Buscar

Modulo 5

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 1 
M
ó
d
u
lo
 V
 |
 P
ro
d
u
to
s 
d
e 
In
v
es
ti
m
en
to
 
Certificação Profissional ANBIMA 
CPA-10 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 2 
1. Títulos Públicos 6 
1.1. Conceito e Finalidade 6 
1.2. Características 6 
1.3 Riscos Inerentes ao Produto 10 
1.4 Tributação de Títulos Públicos 12 
1.5 Tesouro Direto 15 
2. CDB – Certificado de Depósito Bancário 18 
2.1 Definição 18 
2.2 Características: prazos, formas de resgate, taxas e formas de remuneração (pré e 
pós-fixada) 
18 
2.3 Riscos Inerentes ao Produto 20 
2.4 Tributação do CDB 21 
3. Letras Hipotecárias 23 
3.1 Definição 23 
3.2 Características 23 
3.3 Modalidades: com ou sem Swap 23 
3.4 Riscos Inerentes ao Produto 24 
3.5 Tributação da Letra Hipotecária 24 
4. Debêntures 26 
4.1 Definição 26 
4.2 Tipos de Debêntures: conversíveis e não-conversíveis 26 
4.3 Taxas e Formas de Remuneração 27 
4.4 Riscos Inerentes ao Produto 27 
4.5 Tributação 27 
5. Notas Promissórias 29 
5.1 Definição 29 
5.2 Riscos Inerentes ao Produto 29 
5.3 Tributação 29 
Índice 15% a 25% da prova 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 3 
6. Ações 30 
6.1 Conceito 30 
6.2 Tipos de Ações: ordinária e preferencial - definição e direito dos acionistas 30 
6.3 Canais de Distribuição: Tipos e principais características. CTVM, DTVM, agências 
bancárias e internet (home broker) 
31 
6.4 Oferta Pública Inicial de Ações (IPO). Definição e entendimento dos conceitos: 
período de reserva, possibilidade de ocorrência de rateio, ordem limitada e a mercado 
32 
6.5 Definições Gerais. ganhos de capital; dividendos; juros sobre capital próprio; 
bonificação; subscrição; desdobramento (split) e grupamento. 
33 
6.6 Riscos Inerentes ao Produto 35 
 6.6.1. Risco da empresa: conceito 35 
 6.6.2. Risco de mercado: conceito 36 
 6.6.3. Risco de liquidez: conceito 36 
6.7 Despesas Incorridas na Negociação 36 
 6.7.1. Corretagem 36 
 6.7.2. Custódia 37 
 6.7.3. Emolumentos 37 
6.8 Imposto de Renda: fato gerador, alíquotas, bases de cálculo e responsabilidade de 
recolhimento 
37 
6.9 Clube de Investimentos: conceito e características 39 
 6.9.1 Fundos de Ações versus Clube de Investimento 40 
7. Caderneta de Poupança 42 
7.1 Conceito e finalidade 42 
7.2 Riscos inerentes ao produto 42 
7.3 Rentabilidade 42 
7.4 Tributação 42 
8. Avalie seu Conhecimento 44 
9. Resumo 45 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 4 
Hora de Investir! 
Agora que você já entendeu os fatores de Princípios de Investimento que norteiam a decisão de 
investimentos e tendo seu cliente definido todos os parâmetros necessários, ele está preparado para 
investir e ele pode fazer isso de duas maneiras: acessando o mercado diretamente adquirindo títulos de 
renda fixa ou ações ou, investindo coletivamente por meio de fundos de investimento. 
 
Neste módulo você vai conhecer quais são os tipos de ativos financeiros disponíveis no mercado que seu 
cliente pode acessar diretamente. Neste caso ele analisa as alternativas, os riscos, negocia taxas e preços 
e toma a decisão por conta própria. 
 
Seu papel, neste caso, é ajudá-lo a entender as características, os riscos, os impostos, de cada 
modalidade e colaborar para que a escolha final do cliente seja adequada aos objetivos traçados por ele. 
Ações 
CDB 
Debêntures Swap 
Títulos 
Públicos 
Nota 
Promissória 
? 
? 
? 
? 
? 
? 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 5 
Os Títulos de Renda Fixa são emitidos pelo Governo, por instituições financeiras e não-financeiras 
com o objetivo de captar recursos. Representam uma obrigação (passivo/dívida) do emissor. Na 
verdade são “empréstimos” que o investidor faz ao emissor, por isso são também conhecidos como 
títulos de crédito. O investidor recebe juros que remuneram o empréstimo que ele fez. 
Nesta parte do programa de treinamento você vai conhecer produtos que completam as 
principais alternativas de investimento disponíveis no mercado para atender as 
necessidades de seu cliente. Alguns deles fazem parte do seu dia a dia, como o CDB, por 
exemplo. Outros são menos conhecidos, mas também importantes para complementar 
sua base de conhecimento, permitindo que você seja um profissional certificado. 
Antes de passarmos ao estudo específico de cada produto vamos revisar alguns 
conceitos sobre Renda Fixa. Observe o diagrama: 
Instrumentos de Renda Fixa 
Títulos de crédito ou dívida 
Investidor EMPRESTA dinheiro 
Governo Federal Instituições 
Financeiras 
Setor Público 
Instituições 
Não - Financeiras 
LFT LTN 
NTN: séries B, C e F 
CDB 
Letra Hipotecária 
Debênture 
Nota Promissória 
Investidor recebe JUROS 
Pré CDI SELIC TR IGP-M , etc. 
Obrigação do 
Emissor 
DÍVIDA 
Principais RISCOS 
Crédito 
Inadimplência do 
emissor 
Mercado 
Oscilação da taxa 
de juros 
Liquidez 
Dificuldade de resgate a 
qualquer tempo 
Investidor 
é CREDOR 
do emissor 
do título 
FGC garante 
somente operações 
deste segmento 
Setor Privado 
Poupança 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
6 
1.1 Conceito e Finalidade 
 
O Governo Federal precisa de dinheiro para financiar seus projetos e realizar os investimentos 
necessários em educação, segurança, estradas, e saúde, por exemplo, além de pagar os funcionários 
públicos e aposentados... 
São duas, basicamente, as formas de captação de recursos do governo: 
§ Arrecadação de impostos 
§ Tomar empréstimo junto ao público investidor. 
 
Os títulos públicos transacionados no mercado e tão frequentemente encontrados nas carteiras dos 
fundos de investimento são, portanto, títulos que representam dívida do Tesouro Nacional. São títulos 
de grande aceitação e liquidez, considerados como os de melhor risco de crédito do mercado. 
Fazem parte do seu programa ANBIMA (antiga ANBID) apenas os principais títulos públicos federais. 
São 2 letras e 3 notas – vamos conhecer os detalhes. 
Vamos saber quais são as SEMELHANÇAS dos títulos públicos – o que eles têm em comum: 
 
§ Prazo: não há prazo mínimo ou máximo de emissão. 
§ Valor nominal: múltiplos de R$1.000,00. 
§ Modalidade: escritural, nominativa e negociável. 
1. Títulos Públicos 
1.2 Características 
 
As LETRAS: 
§ LFT – Letra Financeira do Tesouro 
§ LTN – Letra do Tesouro Nacional 
 
As NOTAS: 
§ NTN-B Nota do Tesouro Nacional série B 
§ NTN-C Nota do Tesouro Nacional série C 
§ NTN-F Nota do Tesouro Nacional série F 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
7 
Título Rentabilidade 
LFT Taxa Selic over 
LTN Taxa prefixada 
NTN-B IPCA + juros 
NTN-C IGPM + juros 
NTN-F Taxa prefixada + juros 
Fique Ligado! 
 
Trate de decorar as informações que você acabou de ler. 
Elas serão exigidas na prova, com certeza! Como fazer para gravar e não esquecer?? 
 
Dicas do professor: 
LTN: a letra “T”, de “taxa”, vem antes – portanto já sei quanto vou ganhar – a taxa é prefixada. 
LFT: a letra “T”, de “taxa”, vem depois – portanto só conheço meu ganho no vencimento – a 
taxa é a Selic (pós-fixada). 
NTN–B: é corrigida pelo IPCA. A letra“B” de NTN-B vem depois do “A” de IPCA. 
NTN-C: a letra “C” de “consumo”, lembra “inflação” – o outro índice de inflação que 
aprendemos é o IGP-M. 
NTN-F: a letra “F” de “fixa” – portanto, já sei quanto vou ganhar – a taxa é prefixada. 
A diferença entre a LTN e a NTN-F, ambas de taxa prefixada, é que a NTN-F paga juros 
semestralmente e a LTN não. 
E agora vamos entender quais são as DIFERENÇAS entre eles. São basicamente duas: 
1 – PAGAMENTO DE JUROS: as notas pagam juros semestralmente e as letras somente no vencimento. 
2 – REMUNERAÇÃO: observe o quadro indicando a rentabilidade de cada um dos títulos públicos. 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
8 
 
EXERCÍCIO 1 
A tabela abaixo indica um número e o tipo de rentabilidade que o investidor deseja obter. 
Coloque o nome do título público na linha que oferece a taxa desejada. 
 
