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ECA - COMENTADO - RESUMO - Josiane Rose Petry Veronese e Mayra Silveira - Google Drive

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Resumo
Estatuto da Criança e do Adolescente - Comentado
Doutrina e Jurisprudência
Atualizado de acordo com a
Lei nº 12.010, de 3 de agosto de 2009 - Lei Nacional da Adoção e
Lei nº 12.594, de 18 de janeiro de 2012 - SINASE.
(Disponível para venda na Academia Judicial, Florianópolis, SC).
Como citar esta obra:
VERONESE, Josiane Rose Petry; SILVEIRA, Mayra. Estatuto da Criança e
do Adolescente Comentado. São Paulo: Conceito Editorial, 2011.
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990,
ATUALIZADA DE ACORDO COM A LEI 12.010, DE 3 DE AGOSTO DE 2009.
LEI NACIONAL DA ADOÇÃO
Acesse:
-> Curso de Direito: notas de um acadêmico
-> Reinventar - um olhar sobre o mundo
-> Como passar em Concurso Público
Críticas e sugestões para:
Charles Ferreira dos Santos
charlesfs@hotmail.com
(Jurisprudência: ECA COMENTADO - JURISPRUDÊNCIA - Ministério Público)
LIVRO I
PARTE GERAL
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.
O Estatuto revogou o Código de Menores ( Lei nº 6.697/1979), o qual se pautava na chamada
“Doutrina da Situação Irregular”, não previa o princípio do contraditório e permitia a “prisão
cautelar” para fins de averiguação, entre outros aspectos controversos ameaçadores dos
direitos de crianças e adolescentes.
Convenção Internacional - CI
1
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fconceitojur.com.br%2Floja%2Fproducts%2FESTATUTO-DA-CRIAN%25C7A-E-DO-ADOLESCENTE-COMENTADO-%25252d-DOUTRINA-E-JURISPRUD%25CANCIA.html&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNElPjZIdB91Ba8ztKBjI-xnQVgQuw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Flegislacao.planalto.gov.br%2Flegisla%2Flegislacao.nsf%2FViw_Identificacao%2Flei%252012.594-2012%3FOpenDocument&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGf1SiOfJP6v4SrZYe6nWChb4OuAA
http://notasdeumacademico.blogspot.com.br/
http://notasdeumacademico.blogspot.com.br/
http://notasdeumacademico.blogspot.com.br/
http://charles-reinventar.blogspot.com.br/
http://charles-reinventar.blogspot.com.br/
http://notasdeumacademico.blogspot.com.br/2012/05/como-passar-em-concurso-publico-depois.html
http://notasdeumacademico.blogspot.com.br/2012/05/como-passar-em-concurso-publico-depois.html
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.mp.sp.gov.br%2Fportal%2Fpage%2Fportal%2Fcao_infancia_juventude%2Flegislacao_eca%2Feca_comentado_new&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHhWnfyUceeclm4uI-5KWZf8c6khw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.tjsc.jus.br%2Finfjuv%2Fdocumentos%2FECA_CEIJ%2FEstatuto%2520da%2520Crian%25C3%25A7a%2520e%2520do%2520Adolescente%2520editado%2520pela%2520CEIJ-SC%2520vers%25C3%25A3o%2520digital.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEXAOTGFuVuR7Txk0kJfqxoGx3VAg
CI - Convenção sobre os Direitos da Criança, aprovada com unanimidade pela Assembleia das
Nacões Unidas, em sessão de 20 de novembro de 1989.
CI - Impõe responsabilidades à família, à comunidade e ao Estado;
CI - Traz para o universo jurídico a Doutrina da Proteção Integral;
- O ECA não apenas reconhece os princípios da Convenção, bem como os desenvolve,
assegurando direitos, consoante os ditames da CF, em seu art. 227;
- É a passagem da condição de menores para a de cidadãos;
- Princípios da Lei 8.069, de 1990:
1 - descentralização: melhor divisão de tarefas entre União, Estados e Municípios no
cumprimento dos direitos sociais;
2 - participação: atuação sempre progressiva e constante da sociedade em todos os campos
de ação.
Os direitos da criança e do adolescente podem ser demandados em juízo contra o poder 
público, por meio da interposição de uma Ação Civil Pública, como o acesso à escola, a um 
sistema de saúde, a um programa especial para pessoas com doenças físicas e mentais, entre 
outros previstos na CF e regulamantados pela Lei 8.069/90. A possibilidade de postular junto ao 
Poder Judiciário garantias dos direitos e interesses individuais, difusos e coletivos representa 
um novo paradigma no ordenamento jurídico. Ou seja, os direitos proclamados nos códigos e 
na CF não bastam, é preciso concretizá-los. Assim, o acesso à Justiça se coloca como 
fundamental para que o direito formal venha a ter eficácia no mundo dos fatos.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade 
incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às 
pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
Um ponto interessante abordado pelas autoras do presente Estatuto comentado é quanto à 
situação daquele adolescente entre 16 e 18 anos que obteve a antecipação da maioridade, a 
chamada emancipação. Estaria, nesse caso, o adolescente emancipado desprotegido do 
estatuto, teria perdido a inimputabilidade? Entendem as autoras que nenhum dos 
questionamentos teria resposta positiva. Permaneceria o adolescente emancipado protegido 
pelo ECA e, dessa forma, só podendo ser alvo de medidas socioeducativas.
2
Atos infracionais:
- crianças, até 12 anos incompletos: sujeito a medidas de proteção elencadas no art. 101 do 
Estatuto, como estabelecido pelo artigo 105.
- adolescente, entre 12 e 18 anos: sujeito a medidas socioeducativas elencadas no art. 112 
do ECA, além das medidas protetivas, art. 112, VII.
Jurisprudência. Não há extinção da punibilidade em face da maioridade alcançada. O 
adolescente submetido à medida socioeducativa que completar 18 anos não pode ter extinta a 
medida, em face da inteligência do artigo 121, § 5º, “a liberação será compulsória aos 21 anos 
de idade”.
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa 
humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou 
por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento 
físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Alguns doutrinadores alegam que existe nesse artigo um pensamento tautológico, ou seja, 
afirmam a mesma coisa com outras palavras. Ao que as autoras refutam afirmando que 
pormenorizar a redação é importante, visto que o Poder Executivo se esquiva de suas 
obrigações alegando o seu poder discricionário.
