com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécies e delitos hediondos, responda às questões formuladas: 
a) Qual a correta capitulação da conduta do motoqueiro? Ainda, o delito restoutentado ou consumado? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
 No caso em tela, o autor dos fatos incorreu no tipo previsto pela parte final do §3º, artigo 157, do Código Penal, figura típica conhecida como Latrocínio, roubo com resultado morte. Mesmo que o agente não tenha subtraído nenhum bem na vítima, o delito restou consumado, com fulcro na Súmula 610 do STF, que diz: “Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de bens da vítima.”.
b) Caso o motoqueiro venha a ser preso e posteriormente condenado pelo delito praticado, sendo no curso do processo-crime descoberto que o mesmo é reincidente, qual será o prazo mínimo de cumprimento de pena para a progressão de regimes? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
O Latrocínio, CP, art. 157, §3º, in fine, é considerado crime hediondo, nos termos do inciso II, art. 1º, da Lei 8.072/90, e, no caso de réu reincidente, o prazo mínimo de cumprimento da pena para fins de progressão de regime é de 3/5, conforme previsto §2º, art. 2º do mesmo diploma legal.
Questão objetiva 
A respeito do que dispõe a Constituição Federal de 1988 e a Lei n.º 8.072/1990, assinale a opção correta. 
a) O agente que pratica homicídio simples, consumado ou tentado, não comete crime hediondo. 
CORRETO: O homicídio simples não consta do rol de crimes hediondo previsto pela Lei nº 8.072/1990.
b) A prática de racismo constitui crime hediondo, inafiançável e imprescritível. 
ERRADO: O racismo não consta do rol de crimes hediondo previsto pela Lei nº 8.072/1990.
c) A tortura é crime inafiançável, imprescritível e insuscetível de graça ou anistia. 
ERRADO: O crime de tortura não é imprescritível.
d) O crime de lesão corporal dolosa de natureza gravíssima é hediondo quando praticado contra parente consanguíneo até o quarto grau de agente da segurança pública, em razão dessa condição. 
ERRADO: Só de parentes de até 3º grau dos agentes de segurança. Lei nº 8.072/90, art. 1º, inc. I-A: “lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição;” 
e) A lei penal e a processual penal retroagem para beneficiar o réu.
ERRADO: A lei processual penal não retroage, nem em benefício do réu, devido ao princípio do tempus regit actum.
Web 5
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
CASO CONCRETO 
Leia a situação hipotética abaixo e responda às questões formuladas: 
ROMOALDO, padrasto de L.T, de 11 anos de idade, foi denunciado pelos vizinhos por ter submetido a criança a intenso sofrimento físico e mental com o fim de castigá-la ao agredi-la por diversas vezes com a utilização de seu cinto, pois esta estava brincando na sala de sua casa no momento em que ROMOALDO assistia ao jogo final do campeonato estadual de futebol e o barulho da brincadeira atrapalhava sua concentração no jogo. Dos fatos, ROMOALDO restou denunciado pelo delito de maus -tratos, previsto no art.136,§1º, do Código Penal. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécie e crimes hediondos e equiparados, responda de forma objetiva e fundamentada se a capitulação da conduta de ROMOALDO está correta. 
A conduta de ROMOALDO não foi capitulada de forma correta. A vítima, que é criança, sofreu intenso sofrimento físico e mental, tendo o agente cometido o crime de TORTURA MAJORADA, tipo previsto pelo inciso II, artigo 1º, da Lei 9455/97 – Lei da Tortura -, c/c §4º, artigo 1º, do mesmo diploma legal.
            Sendo importante salientar que o crime de tortura é equiparado a crime hediondo, conforme previsto pelo art. 2º da Lei nº 8.072/90.
QUESTÃO OBJETIVA 
Crisóstomo, policial militar, e Elesbão, agente da Polícia Civil, agindo em comunhão de esforços e desígnios, buscando a confissão de um crime, provocaram intenso sofrimento físico a Nicanor. Posteriormente, Vitorino, delegado de polícia, ao saber do ocorr ido, mesmo possuindo atribuição investigativa, opta por não apurar o caso, visando a abafá-lo. Nesse contexto é correto afirmar que: 
a) todos praticaram crimes da Lei nº 9.455, contudo a conduta do delegado não é equiparada a crime hediondo. 