Número Taxa Título Público 
1 Prefixada 
2 IPCA 
3 Selic over 
4 Prefixada (com juros) 
5 IGPM 
Gabarito: (1) LTN; (2) NTN-B; (3) LFT; (4) NTN-F; (5) NTN-C 
Títulos Públicos 
LFT LTN NTN-B NTN-C NTN-F 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
9 
AFIRMATIVA V F 
1. Os títulos públicos são instrumentos de captação de recursos para o Tesouro 
Nacional e representam dívida da União. 
2. O investidor que adquire títulos públicos se transforma em credor do Tesouro 
Nacional considerando sua natureza de título de crédito. 
3. As NTNs - Notas do Tesouro Nacional pagam juros semestralmente. O capital 
corrigido pelo índice de correção, é pago somente no vencimento. 
4. Os títulos públicos podem ser adquiridos em Bolsa de Valores apenas. 
5. As operações com títulos públicos são registradas e custodiadas no SELIC. 
6. Os títulos públicos contam com a garantia do FGC – Fundo Garantidor de 
Créditos. 
7. A LTN Letra do Tesouro Nacional é um título cujo valor de resgate é conhecido 
(múltiplos de R$1.000). É negociada no mercado pelo desconto da taxa de juros 
desejada pelo mercado. 
8. A LFT é recomendada para investidores que desejam aplicação de taxa 
prefixada. 
9. A LTN é recomendada em cenários de queda da taxa de juros, cenário que 
permitirá uma valorização ao título. 
10. A NTN-B e NTN-C são corrigidas por índices de inflação. São recomendadas 
para investidores que desejam preservar o poder de compra e assegurar a 
proteção de seu capital contra o risco de elevação da inflação. 
Gabarito: (1)Verdadeiro; (2)Verdadeiro; (3)Verdadeiro; (4)Falso; (5)Verdadeiro; (6)Falso; (7)Verdadeiro; (8)Falso; (9)Verdadeiro; (10)Verdadeiro. 
 
EXERCÍCIO 2 | Verdadeiro ou Falso? 
Indique se as afirmativas sobre Títulos Públicos são Verdadeiras ou Falsas. 
 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
10 
1.3.2 Risco de mercado 
 
Como já vimos, o risco de mercado se caracteriza pela oscilação no preço ou valor de mercado de 
títulos ou valores mobiliários, que pode gerar perdas ou ganhos ao investidor. 
Se um título tiver taxa prefixada, o risco de mercado refere-se ao risco de oscilações na taxa de 
juros que pode provocar queda no preço dos títulos. A LTN e a NTN-F são os dois títulos mais 
expostos a esse tipo de risco. 
 
Recordando... 
A relação entre taxa de juros (pré) e preço é inversamente proporcional. Quando a taxa de juros 
sobe, o preço do título cai. O inverso é verdadeiro. Quando a taxa de juros cai, o preço do título sobe. 
E lembre-se, também, de que quanto maior o prazo do título, maior o risco de mercado. 
 
 
1.3 Riscos Inerentes ao Produto 
 
1.3.1 Risco de crédito 
 
O Risco de Crédito, como já vimos, decorre da possibilidade do emissor do título deixar de pagar 
rendimentos periódicos, ou mesmo, deixar de resgatar o título no vencimento. 
Como o emissor do título, neste caso, é o Tesouro Nacional, a probabilidade da ocorrência desse risco 
é muito reduzida. São considerados como os títulos de “melhor risco de crédito” do país. 
Taxa 
 sobe 
Preço 
sobe 
Preço 
cai 
Taxa 
cai 
A LFT – Letra Financeira do Tesouro é corrigida pela variação da taxa Selic over. Portanto, 
acompanha a flutuação da taxa de juros de mercado. 
1.3.3 Risco de liquidez 
 
Decorre da possibilidade do investidor não encontrar comprador para o título caso decida vendê-lo, 
ou ainda, que tenha o preço de venda desse título prejudicado (abaixo do preço justo) em 
decorrência de baixa liquidez no mercado. 
Os títulos de prazo mais curtos estão menos expostos ao risco de liquidez do que os títulos de longo 
prazo. 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
11 
§ Fato Gerador: fato que gera a incidência do imposto. Exemplo: o fato gerador do Imposto de 
Renda no CDB é o recebimento do rendimento. 
 
 
§ Alíquotas: indica o percentual da base de cálculo devida. Exemplo: 15% sobre o ganho de capital 
de investimento em ações. 
 
 
§ Bases de Cálculo: indica qual a base sobre a qual será calculada a alíquota do imposto devido. 
Exemplo: rendimento total. 
 
 
§ Responsabilidade de Recolhimento: indica quem é responsável pelo recolhimento do imposto. 
As hipóteses são duas: 
 
a) A fonte: a pessoa jurídica que gera o pagamento da renda ou rendimento. Exemplo: a 
instituição financeira no caso do resgate do CDB. 
 
b) O contribuinte: o próprio investidor calcula e recolhe para a Receita Federal o imposto 
devido. Exemplo: ganho de capital de investimento em ações. 
Como você sabe, sempre que um investidor recebe renda ou rendimentos 
provenientes de uma aplicação financeira, a Receita Federal exige o 
recolhimento de um imposto – chamado de Imposto de Renda e, em alguns 
casos, exige também o recolhimento de outro imposto denominado de IOF. 
Em relação aos impostos – IR e IOF - a prova vai exigir que você conheça as 
seguintes regras: 
Você verá que as regras para todos os investimentos de “renda fixa” são as mesmas. Significa que 
não importa se o investimento foi em títulos públicos, CDB, debênture ou nota promissória – o 
procedimento será sempre o mesmo. 
 
 
Posteriormente você vai aprender que: 
 
a) O investimento em Ações tem regras completamente diferentes dos investimentos em “renda 
fixa”; e 
 
b) O investimento em Fundos de Investimentos adota as mesmas alíquotas que os 
investimentos em títulos mas possui um procedimento diferenciado. Aguarde para saber mais a 
respeito. 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
12 
 
Alíquota 
decrescente 
Tempo de Permanência Alíquota 
Até 180 dias 22,5% 
De 181 dias até 360 dias 20,0% 
De 361 dias até 720 dias 17,5% 
Acima de 720 dias 15,0% 
1.4 Tributação de Títulos Públicos 
 
1.4.1 Imposto de Renda 
 
Fato Gerador: rendimentos, resgate, cessão ou repactuação do título. 
Base de Cálculo: rendimento total líquido de IOF, quando aplicável. 
Responsabilidade de Recolhimento: a fonte. 
Alíquota: decrescente, de acordo com o prazo da operação. Vide tabela 
 
EXEMPLO 1 
Um investidor comprou uma NTN-B com vencimento de 5 anos. Recebeu juros 180 dias 
após a aquisição. Houve recolhimento de imposto de renda nesse momento? Se positivo, 
qual foi a alíquota aplicada? 
a) O imposto de renda será retido somente no resgate do título.
b) Será retido impostode renda, alíquota de 15% considerando tratar-se de um título de 5 anos. 
c) Será retido imposto de renda, alíquota de 22,5%. 
 
GABARITO 1 
a) Falsa. Pagamento de rendimento é fato gerador e exige o recolhimento do imposto de renda. 
b) Falsa. A alíquota deve levar em conta o prazo entre a data da aquisição e prazo decorrido entre a 
aquisição e o fato gerador. 
c) Correta. O prazo entre a aquisição e o pagamento do rendimento – fato gerador do recolhimento 
do IR – foi de 180 dias, portanto, alíquota de 22,5%. 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
13 
1.4.2 IOF – Imposto sobre Operação Financeira 
 
Fato Gerador: prazo entre a aplicação e o resgate inferior a 30 dias. 
Base de Cálculo: rendimento total. 
Responsabilidade de Recolhimento: a fonte. 
Alíquota: 1% ao dia sobre o valor do resgate, cessão ou repactuação, limitado a certo percentual 
do rendimento da operação, em função do prazo, conforme tabela regressiva. 
Prazo 
em dias 
% limite do 
rendimento 
Prazo 
em dias 
% limite do 
rendimento 
Prazo 
em dias 
% limite do 
rendimento 
01 96% 11 63% 21 30% 
02 93% 12 60% 22 26% 
03 90% 13 56% 23 23% 
04 86% 14 53% 24 20% 
05 83% 15 50% 25 16% 
06 80% 16 46% 26 13% 
07 76% 17 43% 27 10% 
08 73% 18 40% 28 6% 
09 70% 19 36% 29 3% 
10 66% 20 33% 30 0% 
Você sabe que a alíquota do IOF é definida pela tabela regressiva. 
Fique atento em relação a: 
a) Operação de 30 dias a alíquota é zero! 
b) A alíquota do IOF é de 1% ao dia sobre o valor de resgate! Porém, limitado a 
certo percentual do rendimento conforme indicado na tabela. 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
14 
EXEMPLO 2 
Um investidor comprou uma LTN por R$100.000,00 com vencimento para 12 meses. 
Vendeu o título no mercado secundário 15 dias depois por R$101.000,00. Qual a tributação 
aplicável à essa operação? 
a) Será recolhido imposto de renda de 22,5%. 
b) Será recolhido somente IOF considerando ser o prazo da operação inferior a 30 dias. 
c) Será recolhido Imposto de Renda e IOF sendo ambos calculados sobre o rendimento total de 
R$1.000,00, 
d) Será recolhido IOF sobre o rendimento total e IR sobre o rendimento total menos o IOF já 
recolhido. 
Todos os conceitos que você aprendeu aqui são aplicáveis às outras 
operações de “Renda Fixa” como CDB, debêntures, e nota promissória, 
por exemplo. 
GABARITO 
a) Falsa. Sendo o prazo da operação inferior a 30 dias, são dois os impostos devidos: IR e IOF. 
b) Falsa. Sendo o prazo da operação inferior a 30 dias, são dois os impostos devidos: IR e IOF. 
c) Falsa. Existem dois erros nessa alternativa: primeiro será cobrado o IOF e depois o IR. E a base de 
cálculo não é a mesma nos dois impostos. 
d) Correta. Primeiro será cobrado o IOF de 50% sobre o rendimento total (R$1.000,00) que resultará 
em um IOF de R$500,00. Em seguida, será calculado o valor do IR, alíquota de 22,5%, sobre 
R$500,00 (R$1.000,00 - R$500,00) que resultará em um IR de R$112,50. 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
15 
1.5 Tesouro Direto 
 
