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Slides - Direito Civil - Coisas

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01/03/2018
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Direito Civil – Direito das Coisas
Prof. Esp. Leonardo de Carvalho Peixoto
Conceito
• É o complexo das normas reguladoras das 
relações jurídicas concernentes aos bens 
corpóreos suscetíveis de apropriação pelo 
homem.
Generalidades
• Coisas = Bens
• Para o Código Civil coisa
• Divisão do Código Civil 
Propriedade
(Bem móvel ou imóvel)
Direitos Reais
(Direito que incide 
sobre coisa alheia)
Posse
(Artigo 1196 a 1224)
Direitos Reais
(Artigo 1225 a 1510)
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Diferença entre direito real e pessoal
• Direitos de conteúdo patrimonial se dividem em 
direitos das coisas ou direitos pessoais. Nesse 
sentido foi a percepção do direito romano ao se 
deparar com essas duas espécies de direitos.
COISAS
(Posse + Direitos Reais)
OBRIGAÇÕES
(Direitos Pessoais)
Diferença entre direito real e pessoal
• Direitos pessoais - possuem sujeitos facilmente 
determinados (sujeito ativo e passivo)
• Direitos reais - o sujeito ativo é facilmente 
determinado, mas o sujeito passivo, num 
primeiro momento é indeterminado (sujeito 
ativo e coisa)
Obs.: Relação “erga omnes”
Diferença entre direito real e pessoal
Direitos Reais Direitos Pessoais
Difícil identificação do sujeito 
passivo
Fácil identificação do sujeito
passivo
Aquisição se dá pela tradição 
(entrega da coisa)
Aquisição se dá pelo acordo de 
vontades
Coisa córporea, tangível e 
suscetível de apropriação
Incorpóreo
Aderência não depende do sujeito 
passivo
Aderência depende do sujeito 
passivo
Diferença entre direito real e pessoal
Princípios de Direitos Reais Princípios de Direitos Pessoais
Absolutismo – eficácia “erga 
omnes”
Relatividade – eficácia entre as 
partes
Publicidade – é preciso que todos 
saibam (tradição e registro)
Consensualismo – para que o 
contrato surja basta o 
consentimento dos contratantes
Taxatividade e Tipicidade Autonomia da vontade
Perpetuidade ________________
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Posse – Artigo 1.196 do CC
“Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele 
que tem de fato o exercício, pleno ou não, de 
algum dos poderes inerentes à propriedade.”
Posse
• Posse (fato) x Título (direito)
Jus possessions – só posse
Jus possidendi – posse advinda de título
Obs.: Objetivo da proteção da possessória é 
manter a paz social.
Teorias da posse
• Teoria subjetiva – Savigny
• “Corpus” = quem tem contato físico com coisa
• “Animus” = deve ter o ânimo de dono, ou seja, a 
pessoa deve acreditar intimamente que é dona 
da coisa 
Corpus Animus
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Teorias da posse
• Teoria objetiva – Ihering
• “Corpus” = é ter poder de fato sobre a coisa. É o 
poder de utilizar, explorar e influir sobre uma 
determinada coisa. Veja-se que o poder de fato 
sobre a coisa não exige contato, como na teoria 
subjetiva da posse.
Corpus
Teorias da posse
• Conceito: Posse é um poder fático, uma relação 
inter-humana. (Ponte de Miranda).
• O Código Civil adota a Teoria Objetiva de 
Ihering – Artigo 1.196 do Código Civil
Posse e Detenção
• “Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, 
achando-se em relação de dependência para com 
outro, conserva a posse em nome deste e em 
cumprimento de ordens ou instruções suas. 
Parágrafo único. Aquele que começou a 
comportar-se do modo como prescreve este 
artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, 
presume-se detentor, até que prove o contrário.
Posse e Detenção
• Detenção é conservar o bem em nome de outrem 
ou em cumprimento de ordens ou instruções 
daquele em cuja dependência se encontre.
Ex.: Caseiro
Obs.: Esta situação abarca, empregados e 
prepostos, mas não a figura do locatário. 
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Posse e Detenção
• “Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou 
tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos 
violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência 
ou a clandestinidade”.
• Nas situações de mera permissão e tolerância, apesar da 
pessoa ter poder de fato sobre a coisa ela não tem posse, e sim 
detenção.
• Não autorizam a aquisição da posse atos violentos ou 
clandestinos. Durante a violência a pessoa não adquire posse, 
mas mera detenção. A detenção vai perdurar enquanto não 
cessar a violência, surgindo daí a posse injusta.
Composse
• Situação pela qual duas ou mais pessoas 
exercem, simultaneamente, poderes 
possessórios sobre a mesma coisa.
• Artigo 1.199 do Código Civil 
• Pro diviso ou Pro indiviso
Natureza Jurídica
• Fato ou direito?
• Ihering = Direito
• Beviláqua = Fato exteriorizado
• Savigny = Fato e direito (misto)
Classificações da Posse
• Posse Direta e Indireta – Artigo 1.197 do CC
• Posse no Brasil é um fenômeno desmembrável –
por força da lei – e a produção desse 
desmembramento se dá por força de um 
contrato ou de um direito real quando houver a 
entrega temporária de um bem. Quem entrega 
temporariamente um bem fica com a posse 
indireta, logo, quem recebe esse bem possui a 
posse direta.
