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Maria Zita Castelo Branco * Fundamentos de enfermagem II pensos e ligaduras Seja sempre curioso! Não espere que o conhecimento vá ter consigo Você é que tem de ir ao seu encontro. ( Sudie Back) Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * É o maior órgão do corpo humano Pesa cerca de 2,6kg A=2m2 1/3 de toda a irrigação sanguínea pH = entre 4,2 a 5,6 Fisiologia e fitopatogenia da pele Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * FUNÇÕES DA PELE: Protecção : perda de líquidos e electrólitos lesão mecânica, térmica e química microrganismos Regulação da temperatura Sensibilidade Comunicação Metabolismo Excreção Síntese Fisiologia e fitopatogenia da pele Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * EPIDERME :, composta epitélio pavimentoso estratificado: Camada córnea Camada translúcida Camada granulosa: contém células de Langerhans Camada espinhosa: contém células de Langerhans Camada germinativa: contém melonócitos DERME: Tecido conjuntivo denso vascular: Derme papilar: contém colagénio e fibras reticulares Derme reticular: feixes de colagénio Fisiologia e fitopatogenia da pele Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Como são vistas as feridas? Como são Vistas as feridas ? Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * DEFINIÇÃO: “Ferida é definida como uma interrupção da integridade e das funções dos tecidos do corpo”. (Baranoski e Ayello 2004) Fisiologia e fitopatogenia da pele Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * “Ferida é uma lesão tecidular habitualmente associada a danos físicos ou mecânicos; formação de crosta e tunelização dos tecidos; drenagem serosa, sanguinolenta, ou purulenta; eritema da pele; edema; vesículas; pele circundante macerada e anormal; aumento da temperatura da pele; odor; sensibilidade dolorosa aumentada” (CIPE,2006) Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Factores que influenciam a resposta emocional do doente a uma ferida Etiologia Preparação Visibilidade Resposta dos outros Dor Odor e drenagem Resultados da cicatrização Expectativa da cicatrização Tempo de cicatrização Aguda / crónica Significado Impacto nas actividades da vida diária Padrões de coping Espiritualidade Apoios sociais Idade sexo Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Avaliação básica da pele Temperatura Cor Humidade Turgidez Integridade Técnicas: inspecção, palpação, olfacto, observação de cabelo e unhas, alterações cutâneas Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Idade da ferida Profundidade da ferida Cor do leito da ferida Baranoski,S ;Ayelo,E 2006; Dealey,2006 Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Classificação das feridas Idade da ferida AGUDA CRÓNICA CIRÚRGICA Baranoski,S ;Ayelo,E 2006; Dealey,2006 Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * crónica aguda cirúrgica Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Classificação das feridas Profundidade da ferida Feridas de perda Parcial da espessura da pele Feridas com perda total Espessura da pele Feridas superficiais Baranoski,S;Ayelo2006 Dealey,2006 Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Feridas superficiais Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Contusão: “ferida traumática do tecido corporal superficial, lesão irregular, alteração da coloração da pele exterior que evolui do preto e azul para verde e amarelo associada a agressão física como pancada ou queda” (CIPE,2006) Feridas superficiais Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Hematoma:concentrão e acumulação de sangue dentro dos tecidos, pele ,orgãos por traumatismo de cor azulada ,arroxeada ou amarela (CIPE,2006) Feridas superficiais Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Maceração: abrasão extenso do tecido de revestimento da superfície do corpo associada à presença continua de humidade CIPE,2006 Feridas de perda parcial da espessura da pele Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Escoriação: “abrasão do tecido da superfície do corpo, pequenas áreas hemorrágicas, pele dolorosa coberta com crosta seca sero-hemática por fricção , traumatismo…”CIPE,2006 Feridas de perda parcial da espessura da pele Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Feridas de perda parcial da espessura da pele Vesícula Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Feridas de perda parcial da espessura da pele Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Laceração: “lesão irregular, com perda de sangue e soro e com risco