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2012 1a Edição Química Geral e OrGânica Prof.ª Renata Joaquim Ferraz Bianco Copyright © UNIASSELVI 2012 Elaboração: Prof.ª Renata Joaquim Ferraz Bianco Revisão, Diagramação e Produção: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. Impresso por: 547 B578q Bianco, Renata Joaquim Ferraz Química geral e orgânica / Renata Joaquim Ferraz Bianco. Indaial : Uniasselvi, 2012. 221. p.: il Inclui bibliografia. ISBN 978-85-7830- 549-9 1. Química orgânica. I. Centro Universitário Leonardo da Vinci II. Núcleo de Ensino a Distância III. Título III apresentaçãO Caro acadêmico, neste momento você está iniciando o estudo da disciplina de Química Geral e Orgânica, que tem como objetivo específico construir de maneira eficiente conhecimentos gerais, teóricos e práticos de química em sua totalidade, bem como associar sua importância e aplicação em outras áreas e disciplinas. Minha meta, como professora, é através deste Caderno de Estudos despertar seu interesse pela disciplina e pela pesquisa científica, preparando- o(a) para uma formação profissional promissora e concreta. A química é a ciência que estuda a composição, interação e transformação da matéria. Desta forma, sua aplicação é muito vasta, não há um segmento em que ela não se encontre. Podemos citar a química têxtil, de alimentos, farmacêutica, metalúrgica, nanotecnologia entre outras. Seu conhecimento é de extrema importância para o desenvolvimento científico e tecnológico da sociedade como um todo. Atualmente, um dos maiores desafios da química é melhorar a qualidade de vida das pessoas com a síntese de novos produtos de forma sustentável, ou seja, com o foco no setor: econômico, social e ecológico. Assim, com o intuito de criar um conhecimento básico sobre essa ciência tão fascinante, os estudos de Química Geral e Orgânica, neste caderno, serão divididos em três unidades. Na Unidade 1, estudaremos a estrutura atômica que aborda as unidades fundamentais da matéria. Primeiramente, faremos um estudo sobre a definição de matéria, do átomo e dos modelos atômicos. Estudaremos a Tabela Periódica que dispõe de forma organizada os elementos químicos e suas propriedades periódicas e aperiódicas. Em seguida, conheceremos a formação das moléculas através das ligações químicas. Com esses estudos, você será capaz de identificar a química em seu cotidiano. Na segunda unidade, iremos conhecer as funções inorgânicas da química. Essa unidade mostrará as características químicas dos produtos que utilizamos em nosso dia a dia, afinal as funções inorgânicas englobam os ácidos, as bases ou hidróxidos, os sais e os óxidos. A Unidade 3 contempla a Química Orgânica, que é a parte da química que estuda os compostos do elemento Carbono. Através dessa unidade, você conhecerá milhares de produtos naturais e sintéticos que nos rodeiam, IV NOTA Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades em nosso material. Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo. Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto em questão. Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa continuar seus estudos com um material de qualidade. Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – ENADE. Bons estudos! bem como a ocorrência, a produção e as aplicações em nosso cotidiano das funções orgânicas. Conheceremos os benefícios e malefícios dos compostos orgânicos ao meio ambiente e aos seres humanos. Com os conteúdos desse caderno, Caro acadêmico, você terá conhecimentos básicos de química, suficientes para aplicá-los em sua vida e no meio em que vive. Torne-se um profissional consciente em relação aos produtos e às atividades que desenvolve, sempre focado no futuro da humanidade. Bons estudos! Prof.a Renata Joaquim Ferraz Bianco V VI VII UNIDADE 1 – ESTRUTURA ATÔMICA ............................................................................................ 1 TÓPICO 1 – MODELOS ATÔMICOS ................................................................................................. 3 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3 2 MODELOS ATÔMICOS ..................................................................................................................... 6 2.1 MODELO ATÔMICO DE JOHN DALTON ................................................................................. 7 2.2 MODELO ATÔMICO DE JOSEPH JOHN THOMSON ............................................................. 8 2.3 MODELO ATÔMICO DE ERNEST RUTHERFORD .................................................................. 9 2.4 MODELO ATÔMICO DE NIELS BOHR – TEORIA ATÔMICA ATUAL ................................ 10 3 MATÉRIA ............................................................................................................................................... 13 3.1 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DA MATÉRIA............................................................... 13 3.2 ELEMENTO QUÍMICO .................................................................................................................. 16 3.2.1 Íons ............................................................................................................................................ 19 4 SEMELHANÇAS ATÔMICAS ........................................................................................................... 20 4.1 ISÓTOPOS ......................................................................................................................................... 21 4.2 ISÓBAROS ........................................................................................................................................ 