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Livro Eletrônico
Aula 04 - complementar.
Noções de Medicina Legal p/ PC-PA (Investigador e Escrivão) Com
videoaulas - 2019
Alexandre Herculano
90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação 1 
2. Balística Forense 1 
3. Questões propostas 25 
4. Questões comentadas 29 
5. Gabarito 36 
 
Olá, meus amigos! 
 
Então, hoje, vou abordar os seguintes complementos do edital: 
lesões e morte por instrumentos perfuro-contundentes - projéteis de 
arma de fogo comuns e projeteis de arma de fogo de alta energia. 
 
Balística Forense 
 
A Balística Forense é uma disciplina, integrante da criminalística, 
que estuda as armas de fogo, sua munição e os efeitos dos tiros por elas 
produzidos, sempre que tiverem uma relação direta ou indireta com 
infrações penais, visando esclarecer e provar sua ocorrência. 
Segundo os estudos que são submetidos à Balística Forense, esta 
pode ser dividida em: balística interna, balística externa e balística dos 
efeitos. Vejamos cada uma: 
 
✓ Balística interna: conhecida também como balística interior, é a 
parte da balística que estuda a estrutura, mecanismos e 
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funcionamento das armas de fogo, o tipo de metal usado na sua 
fabricação bem como, a sua resistência às pressões desenvolvidas 
na ocasião do tiro. As armas de fogo são criteriosamente 
analisadas nesse ramo da balística forense, assim sendo, além do 
estudo do funcionamento das armas, da sua estrutura e 
mecanismos, este ramo da balística descreve até mesmo as 
técnicas do tiro; 
 
✓ Balística externa: conhecida também como balística exterior, 
estuda a trajetória do projétil, desde a saída da boca do cano da 
arma até a sua parada final (repouso). A balística exterior analisa 
as condições do movimento, velocidade inicial do projétil, sua 
forma, massa, superfície, resistência do ar, a ação da gravidade e 
os seus movimentos intrínsecos; 
 
 
✓ Balística dos efeitos: conhecida também como balística terminal 
ou balística do ferimento, estuda os efeitos gerados pelo projétil 
desde que abandona a boca do cano até atingir o alvo. Quando 
nos referimos aos tipos de instrumentos que podem produzir 
lesões no homem, citamos os perfuro-contundentes, isto é, 
aqueles que perfuram e contundem simultaneamente, e temos 
como exemplo as lesões causadas pelas “armas de fogo”. Esses 
instrumentos causam lesões perfuro-contusas. 
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Na balística forense, para armas de fogo, existem dois métodos 
de identificação: identificação direta e a identificação indireta. Na 
identificação direta ou imediata, o exame é realizado nela própria, ou 
seja, das suas características e peculiaridades distintivas (tipo, calibre, 
etc.). Já na identificação indireta ocorre o exame é feito através de estudo 
comparativo de características deixadas pela arma nos elementos de sua 
munição. Na identificação indireta, usam-se métodos comparativos macro 
e microscópicos nas deformações verificadas nos elementos da munição 
da arma questionada ou suspeita. 
 
Conceito de Balística 
 
Trata-se da disciplina que estuda basicamente as armas de 
fogo, as munições, os fenômenos e os efeitos de seus disparos, com 
finalidade de auxiliar o Poder Judiciário. 
Podemos dizer que a Balística: “é a parte do conhecimento 
criminalístico e médico-legal que tem por objeto especial o estudo das 
armas de fogo, da munição e dos fenômenos e efeitos próprios dos tiros 
dessas armas, no que tiverem de útil ao esclarecimento e à prova de 
questões de fato, no interesse da justiça”. 
 
Armas de fogo 
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Conceitualmente, armas de fogo são engenhos mecânicos 
destinados a lançar projéteis no espaço pela ação da força expansiva dos 
gases oriundos da combustão da pólvora. Sua principal característica é a 
de aproveitar a grande quantidade de gases oriundos da reação química 
de combustão da pólvora (propelente), para obtenção de energia 
mecânica e consequente arremesso do projétil. (Del Campo) 
 
Revólver 
O revolver pode ser definido como uma arma curta, de repetição, 
não automática. O comprimento do cano, o número de raias e sua 
direção, capacidade do tambor e o tipo de mecanismo, variam de arma 
para arma e são particularidades que servem para sua identificação. Na 
imagem abaixo podemos observar um típico revólver calibre 38, cuja 
característica principal é a de apresentar um único cano e várias câmaras 
de combustão (tambor). 
 