Jurisprudência.
Destituição do poder familiar, em face de problemas mentais dos genitores, sem condições 
de prestarem ao filho cuidados mínimos de que necessita para crescer de forma saudável e 
feliz. TJ-RS, julgado em 31/03/2004.
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, 
com absoluta prioridade, a efetivação dos diretos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à 
educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à 
liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) a primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância 
e juventude.
Reprodução aqui do Capítulo VII da CF.
3
CAPÍTULO VII
Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso
(Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
 § 1º - O casamento é civil e gratuita a celebração.
 § 2º - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
 § 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade
familiar,devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§ 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus
descendentes.
 § 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
 § 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010)
§ 7º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento
familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científ icos para o exercício desse
direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
§ 8º - O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos
para coibir a violência no âmbito de suas relações.
 Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem , com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a
participação de entidades não governamentais, mediante políticas específ icas e obedecendo aos seguintes preceitos:
(Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência materno-infantil;
 II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas portadoras de deficiência física,
sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o treinamento
para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos
arquitetônicos e de todas as formas de discriminação. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
§ 2º - A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de
veículos de transporte coletivo, a f im de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.
§ 3º - O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. 7º, XXXIII;
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;
 III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola; (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de
2010)
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na relação processual e
defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específ ica;
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;
 VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao
acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado;
 VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e ao jovem dependente de
entorpecentes e drogas afins. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
§ 4º - A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente.
 § 5º - A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de
sua efetivação por parte de estrangeiros.
§ 6º - Os f ilhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualif icações,
proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc65.htm%23art1&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGsLCWl6MRcyiPo1k6Ts0tf151PpA
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc66.htm%23art1&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEqCtpd5fmrDLh_kxlNixcSTXYmjg
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc65.htm%23art2&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEYd6qPbaMIwsnPIR2DHObGVyadrw
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc65.htm%23art2&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEYd6qPbaMIwsnPIR2DHObGVyadrw
§ 7º - No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-se- á em consideração o disposto no art. 204.
§ 8º A lei estabelecerá: (Incluído Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens; (Incluído Pela Emenda Constitucional
4
nº 65, de 2010)
II - o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando à articulação das várias esferas do poder público para
a execução de políticas públicas. (Incluído Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação
especial.
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o
dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua
participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.
§ 1º - Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares.
§ 2º - Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos
urbanos.
Liberati (1991, p. 450) citado pelas autoras, discorre de forma brilhante sobre o aspecto da 
absoluta prioridade mencionado na CF. Diz que, dentro da escala de preocupação, uma creche, 
uma escola, um posto de saúde, atendimento preventivo de gestantes, moradias e trabalhos 
dignos terão prioridade em relação às grandes obras de concretos.
A enumeração do artigo não pretende ser exaustiva, mas explicativa.
Quem fiscaliza essa “garantia de prioridade? O MP tem como uma de suas funções 
institucionais essa tarefa. Art. 127, CF. Ação Civil Pública - ECA
Reproduzo aqui fragmento da CF que trata do MP.
CAPÍTULO IV
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Seção I
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a 
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
 § 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, 
propor ao Poder Legislativo a criação e extinçãode seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de 
provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e 
funcionamento. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias.
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de 
diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores 
aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma 
do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de 
obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, 
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc65.htm%23art2&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEYd6qPbaMIwsnPIR2DHObGVyadrw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc65.htm%23art2&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEYd6qPbaMIwsnPIR2DHObGVyadrw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc65.htm%23art2&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEYd6qPbaMIwsnPIR2DHObGVyadrw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc65.htm%23art2&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEYd6qPbaMIwsnPIR2DHObGVyadrw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc19.htm%23art14&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHYvBM95oJb-F_D9m1HhRgDxqIcgA
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc45.htm%23art127&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNERn1WKssrzd3dVdsiuqbsGl897AA
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc45.htm%23art127&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNERn1WKssrzd3dVdsiuqbsGl897AA
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc45.htm%23art127&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNERn1WKssrzd3dVdsiuqbsGl897AA
mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
 Art. 128. O Ministério Público abrange:
 I - o Ministério Público da União, que compreende:
 a) o Ministério Público Federal;
 b) o Ministério Público do Trabalho;
 c) o Ministério Público Militar;
5
 d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
 II - os Ministérios Públicos dos Estados.
§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta 
dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.
§ 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de 
autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
§ 3º - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da 
carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, 
para mandato de dois anos, permitida uma recondução.
§ 4º - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da 
maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.
§ 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, 
estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:
 I - as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em 
julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério 
Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 45, de 2004)
c) irredutibilidade de subsídio, f ixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 
153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
 II - as seguintes vedações:
 a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;
 b) exercer a advocacia;
 c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
 d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;
 e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, 
ressalvadas as exceções previstas em lei.(Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004)
 Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
 I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta 
Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de 
outros interesses difusos e coletivos;
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos 
casos previstos nesta Constituição;
 V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
VI - expedir notif icações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos 
para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;
 VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior;
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas 
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc45.htm%23art127&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNERn1WKssrzd3dVdsiuqbsGl897AA
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc45.htm%23art128&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNETg8FExLPRPsNzBdRTnUo_mJ7JHA
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc45.htm%23art128&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNETg8FExLPRPsNzBdRTnUo_mJ7JHAhttp://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc19.htm%23art128%C2%A75ic&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHTQbXYSWShb7hLjfBTggbM0YXLkQ
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc45.htm%23art128%C2%A75iie.&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNErUCc9h-7Mj2S_gpnmSL8MXaOx4A
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc45.htm%23art128%C2%A75iif&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEI3XSld7HKOI5fDXjejvWdxbcXyw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc45.htm%23art128%C2%A76&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGNXIaHjBUFr_FOTgCRldoTPT5kdQ
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc45.htm%23art128%C2%A76&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGNXIaHjBUFr_FOTgCRldoTPT5kdQ
manifestações processuais;IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a 
representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.
§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas 
hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei.
§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca 
da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a 
participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de 
6
atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classif icação.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, 
de 2004)
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, 
de 2004)
 § 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção 
pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da 
República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma 
recondução, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I o Procurador-Geral da República, que o preside;
II quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras;
III três membros do Ministério Público dos Estados;
IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça;
V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo 
Senado Federal.
