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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro AVALIAÇÃO PRESENCIAL ADAPTADA– AP1 Período - 2020/1º Disciplina: Turismo e Inclusão Social Coordenador: Luciana Thais Villa Gonzalez OBSERVAÇÃO: Não copiem as respostas dos colegas, pois uma única equipe corrigirá as avaliações e invalidaremos provas com respostas iguais ou muito parecidas. Plágios também serão zerados. 1) Os direitos individuais são a base estrutural da cidadania. Comente como a pandemia da COVID-19 tem invocado o Estado, a Iniciativa Privada, o Terceiro Setor e a Sociedade Civil – de maneira mais generalizada – a atuar em favor dos brasileiros (MÍNIMO DE 10 LINHAS PARA RESPOSTA – 3 PONTOS). De acordo com a aula 1 de nossa disciplina, os direitos individuais são divididos em direitos civis, políticos e sociais. Em relação a cada um destes podemos considerar: - Direitos civis: durante a pandemia precisam ser entendidos de forma mais ampla. Os direitos civis garantem a liberdade de fé, de pensamento, de imprensa e de ir e vir. Contudo, o direito de ir e vir, por exemplo, não pode se opor ao bem coletivo e neste momento essa liberdade fica restrita para a garantia do bem comum. Logo, o Estado deve mediar essa movimentação de pessoas, e a iniciativa privada, terceiro setor e sociedade civil devem apoiar esta medida, para que todos os efeitos desta pandemia sejam mitigados o mais rápido possível; a liberdade de fé e pensamento não podem invalidar o conhecimento científico bem como a imprensa deve se ater a esta esfera do conhecimento também ao divulgar informações; - Direitos políticos: garantem a qualquer cidadão participar da vida política do país. Em outubro estão previstas as eleições municipais e dever do Estado garantir que estas ocorram de forma segura, ampla e democrática não aumentando os casos de COVID-19; Iniciativa privada, terceiro setor e sociedade civil devem acompanhar este processo e cobrar para que condições justas e seguras sejam dadas a todos os eleitores e candidatos brasileiros; - Direitos sociais: são aqueles que asseguram o direito à educação, saúde, habitação, trabalho e a inserção do indivíduo na sociedade. Neste âmbito o Estado deve garantir que as pessoas tenham acesso a estrutura de saúde do pais e prepará-la para a presente situação. Compra de equipamentos adequados, destruição deste nas diferentes regiões do país, apoio logístico e facilitação de trâmites alfandegários para compras destes produtos em outros países devem ser empreendidos. Todas as esferas do Estado – municipal, estadual e federal – precisam estar alinhadas e operando de forma conjunta para que estes esforços tenham resultados efetivos e nos tirem desta crise o mais rápido possível. Obviamente, esta pandemia afeta todas as dimensões da vida humana, não apenas o aspecto físico/de saúde. O isolamento social é a única ferramenta que a ciência diz ser efetiva na prevenção e assim o Estado deve garantir que os trabalhadores devem ficar em casa com acesso facilitado e rápido a uma renda justa e digna, garantir formas de financiamento da iniciativa privada que precisa suspender suas atividades a custos justos, facilitados e exigindo a contrapartida de não demissão de trabalhadores, apoiar e colaborar com as inciativas que o Terceiro Setor vêm tomando frente e a Sociedade Civil deve cobrar que todas essas medidas sejam realizadas de forma transparente e sem abusos econômicos, políticos e ambientais com especial atenção as populações mais vulneráveis como indígenas, moradores de rua, pessoas de baixa renda, entre outros. 