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Caso Concreto Processo Penal

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Vivian Mendes Tavares – Matricula: 201902039548 
 INTERLAGOS 
 
 
Caso Concreto 1 
Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências 
agrupadas em região de veraneio, a polícia detém um suspeito, que perambulava pelas 
redondezas. Após alguns solavancos e tortura físico-psicológica, o suspeito, de apelido 
Alfredinho, acabou por admitir a autoria de alguns dos crimes, inclusive de um roubo 
praticado mediante sevícia consubstanciada em beliscões e cusparadas na cara da pessoa 
moradora. Além de admitir a autoria, Alfredinho delatou um comparsa, alcunhado 
Chumbinho, que foi logo localizado e indiciado no inquérito policial instaurado. A vítima do 
roubo, na delegacia, reconheceu os meliantes, notadamente Chumbinho como aquele que 
mais a agrediu, apesar de ter ele mudado o corte de cabelo e raspado um ralo cavanhaque. 
Deflagrada a ação penal, o advogado dos imputados impetrou habeas corpus, com o propósito 
de trancar a persecução criminal, ao argumento de ilicitude da prova de autoria. Solucione a 
questão, fundamentadamente, com referência necessária aos princípios constitucionais 
pertinentes. 
R: A forma expressa do art. 5ª, LVI, da CF/88 e do art. 157 do CPP, 
que proíbem a utilização das provas ilícitas no processo são pautadas pelos Princípios 
pertinentes, Vedação da prova ilícita, devido o processo legal e dignidade da pessoa 
humana. As provas obtidas são ilícitas e ilícitas por derivação. 
O habeas corpus deverá ser concedido ao acusado, tendo em vista que 
as provas obtidas foram mediante tortura, conforme prever o art. 1º, I “A” da lei 9.4 
55/97 (lei de tortura). 
Exercício 
(OAB FGV 2010.2) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma 
faca, causando-lhe sérias lesões no ombro direito. O promotor de justiça ofereceu denúncia 
contra Joaquim, imputando-lhe a prática do crime de lesão corporal grave contra Pedro, e 
arrolou duas testemunhas que presenciaram o fato. A defesa, por sua vez, arrolou outras duas 
testemunhas que também presenciaram o fato. Na audiência de instrução, as testemunhas de 
defesa afirmaram que Pedro tinha apontado uma arma de fogo para Joaquim, que, por sua vez, 
agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já as testemunhas de acusação disseram 
que não viram nenhuma arma de fogo em poder de Pedro. Nas alegações orais, o Ministério 
Público pediu a condenação do réu, sustentando que a legítima defesa não havia ficado 
provada. A Defesa pediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em legítima 
defesa. No momento de prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia fundada dúvida 
sobre se Joaquim agrediu Pedro em situação de legítima defesa. Considerando tal narrativa, 
assinale a afirmativa correta. 
(A) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. Assim, como o juiz não se 
convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
(B) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da acusação. Assim, como o juiz não 
se convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
(C) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz ficou 
em dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu. 
(D) Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele está impedido de proferir a 
sentença. A lei obriga o juiz a esgotar todas as diligências que estiverem a seu alcance para 
dirimir dúvidas, sob pena de nulidade da sentença que vier a ser prolatada. 
R: Alternativa correta C. 
Caso Concreto 2 
O Padre José Roberto ouviu, em confissão, Maria admitir que mantém por 
conta própria estabelecimento onde ocorre exploração sexual, com intuito de lucro. No local, 
admitiu Maria ao Vigário que garotas de programa atendem clientes para satisfazer seus 
diversos desejos sexuais mediante o pagamento de entrada no valor de R$100,00 no 
estabelecimento, e o valor de R$500,00 para a atendente. Maria, efetivamente, responde a 
processo crime onde lhe foi imputada a conduta descrita no art. 229 do CP. O Ministério 
Público arrolou o Padre José Roberto como testemunha da acusação e pretende ouvi-lo na 
AIJ, já que se trata de testemunha com alto grau de idoneidade. Pergunta-se: Pode o 
magistrado obrigar o Padre a depor em juízo, sob pena de cometer o crime do art. 342 do CP? 
R: Não. O segredo sacramental da confissão é inviolável, mesmo que a pessoa revele um 
crime. A relação entre padre e o fiel segue as determinações morais e éticas do sigilo 
profissional. Segundo consta no art.207 do Código de Processo Penal, são proibidas de 
depor as pessoas que em razão de ministério, oficio ou profissão deva guardar segredo. 
A prova produzida em juízo nesse caso seria considerada válida? 
 
R: Somente seria possível se a parte interessada desobrigar o confidente a guardar o 
segredo, conforme dispõe a parte fina l do art. 207, CPP. Mas caso isto não ocorra, nada 
terá contra Maria. 
Exercício Suplementar 
 
 
 
