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avaliaçao educacional 4

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Prévia do material em texto

Avaliação Educacional 
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Dr.ª Lucimary Bernabé Pedrosa de Andrade
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Políticas Contemporâneas de Avaliação 
e a Avaliação Externa no Brasil
• A Avaliação no Contexto das Políticas Educacionais;
• O Sistema de Avaliação Externa nos Diferentes Níveis de Ensino.
• Discutir sobre a avaliação no contexto das políticas educacionais;
• Compreender os impactos da avaliação externa nos processos de ensino e aprendizagem;
• Conhecer a avaliação em larga escala realizada no sistema educacional brasileiro.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Políticas Contemporâneas de Avaliação
e a Avaliação Externa no Brasil
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Políticas Contemporâneas de Avaliação 
e a Avaliação Externa no Brasil
A Avaliação no Contexto 
das Políticas Educacionais
Podemos afirmar que nos últimos anos a avaliação tem ganhado um sentido 
público, sendo crescente o controle da sociedade civil em vários campos em que a 
avaliação transita, além do contexto escolar. Além disso, o Estado também tem se 
responsabilizado por promover a avaliação em várias instâncias do setor social e da 
administração pública, fazendo com que a avaliação se tornasse uma importante 
questão do Estado (DIAS SOBRINHO, 2002).
Nos anos 1990, as reformas educativas pautaram-se nas exigências do mercado 
competitivo impulsionado pela globalização e pelas políticas neoliberais. A política 
educacional assumiu o discurso da modernização e da qualidade, tendo como foco 
a atenção à escola e ao ensino fundamental. Conforme Libâneo, Oliveira e Toschi 
(2005), algumas ações governamentais caracterizaram as políticas pautadas para 
a modernização, qualidade e descentralização do ensino, como exemplo, temos os 
kits eletrônicos para as escolas, livros didáticos, avaliação externa, currículo nacio-
nal e recursos financeiros. Os autores ressaltam que o aspecto da descentralização 
da educação escolar foi mais no sentido das responsabilidades, permanecendo o 
poder de decisões centralizada na União.
Com a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases de 1996, 
a educação e a qualidade de ensino assumem nova conotação com foco para a 
realização de uma educação voltada para as necessidades da produção e dos ser-
viços, ou seja, voltada para o mercado, o que implicará na criação de indicadores 
de competências mínimas a serem desenvolvidas para a inserção do educando no 
mercado de trabalho.
A década de 1990 protagonizou uma série de acordos internacionais e uma redes-
coberta da educação como um campo fértil de investimentos, sendo elencada como 
importante instrumento de desenvolvimento social. O Brasil se tornou signatário de 
alguns acordos internacionais visando à melhoria da educação brasileira e participou 
de eventos que influenciaram novas políticas de educação de âmbito internacional, 
como: a Conferência Mundial de Educação para Todos, Jontien, Tailândia (1990); a 
Conferência de Nova Delhi (1993); e as reuniões do projeto Principal de Educação 
na América Latina e do Caribe. Nesses eventos, foram elaboradas declarações de 
intenções e recomendações com as quais se comprometeram os países signatários 
dos diferentes acordos firmados. Fazendo-se representar em todos esses encontros, o 
Brasil torna-se, portanto, sócio da agenda definida em tais cenários.
As políticas internacionais para a educação se traduz em propostas firmadas no 
contexto da retomada de uma visão que articula a educação ao desenvolvimento, 
em moldes semelhantes à teoria do capital humano e a partir do desenvolvimento 
da chamada revolução do conhecimento, que assinala a centralidade do papel exer-
cido pela educação, na definição de um novo panorama mundial.
8
9
O Brasil passará a receber investimentos de organismos internacionais para o 
financiamento de projetos educacionais visando à melhoria da qualidade e ao en-
frentamento das desigualdades da oferta da educação no país.