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O mecanismo de ação de um revólver ocorre da seguinte forma: o 
disparo ocorre quando o cão é liberado pela pressão ao gatilho e seu 
percussor atinge a espoleta na base do cartucho, iniciando o processo de 
disparo do projétil. Na sequência, para a realização de um segundo 
disparo, novamente é pressionado o gatilho que afasta o cão e ao mesmo 
tempo rotaciona o tambor, alinhando nova câmara de combustão 
(carregada com outro cartucho), e o processo se repete. 
Desta forma, os revólveres podem funcionar em ação simples 
ou dupla: na ação simples o agente recua manualmente o cão até sua 
posição máxima posterior, engatilhando a arma, bastando leve pressão 
no atilho para que este (cão) se libere, o que irá produzir o disparo. Já na 
ação dupla, o agente pela pressão ao gatilho faz com que o cão recue 
em um primeiro estágio, ao mesmo tempo em que o tambor é 
rotacionado, e em segundo momento libera o cão para o disparo, tudo em 
uma única sequência. Exemplo de revólveres: 32, 38, Magnum 44, etc. 
 
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Pistolas semiautomáticas 
 
A pistola é uma arma de fogo portátil, leve, de cano curto, raiado e 
que se pode manejar com uma só mão. É uma arma pequena e de fácil 
manuseio, feita originalmente para uso pessoal em ações de pequeno 
alcance. 
 
Definida também como arma curta, as pistolas apresentam as 
mesmas características dos revólveres, porém com diferença básica de 
não possuírem tambor e sim pente de alimentação da câmara de 
combustão única. Por essa característica são chamadas de 
semiautomáticas, em face de usarem os gases do disparo anterior para 
ejetar o cartucho disparado e recarregar um novo em sua câmara de 
combustão. 
No revólver esta força é perdida uma vez que a culatra é fixa e 
serve apenas para impedir que o estojo saia pela parte de trás, já as 
pistolas utilizam-se desta força, levando para trás o ferrolho, como dito, 
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retiram e ejetam o cartucho velho e pela força da mola existente no pente 
posicionam novo projétil, em uma única e rápida sequência, deixando o 
cão em posição engatilhado. Bastando, desta forma leve pressão no 
gatilho para novo disparo. Existem também alguns modelos totalmente 
automáticos, que podem disparar vários tiros enquantose mantiver o 
gatilho pressionado. Exemplos de pistolas: Glock; .40 ; e 9mm. 
 
Escopeta e Espingarda 
 
O termo escopeta é designado às armas de cano curto e grosso 
calibre e alma lisa, ou seja, cano sem raias (diferente dos revólveres e 
pistolas que os tem raiado), e segundo leciona Del Campo, o termo 
espingarda é para as de cano longo, alma lisa e calibres menores. 
Geralmente de uso militar ou bélico, possui normalmente um único barril 
de tiro e um recarregador externo que deve ser acionado manualmente 
para preparar o próximo disparo. Costuma-se referir às escopetas como a 
famosa “12”, uma alusão ao conhecido modelo PKS-12. 
 
 
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Outras armas de fogo 
 
Carabina 
De origem italiana, é uma arma portátil e de repetição, com cano 
longo e de alma raiada. O cano mede entre 45 cm a 51 cm. Seu 
comprimento menor, o a faz diferente das espingardas e escopetas. A 
alimentação e o carregamento das carabinas são feitos pelo sistema de 
alavanca. 
 
Rifle 
São armas longas, portáteis, de carregamento manual (não 
automático) ou de repetição, cano longo e de alma raiada. O rifle é maior 
que a carabina (o cano tem aproximadamente 61 cm). O rifle possui dois 
canos e o sistema de carregamento é por alavanca e pode ser também 
semiautomático 
 
Fuzil 
É uma arma longa, portátil e automática, com alma raiada, calibre 
potente e que tem, normalmente, uso militar. Tem uma cadência de tiro 
entre 650 a 750 disparos por minuto Ex: Ak 47 (Russo), Fal (Belga), 
AR15 - M16 (EUA). 
 
Munição 
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O termo munição é o que designa o cartucho como um todo 
considerado. Este é composto por: estojo; espoleta (com mistura 
iniciadora); pólvora (propelente); projétil (propriamente dito); e o 
embuchamento (no caso de arma de alma lisa). 
Dessa forma, a munição é o conjunto de cartuchos necessários ou 
disponíveis para uma arma ou uma ação qualquer em que serão usadas 
arma de fogo. Cartucho é o conjunto do projétil e os componentes 
necessários para lançá-lo, no disparo. 
 
Estojo 
Trata-se de um componente indispensável às armas modernas. O 
estojo possibilita que todos os componentes necessários ao disparo 
fiquem unidos em uma peça facilitando o manejo da arma e acelera o 
intervalo em cada disparo. Atualmente, a maioria dos estojos são 
construídos em metais não-ferrosos, principalmente o latão, mas também 
são encontrados estojos construídos com diversos tipos de materiais 
como plásticos (munição de treinamento e de espingardas), papelão 
(espingardas) e outros. A forma do estojo é muito importante, pois as 
armas modernas são construídas de forma a aproveitar as suas 
características físicas. 
 