22 4.3 ISÓTONOS ........................................................................................................................................ 23 4.4 ISOELETRÔNICOS ......................................................................................................................... 23 5 DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA DOS ELEMENTOS QUÍMICOS ............................................ 25 5.1 DIAGRAMA DE LINUS PAULING .............................................................................................. 26 5.2 NÚMEROS QUÂNTICOS .............................................................................................................. 28 5.2.1 Número quântico principal (n) ............................................................................................. 28 5.2.2 Número quântico secundário (ℓ) ou azimutal ....................................................................29 5.2.2.1 Orbitais atômicos ................................................................................................................. 29 5.2.2.2 Número quântico magnético (mℓ) ..................................................................................... 30 5.2.2.3 Número quântico de Spin (ms) .......................................................................................... 30 LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 33 RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 36 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 38 TÓPICO 2 – TABELA PERIÓDICA ...................................................................................................... 41 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 41 2 ORGANIZAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS QUÍMICOS NA TABELA ..................... 43 2.1 PERÍODOS DA TABELA PERIÓDICA ........................................................................................ 47 2.2 FAMÍLIAS OU GRUPOS ................................................................................................................ 48 2.3 METAIS, SEMIMETAIS E NÃO METAIS ..................................................................................... 51 2.4 CLASSIFICAÇÕES PERIÓDICAS E APERIÓDICAS ................................................................. 52 2.5 CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA E A CAMADA DE VALÊNCIA ....................................... 59 RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 61 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 62 TÓPICO 3 – LIGAÇÕES QUÍMICAS .................................................................................................. 65 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 65 2 AS LIGAÇÕES QUÍMICAS ................................................................................................................ 66 sumáriO VIII 2.1 A REGRA DO OCTETO ................................................................................................................66 3 LIGAÇÕES IÔNICAS ........................................................................................................................68 3.1 CARACTERÍSTICAS DOS COMPOSTOS IÔNICOS ...............................................................71 4 LIGAÇÕES COVALENTES OU MOLECULARES ......................................................................72 4.1 LIGAÇÃO COVALENTE COORDENADA DATIVA ..............................................................74 4.2 LIGAÇÃO METÁLICA .................................................................................................................76 4.3 COMPOSTOS METÁLICOS E AS LIGAS METÁLICAS .........................................................77 5 GEOMETRIA E POLARIDADE DAS MOLÉCULAS .................................................................79 6 FORÇAS INTERMOLECULARES ..................................................................................................84 6.1 FORÇAS DE VAN DER WAALS .................................................................................................85 6.2 DIPOLO-DIPOLO OU DIPOLO INSTANTÂNEO ...................................................................85 6.3 PONTES DE HIDROGÊNIO OU LIGAÇÕES DE HIDROGÊNIO .........................................86 LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................88 RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................91 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................93 PRÁTICA – PROPRIEDADES DO SABÃO .....................................................................................95 UNIDADE 2 – FUNÇÕES INORGÂNICAS .....................................................................................99 TÓPICO 1 – ÁCIDOS ............................................................................................................................101 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................101 2 NOX: NÚMERO DE OXIDAÇÃO ..................................................................................................101 3 ÁCIDOS ................................................................................................................................................106 3.1 DEFINIÇÃO SEGUNDO ARRHENIUS .....................................................................................107 3.2 CLASSIFICAÇÃO ..........................................................................................................................108 3.3 QUANTO AO NÚMERO DE ELEMENTOS DIFERENTES ...................................................108 3.3.1 Quanto ao número de hidrogênios ionizáveis .................................................................109 3.3.2 