Buscar

Fichamento 3 - ARON Raymond Paz e Guerra entre as Nações

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Universidade Anhembi Morumbi 
Graduação em Relações Internacionais 
Disciplina: Introdução aos Estudos das Relações Internacionais 
Professora Dra. Tatiana Garcia 
1°semestre - período noturno 
Campus Vila Olímpia 
Integrantes e seus respectivos RAs: 
Beatriz Paulino de Lima – 21369799 
Julia Silva Cavalcanti - 21428599 
Rafaela da Silva Adão - 20762694 
Victoria Evangelista Aguiar da Silva - 21470397 
 
 
 
 
 
 
 
ARON, Raymond. Paz e Guerra entre as Nações. Brasília: Editora UNB. (Capítulo 
IV: Os Sistemas Internacionais, p. 153-172). 
“Sistema Internacional é o conjunto constituído pelas unidades políticas que 
mantêm relações regulares entre si e que são suscetíveis de entrar numa guerra geral. 
São membros integrais de um sistema internacional as unidades políticas que os 
governantes dos principais Estados levam em conta nos seus cálculos de forças”. 
(p.153) 
A citação está diretamente ligada ao modo como Raymond Aron define o 
sistema internacional, diante disso tal conceito acaba sendo relacionado aos Estados 
soberanos que possuem como principal função a configuração da relação de forças, 
dessa forma essa política de força faz com que os Estados tenham total 
independência para impor seus interesses próprios e dependendo da sua força, se 
põe como principal entre os demais. 
1. “[...] Um sistema político caracteriza-se por uma organização dada, a relação 
recíproca dos partidos, a cooperação dos elementos que o compõem, as regras 
impostas pelo governo”. (p.153) 
2. “Dos dois critérios - participação política e militar e comunicação - qual é a mais 
importante para definir a participação em um sistema? Na minha opinião, o 
 
 
 
 
 
 
primeiro. Só pertencem a uma companhia teatral os atores que tomam parte 
na encenação das suas peças”. (p.154) 
Os trechos estão interligados, de modo que o sistema político é a forma pela 
qual o Estado é estruturado e organizado, através disso o Estado tem total autonomia 
para exercer seu poder na sociedade. Neste contexto, quando o autor coloca em pauta 
os critérios, a participação política e militar é mais importante para ele, por conta do 
uso da força, pois são elas as responsáveis por garantir a legitimidade do poder de 
tais Estados. 
1. “Para definir o que compreendemos como configuração da relação de forças, 
o mais simples será comparar duas configurações típicas: a multipolar e a 
bipolar. No primeiro caso, a rivalidade diplomática se desenvolve entre um certo 
número de unidades políticas, que pertencem à mesma classe. Diversas 
combinações de equilíbrio são possíveis: as reversões de alianças são normais 
no processo diplomático. No segundo caso, duas unidades políticas principais 
ultrapassam todas as outras em importância, de tal forma que o equilíbrio geral 
do sistema só é possível com duas coalizões: todos os demais Estados, 
pequenos ou grandes, ficam obrigados a aderir um dos dois campos”. (p.157) 
2. “Qualquer que seja a configuração existente, as unidades políticas formam uma 
hierarquia, mais ou menos oficial, determinada essencialmente pelas forças 
que cada uma é capaz de mobilizar”. (p.157) 
O primeiro termo citado pelo ator se trata do mundo multipolar, que é um 
conceito ligado diretamente a ordem mundial e ao equilíbrio internacional do poder, 
além disso envolve as nações, seus territórios e áreas de influência e também suas 
disputas e conflitos diplomáticos, sejam eles do âmbito político ou econômico. Neste 
contexto, pós Segunda Guerra Mundial (1939-1945) se estabelece o segundo termo 
mundo bipolar, nesse período houve um abalo econômico de muitos países que 
estavam na guerra, com Alemanha, Itália e França. O mundo ficou bipolar com a 
chegada da Guerra Fria (1947-1991), assim duas potências tiveram ênfase, Estados 
Unidos (capitalismo) e União Soviética (socialismo), criando assim um conflito político 
e ideológico. 
 