§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos Ministérios Públicos, na 
forma da lei.
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério 
Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendolhe:
I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito 
de sua competência, ou recomendar providências;
II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos 
praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar 
prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais 
de Contas;
III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, 
inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar 
processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos 
proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou 
dos Estados julgados há menos de um ano;
V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no 
País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI.
§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério Público que 
o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes:
I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e dos seus 
serviços auxiliares;
II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral;
III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do 
Ministério Público.
§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil of iciará junto ao Conselho.
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc45.htm%23art129&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGU-z7jhcaGHrE_sFFGXUKeKyzAnw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc45.htm%23art129&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGU-z7jhcaGHrE_sFFGXUKeKyzAnw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc45.htm%23art129&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGU-z7jhcaGHrE_sFFGXUKeKyzAnw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc45.htm%23art129&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGU-z7jhcaGHrE_sFFGXUKeKyzAnw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc45.htm%23art129&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGU-z7jhcaGHrE_sFFGXUKeKyzAnw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc45.htm%23art129&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGU-z7jhcaGHrE_sFFGXUKeKyzAnw
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FConstituicao%2FEmendas%2FEmc%2Femc45.htm%23art2&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGhSJI8z977aiSvDP9tkrO5w9M8KA
§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber reclamações e 
denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, 
representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público.
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer 
atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
O Estatuto busca proteger a criança e o adolescente de qualquer forma de abuso, seja 
7
cometido pelafamília, pela sociedade ou indiretamente pelo próprio Estado.
Negligência é uma omissão no atendimento das necessidades mínimas, tais como 
alimentação, saúde e educação. Esse descuido deve ser imputado a quem possua o dever 
legal de satisfazer tais necessidades.
Toda atribuição de responsabilidade depende de caso concreto. Se a família é responsável pela 
alimentação, mas se encontra em estado hipossuficiente, tal responsabilidade se desloca para 
a sociedade e para o Estado.
Discriminação é o tratamento diferenciado e injustificado que venha a prejudicar a criança ou o 
adolescente, em situações com a distinção em razão de cor, sexo, religião ou situação 
econômica.
A exploração é o abuso da criança e do adolescente, fisicamente mais vulneráveis, 
comparados com os adultos. Com frequência ocorre no seio familiar, em especial naquelas 
com baixos recursos financeiros, pondo a trabalhar antes da idade permitida, ou seja, 14 anos 
na condição de aprendiz, e 16 anos para o início das atividades laborais.
A violência é o constrangimento físico ou moral, também tem os maiores índices no seio 
familiar. A chamada pseudoeducação, baseada em punições, castigos, sofrimentos.
A crueldade é a perversidade. O cruel é violento por prazer.
A tortura é crime inafiançável e insuscetível de graça ou anistia por força do art. 5º, XLIII, CF.
A opressão é a tirania, é o abuso do poder familiar.
Sanções para desrespeito deste artigo: art 24, ECA - perda e suspensão do poder familiar; 
artigo 38 - destituição da tutela. Além das sanções de natureza penal, Código Penal, art. 136 - 
crime de maus tratos.
40 milhões de crianças estão abaixo da linha de pobreza
Destas, 25 milhões em estado de abandono e semiabandono.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as 
exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da 
criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.
Este artigo traça rumos hermenêuticos ao magistrado. A fonte inspiradora deste artigo se 
encontra na LINDB, artigo 5º, o qual diz: “na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a 
que ela se dirige e às exigências do bem comum”.
8
Em suma, a defesa e a efetivação dos direitos da infância e da juventude.
Ação Civil Pública. Convênios com creches.
Dos Direitos Fundamentais
DO DIREITO À VIDA E À SAÚDE
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito à proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação 
de políticas sociais e públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e 
harmonioso, em condições dignas de existência.
Políticas sociais: mecanismos executados pelo Poder Público com a intenção de aniquilar ou 
reduzir drasticamente o espectro da fome, da pobreza e da injustiça social.
As politicas sociais públicas são atribuições do Estado, mais especificamente do Poder 
Executivo, que deve destinar parte de suas receitas, principalmente, para a diminuição das 
diferenças sociais.
E se a omissão do Executivo for flagrante? O MP tem poderes para impetrar Ação Civil Pública, 
com vistas a sanar irregularidades decorrentes da omissão.
O Artigo 7º está dando ênfase ao art. 227, § 1º, da CF.
O índice de mortalidade infantil do Brasil é vergonhoso.
- Sri Lanka, renda per capta: U$ 200,00 anuais, mortalidade infantil: 19 mortos em 1000 
nascidos.
- Brasil, renda per capta: U$: 3.000,00 anuais, mortalidade infantil: 27 mortos em 1000 
nascidos.
Art. 8º É assegurado à gestante, através do Sistema Único de Saúde, o atendimento pré e 
perinatal.
§ 1º A gestante será encaminhada aos diferentes níveis de atendimento, segundo critérios 
médicos específicos, obedecendo-se aos princípios de regionalização e hierarquização do 
Sistema.
9
§ 2º A parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo médico que a acampanhou na 
fase pré-natal.
§ 3º Incumbe ao Poder Público propiciar apoio alimentar à gestante e à nutriz que dele 
necessitem.
(nutriz: mulher que amamenta, ama de leite). Portaria nr. 322, do Ministério da Saúde, de 
26 de maio de 1988, aprovou normas gerais de instalação e funcionamento de Bancos de 
Leite Humano.
§ 4º Incumbe ao Poder Público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no 
período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequências do 
estado puerperal.
(puerperal: relativo ao parto)
Reconhecida a grande incidência de depressão pós-parto durante o estado puerperal.
§ 5º A assistência referida no § 4º deste artigo deverá ser também prestada a gestantes ou mães 
que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção.
O Estatuto reconheceu a proteção especial à maternidade, inclusive à vida intrauterina.
A vida constitui fonte primária de todos os outros bens jurídicos. De nada adiantaria assegurar 
outros direitos fundamentais se a vida humana não fosse o direito primário.
O Estatuto, em diversos dispositivos, declara que a família natural é o ambiente ideal para o 
desenvolvimento completo da criança e do adolescente.
O atendimento à saúde emocional da gestante, que pretende entregar seu filho em adoção, visa 
evitar o chamado ciclo do “ninho vazio”, já que a mulher que não consegue lidar com a perda 
do filho tenderia a uma nova gravidez, que, por fim, conduziria a uma nova adoção.
