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CURATIVO Prof°: Débora Carla de Assunção Machado O QUE SABEMOS? FINALIDADE Remover o acúmulo de secreções e tecido morto da ferida ou da área de incisão; Diminuir o crescimento de microrganismo na ferida ou na área da incisão; Promover a cicatrização da ferida. RESULTADO ESPERADO Cicatrização da ferida sem sinal de infecção. CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS Trocas de curativos são freqüentemente dolorosas: avaliar as necessidades relativa à dor e medicar o paciente 30 minutos antes do início do procedimento; Os pacientes geriátricos e pediátricos são freqüentemente imunodeprimidos e têm uma baixa resistência, sendo necessária uma estrita assepsia para minimizar a exposição aos microrganismos. TIPOS DE FERIDAS FERIDAS AGUDAS Ferida cirúrgica: pode ter o curso complicado por fatores adversos. Pode ser mantida aberta ou fechada Ferida traumática: lesão tecidual, causada por agentes que, atuando sobre qualquer superfície corporal, de localização interna ou externa , promove uma alteração na fisiologia tissular com ou sem solução de continuidade do plano afetado. Lesão por queimadura: são feridas decorrentes de trauma, podendo ser de origem térmica, química, elétrica ou radioativa. Agem no tecido de revestimento do corpo, causando destruição parcial ou total da pele e seus anexos FERIDAS CRÔNICAS Lesão por pressão: É uma área localizada de morte celular que se desenvolve quando um tecido mole é comprimido entre uma proeminência óssea e uma superfície dura por um periodo prolongado. Úlcera de estase venosa ou varicosa: lesões crônicas que ocorrem na parte inferior das pernas e pés pela presença de hipertensão venosa. Geralmente é indolor. Pulsos artérias estão preservados. Ocorre dermatite ocre, eczema, edema e ulceras localizadas nas prominências ósseas ou áreas suscetíveis a traumas. Úlcera arterial ou isquêmica: lesões crônicas que ocorrem na parte inferior das pernas e dos pés pela presença de insuficiência artéria. Ocorre edema se o membro estiver na posição pendente. Pulsos pediais diminuídos ou ausentes. Pés frios e pálidos quando elevados. Pele brilhante, tensa, queda de pêlos e unhas grossas e opacas. Ocorre nos dedos, pés, calcâneo ou região lateral da perna e podem apresentar necrose nas bordas. Dor intensa ao repouso. Úlcera diabética: uma complicação comum em pacientes portadores de diabetes melito, que se origina de problemas em diversas áreas suscetíveis da doença, como nervos, pele, vasos e o sistema musculo esquelético dos pés. Ocorre erosões cutâneas com perda do epitélio, que se ampliam à derme e tecidos mais profundos CLASSIFICAÇÃO DA FERIDA Categorias Estágio 1 Hiperemia com presença ou não de presença de flictenas. Estágio II Rompimento da pele ( epiderme e derme). Estágio III Acometimento de epiderme, derme e hipoderme. Estágio IV Todas as camadas acometidas inclusive fascia muscular. Não Classificável tem necrose mas não tem como saber a profundidade, pode atingir osso e tendão. Lesão por Pressão Tissular Profunda Pele intacta ou não, com área localizada e persistente de descoloração vermelha escura, marrom ou púrpura que não embranquece ou separação epidérmica que mostra lesão com leito escurecido ou bolha com exsudato sanguinolento. Dor e mudança na temperatura frequentemente precedem as alterações de coloração da pele. Lesão por Pressão Relacionada a Dispositivo Médico Resulta do uso de dispositivos criados e aplicados para fins diagnósticos e terapêuticos. A lesão por pressão resultante geralmente apresenta o padrão ou forma do dispositivo. Essa lesão deve ser categorizada usando o sistema de classificação de lesões por pressão. Lesão por Pressão em Membranas Mucosas A lesão por pressão em membranas mucosas é encontrada quando há histórico de uso de dispositivos médicos no local do dano. Devido à anatomia do tecido, essas lesões não podem ser categorizadas. TECIDOS