Figura 1
Fonte: Getty Images
Frente aos problemas diagnósticados na educação brasileira, encontra-se a ne-
cessidade de melhorar o acesso, a permanência e a qualidade da educação, sendo 
discutido o importante papel da avaliação escolar nesse processo. Dessa forma, 
inciam-se estudos buscando ressignificar o papel da avaliação no processo de ensi-
no e aprendizagem, desde a avaliação da sala de aula até a avaliação do sistema de 
ensino, por meio da avaliação externa.
Críticos e estudiosos apontam a necessidade de se entender que as reformas na 
avaliação educacional, dentre elas a implementação da avaliação externa, estão in-
fluenciadas por orientações políticas dos governos, com vistas a atender as mudan-
ças no campo do mercado, considerando que a elevação dos níveis educacionais 
implica em atender aos dispositivos econômicos. Dias Sobrinho (2002) também 
esclarece que as nossas reformas e modelos de avaliação são influenciados e orien-
tados por imposições externas aliadas a fatores econômicos, políticos e intelectuais 
e que muitas vezes são trazidos de experiências de outros países, nem sempre 
bem sucedidas.
A avaliação externa tem influenciado o estabelecimento de metas no cotidiano 
escolar, onde o foco tem sido para comprovação de competências e habilidades de 
ordem cognitivas. Esse fato tem gerado impactos no trabalho docente, visto que os 
professores no momento do planejamento e da realização do trabalho pedagógico 
ficam pressionados em atingir as metas propostas pelos gestores e as políticas 
e condicionam a prática pedagógica às avaliações externas. Outra questão é em 
relação ao que fazer com os resultados da avaliação externa, sendo que ela tem 
estimulado a competição entre às escolas na busca por melhores resultados, o que 
tem introduzido na educação pública a lógica da economia do mercado, na qual a 
competição induz qualidade.
9
UNIDADE Políticas Contemporâneas de Avaliação 
e a Avaliação Externa no Brasil
Assim sendo, a avaliação no contexto escolar fica sob a intervenção de um siste-
ma nacional de avaliação e sujeita a corresponder a metas nacionais estabelecidas. 
Coutinho (2012) ainda ressalta os impactos da avaliação externa nos currículos no 
sentido de uniformizá-los,promovendo certa homogeneização dos processos edu-
cativos, pois provoca uma seleção dos conteúdos que deverão ser avaliados.
Temos um quadro de mudanças com os novos paradigmas e as referências te-
óricas para a discussão da temática. Apesar das críticas aos modelos iniciais de 
avaliação, como a mensuração, as tendências atuais revelam a aplicação de exames 
e testes em larga escala no quadro das reformas das políticas educacionais no país. 
De acordo com Dias Sobrinho (2002, p.155), esses testes em larga escola aca-
bam exercendo uma “função muito mais de disciplina e moderação do que de diag-
nóstico com intencionalidade formativa”. O autor ainda assevera que, em razão dos 
testes terem aplicação de âmbito nacional e considerando as diferenças regionais 
e institucionais, ocorre uma tendência de nivelamento por baixo, com a seleção 
de conhecimentos elementares e básicos. A aprendizagem fica assim reduzida à 
capacidade do aluno de acertos em determinadas questões, o que implica no domí-
nio de algumas competências. “Se a avaliação se reduz a comprovar se os alunos 
aprenderam algo do que lhes foi ensinado, então ela se torna uma operação muito 
pobre e que rebaixa demasiadamente o sentido da educação” (DIAS SOBRINHO, 
2002, p. 159).
É importante que a avaliação, seja ela externa ou não, seja reconhecida enquan-
to uma prática social que possa fomentar a discussão e a reflexão dos processos 
pedagógicos, com caráter formativo e contínuo, e não meramente um instrumento 
de regulação da educação.
O Sistema de Avaliação Externa nos 
Diferentes Níveis de Ensino
A avaliação externa consiste em todo processo avaliativo sobre o desempenho 
do sistema educacional, com o propósito de orientar as políticas públicas.
Importante!
A avaliação externa é aquela que é gestada fora do ambiente escolar, acontece em larga 
escala nos âmbitos federal, estadual e municipal.
Importante!
