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Recursos Ordinários e Extraordinários

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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - PRAZO 5 DIAS
RECURSO ORDINÁRIO
· Previsto na Constituição Federal, dirigida ao Superior Tribunal de Justiça ou ao Supremo Tribunal Federal.
· Fundamento = matérias elencadas nos arts. 102, III, e 105, III, da CF.
· Serve, em regra = obter o reexame das decisões que são de competência originária dos tribunais. 
· Recurso ordinário faz as vezes de “apelação” para determinadas causas de competência originária dos tribunais.
Cabimento
Dirigido para o STF ou para o STJ.
STF = “habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão” e aos “crimes políticos” (art. 102, II, da CF).
STJ = “habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória”; “os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão”; “as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no país” (CF, art. 105, II).
Processamento
· Prazo de quinze dias perante o relator do acórdão recorrido. 
· Art. 1.028 do CPC.
· 15 dias = oferecer contrarrazões 
· O recurso será remetido ao respectivo tribunal superior, independentemente de prévio juízo de admissibilidade. 
· O recurso ordinário não exige prequestionamento.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL
· Duas categorias: ordinários e extraordinários lato sensu.
· São ordinários os recursos que têm por finalidade permitir ao tribunal que reexamine a decisão, porque o recorrente não está conformado com a que foi proferida (ou, no caso dos embargos de declaração, para que seja sanado algum vício). Esse tipo de recurso serve para discutir a correção ou a justiça da decisão.
· Os recursos extraordinários lato sensu têm outra finalidade: impedir que as decisões judiciais contrariem a Constituição Federal ou as leis federais, mantendo a uniformidade de interpretação, em todo país. 
· Os recursos extraordinários lato sensu são: o extraordinário, o especial e os embargos de divergência, sempre julgados pelo STF ou pelo STJ. 
· O STF e o STJ julgam também recursos ordinários stricto sensu, nas hipóteses dos arts. 102, II, e 105, II, da CF.
· Os requisitos de admissibilidade que se aplicam aos recursos comuns são também exigidos nos extraordinários. 
· Há também outros requisitos muito mais rigorosos.
Requisitos que são comuns aos recursos extraordinários e aos ordinários
· Tempestividade
· Prazo de quinze dias.
· Aplica = arts. 180, 183, 186 e 229 do CPC.
· Recurso especial e recurso extraordinário = poderá interpor ambos = no prazo legal. 
· A interposição deve ser simultânea, sob pena de haver preclusão consumativa.
· Tanto o recurso especial quanto o extraordinário podem ser interpostos sob a forma comum ou forma adesiva, caso em que serão apresentados no prazo para as contrarrazões ao recurso do adversário.
· Preparo - Ambos os recursos — o extraordinário e o especial — exigem preparo e porte de remessa e retorno. 
 Outros requisitos de admissibilidade
Requisitos que são comuns ao RE e ao REsp, mas que não são exigidos nos recursos comuns
· Que tenham se esgotado os recursos nas vias ordinárias
· Enquanto houver a possibilidade de interposição de algum recurso ordinário, não serão admissíveis o RE e o REsp. 
· Que os recursos sejam interpostos contra decisão de única ou última instância
· Não é possível saltar as instâncias ordinárias. 
· STF = art. 102, III, contenta-se, para o cabimento que haja causa decidida em única ou última instância; 
· STJ = art. 105, III, exige, para a interposição que haja causa decidida em única ou última instância por tribunal, estadual ou federal.
Disso advêm importantes consequências práticas:
· ■ no Juizado Especial Cível, a última instância ordinária não é um tribunal, mas o Colégio Recursal. Por essa razão, contra os acórdãos por ele proferidos será admissível recurso extraordinário, não o especial; nas execuções fiscais, o recurso contra a sentença que julga os embargos de pequeno valor não é a apelação, mas os embargos infringentes (que não se confundem com o recurso de mesmo nome que era previsto no CPC de 1973), que são julgados em primeira instância. Contra a decisão neles proferida poderá ser admitido o recurso extraordinário, nunca o especial.