O Tesouro Direto é um programa de venda de títulos públicos a pessoas físicas, desenvolvido pelo 
Tesouro Nacional, em parceria com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia – CBLC. 
Direcionado a pessoas físicas que queiram investir com segurança e tranqüilidade, o Tesouro Direto 
oferece a compra de títulos da dívida pública diretamente pela Internet, a partir de aproximadamente 
R$ 200,00. 
A liquidez das aplicações é garantida pelo Tesouro que possibilita aos investidores resgatarem seus 
títulos e recursos semanalmente, antes do vencimento, ao preço negociado no mercado naquele 
momento. 
O rendimento da aplicação é bastante competitivo, quando comparado com as demais aplicações 
financeiras equivalentes existentes no mercado. Outro fator que diferencia este produto dos demais 
são as taxas de administração e de custódia serem baixas. 
O fato gerador do Imposto de Renda sobre os rendimentos é o pagamento de juros, resgate 
antecipado do título (recompra), vencimento do título, calculado sobre o rendimento total líquido de 
IOF quando aplicável. 
A alíquota do Imposto de Renda é semelhante aos outros títulos de renda fixa, conforme tabela 
abaixo: 
Prazo de Permanência Alíquota 
Até 180 dias 22,5% 
De 181 dias a 360 dias 20,0% 
De 361 dias até 720 dias 17,5% 
Acima de 720 dias 15,0% 
§ A fonte, responsável pelo recolhimento dos impostos devidos, é o 
Agente de Custódia. 
§ No pagamento dos juros semestrais (cupons) das Notas do 
Tesouro Nacional, a cobrança do Imposto de Renda ocorrerá no 
momento do crédito desses juros, à alíquota conforme o prazo 
contado a partir da data de início da aplicação. 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
16 
Formas de negociação 
 
As compras e vendas de títulos são efetuadas na área exclusiva do Tesouro Direto e podem ser 
realizadas diretamente pelo Investidor ou através de um Agente de Custódia, mediante sua 
autorização. Em ambos os casos, o Investidor deve ser cadastrado no Tesouro Direto, por um Agente 
de Custódia da CBLC. 
 
Os investidores podem efetuar suas compras no Tesouro Direto por três formas distintas: 
 
• Diretamente no site do Tesouro Direto: o próprio investidor, com sua senha individual, acessa o 
ambiente restrito do site Tesouro Direto (www.tesourodireto.gov.br) e realiza, diretamente, as 
negociações com títulos públicos; 
• Via um Agente de Custódia: o investidor autoriza o Agente de Custódia a negociar títulos públicos 
em seu nome, no site do Tesouro Direto (www.tesourodireto.gov.br), da mesma forma como ocorre 
no mercado de ações. Essa opção é ideal para o investidor que não tem acesso à Internet ou que, por 
algum motivo, não deseja comprar pessoalmente; 
• Diretamente no site do Agente de Custódia: alguns bancos e corretoras habilitados integraram seus 
sites ao do Tesouro Direto, possibilitando aos investidores a realização das negociações no próprio 
site da instituição financeira. Desta forma, as compras são realizadas somente no site da instituição 
financeira, cujos títulos, preços e taxas refletem os mesmos do site do Tesouro Direto em tempo real 
(disponível somente em algumas corretoras e bancos). 
 
Fonte: www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto 
Tesouro Direto: é uma maneira do investidor adquirir títulos emitidos pelo 
Tesouro Nacional diretamente. O volume mínimo de compra é de 20% de 
um título que equivale a aproximadamente R$ 150,00. 
A tributação dos rendimentos é semelhante aos outros títulos de renda fixa, 
ou seja, na fonte, sendo a alíquota definida conforme o prazo de 
permanência entre a data da aplicação e a data de pagamento dos 
rendimentos. 
O Imposto de Renda é recolhido pelo agente de custódia. 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
17 
 
EXERCÍCIO 3| Verdadeiro ou Falso? 
A tabela abaixo indica um número e o tipo de rentabilidade que o investidor deseja obter. 
Coloque o nome do título público na linha que oferece a taxa desejada. 
 
AFIRMATIVA V F 
1. O fato gerador do imposto de renda nas operações de renda fixa é sempre e 
somente o resgate da operação.2. O fato gerador do imposto de renda nas operações de renda fixa ocorre no 
pagamento de rendimentos, resgate, cessão ou repactuação do título. 
3. A base de cálculo sobre a qual será calculada a alíquota do IR devido é o 
rendimento total da operação. 
4. A base de cálculo sobre a qual será calculada a alíquota do IR devido é o 
rendimento total, líquido de IOF, se houver. 
5. Nas operações com títulos públicos e outros títulos de renda fixa, o IOF será 
devido sempre que o prazo da operação for inferior a 30 dias. 
6. Em uma operação de renda fixa cujo prazo seja inferior a 30 dias será 
recolhido o imposto de renda e o IOF, nesta ordem. 
7. Nas operações de títulos públicos e outros instrumentos de renda fixa, o 
responsável pelo recolhimento do imposto de renda e IOF será sempre a fonte 
pagadora. 
8. A alíquota do IR – Imposto de Renda devida nas operações de renda fixa é de 
15% sobre os rendimentos. 
9. A alíquota do IR – Imposto de Renda devida nas operações de renda fixa será 
definida em função do prazo da operação. 
10. Quando devido, o IOF será de 1% ao dia sobre o valor do resgate limitado a 
certo percentual do rendimento da operação, em função do prazo, conforme 
tabela regressiva. 
Gabarito: (1) Falso; (2) Verdadeiro; (3) Falso; (4) Verdadeiro; (5) Verdadeiro;(6) Falso; (7) Verdadeiro; (8) Falso; (9) Verdadeiro; 
(10) Verdadeiro. 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 18 
2.1 Definição 
§ Título de renda fixa, representativo de depósito a prazo, emitido por bancos múltiplos, de 
investimentos e comerciais. 
§ É admitida sua negociação antes do vencimento, de acordo com as condições estabelecidas pela 
instituição emissora e terá seu valor de mercado apurado em função da taxa de juros corrente. 
§ São nominativos, negociáveis e transferíveis através de endosso “em preto” que significa a 
necessidade de identificar o novo proprietário do título. 
§ A renovação do CDB não é automática. O cliente deve negociar as condições de reinvestimento com 
a instituição financeira emissora. 
2. CDB – Certificado de Depósito Bancário 
Remuneração Prazo Mínimo Prazo Máximo 
Pré, DI e Selic não há conforme a política de captação de 
cada instituição financeira. 
TR 1 mês 
2.2.2 Taxas e formas de remuneração 
 
Taxa prefixada 
Ao comprar um CDB de taxa prefixada o investidor já sabe quanto vai receber, no vencimento do 
depósito, pois em função da taxa negociada no ato da contratação, é definido o valor de resgate da 
operação. 
É uma boa opção em cenários econômicos de queda de taxa de juros, uma vez que a taxa de 
remuneração é prefixada e não será alterada pelo comportamento do mercado. 
2.2 Características 
 
2.2.1 Prazos de emissão 
Taxa pós-fixada 
Nas operações de taxa pós-fixada o investidor negocia o índice de correção que será aplicado sobre o 
capital. Ele conhecerá o valor de resgate da operação somente no dia do vencimento da operação. 
Quando corrigido pela variação da taxa DI ou da taxa Selic, oferece um percentual (%) dessa taxa. 
Por exemplo, 90% da taxa DI. Ele receberá 90% da taxa média do período da operação. 
Quando corrigidos pela TR (taxa referencial), são remunerados por uma taxa de juros aplicada sobre 
o valor do investimento corrigido pela índice de correção desse depósito. Por exemplo, TR + 10% ao 
ano. Trata-se de uma operação semelhante à poupança com a diferença da negociação da taxa de 
juros que incidirá sobre o capital corrigido pela variação da TR. 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 19 
2.2.3 Formas de resgate 
§ O CDB é resgatado no dia do vencimento da operação. Não há renovação automática deste produto. 
§ CDB DI com liquidez diária: a recompra/revenda pode ocorrer a qualquer tempo valorizado pelo 
percentual do CDI contratado na operação. 
§ CDB sem liquidez diária: o resgate deve ocorrer no vencimento da operação. Se houver necessidade 
de resgatar a operação antes do vencimento, o cliente deverá negociar com a instituição financeira a 
possibilidade desse resgate antecipado, sujeitando-se às condições de mercado. 
2.2.4 CDB com Swap 
O Swap é um contrato que permite “trocar” a taxa de uma operação em CDB. 
Suponha que o investidor tenha comprado um título de taxa prefixada e queira, por alguma razão, 
trocar a taxa pré por uma taxa pós-fixada, a taxa DI, por exemplo. 
Se o Swap não existisse o investidor teria de resgatar o CDB de taxa pré e negociar uma nova 
operação de taxa pós-fixada, não é verdade? 
O Swap permite manter o CDB inicialmente contratado e “trocar” a taxa da operação. 
2.3. Riscos Inerentes ao Produto 
 