Art. 9º O Poder Público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao 
aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas à medida privativa de liberdade.
Em face dos benefícios do aleitamento materno, o legislador optou por obrigar as 
instituições, os empregadores e o próprio Poder Público a proporcionar condições 
favoráveis para que as mães possam amamentar seus filhos.
O aleitamento materno contribui para a redução dos elevados índices de 
mortalidade infantil.
10
O aconchego do ato de mamar cria entre a mãe e filho um profundo clima de 
identificação, preparando a criança para saber transmitir e receber amor.
CLT. Consolidação das Leis do Trabalho. art. 396. Até que o filho complete seis 
meses, 2 descansos especiais de meia hora cada um, durante a jornada de trabalho.para 
que possa amamentá-lo.
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e 
particulares, são obrigados a:
I - manter registro de atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo de 
dezoito anos;
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da 
impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade 
administrativa competente;
- especialistas sustentam ser prejudicial ao bebê o registro por pressão planar, pelo 
risco de intoxicação pelas tintas utilizadas.
III - proceder a exames visando o diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo do 
recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais;
- teste do pezinho
- a não realização do exame implica em delito previsto no art. 229 do ECA.
- dada a evolução dos direitos da criança e da própria medicina, passou a ser obrigatório 
o exame da orelhinha, capaz de diagnosticar problemas de surdez em recém-nascidos.
IV - fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências do 
parto e do desenvolvimento do neonato;
V- manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe.
A não-observância acarreta crime. Art. 228, ECA.
11. É assegurado atendimento integral à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do 
Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviços para 
promoção, proteção e recuperação da saúde.
11
§ 1º A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão atendimento especializado.
§§ 2º Incumbe ao Poder Público fornecer gratuitamente àqueles que necessitarem os 
medicamentos, próteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.
Art. 223, da CF. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de 
contrbuição à seguridade social, e tem por objetivos:
Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições para a 
permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de 
criança ou adolescente.
Condições ideais: refeições diárias, banheiros com chuveiros, armários individuais. 
equipes para esclarecer eventuais dúvidas.
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus tratos contra criança ou adolescente serão 
obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de 
outras providências legais.
Parágrafo único. As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para 
adoção serão obrigatoriamente encaminhadas à justiça da Infância e da Juventude.
Há dados alarmantes que apontam a família como o epicentro de violência contra as 
crianças e adolescentes.
44,3% dos homicídios de crianças ocorrem dentro de casa.
34,4% cometidos por parentes.
São três as formas de violência:
(1) a violência física: abuso físico, aquela ação intencional exercida pelo adulto, que 
ocasione dano físico à criança ou ao adolescente;
(2) a violência psicológica: abuso psicológico, a influência negativa exercida pelo 
adulto, que interfira no normal desenvolvimento social da vítima;
(3) a violência sexual: abuso sexual, enquanto ação ou jogo sexual, envolvendo relações 
heterossexuais ou homossexuais, cujo agressor tenha maior maturidade psicossocial e 
induza a vítima à satisfação de seu prazer.
12
- metade das crianças submetidas a abusos sexuais continuam a viver com o agressor. 
(MPSC, 2005).
A violência doméstica é compreendida como tema maldito. Poucos são os casos 
denunciados, permanecendo esse tipo de atitude oculta no seio familiar.
Questionável a educação ou mesmo a imposição da ordem como meio de justificar a 
violência sobre o Infantojuvenil.
Estudos multidisciplinares apontam como causa:
- pais que sofreram rejeição e maus tratos tendem a perpetuar a cadeia de sofrimentos;
- alcoolismo e outros vícios;
- a miséria;
- perturbações psíquicas ou enfermidades mentais;
- mero descaso e omissão total de afeto e de sentimento.
De qualquer forma, a violência doméstica tende a se perpetuar como se fosse uma 
“cultura” historicamente repetida.
O Conselho Regional de Medicina de SC, desde 1995, exige que os médicos 
notifiquem o Conselho Tutelar, quando atenderem crianças ou adolescentes vítimas 
de maus tratos.
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e odontológica 
para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, e 
campanhas de educação sanitária para pais, educadores e alunos.
Parágrafo único. É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas 
autoridades sanitárias.
O Estatuto atribui encargo ao SUS semelhante ao previsto na CF, em seu artigo 200.
O pensamento contemporâneo em relação à saúde é atuar na prevenção e educação da 
população, não se limitando à intervenção posterior, depois de deflagrada a doença.
13
Ação Civil Pública e o Mandado de Segurança são os remédios jurídicos para as 
omissões no tocante à vacinação.
CAPÍTULO II
DO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIGNIDADE
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como 
pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e 
sociais garantidos na Constituição e nas leis.
O reconhecimento da criança e do adolescente como sujeitos de direito é recente. Tais 
direitos elencados no art. 15 acima estão igualmente inseridos no art. 227 da 
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Art. 16. O direto à liberdade compreende os seguintes aspectos:
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;
II - opinião e expressão;
III - crença e culto religioso;
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
VI - participar da vida política, na forma da lei;
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
As disposições deste artigo se reproduzem no art. 106, adiante, com as condições à 
privação de liberdade, quais sejam flagrante em ato infracional ou por ordem escrita e 
fundamentada da autoridade judicial competente.
Atenção: não há vírgula após a expressão quais sejam, ou qual seja, no entanto, é 
obrigatória a vírgula antes da expressão.
http://www.paulohernandes.pro.br/dicas/001/dica094.html
É certo que o direito à liberdade não é direito absoluto, em especial pela própria 
14
condição peculiar de desenvolvimento da criança e do adolescente, no entanto o mesmo 
pode ser atenuado apenas em benefício deles.
Contudo, as restrições aludidas pelo Estatuto não permitem a instituição das famosas 
medidas de “toque de recolher”, que, instituídas por leis municipais ou portarias do 
Poder Judiciário, vedam o trânsito e a permanência de crianças e adolescentes nas ruas 
depois de determinado horário - instituindo o denominado toque de recolher.
A CF garantiu ao infantojuvenil todos os direitos fundamentais, entre eles, o direito de ir, 
vir e permanecer, de modo que nenhum documento normativo infraconstitucional poderá 
suspender ou contrariar determinação constitucional.