de choque……” (CIPE/2006) Feridas de perda parcial da espessura da pele Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Feridas de perda parcial da espessura da pele Ferida traumática: “solução de continuidade de tecido superficial, associada a lesão mecânica por agressão, acidente, lesão irregular da pele mucosa com tecido sujo ou infectado….”CIPE,2006 Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Feridas de perda parcial da espessura da pele QUEIMADURA : - solução de continuidade de pele com perda da camada superficial ou das camadas mais profundas provocadas por agentes térmicos, químicos. (grau I,II, e III) Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Classificação das úlceras Estado pré - ulceroso: Caracteriza-se por um rubor cutâneo (hiperémia) que desaparece até 15 min. Após o alívio da pressão. É um sinal de alarme Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Grau I – Lesão cutânea limitada ás camadas mais superficiais. A pele apresenta uma coloração rosada que não desaparece com o alivio da pressão exercida sobre a zona, nem por estimulação da irrigação sanguínea local. Caracteriza-se por edema , tumor, associada por vezes a um deslocamento epidérmico. CLASSIFICAÇÃO DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO (National Pressure Ulcer Advisory Panel cit Bolander, 1998) Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Feridas com perda total da Espessura da pele Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Grau II – Envolve a derme e epiderme podendo atingir o tecido celular subcutâneo superficial, apresenta sinais de inflamação e existe o risco de infecção. A pele apresenta vesiculas. CLASSIFICAÇÃO DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO National Pressure Ulcer Advisory Panel cit Bolander, 1998 Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Grau III – Afecta a epiderme, derme, e tecido subcutâneo profundo, podendo existir tecido necrosado e infecção. Estão presentes sinais inflamatórios. Apresenta exsudado de moderado a excessivo CLASSIFICAÇÃO DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO National Pressure Ulcer Advisory Panel cit Bolander, 1998 Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * CLASSIFICAÇÃO DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO Grau IV – Atinge o tecido muscular, podendo também atingir ossos ou articulações. A superfície apresenta-se ressequida, com coloração negra e não dolorosa. National Pressure Ulcer Advisory Panel cit Bolander, 1998 Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Classificação das feridas Cor do leito da ferida ( feridas abertas) vermelho amarelo preto Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * fibrina Fibrina pode indicar desbridamento Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Necrose: “morte tecidular associada a processo inflamatório, infeccioso ou maligno ou lesão mecânica dos tecidos”…..CIPE,2006 Preto = desbridamento Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Tecido de granulação Tecido epitelial Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * CICATRIZAÇÂO DAS FERIDAS Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * CICATRIZAÇÂO DAS FERIDAS Processo fisiológico através do qual o organismo restaura e restabeleceas funções dos tecidos lesados. Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Cicatrização das feridas Teoria dos 3 Rs: Reacção - controle da hemostasia( formação de células epiteliais Regeneração – o tecido lesionado é reposto por replicação de células iguais Reparação – o tecido lesionado é substituído por tecido conjuntivo ( cicatriz) Krasner (1995) Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Cicatrização das feridas vascular inflamatória proliferativa maturação 4 fases (Jones et al,2004) Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Cicatrização das feridas Fase vascular – alguns minutos Sangramento hemostase contracção miogénica ou neurogénica agregação plaquetária libertação de fact. de crescimento Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Cicatrização das feridas Fase vascular – alguns minutos Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Cicatrização das feridas Fase inflamatória – até ao 4º dia (36h na ferida limpa) -Remoção de bactérias, tecido necrosado (Fagocitose) -A lesão e a activação dos factores de coagulação tornam os vasos sanguíneos permeáveis e dilatados - Na observação surge: rubor, dor, calor e edema ( desconforto e alterações funcionais) Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Cicatrização