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Classificações da Posse
• Posse Justa e Injusta – Artigo 1.200 do CC
• Posse justa – é aquela que foi obtida sem o 
emprego de violência, clandestinidade ou 
precariedade. Essas três características são 
denominadas como vícios da posse. 
• Posse injusta – é aquela obtida com violência, 
clandestinidade ou precariedade.
Classificações da Posse
• Posse de Boa-fé e de Má-fe– Artigo 1.201 do CC
• Posse de boa-fé – quando o possuidor adquiriu 
a posse sem o conhecimento dos seus vícios 
• Posse de má-fé – quando o possuidor adquire a 
posse com o conhecimento de seus vícios 
Classificações da Posse
• Posse de Nova e Velha– Artigo 1.211 do CC
• Posse Nova– menos de um ano e dia
• Posse Velha – mais de um ano e dia
Classificações da Posse
• Posse Natural e Civil ou Jurídica
• Posse Natural – é a que se origina pela própria 
tradição, ou seja, exercício de poder de fato.
• Posse Civil ou Jurídica – é aquela que provém de 
contrato (documento).
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Classificações da Posse
• Posse “ad interdicta” e “ad usucapionem”
• Posse “ad interdicta” – é a posse que pode ser 
defendida pelos interditos ou ações possessórias, 
mas não conduz ao usucapião.
• Posse “ad usucapionem”– é a posse que se 
prolonga por determinado lapso temporal 
conferindo ao possuidor o direito de aquisição 
do domínio.
Classificações da Posse
• Pontos relevantes:
I) Justo título induz a boa-fé (art.1201, pu, CC)
II) Posse é injusta em relação ao legítimo 
possuidor, mas não em relação a terceiros, 
pois o injusto possuidor terá melhor posse que 
o terceiro.
III)Na posse de boa-fé não caberá ações 
possessórias, mas sim ação reivindicatória 
(imissão na posse).
Classificações da Posse
• Justo título: é o documento que formalmente 
aparenta transferir propriedade, mas não transfere 
porque o outorgado não tem poderes. Justo título é 
um estado de aparência que permite concluir estar 
gozando da posse de determinado bem, até que 
outras circunstâncias provem o contrário (se não 
contiver um determinado defeito). Presume que o 
possuidor de justo título esteja de boa-fé. 
• Justo título não se confunde com título que pode ser 
conceituado como documento hábil de transferir 
propriedade de um bem (escritura pública 
registrada no cartório de registro de imóveis). 
Classificações da Posse
• Enunciados da III Jornada de Direito Civil:
“Pode ser considerado justo título para a posse 
de boa-fé o ato jurídico capaz de transmitir a 
posse “ad usucapionem”, observando o disposto 
no art. 113 do CC”. 
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Classificações da Posse
• Enunciados da III Jornada de Direito Civil:
• “Considera-se justo título para a presunção 
relativa da boa-fé do possuidor o justo motivo 
que lhe autoriza a aquisição derivada da posse, 
esteja ou não materializado em instrumento 
público ou particular. Compreensão na 
perspectiva da função social da posse.” 
Aquisição da Posse
• Artigo 1.204 do CC
• Originária
• Derivada
Quem pode adquirir a posse?
Efeitos da Posse
• A posse produz diversos efeitos jurídicos dos 
quais a detenção não produz, dentre os mais 
importantessão:
I) Proteção possessória (autodefesa e interditos)
II) Percepção de frutos
III)Responsabilidade pela perda ou deteriorização
da coisa
IV) Indenização pelas benfeitorias e direito de 
retenção
V) Usucapião
Proteção da Posse (Tutela da Posse)
• Autodefesa ou Autotutela (art.1210 do CC)
a) Desforço imediato (esbulho/breve intervalo)
b) Legitima defesa (turbação – agressão atual e 
iminente)
Obs.: Uso moderado dos meios necessários.
O detentor pode utilizar-se da autodefesa?
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Proteção da Posse (Tutela da Posse)
• Heterotutela: Ações Possessórias
a) Reintegração de posse
b) Manutenção de posse
c) Interdito proibitório
Ações Possessórias (Legitimação)
• Ativa:
I) Possuidor (art.560 Novo CPC)
II) Sucessor (art.1207 do CC)
III)Nascituro
IV) Posuidores diretos e indiretos
Ações Possessórias (Legitimação)
• Passiva:
I) Autor da ameaça, turbação ou esbulho 
(art.561, II e 567 Novo CPC)
II) Terceiro de má-fe (art.1212 do CC)
III)Sucessores (art.1207 do CC)
IV) Pessoa jurídica de direito privado
V) Pessoa jurídica de direito público
Ações Possessórias (Características)
• Fungibilidade (art. 554 do Novo CPC)
• Cumulação de pedidos (art.555 do Novo CPC)
• Caráter Dúplice das Ações Possessórias (art.556 
do Novo CPC)
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Ações Possessórias (Características)
• Diferença entre juízo possessório e juízo 
petitório:
- Artigo 1210 do CC
- Artigo 557 do Novo CPC
Ações Possessórias (Procedimento)
• Ação de força nova (art.565 do Novo CPC)
I) Menos de um ano e dia
II) Procedimento especial
III)Concessão de liminar (“inaudita altera pars” e 
audiência de justificação)
Ações Possessórias (Procedimento)
• Ação de força velha (art.565 do Novo CPC)
I) Mais de um ano e dia
II) Procedimento ordinário
III)Sem concessão de liminar
Ações Possessórias (Procedimento)
• Caução
- Artigo 569 do Novo CPC
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Ações Possessórias (Manutenção e 
Reintegração de Posse)
• Requisitos
- Artigo 561 do Novo CPC
“Art. 561. Incumbe ao autor provar:
I - a sua posse;
II - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;
III - a data da turbação ou do esbulho;
IV - a continuação da posse, embora turbada, na 
ação de manutenção, ou a perda da posse, na 
ação de reintegração.”