Conforme já mencionado anteriormente, os planos e as políticas educacionais no 
país, a partir da década de 1990, foram influenciados por acordos e organismos in-
ternacionais. Foi a partir dessa época que o Brasil tornou-se signatário dos acordos 
10
11
internacionais para impulsionar a educação, em especial a educação básica, nos 
países do terceiro mundo. O marco desses eventos foi a Conferência Mundial de 
Educação para Todos, em Jomtien, na Tailândia, organizada pela Organização das 
Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
O artigo 4 º da Declaração Mundial de Educação para Todos propaga a neces-
sidade de que seja implementada nos países um sistema de avaliação (RIBEIRO, 
2002). No governo Itamar Franco, em 1993, foi elaborado o Plano Decenal de 
Educação para Todos, que apesar de não ter saído do papel, iria fazer menção ao 
sistema de avaliação da educação básica:
Vem sendo desenvolvido e implementado o Sistema Nacional de Ava-
liação da Educação Básica, com a finalidade de aferir a aprendizagem 
dos alunos e o desempenho das escolas de primeiro grau e prover infor-
mações para avaliação e revisão de planos e programas de qualificação 
educacional. (BRASIL, 1993 apud RIBEIRO, 2002, p.135)
Conforme Ribeiro (2002), a partir de 1993, o Ministério da Educação em articu-
lação com as Secretarias Estaduais de Educação implantou o sistema de avaliação 
da educação básica e, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 
n.o 9394/96, fez com que esse sistema, que até então era uma diretriz governa-
mental, se tornasse uma atribuição do Ministério da Educação (MEC).
O sistema de avaliação da educação básica
A necessidade de criação de um sistema de avaliação da educação no país 
responde, sobretudo, a uma necessidade de formulação de dados sobre a realidade 
do sistema de ensino e os resultados de investimentos públicos na educação.
Atualmente, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio 
Teixeira (INEP), órgão ligado ao MEC, é o responsável pela avaliação do sistema 
educacional brasileiro em todos os níveis.
Figura 2
Fonte: Getty Images
11
UNIDADE Políticas Contemporâneas de Avaliação 
e a Avaliação Externa no Brasil
O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) tem como principal ob-
jetivo avaliar a Educação Básica brasileira e contribuir para a melhoria de sua 
qualidade e para a universalização do acesso à escola, oferecendo subsídios con-
cretos para a formulação, reformulação e o monitoramento das políticas públicas 
voltadas para a Educação Básica. Além disso, procura também oferecer dados e 
indicadores que possibilitem maior compreensão dos fatores que influenciam o 
desempenho dos alunos nas áreas e anos avaliados.
O Saeb tem como objetivos:
I – avaliar a qualidade, a equidade e a eficiência da educação básica no 
país em seus diversos níveis governamentais;
II – produzir indicadores educacionais para o Brasil, suas regiões e Uni-
dades da Federação e quando possível para os munícipios e instituições 
escolares, tendo em vista a manutenção da comparabilidade dos dados, 
permitindo assim, o incremento das séries históricas;
III – subsidiar a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de po-
liticas públicas baseadas em evidências, com vistas ao desenvolvimento 
social e econômico do Brasil;
IV – desenvolver competência técnica e científica na área da avaliação 
educacional, ativando o intercâmbios entre instituições educacionais de 
ensino e pesquisa. (INEP, 2018)
Importante!
O Saeb é um processo de avaliação em larga escala realizado com periodicidade bianual, 
que, por meio de testes e questionários, possibilita traçar um diagnóstico do sistema 
educacional no país, identificando fatores que possam interferir no desempenho dos 
alunos e fornecendo um indicativo sobre a qualidade da educação brasileira. Foi implan-
tado em 1990 e, até o ano de 2017, foram realizadas 14 edições do exame. Na edição de 
2017, 5,4 milhões de estudantes, do 5º ao 9º ano do ensino fundamental e da 3ª série do 
ensino médio, realizaram os testes de língua portuguesa e de matemática.
Importante!
Por meio do Decreto n.º 9432 de 29 de junho de 2018, foi instituída a Política 
Nacional de Avaliação de Exames da Educação Básica.