das feridas Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Cicatrização das feridas Fase proliferativa ( 4º ao 21 º dia) A ferida é preenchida com novo tecido Células envolvidas: Endoteliais Fibrobastos Epiteliais queratinócitos Granulação e angiogenese Contracção epitelização Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Cicatrização das feridas Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Cicatrização das feridas Fase de maturação – 21º dia a 2 anos É a fase de cicatrização É estimulada pelos macrofagos As fibras de colagéneo são reorganizadas de forma a obterem o máximo de força extensível (80% da pele saudável) Depende da nutrição e oxigenação O tecido de cicatrização não tem cabelo nem glândulas sebáceas ou sudoriperas Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Cicatrização das feridas Fase de epitelização Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Cicatrização das feridas Primeira intenção: sem perda de tecidos, os bordos são aproximados e suturados; a cicatrização ocorre com o mínimo de cicatriz Segunda intenção: existe perda de tecido; os bordos cutâneos vão-se aprofundando; tecido de granulação ocupa o leito da ferida; a contracção aproxima os bordos; o encerramento é completo com a cicatriz Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Complicações Hemorragia Infecção Deiscência Evisceração Fístulas Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Cicatrização das feridas Factores que influenciam a cicatrização Factores externos: Presença de corpos estranhos Maceração dos tecidos Esquemia Infecção Factores sistémicos: Idade avançada Desnutrição Diabetes Doença renal Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Outros factores: Redução dos níveis da actividade dos factores de crescimento Desequilíbrio entre as proteinases e os seus inibidores Células senescentes ( fibroblastos) Cicatrização das feridas Factores que influenciam a cicatrização Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Avaliação das feridas motivos Os nove C Causa da ferida Imagem Clara de como a ferida está Imagem Compreensiva do doente Factores Contribuintes Comunicação com a equipa de saúde Continuidade de cuidados Localização Centralizada de informação de cuidados à ferida Componentes do plano de cuidados à ferida Complicações da ferida (Baranoski et al, 2004) Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Avaliação da ferida tabela ASSESSMENT (1ª etapa) A- localização anatómica da ferida e idade da ferida S- tamanho, forma , estádio S- loca, fistula, túnel E- exsudado : - seroso, serossanguinolento, sanguíneo - espesso, leitoso ou purulento S – sépsis S - pele circundante M - maceração E - bordos, epitelização N - tecido necrótico T - tecido do leito, sensibilidade à dor S - estado (Baranoski et al, 2004) Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Técnicas de medir a área da ferida Traçar a superfície sobre um acetato régua Fotografia Imagem digital Estereofotogrametria Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Avaliação Keate e colaboradores (2004) propuseram a mnemónica “MEASURE” que organiza a avaliação da ulcera de pressão. M (measure) = Medida – comprimento, largura, profundidade e área em cm. Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * E (exsudate) = Exsudado – quantidade e qualidade (cor e odor). Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Características do exsudado Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * A (appearance) = Aspecto – leito da ferida e tipo de tecido. Tecido epitelial Tecido em granulação Tecido fibrinoso Tecido necrótico Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * S (suffering) = sofrimento – tipo e intensidade da dor. Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * U (undermining) = túneis e fistulas – presença ou ausência. Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * R (re-evaluate) = reavaliação – monitorização regular de todos os parâmetros Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * E (edge) = bordos – condição dos tecidos da ferida e pele circundante. Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * PENSOS Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Função dos pensos Proteger as feridas dos microorganismos e de danos físicos. Melhorar o conforto e estimular a cicatrização. Proporcionar a absorção de drenagem da ferida caso exista. Esconder do paciente uma imagem frequentemente desagradável e motivadora de ansiedade – proporcionar conforto físico e mental ao doente. (Bolander,1998) Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * PRINCIPIOS BÁSICOS Prática baseada na evidência Escolha de pensos = avaliação da ferida + princípios do tratamento de feridas. ferida seca, acrescente humidade. ferida com drenagem, absorva-a. ferida com tecido necrótico desbride-a. Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Algoritmo de decisão de tratamento da ferida (Baranoski et al, 2004) Ferida/ulcera A granular necrótica Perda parcial ou total da espessura da pele/estádio II Perda total da espessura da pele/ estádio III / IV Não exsudativa exsudativa Não exsudativa exsudativa Hidrocoloide Hidrogel Factor de crescimento Alginato de Ca Hidrocoloide colagénio Gaze hidrogel Hidrocoloide Gase húmida Alginato de ca Carvão activado com prata Colagénio gase Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Critérios para identificação de infecção numa ferida Cheiro Alterações da cor Aumento do exsudado Celulite e inflamação Tecido frágil de granulação Formação de abcesso Aumento do desconforto e da sensibilidade Ferida que não cicatriza Formação de locas e túneis ( European Pressure Ulcer Advisory Panel (EPUAP) Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Características de um penso ideal Manter ambiente húmido Facilitar o desbridamento autolitico/enzimatico Ser absorvente Adequado às dimensões da ferida Fornecer isolamento térmico Actuar como barreira bacteriana Reduzir ou eliminar a dor no local da ferida Não causar dor na sua remoção Equilibrado no custo/beneficio (Seaman cit. Baranoski et al,2004) Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Características de um penso ideal Nº de dias que o penso podepermanecer no local da ferida Aparência do penso Facilidade : - aplicação do penso - remoção do penso - manutenção - ensino do prest. de cuidados (Seaman cit. Baranoski et al,2004) Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Tipos de pensos Oclusivos ou não oclusivos Secos ou Húmidos Absorventes ou impregnados Aderentes ou não aderentes Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Alguns tipos de pensos Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Escolha de pensos Antecedentes pessoais Características clínicas da ferida ( bordos. Extensão, profundidade, localização, infecção secundária, e fase de cicatrização sintomatologia geral da ferida ,dor ,hemorragia e sinais inflamatórios Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Mecanismos de acção dos pensos oclusivos Cicatrização em meio húmido propicia a migração celular, nomeadamente os macrofagos Oclusão favorece a neo-angiogenese, o equilíbrio da flora microbiana e impede a colonização bacteriana na Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Tipos de desbridamento Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Desbridamento mecânico Hidroterapia Penso seco/ húmido Lavagem púlsátil - Irrigação da ferida com soro fisiológico com pressão entre 5 e 15 psi ( seringa com abocath nº20) Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Desbridamento autolitico Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Desbridamento enzimático Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Desbridamento cirúrgico Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Diminuição bacteriana Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Isolar a ferida Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Tratamento em meio húmido Pouco exsudado (hidrogel) Exsudado normal (Hidropolimero) Exsudado em excesso (alginato de cálcio) Desbridamento mecânico + Autolitico/enzimático Limpeza da ferida Redução da quantidade de bactérias Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Feridas exsudativas (Exsudado ligeiro a moderado) (de 1 a 5ml/24h) - Poliuretano, penso fino transparente - Hidrocolóides, penso fino transparente - Hidrogel, penso - Silicone, penso Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Feridas exsudativas Exsudado moderado a elevado ( 5 ou mais ml/24h) - Poliuretano, penso - Hidrocolóides, penso - Alginatos simples e mistos( Ca ou Ag) Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * LESÕES CAVITÁRIAS PROFUNDAS Alginatos, tira ou penso Poliuretano, penso para espaços cavitários, ou penso não adesivo - Hidrocolóides, - Hidrogel - hidrofibras Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Feridas infectadas Lavagem abundante com soro (irrigação a alta pressão) - Penso de carvão activado com ou sem prata - Alginatos - Antibiótico via sistémica Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * LESÕES COM TECIDO NECROSADO - Desbridamento: autolítico, cirúrgico e/ou enzimático - Hidrocolóides Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Lesões malignas - Carvão activado, penso - Poliuretano, espuma - Alginato de cálcio, penso - Metronidazol gel, misturado com hidrogel Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * LESÕES COM HIPERGRANULAÇÃO Nitrato de prata, seguido de uma boa lavagem com soro fisiológico (37º), para remover os detritos formados. Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Feridas em fase de granulação/epitelização - Hidrocolóide, penso fino transparente - Penso fino de poliuretano - Penso de silicone - Gaze parafinada Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * 2ª etapa – Diagnóstico de Enfermagem A - Ferida cirúrgica -localização/topologia Tecido: epitelial; granulação ;amarelo, necrose Aspecto: limpa; infectada Exsudado: seroso; hemático ;purulento; reduzido; moderado; elevado ;odor Área circundante: ruborizada; macerada, seca, descamativa flictenas, sinais inflamatórios B - Ferida traumática – localização / topologia C - Úlcera venosa/arterial - Localização/topologia Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * 2ª etapa – Diagnóstico de Enfermagem D - Úlcera de pressão - localização / topologia E - Escoriação - localização / topologia F - Contusão - localização / topologia G - Maceração - localização / topologia Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Princípios gerais: Identificar o doente e informá-lo dos procedimentos. Lavar as mãos cuidadosamente antes e depois do tratamento. Se o penso for doloroso – administrar terapêutica analgésica respeitando o seu tempo de actuação. Não executar o penso perto da hora das refeições. Respeitar privacidade e conforto do utente. Usar material esterilizado e técnica asséptica cirúrgica. Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Princípios gerais: 7. Nas feridas limpas é considerada zona limpa o centro da ferida, enquanto que nas infectadas é o inverso. 8. Ter uma atitude de correcção (isenta de comentários). 9. Retirar o penso anterior com cuidado, evitando fazer sangrar a ferida (se necessário humedecer com soro fisiológico a 37º). 10. No uso de substâncias anti-sépticas deve desprezar-se sempre a primeira porção. Utilizar sempre ligaduras em zonas de prega ou flexão Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * ACTIVIDADES PRELIMINARES Os frascos devem estar sempre fechados e devidamente identificados Verificar a necessidade de substituição do penso. Verificar plano de cuidados Anotar as preferências do doente no plano de cuidados. Planear a actividade para uma hora adequada. Avaliar tipo, tamanho e número de pensos necessários. Proporcionar privacidade. Criar uma zona de trabalho limpa e seca. Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Material Tabuleiro. A solução usada para limpar a ferida, deverá ser aniónica (o soro fisiológico a 37ºC,água destilada). Adesivo hipo-alérgico. Luvas de látex. Luvas esterilizadas (se não usar o Kit de penso esterilizado) Um campo esterilizado. Saco impermeável para sujos. Um Kit de penso esterilizado, contendo: 1 pinça de dissecção sem dente, 1 pinça de dissecção com dente e 1 pinça de Kocker e compressas 10x10. Soluções anti-sépticas/ produtos prescritos. Ligaduras se necessário Cuvete para colocar as pinças usadas. Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Intervenções de enfermagem Monitorizar dor através de escala analógica Monitorizar ferida através de medição Monitorizar sinais inflamatórios Monitorizar perímetro (maléolos) Vigiar edema Vigiar penso Vigiar ferida Executar penso segundo procedimento Monitorizar peso Elevar membros inferiores Instruir doente e prestadores de cuidados sobre o penso Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * procedimento 1. Lavar cuidadosamente as mãos. 2. Proteger, posicionar o utente correctamente. 3. Preparar o equipamento usando técnica asséptica cirúrgica. 4. Dobrar suavemente a roupa da cama e da pessoa, expondo o penso. 5. Colocar resguardo 6. Descolar o adesivo. Começar da extremidade para o centro da ferida. Fixar a pele com a mão não dominante, remover o adesivo no sentido oposto Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * procedimento 7. Retirar o penso húmido. Usar luvas limpas ou pinças para o fazer. Colocar o penso velho no saco de plástico branco. 8. Se o penso aderiu à ferida humedecê-lo com soro fisiológico até se soltar facilmente. 9. Calçar as luvas esterilizadas. 10. Avaliar completamente a ferida recorrendo à visão, ao olfacto e ao tacto. 