Buscar

Revisão - DIPRI

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

DIPRI 
Aula de Revisão – 30.09.19
1 Questão de fontes e conflitos de fontes.
1 Questão de competência internacional.
1 questão sobre a parte método conflitual.
Fontes e conflitos de fontes
Conceito: fontes são fatos ou atos aos quais um ordenamento jurídico dá idoneidade ou capacidade para produzir uma norma jurídica.
Fontes internas: 
Leis: leis de introdução às normas do direito brasileiro que possuem as regras de conexão (art. 7 e seguintes da Lei de Introdução).
Regras de conexão são as normas de sobre direito, são normas indiretas, são as regras clássicas do direito internacional privado (porque surgem para resolver e solucionar um conflito de leis no espaço porque diante de uma situação internacional e multi conectada a vários ordenamentos, não se sabe se há aplicação é da lei do país A ou B). 
Ex.: art. 9 das leis de introdução às normas do direito brasileiro, esse artigo dispõe que se aplica a lei do local de celebração quando há uma situação internacional. Ex.: há um contrato de compra e venda firmado entre uma empresa brasileira e uma empresa portuguesa, se esse contrato é celebrado no Brasil, a lei que o juiz brasileiro aplicará é a lei brasileira. Mas e se esse mesmo contrato for celebrado em Portugal, a lei aplicada será a Portuguesa. Porque o caput do art. 9º determina isso. Diante de um mesmo contrato, dependendo do local de celebração se aplica a lei do país A ou do país B. Se esse mesmo contrato entre a empresa brasileira e portuguesa fosse celebrado na França, seria aplicado o direito francês. (Método conflitual Clássico para a resolução de conflito de leis no espaço)
Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.
O art. 7º da lei de introdução tem como regra de conexão a lei do domicilio para determinar a capacidade das pessoas. Eventualmente em uma situação internacional, para eu saber a capacidade daquela determinada pessoa procuro a lei do domicílio da pessoa. 
Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
Há também o método unilateral (Ex.: caso BABCOCK):
É o caso da justiça americana que foi julgado na década de 70, em que se afastou o método tradicional e se aplicou o Princípio dos vínculos mais estreitos. Foi um acidente que aconteceu em Toronto, ou seja, pela regra de conexão clássica se aplicaria a lei canadense, mas todos os elementos ocorridos levaram a aplicação da lei americana. Naquele caso concreto as partes eram nacionais e domiciliadas nos EUA, o carro estava registrado nos EUA, o seguro era registrado nos EUA, mas o acidente em si ocorreu no Canada e aplicando a lei canadense haveria outro desfecho. 
Foi a revolução americana (contra o método tradicional), você está mais preocupado com a justiça material, o resultado final prático. Nesse método tradicional, você é indiferente com o resultado, analisa-se a regra de conexão não importando se é justa com uma ou outra parte. A vantagem é que com o método conflitual tradicional há segurança jurídica, como se sabe a regra de conexão e com base nessa regra é aquele determinado direito que se aplica. O método unilateral afastou a regra de conexão clássica e com base no principio dos vínculos mais estreitos (verificar com base na situação proposta onde aqueles elementos se conectam mais), esse principio atualmente é utilizado como uma regra subsidiária em alguns tratados internacionais. 
Art. 21 a 25, CPC (PROVA) / destaque de normas relacionadas ao DIPRI: art. 21 a 41, CPC.
Art. 960/965, CPC – homologação de sentença estrangeira.
Art. 12 (nacionalidade), 49, I, 84, IV, VIII (incorporação dos tratados internacionais), CF. 
Doutrina e jurisprudência: a doutrina exerce um duplo-papel, de interpretar as decisões judiciais e também é um guia orientador dos tribunais. A jurisprudência são os casos, decisões dos tribunais estaduais relacionados a parte de contratos , STJ relacionado a parte de homologação de sentença estrangeira, STF relacionado a casos de deportação e o TRT relacionado as partes com imunidade de jurisdição relativos as ações trabalhistas contra os estados estrangeiros. 
Fontes externas e origem internacional:
Um tratado internacional é todo acordo formal celebrado entre sujeitos de direito internacional público com objetivo de produzir norma jurídica, efeitos jurídicos, independentemente de sua denominação (não importa se é tratado/acordo/convenção). Independentemente da sua denominação, acordo internacional lato sensu é um acordo formal celebrado por sujeitos de direito internacional público com o objetivo de produzir normas/efeitos jurídicos independentemente de sua denominação. 
