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Peça Gabriela Resp Acusação

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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito Criminal da Comarca de Fortaleza-CE
Gabriela, Brasileira, solteira, residente e domiciliada em......, cep. portadora Registro Geral nr, órgão emissor, data emissão, CPF/MF, nascida em 28.04.1990, sendo sua mãe........, e-mail........., por seu advogado... ..que ao final subscreve .com procuração em anexo) vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com a devida vênia, propor a presente RESPOSTA Á ACUSAÇAO, nos termos do artigo 396 e 396-A do código de processo penal.
DOS FATOS
Gabriela, Menor, terminou um relacionamento amoroso com Patrick, não mais aguentando agressões físicas sofridas, sendo expulsa do imóvel onde residia com o companheiro em comunidade carente na cidade de Fortaleza-CE. juntamente com o filho do casal menor de apenas 02 anos. Sem ter familiares no estado e nem outros conhecidos a pernoitar com o filho em igrejas e outros locais, alimentando-se a partir de ajudas recebidas de desconhecidos, após ver seu filho chorar com fome e doente em razão da ausência de alimentação, após não conseguir emprego ou ajuda resolve ingressar em um grande supermercado...
No dia 21.12.2010, a querelada foi abordada no interior de um grande supermercado e acusada a ter escondido em suas vestes 2 pacotes de macarrão cujo valor totalizando r$ 18,00 (dezoito reais), após a conclusão do inquérito policial, o Ministério público ofereceu a denúncia contra a querelada pela pratica do crime do artigo 155, caput e artigo 14, II, ambos códigos processo penal.
Em 18.01.2011, o magistrado recebeu a denúncia e concebeu liberdade provisória a querelante.
No dia 16.03.2015, a querelante e seu advogado constituído compareceram ao cartório, sendo informados que o processo estava tramitando, momento em que foi citada e intimada para apresentar a defesa.
DOS PEDIDOS
I-DA PRESCRICAO
A querelada foi denunciada pela prática de Crime do artigo 155, Caput, com o artigo 14, II ambos do código penal. A pena do delito tentado e de 4 anos por (delito crime simples) com redução de, 1/3 passando a 2 anos e 8 meses de reclusão.	 O prazo prescricional e de 8 anos nos termos do artigo 109, IV do código Penal. Como a querelada era menor de 21 anos de idade na época do fato, já que nascida em 28.04.1990 e os fatos ocorreram em 24.12.2010, o prazo prescricional deverá ser cortado pela, 1/2 (metade) nos termos do artigo 155 código penal sendo assim o prazo será de 4 anos.	
 A renúncia foi recebida em 18.01.2011 até pelo menos o dia 16.03.2015, não havia publicação de eventual sentença penal condenatória, conclui-se que incidiu neste caso a prescrição da pretensão punitiva, já que entre o recebimento da denúncia até o dia 16.03.2015, já passaram mais de 4 anos, iniciando a causa da extinção da punibilidade peca prescrição prevista no artigo 107, IV do código penal.										 Absolvição sumaria da querelada, com base no artigo 398, IV do código Processo Penal.
II- DO ESTADO DE NECESSIDADE E FURTO FAMELICO
A querelada foi denunciada pela prática de delito furto tentado. A querelada agiu em estado de necessidade, uma vez que estava passando necessidade com seu filho menor, não tendo moradia e alimentos para a criança que estava doente e com fome, bem como não conseguir emprego ou ajuda, decidiu ingressar no supermercado e pegar 2 pacotes de macarrão para alimentar seu filho. Trata-se de furto famélico, causa excludente de ilicitude consiste no estado necessidade conforme artigo 24 Código Penal, uma vez que a querelada e seu filho estavam em situação de risco, já que a criança estava doente em razão da falta de alimentos.
III- PRINCÍPIO DA INSIGNIFICANCIA
A querelada foi acusada por subtrair 2 pacotes de macarrão totalizando o valor de r$ 18,00 (dezoito reais). Incide o caso ao Princípio da Insignificância ou bagatela, por tratar de valor ínfimo do objeto subtraído de um grande supermercado.
Além disso a querelada jamais havia se envolvido em prática delituosa, sendo primaria conforme seus antecedentes criminais
O fato narrado na denúncia não constitui crime, embora formalmente atípica diante do ínfimo valor do objeto subtraído (Princípio da Insignificância).
 Devendo assim a querelada ser absolvida sumariamente com base no artigo 397, III Código de Processo Penal.
IV- DO PEDIDO
I- Absolvição sumária, com base no artigo 397, I do código de Processo Penal.
II- Absolvição Sumária com base no artigo 397, III do código Processo Penal.
III- Absolvição Sumária com base no artigo 397, IV do código de Processo Penal 
São Paulo, 16 de Marco de 2020
Advogado
OAB
Rol de Testemunhas
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