· Que não visem rediscutir matéria de fato - são de fundamentação vinculada: só cabem nas hipóteses das alíneas dos arts. 102, III, e 105, III, da CF. 
· Não se prestam a corrigir injustiça da decisão, decorrente da má apreciação dos fatos e das provas.
· Ficam adstritos ao reexame da matéria jurídica, afastada a possibilidade de reexame dos fatos e provas. 
· Causas decididas — O prequestionamento
· Art. 102, III e art. 105, III, da Constituição Federal restringem o cabimento do RE e do REsp às causas decididas.
· Disso advêm duas consequências importantes:
· ■ tais recursos só são cabíveis contra decisões judiciais (“causas”), nunca contra as administrativas;
· ■ é preciso que a questão — constitucional ou federal —tenha sido ventilada nas instâncias ordinárias, isto é, suscitada e decidida anteriormente. 
· Diante do disposto no art. 941, § 3º, do CPC, haverá prequestionamento mesmo que a questão constitucional ou federal seja suscitada apenas no voto vencido, ficando prejudicada a Súmula 320 do STJ, que estabelecia de forma diversa. 
· Se as instâncias inferiores não examinarem a questão, apesar de ela ter sido suscitada pelo interessado, caber-lhe-á opor embargos de declaração, postulando que a omissão seja suprida. 
Procedimento de interposição e admissão do RE e do REsp
· Art. 1.029 do CPC.
· Prazo de quinze dias, perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal a quo. 
· A interposição, pelo mesmo litigante, de ambos, quando pretender discutir questão constitucional e federal, deve ser simultânea, sob pena de haver preclusão consumativa, mas em petições diferentes.
Essa petição deve conter:
· ■ a exposição do fato e do direito;
· ■ a demonstração do cabimento do recurso interposto;
· ■ as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
· Recorrido é intimado para apresentar contrarrazões. 
· Findo o prazo = autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido = juízo de admissibilidade do recurso, além de determinar outras diligências, enumeradas no art. 1.030 do CPC. 
· O CPC de 2015 = afastava o prévio juízo de admissibilidade pelo órgão a quo, em todos os recursos, inclusive nos extraordinários lato sensu. 
· Art. 1.030 – foi restabelecido o prévio juízo de admissibilidade, exclusivamente no RE e no REsp. 
· Compete ao presidente ou vice-presidente do tribunal de origem verificar se estão presentes os requisitos de admissibilidade 
· Regime dúplice, no que concerne à admissibilidade dos recursos. 
· Nos ordinários, o juízo de admissibilidade é feito apenas pelo órgão ad quem; nos extraordinários, pelo órgão a quo e pelo órgão ad quem.
· Remetido o recurso ao tribunal superior, será designado um relator, a quem compete tomar as providências enumeradas no art. 932 do CPC.
· Pode ocorrer que o relator do recurso especial conclua que a questão constitucional é prejudicial e que o recurso extraordinário deve ser julgado primeiro. 
· Se assim for, deve, em decisão irrecorrível, sobrestar o julgamento do recurso especial e remeter os autos ao STF, para que primeiro seja examinado o RE.
· Mas, se o relator deste discordar do relator do Resp e não considerar o exame do RE como prejudicial, restituirá os autos, em decisão irrecorrível ao STJ, que terá então de julgar o recurso especial.
· Impedindo que seja indeferido de plano o recurso, quando contiver vício de menor relevância ou quando puder ser aproveitado. 
· A qualificação equivocada da questão como legal ou constitucional nãoimplicará a inadmissão do recurso, mas na remessa de um tribunal a outro.
Efeitos dos recursos extraordinários
· Dotados de efeito devolutivo, nos limites em que o recurso for admitido. 
· Em termos de profundidade = devolve-se ao tribunal superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução do capítulo impugnado” (art. 1.034, parágrafo único). 
· Os recursos extraordinário e especial podem ter mais de um fundamento (arts. 102, III, e 105, III, da CF). 
·  Não são dotados de efeito suspensivo. Mas será possível ao interessado requerê-lo = art. 1.029, § 5º, do CPC. 
· O RE e o REsp não têm efeito translativo.
Recurso especial
Hipóteses de cabimento
· Alíneas a, b e c do art. 105, III, da CF. 
· STJ = “julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida”.
 Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência
· Julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal
· Der à lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal
Recurso extraordinário
Hipóteses de cabimento
· Art. 102, III, alíneas a, b, c e d. De acordo com o dispositivo constitucional, compete SRF = “julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida”:
·  Contrariar dispositivo desta Constituição
· Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal
· Julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição Federal
· Julgar válida lei local contestada em face de lei federal
A repercussão geral como requisito específico de admissibilidade dos recursos extraordinários
· Emenda Constitucional n. 45/2004 = § 3º ao art. 102 da CF = novo requisito de admissibilidade do RE. 
· Haverá repercussão geral sempre que o acórdão recorrido for contrário à súmula ou jurisprudência dominante do STF ou tiver reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97 da Constituição Federal.
· Regulamentada no art. 1.035 do CPC. 
· O procedimento = previsto nos arts. 323 a 325 do Regimento Interno do STF.
· Cumpre ao recorrente, em preliminar formal e fundamentada de recurso extraordinário, apresentar a repercussão geral, sob pena de o recurso ser indeferido de plano. 
· O relator se manifestará sobre a sua existência e submeterá, por meio eletrônico, uma cópia aos demais ministros, que se pronunciarão no prazo comum de vinte dias (art. 324, do Regimento Interno do STF).
· Poderá admitir a manifestação de terceiros, subscrita por procurador habilitado (art. 1.035, § 4º, do CPC). (GONÇALVES, 2018)
· De acordo com a Constituição Federal, a inexistência de repercussão geral terá de ser reconhecida por, pelo menos, oito ministros, para que o RE não seja admitido.
· Reconhecida = o relator do RE determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional. 
· O interessado pode requerer, ao Presidente ou Vice-Presidente do tribunal de origem, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, cabendo agravo interno da decisão que indeferir esse requerimento. 
· § 9º do art. 1.035 = o recurso que tiver repercussão geral deverá ser julgado em um ano, tendo preferência sobre os demais, salvo os casos de réu preso e habeas corpus. 
· Negada a existência da repercussão geral, “o presidente ou vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria idêntica” (art. 1.035, § 8º), cabendo dessa decisão o agravo interno, previsto no art. 1.021, do CPC.
· Art. 988, § 5º, II = admite reclamação para garantir a observância de acórdão proferido em recurso extraordinário com repercussão geral reconhecida, mas desde que esgotadas as instâncias ordinárias. (GONÇALVES, 2018)
Recursos extraordinário e especial repetitivos
· A multiplicação de recursos = mesmo tema = idênticos fundamentos = ameaçava prejudicar o bom funcionamento do STF e do STJ.
· Lei n. 11.672/2008 = procurou solucionar o problema da sobrecarga de serviços decorrente do atulhamento de recursos especiais repetitivos.
· Atualmente, permite-se que a questão jurídica, que teria de ser examinada inúmeras vezes, em cada um dos REs ou REsps, possa agora ser examinada uma única vez, com repercussão sobre os demais recursos especiais interpostos com o mesmo fundamento e com eficácia vinculante sobre os julgamentos posteriores. 
· Caso o presidente ou vice-presidente constate a existência de uma multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais que versem sobre a mesma questão jurídica, selecionará dois ou mais, os mais representativos da controvérsia, para que o julgamento destes recursos seja afetado na forma do art. 1.036 e possa servir de paradigma, repercutindo sobre o julgamento dos demais. (GONÇALVES, 2018)
· Caso o Presidente ou Vice-Presidente não tome a iniciativa = o relator do recurso no STF ou STJ poderá fazê-lo. 
· A escolha feita pelo Presidente ou Vice- Presidente do tribunal de origem não vinculará o relator, que poderá, para fins de afetação, selecionar outros paradigmas.
· Apenas os recursos especiais selecionados — dois ou mais — serão enviados ao STF ou STJ.
· Os demais, que versem sobre a mesma matéria, ficarão suspensos no tribunal de origem. 
· O julgamento proferido no recurso repetitivo terá eficácia vinculante sobre todos os processos em curso no território nacional, cabendo reclamação contra a decisão que não a observar, desde que esgotadas as instâncias ordinária.
· A determinação de suspensão é obrigatória.
