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Queixa-crime - Prática Simulada III - Penal

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PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) 5
QUEIXA-CRIME
Estrutura da peça:
a) Endereçamento;
b) Identificação das partes: Querelante e querelado
c) Nome da ação e fundamento legal: QUEIXA-CRIME. Arts. 30, 41, 44, todos do Código de Processo Penal, e 100, §2º, do Código Penal. 
d) Narrativa dos fatos (Dos fatos)
e) Fundamentação (Do direito)
f) Pedido: Requerer seja recebida e autuada a presente queixa-crime, determinando-se a citação do querelado para que seja processado e ao final condenado nas penas do crime previsto no artigo (especificar o artigo da lei que prevê o tipo penal em espécie), bem como requerer a fixação do valor mínimo da indenização pelos danos sofridos. Requer, igualmente, a notificação e oitiva das testemunhas arroladas. Observação: Só será requerido o valor mínimo de indenização para o Juiz criminal se a infração causou para a vítima dano patrimonial. Não se discute dano moral no processo penal 
g) Fechamento da peça: data, local. Advogado, OAB..., nº....
MODELO DE QUEIXA-CRIME
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA___VARA CRIMINAL DA COMARCA...(crimes de competência da Justiça Estadual)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE_______ (crimes da competência da Justiça Federal)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO...JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE.....(Crimes de menor potencial ofensivo – Lei 9.099/95)
(10 linhas) 
 QUERELANTE DE TAL, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), portador da Cédula de identidade RG sob o nº ... e do CPF/MF sob o nº..., residente e domiciliado na Rua..., nº..., na Comarca......, por seu advogado(a) ao final subscrito(a), conforme procuração com poderes especiais anexa, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, oferecer QUEIXA-CRIME, com base nos artigos 30, 41 e 44, todos do Código de Processo Penal, e artigo 100, §2º, do Código Penal, contra QUERELADO TAL (qualificar – não inventar dados), pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
 (2 linhas)
I – DOS FATOS:
Narrar o fato criminoso, com todas as circunstâncias, sem inventar dados ou copiar o problema. 
a) Quando - Tempo do fato – No dia tal, mês tal, ano tal, por volta das___ horas; b) Sujeito ativo – quem pratica a conduta criminosa – Fulano de tal; c) Lugar do crime; d) Motivo do crime; e) Comportamento criminoso; f) Maneira pela qual o crime foi praticado; g) Mal produzido com a conduta criminosa. Se houver concurso de pessoa: especificar a conduta de cada coautor ou partícipe. 
(2 linhas)
II – DO DIREITO:
Comprovar a ocorrência do crime e sua respectiva autoria, com adaptação ao fato típico realizado no mundo real. Demonstrar a ocorrência da infração, através da explicação dos seus requisitos (tipo objetivo, tipo subjetivo, consumação e outros). Não esquecer de relacionar os requisitos do tipo penal com o fato concreto. 
(2 linhas)
III – JURISPRUDÊNCIA:
Segundo entendimento Jurisprudencial: (Copiar uma ou duas Jurisprudências a respeito da matéria).
(2 linhas)
IV – DO PEDIDO:
Assim agindo, o querelado praticou os delitos previstos no artigo...do Código Penal, razão pela qual requer o querelante: 
a) A designação de audiência preliminar ou de conciliação (se a competência for do Juizado Especial Criminal);
b) A citação do querelado; 
c) O recebimento da queixa-crime;
d) A oitiva das testemunhas abaixo arroladas; 
e) A procedência do pedido, com a consequente condenação do querelado nas penas dos artigos .....do Código Penal; 
f) A fixação de valor mínimo de indenização, nos termos do artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal. 
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e data.
 