Ações Possessórias (Manutenção e 
Reintegração de Posse)
• Procedimento
- Inicial (art.319 e 561 do Novo CPC)
- Liminar
Obs.: Pessoas jurídicas de direito público 
(parágrafo único do artigo 562 do Novo CPC)
“Inaudita altera pars”
Audiência de Justificação
Ações Possessórias (Manutenção e 
Reintegração de Posse)
• Recurso cabível contra denegação da liminar
- Agravo de Instrumento
• Execução da liminar
- Mandado cumprido por oficial (diretamente)
• Contestação
- Artigo 564 do Novo CPC
• Execução da sentença
- Não tem instância executória
Ações Possessórias (Interdito 
Proibitório)
• Artigo 567 e 568 do Novo CPC
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Frutos na Posse
• Conceito: são os acessórios que uma coisa 
produz e que se renovam periodicamente 
• Artigos 1214 a 1216 do CC
Frutos na Posse
• Frutos pendentes – são aqueles que não foram 
separados do principal. 
• Frutos percebidos (colhidos) – são aqueles que 
foram separados do principal. 
• Frutos percipiendos – são aqueles que se perdem –
deveriam ter sido colhidos, mas não foram 
oportunamente e por isso acabaram se perdendo. 
• Frutos estantes – são aqueles que se encontram 
armazenados (é subdivisão de frutos percebidos) 
• Frutos consumidos 
Perda ou deteriorização da coisa 
possuída
• Responsabilidade do possuidor pela perda ou 
deterioração da coisa: a primeira questão a ser 
avaliada é se a posse é de boa-fé ou de má-fé. 
Perda ou deteriorização da coisa 
possuída
• O possuidor ainda que de boa-fé responde por 
culpa “lato sensu” (culpa “stricto sensu” ou 
dolo).
“Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde 
pela perda ou deterioração da coisa, a que não 
der causa.” 
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Posse em relação as benfeitorias
• Benfeitorias – melhoramentos que são 
introduzidos nas coisas (artigo 1219 a 1222 do 
CC)
I) Necessárias: conservação do bem.
II) Úteis: para melhoramento da coisa.
III)Voluptuárias: embelezamento da coisa. 
Posse em relação as benfeitorias
• Direito de retenção: consiste no direito de reter 
licitamente a coisa enquanto não for indenizado 
das benfeitorias necessárias e úteis. O direito de 
retenção não é automático, deve ser alegado e o 
momento mais oportuno, segundo a 
jurisprudência, é na contestação. Na sentença, o 
juiz condena o réu a devolver a coisa, mas se 
acolhido o direito de retenção determina a 
permanência na posse até o efetivo pagamento 
da indenização. 
Posse em relação as benfeitorias
• O possuído de boa-fé tem o direito de ser 
indenizado pelas benfeitorias necessárias e úteis 
e retenção das mesmas. Quanto às benfeitorias 
voluptuárias poderá retirar da coisa se não 
estiver aderida a coisa.(art.1219 do CC)
• O possuidor de má-fé tem exclusivamente o 
direito de ressarcimento das benfeitorias 
necessárias, sem direito de retenção. (art. 1220 
d0 CC)
Perda da Posse
• Artigos 1223 e 1224 do CC
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Direitos reais
Direitos Reais
• Artigo 1225 do CC
- Direitos reais de garantia: penhor, hipoteca e 
anticrese.
- Direitos reais de gozo e fruição: os demais
• Artigo 1226 e 1227 do CC – Aquisição.
Propriedade
• Artigo 1228 do CC
Elementos
UsarGozar
Dispor Reaver
Propriedade
• Conceito: 
É o direito real que assegura ao seu titular a 
maior extensão de poderes possíveis sobre a 
coisa. O direito de propriedade abrange o solo e 
o espaço aéreo correspondente e útil ao seu 
exercício. 
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Propriedade
“Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do 
espaço aéreo e subsolo correspondentes, em 
altura e profundidade úteis ao seu exercício, 
não podendo o proprietário opor-se a 
atividades que sejam realizadas, por terceiros, 
a uma altura ou profundidade tais, que não 
tenha ele interesse legítimo em impedi-las.”
Propriedade
• Ação reivindicatória
É a ação de procedimento comum (ordinário ou 
sumário a depender do valor da causa) que o 
proprietário exerce seu direito de sequela. 
Assim, a ação reivindicatória é inerente a 
propriedade, ou seja, quem é proprietário tem o 
direito à ação reivindicatória. Pode recair sobre 
bens móveis e bens imóveis. 
Propriedade
• Ação reivindicatória
É a ação de procedimento comum (ordinário ou 
sumário a depender do valor da causa) que o 
proprietário exerce seu direito de sequela. 
Assim, a ação reivindicatória é inerente a 
propriedade, ou seja, quem é proprietário tem o 
direito à ação reivindicatória. Pode recair sobre 
bens móveis e bens imóveis. 