O direito à crença e ao culto religioso também constitui uma forma de liberdade de 
opinião, de expressão e de pensamento. A liberdade religiosa é princípio fundamental, e, 
como tal, inviolável.
A liberdade de crença abarca a liberdade de não ter uma crença, no caso, de ser ateu 
ou de exprimir o agnosticismo.
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.paulohernandes.pro.br%2Fdicas%2F001%2Fdica094.html&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEjKNeaMMbtraayMvH6fc6VUPYaJw
O direito a brincadeiras, à prática de esportes e à diversão é imperioso ao 
desenolvimento sadio da criança e do adolescente. É no lúdico que a criança desenvolve 
a criatividade.
As autoras do livro discordam da transformação de crianças e adolescentes em 
pequenos empresários de agenda lotada.
Tanto a Constituição Federal, quanto o Estatuto conferem às crianças o direito ao lazer.
Jurisprudência. Dano moral. A proibição de acesso ao centro de lazer a crianças 
portadoras de necessidades especiais em área de lazer de supermercado ensejou o 
Dano moral. Julgado em 16/09/2004, MG.
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da 
criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, 
dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
Enunciadosda Parte Geral encontram garantias correspondentes na Parte Especial.
Em relação à preservação da imagem, veda o art. 143 a divulgação de atos judiciais, 
policiais e administrativos que digam respeito a crianças e a adolescentes a que se 
15
atribua autoria de ato infracional, bem como a divulgação de fotografia, nome, apelido, 
filiação, parentesco, residência e, até mesmo, as iniciais de criança ou adolescente 
que se encontre nessa situação.
Adolescente envolvido em ato infracional (art. 178) não poderá ser conduzido ou 
transportado em compartimento fechado de veículo policial, em condições 
atentatórias à sua dignidade, ou que impliquem riscos à sua integridade física ou mental.
Jurisprudencia. Dano moral. Publicação de fotografia. Foto que permitiu o 
reconhecimento. Vedação no Estatuto (arts. 15 e 17) e na Constituição (Arts. 5º. incs. V e 
X). Ensejando a indenização por danos morais. Apelação cível, julgado em 10.12.2003, 
RS.
No Brasil, o caldo de cultura dos preconceitos ainda é intenso.
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de 
qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
Todos significa compartilhamento de responsabilidades entre a família, a comunidade e o 
Estado.
Este artigo é o ponto crucial da Doutrina da Proteção Integral. Protege e responsabiliza.
Por exemplo, a comunicação ao Conselho Tutelar de ocorrência de maus tratos cabe a 
todos. A omissão poderá ser considerada como conivência, sujeita à responsabilidade 
penal.
Mas a sociedade está buscando reduzir os direitos dos adolescentes, quando busca a 
redução da maioridade penal.
A elite brasileira, capitaneada pela mídia, difunde a imagem da criança pobre atrelada à 
criminalidade, usando termos estereotipados como trombadinha, pixotes, delinquentes. 
Há uma guerra contra esses adolescentes.
CAPÍTULO III
DO DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA
Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, 
16
excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em 
ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.
§ 1º Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou 
institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) meses, devendo a 
autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional 
ou multdisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou 
colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.
§ 2º A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não 
se prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu 
superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.
§ 3º A manutenção ou reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em 
relação a qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em programas de 
orientação e auxílio, nos termos do parágrafo único do art. 23, dos incs. I e IV do caput do art. 101 
e dos incs. I a IV do caput do art. 129 desta Lei.
A família é a base da sociedade. Nela o ser humano recebe a primeira educação e os 
primeiros estímulos, que contribuirão de forma decisiva na formação da personalidade da 
criança e do adolescente.
A família hoje tem um significado mais amplo, não se restringindo somente ao casamento 
de homem e mulher.
Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos 
diretos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
Reprodução do art. 227, § 6º, da CF.
Bom ressaltar que antes da CF de 1988, a legislação civil estabelecia uma rigorosa e 
discriminatória classificação de filiação, em uma sistemática que definia a filiação como 
legítima, ilegítima ou civil.
Legítimos eram os filhos de homem e mulher casados entre si, ou que viessem a contrair 
matrimônio após o nascimento dos filhos, sendo, nesse caso, denominados de filhos 
legitimados por casamento posterior.
Os filhos ilegítimos era aqueles concebidos por homem e mulher não casados entre si. 
Seriam, ainda, naturais se não houvesse impedimentos ao casamento de seus pais ou 
espúrios, se houvesse.
Por último, o parentesco civil era derivado de adoção., segundo o código de menores de 
17
1979.
Hoje, os filhos havidos ou não no casamento, assim como os decorrentes de 
adoção, possuem os mesmos direitos e qualificações inerentes ao seio familiar.
Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na 
forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de 
discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da divergência.
A expressão pátrio poder foi substituída por poder familiar na redação da Lei Nº 
12.010, de 3 de agosto de 2009.
Dessa forma, diferenças de gênero não possuem mais suporte nem no mundo jurídico, nem no fático.
Art. 22 Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, 
cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as 
determinações judiciais.
O dever familiar decorre do poder familiar.
O Codigo Civil, que regula os direitos e deveres relativos à vida privada, dispõe que 
compete aos pais:
Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:
I - dirigir-lhes a criação e educação;
II - tê-los em sua companhia e guarda;
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem;
IV - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o 
sobrevivo não puder exercer o poder familiar;
V - representá-los, até aos dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos 
em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento;
VI - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha;
VII - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição.
Jurisprudência. Destituição de poder familiar. Pai que abusa sexualmente da filha. 
TJRS, julgado em: 26/052004.
Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou 
a suspensão do poder familiar.
Parágrafo único. Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a 
18
criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente 
ser incluída em programas oficiais de auxílio.
O Estado é obrigado a proporcionar as condições mínimas aos cidadãos. Uma grande 
inovação trazida pela Doutrina da Proteção Integral e perfeitamente clara nesse artigo.
O parágrafo único exige um Estado mais atuante, que forneça os meios necessários ao 
bom desenvolvimento da família quando esta carecer de recursos financeiros para tal.
Art. 24. A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas judicialmente, em 
procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese de 
descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que alude o art.22.