Quanto à presença de oxigênio ...........................................................................................109 3.3.3 Quanto à força .......................................................................................................................109 3.4 NOMENCLATURA DOS ÁCIDOS .............................................................................................111 LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................113 RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................117 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................118 TÓPICO 2 – BASES OU HIDRÓXIDOS ...........................................................................................121 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................121 2 DEFINIÇÃO, SEGUNDO ARRHENIUS ........................................................................................122 3 CLASSIFICAÇÃO DAS BASES OU HIDRÓXIDOS ..................................................................123 3.1 QUANTO AO NÚMERO DE HIDROXILAS (OH-1) .................................................................123 3.2 QUANTO À SOLUBILIDADE EM ÁGUA ................................................................................123 3.3 QUANTO À FORÇA .....................................................................................................................123 4 NOMENCLATURA DAS BASES OU HIDRÓXIDOS ................................................................124 RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................125 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................126 TÓPICO 3 – SAIS ...................................................................................................................................127 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................1272 DEFINIÇÃO E COMPOSIÇÃO DOS SAIS ..................................................................................127 3 REAÇÃO DE NEUTRALIZAÇÃO ..................................................................................................127 3.1 REAÇÕES DE NEUTRALIZAÇÃO TOTAL E PARCIAL ........................................................127 4 NOMENCLATURA DOS SAIS ........................................................................................................129 5 PROPRIEDADES FUNCIONAIS DOS SAIS ...............................................................................130 IX 6 SAIS DUPLOS OU MISTOS ............................................................................................................131 RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................132 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................133 TÓPICO 4 – ÓXIDOS ............................................................................................................................135 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................135 2 DEFINIÇÃO E COMPOSIÇÃO DOS ÓXIDOS ...........................................................................135 3 CLASSIFICAÇÃO ...............................................................................................................................136 3.1 ÓXIDOS BÁSICOS .........................................................................................................................136 3.1.1 Óxidos ácidos ou anidridos .................................................................................................137 3.2 NOMENCLATURA DOS ÓXIDOS .............................................................................................137 3.3 ÓXIDOS ANFÓTEROS .................................................................................................................138 3.4 ÓXIDOS INDIFERENTES OU NEUTROS .................................................................................138 3.5 ÓXIDOS DUPLOS, MISTOS OU SALINOS ...............................................................................139 3.6 PERÓXIDOS ...................................................................................................................................139 3.7 POLIÓXIDOS OU SUPERÓXIDOS .............................................................................................140 RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................141 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................142 UNIDADE 3 – QUÍMICA ORGÂNICA ............................................................................................145 TÓPICO 1 – QUÍMICA ORGÂNICA - O ELEMENTO CARBONO ...........................................147 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................147 2 PROPRIEDADES DO CARBONO ..................................................................................................147 3 TIPOS DE LIGAÇÕES .......................................................................................................................149 4 CLASSIFICAÇÕES DOS CARBONOS ..........................................................................................150 5 FÓRMULAS MOLECULARES E ESTRUTURAIS .......................................................................152 6 CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS CARBÔNICAS ....................................................................152 7 NOMENCLATURA DAS CADEIAS CARBÔNICAS .................................................................157 LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................160 RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................162 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................163 