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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO – CEUCLAR CURSOS DE GRADUAÇÃO À DISTÂNCIA CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO PROJETO DE PRÁTICA: Quais são os benefícios da atividade física para o aparelho locomotor dos pacientes com Diabetes mellitus. Aluno (a): RODOLFO HENRIQUE SUARDI FARIAS R.A.: 8091173 CURITIBA-PR 2020 OBJETIVOS: Reconhecer a importância da atividade física na prevenção, manutenção e até na recuperação da saúde. METODOLOGIA: A Diabetes mellitus é proveniente da produção insuficiente de insulina pelas células beta no âmbito da resistência à insulina. A resistência à insulina, que é a incapacidade das células em responder de forma adequada ao nível normal de insulina, ocorre principalmente nos músculos, fígado e tecido adiposo. A glicemia elevada pode causar sérios danos ao organismo. Entre as complicações, destacam-se lesões e placas nos vasos sanguíneos, que comprometem a oxigenação dos órgãos e catapultam o risco de infartos e AVCS. Outras consequências são: Retinopatia, que são danos a retina causando cegueira, falência renal, neuropatia, que condiz com comprometimento dos nervos, e amputações devido a perda de sensibilidade. No Brasil essa doença já atinge 7,6 % da população, e as mulheres com maior prevalência. Na cidade de Curitiba o número de pessoas é menor, totalizando 7,2%. Em Curitiba há um número maior de homens com a patologia 7,4%, já as mulheres apresentam um percentual de 7% de prevalência da doença. (Brasil, 2017). A maior ocorrência de prevalência de diabetes para mulheres, pode ser pelo fato de que, maior número de mulheres frequentam médicos e fazem exames periódicos, em relação aos homens. O tratamento consiste em identificar o grau de necessidade de cada pessoa e indicar, conforme cada caso, que podem ser medicamentosos ou alteração no estilo de vida. Alguns medicamentos são: Inibidores da alfaglicosidase: impedem a digestão e absorção de carboidratos no intestino; Sulfonilureias: estimulam a produção pancreática de insulina pelas células; Glinidas: agem também estimulando a produção de insulina pelo pâncreas. A diabetes normalmente vem acompanhada de outros problemas de saúde, como obesidade, sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados e hipertensão, com esse quadro, o tratamento não medicamentoso consiste em um estilo de vida saudável com dieta orientada e prática de atividades físicas. A atividade física é um fator importante do tratamento do diabetes mellitus, contribui para melhorar a qualidade de vida do portador com a união de diversos componentes com uma dieta equilibrada, assistência médica, educação do paciente e da equipe sanitária, pode se reduzir significativamente a incidência do diabetes do tipo 2 e das complicações associadas. A prática regular de exercícios físicos, aumenta o consumo de glicose pelo organismo, proporcionando diversos benefícios a curto, médio e longo prazo, e são eles: diminuição da concentração basal e pós-prandial da insulina, aumenta a resposta dos tecidos à insulina, melhora os níveis da hemoglobina glicosilada. Favorece a resposta imune inflamatória, diminuindo o risco ou atraso de pacientes pré-diabéticos. O paciente diabético tem grandes chances de desencadear doenças cardiovasculares, porém com a prática regular de exercícios físicos, acontece o controle do perfil lipídico, aumentando os níveis de HDL(colesterol bom) e diminuindo o LDL e Triglicerídeos(colesterol ruim), contribuindo para a diminuição da pressão arterial. Com o aumento do gasto energético durante a atividade física, o paciente tende a reduzir o peso corporal, diminuir a massa gorda e preservar e aumentar a massa muscular magra, sem contar na sensação de bem- estar, controle da ansiedade e qualidade de vida que promove. O exercício físico regular promove o aumento da insulina que é produzida no pâncreas e tem como uma de suas funções captar a glicose, que por sua vez, ativa a GLUT-4 que é responsável por usar a glicose como energia para as células, onde ocorre a baixa da glicose, com maior consumo de energia produzido pela atividade física. Devido ao efeito hipoglicemiante do exercício podendo prolongar por horas e até dias após o fim de exercício, há ocorrências de hipoglicemia, hiperglicemia. e cetoacidose. O ideal é o uso frequente de técnicas de auto-monitorização glicêmica e a implantação de insulinoterapia intensificada permitem ao paciente portador de diabetes do tipo 1 desenvolver estratégias e ajustes no consumo de carboidratos e doses de insulina, para poder participar de maneira mais segura em programa de atividade física. Já com paciente de diabetes tipo 2 raramente o exercício gera hipoglicemia ou hiperglicemia. Não existem contra-indicações para a prática quanto para exercícios aeróbicos quanto para resistidos, os benefícios metabólicos que proporciona, permite pacientes com diabetes poderem realizar inúmeras modalidades de exercícios e este deve ser estimulado visando ao controle glicêmico, à saúde e à qualidade de vida, destacando-se a necessidade de incorporar a atividade física como método terapêutico de maneira multidisciplinar. CONCLUSÃO: O Diabetes melittus é uma doença que vem aumentando cada vez mais devido às grandes mudanças dos hábitos alimentares e do sedentarismo da população atual. É uma doença crônica o qual desenvolve a elevação dos níveis de glicose no sangue e de forma crescente, esta doença vem se alastrando de forma preocupante. O exercício físico é um fator de prevenção da Diabetes, além de contribuir com a melhora da qualidade de vida do diabético, ele entra como uma alternativa terapêutica no tratamento da doença, trazendo melhora significativa do paciente devido ao gasto de energia e às alterações metabólicas, neuroendócrinas e cardiovasculares no organismo com a sua prática. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e ao diabetes mellitus: hipertensão arterial e diabetes mellitus / Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2001:104p. 4. 2- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Guia alimentar para a população brasileira : Promovendo a alimentação saudável / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição – Brasília: Ministério da Saúde, 2005: 236p. 5. 3- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Obesidade / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica – Brasília: Ministério da Saúde, 2006: 108p. 4-Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Área Técnica de diabetes e Hipertensão Arterial. Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM): protocolo. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Brasil. Ministério da saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diabetes Mellitus. Cadernos de Atenção Básica n. 16, Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 5-Diabete Melito Tipo 2: diretriz de atenção à pessoa com Diabete Melito tipo 2 / coordenação Ana Maria Cavalcanti. – Curitiba, PR: Secretaria Municipal de Saúde, 2010 6-AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE et al. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. Guanabara Koogan, 2007. 7-FACULDADE AMERICANA DE MEDICINA DO ESPORTE et al. Diretrizes da ACSM para teste de exercício e prescrição . Lippincott Williams & Wilkins, 2013. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018 / Organização José Egídio Paulo de Oliveira, Renan Magalhães Montenegro Júnior, Sérgio Vencio. -- SãoPaulo : Editora Clannad, 2017
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