Espoleta (com mistura iniciadora) 
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A espoleta é um recipiente que contém a mistura detonante e 
iniciadora. A mistura detonante, é um composto que queima com 
facilidade, bastando o atrito gerado pelo amassamento da espoleta contra 
a bigorna, provocada pelo percussor (cão). A queima dessa mistura gera 
calor, que passa para o propelente, através de pequenos furos no estojo, 
chamados eventos. 
 
 Pólvora (propelente) 
Propelente ou carga de projeção é a fonte de energia química 
capaz de arremessar o projétil a frente, imprimindo-lhe grande 
velocidade, aumentada pelos raios do cano que o faz girar sobre seu 
próprio eixo de forma a romper mais facilmente a resistência do ar. 
A energia é produzida pelos gases resultantes da queima do 
propelente, que possuem volume muito maior que o sólido original e seu 
rápido aumento de volume de matéria no interior do estojo gera grande 
pressão para impulsionar o projétil. 
A queima do propelente no interior do estojo, gera pressão 
suficiente para destacar o projétil e avançá-lo pelo cano, sem causar 
danos à arma. Atualmente, o propelente usado nos cartuchos é a pólvora 
química ou pólvora sem fumaça. Desenvolvida no final do século passado, 
substituiu com grande eficiência a pólvora negra, que hoje é usada 
apenas em velhas armas de caça e réplicas. Esse tipo de pólvora produz 
pouca fumaça e muito menos resíduos que sua precursora, além de ser 
capaz de gerar muito mais pressão, com pequenas quantidades. 
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Projétil 
O projétil é o que conhecemos vulgarmente por “bala”. Os 
primeiros foram esféricos, hoje, os projéteis podem ser de inúmeros 
tipos: cilíndricos, cônicos, ogivais, etc.Projétil é qualquer objeto sólido que 
pode ser ou foi arremessado, lançado. No universo das armas de defesa, 
o projétil é a parte do cartucho que será lançada através do cano. 
 O projétil pode ser dividido em três partes: 
✓ Ponta: parte superior do projétil, fica presa sempre 
exposta, fora do estojo; 
✓ 2- Base: parte inferior do projétil, fica presa no estojo e 
está sujeita à ação dos gases resultantes da queima da 
pólvora; 
✓ 3- Corpo: cilíndrico, geralmente contém canaletas 
destinadas a receber graxa ou para aumentar a fixação do 
projétil ao estojo. 
 
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Lesões perfuro-contusas (projéteis) 
 
Após as noções gerais de balística, vamos analisar as lesões 
causadas por instrumentos perfuro-contundentes, isto é, aqueles que 
perfuram e contundem simultaneamente. Esses ferimentos apresentam 
bordas irregulares, com grande predomínio da profundidade sobre a 
superfície e caráter penetrante ou transfixante. 
As lesões perfuro-contusas mais típicas são aquelas produzidas por 
projéteis acionadas por arma de fogo, estes, agindo por impulsão e 
rotação, determinam a formação de um orifício e de zonas de contorno 
junto a pele. A forma desse orifício e de suas zonas de contorno depende 
da incidência do tiro (oblíquo, perpendicular, tangencial) e de sua 
distância. 
O verdadeiro agente vulnerante das lesões perfuro-contusas, no 
caso de armas de fogo, é o projétil, sempre impulsionados pela carga, 
pela força expansiva dos gases, que ocorre no momento da deflagração, 
do disparo ou da detonação do tiro, da combustão da pólvora. 
O projétil de arma de fogo é um agente mecânico, perfuro-
contundente, que determina uma lesão de natureza perfuro-contusa. O 
estudo das lesões produzidas pela ação de projéteis, unitários ou 
múltiplos, de arma de fogo apresenta relevância especial, primeiro porque 
constituem número expressivo de ocorrências, em grande número de 
etiologia criminosa. 
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Além disso, pela multiplicidade de facetas e características, 
geralmente fornecem elementos preciosos à investigação, determinação 
da causa jurídica do evento ou ainda da possível autoria. 
Na análise dos ferimentos produzidos por projéteis de arma de 
fogo, quatro são os pontos que devem merecer atenção: 
✓ determinação e descrição dos ferimentos de entrada esaída; 
✓ a trajetória do projétil no interior do corpo, bem como a 
descrição das lesões internas; 
✓ a orientação do disparo em relação à posição do corpo; e 
✓ a distância provável do disparo. 
 
Ferimentos de entrada 
 
As características dos ferimentos de entrada produzidos por 
projéteis de arma de fogo dependem, basicamente, de três fatores 
principais, quais sejam: 
✓ tipo de munição empregada (projétil unitário ou projéteis 
múltiplos); 
✓ ângulo de incidência; 
✓ e distância de tiro. 
 