ERRADO: A conduta praticada pelo delegado é prevista pelo §2º, II, art. 1º, da Lei 9.455/97, portanto, é sim equiparada a crime hediondo.
b) o policial militar cometeu crime militar, equiparado a hediondo; o agente cometeu crime previsto na Lei n° 9.455, também equiparado a hediondo; e o delegado cometeu crime de prevaricação, não hediondo. 
ERRADO: O Código Penal Militar não prevê o crime de tortura.
c) O policial militar e o agente cometeram crime previsto na Lei n° 9.455, equiparado a hediondo; e o delegado cometeu crime de prevaricação, não hediondo. 
ERRADO: A conduta praticada pelo delegado é prevista pelo §2º, II, art. 1º, da Lei 9.455/97, portanto, é sim equiparada a crime hediondo.
d) todos praticaram crimes equiparados a hediondo, previstos na Lei n° 9.455. 
CORRETO: Art. 1º Constitui crime de tortura:  II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. Pena - reclusão, de dois a oito anos.  § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
e) o policial militar cometeu crime militar, não hediondo; o agente cometeu crime previsto na Lei n° 9.455, equiparado a hediondo; e o delegado cometeu crime de prevaricação, não hediondo.
ERRADO: Vide letras a,  b e c.
Web 6
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
CASO CONCRETO 
LEONARDO foi surpreendido por policiais militares, na noite de sábado, 11 de janeiro de 2014, às 00h30min, próximo a um bar localizado na Asa Norte de Brasília, trazendo consigo uma porção de cocaína totalizando massa líquida de 26,45g. No carro em que ele estava foi encontrada a droga em um saco plástico e dinheiro. Dos fatos restou denunciado e condenado pelo delito de tráfico de drogas, previsto no art.33, caput, da Lei n.11343/2006. Em sede de apelação criminal suscitou sucessivamente: (i) atipicidade material da conduta pelo princípio da insignificância; (ii) desclassificação para o delito de porte de drogas para uso. 
Ante o exposto, sendo certo que no momento da abordagem, seus atos não poderiam qualificar sua conduta como sendo a de vendedor de drogas, analise a possibilidade de aplicação das teses defensivas. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
A jurisprudência é majoritária pela não aplicação do princípio da insignificância ao crimes insculpidos na Lei de Drogas, tendo o agente incorrido, analisando-se as circunstâncias do caso, no tipo previsto no art. 28 da Lei nº 11.343/2006, que preceitua:
“Art. 28.  Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.”.
QUESTÃO OBJETIVA 
Se determinada pessoa, maior e capaz, estiver portando certa quantidade de droga para consumo pessoal e for abordada por um agente de polícia, ela 
a) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for reincidente por este mesmo fato. 
ERRADO: Não se aplica, em nenhuma hipótese, a pena restritiva de liberdade ao crime do art. 28 da Lei de Drogas.
b) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for condenada a prestar serviços à comunidade e, injustificadamente, recusar a cumprir a referida medida educativa. 
ERRADO: Idem letra(a).
c) estará sujeita à pena, imprescritível, de comparecimento a programa ou curso educativo. 
ERRADO: CP, Art. 30.  Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal.
d) poderá ser submetida à pena de advertência sobre os efeitos da droga, de prestação de serviço à comunidade ou de medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
CORRETO: Art. 28.  Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
e) deverá ser presa em flagrante pela autoridade policial.
ERRADO: CP, ART. 48, § 2o  Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários.