TÓPICO 2 – PROPRIEDADES DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS ...........................................167 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................167 2 GEOMETRIA E POLARIDADE.......................................................................................................167 3 FORÇAS INTERMOLECULARES ..................................................................................................168 4 DIPOLO INDUZIDO-DIPOLO INDUZIDO ................................................................................169 5 DIPOLO PERMANENTE-DIPOLO PERMANENTE ..................................................................170 6 LIGAÇÕES DE HIDROGÊNIO OU PONTES DE HIDROGÊNIO ..........................................171 7 PONTO DE FUSÃO (PF) E PONTO DE EBULIÇÃO (PE) ..........................................................172 8 SOLUBILIDADE DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS ................................................................173 RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................175 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................177 TÓPICO 3 – FUNÇÕES ORGÂNICAS – OS HIDROCARBONETOS .......................................179 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................179 2 HIDROCARBONETOS .....................................................................................................................179 2.1 ALCANOS.......................................................................................................................................179 2.2 ALCENOS .......................................................................................................................................180 2.3 ALCADIENOS ................................................................................................................................180 2.4 ALCINOS ........................................................................................................................................181 X 2.5 CICLANOS .....................................................................................................................................181 2.6 CICLENOS ......................................................................................................................................182 3 COMPOSTOS AROMÁTICOS........................................................................................................182 4 FUNÇÕES ORGÂNICAS OXIGENADAS ....................................................................................184 4.1 ALCOÓIS ........................................................................................................................................184 4.2 ENÓIS ..............................................................................................................................................187 4.3 ALDEÍDOS ......................................................................................................................................187 4.4 CETONAS .......................................................................................................................................189 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................1904.5 ÉTERES ............................................................................................................................................191 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................192 4.6 ÉSTERES ..........................................................................................................................................193 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................194 4.7 ÁCIDOS CARBOXÍLICOS ............................................................................................................196 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................198 4.8 FENÓIS ............................................................................................................................................200 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................202 5 FUNÇÕES ORGÂNICAS NITROGENADAS ..............................................................................203 LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................211 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................214 RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................217 AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................219 REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................221 1 UNIDADE 1 ESTRUTURA ATÔMICA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM PLANO DE ESTUDOS A partir desta unidade você estará apto(a) a: • reconhecer os modelos atômicos, as unidades fundamentais da matéria; • identificar a organização atual dos elementos químicos periodicamente; • realizar a configuração eletrônica e identificar o número de elétrons da camada de valência dos elementos químicos e os quatro números quânticos; • compreender a estabilidade química dos elementos através da Regra do Octeto e suas exceções; • definir e realizar os três tipos de ligações químicas. Esta unidade está dividida em três tópicos. Em cada um deles você encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados. TÓPICO 1 – MODELOS ATÔMICOS TÓPICO 2 – TABELA PERIÓDICA TÓPICO 3 – LIGAÇÕES QUÍMICAS 2 3 TÓPICO 1 UNIDADE 1 MODELOS ATÔMICOS 1 INTRODUÇÃO A química está presente em todos os momentos de nossas vidas, mesmo que, muitas vezes, não nos damos conta disso. Nossas roupas, por exemplo, podem ter origem