A Política Nacional de Avaliação e Exames da Educação Básica apresenta os seguintes obje-
tivos: I - diagnosticar as condições de oferta da educação básica; II - verificar a qualidade da 
educação básica; III - oferecer subsídios para o monitoramento e o aprimoramento das políti-
cas educacionais; IV - aferir as competências e as habilidades dos estudantes; V - fomentar a 
inclusão educacional de jovens e adultos; e VI - promover a progressão do sistema de ensino.
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Conforme o artigo 4º da Política Nacional de Avaliação e Exames da Educação 
Básica, integram o sistema de avaliação: o Sistema de Avaliação da Educação Básica 
12
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(Saeb); o Exame nacional para certificação de competências de Jovens e adultos 
(Enceja); e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
O decreto que regulamenta a Política Nacional de Avaliação e Exames da Educação Básica 
está disponível em: http://bit.ly/2PXP8lG.Ex
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Vamos compreender um pouco da história do Saeb e as mudanças propostas a 
partir de 2019.
Veja no link a seguir todo o histórico do Saeb de 1990 até 2015: http://bit.ly/2PYR25A.
O Inep elaborou o documento Sistema de Avaliação da Educação Básica: documentos re-
ferência, o qual oferece um conjunto que documentos que passarão a orientar as próximas 
edições do Saeb, a partir de 2019. O documento está disponível no link: http://bit.ly/2Q2hJ9O.
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A necessidade da criação do Saeb tem respaldo legal na Constituição Federal 
(1988), na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) e no Plano Na-
cional de Educação (2014).
De acordo com o inciso IV do artigo 9º da LDB:
Art. 9º A União incumbir-se-á de: 
VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no 
ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas 
de ensino, objetivando a definição de prioridades e a melhoriada quali-
dade do ensino;
O Saeb foi criado em 1990 e realiza avaliações a cada dois anos desde 1995.
Em toda a sua trajetória, já passou por várias reformulações e regulamentações. 
Por meio da Portaria MEC n.o 931/2005, o Saeb passou a ser constituído pela 
Avaliação da Educação Básica (Aneb) e pela Avaliação Nacional do Rendimento Es-
colar (Anresc), conhecida como Provinha Brasil. No ano de 2013, foi incorporado 
ao Saeb a Avaliação nacional de alfabetização (Ana).
SAEB
ANEB - Avaliação 
Nacional da 
Educação Básica
ANA (Avaliação 
Nacional da 
Alfabetização)
ANRESC - Prova Brasil - 
(Avaliação Nacional do 
Rendimento Escolar)
Figura 3 – Estrutura do SAEB até 2018
Fonte: Acervo do COnteudista
13
UNIDADE Políticas Contemporâneas de Avaliação 
e a Avaliação Externa no Brasil
Importante!
A Prova Brasil é realizada desde de 2005, bianualmente junto com estudantes do 5º ao 
9º do ensino fundamental da rede pública. A prova consta de questões de língua por-
tuguesa e matemática, além de questionário socioeconômico. A partir de 2019, a prova 
será renomeada para Saeb dos anos finais do ensino fundamental e os alunos do 9º ano 
passarão a responder questões de ciências humanas e ciências da natureza. A Ana foi 
aplicada nos anos de 2013, 2014 e 2016 junto aos estudantes do 3º ano do ensino fun-
damental. Com a BNCC, que antecipou o fim do ciclo de alfabetização para o 2º ano, a 
prova de 2018 foi suspensa e um novo exame será aplicado em 2019 junto aos alunos do 
2º ano do ensino fundamental. A possibilidade é da prova ser renomeada para Saeb dos 
anos iniciais do ensino fundamental e continuar a medir o desempenho dos alunos em 
leitura, matemática e escrita.
Importante!
O Saeb terá uma nova configuração a partir de 2019, com ajustes a atender aos 
novos propósitos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Dentre uma das 
mudanças, será incluída a avaliação bienal da educação infantil baseada em parâ-
metros nacionais de Sistema de Avaliação da Educação Básica, conforme recomen-
dado pelo Plano Nacional de educação (2014).