· Os recursos afetados deverão ser julgados no prazo de um ano e terão preferência sobre os demais julgados, exceto os processos que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus. 
· Determinada a suspensão, o interessado pode requerer ao Presidente ou Vice-Presidente que exclua do sobrestamento e inadmita o recurso especial ou extraordinário que seja intempestivo, tendo o recorrente prazo de cinco dias para manifestar-se. 
· Da decisão que indeferir o pedido de exclusão e que mantiver o processo sobrestado, caberá o agravo interno previsto no art. 1.021, do CPC. (GONÇALVES, 2018)
Da afetação
· Decisão proferida pelo relator que, feita a seleção dos recursos paradigmas e preenchidos os demais requisitos do art. 1.036, caput, do CPC, identificará com precisão a questão jurídica a ser submetida a julgamento, determinando a suspensão de todos os processos que versem sobre a mesma questão, coletivos ou individuais, que tramitem em território nacional. 
· O relator = poderá solicitar a remessa de um recurso representativo da controvérsia. 
· Será conveniente que o relator do recurso especial ou extraordinário informe os presidentes dos demais tribunais estaduais ou federais do País sobre o julgamento da questão jurídica objeto dos recursos repetitivos, para que eles possam suspender, nos locais de origem, a remessa dos recursos especiais ou extraordinários, que versem sobre questão idêntica. 
· Da decisão do relator ou juiz, as partes serão intimadas, podendo a parte requerer o prosseguimento do seu processo, caso demonstre a distinção entre a questão jurídica objeto do julgamento repetitivo e a que se discute em seu processo. 
· O requerimento será dirigido ao juiz, se o processo estiver em primeiro grau; ao relator, se o processo sobrestado estiver no tribunal de origem; ao relator do acórdão recorrido, se for sobrestado recurso especial ou recurso extraordinário no tribunal de origem; ao relator no tribunal superior, de recurso especial ou extraordinário cujo processamento houver sido sobrestado. 
· Sobre o requerimento, a parte contrária será ouvida no prazo de cinco dias. 
· Da decisão sobre o requerimento cabe agravo de instrumento, se o processo estiver em primeiro grau, ou agravo interno, se a decisão fordo relator. (GONÇALVES, 2018)
Do julgamento
Cumprirá ao relator dos recursos afetados uma série de providências. 
· Poderá solicitar, informações aos tribunais estaduais ou federais a respeito da controvérsia.
· Poderá admitir a manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvérsia, na condição de amicus curiae.
· Poderá, ainda, fixar data para, em audiência pública e ouvir depoimentos de pessoas com experiência e conhecimento na matéria, com a finalidade de instruir o procedimento.
· Se houver intervenção do Ministério Público, o relator abrir-lhe-á vista, pelo prazo de quinze dias.
· O julgamento do recurso especial paradigma preferirá a qualquer outro, exceto os que envolvam habeas corpus ou réu preso.
· Resolução n. 8, de 7 de agosto de 2008 = regulamenta o procedimento. (GONÇALVES, 2018)
Agravo em recurso especial e em recurso extraordinário
· Cabe contra a decisão do presidente ou vice-presidente do tribunal de origem que, em juízo prévio de admissibilidade, indeferir o processamento do recurso extraordinário ou especial. 
· Só cabe quando o presidente ou vice-presidente inadmitir o recurso por falta dos requisitos de admissibilidade. Quando ele negar seguimento ao recurso em razão de aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recurso repetitivo, o recurso adequado será o agravo interno, previsto no art. 1.021 do CPC, que será examinado na conformidade do regime interno dos tribunais. 
· Prazo de interposição é de quinze dias. 
· O agravo será dirigido ao presidente ou vice-presidente do tribunal, que intimará o agravado para contrarrazões em quinze dias. 
· Após, não havendo retratação, o agravo será remetido ao tribunal superior respectivo. 
· Artigo 1042 do CPC
Não cabe ao órgão a quo examinar a admissibilidade do agravo, mas tão somente remetê-lo.
· Na hipótese de interposição conjunta de RE ou REsp, deverá ser interposto um agravo para cada recurso inadmitido. (GONÇALVES, 2018)
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL E EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO
· Introduzido pela Lei n. 8.950/94. 
· Suas hipóteses de cabimento vêm previstas no art. 1.043 do CPC: 
 