2.3.1 Risco de crédito 
Decorre da possibilidade de insolvência da instituição financeira que, nessa hipótese, deixará de 
honrar sua obrigação de resgatar os depósitos mantidos por clientes. 
Para atenuar esse risco, o investidor conta com a garantia do FGC - Fundo Garantidor de Créditos, 
limitado a R$70.000,00 por CPF ou CNPJ, que tem por objetivo prestar garantia de créditos nas 
hipóteses de: 
§ decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da instituição financeira associada; 
§ reconhecimento pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência da instituição financeira 
associada. 
FGC - Fundo Garantidor de Créditos 
Limite de 
cobertura 
O total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas as 
instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro, será garantido até o valor de R$ 
70.000,00 (setenta mil reais). Devem ser somados os créditos de cada credor identificado pelo 
respectivo Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) / Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). 
Depósitos 
cobertos 
§ Depósitos a vista ou sacáveis mediante aviso prévio 
§ Depósitos de poupança 
§ Depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado 
§ Letras de câmbio 
§ Letras hipotecárias 
§ Letras imobiliárias 
§ Depósitos em conta investimento 
§ Depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques referentes à prestação de 
serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares. 
§ Letras de crédito imobiliário. 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 20 
2.3.2 Risco de mercado 
 
O risco de mercado refere-se à possibilidade de depreciação no valor do CDB provocado por fatores 
desfavoráveis como, por exemplo, a elevação da taxa de juros em CDB com taxa prefixada. 
Um CDB de taxa prefixada, por exemplo, é uma boa alternativa de investimento num cenário de 
queda na taxa de juros. Se a taxa de juros cair, ele assegura a taxa atual, mais elevada, pelo prazo 
do investimento. 
Entretanto, corre o risco de uma elevação na taxa de juros. Nesse caso, há duas considerações a 
fazer: 
Taxa de Mercado Valor Atual 
do Título 
(D+0) 
Valor do Título em 
D+0 ao final do dia 
Valor de Resgate 
do Título (1 ano) 
20% a.a. R$ 1.000,00 R$ 1.200 
Sobe para 25% a.a. R$ 960,00 R$ 1.200 
Cai para 15% a.a. R$ 1.043,47 R$ 1.200 
 
(1) Se a taxa de juros subir para 25%, o valor do título cai para $960,00 e o 
investidor terá um prejuízo de $40,00 em relação ao valor investido. 
(2) Se a taxa de juros cair para 15%, o valor do título sobe para $1.043,47 e o 
investidor terá um lucro de $43,47. 
(3) Para evitar o risco da oscilação da taxa de juros de mercado, o investidor pode 
optar pelo CDB de taxa pós-fixada, corrigido pela variação da taxa DI. 
§ Se o investidor puder aguardar o dia do vencimento do título, receberá exatamente o valor 
predeterminadopela taxa contratada e deixa de ganhar a taxa de mercado. 
§ Se precisar negociar o título antes do vencimento, se submete ao procedimento de marcação a 
mercado, que utilizará a nova taxa de mercado para o cálculo do valor desse título. 
 
Veja o exemplo numérico abaixo demonstrando a mudança no preço atual de um título prefixado 
frente a oscilação na taxa de juros de mercado: 
2.3.3 Risco de liquidez 
Decorre da possibilidade de o investidor não conseguir vender seu título no mercado. 
Pode ocorrer, também, que em função de poucos compradores no mercado, o preço oferecido seja 
inferior ao preço considerado “justo” em condições normais de mercado. 
Sempre que liquidez for um atributo importante para o investidor, ele deverá optar por modalidades 
de operação que assegurem a liquidez diária, como é o caso do CDB DI, por exemplo. 
2.4 Tributação do CDB 
 
A incidência de impostos – Imposto de Renda e IOF – nas operações de CDB, segue exatamente os 
mesmos critérios dos títulos públicos. Volte às páginas 12 e 13 desta apostila para recordar, se 
necessário. 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 21 
AFIRMATIVA V F 
1. CDB representa um depósito a prazo feito por um investidor junto a uma 
instituição financeira. Ele é nominativo e negociável. 
2. O CDB é um título de renda fixa emitido por bancos comerciais, de 
investimento e bancos múltiplos. 
3. A remuneração do CDB será sempre uma taxa prefixada definida entre a 
instituição financeira e o cliente no momento da contratação da operação. 
4. O CDB será registrado e custodiado na CETIP. 
5. O cliente que contrata um CDB corre o risco de crédito da instituição na qual 
fez o depósito. 
6. O FGC Fundo Garantidor de Crédito garante até R$70.000 o valor investido em 
CDB no caso da insolvência do emissor. 
7. O CDB DI negociado com liquidez diária permite que o investidor solicite 
resgate a qualquer momento. 
8. Um investidor que compra um CDB de taxa prefixada está exposto ao risco de 
mercado e poderá ter perda caso ocorra elevação na taxa de juros de mercado. 
9. O imposto de renda sobre os rendimentos de um CDB será cobrado no resgate 
aplicando-se alíquota única de 15%. 
10. O imposto de renda de uma operação em CDB incide sobre o rendimento 
total, líquido de IOF se houver, sendo a alíquota definida em função do prazo da 
operação. 
Gabarito (1) Verdadeiro; (2) Verdadeiro; (3) Falso; (4) Verdadeiro;(5) Verdadeiro; (6) Verdadeiro; (7) Verdadeiro; (8) Verdadeiro; 
(9) Falso; (10) Verdadeiro. 
 
EXERCÍCIO 4| Verdadeiro ou Falso? 
Indique se as afirmativas sobre CDB são Verdadeiras ou Falsas. 
 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 22 
3. Letra Hipotecária 
3.1 Definição 
 
Título de crédito emitido por instituições que atuam na concessão de financiamentos com recursos do 
SFH – Sistema Financeiro da Habitação, cuja emissão está limitada ao valor total da carteira de 
créditos hipotecários. 
§ A emissão será baseada no montante dos empréstimos da carteira hipotecária de que sejam 
titulares as instituições que atuam na concessão de financiamentos com recursos do SFH, garantidos 
por primeira hipoteca. 
§ A soma do principal de letras emitidas não excederá, em hipótese alguma, o valor total dos créditos 
hipotecários em poder da instituição emitente e não estenderá, ao investidor, nenhum tipo de 
garantia colateral dos contratos desta carteira. 
3.2 Características 
 
 
3.2.1 Prazo de emissão 
Mínimo de 180 dias, e máximo, o prazo de vencimento dos créditos hipotecários que lhe servem de 
garantia (lastro). 
 
 
3.2.2. Lastro 
A Letra Hipotecária será emitida com base em créditos hipotecários concedidos pela instituição 
emissora. Ou seja, o crédito hipotecário funciona como “lastro” condicionante para que a LH possa 
ser emitida. 
 
 
3.2.3 Forma de Emissão 
Pode ser emitida de forma nominativa, endossável, podendo ser mantida sob a forma escritural na 
instituição emissora. É transferível somente com endosso em preto, com a identificação no novo 
favorecido. 
 
 
 
3.2.4 Rentabilidade 
A rentabilidade da LH está vinculada ao valor nominal do financiamento imobiliário e pode ser 
prefixada, flutuante e pós-fixada. 
 
 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 23 
3.4. Riscos Inerentes ao Produto 
 
3.4.1 Risco de crédito 
Decorre da possibilidade da instituição emissora da letra hipotecária deixar de resgatá-la no seu 
vencimento. Em caso de insolvência da instituição financeira emissora o Fundo Garantidor de Crédito 
(FGC) garante até R$ 70.000,00 por CPF/CNPJ. 
 
3.4.2 Risco de mercado 
O risco de mercado refere-se à possibilidade de depreciação no valor da Letra Hipotecária provocado 
por fatores desfavoráveis como, por exemplo, a elevação da taxa de juros. 
 
3.4.3 Risco de liquidez 
Decorre da possibilidade de o investidor não conseguir vender seu título no mercado antes do 
vencimento. 
Pode ocorrer, também, que em função de poucos compradores no mercado, o preço oferecido seja 
inferior ao preço considerado “justo” em condições normais de mercado. 
 
3.5 Tributação da Letra Hipotecária 
 
A incidência de impostos – Imposto de Renda e IOF – nas operações de Letra Hipotecária, segue 
exatamente os mesmos critérios dos títulos públicos e do CDB. Volte às páginas 12 e 13 desta 
apostila para recordar, se necessário. 
Porém, existe uma exceção importante! 
Quando o investidor é Pessoa Física, a remuneração produzida pela Letra Hipotecária é ISENTA da 
incidência do imposto de renda. 
 
Mas cuidado! 
Se houver um contrato de Swap atrelado à operação, o eventual ajuste positivo proporcionado pelo 
swap será tributado de acordo com as regras vigentes. 
FIQUE LIGADO! A isenção do imposto de renda 
aplica-se somente ao investidor Pessoa Física. 
3.3 Modalidades 
 
3.3.1 Com Swap 
A LH pode ser vendida combinada com um contrato de Swap para “trocar” a taxa da LH por um certo 
percentual da taxa DI, por exemplo, ou por uma taxa prefixada, se for esse o interesse do investidor. 
3.3.2 Sem Swap 
Neste caso, o investidor receberá a remuneração original prevista na emissão da Letra Hipotecária, 
por exemplo, TR + juros de 8% ao ano. 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 24 
AFIRMATIVA V F 
1. A Letra Hipotecária é um título de crédito emitido por instituições que atuam 
na concessão de financiamentos com recursos do SFH – Sistema Financeiro da 
Habitação. 
2. A emissão de Letra Hipotecária está limitada ao valor total da carteira de 
créditos hipotecários da instituição. 
3. A remuneração da Letra Hipotecária será sempre uma taxa prefixada definida 
entre a instituição financeira e o cliente no momento da contratação da 
operação. 
4. A remuneração da LH poderá ser prefixada ou pós-fixada, quando será 
adotado um índice de correção como a taxa DI, IGPM ou TR, por exemplo. 
5. O cliente que contrata uma LH corre o risco de crédito da instituição na qual 
fez o depósito. 
6. O FGC Fundo Garantidor de Crédito garante até R$70.000 o valor investido em 
LH no caso da insolvência do emissor. 
7. O prazo mínimo de uma Letra Hipotecária é de 180 dias. E o prazo máximo 
não pode exceder o prazo do crédito hipotecário lastro da LH. 
8. Qualquer investidor está isento da incidência do imposto de renda sobre os 
rendimentos da Letra Hipotecária. 
9. A LHserá registrada e custodiada na CETIP. 
10. O investidor pessoa jurídica pagará imposto de renda sobre os rendimentos 
de uma operação em Letra Hipotecária, sendo a alíquota definida de acordo com 
o prazo da operação. 
Gabarito: (1) Verdadeiro; (2) Verdadeiro; (3) Falso; (4) Verdadeiro; (5) Verdadeiro; (6) Verdadeiro; (7) Verdadeiro; (8) Falso; 
(9) Verdadeiro; (10) Verdadeiro. 
 