Web 7
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
CASO CONCRETO 
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões formuladas: 
Astolfo, nascido em 15 de março de 1940, sem qualquer envolvimento pretérito com o aparato judicial, no dia 22 de março de 2014, estava em sua casa, um barraco na comunidade conhecida como Favela da Zebra, localizada em Goiânia/GO, quando foi visitado pelo chefe do tráfico da comunidade, conhecido pelo vulgo de Russo. Russo, que estava armado, exigiu que Astolfo transportasse 50 g de cocaína para outro traficante, que o aguardaria em um Posto de Gasolina, sob pena de Astolfo ser expulso de sua residência e não mais poder morar na Favela da Zebra. Astolfo, então, se viu obrigado a aceitar a determinação, mas quando estava em seu automóvel, na direção do Posto de Gasolina, foi abordado por policiais militares, sendo a droga encontrada e apreendida. Astolfo foi denunciado perante o juízo competente pela prática do crime previsto no Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06. Em que pese tenha sido preso em flagrante, foi concedida liberdade provisória ao agente, respondendo ele ao processo em liberdade. Astolfo, em suas alegações finais, confirmou que fazia o transporte da droga, mas alegou que somente agiu dessa forma porque foi obrigado pelo chefe do tráfico local a adotar tal conduta, ainda destacando que residia há mais de 50 anos na comunidade da Favela da Zebra e que, se fosse de lá expulso, não teria outro lugar para morar, pois sequer possuía familiares e amigos fora do local.
(XX Exame OAB Unificado. PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL Aplicada em 18/09/2016. MODIFICADA). 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos previstos na Lei n.11343/2006, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: 
a) A partir da premissa de que Astolfo é primário e não possui antecedentes, apresente as possíveis teses defensivas. 
Exclusão de culpabilidade, coação moral irresistível, desclassificação para trafico privilegiado, substituição por pena restritiva de direito
b) À conduta de Astolfo aplicam-se os institutos repressores da lei de crimes hediondos? 
Caso o magistrado opte pela condenação e o condene por trafico privilegiado, não devera aplicar os institutos repressores da lei de crimes hediondos.
c) Uma vez condenado, será possível a substituição de pena privativa de liberdade? 
Depende, Caso condenado, caberá substituição se for preenchidos os requisitos do art.44,CP não haverá impedimento para o beneficio.
QUESTÃO OBJETIVA 
Jeremias integra de forma estável e permanente a estrutura da facção criminosa instalada em determinada comunidade, exercendo dupla função: é responsável por manter droga em depósito para revenda e, em outras oportunidades, serve como “fogueteiro”, em razão do que aciona fogos de artifício toda vez que percebe a ação de policiais ou de grupos rivais naquela localidade, a fim de alertar os demais integrantes de sua facção. Nesse contexto, é correto afirmar que Jeremias pratica o(s) crime(s) previsto(s) no(s)artigo(s): 
a) 33, da Lei n° 11.343. de 2006. 
b) 33. 35 e 37, da Lei n° 11.343. de 2006 
c) 33 e 35, da Lei n° 11.343. de 2006. 
d) 33 e 37, da Lei n° 11.343. de 2006. 
e) 35, da Lei n° 11.343. de 2006
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 APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
CASO CONCRETO 
Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas. 
Membro de organização criminosa é condenado a 16 anos de prisão no CE. 
Acusado foi preso com maconha, crack e uma escopeta calibre 12. 
Justiça negou habeas corpus a outro membro de uma quadrilha. 
Disponível em: http://g1.globo.com/ceara/noticia/2016/12/membro-de-organizacao-criminosa-e-condenado-16-anos-de-prisao-no-ce.html (atualizado em 15/12/2016) 
A Justiça condenou a 16 anos de prisão um dos integrantes de uma organização criminosa preso com drogas e uma escopeta em Fortaleza. O acusado foi condenado pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse ilegal de arma de fogo. O juiz Ernani Pires Paula Pessoa Júnior, titular da 1ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas de Fortaleza, estabeleceu o cumprimento da sentença inicialmente em regime fechado. O magistrado negou ainda o direito de recorrer em liberdade. “A gravidade dos crimes imputados ao réu e a quantidade dos entorpecentes apreendidos, de patente nocividade à saúde pública, justificam a segregação antecipada do mesmo, a fim de evitar novos atentados à ordem pública e a aplicação da lei penal, em caso de confirmação desta condenação”, destacou o juiz. Segundo os autos do processo, Mayandreson Araújo Albuquerque foi preso em flagrante no dia 18 de abril de 2016 no Bairro Granja Lisboa. Policiais militares notaram uma movimentação suspeita em frente a uma residência e abordaram o réu. Com ele foi apreendido 116.650 gramas de maconha, 910 gramas de crack, uma escopeta calibre 12, munição e uma balança digital. Em depoimento, o acusado confessou ser responsável por receber, guardar e distribuir no Ceará os entorpecentes que eram trazidos do estado da Paraíba. Habeas corpus negado: A Justiça do Ceará também negou habeas corpus para Marcos Aurélio de Sousa, acusado de corrupção de menores, posse de arma de fogo, tráfico de entorpecentes, associação ao tráfico. Ele é apontado pela polícia com integrante de uma outra organização criminosa com atuação no Ceará e em outros estados brasileiros. O acusado foi preso junto com outros 31 suspeitos em um sítio localizado no parque Tijuca, em Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza. No momento da operação, ele estava em uma moto à frente da residência. A prisão foi realizada por policiais civis que estavam investigando, há vários meses, a existência e atuação da organização criminosa no Ceará. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões: 
a) Diferencie as condutas de organização criminosa, associação criminosa e associação criminosa para fins de tráfico de drogas. 