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define 
o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais como direito das crianças, 
jovens e adultos no âmbito da Educação Básica escolar e orientam sua implementação pelos 
sistemas de ensino das diferentes instâncias federativas, bem como pelas instituições ou 
redes escolares.
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Importante!
A avaliação da educação infantil nos sistema educacional brasileiro já estava prevista 
desde 2010, nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil e também no 
Plano Nacional de Educação (2014), o qual determinava que ela deveria ser implantada 
em 2016.
Você Sabia?
Conforme a nova proposta de reformulação do Saeb, está prevista a avaliação 
da qualidade da educação a partir de sete eixos: equidade, direitos humanos e cida-
dania, ensino-aprendizagem, investimento, atendimento escolar, gestão e profissio-
nais docentes. Também é apresentada uma nova configuração das provas para os 
anos do ensino fundamental e médio.
a. Para estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental, provas de Língua 
Portuguesa e de Matemática compostas de itens de resposta objetiva e de 
itens de resposta construída, elaborados em consonância com as Matrizes 
14
15
de Referência já alinhadas à Base Nacional Comum Curricular publicada 
conforme a Resolução nº02/2017, do Conselho Nacional de Educação;
b. Para estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental, provas de Ciências da 
Natureza e de Ciências Humanas compostas de itens de resposta objetiva e 
de itens de resposta construída, elaborados em consonância com as Matrizes 
de Referência já alinhadas à Base Nacional Comum Curricular publicada 
conforme Resolução nº 02/2017, do Conselho Nacional de Educação;
c. Para estudantes do 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e da 3ª e 4ª sé-
ries do Ensino Médio, provas de Língua Portuguesa e Matemática compos-
tas de itens de resposta objetiva, com Matrizes de Referência que permitem 
a manutenção da séria histórica de resultados do Saeb e, consequentemen-
te, do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). (INEP, 2018)
De acordo com a Portaria n.º 1.100 de 26/12/2018, a qual estabelece as diretri-
zes para a realização da avaliação da educação básica no ano de 2019, considera-se 
como população alvo do Saeb: todas as escolas públicas e uma amostra de escolas 
privadas localizadas em zonas urbanas e rurais com estudantes matriculados em 
turmas de creche e pré-escola da educação infantil, 5º e 9º ano do ensino funda-
mental e de 3ª e 4ª série do ensino médio (tradicional e integral); mediante adesão, 
alunos de escolas privadas localizadas em zonas urbanas e rurais com alunos ma-
triculados em creche e pré-escola da educação infantil, 5º e 9º ano do ensino fun-
damental e de 3ª e 4ª série do ensino médio (tradicional e integral); e uma amostra 
de escolas públicas e privadas localizadas em zonas urbanas e rurais que possuam 
estudantes matriculados em turmas de 2º ano e de 9º ano do ensino fundamental, 
distribuídas nas 27 (vinte e sete) Unidades da Federação.
A Portaria n.º 1.100, de 26 de dezembro de 2018, a qual estabelece as diretrizes para a 
realização do sistema de avaliação da educação básica para 2019, está disponível no link:
http://bit.ly/2PVsBpX.
No Portal do Inep, por meio do link a seguir, você terá acesso aos resultados do SAEB de 2017 
e as principais mudanças do sistema para 2019: http://bit.ly/2PXrplZ.
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O exame Nacional do Ensino Médio (Enem) também é um importante progra-
ma de avaliação do sistema educacional brasileiro que tem como objetivo aferir o 
domínio das competências e das habilidades esperadas ao final da educação básica. 
Conforme a Politica Nacional de Avaliação de Exames da Educação Básica, os 
resultados do Enem poderão ser utilizados para o acesso do aluno à educação su-
perior e aos programas governamentais de financiamento do ensino superior.
O Enem foi criado em 1998 e, a partir de 2017, tornou-se censitário, ou seja, 
deve ser realizado por estudantes do 3º ano do ensino médio de todas as escolas 
públicas e privadas do país. Apesar de ser censitário, ele é opcional, ou seja, o alu-
no deve inscrever-se para realizá-lo.