EXERCÍCIO 5| Verdadeiro ou Falso 
Indique se as afirmativas sobre Letra Hipotecária são Verdadeiras ou Falsas. 
 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 25 
4. Debênture 
4.1 Definição 
 
Debêntures são valores mobiliários, emitidos por sociedades anônimas não-financeiras, 
representativos de crédito de médio e longo prazos que asseguram aos investidores direito de crédito 
contra a companhia emissora. 
§ Podem ser emitidas por empresas de capital aberto e/ou fechado. Entretanto, somente sociedades 
anônimas de capital aberto (ou seja, registradas na CVM como tais) podem fazer colocação pública de 
debêntures. 
§ Bancos não podem emitir debêntures (são instituições financeiras). Companhias de Leasing são as 
únicas entidades do sistema financeiro autorizadas a emitir debêntures. 
Você já sabe que o CDB é um instrumento de captação de recursos utilizado pelas instituições 
financeiras. 
E as empresas não financeiras, como fazem para captar recursos? Elas emitem DEBÊNTURE que 
é, na verdade, um instrumento semelhante ao CDB na sua essência. As características são 
diferentes e vamos conhecê-las a seguir. Mas o mais importante é que você entenda que ambos 
representam uma dívida do seu emissor. Sendo assim:
(a) Quando um investidor compra um CDB, ele está “emprestando” dinheiro para 
uma instituição financeira. 
(b) Quando um investidor compra uma debênture, ele está “emprestando” 
dinheiro para uma instituição não-financeira. 
4.2 Tipos de Debêntures 
 
4.2.1 Debênture conversível em ações 
 
Algumas debêntures têm uma cláusula de conversibilidade que concede ao investidor, no ato de sua 
compra e de acordo com condições estabelecidas em sua escritura pública, o direito de resgatar seu 
investimento em ações da companhia emissora. 
FIQUE LIGADO! Na debênture conversível a opção de receber o capital de 
volta em ações é um direito (não uma obrigação) do investidor. 
4.2.2 Debênture simples 
 
As debêntures simples asseguram ao investidor uma remuneração sobre o valor do investimento, 
sendo o capital resgatado em dinheiro no vencimento. Semelhante a um investimento em CDB ou 
título público. 
ra
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 26 
4.3 Taxas e Formas de Remuneração 
 
A empresa determina o fluxo de amortizações e as formas de remuneração, informações que deverão 
constar da escritura de emissão da debênture. 
São possíveis emissões com remuneração prefixada ou pós-fixada: TR, TBF, TJLP, Índice de Preços, e 
DI CETIP, por exemplo. 
4.4 Riscos Inerentes ao Produto 
 
4.5.1 Risco de crédito 
 
Decorre da possibilidade da empresa emissora da debênture deixar de pagar os rendimentos 
periodicamente e/ou resgatá-la no seu vencimento. 
A debênture não conta com a garantia do FGC – Fundo Garantidor de Créditos. 
Entretanto, ela poderá ter outros tipos de garantias, conforme previsão em sua escritura de emissão. 
 
 
4.5.2 Risco de mercado 
 
O risco de mercado refere-se à possibilidade de depreciação no valor da Debênture provocado por 
fatores desfavoráveis como, por exemplo, a elevação da taxa de juros. 
 
 
4.5.3 Risco de liquidez 
 
Decorre da possibilidade de o investidor não conseguir vender seu título no mercado antes do 
vencimento. 
Pode ocorrer, também, que em função de poucos compradores no mercado, o preço oferecido seja 
inferior ao preço considerado “justo” em condições normais de mercado. 
4.5 Tributação 
 
A tributação das debêntures é idêntica à dos outros títulos de renda fixa. Informações disponíveis nas 
páginas 12 e 13 desta apostila. 
 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 27 
 
EXERCÍCIO 6| Verdadeiro ou Falso 
Indique se as afirmativas sobre Debênture são Verdadeiras ou Falsas. 
 
AFIRMATIVA V F 
1. A debênture é um título de crédito emitido por empresas não financeiras e 
representam dívida dessa empresa perante o investidor. 
2. A debênture pode ser simples ou conversível. A conversível permite ao 
investidor converter seu montante em ações da empresa, em uma data 
predeterminada, se desejar. 
3. As debêntures podem ser emitidas somente por empresas de capital aberto. 
4. O prazo mínimo de emissão de debêntures será de 1 ano no caso de 
debêntures simples e 3 anos, no caso de conversíveis. 
5. As debêntures de empresas de capital fechado só podem ser colocadas no 
mercado mediante oferta fechada (não pública). 
6. O FGC Fundo Garantidor de Crédito garante até R$70.000 o valor investido em 
debênture no caso da insolvência do emissor. 
7. Uma debênture de taxa prefixada perderá valor caso ocorra elevação na taxa 
de juros. 
8. Os rendimentos obtidos no investimento em debênture pagam imposto de 
renda de acordo com o prazo da operação. A alíquota será de 15% para 
operações de prazo acima de 720 dias. 
9. A operação de compra de debênture é registrada e custodiada na CETIP. 
10. Para vender uma debênture antes do vencimento o investidor deverá oferecer 
o título no mercado secundário estando exposto ao risco de liquidez. 
Gabarito : (1) Verdadeiro; (2) Verdadeiro;(3) Falso; (4) Verdadeiro; (5) Verdadeiro; (6) Falso; (7) Verdadeiro; (8) Verdadeiro; 
(9) Verdadeiro; (10) Verdadeiro. 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 28 
5. Nota Promissória 
5.1 Definição 
 
Título representativo de crédito emitido pelas empresas do setor privado, para colocação pública ou 
privada, que confere ao investidor direito de crédito contra a emitente. 
A nota promissória emitida por sociedade por ações, destinada à oferta pública, é considerada como 
valor mobiliário. 
 
 
Você aprendeu que uma empresa não financeira pode emitir debêntures para captar recursos de 
médio e longo prazos. 
O instrumento que vamos conhecer agora tem basicamente a mesma finalidade, 
a diferença, é que a Nota Promissória é utilizada para captar recursos de 
curto prazo. Vamos avançar. 
5.2 Riscos Inerentes ao Produto 
 
5.2.1 Risco de crédito 
Decorre da possibilidade da empresa emissora da nota promissória deixar de pagar os rendimentos 
periodicamente e/ou resgatá-la no seu vencimento. 
A nota promissória não conta com a garantia do FGC – Fundo Garantidor de Crédito e não pode 
conceder garantias, como no caso da debênture. 
 
5.2.2 Risco de mercado 
O risco de mercado refere-se à possibilidade de depreciação no valor da Nota Promissória provocado 
por fatores desfavoráveis como, por exemplo, a elevação da taxa de juros. 
 
5.2.3 Risco de liquidez 
Decorre da possibilidade de o investidor não conseguir vender seu título no mercado antes do 
vencimento. 
Pode ocorrer, também, que em função de poucos compradores no mercado, o preço oferecido seja 
inferior ao preço considerado “justo” em condições normais de mercado. 
5.3 Tributação 
 
A tributação da Nota Promissória é idêntica à dos outros títulos de renda fixa. Informações 
disponíveis nas páginas 12 e 13 desta apostila. 
 
Títulos Públicos CDB Letra HipotecáriaNotas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 29 
V F 
1. A nota promissória é um título de crédito emitido por empresas não 
financeiras e representam dívida dessa empresa perante o investidor. 
2. A nota promissória pode ser simples ou conversível. 
3. A nota promissória pode ser emitida somente por empresas de capital aberto. 
4. O prazo máximo de emissão de nota promissória será de 360 dias se emitida 
por empresas de capital aberto. 
5. O prazo máximo de emissão de nota promissória será de 180 dias se emitida 
por empresas de capital fechado. 
6. O FGC Fundo Garantidor de Crédito garante até R$70.000 o valor investido em 
Nota Promissória no caso da insolvência do emissor. 
7. A nota promissória não oferece garantias. 
8. Os rendimentos obtidos no investimento em nota promissória pagam imposto 
de renda de acordo com o prazo da operação. A alíquota será de 22,5% para 
operações de até 180 dias. 
9. A operação de compra de nota promissória é registrada e custodiada na 
CETIP. 
10. Para vender uma nota promissória antes do vencimento o investidor deverá 
oferecer o título no mercado secundário estando exposto ao risco de liquidez. 
Gabarito: (1) Verdadeiro; (2) Falso; (3) Falso; (4) Verdadeiro;(5) Verdadeiro; (6) Falso; (7) Verdadeiro; (8) Verdadeiro; 
(9)Verdadeiro; (10)Verdadeiro. 
 
