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REGIÃO INGUINAL − Fica entre a EIAS e o tubérculo púbico e é um canal de entrada e saída de estruturas além de ser um possível local de herniação. A gônada masculina é formada no abdome e desce pelo canal inguinal para o escroto, contribuindo para a formação de muitas estruturas que estão nessa região. − De anterior para posterior, a anatomia da virilha inclui a pele, tec subcutâneo e logo abaixo tem as a. ilíaca circunflexa superficial, epigástrica superficial e pudenda externa + veias acompanhantes. Esses vasos surgem da artéria e veia femorais proximais e drenam para elas, respectivamente, e são direcionados superiormente, se encontrados durante uma intervenção cirúrgica podem ser afastados ou mesmo seccionados quando necessário. − É comum haver retináculos em muitas áreas do corpo. O LIG INGUINAL E O TRATO ILIOPÚBICO vão desde a EIAS até o tubérculo púbico e constituem um retináculo anterior. Eles cobrem a região subinguinal e nela passam os músculos flexores do quadril, vasos e nervos. − LIG INGUINAL / LIG. DE POUPART • É uma faixa da aponeurose inferior do obliquo externo. • Suas fibras mais laterais seguem ao longo da linha pectínea e formam o LIG PECTÍNEO (lig. Cooper). Esse lig é formado pelo espessamento do periósteo da face interna do ramo superior do púbis. Ele é posterior ao trato iliopúbico e forma a borda posterior do canal femoral. Em aproximadamente 75% dos pacientes, existirá um vaso que cruza a margem lateral do ligamento de Cooper que é um ramo da artéria obturadora. Se este vaso é lesado, pode ocorrer sangramento perturbador. O ligamento de Cooper é um marco importante para reparos laparoscópicos e/ou cirurgia aberta e é uma estrutura de ancoragem útil, particularmente nos reparos laparoscópicos. Esse ligamento é empregado como ponto de reparo na técnica de McVay. o Veia corona mortis: passa junto com o ligamento de Cooper e se lesada leva a um sangramento importante; • Outras fibras se inserem no ramo superior do púbis e formam o LIG LACUNAR (Gimbernat) − TRATO ILIOPÚBICO (Lig de Thomson) • É conjunto de fibras aponeuróticas do músculo transverso que tem trajeto paralelo e posterior ao ligamento inguinal e se insere na espinha ilíaca. • Durante esse trajeto, forma parte da porção superior do anel femoral e da porção inferior do anel inguinal interno; ele reforça a parede posterior e o assoalho do canal inguinal e une estruturas que atravessam o espaço subinguinal • O ligamento inguinal e o trato iliopúbico cobrem uma área de fraqueza inata na parede do corpo na região inguinal denominada óstio miopectíneo • Essa área fraca, que tem relação com as estruturas que atravessam a parede do corpo, é o local de hérnias inguinais diretas e indiretas, bem como de hérnias femorais • Os nervos femoral, cutâneo femoral lateral e genitofemoral estão localizados inferiormente ao trato iliopúbico • O trato iliopúbico é uma estrutura muito importante no reparo de hérnias tanto pela abordagem anterior quanto posterior, ele compreende a margem inferior para a maioria dos reparos anteriores. • A porção do trato iliopúbico lateral ao anel inguinal interno funciona como a borda inferior abaixo da qual grampos ou tachas não são colocados durante o reparo laparoscópico da hérnia inguinal porque os nervos femoral, cutâneo femoral lateral e genitofemoral estão localizados inferiormente ao trato iliopúbico. • Embora ele nem sempre possa ser visualizado durante reparos posteriores, se o dispositivo de tacha não puder ser palpado na parede abdominal anterior, deve-se assumir que ele está abaixo do trato iliopúbico. • Esse trato é muito importante no reparo videolaparoscópico das hérnias inguinais. − CANAL INGUINAL • O canal tem 4cm de comprimento e está localizado logo acima do lig inguinal e se estende entre os anéis superficial e profundo. Normalmente o canal está colapsado contra as estruturas que passam nele. • O conteúdo do canal é: ✓ Funículo espermático em homens e o ligamento redondo do útero nas mulheres. m. reto Espaço pré- peritoneal Tendão conjunto o O funículo espermático é composto pelo m. cremáster, ducto deferente com sua artéria e veia, artéria e veia espermática externa, conduto peritoniovaginal, plexo pampiniforme, ramo genital do verno genitofemoral) ✓ Vasos sanguíneos e linfáticos e o nervo ilioinguinal (que divide a inervação da parte interna da coxa e escroto junto com o nervo ileohipogástrico – que está junto à aponeurose do m. obliquo interno) ✓ Artéria femoral e veia femoral ✓ Pilar lateral fixa-se ao tubérculo púbico, e o pilar medial à crista púbica ✓ O pilar inferior do anel inguinal profundo é composto pelo trato iliopúbico; o pilar superior do anel profundo é formado pelo arco aponeurótico do transverso. A borda lateral do anel interno é conectada ao músculo transverso abdominal, que forma um mecanismo de obturador para limitar o desenvolvimento de uma hérnia indireta. − A passagem das estruturas pelo canal inguinal ocorre através de duas aberturas: ✓ Anel inguinal profundo (interno) → é a entrada do canal inguinal, advém da fáscia do m. transversal, localizado na parede posterior ✓ Anel inguinal superficial (externo) → é a saída do canal inguinal, é uma abertura ovoide da aponeurose do m. obliquo externo − As aponeuroses do m. transverso e obliquo externo se juntam no tubérculo