03.05.2012 - STJ condena pai a indenizar filha por abandono afetivo
http://ibdfam.jusbrasil.com.br/noticias/3106388/stj-condena-pai-a-indenizar-f ilha-por-abandono-afetivo
“Amar é faculdade, cuidar é dever", diz ministra. Valor é de R$ 200 mil
SAO PAULO - A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou um pai a indenizar em R$ 200 mil a f ilha por
"abandono afetivo". A decisão é inédita. Em 2005, a Quarta Turma do STJ havia rejeitado indenização por dano moral por
abandono afetivo.
O caso julgado é de São Paulo. A autora obteve reconhecimento judicial de paternidade e entrou com ação contra o pai por ter
sofrido abandono material e afetivo durante a infância e adolescência. O juiz de primeira instância julgou o pedido improcedente e
atribuiu o distanciamento do pai a um "comportamento agressivo" da mãe dela em relação ao pai. A mulher apelou à segunda
instância e afirmou que o pai era "abastado e próspero". O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) reformou a sentença e f ixou
a indenização em R$ 415 mil.
No recurso ao STJ, o pai alegou que não houve abandono e, mesmo que tivesse feito isso, não haveria ilícito a ser indenizável e
a única punição possível pela falta com as obrigações paternas seria a perda do poder familiar.
A ministra ministra Nancy Andrighi, da Terceira Turma, no entando, entendeu que é possível exigir indenização por dano moral
decorrente de abandono afetivo pelos pais. "Amar é faculdade, cuidar é dever", afirmou ela na sentença. Para ela, não há motivo
para tratar os danos das relações familiares de forma diferente de outros danos civis.
"Muitos, calcados em axiomas que se focam na existência de singularidades na relação familiar - sentimentos e emoções -,
negam a possibilidade de se indenizar ou compensar os danos decorrentes do descumprimento das obrigações parentais a que
estão sujeitos os genitores", afirmou a ministra. "Contudo, não existem restrições legais à aplicação das regras relativas à
responsabilidade civil e o consequente dever de indenizar/compensar, no direito de família".
A ministra ressaltou que nas relações familiares o dano moral pode envolver questões subjetivas, como afetividade, mágoa ou
amor, tornando difícil a identif icação dos elementos que tradicionalmente compõem o dano moral indenizável: dano, culpa do autor
e nexo causal. Porém, entendeu que a paternidade traz vínculo objetivo, com previsões legais e constitucionais de obrigações
mínimas.
"Aqui não se fala ou se discute o amar e, sim, a imposição biológica e legal de cuidar, que é dever jurídico, corolário da liberdade
das pessoas de gerarem ou adotarem filhos", argumentou a ministra.
No caso analisado, a ministra ressaltou que a f ilha superou as dif iculdades sentimentais ocasionadas pelo tratamento como "f ilha
de segunda classe", sem que fossem oferecidas as mesmas condições de desenvolvimento dadas aos f ilhos posteriores,
mesmo diante da "evidente" presunção de paternidade e até depois de seu reconhecimento judicial.
Alcançou inserção profissional, constituiu família e f ilhos e conseguiu "crescer com razoável prumo". Porém, os sentimentos de
mágoa e tristeza causados pela negligência paterna perduraram, caracterizando o dano. O valor de indenização estabelecido
pelo TJ-SP, porém, foi considerado alto pelo STJ, que reduziu a R$ 200 mil, valor que deve ser atualizado a partir de 26 de
novembro de 2008, data do julgamento pelo tribunal paulista.
Autor: O Globo
19
O Código de Menores confundia pobreza com abandono.
O Estatuto dá prioridade à família de origem, também designada de natural.
A suspensão do poder familiar difere da perda por ser uma espécie de punição judicial 
mais branda, à medida que priva o detentor do poder familiar de exercê-lo 
provisioriamente. Uma vez interrompidas as causas que fundamentaram a suspensão, 
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fibdfam.jusbrasil.com.br%2Fnoticias%2F3106388%2Fstj-condena-pai-a-indenizar-filha-por-abandono-afetivo&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHz3vJJJYwlqIrrVhU9TAX_XsFd2g
poderão os pais retomar o seu exercício.
O código civil, em seu artigo 1.637, descreve como hipóteses de suspensão:
- o abuso do poder por parte do pai ou mãe;
- o não-cumprimento dos deveres paternos e maternos;
- a dilapidação do patrimônio dos filhos; e
- a condenação por crime cuja pena seja superior a dois anos.
Tanto a suspensão quanto a perda poderão atingir ambos ou apenas um dos 
progenitores.
No caso em que atingir a ambos, será nomeado tutor para a criança ou adolescente.
Além da perda e suspensão poderão responder por crimes na esfera penal. Abandono 
material, moral e intelectual previsto no CP, arts, 244 e 246.
Em qualquer caso, será respeitado o contraditório e a ampla defesa, direitos 
fundamentais.
Note-se que a prioridade é a manutenção da criança e do adolescente sob a guarda 
da família de origem (biológica).
Da Família Natural
Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus 
descendentes.
Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além 
da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a 
criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.
20
A família natural, dessa forma, está relacionada à consanguinidade, ainda que não haja 
vínculo matrimonial entre os pais.
Há a família natural monoparental, ou seja, aquela formada por apenas um dos pais e 
seus descendentes.
A doutrina tem entendido que os laços familiares não se formam por meros vínculos 
biológicos, mas por meio dos vínculos afetivos.
A figura da família ampliada tem um caráter extremamente importante. Assim, 
antes de colocar a criança e o adolescente em uma família substituta, deverá a 
autoridade judiciária, com o apoio de sua equipe interprofissional, apurar a 
possibilidade de um dos membros da família ampliada (tios, primos, avós... ) exercer 
sua guarda ou tutela.
Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou 
separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro 
documento público, qualquer que seja a origem da filiação.
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou suceder-lhe ao 
falecimento, se deixar descendentes.
Aqui nesse parágrafo está o direito do nascituro.
A intenção do presente artigo é facilitar o reconhecimento de paternidade, permitindo que 
se faça de qualquer uma das formas nele indicadas.
O estado civil do genitor é indiferente para reconhecimento de paternidade.
A Lei número 8.560, de 1992, regula a investigação de paternidade dos filhos havidos 
fora do casamento.
LEI Nº 8.560, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1992.
Regula a investigação de paternidade dos filhos 
havidos fora do casamento e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1° O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito:
I - no registro de nascimento;
II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório;
III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado;
IV - por manifestação expressa e direta perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto
único e principal do ato que o contém.