natural ou artificial, como: lã, algodão, seda, náilon, couro, que são obtidos através de reações químicas industriais ou de ocorrência natural. Muitas pessoas fazem mau uso da definição da química, relacionando-a com produtos tóxicos, carcinogênicos e causadores de vários impactos ambientais. De certa forma, muitas dessas informações possuem fundamento, porém nem todas são verdadeiras, afinal, não podemos nos esquecer dos medicamentos, dos bactericidas, dos alimentos e entre outros, que nos trazem muitos benefícios. Atualmente, fala-se muito em sustentabilidade e este é um dos desafios da indústria química. Criar produtos em geral que facilitem e aumentem a qualidade de vida de forma sustentável, ou seja, que este desenvolvimento se apoie nos três pilares da sustentabilidade: a preocupação com o meio social, o meio econômico e o meio ambiente. Podemos citar o desastre ambiental que ocorreu em 2011, ao norte da capital de Tóquio, após o terremoto de magnitude 8,9 na escala Richter, que causou um tsunami e o vazamento de radiação do Reator Daiichi 1, gerando tremores de um derretimento nuclear. Desde os ataques com bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, em 1945, que causaram mais de 200 mil mortes, esta foi a primeira vez que o Japão confrontou uma ameaça significativa de radiação. Autoridades afirmam que os níveis de radiação em Fukushima estavam elevados antes da explosão. Num dado momento, a usina liberava a cada hora a quantidade de radiação que uma pessoa normalmente absorve do ambiente em um ano. Notícias informaram que os reatores japoneses são melhores protegidos do que os de Chernobyl, local que ocorreu o pior acidente nuclear civil da história onde mais de 30 bombeiros foram mortos na explosão, milhares de pessoas adoeceram e morreram devido à radiação. UNIDADE 1 | ESTRUTURA ATÔMICA 4 O governo do Japão avisou aos agentes de inspeção nuclear da ONU (Organização das Nações Unidas) que distribuíram iodo às pessoas que moram perto das usinas nucleares afetadas pelo terremoto em 11/04/11. O elemento químico Iodo ajuda na proteção da tireoide, no caso de exposição radioativa em um acidente nuclear. Após o desastre de Chernobyl, milhares de casos de câncer de tireoide foram registrados em crianças e adolescentes, expostas no momento do acidente. Mais casos são esperados. FONTE: <http://www1.folha.uol.com.br/mundo/887878-acidente-nuclear-no-japao-e-pior-na- escala-desde-tchernobil.shtml>. Acesso em: 20 jan. 2012. A química é uma ciência experimental, por isso seu estudo e aplicação é indispensável para o desenvolvimento científico e tecnológico. A tecnologia, por exemplo, apresenta os conhecimentos de forma aplicada. Antigamente, o homem já a aplicava sem ter noção, como: na fabricação de cerveja, vinho e ligas metálicas. Hoje, a tecnologia é encontrada na produção industrial e, muitas vezes, sem domínio dos princípios envolvidos. Desde os primórdios, o homem tentava entender a origem da vida, a relação entre o homem e o seu meio e as transformações ocorridas na natureza. Povos da antiguidade criaram mitos e lendas sobre deuses e figuras sobrenaturais. Com isso, explicavam a origem do mundo, do fogo, da água, dos alimentos etc. Foi na Grécia, no século V a.C, que surgiram as primeiras tentativas de se entender os fenômenos da natureza, desvinculadas de forças sobrenaturais ou religiosas. Empédocles, um filósofo grego, idealizou a explicação da constituição da matéria. Para ele a matéria era constituída por quatro elementos primários: o fogo, o ar, a água e a terra. Tais elementos sofriam constantes mudanças, porém, eram indestrutíveis. Em seguida, Aristóteles divulgou sua ideia de que esses quatro elementos poderiam ser diferenciados através de suas propriedades: • A terra seria fria e seca. • A água seria fria e úmida. • O fogo seria quente e seco. • O ar seria quente e úmido. TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS 5 FIGURA 1 – OS QUATRO ELEMENTOS VITAIS: TERRA, ÁGUA, AR E FOGO FONTE: <http://www.clubedotaro.com.br/site/n43_4_simb_quatro.asp>. Acesso em: 18 jan. 2012. Assim, uma substância poderia ser transformada na outra, apenas alterando suas propriedades. Ex.: a chuva era resultado do resfriamento do ar quente e úmido. No entanto, por volta de 400 a.C., os filósofos Leucipo e Demócrito divulgaram que a matéria seria formada por pequenas partículas indivisíveis que seriam: os átomos. FIGURA 2 – SELO EM HOMENAGEM A DEMÓCRITO FONTE: <http://oatomodedemocrito.blogspot.com/2010/09/pre-socraticos-democrito.html>. Acesso em: 2 jan. 2012. UNIDADE 1 | ESTRUTURA ATÔMICA 6 A alquimia foi muito importante para o desenvolvimento da química. Os alquimistas criaram equipamentos de laboratório e desenvolveram várias metodologias para a obtenção de metais, na produção de papiros, sabões e de funções inorgânicas como: o ácido sulfúrico, o ácido nítrico, o hidróxido de sódio e o hidróxido de potássio. FONTE: <www.voni.leao.nom.br/ifro/unidade-1.pdf>.Acesso em: 5 mar. 2012. CHYMIA = fundir, moldar. Origem grega. KHEMEIA = terra ou país. Origem egípcia. Atualmente, com o avanço da tecnologia, podemos comparar os químicos com os antigos alquimistas. QUADRO 1 – TRANSFORMAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA EM PRODUTOS MATÉRIA-PRIMA PRODUTO Areia Transistores, chips. Petróleo Plásticos, pesticidas, detergentes etc. Sal Alvejantes, desinfetantes. Gás de lixo (metano) Diamantes. FONTE: Usberco; Salvador (2006) 2 MODELOS ATÔMICOS Caro acadêmico, como vimos, o interesse pela composição da matéria é antigo. Foi nos séculos XVIII e XIX, que os cientistas definiram teorias para explicar a constituição microscópica da matéria. A partir dos estudos das transformações da matéria conseguiu-se