15
UNIDADE Políticas Contemporâneas de Avaliação 
e a Avaliação Externa no Brasil
Figura 4
Fonte: Getty Images
O Programa Universidade para todos (Prouni) foi o primeiro programa a in-
corporar os resultados do Enem para o ingresso do aluno na educação superior. 
Em 2010, a nota do Eenm passou a ser utilizada pelo Sistema de Seleção Unifica-
da (Sisu) para a seleção de alunos para o ingresso em instituições ensino superior 
públicas e particulares e, a partir de 2014, os seus resultados passaram a ser utiliza-
dos por programas de financiamento estudantil, como o Fundo de Financiamento 
Estudantil (FIES).
As provas do Enem são compostas por 180 questões objetivas e redação 
argumentativa. As questões objetivas são agrupadas em quatro áreas do conhecimento: 
linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências 
da natureza e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias.
O Enem é o maior exame vestibular do Brasil (reconhecido oficialmente pelo RankBrasil – 
Recordes Brasileiros) e o segundo maior do mundo, atrás somente do Gāo Kăo, o exame 
de admissão do ensino superior da República Popular da China. A prova também é feita 
por pessoas com interesse em ganhar bolsa integral ou parcial em universidade particular 
através do Programa Universidade para Todos (ProUni) ou para obtenção de financiamento 
através do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Entre 2009 e 
2016, o exame serviu também como certificação de conclusão do ensino médio em cursos 
de Educação de Jovens e Adultos (EJA), antigo supletivo, substituindo o Exame Nacional para 
Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), que voltou a ser realizado a par-
tir de 2017. Emalgumas universidades, substituiu o tradicional vestibular, disponível em: 
http://bit.ly/2PXrA0D.
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Em 2007, é criado pelo Inep o Indíce de Desenvolvimento da Educação Básica 
(IDEB). O Ideb tem por objetivo monitorar a qualidade da educação brasileira, possi-
bilitando a implementação de ações para solucionar os problemas educacionais no 
país. Para cálculo do Ideb, são utilizadas a taxa de rendimento escolar (aprovação) 
por meio do Censo escolar e as médias de desempenho nos aplicados pelo Seb. 
16
17
Os resultados são apresentados em escolas de 0 a 10, sendo estabelecidas metas 
diferenciadas por escolas e redes de ensino do país. Algumas metas, referenciadas 
em padrões educacionais de países desenvolvidos foram estabelecidas, sendo que 
até 2022 a educação no país deverá atingir em média a pontuação de 6.0.
Figura 5
Fonte: Getty Images
Conforme a meta 7 do Plano Nacional de Educação, é esperado até 2021 que 
a média dos anos inciais do ensino fundamental seja 6,0; 5,5 nos anos finais do 
ensino fundamental e 5,2 no ensino médio.
Conforme os dados do Saeb de 2017, a situação da educação brasileira ainda 
precisa de avanços para que as metas propostas sejam atingidas.
Conforme dados do SAEB de 2017, apenas 160 escolas das 55 mil existentes no país apresen-
tam o IDEB igual ou superior a 6. A média do IDEB nas séries do ensino fundamental foi de 
3,8. O maior desafio está em melhorar o índice do ensino médio, visto que a pontuação está 
em 3,8 avançando apenas em 0,1 das útlimas avaliações.
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Para saber mais sobre os resultados do Ideb, veja a reportagem da Revista Nova Escola,
disponível no link: http://bit.ly/2Q2makY.Ex
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Para avaliação do ensino superior, temos o Sistema Nacional de Avaliação da 
Educação Superior (Sinaes). Criado em 2004, o Sinaes utiliza como instrumentos 
de avaliação a avaliação das instituições, a avaliação dos cursos e a avaliação do 
desempenho dos alunos. Como instrumentos complementares, fazem parte do sis-
tema a autoavaliação, a avaliação externa, a avaliação dos cursos de graduação, 
informações como censo, cadastro e o Enade.