Ferimentos de saída 
 
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Os ferimentos de saída somente existem, por óbvio, se o projétil 
transfixar o corpo. Como regra, o ferimento de saída é irregular, maior 
que o de entrada, até porque o projétil frequentemente se deforma em 
sua passagem pelos tecidos orgânicos, e tem as bordas voltadas para 
fora. Alguns projéteis especiais, de alta energia, com velocidades 
superiores a 750 m/s, em razão das ondas de choque produzidas pelo seu 
deslocamento, costumam produzir ferimentos de saída de grandes 
proporções. 
Vejamos no quadro abaixo as características dos ferimentos de 
entrada e saída. 
 
Entrada Saída 
Regular Dilacerado 
Invertido Evertido 
Proporcional ao projétil Desproporcional ao pojétil (maior) 
Com orlas e zonas Sem orlas e zonas 
Há pouco sangramento Há muito sangramento 
 
 
Ferimentos produzidos por projéteis múltiplos (balins) 
 
Nos disparos efetuados com cartuchos de munição de projéteis 
múltiplos (armas de alma lisa), o aspecto da lesão depende, basicamente, 
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da distância em que foram realizados e da consequente abertura do cone 
de dispersão. Em tiros muito próximos ou encostados, os projéteis 
múltiplos causam grande destruição tecidual, muitas vezes acompanhada 
de significativa perda de substância. 
Nos disparos efetuados a distância, o que observamos é a 
existência de lesões múltiplas, como se produzidas por vários disparos 
unitários, distribuídas ao redor de um ponto central, e que se afastam 
mais uma da outra quanto maior for a distância entre o atirador e o alvo. 
O ângulo de tiro irá determinar o formato da lesão única (se o tiro 
for a curta distância) ou do desenho formado pela distribuição das 
múltiplas lesões (nos tiros a distância), que poderá ser circular, nos 
disparos perpendiculares ao alvo, e elíptico ou cônico, quando a carga de 
projéteis incidir de maneira oblíqua sobre o alvo. 
 
Ferimentos produzidos por projéteis unitários 
 
A lesão de entrada produzida por projétil de arma de fogo é 
geralmente circular, na dependência do ângulo de incidência e das linhas 
de tensão que atuam sobre a pele (Leis de Filhós e Langer). 
Excepcionalmente, podem ter formato de diverso, atípico, quando o 
projétil se deforma, ou perde sua trajetória, para penetrar no corpo com 
sua face lateral, cilíndrica, determinando, assim, um ferimento de entrada 
com formato de letra “D”. 
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A lesão também terá conformação atípica quando o projétil atingir 
tangencialmente a pele, “de raspão”, hipótese em que o ferimento irá 
apresentar-se como uma escoriação de formato alongado. Nesse caso, é 
claro, não se pode falar em ferimento de entrada, pois o projétil não 
penetrou o corpo. 
Apesar de haver certa correspondência de forma entre a seção do 
projétil e o ferimento, não é possível determinar o calibre da arma pelo 
diâmetro da lesão, visto que, em razão da elasticidade da pele e das 
linhas de tensão, o orifício de entrada pode ser menor, maior ou igual ao 
diâmetro do projétil que lhe deu origem. 
O ferimento de entrada tem geralmente bordos invertidos, 
voltados para o interior do corpo, característica contrária à dos ferimentos 
de saída, que possuem as bordas evertidas, levantadas, indicando 
claramente o sentido de sua trajetória. Como exceção, temos a 
câmara de Hoffmann ou câmara de mina, observada nos tiros 
encostados em regiões que recobrem tábuas ósseas, em que o ferimento 
de entrada tem os bordos evertidos, voltados para fora. 
 
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Além do aspecto morfológico, ao redor dos ferimentos de entrada 
produzidos por projéteis de arma de fogo, podemos observar algumas 
espécies de orlas (ou halos) e zonas, fenômenos que se apresentam de 
fundamental importância tanto para a caracterização da natureza do 
ferimento como para a determinação da distância em que foi realizado o 
disparo. As orlas (ou halos) são regiões circunscritas, regulares, que 
circundam o ferimento como pequenas auréolas, dando-lhe características 
especiais que permitem diferenciar as lesões produzidas por projétil de 
outras determinadas por instrumentos diversos. As zonas compreendem 
áreas maiores, irregulares, que podem ou não estar presentes e que terão 
importância fundamental na determinação da distância do disparo. 
O diâmetro dessas lesões pode ser maior do que o do projétil em 
face de explosão dos tecidos pelo efeito “de mina", e suas bordas algumas 
vezes voltadas para fora, devido ao levantamento dos tecidos pela 
explosão dos gases. Estes tiros ainda podem ser caracterizados pelo sinal 
do schusskanol representado pelo esfumaçamento das paredes do 
conduto produzido pelo projétil entre as lâminas interna e extema de um 
osso chato, a exemplo dos ossos do crânio. 
O diagnóstico diferenciai entre o ferimento de entrada e o de saída 
no piano ósseo, principalmente nos ossos do crânio, é feito pelo sinal de 
funil de Bonnet ou do cone truncado de Pousold. Na lâmina externa do 
osso, o ferimento de entrada é arredondado, regular e em forma de 
“sacabocado”. Na lâmina interna, o ferimento é irregular, maior do que o 
da lâmina externa e com bisel intemo bem definido, dando à perfuração a 
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forma de um funil ou de um tronco de cone. O ferimento de saída é 
exatamente o contrário, como um amplo bisel externo, repetindo a forma 
de tronco de cone, mas, desta vez, com a base voltada para fora. 
 