entender, a nível macroscópico, principalmente com o uso da balança para mensuração das massas. Com estes estudos, os químicos conseguiram explicar as razões das combinações entre os elementos químicos na formação de novos compostos. Antonie Laurent – Lavoisier (1743 – 1794) é considerado como o fundador da Química Moderna, pois iniciou trabalhos com o uso da balança em seus estudos científicos. UNI TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS 7 “Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Esta famosa frase é uma lei que foi enunciada por Lavoisier em meados de 1775, definida como a Lei da Conservação das Massas. Como vimos anteriormente, no século V a.C., Demócrito e Leucipo, ambos filósofos gregos, acreditavam que a matéria era constituída por pequenas partículas indivisíveis, os átomos. Porém, em 1808, John Dalton, retornou essa ideia através de sua teoria atômica, sugerindo que os átomos eram esferas maciças (rígidas) e indivisíveis. No final do século passado, muitos cientistas desenvolveram vários experimentos para demonstrar que os átomos são constituídos por partículas ainda menores, subatômicas. (USBERCO; SALVADOR, 2006). Modelo é uma forma de se representar a realidade. Neste sentido, muitos estudiosos resolveram demonstrar a constituição de um átomo. Modelo atômico é uma representação gráfica que procura explicar, de maneira científica, os fenômenos relacionados à composição da matéria e suas formas. Um modelo atômico tem como função explicar a estrutura microscópica da matéria. 2.1 MODELO ATÔMICO DE JOHN DALTON O cientista inglês John Dalton (1766 – 1844) propôs em meados de 1800, o modelo conhecido como Teoria Atômica de Dalton: 1 A matéria é constituída por pequenas partículas esféricas maciças e indivisíveis, denominadas átomos. 2 Elemento químico é a junção de átomos com a mesma massa, tamanho e as mesmas propriedades. 3 Elementos químicos diferentes possuem propriedades diferentes, tais como tamanho e massa. 4 A combinação de átomos de elementos diferentes, forma substâncias diferentes. 5 Durante uma reação química os átomos não são criados, nem destruídos, são reorganizados, formando novas substâncias. FONTE: <http://www.alunosonline.com.br/quimica/constituicao-materia.html>. Acesso em: 6 mar. 2012. John Dalton ficou conhecido como: “O Pai da Teoria Atômica” e o seu modelo ficou conhecido conforme a figura a seguir: UNIDADE 1 | ESTRUTURA ATÔMICA 8 FIGURA 3 – REPRESENTAÇÃO DO MODELO ATÔMICO DE DALTON – “BOLA DE BILHAR” FONTE: <www.grupoescolar.com/.../modelo_atomico2.GIF>. Acesso em: 20 jan. 2012. 2.2 MODELO ATÔMICO DE JOSEPH JOHN THOMSON Joseph John Thomson (1856-1940), no final de 1800, conseguiu demonstrar que o átomo não era divisível, utilizando uma aparelhagem denominada tubo de raios catódicos. Com base nas evidências deste experimento, Joseph John Thomson concluiu que: • Os raios eram partículas (corpúsculos) menores que os átomos. • Os raios apresentavam carga elétrica negativa, denominados elétrons. • O átomo era uma esfera maciça, positiva incrustada de elétrons (carga negativa), de modo que a carga total fosse nula. Em sua totalidade, o átomo seria eletricamente neutro. Para obter maiores informações sobre o experimento de Joseph John Thomson com o Tubo de Raios Catódicos, leia o livro indicado a seguir: USBERCO, João; SALVADOR, Edgar. Química. 5. ed. v. único. São Paulo: Saraiva, 2006. DICAS TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS 9 O modelo atômico de Joseph John Thomson ficou conhecido conforme a figura a seguir: FIGURA 4 – REPRESENTAÇÃO DO MODELO ATÔMICO DE THOMSON – “PUDIM DE PASSAS” FONTE: <fisicacampusararangua.blogspot.com/2010/04/mo...>. Acesso em: 20 jan. 2012. 2.3 MODELO ATÔMICO DE ERNEST RUTHERFORD Ernest Rutherford (1871 – 1937) em 1904, ao realizar um experimento com gás hidrogênio (H2) detectou a presença de partículas com cargas elétricas positivas ainda menores, as quais ele denominou prótons (p). A massa de um próton é aproximadamente 1836 vezes maior que a de um elétron. Em 1911, Ernest Rutherford contribui para um significativo avanço na estrutura do átomo. Ele propôs que o átomo seria constituído no centro, por um núcleo positivo que continha a massa e os nêutrons do átomo. A região fora do núcleo, chamada de eletrosfera, deveria ser ocupada pelos elétrons de carga negativa, orbitando ao redor do núcleo. Os nêutrons (n) foram descobertos em 1932 por Chadwick, durante suas experiências radioativas. Essas partículas apresentam massa próxima à dos prótons, porém são nulas, ou seja, não apresentam carga elétrica. Este modelo lembrava um sistema solar, conhecido como modelo planetário, representado na figura a seguir. UNIDADE 1 | ESTRUTURA ATÔMICA 10 FIGURA 5 – MODELO PLANETÁRIO FONTE: <www.racionalismo-cristao.org.br/gazeta/divers...>. Acesso em: 5 mar. 2012. Saiba mais sobre a experiência de Ernest Rutherford utilizando material radioativo e uma finíssima lâmina de ouro para verificar se os átomos eram maciços. Leia o livro indicado a seguir: REIS, Martha. Completamente Química: Química Geral. São Paulo: FDT, 2001. DICAS 2.4 MODELO ATÔMICO DE NIELS BOHR – TEORIA ATÔMICA ATUAL Após Ernest Rutherford, muitos cientistas aproveitaram os conhecimentos já adquiridos e progrediram, focando seus estudos na distribuição dos elétrons na eletrosfera. Robert Bunsen, por volta de 1855, verificou que alguns metais como sódio, cobre, potássio etc., emitiam luz colorida diferente quando aquecidos em chama. Veja o exemplo no quadro a seguir: QUADRO 2 – EXEMPLOS DE EMISSÃO DE LUZ COLORIDA ELEMENTO Na (sódio) Sr (estrôncio) K (potássio) Pb (chumbo) COLORAÇÃO DA CHAMA amarelo aranja violeta azul FONTE: A autora TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS 11 FIGURA 6 – EMISSÃO DE LUZES COLORIDAS FONTE: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Bico_de_Bunsen>. Acesso em: 20 jan. 2012. As cores vibrantes dos fogos de artifício, também chamados de foguetes pirotécnicos, são produzidas através de diversos elementos químicos. Em homenagem a Robert Bunsen, o equipamento utilizado em laboratório químico para emitir chama recebeu o nome: Bico de Bunsen, conforme a figura a seguir. FIGURA 7 – BICO DE BUNSEN FONTE: <http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/combustao-bico-bunsen.htm>. Acesso em: 25 jan. 2012. UNIDADE 1 | ESTRUTURA ATÔMICA 12 Niels Bohr (1885 – 1962) desenvolveu um modelo atômico partindo dos seguintes postulados: 1 Os elétrons movimentam-se em órbitas circulares ao redor do núcleo do átomo. 