O tratado internacional uma vez assinado é incorporado no nosso ordenamento jurídico de forma automática? Não, é necessário que haja o iter procedimental complexo de incorporação, não há uma aceitação automática, uma vez assinado o tratado ele não é incorporado automaticamente, é necessário que haja um iter procedimental complexo de incorporação. Esse iter é composto de fases, são elas:
1- Negociação e assinatura: um tratado internacional não fica pronto de um dia para outro, há negociação entre as partes. Quem assina em regra é o presidente da república (art. 84, VIII, CF), é até um ato delegável, mas em regra geral é o presidente da república. Uma vez que esse tratado é negociado e assinado, o presidente traz o tratado para Brasil e encaminha para o congresso nacional.
2- Aprovação pelo Congresso Nacional: O Congresso Nacional recebe o tratado e o aprova ou não mediante um decreto legislativo (art. 49, I, CF), não é uma nova manifestação de lei, a aprovação se dá por um decreto legislativo que é um rito mais célere.
3- Ratificação: Após a aprovação do Congresso Nacional, volta para o executivo para que o Presidente ratifique para que ocorra a validade externa desse tratado. 
4- Decreto de promulgação: Além da validade externa, é necessário mais um ato para dar validade interna e publicidade que é o decreto de promulgação. O Presidente precisa promulgar para dar validade interna (art. 84, IV, CF). 
O tratado após essas fases é incorporado ao ordenamento jurídico, com status de lei ordinária federal, status infraconstitucional.
Obs1: Emenda Constitucional 45/2004:
Art. 5º, §3º, CF - tratados internacionais de direitos humanos tem status constitucional quando aprovados com o quórum qualificado de PEC (formando o bloco constitucional que é formado pela CF, ADCT, emendas constitucionais e tratados internacionais sobre direitos humanos quando aprovados com o quórum da PEC).
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 
Obs2: Tese da supralegalidade.
Questão cronológica: 
EC 45/04 (emenda que instituiu o art.5º, §3º) – em 2004 praticamente todos os tratados internacionais sobre direitos humanos já tinham sido aprovados e incorporados pelo nosso ordenamento jurídico. O STF resolveu tal situação no RE 466.343 e decidiu-se que tratados internacionais de direitos humanos que foram incorporados antes da emenda constitucional 45/2004 tem um status especial no ordenamento jurídico, o status supralegal. Está abaixo da CF, mas acima de toda legislação infraconstitucional. 
Obs3: art. 98, CTN – os tratados internacionais sobre direito tributário prevalecem sobre a legislação ordinária federal. Tem um caráter especial, prevalece sobre a legislação ordinária federal. 
Doutrina Internacional e Jurisprudência internacional
Teoria Monista e Dualista:
Teoria monista é a teoria de Hans Kelsen que entendia que nós temos uma única ordem jurídica,com projeções internas (nacional) e uma projeção internacional, mas é apenas uma ordem jurídica. Por ser uma única ordem jurídica, Kelsen entendia que os tratados internacionais incorporavam automaticamente no ordenamento jurídico do país.
Teoria dualista, de Triepel dizia que existem dois sistemas jurídicos, uma ordem jurídica nacional e uma ordem jurídica internacional e para que um tratado internacional pudesse ser incorporado nesse outro sistema jurídico, seria necessária uma nova manifestação legislativa/uma transposição. 
O Brasil adota o dualismo moderado, não há uma aceitação automática, mas também não é necessária uma nova manifestação legislativa, sendo necessário esse iter procedimental complexo de incorporação.
Competência Internacional 
A competência internacional é saber se um determinado caso existe jurisdição da autoridade judiciaria brasileira e se essa jurisdição se dá de forma concorrente com outra jurisdição estrangeira ou se essa jurisdição tenha que ocorrer de forma exclusiva. É saber em quais situações a autoridade judiciaria brasileira detém competência, podendo ser essa competência exclusiva ou concorrente. (art. 21 e 22, CPC)
Competência concorrente é quando autoridade brasileira é competente, mas outra autoridade (estrangeira) também pode exercer essa competência (art. 21, 22, CPC). 
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.
Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
I - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil;
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.