Diferenças entre Associação e Organização Criminosa
Associações Criminosas
Por todo o catálogo do direito comparado, uma das figuras que hoje mais preocupam e inquietam acadêmicos, legisladores e operadores do campo criminal é, certamente, aquela da associação criminosa.
Duas Modalidades de Associação Criminosa
Nosso ordenamento cuidou de tipificar nada menos que duas modalidades diferenciadas e mais importantes de tratamento legal para essa conduta.
1ª-Associação Criminosa para o Tráfico de Drogas - Uma delas está voltada para crimes de traficância de drogas ou práticas assemelhadas, encontrando-se disposta no âmbito da Lei no 11.343/2006.
2ª- Associação Criminosa Genérica- A segunda está voltada para a prática genérica de crimes de outra natureza, inserindo-se, portanto,no âmbito mais amplo do Código Penal.
Da Organização Criminosa
Com a entrada em vigor da Lei 12.850/2013 temos que há uma diferença conceitual e prática entre a chamada “Organização Criminosa” e a “Associação Criminosa”.
Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.(§ 1º, do art. 1º, da Lei 12.850/2013)
Por seu turno, o art. 288 do CP (alterado pela Lei 12.850/2013, art. 24) trata do tipo penal da “Associação Criminosa”, onde o mínimo para a sua configuração é de 3 pessoas ou mais e é aplicado às infrações penais cujas penas máximas sejam inferiores a 4 (quatro) anos.
Obs: Ao contrário disso, na “Organização Criminosa”, o mínimo é de 4 pessoas ou mais e a aplicação é para infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.
Causas de Aumento de Pena
Além disso, o parágrafo único do art. 288, do CP (alterado pela Lei 12.850/2013, art. 24), além da já conhecida associação armada, passou a prever a figura da participação de criança ou adolescente para aumento de pena, ao passo que na “Organização Criminosa” o aumento da pena ocorre quando:
(1) Quando há atuação da organização criminosa com emprego de arma de fogo (art. 2º, § 2º, da Lei 12.850/2013);
(2.) Quando há participação de criança ou adolescente;
(3) Quando há concurso de funcionário público - valendo-se a organização criminosa dessa condição para a prática de infração penal;
(4) Se o produto ou proveito da infração penal destinar-se - no todo ou em parte - ao exterior;
(5) Se a organização criminosa mantém conexão com outras organizações criminosas independentes; e/ou
(6) Se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organização (art. 2º, § 4º, da Lei 12.850/2013). Obs: na “Organização Criminosa” há agravante para quem exerce o comando, individual ou coletivo, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução (art. 2º, § 3º, da Lei 12.850/2013), ao passo que para a “Associação Criminosa” não há essa previsão.
Logo, a diferença entre “Organização Criminosa” e “Associação Criminosa” fica da seguinte forma:
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
· associação de 4 (quatro) ou mais pessoas;
· a condenação é aplicada a penas máximas superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional;
· há aumento de pena até a metade se na atuação da organização criminosa houver emprego de arma de fogo (art. 2º, § 2º, da Lei 12.850/2013);
· há aumento de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços) quando há participação de criança ou adolescente; concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa dessa condição para a prática de infração penal; se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior; se a organização criminosa mantém conexão com outras organizações criminosas independentes; e/ou se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organização; e
· há agravante para quem exerce o comando, individual ou coletivo da mesma, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução.