2) De que forma a pandemia da COVID-19 pode favorecer ou desfavorecer a desigualdade social no Brasil (MÍNIMO DE 10 LINHAS PARA RESPOSTA – 3 PONTOS). A pandemia da COVID-19 escancara a desigualdade social brasileira. A nossa desigualdade seria desfavorecida se todas as esferas governamentais trabalhassem de maneira conjunta para garantir renda a trabalhadores, autônomos, micro, pequenos e médios empresários. Se o direito a educação à distância fosse acessível a todos dentro de condições muito similares. Que o acesso a saúde fosse ampliado em todas as regiões do país, que os locais que já tinham uma estrutura sanitária e de saúde tivessem mais equipamentos, leitos de UTI e profissionais da saúde trabalhando em segurança e com salários pagos em dia. Exigindo que bancos e corretoras não especulem ou cobrem juros abusivos com o dinheiro que o poder público destinou a essas instituições e que não permitam que esse montante seja utilizado para aumento do lucro destas empresas, seus sócios e diretores. Que outras situações criminosas como queimadas irregulares de áreas naturais e expulsão e o assassinato de pessoas de comunidades tradicionais fosse duramente repreendido. Entretanto, o que assistimos hoje no Brasil é o cenário oposto a descrição acima o que favorece o aumento da desigualdade, o aumento da crise econômica, política, social e sanitária do país nos fazendo perder espaço como uma nação promissora e respeitável. 3) Comente os princípios do Turismo Social e como este poderá ser aplicado na fase pós-pandemia COVID-19 ((MÍNIMO DE 10 LINHAS PARA RESPOSTA – 4 PONTOS). Na aula 9 de nossa disciplina, vimos que o Turismo Social tem uma estrutura conceitual construída a partir de características, princípios e valores. Partindo das características, temos que as viagens do Turismo Social devem ser subvencionadas/subsidiadas e feitas na baixa temporada. No Turismo Social Pós-COVID 19, a primeira característica deverá ser reforçada, uma vez que a previsão de desemprego e de diminuição de renda do brasileiro são muito preocupantes, e, na segunda característica teremos que rever o conceito de alta e baixa temporada, porque o fluxo de pessoas terá quer ser cuidadosamente planejado e supervisionado, evitando cidades lotadas por turistas. Assim, acreditamos que todas as épocas do ano deverão funcionar como “baixa temporada”. Logo, incentivos a viagens regionais por carro serão a tendência bem como viagens curtas de 2 a 4 dias. Sabendo da realidade nacional e como o Turismo Social tem em como um dos seus princípios tornar as viagens acessíveis ao maior número de pessoas possível, teremos que reforçar a tendência de viagens curtas, de carro, para destinos regionais, como dito antes. Se por um lado, o setor aéreo e os destinos de massa se prejudicam com essa lógica, por outro cidades menores e pouco valorizadas turisticamente hoje ganharão impulso beneficiando empreendedores locais que desenvolvem um trabalho mais artesanal do ponto de vista do apelo mercadológico, mas profissionalizado na vertente administrativa. Isso poderá ajudar as pessoas em suas próprias cidades, não as forçando a sair em busca de emprego em regiões metropolitanas promovendo a inserção social. Estes aspectos também atendem aos princípios do Turismo Social que colocam que deve-se oferecer viagens que permitam o desenvolvimento da plena potencialidades de cada indivíduo e sua inserção social, já que gerará conexões mais próximas, apesar do distanciamento físico, o que trará benefícios para toda a comunidade, incluindo os turista, para além do aspecto econômico, ideia esta que define outra faceta do Turismo Social. A valorização e respeito as regiões turísticas, os preços justos e acessíveis também podem ajudar na recuperação do setor, já que uma parcela pequena da população brasileira continuará tendo recursos para pagar preços “turísticos”, ou seja, inflacionados em suas viagens. A profissionalização do setor em destinos menores e que estão no início do desenvolvimento turístico também poderão se beneficiar a partir da prática de preços mais convidativos e competitivos. Todos estes aspectos foram e devem continuara ser pensados desde os valores do Turismo social que são quem utiliza (o turista social que vem da classe trabalhadora), os preços acessíveis como já apontado, facilitação e acesso a financiamento e crédito para viagens e lazer e sempre com atividades realizadas coletivamente respeitando as novas normas sanitárias que surgirão com grupos menores.
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