Propriedade
• Diferença de ação reivindicatória de ação de 
imissão na posse
• Documento indispensável para ação 
reivindicatória: 
Certidão de propriedade do imóvel emitida pelo 
cartório de registro de imóvel, comprovando que 
aquele bem é de propriedade do autor.
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Propriedade
ATENÇÃO: há duas situações que possibilitam a ação 
reivindicatória mesmo que o imóvel não esteja em nome do 
proprietário: 
a) Herança: a posse e a propriedade dos bens da herança, 
transmitem-se imediatamente após a morte pelo princípio da 
“saisine”. O herdeiro possui o direito de utilizar-se da ação 
reivindicatória. 
b) Usucapião: é um modo de aquisição da propriedade pelo 
possuidor do bem de forma ininterrupta e sem oposição. O 
possuidor adquire a propriedade quando preencher os requisitos 
exigidos – a ação de usucapião é meramente declaratória e não 
constitutiva. É possível que aquele possuidor que já preencheu os 
requisitos da usucapião sem, contudo ter a sentença da usucapião, 
se utilizar da ação reivindicatória.
Sumula 237 do STF: “A usucapião pode ser arguida como defesa.”
Características da Propriedade
• Direito exclusivo e ilimitado (pleno)
• Direito irrevogável ou perpétuo
Função social da propriedade
• Artigo 5º, XXIII da CF
• Artigo 170, inciso III da CF
• Artigo 182, § 2º da CF
• Artigo 186 da CF
• Artigo 1228, § 1º do CC
Aquisição dapropriedade imóvel
• Artigo 1238 a 1259 do CC
- Usucapião
- Registro do título
- Acessão
• Artigo 1784 do CC
- Direito hereditário
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Aquisição da propriedade imóvel
Originária Derivada
Da usucapião
• Usucapião ou prescrição aquisitiva
• Conceito:
Usucapião é um modo de aquisição da propriedade 
ou de outros direitos reais, que decorre a posse 
prolongada no tempo. Trata-se de mecanismo para a 
transferência de uma situação de fato, que perdura 
durante certo tempo, em uma situação de direito. 
Advém, portanto, da posse prolongada no tempo 
acompanhada de certos requisitos exigidos em lei.
Da usucapião
• Bens não usucapíveis:
a) As coisas fora do comércio, ou seja, aquelas 
insuscetíveis de apropriação ou as legalmente 
inalienáveis (Ex.:nome)
a) Bens públicos (artigo 99 e 102 do CC e Súmula 
340 do STF)
Da usucapião
• Bens não usucapíveis:
a) As coisas fora do comércio, ou seja, aquelas 
insuscetíveis de apropriação ou as legalmente 
inalienáveis (Ex.:nome)
a) Bens públicos (artigo 99 e 102 do CC)
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Da usucapião
• Causas suspensivas (Ex.: incapaz)
• Causas interruptivas (Ex.:citação)
Obs.: O CPC estabelece que se a citação foi feita 
dentro do prazo legal, retroage à data da 
propositura da ação(eficácia interruptiva).
*Súmula 106 do STJ
Da usucapião
• Requisitos gerais: são aqueles exigidos a todas 
as espécies de usucapião.
a) Posse “animus domini”; 
b) Ininterrupta; 
c) Pacífica; 
d) Pública. 
Da usucapião
• Requisitos gerais: são aqueles exigidos a todas 
as espécies de usucapião.
a) Posse “animus domini”; 
b) Ininterrupta; 
c) Pacífica; 
d) Pública. 
Da usucapião
• Indagações:
- O ladrão pode usucapir?
- Cabe usucapião na posse justa?
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Das espécies de usucapião
• Móveis
• Imóveis
- Extraordinária
- Ordinária
- Especial ou constitucional
- Coletiva
Urbana (pró-moradia 
ou pró-mísero)
Rural (pró-labore)
Usucapião Extraordinária
• Requisitos (artigo 1238 do CC):
- Posse mansa e pacífica por 15 anos
- Contínua
- Independe de justo título
• Parágrafo único do artigo 1238 do CC – redução 
do prazo para 10 anos.
Usucapião Ordinária
• Requisitos (artigo 1242 do CC):
- Posse mansa e pacífica por 10 anos
- Contínua
- Justo título e boa-fé
• Parágrafo único do artigo 1242 do CC – redução 
do prazo para 05 anos.
Usucapião Especial Rural (pró-labore)
• Requisitos (artigo 191 da CF e artigo 1239 do 
CC):
- Não possuir propriedade rural ou urbana
- Posse mansa e pacífica por 05 anos
- Contínua
- Independe de justo título e boa-fé
- Área rural com no máximo 50ha
- Trabalho e moradia na área
INDAGAÇÃO:Pode contar tempo antes de 1988?
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Usucapião Especial Urbana
• Requisitos (artigo 183 da CF e artigo 1240 do 
CC):
- Não possuir propriedade urbana ou rural
- Posse mansa e pacífica por 05 anos
- Contínua
- Independe de justo título e boa-fé
- Área urbana com no máximo 250m²
- Imóvel para moradia
INDAGAÇÃO:Pode contar tempo antes de 1988?