Orlas ou halos de contusão, escoriação e enxugo 
 
A pele é constituída por duas camadas distintas, a epiderme e a 
derme. A primeira é mais fina e menos elástica, rompendo-se de imediato 
pelo embate do projétil. A segunda, a derme, mais elástica, acompanha o 
projétil, encapsulando-o parcialmente antes de se romper, para depois 
voltar à posição original. 
 
Orla de contusão 
 
Em que pese o projétil ser mais ou menos pontiagudo, para ele 
penetrar ao corpo, tem que forçar a pele, produzindo ali uma contusão, 
assim, a primeira orla produzida é a de contusão, que corresponde a 
“região equimótica” decorrente da lesão ocasionada pelo embate do 
projétil na pele. Trata-se de um halo róseo que circunda o orifício de 
entrada e que é mais evidente nas pessoas de pele clara, sendo difícil de 
observarem peles de tonalidade mais escura. 
 
Orla de escoriação 
 
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Como a epiderme é menos elástica que a derme, após a passagem 
do projétil é possível observar uma pequena retração com consequente 
exposição da derme, como se tivéssemos dois anéis, um, de diâmetro 
maior, formado pela ruptura da epiderme (orla de contusão), e um outro, 
de diâmetro menor, formado pela exposição da derme. 
A esse anel (de exposição da derme) denominamos orla ou halo de 
escoriação. A orla de escoriação é originada durante a formação do túnel 
de penetração do projétil, quando pequenos vasos sanguíneos são 
tracionados e rompidos, formando escoriações em torno do ferimento. 
Esta orla, que consiste um túnel hemorrágico, permite determinar o 
trajeto do projétil. 
 
Orla de enxugo 
 
Quando o projétil passa pelo cano da arma, ele “se suja” com as 
impurezas ali existentes, e ao atravessar a pele, “se lava e enxuga”, 
deixando na epiderme a sua marca. É caracterizada por uma aréola 
apergaminhada, milimétrica, que circunda a borda do orifício, resultante 
do impacto e da pressão rotatória feita pelo projétil contra a pele, antes 
de rompê-la, limpando-o da ferrugem, óleo ou fumaça que traz. E 
geralmente de cor escura, circular nos tiros perpendiculares e ovular ou 
elíptica nos tiros oblíquos. 
Assim, ao atravessar a derme, o projétil literalmente se enxuga. 
Limpa-se das sujeiras e impurezas trazidas do cano da arma, restos de 
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pólvora e fuligem depositados em sua superfície, deixando na derme um 
anel enegrecido a que se convencionou chamar de orla de enxugo e que 
normalmente impede que observemos a orla de escoriação, que fica 
parcialmente sobreposta a ela. O chamado anel de FISCH constitui uma 
superposição destas duas orlas. 
 
Zonas de chamuscamento, esfumaçamento e tatuagem 
 
Quando uma arma é disparada, juntamente com o projétil são 
expelidos pela boca do cano um considerável volume de gases em alta 
temperatura e em combustão, certa quantidade de fumaça (que varia 
de acordo com o propelente utilizado) e pequenos grãos de pólvora, 
assim como micropartículas metálicas oriundas da abrasão do projétil no 
cano da arma. 
Esses componentes são impelidos juntamente com o projétil, mas, 
como têm massa infinitamente menor, não possuem energia cinética para 
ir além de uns poucos centímetros da boca do cano da arma, podendo 
não atingir o alvo. 
 
 Zona de chamuscamento 
 
Resulta da ação do calor e dos gases quentes que saem pelo cano 
da arma, queimando os pelos e a epiderme. Também é chamada de “zona 
de queimadura”. Se o disparo for efetuado muito próximo do alvo, algo 
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em torno de 5 cm, poderemos ter a zona de chamuscamento, que nada 
mais é que uma região onde a pele é literalmente queimada pela chama 
que sai pela boca do cano da arma. 
 