21
Art. 2° Em registro de nascimento de menor apenas com a maternidade estabelecida, o oficial remeterá ao juiz
certidão integral do registro e o nome e prenome, profissão, identidade e residência do suposto pai, a fim de
ser averiguada oficiosamente a procedência da alegação.
§ 1° O juiz, sempre que possível, ouvirá a mãe sobre a paternidadealegada e mandará, em qualquer caso, notificar o
suposto pai, independente de seu estado civil, para que se manifeste sobre a paternidade que lhe é atribuída.
§ 2° O juiz, quando entender necessário, determinará que a diligência seja realizada em segredo de justiça.
§ 3° No caso do suposto pai confirmar expressamente a paternidade, será lavrado termo de
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Flegislacao.planalto.gov.br%2Flegisla%2Flegislacao.nsf%2FViw_Identificacao%2Flei%25208.560-1992%3FOpenDocument&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNE2eTRBT7rwElu-v60yCSNMYQu2sw
reconhecimento e remetida certidão ao oficial do registro, para a devida averbação.§ 4° Se o suposto pai não atender no prazo de trinta dias, a notif icação judicial, ou negar a alegada paternidade, o juiz
remeterá os autos ao representante do Ministério Público para que intente, havendo elementos suficientes, a ação de
investigação de paternidade.
§ 5° A iniciativa conferida ao Ministério não impede a quem tenha legítimo interesse de intentar investigação, visando a
obter o pretendido reconhecimento da paternidade.
§ 5o Nas hipóteses previstas no § 4o deste artigo, é dispensável o ajuizamento de ação de investigação de paternidade 
pelo Ministério Público se, após o não comparecimento ou a recusa do suposto pai em assumir a paternidade a ele atribuída, a 
criança for encaminhada para adoção. (Redação dada pela Lei nº 12,010, de 2009) Vigência
§ 6o A iniciativa conferida ao Ministério Público não impede a quem tenha legítimo interesse de intentar investigação, 
visando a obter o pretendido reconhecimento da paternidade. (Incluído pela Lei nº 12,010, de 2009) Vigência
Art. 2o-A. Na ação de investigação de paternidade, todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, serão
hábeis para provar a verdade dos fatos.(Incluído pela Lei nº 12.004, de 2009).
Parágrafo único. A recusa do réu em se submeter ao exame de código genético - DNA gerará a presunção
da paternidade, a ser apreciada em conjunto com o contexto probatório. (Incluído pela Lei nº 12.004, de 2009).
Art. 3° E vedado legitimar e reconhecer f ilho na ata do casamento.
Parágrafo único. É ressalvado o direito de averbar alteração do patronímico materno, em decorrência do casamento, no
termo de nascimento do f ilho.
Art. 4° O filho maior não pode ser reconhecido sem o seu consentimento.
Art. 5° No registro de nascimento não se fará qualquer referência à natureza da filiação, à sua ordem em
relação a outros irmãos do mesmo prenome, exceto gêmeos, ao lugar e cartório do casamento dos pais e ao
estado civil destes.
Art. 6° Das certidões de nascimento não constarão indícios de a concepção haver sido decorrente de
relação extraconjugal.
§ 1° Não deverá constar, em qualquer caso, o estado civil dos pais e a natureza da f iliação, bem como o lugar e cartório
do casamento, proibida referência à presente lei.
§ 2º São ressalvadas autorizações ou requisições judiciais de certidões de inteiro teor, mediante decisão fundamentada,
assegurados os direitos, as garantias e interesses relevantes do registrado .
Art. 7° Sempre que na sentença de primeiro grau se reconhecer a paternidade, nela se f ixarão os alimentos provisionais
ou definitivos do reconhecido que deles necessite.
Art. 8° Os registros de nascimento, anteriores à data da presente lei, poderão ser retif icados por decisão judicial, ouvido
o Ministério Público.
Art. 9° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 10. São revogados os arts. 332, 337 e 347 do Código Civil e demais disposições em contrário.
Brasília, 29 de dezembro de 1992; 171° da Independência e 104° da República.
ITAMAR FRANCO
Maurício Corrêa
Este texto não substitui o publicado no DOU de 30.12.1992
Vale lembrar que o testamento é instrumento revogável, consoante o art. 1858 do Código 
Civil. No entanto, as cláusulas de reconhecimento de paternidade não o são, haja 
vista que, por força do art. 1610 da mesma lei, o reconhecimento é ato irrevogável.
Essa lei representa um grande passo em favor da humanização do tratamento dos filhos 
22
havidos fora do casamento.
Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e 
imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, 
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2F_Ato2007-2010%2F2009%2FLei%2FL12010.htm%23art5&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHcgeoawZ1knnzHs526LmM3dXLKuA
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2F_Ato2007-2010%2F2009%2FLei%2FL12010.htm%23art7&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFyQt6o8_1wZkn33uQ66PLEXDNyeA
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2F_Ato2007-2010%2F2009%2FLei%2FL12010.htm%23art5&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHcgeoawZ1knnzHs526LmM3dXLKuA
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2F_Ato2007-2010%2F2009%2FLei%2FL12010.htm%23art7&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFyQt6o8_1wZkn33uQ66PLEXDNyeA
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2F_Ato2007-2010%2F2009%2FLei%2FL12004.htm%23art2&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHYgpx37dQk4Dzou2Z221_Cqu15pQ
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2F_Ato2007-2010%2F2009%2FLei%2FL12004.htm%23art2&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHYgpx37dQk4Dzou2Z221_Cqu15pQ
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FLeis%2FL3071.htm%23art332&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNG4PPpn9uzv8moK8AOdqPgCvPZArQ
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FLeis%2FL3071.htm%23art337&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEfAhmA4PSikud1DEJwqS4j7JH3ZA
http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.planalto.gov.br%2Fccivil_03%2FLeis%2FL3071.htm%23art347&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHqil3egPEhfCbboOB9rJrhOR9a7A
observado o segredo de Justiça.
Código Civl. Art. 1606. A ação de prova de filiação compete ao filho, enquanto viver, passando aos herdeiros, se ele morrer 
menor ou incapaz.
A indisponibilidade não permite que o filho negocie esse direito, inclusive por meio da 
transação, transigência ou acordo particular. A imprescritibilidade, por sua vez, permite 
que a ação seja intentada contra os pais ou herdeiros a qualquer tempo.