 _____________________
 OAB sob o nº ...
Rol de testemunhas: 
1.__________(Nome), _____________(Profissão),___________(Endereço)
2.__________(Nome), _____________(Profissão),___________(Endereço)
3.__________(Nome), _____________(Profissão),___________(Endereço)
PROBLEMA PRÁTICO
(XV Exame de Ordem Unificado) Enrico, engenheiro de uma renomada empresa da construção civil, possui um perfil em uma das redes sociais existentes na internet e o utiliza diariamente para entrar em contato com seus amigos, parentes e colegas de trabalho. Enrico utiliza constantemente as ferramentas da internet para contatos profissionais e lazer, como o fazem milhares de pessoas no mundo contemporâneo. 
No dia 19-4-2014, sábado, Enrico comemora aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião à noite com parentes e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Na manhã de seu aniversário, resolveu então, enviar o convite por meio da rede social, publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos. 
Helena, vizinha e ex-namorada de Enrico, que também possui perfil na referida rede social e está adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, de seu computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na rede social uma mensagem no perfil pessoal de Enrico.
Naquele momento, Helena, com intuito de ofender o ex-namorado, publicou o seguinte comentário: “Não sei o motivo da comemoração, já que Enrico não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha !”, e, com o propósito de prejudicar Enrico perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, “Ele trabalha todo dia embriagado ! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário de expediente que a empresa que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo !”.
Imediatamente, Enrico, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfil pessoal.
Enrico, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Carlos, Miguel e Ramires que estavam ao seu lado naquele instante. Muito envergonhado, Enrico tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas, perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada. No dia seguinte, Enrico procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da mensagem ofensiva e a página da rede social na internet onde ela poderia ser visualizada. Passados cinco meses da data dos fatos, Enrico procurou seu escritório de advocacia e narrou os fatos acima. Você, na qualidade de advogado de Enrico, deve assisti-lo. Informa-se que a cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, possui Varas Criminais e Juizados Especiais Criminais. 
Com base somente nas informações de que se dispõe e nas que podem ser inferidas no caso concreto acima, redija a peça cabível, excluindo a possibilidade da impetração de “habeas corpus”, sustentando para tanto as teses jurídicas pertinentes. 
A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. 
PEÇA: Queixa-crime (ação penal de iniciativa privada, exclusiva, ou propriamente dita) com fundamento no artigo 41 do CPP e artigo 100,§ 2º, do CP, c/c os artigos 30 e 44, ambos do CPP. 
TESE: Na queixa crime apresentar a exposição do fato criminoso (crimes de injúria e difamação), com todas as suas circunstâncias (causas de aumento de pena), a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime, o rol de testemunhas. No caso ocorreram os crimes de injúria e difamação, bem como a causa de aumento de pena previsto no artigo 141, III do CP, bem como a tipificação dos delitos praticadosem concurso formal (artigos 139 e 140, c/c o artigo 141 e artigo 70, todos do CP). 
COMPETÊNCIA: Juizado Especial Criminal de Niterói. Os crimes contra a honra narrados no enunciado são de menor potencial ofensivo (artigo 61 da Lei nº 9.099/95), não obstante a incidência de causa especial de aumento de pena e do concurso formal, a resposta penal não ultrapassa o patamar de 2 (dois) anos. 
Com relação ainda a competência, segue o entendimento da 3ª Seção do STJ, no sentido de que, no caso de crime contra a honra praticado por meio da internet, em redes sociais, ausentes as hipóteses do artigo 109, IV e V, da CF/88, sendo as ofensas de caráter exclusivamente pessoal, e a conduta, dirigida a pessoa determinada e não a uma coletividade, afastam-se as hipóteses do dispositivo constitucional e, via de consequência, a competência da Justiça Federal. 
PEDIDO: a) A procedência do pedido, com a consequente condenação da querelada nas penas dos artigos 139 e 140 c/c o artigo 141, inciso III e artigo 70, todos do Código Penal; b) A citação da querelada; c) A oitiva das testemunhas arroladas; d) A condenação da querelada ao pagamento das custas e demais despesas processuais; e e) A fixação de valor mínimo de indenização, nos termos do artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal.

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