Zona de esfumaçamento 
 
Para uma distância maior, de até 30 cm, a fumaça decorrente do 
disparo poderá atingir o alvo e depositar-se ao redor do ferimento de 
entrada, produzindo a chamada zona de esfumaçamento. Finalmente, e 
exatamente porque têm massa maior que as partículas de fuligem, 
restam os grãos de pólvora e as partículas metálicas decorrentes da 
abrasão do projétil no cano da arma, que incidem sobre o alvo como 
verdadeiros projéteis secundários, por vezes incrustando-se na pele de tal 
maneira que formam verdadeiras tatuagens (zona de tatuagem). 
 
Zona de tatuagem 
 
Finalmente, e exatamente porque têm massa maior que as 
partículas de fuligem, restam os grãos de pólvora e as partículas 
metálicas decorrentes da abrasão do projétil no cano da arma, que 
incidem sobre o alvo como verdadeiros projéteis secundários, por vezes 
incrustando-se na pele de tal maneira que formam verdadeiras tatuagens 
(zona de tatuagem). 
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Os fenômenos aqui observados ocorrem porque o calor, a fumaça 
e os grânulos de pólvora combusta ou em combustão, além de outras 
impurezas que saem do cano da arma, alcançam a pele. São as hipóteses 
dos famosos “tiros à queima roupa” (curta distância). 
 
 
 
Disparos encostados 
 
Nos disparos encostados temos de diferenciar duas situações 
distintas: os disparos que atingem unicamente tecidos moles e os que 
incidem sobre partes do corpo que recobrem ossos planos, por exemplo, 
os do crânio. Quando o disparo encostado atinge unicamente tecidos 
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moles, além do projétil, todos os demais elementos penetram no 
ferimento, causando uma lesão interna de grande monta. 
As zonas de chamuscamento, esfumaçamento e tatuagem ficam 
todas no interior do corpo, mas o orifício de entrada permanece com sua 
configuração circular ou elíptica, com bordas invertidas. Por vezes, na 
dependência da força com que a arma foi pressionada sobre a região 
atingida, é possível evidenciar a marca do cano sobre a pele. Isso é 
chamado de “Sinal de Werkgaertner” (imagem abaixo). Esses ferimentos 
são frequentemente observados em suicídios. 
 
Neste tipo de disparo, o cano da arma fica intimamente encostado 
no alvo. O ferimento de entrada caracteriza-se por ser um orifício de 
bordas denteadas, desarranjadas e invertidas, sendo este último 
elemento decorrente da violenta força expansiva dos gases. A presença 
de pólvora na porção inicial do trajeto torna o orifício enegrecido. 
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Outra característica, que pode aparecer, é Sinal de Benassi que é a 
Impregnação de pólvora e chumbo na tábua óssea do crânio nos tiros 
disparados encostados. 
 
Vamos, agora, fazer algumas questões. 
Grande abraço e bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questões propostas 
 
1) (2015 – FUNIVERSA - SPTC-GO - Médico Legista de 3º Classe) A 
Balística, ao estudar os projéteis de arma de fogo, englobando o 
seu movimento, as forças envolvidas na sua impulsão, a trajetória 
e os efeitos finais, pode ser dividida em Balística interna, externa 
e terminal. Tal estudo fornece elementos importantes para a 
análise pericial do corpo de delito, notadamente na avaliação dos 
efeitos produzidos pelos projéteis de alta energia. Com relação a 
esse assunto, assinale a alternativa correta. 
A) A Balística interna, ao estudar a estrutura e os mecanismos das 
armas, bem como a composição da munição a ser empregada, 
apresenta relação direta com o conhecimento dos efeitos 
produzidos pelo arrasto, pelo coeficiente balístico e pela 
estabilidade dos projéteis de alta energia. 
B) O deslocamentodos tecidos no corpo humano, quando são 
percutidos por projéteis de alta energia, resulta na formação das 
ondas de choque, que são diretamente responsáveis pelo poder 
lesivo desses projéteis. 
C) A análise do orifício de saída de um projétil de arma de fogo de 
alta energia não apresenta relação com os estudos de Balística 
externa, uma vez que suas características são influenciadas pelo 
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comportamento do projétil a partir do momento em que atinge o 
corpo da vítima. 
D) A Balística terminal estuda os efeitos e as lesões provocadas 
pelos projéteis de arma de fogo no ser humano, apresentando 
grande interesse ao médico-legista. 
E) Estudos de Balística externa, envolvendo a trajetória, os 
movimentos, os fatores que interferem na estabilidade, na direção 
e no alcance dos projéteis, permitiram que se comprovasse que 
projéteis de alta e média energia se comportam de maneira 
idêntica e, com isso, determinam feridas perfurocontusas 
semelhantes. 
 