Usucapião Especial Urbana Coletiva
• Requisitos (artigo 10 da lei n,10.257/2001):
- Alcance social
- População de baixa renda
- Posse mansa e pacífica por 05 anos
- Contínua
- Independe de justo título e boa-fé
- Área urbana com mais de 250m²
- Imóvel para moradia
- Impossibilidade de identificação dos terrenos 
ocupados individualmente
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Usucapião Especial Urbana de Família
• Requisitos (artigo 1240-A do CC):
- Posse mansa e pacífica por 02 anos
- Contínua
- Independe de justo título e boa-fé
- Área urbana com no máximo 250m²
- Imóvel para moradia
- Condomínio ou comunhão entre casais (casamento 
ou união estável)
- Abandono do lar por um dos conjuges ou 
companheiro
- Obs.: Irá usucapir a metade da fração ideal do 
cônjuge que, voluntariamente, abandonou o lar. 
Do Registro do Título
• Artigo 1245 do CC
• Não basta o contrato
• Matricula, Registro e Averbação
• Retificação (pode ser extrajudicial)
Do Registro do Título
• Princípio do Registro de Imóveis
- Publicidade
- Força probante (fé-pública)
- Legalidade
- Territorialidade
- Continuidade
- Prioridade
- Especialidade
- Instância
Da Acessão
• Artigo 1248 a 1255 do CC
• Conceito
- Modo originário de aquisição da propriedade, 
criado por lei, em virtude do qual tudo o que se 
incorpora a um bem fica pertencendo ao seu 
proprietário.
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Da Acessão
• Espécies
- Físicas ou naturais
(artigos 1249 a 1252 do CC)
- Industriais (artigo 1253 do CC)
Formação de ilhas
Aluvião
Avulsão
Abandono de álveo
Aquisição da propriedade móvel
• Artigo 1260 a 1274 do CC
- Usucapião
- Ocupação
- Achado do tesouro
- Especificação
- Confusão, Comistão e Adjunção
Usucapião de Bens Móveis
• Com relação aos bens móveis, a usucapião 
poderá ser ordinária ou extraordinária (artigos 
1260 a 1262 do CC). 
• Não há usucapião especial de bem móvel. 
Usucapião de Bens Móveis
• Usucapião extraordinária (artigo 1260 do CC)
- Requisitos gerais + prazo de 05 anos.
• Usucapião ordinária (artigo 1261 do CC)
- Requisitos gerais + justo título e boa-fé + prazo 
de 03 anos.
INDAGAÇÃO: O que é justo título quando se fala 
de bens móveis? - Documento que simbolize a 
tradição.
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Da ocupação
• Artigo 1263 do CC
• Coisas sem dono – “res nullius”
• Ex. Caça, pesca e invenção
Do Achado do Tesouro
• Artigo 1264 do CC
Da Tradição
• Artigo 1267 do CC
• Não basta o contrato
Da Especificação
• Artigo 1269 do CC
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Da Confusão, Comistão e Adjunção
• Artigo 1272 do CC
- Confusão: Mistura de coisas líquidas
- Comistão: Mistura de coisas sólidas e secas
- Adjunção: Justaposição de uma coisa a outra.
Da Perda da Propriedade
• Modos
Voluntário Involuntário Outros
Alienação
Renúncia
Abandono
Perecimento Desapropriação
AcessãoUsucapião
Finalidade
• Evitar e compor eventuais conflitos de interesse 
entre proprietários de prédios contíguos.
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Uso Anormal da Propriedade
• Artigo 1277 do CC.
• Espécies:
- Ilegais – atos ilícitos (artigo 186 do CC)
- Abusivos – Extrapolam os limites sociais (artigo 
187 do CC)
- Lesivos – Causar dano ao vizinho, embora o 
agente esteja fazendo uso normal da 
propriedade e a atividade tenha sido autorizada 
pelo Poder Público.
Uso Anormal da Propriedade
• Requisitos:
1. Verificar a extensão do dano ou incômodo.
2. Examinar a zona onde ocorre o conflito 
agregado aos usos e costumes locais 
(zoneamento).
3. Pré-ocupação (anterioridade da posse)
Solução para composição de conflitos
• Incômodo normal (tolerável)
- Sem repressão (princípio da razoabilidade)
• Incômodo intolerável 
a) Determinação da redução a proporções normais, 
colocando equipamentos que reduzam ou 
eliminem o incômodo (artigo 1279 do CC).
b) Impossível a redução – cessar a atividade.
c) Se for atividade de interesse social como, por 
exemplo, uma indústria, poderá determinar uma 
indenização (artigo 1278 do CC).
Solução para composição de conflitos
• Ação Própria
- Ação cominatória
• Demolição
- Artigo 1280 do CC
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Das Árvores Limítrofes
• Artigo 1282 a 1284 do CC
• Se for de ambos não poderá arrancá-la sem o 
consentimento do outro.
OBS.: Atentar-se sempre às limitações das 
autoridades competentes.
Da Passagem Forçada
• Artigo 1285 do CC
• Não se aplica em razão de comodidade, quando 
existir outra saída, mesmo que esta seja difícil e 
penosa
OBS.: Não confundir com servidão de passagem 
que é direito real.
Da Passagem de Cabos e Tubulações
• Artigo 1286 e 1287 do CC
• Utilidade pública – luz, água, esgoto, etc.