O filho adotivo terá o direito de investigar quem são seus pais biológicos, 
especialmente considerando a nova redação do art. 48, fruto das modificações 
promovidas pela Lei nº 12.010/2009.
O MP tem legitimidade ativa extraordinária conferida pelo art 2º, § 4º da Leo 8.560/1992 
para intentar ação de investigação de partenidade.
DA FAMÍLIA SUBSTITUTA
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, 
independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.
§ 1o Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe 
interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as 
implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada.
§ 2o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu 
consentimento, colhido em audiência.
§ 3o Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de 
afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da medida.
§ 4o Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma 
família substituta, ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que 
justifique plenamente a excepcionalidade de solução diversa, procurando-se, em qualquer caso, 
evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternais.
§ 5o A colocação da criança ou adolescente em família substituta será precedida de sua 
preparaçãogradativa e acompanhamento posterior, realizados pela equipe interprofissional a 
serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com o apoio dos técnicos 
23
responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito à convivência familiar.
§ 6o Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou proveniente de comunidade remanescente de quilombo, é ainda obrigatório:
I - que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural, os seus 
costumes e tradições, bem como suas instituições, desde que não sejam incompatíveis com os 
direitos fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela Constituição Federal;
II - que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de sua comunidade ou junto 
a membros da mesma etnia;
III - a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal responsável pela política 
indigenista, no caso de crianças e adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante a equipe 
interprofissional ou multidisciplinar que irá acompanhar o caso.
O artigo menciona o três regimes jurídicos a que será submetida a criança ou o 
adolescente, quando a seus pais for decretada judicialmente a perda ou a suspensão do 
poder familiar.
A história da família substituta nasceu do espírito de soliedariedade das pessoas e 
remonta à própria história da humanidade.
A família substituta é a alternativa encontrada pelo Estado, disposta sob guarda, tutela 
ou adoção, para os casos em que os pais foram destituídos do poder familiar.
A colocação em família substituta pode ter ânimo definitivo ou transitório.
No caso de ânimo definitivo (art. 39, §1º), o vínculo é irrevogável.
No caso de ânimo transitório, poderá se dar através de guarda ou tutela.
A figura da família substituta na modalidade guarda, tem-se, além da proteção material e 
emocional, a possibilidade de retorno para a família natural, que poderá se reabilitar para 
ter novamente a criança ou adolescente em seu seio.
O §4º reforça a impossibilidade da separação do grupo de irmãos.
Art. 29. Não se deferirá colocação em família substituta a pessoa que revele, por qualquer modo, 
incompatibilidade com a natureza da medida ou não ofereça ambiente familiar adequado.
24
Tal dispositivo, embora óbvio, gera necessidade de uma prévia investigação da família 
substituta.
Além de condições financeiras, deve-se considerar, principalmente, a proteção e o afeto.
O presente artigo reproduz a “Doutrina da Proteção Integral”.
Sob o aspecto da incompatibilidade da medida, os avós não podem adotar (art. 42, 
§1º do Estatuto). Embora existam decisões judidicais que permitam, em casos 
excepcionais, a adoção do neto pelos avós.
Art. 30. A colocação em família substituta não admitirá transferência da criança ou adolescente a 
terceiros ou a entidades governamentais ou não-governamentais, sem autorização judicial.
As crianças e adolescentes não são meros objetos que podem ficar assim sendo 
transferidos.
Assim, o instituto da guarda e da tutela são renunciáveis, no entanto, a renúncia deve 
ocorrer junto à Justiça da Infância e Juventude.
Por outro lado, a adoção é ato irreversível e irrenunciável., pois concede ao adotado o 
status de filho. Ainda que exista exceção, conforme art. 93 do Estatuto. (Esse art. 93 não 
fala claramente sob reversão da adoção).
Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, somente 
admissível na modalidade de adoção.
Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável prestará compromisso de bem e fielmente 
desempenhar o encargo, mediante termo nos autos.
Deveres e obrigações estão também arrolados no Código Civil.
Da Guarda
Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou 
adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.
§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou 
25
incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por estrangeiros.
§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para 
atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser 
deferido o direito de representação para a prática de atos determinados.
§ 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os 
fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários.
§ 4o Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade 
judiciária competente, ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção, o 
deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direito 
de visitas pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de 
regulamentação específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público.
A guarda pode coexistir com o poder familiar.
Motivos que podem ensejar a concessão da guarda: a separação judicial dos pais 
confere guarda a um dos genitores, exceto na modalidade de guarda compartilhada; a 
necessidade dos pais se ausentarem temporiamente etc.
A guarda é um instituto temporário, porém, o detentor da guarda pode se opor aos pais.
Importante ressaltar que a guarda não se confunde com a representação legal. O art. 8º 
do CPC define como representantes legais da criança e do adolescente seus ou tutores.
Há três modalidades de guarda:
§1º - guarda provisória. Pode ser concedida por medida liminar judicial ou de maneira 
incidental, nos procedimentos de tutela e adoção.
§2º - guarda peculiar
Art. 34. O poder público estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e 
subsídios, o acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente afastado do convívio 
familiar.
§ 1o A inclusão da criança ou adolescente em programas de acolhimento familiar terá 
preferência a seu acolhimento institucional, observado, em qualquer caso, o caráter temporário e 
excepcional da medida, nos termos desta Lei.
§ 2o Na hipótese do § 1o deste artigo a pessoa ou casal cadastrado no programa de 
acolhimento familiar poderá receber a criança ou adolescente mediante guarda, observado o 
26
disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei.
A guarda, temporária e provisória, em programas de acolhimento familiar terá preferência 
sobre o acolhimento institucional.
Cabe ressaltar que o acolhimento familiar, muito embora mais adequado do que o 
acolhimento institucional (a antiga medida de abrigo), é também uma medida 
excepcional e temporária, porquanto não suprir todos os direitos inerentes ao convívio 
familiar.
Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado, 
ouvido o Ministério Público.
A guarda visa a promoção dos direitos da criança e do adolescente, se não cumpre 
semelhante função, deve ser revogada.
Da Tutela
 Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos
incompletos.
 Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou
suspensão do poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda.
A tutela tem um raio de abrangência significativamente maior do que o instituto da 
guarda.
1. o exercício da tutela é incompatível com o poder familiar, ou seja, para a incidência da 
tutela o poder familiar

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