2 Cada órbita possui energia constante, estacionária. Os elétrons que estiverem nas órbitas mais afastadas do núcleo serão mais energéticos. 3 Absorvendo certa quantidade de energia o elétron salta para uma órbita mais energética. Voltando à sua órbita original, perde a mesma quantidade de energia, na forma de luz (ondas eletromagnéticas). 4 O núcleo é positivo e as órbitas são regiões específicas disponíveis para acomodar os elétrons, de carga negativa, as chamadas camadas eletrônicas ou níveis de energia. 5 Cada camada eletrônica ou nível de energia foi representado por uma letra: K, L, M, N, O, P e Q, recebendo um número quântico principal (n): 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, respectivamente. Cada camada eletrônica ou nível de energia comportaum número máximo de elétrons, conforme a figura a seguir: FIGURA 8 – ESQUEMA FIGURATIVO DO ÁTOMO DE BOHR FONTE: <http://aprendendoquimicaonline.blogspot.com/2011/03/o-estudo-do-atomo.html>. Acesso em: 20 jan. 2012. Obs.: A camada eletrônica ou nível de energia mais afastada do núcleo é a mais energética e recebe o nome de Camada de Valência. TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS 13 3 MATÉRIA A Química é a ciência que estuda a composição, as interações e as transformações da matéria. A composição química de um material se refere aos elementos químicos que nele estão presentes, ou seja, que o constituem. A matéria é definida como tudo que possui massa, volume e ocupa lugar no espaço. Se olharmos ao nosso redor perceberemos que estamos cercados de matéria, como: árvores, carros, ar, alimentos, água etc. No entanto, devemos ter o cuidado para não confundir energia com matéria. Energia não pode ser considerada como matéria, pois não ocupa lugar no espaço. Existem vários tipos de energia, como: solar, elétrica, cinética, sonora, mecânica etc., sendo assim, energia é uma transformação, realização de trabalho. A impenetrabilidade é uma propriedade da matéria, onde dois corpos não podem ocupar, ao mesmo tempo, o mesmo lugar. Desta forma, confirma- se a exclusão de energia como matéria, afinal a luz solar é capaz de atravessar os vidros de portas e janelas. A energia térmica é capaz de penetrar e aquecer utensílios metálicos, entre outros. Toda matéria é formada por átomos, estes que são definidos como as menores partículas que constituem a matéria. Ao se definir a composição de um material ou substâncias, consegue-se identificar quais ou átomos que a formam, ou seja, quais os elementos químicos que estão presentes. Exemplo: a água do mar é composta, principalmente por sais, como: cloreto de sódio (NaCl), gases dissolvidos como o nitrogênio (N2), oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2), macronutrientes como fósforo (P) e enxofre (S), íons de magnésio (Mg+2), potássio (K+1), cálcio (Ca+2) e sulfato (SO4)-2. 3.1 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DA MATÉRIA Em nosso cotidiano, podemos perceber a presença de vários materiais nos três estados físicos da matéria: SÓLIDO, LÍQUIDO OU GASOSO. Nos três estados físicos, cada substância possui uma identidade específica que é apontada pelas suas propriedades físico-químicas. Em relação às propriedades físicas, podemos citar alguns exemplos, além dos estados sólido, líquido e gasoso que podem ser modificados através da variação de: - temperatura; - a densidade que é a relação entre a massa e o volume da substância; - a ductibilidade que é a capacidade de formar fios, a maleabilidade que é a UNIDADE 1 | ESTRUTURA ATÔMICA 14 capacidade de formar lâminas, (ductibilidade e maleabilidade são propriedades reconhecidas na maioria dos metais); - pontos de fusão, pontos de ebulição e a viscosidade que está relacionada com o escoamento das substâncias. • Ponto de fusão (PF): é a temperatura na qual um material passa do estado sólido para o estado líquido. Este processo é chamado de fusão. • Ponto de ebulição (PE): é a temperatura na qual um material passa do estado líquido para o estado gasoso. Este processo é chamado de ebulição. Caro acadêmico, a densidade é uma propriedade física das substâncias, onde massa e volume são inversamente proporcionais. Exemplo: uma tonelada de pena tem um volume muito superior a uma tonelada de chumbo, porém a pena tem densidade inferior a do chumbo. Logo, quanto maior o volume, menor a densidade. ATENCAO Com relação às propriedades químicas, podemos citar: • a polaridade que explica a solubilidade das substâncias umas com as outras; • a reatividade química; • a acidez e a basicidade as quais são definidas pelo pH (potencial hidrogeniônico); • o caráter eletrolítico ou não eletrolítico; • os compostos inorgânicos (reino mineral); • os compostos orgânicos (compostos do elemento carbono); a capacidade oxidante e redutora. TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS 15 Substâncias iônicas quando dissolvidas em água são ótimas condutoras de eletricidade, por