Hipóteses de competência internacional concorrente:
1º hipótese: O réu, independentemente de sua nacionalidade tiver domicilio no Brasil (art. 21, CPC). O réu, tendo domicilio do Brasil, é competente a autoridade judiciária brasileira. 
2º hipótese: no Brasil tiver que ser cumprida a obrigação (art. 21, CPC). Se no Brasil diante de determinado caso, a obrigação tiver que ser cumprida/executada no Brasil, é competente a autoridade judiciária brasileira. 
3º hipótese: o fundamento dessa ação seja um fato ocorrido ou um ato praticado no Brasil (art. 21, CPC). 
4º hipótese: de alimentos quando o credor tiver domicilio no Brasil (art. 22, CPC). O credor de alimentos é o autor da ação e tem domicilio no Brasil. 
5º hipótese: nessa ação de alimentos quando o réu mantiver vinculo no Brasil. O credor não é nem domiciliado e nem o réu, mas o ultimo tem bens no país (art. 22, CPC).
6º hipótese: decorrente de relação de consumo, quando o consumidor tiver domicilio no Brasil é competência concorrente da jurisdição brasileira (art. 22, CPC). Quando há um contrato internacional e o consumidor tiver domicilio no Brasil. 
7º hipótese: se as partes expressa ou tacitamente se submeterem a jurisdição nacional (art. 22, CPC).
Quando há competência exclusiva, apenas a autoridade brasileira é competente, isso significa que se uma autoridade estrangeira proferir uma sentença estrangeira com base nessas hipóteses não poderá acontecer a homologação dessa sentença estrangeira. (art. 23, CPC antigo). Na competência exclusiva, apenas a autoridade brasileira é competente, excluindo qualquer outra. 
1º hipótese: Conhecer de ações relativas a imóveis conhecidos no Brasil (art. 23, I, CPC).
2º hipótese: Matéria de sucessão hereditária (art. 23, II, CPC)
3º hipótese: Divorcio separação judicial ou dissolução de união estável (art. 23, III, CPC).
Qual a grande diferença pratica que ocorre entre a competência internacional concorrente e a competência exclusiva? Na competência exclusiva, um eventual pedido de homologação de sentença estrangeira não poderá ser homologado porque nessas hipóteses apenas a autoridade judiciária brasileira detêm competência. 
Existência ou não da litispendência internacional (art. 24, CPC antigo):
Tal artigo diz que não há litispendência internacional, ou seja, duas ações podem tramitar tanto no Brasil quanto no exterior, eventual ação proposta no estrangeiro não induz litispendência para uma segunda ação proposta no Brasil. Se o juiz brasileiro tiver competência ele poderá processar e julgar aquela ação. Se não há litispendência internacional, quando essa situação se estabiliza? A situação vai se estabilizar quando, por exemplo, houver uma ação genuinamente nacional e uma ação tramitando no exterior. Ocorrendo a sentença estrangeira, esta precisa produzir efeitos no Brasil, a parte requerente irá entrar com um pedido de homologação de sentença estrangeira no STJ. A situação irá se estabilizar quando ocorrer a coisa julgada na ação genuinamente nacional ou na ação de homologação de sentença estrangeira. 
Como funcionava a jurisprudência antes do CPC de 2015 quando havia o trato internacional entre uma parte brasileira e uma estrangeira e nesse contrato havia uma clausula de eleição de foro exclusivamente estrangeira. Como a jurisprudência se comportava? A empresa americana entrava com uma ação no Brasil alegando que o réu é domiciliado no Brasil então a justiça brasileira é competente. A parte brasileira, caso não quisesse litigar aqui, alegava que existe uma clausula de eleição de foro exclusiva estrangeira então por isso a justiça brasileira não seria competente. A justiça brasileira entendia que era indiferente a clausula de eleição de foro exclusiva estrangeira, se essa ação tiver hipóteses do art. 88 do CPC/73 a justiça brasileira é competente. O STJ entendia que a vontade das partes não pode derrogar a competência através de uma clausula de eleição de foro quando houver hipóteses legais de competência. 
O NCPC, no art. 25, alterou essa jurisprudência entendendo que nos contratos internacionais, quando houver uma clausula de eleição e foro exclusiva estrangeira e o réu arguir a existência dessa cláusula na contestação, o juiz brasileiro deve se declarar incompetente. O art. 25, CPC veio para alterar uma jurisprudência consolidada no STJ. 
Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação. 