EXERCÍCIO 7| Verdadeiro ou Falso 
Indique se as afirmativas sobre Nota Promissória são Verdadeiras ou Falsas. 
 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 30 
6. Ações 
FIQUE LIGADO! As ações preferenciais devem contar com pelo menos UMA 
das preferências citadas acima. 
Se não houver distribuição de dividendos por 3 anos consecutivos as ações 
preferenciais adquirem direito de voto. 
 6.1 Definição 
 
 Ação é um dos instrumentos de renda variável mais conhecidos. Ela representa um pedacinho de 
uma empresa com um ou mais pedacinhos da empresa, você se torna sócio dela. Sendo mais formal, 
podemos definir ações com títulos nominativos negociáveis que representam, para quem as possui, 
uma fração do capital social de uma empresa. 
 6.2 Tipos de Ações 
 
 6.2.1 Ação Ordinária (ON) 
 
 Garante o direito de voto nas assembléias deliberativas da empresa, permitindo votar para eleger 
diretores, aprovar demonstrações financeiras, modificar estatutos sociais, etc. 
 
 
 6.2.2 Ação Preferencial (PN) 
 
 Oferecem preferência no recebimento de dividendos ou no reembolso do capital em caso de 
liquidação da companhia. 
 Entretanto, as ações preferenciais não concedem o direito de voto. 
 
 O acionista preferencial terá, no mínimo, uma das seguintes preferências: 
 
(1) direito de participar do dividendo a ser distribuído, correspondente a, pelo menos, 25% do 
lucro líquido do exercício; 
(2) direito ao pagamento de dividendo por ação preferencial pelo menos 10% maior do que o 
atribuído a cada ação ordinária, ou 
(3) por ocasião da transferência de controle da companhia, direito de vender a sua participação 
acionária recebendo preço correspondente a, no mínimo, 80% do valor pago por cada ação 
integrante do bloco de controle (tag along), garantindo-se neste caso dividendo no mínimo 
igual ao das ações ordinárias. 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 31 
6.3 Canais de Distribuição 
 
6.3.1 CTVM – Corretora de Títulos e Valores Mobiliários 
 
É a instituição que compra e vende ações para o investidor. Como já vimos, as Corretoras são 
instituições financeiras membros das Bolsas de Valores, credenciadas pelo Banco Central, pela CVM e 
pelas próprias Bolsas, e estão habilitadas, entre outras atividades, a negociar valores mobiliários no 
sistema eletrônico da BOVESPA. 
As Corretoras dispõem de profissionais voltados à análise de mercado, de setores e de companhias, e 
com eles você poderá se informar sobre o momento certo de comprar e vender determinadas ações 
para obter melhores resultados. 
6.3.2 DTVM – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários 
 
São instituições que fazem a intermediação de ações e outros títulos no mercado primário, 
colocando-os à venda para o público. 
Como instituição auxiliar do Sistema Financeiro Nacional, tem como objetivo intermediar operações 
com Títulos e valores mobiliários, por exemplo: papéis de Renda Fixa, Ações e Debêntures. 
As operações de compra e venda de ações, quando negociadas em Bolsa, serão sempre conduzidas 
por uma Corretora de Valores. 
6.3.3 Agências Bancárias 
 
As agências bancárias, normalmente, apenas orientam o cliente interessado em investir do mercado 
de ações a contatar a equipe da Corretora de Valores, ou ainda, a utilizar a internet (home broker) 
para transmitir suas ordens de compra e venda de ações. 
6.3.4 Internet (home broker) 
 
De forma semelhante aos serviços de Home Banking, oferecidos pela rede bancária, os Home Brokers 
das corretoras estão interligados aos sistemas da BOVESPA e permitem que o investidor envie, 
automaticamente, através da Internet, ordens de compra e venda de ações. Deve antes fazer o 
cadastramento junto à Corretora de Valores e conhecer suas condições de preço e eventuais 
restrições de execução de ordens. 
 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 32 
6.4 Oferta Pública Inicial de Ações (IPO) 
O que é um IPO? 
IPO é a sigla para a expressão em inglês Initial Public Offering que significa a abertura do capital de 
uma empresa no mercado acionário. Grosso modo, a empresa avalia quanto vale, divide esse valor 
em ações e as oferece na bolsa de valores. 
 
 
Como participar de um IPO? 
Para participar de um IPO (sigla em inglês para oferta pública de ações), o investidor pessoa física 
precisa, primeiramente, cadastrar-se junto a uma corretora autorizada pela Bolsa de Valores de São 
Paulo (Bovespa). É ela que vai intermediar o negócio na Bolsa. 
 
 
Período de Reserva 
Durante o período de reserva que consta no prospecto da oferta pública, o investidor poderá entrar 
em contato com a corretora – por telefone, pessoalmente ou via internet - e solicitar a compra das 
ações. O preço dos papéis, no entanto, será fixado somente às vésperas do IPO, após o encerramento 
do período de reserva. Por isso, os pedidos devem ser feitos em reais, e não pela quantidade de 
papéis. Assim, o investidor poderá solicitar à corretora que compre 10.000 reais em ações, por 
exemplo. 
Encerrado o período de reserva, o investidor não poderá mais desistir do negócio. Por isso, é 
importante ter certeza de que se deseja participar da oferta pública antes de solicitar a compra dos 
papéis. Posteriormente é definido o preço inicial das ações a partir de uma consulta aos investidores 
institucionais. 
 
 
Possibilidade de Rateio 
Também é verificada a demanda pelas ações e, caso seja superior à oferta, poderão ser feitas 
limitações aos pedidos de compra. Ou seja, o investidor de varejo que tenha solicitado a compra de 
10.000 reais em ações, por exemplo, poderá levar apenas 8.000 reais. 
O custo da operação para o investidor restringe-se ao valor das ações, uma vez que a comissão de 
corretagem é paga pela empresa. 
Ordem Limitada e Ordem a Mercado 
Ao efetuar o cadastro de aquisição das ações, o investidor deverá definir se a ordem será limitada ou 
a mercado. 
• Ordem limitada: o investidor fixa limites de preços, caso o preço de mercado fique acima do 
preço definido pelo investidor, ela não seráexecutada. 
• Ordem a mercado: o investidor aceita pagar o preço definido pelo mercado, qualquer que seja. 
Na Oferta Primária a companhia emite novas ações captando recursos junto ao público. 
 
Na Oferta Secundária são distribuídas ações pertencentes a algum acionista, 
chamado de Acionista vendedor. Não existe geração de caixa para a empresa, 
uma vez que as ações simplesmente serão transferidas de um acionista para outro. 
blico.
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 33 
 6.5 Definições Gerais 
 
 O investidor que detém ações de uma empresa tem dois tipos distintos de remuneração: 
 
 1. Ganho (ou perda) de capital decorrente da venda da ação no mercado; 
 2. Renda decorrente da distribuição do lucro gerado pela empresa e outros proventos: 
§ Dividendos 
§ Juros sobre Capital Próprio 
§ Bonificação 
§ Subscrição 
 Vamos conhecer quais são os eventos promovidos por uma ação que geram rendimentos potenciais 
ao acionista que as detém. 
 
 
 
 Dividendos 
 
 Quando uma empresa vai bem, ela divide os lucros com quem tem suas ações. Isso são os 
dividendos. Ou seja, os dividendos correspondem à parcela de lucro distribuída aos acionistas, na 
proporção da quantidade de ações detida, apurado ao fim de cada exercício social. A companhia deve 
distribuir, no mínimo, 25% de seu lucro líquido ajustado. 
Dividendos são ISENTOS do imposto de renda! 
Tanto pessoas físicas quanto jurídicas. 
Juro sobre capital próprio – incidência de 15% de 
imposto de renda, na fonte. 
 Juros sobre Capital Próprio 
 
 Parte do lucro que será distribuído aos acionistas pode ser pago sob o título de juro sobre capital 
próprio. 
 Nesse caso, a empresa poderá deduzir o valor pago aos acionistas como despesa na base de cálculo 
para apuração do imposto de renda a pagar. Sendo assim, o acionista pagará imposto de renda de 
15% na fonte. 
 O efetivo pagamento ou crédito dos juros fica condicionado à existência de lucros, computados antes 
da dedução dos juros, ou de lucros acumulados e reservas de lucros. 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 34 
Subscrição 
 
§ Ocorre quando a empresa necessita de recursos para financiar investimentos e decide lançar 
novas ações no mercado. 
§ O acionista tem o direito de subscrever (comprar) ações em quantidade proporcional à já 
possuída, para manter sua participação relativa no capital social. 
§ Para incentivar o investimento adicional nas novas ações a empresa procura estabelecer um 
preço de emissão inferior à cotação em bolsa de valores. A título de exemplo apenas, se o valor 
de mercado da ação for R$ 10, o valor de subscrição será R$ 8. 
§ O direito de subscrição pode ser negociado em bolsa no período que antecede o término da 
operação de aumento do capital. 
No processo de subscrição a empresa emite novas ações e capta recursos. 
O investidor que não exerce seu direito de subscrição terá sua participação 
acionária diluída. 
Ganho de Capital 
 
O ganho de capital é a diferença positiva entre o preço de venda e o preço de compra da ação. 
O investidor que adquiriu ações por R$10,00 cada uma e vendeu por R$12,00, realizou um ganho de 
capital de R$2,00 por ação, ou seja, 20%. Se esse mesmo investidor vendeu por R$9,00, realizou 
uma perda de capital de R$1,00 por ação, ou seja, -10%. 
Bonificação 
 