“É embargável o acórdão de órgão fracionário que: I — em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito; (...) III — em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia”. (GONÇALVES, 2018)
 
· É preciso que a divergência seja atual, não cabendo mais os embargos se a jurisprudência do Tribunal já se uniformizou em determinado sentido. 
Processamento
· Regulado pelos regimentos internos do STF e do STJ. 
· Prazo para interposição é de quinze dias da publicação da decisão embargada. 
· A petição de interposição deve vir acompanhada com a prova da divergência, sendo necessário que indique, de forma analítica, em que a divergência consiste.
· O relator poderá valer-se dos poderes que lhe atribui o art. 932 do CPC
· O julgamento no STF será feito pelo Plenário. No STJ, se a divergência se der entre turmas da mesma Seção, o julgamento será feito pela Seção; se entre turmas de seções diferentes, ou entre uma Turma ou uma Seção com a Corte Especial, o julgamento será feito pela Corte Especial. (GONÇALVES, 2018)
RECURSO DE AGRAVO – ARTIGO 1.042 DO CPC E 1.021 DO CPC
Se o Tribunal NEGAR SEGUIMENTO por motivo diverso (via de regra), é caso de Agravo Interno do art. 1021
Art. 1021.
Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
§ 1º Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada.
§ 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.
§ 3º É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno.
§ 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa.
§ 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.
Se o tribunal INADMITIR, ou seja, não aceitar o RE ou o RESP, é agravo em RE ou Agravo em REsp do art. 1.042
Art. 1042.
Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)
I – (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)
II – (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)
III – (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)
§ 1º (Revogado): (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)
§ 2º A petição de agravo será dirigida ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem e independe do pagamento de custas e despesas postais, aplicando-se a ela o regime de repercussão geral e de recursos repetitivos, inclusive quanto à possibilidade de sobrestamento e do juízo de retratação. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)
§ 3º O agravado será intimado, de imediato, para oferecer resposta no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 4º Após o prazo de resposta, não havendo retratação, o agravo será remetido ao tribunal superior competente.
§ 5º O agravo poderá ser julgado, conforme o caso, conjuntamente com o recurso especial ou extraordinário, assegurada, neste caso, sustentação oral, observando-se, ainda, o disposto no regimento interno do tribunal respectivo.
§ 6º Na hipótese de interposição conjunta de recursos extraordinário e especial, o agravante deverá interpor um agravo para cada recurso não admitido.
§ 7º Havendo apenas um agravo, o recurso será remetido ao tribunal competente, e, havendo interposição conjunta, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.
§ 8º Concluído o julgamento do agravo pelo Superior Tribunal de Justiça e, se for o caso, do recurso especial, independentemente de pedido, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do agravo a ele dirigido, salvo se estiver prejudicado
1. Repercussão Geral
Instituto processual pelo qual se reserva ao STF o julgamento de temas trazidos em recursos extraordinários que apresentem questões relevantes sob o aspecto econômico, político, social ou jurídico e que ultrapassem os interesses subjetivos da causa. Foi incluído no ordenamento jurídico pela Emenda Constitucional n. 45/2004 e regulamentado pelos arts. 322 a 329 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e pelos arts. 1.035 a 1.041 do Código de Processo Civil (Lei n. 13.105/2015).
2. Demonstração
A relevância da questão constitucional cuja apreciação pretende o recorrente deve ser demonstrada de forma clara e objetiva no recurso extraordinário e sua análise é da competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal (§ 3º do art. 102 da Constituição da República e § 2º do art. 1.035 do Código de Processo Civil).
3. Representativos da controvérsia