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
· associação de 3 (três) ou mais pessoas;
Obs: Se a associação for para a prática de crimes de tráfico de drogas o número exigido é menor, bastando 2 (duas) ou mais pessoas.
· a condenação é aplicada a penas máximas inferiores a 4 (quatro) anos; e
· há aumento de pena até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente.
Associação criminosa é a união de 3 ou mais pessoas para o fim específico de cometer crimes.Portanto, se ocorrer a associação de 3 ou mais pessoas para cometer um único crime configura concurso de pessoas invés de associação criminosa porque para a imputação do crime de associação criminosa, repito uma vez mais, é obrigatório que esteja presente o fim específico de cometer crimes.
Organização criminosa é a união de 4 ou mais pessoas que se estruturam ordenadamente dividindo suas tarefas com habitualidade e permanência, ainda que de maneira informal, com o objetivo de obter vantagem de qualquer natureza mediante a prática de infrações penais cuja pena cominada máxima seja superior a 4 anos. Outrossim, crimes que tenham caráter transnacional, independente da pena cominada.
Tanto a associação criminosa como a organização criminosa carregam em seu cerne um elemento comum, que é o liame psicológico, ou seja, a intenção do agente em reunir-se com os demais para praticar crimes.
a) Organização criminosa é preciso ao menos 4 integrantes, associação criminosa seria um crime subsidiário e é requisitado ao menos 3 pessoas e só para cometer CRIMES, já a associação para o tráfico de drogas é um crime especial e o requisito são 2 ou mais pessoas, aplica-se o princípio da especialidade.
Organização criminosa é preciso ao menos 4 integrantes, associação criminosa seria como um crime subsidiário e é 
requisitado ao menos 3 pessoas e só para cometer CRIMES, já a associação para o tráfico de drogas é um crime especial e 
o requisito são 2 ou
b) Identifique a correta capitulação das condutas de Mayandreson Araújo Albuquerque. 
Aplica-se a lei de drogas pelo princípio da especialidade, ainda que haja uma estrutura organizada, com 4 ou mais pessoas, irá se aplicar o art. 35 da lei de drogas.
QUESTÃO OBJETIVA. 
O Delegado de Polícia, no ano de 2015, toma conhecimento da existência de organização criminosa que atua na área da circunscrição de sua Delegacia, razão pela qual instaura inquérito policial para apurar a prática de delitos considerados de grande gravidade. No curso das investigações, determinado indiciado procura o Ministério Público, acompanhado de seu advogado, manifestando interesse em realizar um acordo de colaboração premiada, de modo a auxiliar na identificação dos demais coautores. Para tanto, solicita esclarecimentos sobre os requisitos, pressupostos e consequências dessa colaboração. No caso, o Promotor de Justiça deverá esclarecer, de acordo com as previsões da Lei nº 12.850/13, que: 
a) considerada meio de prova, poderá uma sentença condenatória ser proferida com fundamento, apenas, nas declarações do agente colaborador; 
b) em observância ao princípio da obrigatoriedade, a Lei nº 12.850/13 não admite que o Ministério Público requeira ao magistrado a concessão de perdão judicial ao colaborador, apesar de ser possível o requerimento pelo reconhecimento de causa de diminuição de pena; 
c) a colaboração premiada somente pode ser realizada até a publicação da sentença, de modo que qualquer auxílio após poderá apenas ser considerado como atenuante inominada; 
d) de modo a garantir o contraditório, as negociações para formalização do acordo de colaboração contarão com a participação do magistrado, do Ministério Público e do acusado com seu defensor, podendo, ainda, haver contribuição do delegado de polícia; 
e) após o acordo de colaboração, nos depoimentos que prestar, o colaborar renunciará, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade
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APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
CASO CONCRETO 
Mediante denúncia anônima, foi descoberto que ROBERTO possuía no interior de sua residência, armas de fogo e munições de uso permitido com os respectivos registros vencidos. Indagado por policiais, informou que tinha conhecimento das regras estabelecidas pelo Estatuto do Desarmamento, mas que não tinha a intenção de utilizá-las, mas, de tornar-se um colecionador de armas, pois acreditava ser esta conduta permitida por lei. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o Estatuto do Desarmamento, responda de forma objetiva e fundamentada às questões: 
a) Qual a tipificação dada à conduta de ROBERTO? 