ENCONTRADOS NO LEITO DA FERIDA Tecido de granulação: vermelho vivo, ricamente vascularizado, com presença de substratos responsáveis pela resposta de reparação tecidual. Sangra com facilidade durante a manipulação. Esfacelo: membrana fibrosa, composta por células mortas acumuladas no exsudato. Considerado tecido inviável e deve ser retirado. Necrose: tecido desvitalizado em forma de crosta. Deve ser totalmente removido. TIPOS DE CICATRIZAÇÃO GRAU DE CONTAMINAÇÃO 1. Limpas: não apresentam sinais de infecção e feitas em condições assépticas. Probabilidade de infecção é baixa, em torno de 1 a 5 %. Exemplo: feridas produzidas em ambiente cirúrgico; 2. Limpas-contaminadas: apresentam contaminação grosseira, como em casos de acidente doméstico ou em situações cirúrgicas em que houve contato com o trato genital, por exemplo, porém a situação ainda é controlada. O risco de infecção nestes casos é de aproximadamente 10%. 3. Contaminadas: Feridas acidentais com mais de 6 horas de trauma, onde a ferida entrou em contato com fezes ou urina, por exemplo. No ambiente cirúrgico, uma ferida é considerada contaminada quando a técnica asséptica não foi devidamente respeitada. Os níveis de infecção podem atingir de 20 a 30% nestes casos. PROCEDIMENTO DE ENFERMAGEM MATERIAL IMPLEMENTAÇÃO Lavar as mãos e organizar o material; Explicar o procedimento ao paciente e dar assistência às suas necessidades; Diminuir a ansiedade; Avaliar o nível de dor do paciente, realizar a administração da medicação e esperar que faça efeito antes de começar, quando necessário; Diminuir o desconforto da troca de curativos. Colocar a mesa ao lado da cama próxima ao local em que será feito o curativo; Facilitar o gerenciamento do campo e materiais estéreis. Colocar o material na mesa ao lado da cama Saco de lixo ao lado da cama; Facilitar a eliminação do material contaminado. Abrir o pacote de curativo; Abrir mais pacotes de gazes se o curativo for muito grande. Colocar a agulha no frasco de solução salina, previamente aquecida à temperatura corporal; Calçar as luvas de procedimentos; Retirar a fita adesiva, puxando em direção à ferida e remover o curativo sujo. Visualizar a área da ferida e do curativo e também a exposição para a limpeza. Molhar o curativo com solução salina se estiver aderido á ferida, então puxar suavemente; Colocar o curativo no saco de lixo; Colocar a cuba rim abaixo da ferida; Lavar a ferida com jato de soro morno; Realizar a limpeza da ferida sem retirar áreas já regeneradas. Pegar a pinça e fazer uma trouxinha de gaze; Passar a gaze, em áreas que não tenha tecido de granulação, trocando a gaze sempre que necessário Prevenir a contaminação da ferida por microrganismos. Usar medicação, pomada, óleo, recomendado pelo médico ou enfermeiro; Seguir a prescrição de enfermagem ou médica. Colocar as gazes sobre a área da ferida ou incisão até que a área esteja completamente coberta; Prevenir a contaminação do curativo ou ferida. Fixar o curativo com fita adesiva; Dispensar as luvas, os materiais e guardá-los apropriadamente; Manter o ambiente organizado. Posicionar o paciente com conforto; Lavar as mãos; Diminuir a expansão de microrganismos. AVALIAÇÃO DE EDEMA AVALIAÇÃO Os resultados esperados foram alcançados? DOCUMENTAÇÃO Deve ser anotado no prontuário do paciente: A localização e o tipo da ferida ou da incisão; O estado do curativo anterior; O estado da área da ferida/incisão; A solução e os medicamentos aplicados na ferida; As observações feitas pelo paciente; A tolerância do paciente ao procedimentos. BIBLIOGRAFIA POTTER, P. A.; A. N. GRIFFIN Fundamentos de enfermagem. Rio de janeiro. Elsevier, 2009. Santos, A.; Marangoni, T. Guia prático de enfermagem: processos, técnicas, SAE, NANDA. PAE editora. São Paulo, 2010. BALAN, M. Guia terapêutico para tratamento de feridas. São Caetano do Sul. Difusão editora, 2012.FIM
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