Isso vale para qualquer situação? Em qual situação não se aplica isso? Quando a competência for exclusiva. Nos casos de competência exclusiva da justiça brasileira as partes não podem escolher quem é competente. 
Caso 636.331: caso em que há um conflito de fontes entre a convenção de Varsóvia e o CDC. Faz referência a contratos internacionais de transporte de passageiros em relação a danos materiais. Foi firmada a tese que a convenção de Varsóvia prevalece sobre o CDC. É relacionado a danos materiais, a convenção de Varsóvia possui uma tabela com limitação de danos materiais e o STF entendeu que a convenção de Varsóvia prevalece sobre o CDC. 
CR 8279 – Questão da incorporação dos tratados. Havia a ratificação, mas não havia ainda a promulgação então para a validade externa as partes entendiam que valia no Brasil, mas faltava a validação interna no tratado. Dualismo moderado que precisamos preencher todas as fases para que o tratado possa ser invocado no nosso ordenamento jurídico. Quando pendente de qualquer das fases não pode ser utilizado no nosso ordenamento jurídico. 
Fontes: 
REsp 1325709 – aplicação do art. 98, CTN, critério da especialidade. 
REsp 1705222 – hierarquia dos tratados, status dos tratados no nosso ordenamentojurídico. 
Competência: 
REsp 1168457 – é um caso em que mesmo existindo uma cláusula de eleição de foro, havia hipótese do art. 88, CPC/73 (hipótese de competência concorrente) e a justiça brasileira e declarou competente. 
REsp 1498923 – competência concorrente e clausula de eleição de foro. A obrigação tinha que ser cumprida no Brasil, ela se declarou competente.
REsp 1633275 – havia uma clausula e ela foi respeitada. Antes do NCPC havia uma exceção – protocolo de Buenos Aires, dizendo que se aplicava a cláusula de eleição de foro. Não é diferente, só é uma matéria especial, sem alterar a jurisprudência anterior. 
Exercício de imunidade de jurisdição:
A justiça brasileira tem competência, mas o réu é um estado estrangeiro. A imunidade é direcionada ao estado estrangeiro. Durante muito tempo prevaleceu a imunidade absoluta. O estado estrangeiro não poderia ser julgado por outro (principio da soberania) já que entre iguais não há jurisdição. 
Após, começou a se aplicar a teoria da imunidade relativa que separava os atos do estado estrangeiro em dois tipos de atos, atos de império e atos de gestão, então pela teoria da imunidade relativa o estado estrangeiro poderia agir de duas formas, com relação aos atos de império havia imunidade e m relação aos atos de gestão não.
Atos de império são atos praticados pelo estado estrangeiro em exercício no exercício do seu poder soberano (ex.: visto). Já os atos de gestão são os atos praticados pelo estado estrangeiro na condição de pessoa privada (ex.: contrato de trabalho). 
A imunidade de execução: eu ganhei uma ação e agora quero entrar com uma ação contra o estado estrangeiro para satisfazer o meu crédito. A fase de execução é menos abrangente, entende o professor Rezek que a imunidade de execução é uma imunidade que só pode ser aberta em duas exceções: quando o próprio estado estrangeiro renuncia ou quando o credor encontrar bens estranhos a função diplomática (ex.: encontrei um jet skii no “nome” do estado estrangeiro)
Ex.: O estado estrangeiro na segunda guerra mundial afundou um navio pesqueiro em águas brasileiras, o estado estrangeiro praticou um ato de império, porém foi nas águas brasileiras contra os cidadãos nacionais. As famílias das vitimas entraram com ação contra o estado estrangeiro (ações na justiça brasileira) para solicitar reparação de danos.
Voto de Salomão (voto vencido em um dos casos): durante muito tempo foi aplicamos imunidade absoluta, depois de muito tempo o Brasil adotou a imunidade relativa, mas essa dicotomia já está obsoleta e se olharmos mundo afora existem convenções internacionais que não fazem essa dicotomia entre atos de império e gestão. Ele defende que não há imunidade de jurisdição para o estado estrangeiro nos casos de indenização envolvendo ato lesivo praticado pelo estado estrangeiro no estado do foro e esse ato envolve uma ofensa grave a dignidade da pessoa humana. O estado estrangeiro através dos seus representantes atuou no outro estado e praticou um ato grave, lesivo a dignidade da pessoa humana.

Continue navegando