Duas correntes divergem sobre o tema, uma entende que oregistro vencido não configura crime do estatuto do desarmamento uma vez que está ausente o requisito subjetivo de não ter o registro a arma, configurando assim apenas uma irregularidade administrativa.
	Já a segunda corrente entende que o caracterizaria o crime de posse ilegal de arma de munição permitida, do estatuto, uma vez que não preencheria os requisitos exigidos na lei e que mesmo que autorizado a adquirir a arma, somente poderia manter a posse mediante o documento legal exigido, que tem caráter temporário e deve ser renovado por meio de comprovação periódica.
Duas correntes divergem sobre o tema, uma entende que o registro vencido não configura crime do estatuto do 
desarmamento uma vez que está ausente o requisito subjetivo de não ter o registro da arma, configurando assim apenas 
uma irregularidade administrativa. 
Já a segunda corrente entende que o caracterizaria o crime de posse ilegal de arma de munição permitida, do estatuto, 
uma vez que que não preencheria os requisitos exigidos na lei e que mesmo que autorizado a adquirir a arma, somente 
poderia manter a posse mediante o documento legal exigido, que tem caráter temporário e deve ser renovado por meio 
de comprovação periódica. 
Duas correntes divergem sobre o tema, uma entende que o registro vencido não configura crime do estatuto do 
desarmamento uma vez que está ausente o requisito subjetivo de não ter o registro da arma, configurando assim apenas 
uma irregularidade administrativa. 
Já a segunda corrente entende que o caracterizaria o crime de posse ilegal de arma de munição permitida, do estatuto, 
uma vez que que não preencheria os requisitos exigidos na lei e que mesmo que autorizado a adquirir a arma, somente 
poderia manter a posse mediante o documento legal exigido, que tem caráter temporário e deve ser renovado por meio 
de comprovação periódica. 
Duas correntes divergem sobre o tema, uma entende que o registro vencido não configura crime do estatuto do 
desarmamento uma vez que está ausente o requisito subjetivo de não ter o registro da arma, configurando assim apenas 
uma irregularidade administrativa. 
Já a segunda corrente entende que o caracterizaria o crime de posse ilegal de arma de munição permitida, do estatuto, 
uma vez que que não preencheria os requisitos exigidos na lei e que mesmo que autorizado a adquirir a arma, somente 
poderia manter a posse mediante o documento legal exigido, que tem caráter temporário e deve ser renovado por meio 
de comprovação periódica. 
Duas correntes divergem sobre o tema, uma entende que o registro vencido não configura crime do estatuto do 
desarmamento uma vez que está ausente o requisito subjetivo de não ter o registro da arma, configurando assim apenas 
uma irregularidade administrativa. 
Já a segunda corrente entende que o caracterizaria o crime de posse ilegal de arma de munição permitida, do estatuto, 
uma vez que que não preencheria os requisitos exigidos na lei e que mesmo que autorizado a adquirir a arma, somente 
poderia manter a posse mediante o documento legal exigido, que tem caráter temporário e deve ser renovado por meio 
de comprovação periódica. 
Duas correntes divergem sobre o tema, uma entende que o registro vencido não configura crime do estatuto do 
desarmamento uma vez que está ausente o requisito subjetivo de não ter o registro da arma, configurando assim apenas 
uma irregularidade administrativa. 
Já a segunda corrente entende que o caracterizaria o crime de posse ilegal de arma de munição permitida, do estatuto, 
uma vez que que não preencheria os requisitos exigidos na lei e que mesmo que autorizado a adquirir a arma, somente 
poderia manter a posse mediante o documento legal exigido, que tem caráter temporário e deve ser renovado por meio 
de comprovação periódica. 
b) Uma vez denunciado, quais teses defensivas a serem apresentadas? 
A tese defensiva seria a mera infração administrativa, não respondendo assim por crime.
QUESTÃO OBJETIVA. 