São aqueles recursos nos quais a questão jurídica discutida é idêntica e se repetem de forma razoável nos tribunais de origem, que podem destacá-los e identificá-los como representativos da controvérsia para que, encaminhados aos tribunais superiores, tenham solução uniforme. Os relatores desses recursos nostribunais superiores não estão, entretanto, vinculados a eles, podendo selecionar outros recursos como representativos da controvérsia (§§ 1º, 4º e 5º do art. 1.036 do Código de Processo Civil).
4. Recurso paradigma
Recurso extraordinário – RE ou recurso extraordinário com agravo – ARE no qual trazida a questão de direito, destacada ou não pelos tribunais de origem, e transformada em tema de repercussão geral pelos ministros do Supremo Tribunal Federal.
5. Tema
Categoria processual autônoma, objeto da repercussão geral, que surge com o julgamento da preliminar de repercussão geral. As informações referentes aos temas já existentes e aos recursos paradigma podem ser consultadas no portal do STF.
6. Julgamento da preliminar de repercussão geral
Juízo feito pelo STF sobre a existência, ou não, de repercussão geral de determinado tema. Geralmente a votação é realizada no Plenário Virtual, iniciando-se com a inserção do tema pelo relator, seguido dos campos “questão constitucional”, “repercussão geral” e “reafirmação de jurisprudência”, que devem ser analisados e votados.
A inserção do tema no Plenário Virtual ocorre sempre às sextas-feiras e os demais ministros têm o prazo de vinte dias para votar (art. 324 do Regimento Interno do STF).
A repercussão geral pode ser declarada com maioria simples, ou seja, bastam quatro votos para definir se a questão tem repercussão geral. Já a ausência de repercussão geral exige um quórum qualificado, sendo necessários oito votos para reconhecê-la (§ 3º do art. 102 da Constituição da República). As omissões computam-se a favor da existência de repercussão geral.
O resultado apurado no Plenário Virtual no sentido de afirmar que a questão em julgamento tem natureza infraconstitucional observava a maioria simples dos votos. Essa regra foi modificada pela Emenda Regimental n. 47/2012. Desde então, nos termos da nova redação do § 2º do art. 324 do RISTF, a afirmação de que determinada questão tem natureza infraconstitucional é apurada a partir dos votos de 2/3 dos ministros votantes.
7. Plenário Virtual
É o ambiente eletrônico no qual são inseridos os paradigmas e criados os temas da repercussão geral para votação dos ministros.
8. Processo sobrestado
São recursos com julgamento suspenso nos tribunais de origem para aguardar o julgamento de mérito de temas com repercussão geral reconhecida.
9. Suspensão Nacional
Determinação, pelo relator, da suspensão de todos os processos, não só recursos, desde a primeira instância, individuais ou coletivos, que versem sobre a mesma questão objeto de tema com repercussão geral reconhecida (§ 5º do art. 135 do Código de Processo Civil). A suspensão nacional dura enquanto não for julgado o mérito do recurso paradigma, salvo se determinado de forma diversa pelo relator.
10. Julgamento de mérito
Julgamento da questão constitucional objeto da repercussão geral.
Após o julgamento de mérito, a tese proferida no recurso paradigma pode ser replicada pelas instâncias de origem, as quais devem:
· Negar seguimento a RE que discuta questão constitucional a qual o STF não tenha reconhecido existência de repercussão geral ou a RE interposto contra acórdão que esteja em conformidade com o entendimento do STF exarado no regime da repercussão (art. 1030, I, a, do CPC).
· Encaminhar o processo ao órgão julgador para o juízo de retratação se o acórdão recorrido divergir do entendimento do STF exarado no regime da repercussão geral (art. 1030, II, do CPC).
· Mantido o acórdão divergente pelo tribunal de origem, o recurso extraordinário será remetido ao STF, ou seja, na forma de representativo da controvérsia, para fins de análise de repercussão geral, com suspensão do trâmite de todos os processos pendentes em sua área de jurisdição (art. 1036, § 1º, do CPC).
· Sobrestar recurso que verse sobre questão constitucional da repercussão geral ainda não decidida pelo STF (art 1030, III, do CPC).
· Selecionar recurso (só válido para os novos REs) como representativo da controvérsia constitucional, nos termos do § 6º do art. 1036 (art. 1030, IV, do CPC).
11. Tese
Proposição firmada no julgamento de mérito de tema da repercussão geral. As teses são firmadas tanto nos julgamentos de mérito quanto nos julgamentos realizados no Plenário Virtual nos quais se declara a ausência de repercussão geral.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
 