púbico para formar a área conjunta. − A borda inclinada do ligamento inguinal é utilizada em vários reparos de hérnia inguinal, incluindo as técnicas de Bassini e a técnica livre de tensão de Lichtenstein − LIMITES DO CANAL INGUINAL • Parede anterior → aponeurose do m. obliquo externo • Parede posterior → fáscia transversal + aponeurose do m. transverso • Teto → fascia transversal + m. obliquo interno e transverso • Assoalho: trato iliopúbico + lig inguinal e lig. Lacunar • O triângulo de Hesselbach faz parte do assoalho do canal inguinal. Os vasos epigástricos inferiores funcionam como sua borda superolateral, a bainha do reto como margem medial e o ligamento inguinal como a margem inferior. Hérnias diretas ocorrem no triângulo de Hesselbach, enquanto hérnias inguinais indiretas originam-se lateralmente ao triângulo. Não é raro, entretanto, que hérnias inguinais indiretas médias e volumosas, à medida que aumentam em tamanho, envolvam o assoalho do canal inguinal • Os nervos ílio-hipogástrico e ilioinguinal e o ramo genital do nervo genitofemoral são os nervos importantes na área da virilha. o Os nervos ílio-hipogástrico e ilioinguinal proporcionam sensibilidade à pele da virilha, base do pênis e coxa medial superior ipsilateral. Situam-se abaixo do músculo oblíquo interno a um ponto exatamente medial e superior à espinha ilíaca superior anterior, onde penetram o músculo oblíquo interno e localizam-se abaixo da aponeurose oblíqua externa. o O tronco principal do nervo ílio-hipogástrico cursa na superfície anterior do músculo oblíquo interno e aponeurose medial e superior ao anel interno. o O nervo ílio-hipogástrico pode fornecer um ramo inguinal que se junta ao nervo ilioinguinal. O nervo ilioinguinal situa-se anteriormente ao cordão espermático no canal inguinal e ramifica-se junto ao anel inguinal superficial. o O ramo genital do nervo genitofemoral inerva o músculo cremaster e a pele do lado lateral da bolsa escrotal e/ou dos lábios. Esse nervo localiza-se no trato iliopúbico e acompanha os vasos cremastéricos para formar um feixe neurovascular − As porções mais inferiores das aponeuroses dos mm. oblíquo interno e transverso, presas a crista púbica e a linha pectínea, podem se fundir, formando o tendão conjunto − A maioria das hérnias inguinais em homens passa superiormente ao trato iliopúbico (hérnias inguinais), enquanto nas mulheres a maioria passa inferiormente a ele (hérnias femorais) − Profundamente ao plano do m. transverso, tem-se a FÁSCIA TRANSVERSALIS que reveste a porção mais interna de toda a musculatura da paredeabdominal. Abaixo dessa fáscia tem tecido gorduroso pré-peritoneal e depois o peritônio. Algumas estruturas localizadas abaixo do plano da fascia transversalis são muito importantes pois são utilizadas em diversas técnicas para o reparo de hérnias inguinais e femorais. O mais importante é o lig pectíneo − TRIÂNGULO DE HESSELBACH: região triangular limitada pelos vasos epigástricos inferiores, lateralmente; borda lateral do reto abdominal, medialmente e inferiormente pelo ligamento inguinal; é uma área de menor resistência da fáscia transversalis onde ocorre a hérnia inguinal direta (medial aos vasos epigástricos inferiores) fora do canal inguinal. ESPAÇO PRÉ-PERITONEAL − Contém tecido adiposo, linfático, vasos sanguíneos e nervos. Os nervos que têm nesse espaço incluem o: − N. cutâneo femoral lateral • Origina-se na raiz de L2-L3 e é ocasionalmente um ramo direto do n. Femoral • Cursa ao longo da superfície anterior do m. ilíaco abaixo da fáscia ilíaca e passa sob ou através do lig inguinal na EIAS. Esse nervo corre abaixo ou ocasionalmente através do trato iliopúbico lateral ao anel inguinal interno. − N. genitofemoral • Origina-se das raízes de L2 ou de L1-L2. Se divide em ramos genital e femoral na superfície anterior do m. Psoas • O ramo genital entra no canal inguinal pelo anel profundo • O ramo femoral entra na bainha femoral lateralmente à artéria − A artéria e veia epigástrica inferior são ramos dos vasos ilíacos externos e são limites importantes para o reparo laparoscópico da hérnia. Esses vasos cursam medialmente ao anel inguinal interno e acabam localizando-se abaixo do músculo reto do abdome imediatamente abaixo da fáscia transversal. • Os vasos epigástricos inferiores servem de referencial para se definir os tipos de hérnia inguinal. As hérnias inguinais indiretas ocorrem lateralmente aos vasos epigástricos inferiores, enquanto hérnias diretas ocorrem medialmente a esses vasos. − A artéria ilíaca circunflexa profunda e a veia estão localizadas abaixo da porção lateral do trato iliopúbico no espaço préperitoneal. Esses vasos são ramos da artéria ilíaca externa ou epigástrica inferior e veia. É importante dissecar apenas acima do trato iliopúbico durante o reparo laparoscópico de hérnia para evitar lesão desses vasos. − O ducto deferente cursa pelo espaço pré-peritoneal no sentido caudal a cefálico e medial a lateral para juntar-se ao cordão espermático no anel inguinal profundo. CANAL FEMORAL • Anterior – trato ileopúbico; • Posterior – ligamento de Cooper; • Lateral – veia femoral; • O tubérculo púbico forma o ápice do triangulo do canal femoral • Esse canal contém tec conj e linfático • Uma hérnia femoral ocorre através desse espaço e é medial aos vasos femorais
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