11. Se necessário removercom suavidade a cola em redor da ferida com uma solução específica para o efeito Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * LIMPEZA DE UMA FERIDA LINEAR limpa Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Sutura linear Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Tipo de suturas Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Como tirar pontos de seda? Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Como retirar agrafes? Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * LIMPEZA DE UMA FERIDA CIRCULAR Limpa Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * procedimento 12 limpar as extremidades da ferida e a pele em seu redor, se necessário. 13. Retirar as luvas e deitá-las no saco com os pensos e compressas usadas. 14. Aplicar o penso esterilizado após colocar novas luvas ou usando pinças esterilizadas. Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * procedimento 17.Fixar o penso com adesivo ou ligadura de gaze. 18. Recolocar a roupa da cama sobre a pessoa e posicioná-la, se necessário. 19. Recolher o equipamento usado. 20. Lavar as mãos cuidadosamente. 21. Proceder aos registos Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * 1 2 3 4 Ferida crónica Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * REGISTOS DE ENFERMAGEM Os registos, devem conter : o tipo de ferida Tamanho profundidade tipo de tecido presente uniformidade no tipo de tecido presença de sinais inflamatórios, Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Registos de enfermagem exsudado e suas características. Presença de dor Reacções do doente à ferida e à execução do penso o tipo de penso que tem sido utilizado a evolução da ferida avaliar o efeito do penso programar futuros tratamentos Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Ligaduras As ligaduras são feitas de material diverso de acordo com o objectivo a que se destinam: Compressão Imobilização Protecção e oclusão Contenção e suspensão Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Ligaduras Gaze – fixar pensos Elásticas compressão Elásticas adesivas compressão e sustentação Algodão protecção Crepe ou Velpeau _ compressão moderada e uniforme Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Princípios gerais Preparar o material seleccionando a ligadura de acordo com situação - tipo de lesão, indicação, e finalidade; Informar o paciente do que se vai realizar e pedir a sua colaboração durante e após; Colocar o doente na posição mais cómoda e adequada possível ao seu bem estar Observar o estado da pele e necessidade de trocar o penso Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Princípios gerais 5. Procurar que os músculos da região estejam relaxados e em posição funcional 6. As ligaduras deverão ser espessas para poderem absorver e dar suporte, mas não grandes de mais que impeçam a função desejada. 7. Colocar a ligadura folgada sobre os pensos húmidos ou feridas que drenam. Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Princípios gerais 8. Manter a pressão uniforme 9. Evitar sobreposições irregulares e desnecessárias 10. Proteger as proeminências e depressões ósseas 11. manter as ligaduras esticadas limpas, funcionais e firmes 12. Vigiar sinais de lesão neurovascular 12. Registar hora de colocação, situação da pele e cuidados com a pele Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Ligadura circular Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Ligadura circular Utilizar para ligar regiões corporais circulares ex: braço Utilizar para iniciar e terminar outros tipos de ligaduras Volta simples é a mais utilizada Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Contenção tubular Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Ligadura circular Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * ligadura em espiral Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * ligadura espiral inversa Usa-se em regiões cilíndricas que vão aumentando de tamanho Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Ligadura em leque ou volta em oito Usa-se para fixar articulações Usa-se nas articulações Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Ligadura recorrente Maria Zita Castelo Branco * Maria Zita Castelo Branco * Tratamento das feridas O tratamento das feridas Requer: Paciência Habilidade Experiência Senso comum “Não é fácil encarar os problemas um a um Quando eles se recusam a pôr-se em fila” Ashleigh ,Brilliant Maria Zita Castelo Branco *
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