 
 
 
 
 
Em conclusão disso, houve o declínio da União Soviética e assim do regime 
socialista, isto abriu portas para que o capitalismo se instaurasse, assim também 
aconteceu uma estruturação no mundo e uma nova organização geopolítica foi 
inaugurada, ou seja, o mundo se tornou multipolar, pois hoje existe vários centros de 
poderes, como o Estados Unidos (primeira potência), em seguida China, Japão, 
Alemanha, Índia, França, entre outros. 
“[...] Da pax britannica à pax americana não se mudava de universo; a mudança 
feria o amor-próprio dos ingleses, mas não sua alma coletiva. A pax germanica, por 
outro lado, não poderia imperar sem que a Inglaterra resistisse até a morte; só uma 
catástrofe militar poderia abrir caminhos à hegemonia alemã”. (p.159) 
O conceito de pax britannica foi um momento onde a Europa (1815-1914) teve 
de certa forma um período de paz e o Império Britânico se tornou a potência 
hegemônica global. O período do Belle Époque, também se encaixa, de modo que foi 
um período de paz, esperança, otimismo e avanços científicos e tecnológicos 
adquirido as grandes potências ocidentais, principalmente as europeias, porém como 
tudo não são flores em 1914 acontece a Primeira Guerra Mundial e tal período chega 
ao fim. 
O autor traz então a explicação de dois novos conceitos: 
⮚ “O comportamento externo dos Estados não é ordenado exclusivamente pela 
relação de forças: as ideias e os sentimentos influenciam as decisões dos 
atores internacionais. [...] Sistemas homogêneos são aqueles que reúnem 
Estados do mesmo tipo, dentro de uma mesma concepção da política. 
Sistemas heterogêneos são os que congregam Estados organizados segundo 
princípios diferentes, postulando valores contraditórios”. (p.159-160) 
1. “Um sistema homogêneo parece estável também porque é previsível. Se todos 
os Estados têm regimes análogos, estes só podem ser tradicionais – formados 
pelo tempo, não improvisados. [...] Os rivais e os aliados desse Estado sabem, 
de modo geral, o que podem esperar dele”. (p.160) 
2. “Por definição, os Estados e aqueles que falam em seu nome são levados a 
traçar a distinção entre inimigo do Estado e adversário político. A hostilidade 
 
 
 
 
 
 
estatal não implica o ódio e não exclui a possibilidade de acordo e de 
reconciliação após a luta”. (p.160) 
3. “A heterogeneidade do sistema traz consequências contrárias. O inimigo 
aparece também como adversário, no sentido que o termo tem quando nos 
referimos às lutas internas: a derrota prejudica os interesses da classe 
dominante, além dos da Nação. Os homens que detêm o poder se batem pelo 
Estado e por si próprios”. (p.161) 
4. [...] Quando as hostilidades se iniciam, uma paz negociada é difícil, pois a 
subversão do governo inimigo passa a ser quase fatalmente um dos objetivos 
da guerra. Os períodos de grandes guerras – guerras religiosas, 
revolucionárias, imperiais, guerras do século XX – sempre coincidiram com o 
questionamento do princípio de legitimidade e de organização dos Estados”. 
(p.161) 
Os quatro trechos se interligam, de modo que um completa o outro, pois dessa 
maneira será possível um melhor entendimento sobre os conceitos expressos pelo 
autor. Diante disso, o termo sistema homogêneo está ligado aos Estados que 
possuem interesses iguais e uma mesma concepção política, já no sistema 
heterogêneo os Estados possuem princípios divergentes e assim possuem interesses 
e valores diferentes. 
Se pesquisarmos o significado de guerra iremos encontrar que está relacionada 
a termos como combate, batalha, luta, briga ou confronto, assim traz o significado de 
“luta armada entre nações ou entre partidos; conflito armado entre povos ou etnias 
diferentes, buscando impor algo pela força ou para proteger seus próprios interesses”. 
Neste sentido a guerra traz o rompimento da paz e causa uma imensurável perda de 
vidas. 
No entanto, fica evidente que o homem não se importa com perdas humanas, 
mas sim no modo em que conseguirá obter seus interesses e centralizaráseu poder 
perante os outros, por este motivo na História é visto diversos acontecimentos que 
foram marcados por guerras, como exemplos temos Guerra dos Trinta Anos, Guerra 
do Peloponeso, Guerras Napoleônicas, Guerra Civil Espanhola, Guerra dos Farrapos, 
Guerra dos Canudos, Guerra Civil Americana, I e II Guerra Mundial, Guerra Fria, 
 
 
 
 
 