Das Águas
• Artigo 1288 e 1296 do CC
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Dos Limites entre Prédios e do Direito 
de Tapagem
• Artigo 1297 a 1298 do CC
• Ação Demarcatória – artigo 574 a 587 do CPC
Do Direito de Construir
• Artigo 1299 a 1313 do CC
• Responsabilidade Objeitva
• Responsável Técnico – Solidariedade
• Devassamento – Artigo 1301 a 1303 do CC
• Águas e beirais – Artigo 1300 do CC
• Paredes divisórias – Artigo 1304 a 1307 do CC
• Uso do prédio vizinho – Artigo 1331 do CC
Condomínio
• Conceito(artigo 1228 do CC):
Quando os direitos elementares de proprietário 
pertencerem a mais de um titular, existirá o 
condomínio ou domínio comum de um bem.
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Condomínio
• Espécies:
- Condomínio geral (artigo 1314 e ss do CC)
- Condomínio edilício (artigo 1331 e ss do CC)
Condomínio
• Classificação:
- Quanto a origem 
Convencional
Eventual
Legal ou necessário
Condomínio
• Classificação:
- Quanto a forma 
Pro diviso ou Pro indiviso
Transitório ou Permanente
Condomínio
• Classificação:
- Quanto ao objeto 
Universal
Singular
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Direito dos condôminos
• Artigo 1314 do CC
- Usar a coisa conforme sua destinação.
- Reivindicá-la de terceiro.
- Defender sua posse contra outrem.
- Alienar a respectiva parte indivisa
- Gravar a respectiva parte indivisa
Deveres dos condôminos
• Artigo 1316 a 1318 do CC
- Concorrer para as despesas de conservação ou 
divisão da coisa, na proporção de sua parte.
- Responder pelas dívidas contraídas em proveito 
da comunhão.
Extinção do condomínio
• Bem divisível
• Bem indivisível
Amigável
Judicial
Administração do condomínio
• Artigo 1323 do CC
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Condomínio Edilício
• Artigo 1331 a 1358 do CC
• Lei n.4591/1964 (aplicada de forma subsidiária)
• Conceito:
Propriedade comum ao lado de uma 
propriedade privada
Vertical
Horizontal Condômino
• Titular da unidade privada
Ex.: Apto, escritório, sala, loja, casa, etc.
• Titular de parte ideal das áreas comuns
Ex.: Terreno, estrutura, telhado, piscina, 
portaria, etc.
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Natureza Jurídica
• Não tem personalidade jurídica, mas está 
legitimado para atuar em juízo (artigo 75, XI do 
CPC).
Documentos de instituição
• Ato de instituição (artigo 1332 do CC)
- Inscrição no Registro de Imóveis das unidades e 
da fração ideal de cada condômino em relação ao 
terreno e áreas comuns e, ainda, a finalidade das 
mesmas.
Documentos de instituição
• Convenção de Condomínio (artigo 1333 do CC)
- Direitos e deveres dos condôminos (dois terços 
das frações ideais para aprovação)
- Aplicada aos proprietários, possuidores ou 
detentores atuais e futuros
- Escritura pública ou Instrumento particular
- Proprietários por equiparação (promitente 
comprador e cessionários)
Documentos de instituição
• Convenção de Condomínio (artigo 1333 do CC)
- Direitos e deveres dos condôminos (dois terços 
das frações ideais para aprovação)
- Aplicada aos proprietários, possuidores ou 
detentores atuais e futuros
- Escritura pública ou Instrumento particular
- Proprietários por equiparação (promitente 
comprador e cessionários)
- Quóruns (artigo 1351 do CC)
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Documentos de instituição
• Regulamento ou regimento
- Regras sobre o uso das coisas comuns
- Deve ser exposto em quadros e portaria 
(publicidade)
Estrutura interna
• Composição 
Unidades autônomas
Áreas comuns
Estrutura interna
• Designação numérica ou alfabética
• Poder de alugar, ceder, gravar, alienar sem 
direito de preferência
• Prédio isolado para efeitos tributários 
Unidades autônomas
Estrutura interna
• Insuscetíveis de divisão
• Todos podem usar desde que não causem 
incômodos aos demais
• Obediência a Convenção e Regimento
• Não pode desviar a finalidade
Áreas comuns
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Especificidades
• Animais
- Convenção não podem vedar a presença 
daqueles que não causem incômodo aos vizinhos 
e nem risco a segurança do condomínio e de seus 
moradores
Especificidades
• Multas
- Multa por perturbação (artigo 1337, p.u. do CC)
- Multa por atraso na taxa (artigo 1336 do CC)
Administração
• Síndico
- Pessoa física ou jurídica
- Representa o condomínio ativa e passivamente, 
em juízo ou fora dele
- Mandato máximo de 2 (dois) anos.
Administração
• Conselho fiscal (artigo 1356 do CC)
- 3 (três) condôminos
- Mandato máximo de 2 (dois) anos.
- Função de assessoramento.
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Administração
• Assembleia geral (artigo 1350 do CC)
- Ordinária (obrigatória uma por ano)
- Extraordinária(síndico ou um quarto dos 
condôminos)
Conceito
• Trata-se de direito real de fruição ou gozo sobre 
coisa alheia, pelo qual o proprietário concede a 
outrem o direito de construir ou de plantar em 
seu terreno, por tempo determinado, mediante 
escritura pública registrada no Cartório de 
Registro de Imóveis.
• Artigo 1369 do CC
Características
• Não é arrendamento nem locação.
• Não autoriza o uso do subsolo.
• Tempo determinado
• Construir e plantar
• Não cabe em imóvel já edificado, salvo se for 
convencionada demolição e/ou erradicação da 
plantação existente.
• Permite permuta.
• O superficiário responde pelos encargos e 
tributos.