(Ministério Público BA/2010) À luz do Código de Processo Penal, deve-se afirmar que: 
a) A prova testemunhal não pode suprir a falta do exame de corpo de delito, ainda que tenham 
desaparecidos os vestígios do crime; 
b) A confissão será indivisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do Juiz de 
Direito, fundado no exame das provas em conjunto; 
c) O ofendido não deve ser comunicado da sentença e respectivos acórdãos que a mantenham 
ou modifiquem; 
d) As pessoas proibidas de depor em razão da profissão, poderão fazê-lo se, desobrigadas pela 
parte interessada, quiserem dar o seu testemunho; neste caso, porém, não deverão prestar 
compromisso legal; 
e) Todas as afirmativas estão incorretas. 
R: E. 
Caso Concreto 3 
O MP ofereceu denúncia contra Caio por, em tese, o mesmo ter subtraído o 
aparelho de telefone celular de Maria, na Av. Rio Branco, na altura do nº 23, pugnando pela 
condenação do acusado nas penas do art. 155, inciso II do CP (furto qualificado pela 
destreza). No entanto, ao longo da instrução probatória, nas declarações prestadas pela vítima 
e pelo depoimento de uma testemunha arrolada pela acusação, constatou-se que Caio teria, na 
ocasião dos fatos, dado um forte tapa no rosto da vítima no momento em que arrebatou o 
aparelho celular. Assim sendo, diante das provas colhidas na instrução probatória, o 
magistrado prolatou sentença condenatória contra Caio, fixando a pena de 4 anos e 6 meses, a 
ser cumprida em regime semi-aberto, diante da primariedade e da ausência de antecedentes 
criminais do acusado, como incurso no art. 157 do CP. Pergunta-se: Agiu corretamente o 
magistrado? Indique na resposta todos os fundamentos cabíveis ao caso. 
R: Não, uma vez que no curso da instrução processual descobriu-se se elementar não 
cumprida na imputação, neste caso o Ministério Público deveria editar a denúncia para 
incluir aditar a violência. Como não pode o juiz aditar o aditamento, na teoria não 
houve roubo; principio da correlação entre acusação e sentença. 
Exercício Suplementar 
 
1-(Magistratura/PR-2008) Quanto aos atos jurisdicionais penais, assinale a 
alternativa correta: 
a) As decisões interlocutórias simples são aquelas que encerram a relação processual sem 
julgamento do mérito ou, então, põem termo a uma etapa do procedimento. São exemplos 
desse tipo de decisão a que recebe a denúncia ou queixa ou rejeita pedido de prisão 
preventiva; 
b) As decisões interlocutórias mistas não se equiparam as decisões interlocutórias simples, 
pois as primeiras servem para solucionar questões controvertidas e que digam respeito ao 
modus procedendi, sem, contudo trancar a relação processual. Enquanto que as decisões 
interlocutórias simples trancam a relação processual sem julgar o meritum causae; 
c) A decisão que não recebe a denúncia é terminativa de mérito, por isso não pode ser 
considerada decisão interlocutória mista; 
d) As decisões interlocutórias simples servem para solucionarquestão controvertida e que diz 
respeito ao modus procedendi, sem, contudo trancar a relação processual; as interlocutórias 
mistas, por sua vez, apresentam um plus em relação àquelas: elas trancam a relação 
processual sem julgar o meritum causae. 
R: D. 
 
 
2-A foi denunciado pela prática de furto, tendo a denúncia narrado que ele 
abordou a vítima e, após deferir-lhe um empurrão, subtraiu para si a bolsa que ela carregava. 
Nesse caso: 
(a) o juiz não poderá condenar o réu pelo roubo, por ser a pena desse crime mais grave que a 
do furto; 
(b) como o fato foi classificado erroneamente, o juiz poderá condenar o réu por roubo, 
devendo, antes, proceder ao seu interrogatório; 
(c) o juiz poderá dar aos fatos classificação jurídica diversa, condenando o réu pela praticado 
do roubo; 
(d) o juiz poderá dar ao fato classificação jurídica diversa da que constou da denúncia, dando 
ao Ministério Público e à Defesa oportunidade para se manifestarem e arrolarem testemunhas. 
R: C. 
Caso Concreto 4 
Huguinho, Zezinho e Luizinho praticaram um roubo na Agência do Banco 
do Brasil, no centro do Rio de Janeiro. Os três comparsas, ao se evadirem do local, seguiram 
em direções diferentes. Luizinho foi alcançado pela polícia e preso em flagrante e encontra-se 
 
preso no Complexo de Bangu, na cidade do Rio. Os outros dois conseguiram escapar. 
Huguinho, para não ser encontrado vive se ocultando e Zezinho encontra-se em local incerto e 
não sabido. Ao receber a denúncia, o juiz da 10ª vara Criminal da Comarca do Rio de Janeiro, 
determinou, diante da situação descrita, que fosse realizada a citação por edital, de acordo 
com o art. 363, § 1º, CPP dos três acusados. Foi correta a decisão do magistrado? Justifique 
sua resposta. 
R: Não, uma vez que o Luizinho encontra-se preso deve ser citado pessoalmente nos 
termos do art.360 do CPP. O Huguinho que está se ocultando devera ser citado com 
Hora Certa, conforme o artigo 362 do CPP, já Zezinho que se encontra em local incerto 
e não sabido deve ser citado por edital. 
 
 
Exercício Suplementar 
Com relação ao tema CITAÇÕES, assinale a alternativa incorreta: 
 
a) No processo penal, o réu que se oculta para não ser citado poderá ser citado por hora certa, 
na forma estabelecida no Código de Processo Civil; 
b) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, a citação far-se-á por carta ou qualquer 
meio hábil de comunicação; 
c) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão 
suspensos o processo e o curso do prazo prescricional; 
d) O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para 
qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado; 
e) A citação do militar dar-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço, respeitando 
assim à hierarquia militar bem como a inviolabilidade do quartel. 
R: B.

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