17
UNIDADE Políticas Contemporâneas de Avaliação 
e a Avaliação Externa no Brasil
Figura 6
Fonte: Getty Images
O Sinaes tem como objetivo melhorar o mérito e o valor das instituições, áreas, 
cursos e programas, nas dimensões de ensino, pesquisa, extensão, gestão e forma-
ção; melhorar a qualidade da educação superior e orientar a expansão da oferta, 
além de promover a responsabilidade social das IES, respeitando a identidade ins-
titucional e a autonomia de cada organização.
Os processo de avaliação das instituições são coordenados pela Comissão Na-
cional de Avaliação da Educação Superior e implicam no credenciamento, reco-
nhecimento, na autorização e nos recredenciamentos de cursos das instituições 
superiores de ensino.
18
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
IDEB 2017: O que Podemos Aprender, Mesmo (Quase) Sem Novidades
Para saber mais sobre os resultados do Ideb de 2017, veja a reportagem Ideb, o que 
podemos aprender, mesmo sem novidades, realizada por Todos pela Educação.
http://bit.ly/2PW6Xlm
Saeb substitui Prova Brasil e Avaliação Nacional de Alfabetização
Para conhecer mais sobre as mudanças propostas para o Saeb em 2019, veja a 
reportagem da Revista Nova escola intitulada Saeb substitui Prova Brasil e Avaliação 
Nacional de Alfabetização.
http://bit.ly/2PXtA99
Saeb
No portal do Inep, você poderá acessar várias informações sobre o Saeb.
http://bit.ly/2PW7hk4
 Livros
Política de avaliação em larga escola na educação básica: do controle dos resultados aos processos de 
operacionalização do ensino
WERLE, F. O. C. Política de avaliação em larga escola na educação básica: do controle 
dos resultados aos processos de operacionalização do ensino. Ensaio. aval. pol. púlb. 
Educ., Rio de janeiro, v. 19,n. 73, p. 769-792, out./dez. 2011.
 Vídeos
Processos de Avaliação - Aula 09 - Avaliação externa e em larga escala no Brasil
A respeito do papel da avaliação externa, assista o vídeo produzido pela UNIVESP 
sobre a Avaliação externa em larga escala no Brasil, apresentado pela professora 
Adriana Bauer.
https://youtu.be/jROq7BZFR3E
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UNIDADE Políticas Contemporâneas de Avaliação 
e a Avaliação Externa no Brasil
Referências
CASTRO, Maria Helena Guimarães. Sistemas de avaliação da educação no Brasil. 
Rev. Perspectiva, São Paulo, v. 23, n. 1, p 5-18, jan./jun. 2009. Disponível em: 
http://www.seade.gov.br/produtos/spp/v23n01/v23n01_01.pdf. Acesso em: 04 
jan. 2019.
COUTINHO, Magno Sales. Avaliação externa e currículo: possíveis impactos e im-
plicações no processo de ensino e aprendizagem. In: ENCONTRO NACIONAL DE 
DIDÁTICA E PRÁTICAS DE ENSINO, 16., 2012, Campinas. Anais [...]. Campinas: 
Unicamp, 2012. p. 18-28. Disponível em: http://www2.unimep.br/endipe/2973c.
pdf. Acesso em: 22 fev. 2019.
DIAS SOBRINHO, José. Avaliação, Políticas Educacionais e Reformas da Edu-
cação Superior. São Paulo: Cortez, 2003
INEP. Sistema de avaliação da educação básica: documentos de referencia. 
Versão 1.0. Brasília: INEP/Ministério da educação, 2018. Disponível em: http://
portal.inep.gov.br/educacao-basica/saeb. Acesso em: 28 fev. 2019.
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira; TOSHI, Mirza Seabra. Educa-
ção escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2005. (Coleção 
Docência em Formação).
RIBEIRO, Benvinda Barros Dourado. A função social da avaliação escolar e as 
politicas de avaliação da educação básica no Brasil nos anos 90: breves conside-
rações. Rev. Inter-Ação. Fac. Ed. UFG, v. 27, n. 2, p.127-142, jul./dez. 2002. 
Disponível em: http://www.revistas.ufg.br/index.php/interacao/article/view/1530. 
Acesso em: 18 fev. 2019.
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