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Modos de constituição
• Escritura Pública, Carta de sentença ou 
testamento.
Obs.: Tem que registrar no CRI
• Gratuita ou Onerosa
Obs.: Solarium ou cânon superficiário.
• Cabe usucapião
Transferência do direito
• Artigo 1372 do CC
• Não pode ser estipulado nenhum pagamento 
pela transferência.
• Artigo 1373 do CC
• Direito de preferência na alienação do direito 
real ou da propriedade.
Extinção do direito
• Extinção pelo advento de termo
• Extinção em razão de desvio de finalidade
• Extinção pela desapropriação
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Conceito
• Constitui restrição imposta a um imóvel, para 
uso e utilidade de outro pertencente a dono 
diverso. Trata-se de direito real instituído em 
favor de um prédio (dominante) sobre outro 
(serviente) pertencente a dono diverso.
• Artigo 1378 do CC
Características
• Relação entre dois prédios distintos
• Prédios de donos diversos
• Serve a coisa e não o dono
• Não se presume a servidão
• É direito real, acessório, de duração indefinida e 
indivisível
• Inalienável
Espécies de servidões
Quanto ao seu 
exercício
Quanto à sua 
visibilidade
Quanto a 
localização do 
imóvel
Descontínuas
Contínuas
Positivas
Negativas
Aparentes
Não aparentes
Urbanas
Rústicas ou rurais
Modos de constituição
• Ato humano
a) Negócio jurídico
b) Sentença (Ação de divisão)
c) Usucapião (Artigo 1379 do CC)
d) Destinação do proprietário
• Fato humano
- Servidão de trânsito
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Limitação da servidão
• Não se pode agravá-la, porém a de maior ônus 
permite o menor ônus, já o contrário seria 
considerado ampliação o que não é permitido.
• Exceção
Anuência do prejudicado
Interesse social
(necessidade da cultura ou indústria)
Remoção da servidão
• Artigo 1384 do CC
Requisitos
Não deve acarretar qualquer prejuízo
Despesas daquele que quer remover
Maior utilidade para o prédio 
dominante
Ações que protegem as servidões
• Confessória
• Negatória
• Manutenção ou reintegração de posse
• Nunciação de obra nova
• Usucapião
Extinção das servidões(art.1388 do CC)
• Renúncia
• Cessação da utilidade que determinou a 
constituição da servidão para o prédio 
dominante
• Resgate
• Confusão
• Supressão das respectivas obras
• Não uso por dez anos contínuos
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Conceito
• É direito real de fruir as utilidades e frutos de 
uma coisa, enquanto temporariamente 
destacado da propriedade. Alguns dos poderes 
inerentes ao domínio são transferidos ao 
usufrutuário, que passa a ter, assim, direito de 
uso e gozo sobre coisa alheia.
Sujeitos
• Nu-proprietário
• Usufrutuário
Características
• Direito real sobre coisa alheia
• Temporariedade
• Inalienabilidade (permitida a cessão)
• Impenhorabilidade
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Modos de constituição
a) Por determinação legal 
Ex.:art.1689, I do CC
a) Por ato de vontade
b) Pela usucapião
Objeto
• Artigo 1390 do CC
Usufruto e Fideicomisso
• Usufruto é direito real e fideicomisso é 
substituição testamentária
• Usufruto o domínio é desmembrado e no 
fideicomisso há titularidade pela de cada um
• Usufruto há simultaneidade dos direitos e no 
fideicomisso existe sucessividade
• Usufruto são para as pessoas já existentes e 
fideicomisso atinge a prole eventual
Espécies
Quanto a origem 
Quanto ao 
objeto
Quanto aos 
titulares
Convencional
Legal 
Temporário
Vitalício
Próprio
Impróprio
Simultâneo
SucessivoQuanto a 
duração 
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Espécies
Quanto a 
extensão
Particular
Universal
Pleno
Restrito
Usufrutos especiais
• De títulos de créditos (artigo 1395 do CC)
• De rebanho (artigo 1397)
• De bens consumíveis (quase usufruto)
• De florestas e minas
• Sobre a universalidade ou quota parte
Extinção do usufruto
• Renúncia
• Morte do usufrutuário
• Advento de termo
• Extinção da pessoa jurídica
• Destruição da coisa infungível
• Consolidação
• Por culpa do usufrutuário (falta de cuidado)
• Pelo não uso (aplica-se o artigo 205 do CC)
• Implemento de condição resolutiva
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Conceito
• Trata-se de direito real que autoriza uma pessoa 
a retirar, temporariamente, de coisa alheia, 
todas as utilidades para atender às suas próprias 
necessidades e às da sua família.
• Artigo 1412 do CC
Características
• Indivisível
• Não cabe cessão
Conceito
• É o direito real temporário de ocupar 
gratuitamente casa alheia, para morada do 
titular e de sua família.
• Artigo 1414 a 1416 do CC
• Direito real de habitação (artigo 1831 do CC)
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Modos de constituição
a) Por lei
b) Por ato entre vivos
Conceito
• É o contrato pelo qual o promitente vendedor 
obriga-se a vender ao compromissário comprador 
determinado imóvel, pelo preço, condições e modos 
convencionados, outorgando-lhe a escritura 
definitiva quando houver o adimplemento da 
obrigação; e onde o compromissário comprador 
obriga-se a pagar o preço e cumprir todas as 
condições estipuladas na avença, adquirindo, em 
consequencia, direito real sobre o imóvel, com a 
faculdade de reclamar a outorga da escritura 
definitiva, ou sua adjudicação compulsória quando 
há recusa do promitente vendedor.