O lucro que não é distribuído aos acionistas fica depositado em uma conta de reserva. A empresa 
pode, se assim decidir, distribuir gratuitamente ações aos já acionistas, na proporção de ações que o 
acionista detenha. 
Exemplo: um investidor possui 10.000 ações de uma empresa que fará uma bonificação de 10%. 
Esse investidor ganhará 1.000 ações (10% da posição que detém). 
 Exemplo: um investidor tem 10.000 ações de uma empresa, representando 10% do capital social. A 
empresa delibera fazer um aumento de capital de 20%, emitindo 20.000 novas ações. Esse 
investidor terá o direito (não é obrigado) de comprar 2.000 ações (10% da nova emissão). Se o 
investidor não subscrever as 2.000 novas ações, sua participação acionária fica diluída (cai). 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 35 
 Split = desdobramento de ações 
 Ocorre quando a empresa aumenta a quantidade de ações em circulação, sem alterar o Capital Social 
da Empresa, reduzindo o valor unitário para aumentar a liquidez da ação no mercado. 
Posição atual Posição após Split 
Quantidade ações 1.000 10.000 
Valor unitário $100 $10 
Posição Patrimonial $100.000 $100.000 
Traduzindo em miúdos... 
Equivale a trocar 
uma nota de $100 
por 10 notas de $10 
 Inplit = grupamento de ações 
 É a redução da quantidade de ações em circulação, sem alterar o Capital Social da Empresa, elevando 
o valor unitário da ação. 
Posição atual Posição após Inplit 
Quantidade ações 10.000 1.000 
Valor unitário $10 $100 
Posição Patrimonial $100.000 $100.000 
Traduzindo em miúdos... 
Equivale a trocar 
10 notas de $10 
por 1 nota de $100 
6.6 Riscos Inerentes ao Produto 
 
Risco de Mercado 
O risco de mercado, simplificadamente definido como risco de oscilação de preços, está presente em 
todos os investimentos. Entretanto, ele é mais famoso no investimento em ações. A oscilação de 
preços das ações é provocado em função de dois riscos: o risco da empresa e o risco de mercado. 
 
 
6.6.1 Risco da Empresa 
Decorrente de notícias relacionadas a uma empresa em particular ou ao setor da economia na qual 
essa empresa está inserida, tais como: desempenho do setor ou da companhia, novos produtos, 
preços internacionais, qualidade de seu gerenciamento, transparência na relação com investidores, 
etc. 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 36 
Esse risco pode ser reduzido mediante a formação de uma carteira composta de diversas ações, de 
diversos setores da economia, com baixa correlação entre elas. A estratégia da diversificação é 
compensar a perda em uma ação com o ganho de outra. 
 
 
6.6.2 Risco de Mercado 
Decorrente de fatores externos a empresa e está relacionado a mudanças de ordem político-
econômicas nacionais ou internacionais. Caracteriza-se por atingir o conjunto de ações negociadas no 
mercado em maior ou menor escala. 
Esses fatores podem ser positivos contribuindo para a valorização do conjunto das ações cotadas no 
mercado, o chamado índice de mercado. Por exemplo: redução na taxa de juros, crescimento 
econômico, aumento do fluxo de capital estrangeiro. 
Podem ser negativos contribuindo para a desvalorização do conjunto das ações de mercado. Por 
exemplo: aumento na taxa de juros, crise econômica no país ou em outros países do mundo, queda 
no nível de crescimento econômico, etc. 
A diversificação não consegue reduzir o risco de mercado pois afeta o conjunto das ações de 
mercado. A reversão de eventuais perdas do investidor só virá quando o mercado voltar à 
normalidade. Essa recuperação pode demorar a ocorrer e, por isso, a recomendação é sempre que o 
horizonte de tempo do investimento em ações seja de longo prazo. 
6.6.3 Risco de Liquidez 
Decorre da possibilidade de o investidor não conseguir vender suas ações no mercado. O investidor 
que quiser evitar esse risco deve comprar as ações mais negociadas, com maior índice de liquidez. 
Outros investidores, mais dispostos a correr o risco de liquidez, compram ações demenor volume de 
negociação que, normalmente, oferecem maior retorno exatamente para compensar o risco do 
investidor. 
FIQUE LIGADO! Risco de crédito não se aplica a ações. Quando adquirimos 
ações, por menor que seja nossa participação na empresa, somos acionistas 
e não credores. 
6.7 Despesas Incorridas na Negociação 
 
6.7.1 Corretagem 
 
§ A corretagem é cobrada pela Corretora de Valores que executa a ordem de compra ou venda de 
ações no mercado. 
§ É calculada por faixas, sobre o movimento financeiro total (compras mais vendas) do dia. 
§ O total da corretagem a ser cobrada será o Valor Fixo mais uma porcentagem sobre o volume 
negociado. 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 37 
6.7.2 Custódia 
 
A custódia pode ser entendida como sendo a guarda de títulos e valores mobiliários e do exercício de 
direitos que podem ser as bonificações, os dividendos ou os direitos de subscrição distribuídos pela 
sociedade anônima aos acionistas. 
Esse tipo de serviço prestado aos investidores é efetuado pelas denominadas instituições 
custodiantes. Estas istituições podem ser bancos comerciais, múltiplos e de investimento, sociedades 
corretoras e distribuidoras de valores. 
No caso da BOVESPA, este serviço de custódia é prestado pela CBLC, está lembrado? 
6.7.3 Emolumento 
 
É a taxa cobrada pela Bolsa de Valores na negociação de ações, sendo de 0,035% do valor 
financeiro da operação. 
 
6.8 Tributação do Ganho de Capital em Ações 
 
6.8.1 Imposto de Renda 
 
Fato Gerador: venda de ações 
 
Alíquota, Base de Cálculo e Responsável pelo Recolhimento 
(1) Alíquota de 0,005% sobre o valor da venda, recolhido na fonte (Corretora). 
(2) Alíquota de 15% sobre o ganho de capital líquido, recolhido pelo contribuinte (investidor). 
 
A alíquota de 0,005% retida na fonte registra a venda das ações e o eventual ganho de 
capital. Assim, o investidor não deve “se esquecer” de recolher os 15% via DARF. O 
recolhimento deve ser feito até o último dia do mês seguinte ao fato gerador. 
Para apurar o ganho de capital líquido, o investidor poderá deduzir: 
(a) as despesas de corretagens, emolumentos e custódia. 
(b) o imposto de renda de 0,005% retido a título de antecipação. 
(c) eventuais perdas ocorridas em período anterior. 
Agora uma excelente notícia para o investidor Pessoa Física! 
Sempre que o valor da venda for igual ou inferior a R$20.000 para o conjunto de ações negociadas em 
cada mês, o ganho de capital ficará isento da incidência do imposto de renda. E nesse caso, a alíquota de 
0,005% também não será cobrada, pois o valor do imposto seria igual ou inferior a R$1,00. 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 38 
Vamos fazer um exemplo numérico para ajudar a fixar o que você acabou de aprender. 
 
Um investidor comprou ações por R$50.000 e vendeu por R$60.000. As despesas com taxas e 
corretagens somaram R$500,00. No mês passado ele realizou um prejuízo de R$2.000 na venda de 
ações. 
Vamos ajudar o investidor a apurar o ganho de capital líquido e calcular o valor do imposto de renda 
que ele próprio deverá recolher. 
Ganho de capital bruto = ($60.000 - $50.000) $10.000,00 
Despesas diversas $ 500,00 
Compensação de perda de período anterior $ 2.000,00 
Ganho de capital líquido $ 7.500,00 
Imposto de renda devido (15% x 7.500,00) $ 1.125,00 
Imposto de renda retido na fonte (0,005% s/ $60.000) $ 3,00 
Imposto de renda a recolher (1.125,00 – 3,00) $ 1.122,00 
6.8.2 IOF 
 
Não incide IOF nos investimentos em ações. 
Atenção! 
Acabamos de estudar a incidência de imposto de renda sobre GANHO DE 
CAPITAL. 
Lembre-se de que os DIVIDENDOS são isentos do imposto de renda e os 
JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO tributados na fonte em 15%. 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 39 
FIQUE LIGADO! 
§ Quantidade de cotistas: entre 3 e 50. 
§ Nenhum participante pode deter mais de 40% do patrimônio da carteira. 
§ Mínimo de 67% investido em ações. 
§ Alíquota de imposto de renda de 15% somente no resgate. 
6.9 Clube de Investimento 
Clube de investimento é um condomínio constituído por pessoas físicas que têm como objetivo aplicar 
recursos comuns em títulos e valores mobiliários. 
Características gerais 
§ Para criar um Clube de Investimento é preciso contar com um Administrador que pode ser uma 
Corretora Membro da Bovespa, uma Distribuidora de Valores ou um Banco de Investimento. 
§ A distribuição de cotas de Clubes independe de registro na CVM, mas deve ser realizada por 
intermédio de integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários. É vedada a busca de 
cotistas com a utilização de serviços públicos de comunicação, como a imprensa, o rádio, a televisão 
e páginas abertas ao público na rede mundial de computadores, bem como por envio de malas 
diretas, inclusive por meio eletrônico. 
§ O registro do clube é feito junto à Bovespa que fiscaliza essa indústria em conjunto com a CVM, 
órgão do governo que regulamenta todo o mercado de ações no país. 
§ O Administrador será responsável pelo regulamento do Clube – conjunto de normas e leis que 
regem o funcionamento do Clube. O regulamento determinará se a escolha das ações será feito pelo 
administrador ou pelos membros do clube com aprovação da assembléia. 
§ O número de participantes deve ser de, no mínimo 3 pessoas e, no máximo, 50 pessoas, podendo 
este número ser ultrapassado se destinado servidores ou empregados de uma entidade, empresa ou 
grupo de sociedades de fato ou de direito. 
§ Nenhum cotista pode deter quantidade de cotas superior a 40% das cotas emitidas. 
§ Anualmente, nos 120 dias imediatamente posteriores ao encerramento do último exercício social, 
deve ser realizada assembléia geral ordinária para apreciar as demonstrações financeiras do Clube, 
além de matérias constantes da ordem do dia. Processo muito semelhante ao aplicável aos Fundos de 
Investimentos (vide apostila de Fundos). 
§ Deve investir, no mínimo, 67% do patrimônio em ações, bônus de subscrição e/ou debêntures 
conversíveis de emissão de companhia aberta, recibos de subscrição; cotas de fundos de índices de 
ações negociados em mercado organizado (ETFs), e certificados de depósitos de ações. 
§ A incidência do imposto de renda sobre os rendimentos proporcionados ao investidor será retido 
somente no resgate e aplicar-se-á alíquota de 15% sobre o rendimento total, da mesma forma que é 
feito no caso de fundos de ações. 
§ À semelhança dos fundos de ações, não incide IOF sobre as aplicações em Clubes de Investimento. 
 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 
6.9.1 Fundos de Ações versus Clube de Investimento 
 
Com a nova legislação pertinente aos Clubes de Investimentos, a IN 494 e 495 da CVM, de abril de 
2011, algumas alterações significativas deverão ser implementadas. Os estatutos de novos Clubes de 
Investimento encaminhados para registro perante à BM&FBOVESPA a partir de 20/04/2011, deverão 
estar em conformidade com o disposto nas novas instruções. 
 