Sobre os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento, assinale a resposta correta. 
a) O crime previsto no art. 14 do Estatuto (porte ilegal de arma de fogo de uso permitido) versa sobre armas de fogo e munições, não contem plando os acessórios entre suas elementares. 
b) Entende-se como posse de arma de fogo a conduta de possuir ou manter arma em casa ou local de trabalho, qualquer que seja ele, em desacordo com determinação legal ou regulamentar. 
c) Comete o crime do art. 14 do Estatuto o praticante de tiro esportivo que transporta arma de fogo municiada, quando a guia de tráfego autoriza apenas o transporte de arma desmuniciada.
 
d) Para a consumação da infração penal prevista no art. 13 do Estatuto, basta que o sujeito ativo omita as cautelas necessárias para impedir que pessoas menores de 18 anos ou portadores de deficiência mental se apoderem de munições. 
e) O porte de simulacro de arma de fogo de uso restrito caracteriza o crime previsto no art. 16 do Estatuto.
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APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
CASO CONCRETO 
Leia a situação hipotética abaixo e responda às questões formuladas: 
No dia 25 de julho de 2014, por volta de 20h30min, em via pública localizada na Estrada Velha de Búzios, bairro Tangará, NORBERTO, de forma livre e consciente, conduziu o veículo automotor caminhão VW, placa KXX-0000, cor branca, com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool, conforme laudo de fl. 09. Nas mesmas condições de tempo e lugar, o denunciado praticou lesão corporal na direção de veículo automotor, obrando com imperícia e causando lesões em FERDINANDO, descritas no Boletim de Atendimento Médico e no Auto de Exame de Corpo de Delito. Momentos após, no mesmo local, NORBERTO, também de forma livre e consciente, desacatou funcionários públicos no exercício das suas funções. Na ocasião dos fatos, a vítima FERDINANDO estava trafegando na mesma Estrada quando, ao reduzir a velocidade para passar por quebra-molas, sentiu um forte impacto na traseira do seu veículo, qual seja, um FIAT UNO, cor vermelha, placa KYY- 1111, sendo arrastado por cerca de 200m, vindo a parar na outra pista, quase colidindo com uma motocicleta que trafegava no sentido contrário. A colisão, que gerou lesões corporais na vítima, foi provocada pelo denunciado, que dirigia embriagado e de maneira imprudente. Pouco depois, os policiais militares ora arrolados como testemunhas chegaram ao local dos fatos, momento em que foram desacatados pelo denunciado que os chamou de "viados", "policiais de merda", "ladrões", incitando-os a "cair na porrada". Em sede policial, o denunciado assumiu a prática do fato delituoso afirmando, para tanto, que, no dia dos fatos, estava embriagado e, conduzindo um caminhão, colidiu na traseira de um veículo e que não lembrava de ter ofendido os policiais." 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a Teoria Geral do Delito e nos delitos previstos na Lei.9503/1997, indaga-se: qual a correta tipificação da conduta de NORBERTO? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
QUESTÃO OBJETIVA. 
Ao manobrar veículo automotor no interior de uma garagem particular, Felisberto, descuidadamente, atropela a amiga Marinalva, que orientava a manobra, a qual sofre lesões corporais de natureza leve. Durante a investigação do fato, descobre-se que Felisberto não possuía permissão ou habilitação para dirigir veículos automotores. Contudo, logo depois, a vítima comparece à Delegacia de Polícia e se retrata da representação anteriormente oferecida. Passados seis meses, é correto afirmar que Felisberto: 
a) poderá ser criminalmente responsabilizado por lesão corporal culposa na direção de veículo automotor (art. 303 da Lei n° 9.503). 
b) não poderá ser criminalmente responsabilizado. 
c) poderá ser criminalmente responsabilizado por contravenção penal de dirigir veículo sem habilitação (art. 32 do Decreto-Lei n° 3.688). 
d) poderá ser criminalmente responsabilizado por dirigir veículo automotor sem permissão ou habilitação, ou quando cassado o direito de dirigir (art. 309 da Lei n° 9.503).e) poderá ser criminalmente responsabilizado por lesão corporal culposa na direção de veículo automotor majorada (art. 303, parágrafo único, da Lei n° 9.503

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