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PRAZO 
5 DIAS
 
 
 
RECURSO ORDINÁRIO
 
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Previsto na Constituição Federal, dirigida ao Superior Tribunal de Justiça ou ao Supremo Tribunal Federal.
 
ž
 
Fundamento = matérias elencadas nos arts. 1
02, III, e 105, III, da CF.
 
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Serve, em regra = obter o reexame das decisões que são de competência originária dos tribunais
. 
 
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Recurso ordinário faz as vezes de “apelação” para determinadas causas de competência originária dos 
tribunais
.
 
Cabimento
 
Dirigido para o STF ou para o STJ.
 
STF = “
habeas corpus
, o mandado de segurança, o 
habeas data 
e o mandado de injunção decididos em única instância 
pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão” e aos “crimes políticos” (art. 102, II, da CF).
 
STJ = “
habeas corpus 
decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos trib
unais dos 
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória”; “os mandados de segurança decididos em 
única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, 
quando den
egatória a decisão”; “as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um 
lado, e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no país” (CF, art. 105, II).
 
Processamento
 
ž
 
Prazo de quinze dias perante o relator do acórdão recorrido. 
 
ž
 
Art. 1.028 do CPC.
 
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15 dias = oferecer contrarrazões 
 
ž
 
O recurso será remetido ao respectivo tribunal superior, independentemente de prévio juízo de admissibilidade. 
 
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O recurso o
rdinário não exige prequestionamento.
 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL
 
ž
 
Duas categorias: 
ordinários e extraordinários 
lato sensu
.
 
ž
 
São ordinários os recursos que têm por finalidade permitir ao tribunal que reexamine a decisão, porque o 
recorrente não está conformado com a que foi proferida (ou, no caso dos embargos de declaração, para que 
seja sanado a
lgum vício). Esse tipo de recurso serve para discutir a correção ou a justiça da decisão.
 
ž
 
Os recursos extraordinários 
lato se
nsu 
têm outra finalidade: 
impedir que as decisões judiciais contrariem a 
Constituição Federal ou as leis federais, mantendo
 
a uniformidade de interpretação, em todo país
. 
 
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Os recursos extraordinários 
lato sensu 
são: 
o extraordinário, o especial e os embargos de divergência, sempre 
julgados pelo STF ou 
pelo STJ
. 
 
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O STF e o STJ julgam também recursos ordinários 
stricto sensu
, nas hipóteses dos arts. 102, II, e 105, II, da CF.
 
ž
 
Os requisitos de admissibilidade que se aplicam aos re
cursos comuns são também exigidos nos extraordinários. 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - PRAZO 5 DIAS 
 
 
RECURSO ORDINÁRIO 
 Previsto na Constituição Federal, dirigida ao Superior Tribunal de Justiça ou ao Supremo Tribunal Federal. 
 Fundamento = matérias elencadas nos arts. 102, III, e 105, III, da CF. 
 Serve, em regra = obter o reexame das decisões que são de competência originária dos tribunais. 
 Recurso ordinário faz as vezes de “apelação” para determinadas causas de competência originária dos 
tribunais. 
Cabimento 
Dirigido para o STF ou para o STJ. 
STF = “habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância 
pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão” e aos “crimes políticos” (art. 102, II, da CF). 
STJ = “habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos 
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória”;“os mandados de segurança decididos em 
única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, 
quando denegatória a decisão”; “as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um 
lado, e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no país” (CF, art. 105, II). 
Processamento 
 Prazo de quinze dias perante o relator do acórdão recorrido. 
 Art. 1.028 do CPC. 
 15 dias = oferecer contrarrazões 
 O recurso será remetido ao respectivo tribunal superior, independentemente de prévio juízo de admissibilidade. 
 O recurso ordinário não exige prequestionamento. 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL 
 Duas categorias: ordinários e extraordinários lato sensu. 
 São ordinários os recursos que têm por finalidade permitir ao tribunal que reexamine a decisão, porque o 
recorrente não está conformado com a que foi proferida (ou, no caso dos embargos de declaração, para que 
seja sanado algum vício). Esse tipo de recurso serve para discutir a correção ou a justiça da decisão. 
 Os recursos extraordinários lato sensu têm outra finalidade: impedir que as decisões judiciais contrariem a 
Constituição Federal ou as leis federais, mantendo a uniformidade de interpretação, em todo país. 
 Os recursos extraordinários lato sensu são: o extraordinário, o especial e os embargos de divergência, sempre 
julgados pelo STF ou pelo STJ. 
 O STF e o STJ julgam também recursos ordinários stricto sensu, nas hipóteses dos arts. 102, II, e 105, II, da CF. 
 Os requisitos de admissibilidade que se aplicam aos recursos comuns são também exigidos nos extraordinários.

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