A instrução procurou valorizar também as atividades de regulamentação da entidade administradora 
de mercado organizado na qual o Clube estiver registrado (BM&FBOVESPA). Esta ficará responsável 
por regulamentar, dentre outras, as modalidades operacionais, os limites de exposição e de 
alavancageme os procedimentos mínimos de administração de riscos a serem adotados pelos Clubes 
e seus administradores, em caso de realização de operações com derivativos. 
 
Porém, os clubes que já se encontravam em funcionamento na data da publicação das novas 
instruções (20/04/2011) deverão observar as seguintes regras durante o período de adaptação, 
conforme Ofício-circular CVM/SIN/002/2011 de 17/05/2011: 
 
§ Os Clubes de Investimento em funcionamento deverão adaptar-se às novas instruções no prazo 
estabelecido pelo art. 45, § 1º, da Instrução CVM 494/2011, ou seja, até 120 (cento e vinte) dias 
após a aprovação pela CVM do novo regulamento. 
§ Eventuais alterações nos estatutos dos Clubes de Investimento durante o período de adaptação 
acima referido deverão ser realizadas de forma a atender o disposto nas novas instruções. 
§ Quanto à composição da carteira dos Clubes de Investimento, que anteriormente permitia 
posicionamento mínimo de 51% em ações, não há obrigatoriedade de enquadramento imediato às 
novas instruções, mas os Clubes de Investimento não poderão realizar operações em desacordo 
com elas. 
A nova legislação da CVM estendeu aos Clubes de Investimento diversas regras que já estavam em 
vigor para os Fundos e Investimento em Ações reduzindo significativamente as diferenças entre as 
duas modalidades. 
 
Simplificadamente, as principais alterações em relação aos Clubes de Investimento foram as 
seguintes: 
40 
Clubes antes da IN 494 Clubes a partir da IN 494 (abril 2011) 
Número máximo de participantes de um 
clube de investimento = 150 pessoas. 
Número máximo de participantes de um 
clube de investimento = 50 pessoas. 
Posição mínima da carteira em ações ou 
instrumentos correlatos = 51% do PL 
Posição mínima da carteira em ações ou 
instrumentos correlatos = 67% do PL 
Não havia previsão de realização de 
Assembleia de Acionistas 
Mandatória a realização de Assembleia de 
Acionistas 
Não havia impedimento de 
comercialização pública 
Vedada a comercialização pública 
Fundos de Investimento Clubes de Investimento 
Qualquer número de cotistas Número máximo de participantes = 50 pessoas. 
Distribuição pública sem restrição de 
publicidade. 
Permitida a distribuição de cotas por integrantes do 
sistema de distribuição de valores mobiliários, vedando-
se, porém, a publicidade indiscriminada dos veículos. 
Gestor será necessariamente uma 
instituição financeira ou pessoa 
qualificada perante a CVM 
Gestor pode ser um dos participantes desde que 
aprovado em Assembleia 
Não há representante de cotistas Extinguiu-se a figura do representante dos cotistas 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 41 
AFIRMATIVA V F 
1. Ação representa uma fração do capital social de uma empresa. O investidor que 
adquire ações é sócio da empresa. 
2. A ação preferencial tem direito a voto e a ação ordinária tem preferência na 
distribuição de lucros. 
3. Dividendos é a distribuição de lucros aos acionistas. Isento de imposto de renda. 
4. Juros sobre capital próprio é também uma forma de distribuição de lucros. 
Isento do IR como os dividendos. 
5. A subscrição é um aumento de capital aprovado por uma Empresa, com o 
lançamento de novas ações, para obtenção de recursos. 
6. Home broker é um processo que permite a negociação de ações via Internet. 
Sempre por intermédio de uma Corretora de Valores. 
7. Risco da empresa pode ser reduzido pela diversificação. Risco de mercado não é 
diversificável. 
8. O imposto de renda é cobrado, na fonte, com alíquota de 0,005% sobre o valor 
da venda. 
9. O contribuinte recolhe 15% de imposto de renda sobre o ganho de capital 
líquido, via DARF. 
10. As operações com ações pagam IOF caso o prazo da operação seja inferior a 
30 dias. 
11. As operações com ações são registradas na CBLC. 
12. O investidor em ações não está exposto ao risco de crédito 
13. O Clube de investimento em ações poderá ser constituído com qualquer 
número de participantes. 
14. Ao realizar uma oferta pública inicial de ações a empresa poderá ofertar ações 
no mercado primário ou secundário. 
Gabarito: (1) Verdadeiro; (2) Falso; (3) Verdadeiro; (4) Falso; (5) Verdadeiro; (6) Verdadeiro; (7) Verdadeiro; (8) Verdadeiro; 
(9) Verdadeiro; (10) Falso; (11) Verdadeiro; (12) Verdadeiro; (13) Falso; (14) Verdadeiro. 
 
EXERCÍCIO 8| Verdadeiro ou Falso 
Indique se as afirmativas sobre ações são Verdadeiras ou Falsas. 
 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 42 
FIQUE LIGADO! 
§ A Poupança é corrigida pela TR + 0,5% ao mês, no aniversário do depósito; 
§ Possui garantia do FGC até R$ 70.000,00 por CPF ou CNPJ; 
§ O Risco é de Crédito; 
§ É ISENTO de Imposto de Renda para Pessoas Físicas! 
§ Os recursos captados em Poupança servem para os bancos financiar a aquisição de imóveis. 
7. Caderneta de Poupança 
 
7.1 Definição – Conceito e Finalidade 
 
A Poupança é uma conta de depósito remunerada que paga a variação da Taxa Referencial (TR) 
acrescido de juros de 0,5% ao mês. O investidor pode sacar quando quiser, mas deve esperar a data 
de aniversário da conta para receber o rendimento do mês anterior. 
 
Sob a ótica do banco, é o produto que capta recursos que posteriormente serão emprestados para 
clientes que querem recursos para financiar a aquisição de imóveis. 
 
 
7.2 Riscos inerentes ao produto 
 
Ao investir o dinheiro através de depósito na Poupança, o cliente torna-se um “credor” do banco. 
Nesse caso, o risco inerente é a falta de pagamento (inandimplência) do banco, caso o investidor 
queira sacar o depósito. Trata-se então de risco de crédito. 
Vale ressaltar que caso o banco “quebre” e não possa honrar o pagamento aos seus credores, o 
investidor em Poupança conta com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), limitada a R$ 
70.000,00 por CPF ou CNPJ. 
 
7.3 Rentabilidade 
 
Em cada período de rendimento, os depósitos de poupança são remunerados por uma remuneração 
básica e uma adicional. A remuneração básica é a taxa correspondente a acumulação da Taxa 
Referencial (TR) no período e o adicional é o juros de 0,5% ao mês. 
Período de rendimento = período transcorrido entre o dia do último crédito de rendimento, inclusive, 
e o dia do crédito de rendimento, exclusive. 
 
7.4 Tributação 
 
Uma vantagem nessa modalidade de investimento em Poupança é a isenção do Imposto de Renda 
para a Pessoa Física. 
 
Títulos Públicos CDB Letra Hipotecária Notas Promissórias Ações Debêntures 
Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO V 
Produtos de Investimento 
Copyright 2011 – 2012 © BMI – Brazilian Management Institute 43 
AFIRMATIVA V F 
1. A Poupança é uma modalidade de investimento para pessoas físicas e jurídicas. 
2. A remuneração da Poupança é corrigida pela inflação + 0,5% ao mês, nos 
aniversários. 
3. Seu imposto de renda é calculado e cobrado a cada aniversário. 
4. Ao efetuar um depósito em conta de Poupança, o cliente torna-se um credor do 
banco. 
5. O cliente conta com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). O FGC é 
limitado a R$ 70.000,00 por CPF ou CNPJ. 
6. A Poupança é isenta de Imposto de Renda para pessoas físicas e pessoas 
jurídicas. 
7. Ao investir na Poupança, o investidor fica exposto ao risco de crédito. 
8. Os investimentos em Poupança são ISENTOS de imposto de renda para as 
pessoas físicas. 
9. A Poupança rende TR + 0,5% ao mês, a cada aniversário. 
10. Ao efetuar um depósito em conta de Poupança, o cliente conta com liquidez 
diária, com direito a remuneração proporcional ao tempo de permanência. 
11. Ao sacar dinheiro da Poupança fora da data de aniversário, o investidor não 
recebe a correção proporcional

Continue navegando