2) (2014 – VUNESP - PC-SP - Médico Legista) Na balística 
forense, os elementos utilizados na identificação direta da arma 
de fogo são: 
A) tipo, calibre, deformidade impressa no estojo. 
B) brasões, número de série e deformidade do estojo. 
C) fabricante, deformidade da espoleta, calibre. 
D) escudos, tipo, deformidade na espoleta. 
E) tipo, calibre, número de série. 
 
3) (2012 – FUNCAB - PC-RO - Médico Legista) Um cadáver 
apresenta um ferimento transfixante por projétil de arma de fogo 
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na região toracodorsal. Quais as características observadas no 
orifício de entrada do projétil? 
A) Ausência de orla de escoriação, bordas bem delimitadas. 
B) Diâmetro regular, bordas evertidas. 
C) Orla de escoriação, bordas invertidas. 
D) Bordas evertidas, sangramento profuso. 
E) Formato irregular, zona de esfumaçamento. 
 
4) (2012 - PC-SP - Delegado de Polícia) O sinal de Werkgaertner 
é: 
A) o halo fuliginoso deixado sobre as peças ósseas nos disparos 
encostados. 
B) a zona de tatuagem deixada pela pólvora sobre a pele nos 
disparos a curta distância. 
C) o ângulo oblíquo do orifício de entrada nos disparos efetuados 
a longa distância. 
D) o desenho da boca e da alça de mira da arma sobre a pele. 
E) o arrancamento da epiderme causado pela rotação do projétil 
sobre a pele. 
 
5) (2012 – UEG - PC-GO - Delegado de Polícia) Quando o projétil 
de arma de fogo é transfixante observa-se, no corpo humano, um 
segundo orifício, ou seja, o orifício de saída, cuja lesão apresenta 
a seguinte característica: 
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A) orla de escoriação e halo de enxugo. 
B) forma e bordas da ferida são regulares. 
C) normalmente diâmetro maior do que o de entrada. 
D) sangramento menor em relação ao orifício de entrada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questões comentadas 
 
1) (2015 – FUNIVERSA - SPTC-GO - Médico Legista de 3º Classe) A 
Balística, ao estudar os projéteis de arma de fogo, englobando o 
seu movimento, as forças envolvidas na sua impulsão, a trajetória 
e os efeitos finais, pode ser dividida em Balística interna, externa 
e terminal. Tal estudo fornece elementos importantes para a 
análise pericial do corpo de delito, notadamente na avaliação dos 
efeitos produzidos pelos projéteis de alta energia. Com relação a 
esse assunto, assinale a alternativa correta. 
A) A Balística interna, ao estudar a estrutura e os mecanismos das armas, 
bem como a composição da munição a ser empregada, apresenta relação 
direta com o conhecimento dos efeitos produzidos pelo arrasto, pelo 
coeficiente balístico e pela estabilidade dos projéteis de alta energia. 
B) O deslocamento dos tecidos no corpo humano, quando são percutidos 
por projéteis de alta energia, resulta na formação das ondas de choque, 
que são diretamente responsáveis pelo poder lesivo desses projéteis. 
C) A análise do orifício de saída de um projétil de arma de fogo de alta 
energia não apresenta relação com os estudos de Balística externa, uma 
vez que suas características são influenciadas pelo comportamento do 
projétil a partir do momento em que atinge o corpo da vítima. 
D) A Balística terminal estuda os efeitos e as lesões provocadas pelos 
projéteis de arma de fogo no ser humano, apresentando grande interesse 
ao médico-legista. 
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E) Estudos de Balística externa, envolvendo a trajetória, os movimentos, 
os fatores que interferem na estabilidade, na direção e no alcance dos 
projéteis, permitiram que se comprovasse que projéteis de alta e média 
energia se comportam de maneira idêntica e, com isso, determinam 
feridas perfurocontusas semelhantes. 
 
Comentários: 
Segundo os estudos que são submetidos à Balística Forense, esta pode 
ser dividida em: balística interna, balística externa e balística dos efeitos. 
Vejamos cada uma: 
✓ Balística interna: conhecida também como balística interior, é a 
parte da balística que estuda a estrutura, mecanismos e 
funcionamento das armas de fogo, o tipo de metal usado na sua 
fabricação bem como, a sua resistência às pressões desenvolvidas 
na ocasião do tiro. As armas de fogo são criteriosamente 
analisadas nesse ramo da balística forense, assim sendo, além do 
estudo do funcionamento das armas, da sua estrutura e 
mecanismos, este ramo da balística descreve até mesmo as 
técnicas do tiro; 
✓ Balística externa: conhecida também como balística exterior, 
estuda a trajetória do projétil, desde a saída da boca do cano da 
arma até a sua parada final (repouso). A balística exterior analisa 
as condições do movimento, velocidade inicial do projétil, sua 
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forma, massa, superfície, resistência do ar, a ação da gravidade e 
os seus movimentos intrínsecos; 
✓ Balística dos efeitos: conhecida também como balística 
terminal ou balística do ferimento, estuda os efeitos gerados pelo 
projétil desde que abandona a boca do cano até atingir o alvo. 
Quando nos referimos aos tipos de instrumentos que podem 
produzir lesões no homem, citamos os perfuro-contundentes, isto 
é, aqueles que perfuram e contundem simultaneamente, e temos 
como exemplo as lesões causadas pelas “armas de fogo”. Esses 
instrumentos causam lesões perfuro-contusas. 
Gabarito: D. 
 