 
Segunda Guerra do Congo, Guerra Civil Russa, entre tantas outras. O fato é que as 
guerras acontecem por interesses econômicos, religiosos, ideológicos, imposições 
culturais, étnicas ou sociais e para principalmente a obtenção e legitimação do poder. 
“Os sistemas internacionais que abrangem Estados aparentados e vizinhos são 
ao mesmo tempo o palco de grandes guerras e o virtual espaço de processos de 
unificação imperial. O campo diplomático amplia-se à medida que as unidades 
políticas integram um número crescente de antigas unidades elementares”. (p.165) 
O modo como os Estados se comportam pode variar, pois não a um 
alinhamento externo, ou seja, é uma questão de homogeneidade, porém dependendo 
da conjuntura e da relação de força, pode-se haver uma quebra, exemplo disso é a 
Organização das Nações Unidas que é uma representante dessa homogeneidade 
jurídica. Dessa forma, o campo diplomático pode mudar dependendo da conjuntura e 
de quem se tornou rival. 
“Dissemos que os sistemas internacionais englobam unidades que mantêm um 
relacionamento diplomático regular, relações estas que se fazem acompanhar 
normalmente de laços entre os indivíduos que partilham das diferentes unidades. Os 
sistemas internacionais são o aspecto interestatal da sociedade à qual pertencem as 
populações submetidas a soberanias distintas”. (p.165) 
Aron cita muitas vezes o conceito de sistema internacional, pois é muito 
discutido nas Relações Internacionais e também pelo fato de estar ligado à percepção 
realista. Diante disso, trata-se então das relações interestatais que são realizadas 
pelos Estados, definida através de uma sociedade anárquica e constituída pela 
hierarquia de tais Estados soberanos, que disputam o poder, de modo que um deles 
sempre quer ser aquele com maior influência. 
1. “A sociedade transnacional manifesta-se pelo intercâmbio comercial, pelos 
movimentos de pessoas, pelas crenças comuns, pelas organizações que 
ultrapassam as fronteiras nacionais, pelas cerimônias e competições abertas 
aos membros de todas as unidades políticas. Ela é tanto mais viva quanto maior 
é a liberdade de comércio, de movimentação e de comunicação; e quanto mais 
fortes forem as crenças comuns, mais numerosas serão as organizações não-
nacionais, mais solenes as cerimônias coletivas”. (p.166) 
 
 
 
 
 
 
2. “[...] Não basta que os indivíduos se conheçam e se freqüentem, que troquem 
mercadorias e idéias, para que reine a paz nas unidades políticas soberanas, 
embora essa intercomunicação seja provavelmente indispensável à formação 
ulterior de uma comunidade internacional ou supranacional”. (p.166) 
O autor faz uma perspectiva sociológica pensando em pessoas, ou seja, ele 
olha fora da caixa percebendo que não apenas as relações de poder são importantes, 
mas também que existem normas que são construídas com base no que se é visto 
nas sociedades e tais levam para o ambiente internacional normas de convivência. 
Nesse sentido, o trecho I, refere-se exatamente a esta perspectiva sociológica, pois 
quando o autor se refere a intercâmbio comercial, movimentos de pessoas, crenças 
comuns, fronteiras nacionais, cerimônias e competições abertas tudo isso está 
diretamente relacionado e formado por pessoas. Dessa forma, a sociedade é um 
organismo vivo que possui um conjunto de interesses comuns e vínculos sociais, 
econômicos e políticos, com isso para que se mantenha, as pessoas são seus peões 
e se é feito algum lance errado pode acontecer um conflito de interesses, ou seja, 
xeque-mate. 
1. “Em todas as épocas a sociedade transnacional foi regida por costumes, 
convenções, ou por um direito específico. As relações que os cidadãos de um 
país beligerante estavam autorizados a manter com os cidadãos do Estado 
inimigo eram regidas mais pelo costume do que pela lei. Convenções 
intergovernamentais precisavam o estatuto dos cidadãos de cada país que 
estivessem estabelecidos no território do outro. A legislação torna lícita ou ilícita 
a criação de movimentos transnacionais ou a participação em organizações 
profissionais ou ideológicas que pretendem agir num nível supranacional”. 
(p.167) 
2. “Do ponto de vista sociológico, estaria inclinado a denominar “direito 
internacional privado” o direito que regulamenta essa sociedade transnacional 
que acabamos de descrever – isto é, a sociedade imperfeita, formada por 
indivíduos que pertencem a unidades políticas distintas e que mantêm relações 
recíprocas enquanto pessoas privadas”. (p.167) 
 
 
 
 
 