Características
• Artigo 1417 do CC
- Inexistência de cláusula de arrependimento
- Registro no CRI
- Instrumento público ou particular
- Outorga uxória
OBS.:Direito real irretratável.
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Compromisso de direito real
• Artigo 1418 do CC
• Exigir a escrituração definitiva
• Adjudicação compulsória
Súmula 239 do STJ
O direito à adjudicação compulsória não se 
condiciona ao registro do compromisso de 
compra e venda no cartório de imóveis.
OBS.: Registro = Oposição erga omnes
Inadimplemento do promitente 
comprador
• Resolução do contrato
- Depende de notificação judicial ou extrajudicial
- 30 dias se loteado ou 15 dias se não loteado
- Súmula 76 do STJ: A falta de registro do 
compromisso de compra e venda de imóvel não 
dispensa a prévia interpelação para constituir 
em mora o devedor.
Restituição de importâncias pagas
• Devolução de todas as parcelas imediatamente
• Direito de retenção se o promitente comprador 
deu causa
• Devolução total em caso de culpa do promitente 
vendedor
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Direito Reais de Garantia
• Conceito: é o direito que confere ao credor a 
pretensão de obter o pagamento da dívida com o 
valor do bem aplicado exclusivamente a sua 
satisfação.
• Fidejussória
• Real
- Penhor
- Hipoteca
- Anticrese
Direito Reais de Garantia
• São direitos reais acessórios da obrigação 
principal (dívida) – Artigo 1419 do CC
• Não confundir com privilégio (direito sobre o 
todo o patrimônio do devedor decorrente de lei)
Requisitos dos Direitos Reais de 
Garantia
• Capacidade atos da vida civil – especialmente 
alienar (artigo 1420 do CC)
• Outorga uxória
• Entre ascendente e descendente (não se aplica o 
artigo 497 do CC e não cabe dação em pagamento)
• Aquisição posterior de domínio (§ 1º do artigo 1420 
do CC)
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Requisitos dos Direitos Reais de 
Garantia
• Não cabe aos bens fora do comércio (públicos, 
inalienáveis, bem de família, imóveis financiados 
por Institutos e Caixas de Pensionistas)
• Parte ideal de imóvel em condomínio (§ 2º do 
artigo 1420 do CC)
Requisitos dos Direitos Reais de 
Garantia
• Especialização (artigo 1424 do CC)
• Publicidade (artigo 1438 e 1492 do CC e artigo 
167 da LRP).
Efeitos
• Direito de Excussão (artigo 1422 do CC)
• Direito de Sequela
• Direito de Preferência
* Salvo anticrese (artigo 1423 do CC)
• Indivisibilidade (artigo 1421 do CC)
Efeitos
• Remição de herdeiro
• Vencimento antecipado da dívida (artigo 1425 do 
CC)
• Proibição de cláusula comissória (artigo 1428 do CC)
*Não está proibida a dação em pagamento (p.u. do 
artigo 1428 do CC)
• Artigo 1430 do CC
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Penhor
• Conceito: Direito real que submete coisa móvel 
ou mobilizável ao pagamento de uma dívida.
• Artigo 1431 do CC
Penhor
• Características
- Direito real
- Direito acessório
- Se exterioriza pela tradição
*Salvo artigo 1431 do CC
Penhor
• Subpenhor – instituição de penhor a favor de 
terceiro (pode ser proibida no instrumento de 
instituição)
Penhor
• Forma
- Instrumento público ou particular
- Registro (artigo 127 e 167 do LRP)
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Penhor
• Direitos do credor pignoratício
-Artigo 1433 do CC
• Obrigações do credor pignoratício
-Artigo 1435 do CC
Penhor
• Espécies
- Convencional ou legal
- Comum ou especial
Penhor
• Penhor do hospedeiro e sobre os bens móveis do 
arrendatário ou inqulino.
-Artigo 1467 do CC
Penhor
• Extinção
-Artigo 1436 do CC
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Hipoteca
• Conceito: Direito real que tem por objeto bens 
imóveis, navio ou avião pertencentes ao devedor 
ou a terceiro e que, embora não entregues ao 
credor, asseguram-lhe, preferencialmente, o 
recebimento do seu crédito.
Hipoteca
• Características
- Devedor continua na posse do bem
- Demais características gerais
Hipoteca
• Espécies
- Convencional, Legal ou Judicial
- Comum ou especial
Hipoteca
• Admite pluralidade de hipotecas ou subipotecas
(artigo 1476 do CC)
• Cabe direito de remição (artigo 1478 do CC)
• Perempção de 30 anos (artigo 1485 do CC)
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Hipoteca
• Extinção
- Artigo 1499 do CC
Anticrese
• Conceito: Direito real sobre coisa alheia, em que 
o credor recebe a posse de coisa, ficando 
autorizado a perceber-lhe os frutos e imputá-los 
no pagamento da dívida.
• Artigo 1506 do CC
Anticrese
• Características
- Direito de retenção não garantindo a preferência 
na excussão
- Requer escritura pública e registro no CRI
Anticrese
• Extinção
- Artigo 1509 do CC
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Obrigado pelo carinho dispensado por todo semestre.
Desejo sucesso em suas carreiras.

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