2) (2014 – VUNESP - PC-SP - Médico Legista) Na balística 
forense, os elementos utilizados na identificação direta da arma 
de fogo são: 
A) tipo, calibre, deformidade impressa no estojo. 
B) brasões, número de série e deformidade do estojo. 
C) fabricante, deformidade da espoleta, calibre. 
D) escudos, tipo, deformidade na espoleta. 
E) tipo, calibre, número de série. 
 
Comentários: 
Na balística forense, para armas de fogo, existem dois métodos de 
identificação: identificação diretae a identificação indireta. Na 
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identificação direta ou imediata, o exame é realizado nela própria, ou 
seja, das suas características e peculiaridades distintivas (tipo, calibre, 
etc.). Já na identificação indireta ocorre o exame é feito através de estudo 
comparativo de características deixadas pela arma nos elementos de sua 
munição. Na identificação indireta, usam-se métodos comparativos macro 
e microscópicos nas deformações verificadas nos elementos da munição 
da arma questionada ou suspeita. 
Gabarito: E. 
 
3) (2012 – FUNCAB - PC-RO - Médico Legista) Um cadáver 
apresenta um ferimento transfixante por projétil de arma de fogo 
na região toracodorsal. Quais as características observadas no 
orifício de entrada do projétil? 
A) Ausência de orla de escoriação, bordas bem delimitadas. 
B) Diâmetro regular, bordas evertidas. 
C) Orla de escoriação, bordas invertidas. 
D) Bordas evertidas, sangramento profuso. 
E) Formato irregular, zona de esfumaçamento. 
 
Comentários: 
Vejamos a tabela com as diferenças entre o orifício de entrada e de saída. 
Entrada Saída 
Regular Dilacerado 
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==76a12==
 
 
Invertido Evertido 
Proporcional ao projétil Desproporcional ao pojétil 
Com orlas e zonas Sem orlas e zonas 
Há pouco sangramento Há muito sangramento 
 
Gabarito: C. 
 
 
4) (2012 - PC-SP - Delegado de Polícia) O sinal de Werkgaertner 
é: 
A) o halo fuliginoso deixado sobre as peças ósseas nos disparos 
encostados. 
B) a zona de tatuagem deixada pela pólvora sobre a pele nos disparos a 
curta distância. 
C) o ângulo oblíquo do orifício de entrada nos disparos efetuados a longa 
distância. 
D) o desenho da boca e da alça de mira da arma sobre a pele. 
E) o arrancamento da epiderme causado pela rotação do projétil sobre a 
pele. 
 
Comentários: 
Por vezes, na dependência da força com que a arma foi pressionada sobre 
a região atingida, é possível evidenciar a marca do cano sobre a pele. 
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Isso é chamado de “Sinal de Werkgaertner” Esses ferimentos são 
frequentemente observados em suicídios. 
Neste tipo de disparo, o cano da arma fica intimamente encostado no 
alvo. O ferimento de entrada caracteriza-se por ser um orifício de bordas 
denteadas, desarranjadas e invertidas, sendo este último elemento 
decorrente da violenta força expansiva dos gases. A presença de pólvora 
na porção inicial do trajeto torna o orifício enegrecido. 
Gabarito: D. 
 
 
5) (2012 – UEG - PC-GO - Delegado de Polícia) Quando o projétil 
de arma de fogo é transfixante observa-se, no corpo humano, um 
segundo orifício, ou seja, o orifício de saída, cuja lesão apresenta 
a seguinte característica: 
A) orla de escoriação e halo de enxugo. 
B) forma e bordas da ferida são regulares. 
C) normalmente diâmetro maior do que o de entrada. 
D) sangramento menor em relação ao orifício de entrada. 
 
Comentários: 
Vejamos no quadro abaixo as características dos ferimentos de entrada e 
saída. 
 
Entrada Saída 
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Regular Dilacerado 
Invertido Evertido 
Proporcional ao projétil Desproporcional ao pojétil (maior) 
Com orlas e zonas Sem orlas e zonas 
Há pouco sangramento Há muito sangramento 
 
Gabarito: C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1-D 2-E 
3-C 4-D 
5-C 
 
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