 
Com o mesmo ponto de vista dos trechos da página 166, o autor continua a 
tratar sobre esse conjunto de interação entre pessoas, assim quando fala de um nível 
supranacional ele se refere a um poder acima dos países, um poder supranacional, a 
ONU é um desses poderes. 
O autor traz a explicação do Direito privado, que são as relações privadas com 
conexão internacional, ou seja, pessoas do mundo. A globalização permite essa 
conexão de pessoas deixando o mundo pequeno para o alcance possível das mãos. 
Cosmopolita é o termo usados hoje para as milhares de pessoas que atravessam as 
fronteiras do mundo. 
1. “[...] Todas essas civilizações tiveram um código não-escrito que determinava 
o modo de tratar os embaixadores, os prisioneiros e até mesmo os guerreiros 
inimigos, durante o combate. Não é isto o que nos dá o direito internacional 
público?”. (p.168) 
2. “Os Estados concluíram numerosos acordos, convenções ou tratados, alguns 
dos quais interessam sobretudo à sociedade transnacional; outros dizem 
respeito também ao sistema internacional. À primeira categoria pertencem, por 
exemplo, as convenções postais, as convenções relativas à higiene, aos pesos 
e medidas; à segunda, o direito do mar, por exemplo”. (p.168) 
3. “As convenções internacionais regulamentam a utilização dos oceanos e dos 
rios, dos meios de transporte e comunicação, no interesse coletivo dos Estados 
e não só dos indivíduos. A expansão do direito internacional demonstra a 
ampliação dos interesses coletivos, [...] organizadas politicamente sobre um 
base territorial, sob o mesmo céu, à margem dos mesmos oceanos”. (p.168) 
4. “[...] Porém o “direito de autodeterminação dos povos”, o “princípio das 
nacionalidades” e a “segurança coletiva” são fórmulas vagas, idéias que 
exercem influência sobre os estadistas e sobre a interpretação dada pelos 
juristas e sobre a interpretação dada pelos juristas ao direito positivo”. (p.169) 
O termo Direito internacional público aparece nos quatro respectivos trechos, 
no que se diz a respeito disso e através de algumas pesquisas, determina-se direito 
internacional público uma disciplina que ministra as relações entre os Estados, 
Organizações Internacionais e indivíduos situados dentro da ordem mundial. Tais 
 
 
 
 
 
 
benefícios como meios de transportes e comunicação surge com os interesses de se 
evoluir e de se dominar, pois a sociedade é governada por Estados, assim se dá o 
sistema internacional, sistema de interesses. 
“Este tem como fonte importante - senão preponderante – os tratados; essa a 
opinião unânime dos juristas. Mas os tratados raramente são assinados com plena 
liberdade por todas as partes contratantes: eles traduzem uma relação de forças, 
consagram a vitória de uma parte e a derrota de outra. O princípio pacta sunt servanda 
(“os acordos devem ser cumpridos”) é uma condição da existência do direito 
internacional – se não é seu fundamento moral, ou sua norma primeira. Ao mesmo 
tempo, o direito internacional tende a ser conservador: é o país vitoriosona última 
guerra que em geral o invoca contra as reinvindicações do país vencido que recompôs 
suas forças”. (p.169) 
Os tratados são acordos realizados em um âmbito internacional que visam 
proteger, fortalecer e sustentar interesses decretados em determinada área. Essas 
ferramentas são eficazes para obrigar os Estados a cumprirem o seu 
comprometimento de alcançar definitivamente os objetivos propostos. Por se tratar de 
um instrumento formal os Estados são obrigados a seguir o que se foi vigorado, ou 
seja, pacta sunt servanda. 
 
Questões: 
1. Utilizando-se da perspectiva de Raymond Aron, qual a diferença entre Sistema 
Homogêneo e Sistema Heterogêneo no que tange às relações internacionais? 
Resposta: De acordo com o texto, esses dois conceitos estão diretamente 
ligados a uma perspectiva política onde, no sistema homogêneo os atores possuem 
os mesmos interesses políticos; já no heterogêneo possuem interesses diferentes. 
Contudo, isso não significa que os Estados integrantes dos sistemas heterogêneos 
sejam inimigos, assim como os membros dos homogêneos podem não ter relações 
estreitas. 
A homogeneidade entre Estados proporciona menos motivos para entrarem em 
conflito, entretanto, a mesma concepção política não garante alianças, o que não 
 
 
 
 
 
 
ocorre entre Estados heterogêneos, já que são organizados segundo princípios 
diferentes, postulando valores contraditórios e inclinando-os à inimizade. 
2. Baseando-se nos conceitos e definições apresentados no texto, explique a 
diferença entre Sistema e Sociedade Internacional. 
Resposta: O Sistema Internacional é um conceito fortemente ligado à visão 
tradicionalmente realista das relações internacionais. Segundo o próprio Aron, "é o 
conjunto constituído pelas unidades políticas que mantém relações regulares entre si 
e que são suscetíveis de entrar numa guerra geral". Os componentes do Sistema 
Internacional são as unidades políticas que "os governantes dos principais Estados 
levam em conta nos seus cálculos de forças". Em suma, o Sistema Internacional está 
atrelado a como se dão as relações de poder entre os Estados baseadas na anarquia 
e estruturadas pela hierarquia e disputas de poder entre os atores mais fortes e mais 
fracos. 
Em contrapartida, a Sociedade Internacional está atrelada à Escola Inglesa e 
tem um viés mais sociológico, mais ligado às pessoas, onde a sociedade é permeada 
por regras e princípios encarnados no Direito Internacional, relativizando a anarquia 
do sistema pois, como há um código que coordena as relações, a anarquia é algo 
subjetivo. Nesse conceito, somente as relações de poder não são suficientes, mas 
sim como as normas são construídas com base nos costumes respectivos de cada 
sociedade que, como vimos em aula, refletem em âmbito internacional suas normas 
de convivência.

Outros materiais