isso, são chamadas de eletrolíticas. Já as substâncias covalentes ou moleculares não são boas condutoras de eletricidade, portanto são chamadas de não eletrolíticas. NOTA Portanto, a matéria é dividida em substâncias e misturas. Segue no quadro as subdivisões das mesmas. SUBSTÂNCIA ELEMENTAR É formada por um mesmo elemento químico. EX: He, Al, Fe etc. SUBSTÂNCIA PURA Não pode ser separada, pois apresenta composição constante. EX: H2O, O2, CO2 etc. SUBSTÂNCIA SIMPLES É formada por átomos do mesmo elemento químico. EX: O3, N2, Cl2 etc. SUBSTÂNCIA COMPOSTA É formada por átomos de elementos químicos diferentes. EX: Ca(OH)2, SO3, Al2(SO4)3 etc. MISTURA É a junção de duas ou mais subs tânc ias , s imples ou c o m p o s t a s . P o d e m s e r classificadas como misturas homogêneas ou heterogêneas. EX: H2O + NaCl, H2O + CO2, O2 + N2 etc. HOMOGÊNEA Apresenta apenas uma fase, um aspecto visual. EX: H2O + açúcar, Misturas de gases, ligas metálicas etc. HETEROGÊNEA Apresenta duas ou mais fases, dois ou mais aspectos visuais. EX: H2O + óleo, EX: H2O + pedra + CO2 etc. QUADRO 3 – SUBSTÂNCIAS E MISTURAS FONTE: A autora Caro acadêmico, quando falamos em sistemas homogêneos ou monofásicos estamos nos relacionando a apenas um aspecto visual, uma fase líquida, oleosa, sólida ou gasosa, separadamente. Já os sistemas heterogêneos podem ser bifásicos, trifásicos, tetrafásicos etc. e apresentam duas ou mais fases: líquida, sólida, oleosa ou gasosa ao mesmo tempo. UNI UNIDADE 1 | ESTRUTURA ATÔMICA 16 FIGURA 9 – SISTEMAS HOMOGÊNEOS FONTE: <http://sardinhablog.blogspot.com/2008/11/solues-de-qumica.html>. Acesso em: 28 jan. 2012. Para finalizar este conteúdo veremos: As Partículas Fundamentais da Matéria: prótons, elétrons e nêutrons. • Prótons: são partículas positivas representadas por: p+ • Elétrons: são partículas negativas representadas por: e- • Nêutrons: são partículas neutras, ou seja, não apresentam carga positiva ou negativa e são representadas por: n. 3.2 ELEMENTO QUÍMICO A junção de vários átomos iguais, ou seja, que apresentam o mesmo número atômico (Z) é chamado de: elemento químico. O número atômico (Z) é a característica mais importante de um elemento químico, pois ele indica o número de prótons (p) e o número de elétrons (e-) do elemento. Logo, em um elemento químico: Z = p = e- Traduzindo, número atômico é igual ao número de prótons e número de elétrons. Todo elemento químico é representado por um símbolo, seguindo a padronização da IUPAC (UNIÃO INTERNACIONAL DE QUÍMICA PURA E APLICADA), onde a primeira letra do elemento químico deve ser maiúscula TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS 17 e a segunda letra, se houver, deve ser minúscula. Em relação à nomenclatura dos elementos químicos, esta origina do latim. Veja no quadro a seguir, alguns exemplos: QUADRO 4 – ELEMENTO QUÍMICO: SÍMBOLOS E NOMENCLATURAS ELEMENTO SÍMBOLO NOMENCLATURA (LATIM) Antimônio Sb Stibium Chumbo Pb Plumbum Cobre Cu Cuprum Enxofre S Sulfur Escândio Sc Scandium Estanho Sn Stannum Estrôncio Sr Strontium Fósforo P Phosphorus Itérbio Yb Ytterbium Ítrio Y Yttrium Mercúrio Hg Hydrargyrus Ouro Au Aurum Potássio K Kalium Prata Ag Argentum Sódio Na Natrium Tungstênio W Wolfram FONTE: A autora Todo elemento apresenta um número atômico (Z), um número de massa atômica (A) e um número de nêutrons (n). Para verificar estas informações, basta consultar uma Tabela Periódica, contudo o número de nêutrons deve ser calculado através da fórmula a seguir: n = A – Z Lembrando: n = número de nêutrons A = número de massa atômica Z = número atômico Exemplo: 17 Cl 35,5 n = A – Z ------ n = 35,5 – 17 ------ n = 18,5 Assim, o valor de massa atômica é a soma do número atômico com o número de nêutrons. A = Z + n UNIDADE 1 | ESTRUTURA ATÔMICA 18 Caro acadêmico, repare em sua Tabela Periódica que o valor da massa atômica sempreserá maior que o valor do número atômico e por convenção é colocada sobre o elemento químico e o número atômico é colocado sob o elemento químico, conforme o exemplo anterior do elemento cloro (Cl). UNI ALOTROPIA É a capacidade apresentada por um mesmo elemento químico em formar duas ou mais substâncias simples diferentes, que são chamadas de variedades alotrópicas do elemento. Essas variedades alotrópicas podem ser diferenciadas pela atomicidade e/ou estrutura. Veja no quadro a seguir, alguns exemplos de alótropos (átomos que apresentam variedades alotrópicas) encontrados na natureza. QUADRO 5 – EXEMPLOS DE ALÓTROPOS (ÁTOMOS QUE APRESENTAM VARIEDADES ALOTRÓPICAS) ENCONTRADOS NA NATUREZA Elemento Formas Alotrópicas Características Carbono Grafite (Cn) - Conduz corrente elétrica;- ponto de fusão de 3000ᵒC. Diamante (Cn) - Estrutura Rígida; - não conduz corrente elétrica; - transforma-se em grafite a 1900ᵒC. Fulereno (C60) - Substância Sintética. Oxigênio Oxigênio (O2) - Inodoro, incolor, substância vital. Ozônio (O3) - Tem cheiro característico e é levemente azulado. É o gás formador da estratosfera e impede que os raios ultravioleta atinjam a superfície terrestre. Enxofre Rômbico (S8) - Mais estável a temperatura ambiente, transforma-se na monoclínica acima de 95,6ᵒC. Monoclínico (S8) - Funde-se reversivelmente a 119ᵒC, porém o aquecimento progressivo conduz a formação de um líquido viscoso, contendo longas cadeias de enxofre. Fósforo Vermelho (Pn) - É mais estável, menos volátil e tóxico que o branco e, é usado para fabricação de palitos de fósforo. Branco (P4) - Extremamente tóxico e inflamável, é encontrado sob duas formas, alfa e beta, com uma temperatura de transição de -3,8ᵒC. Exposto a luz solar ou calor (300ᵒC), se transforma em fósforo vermelho com despreendimento de calor. - Tem aplicações militares em bombas incendiárias e bombas de efeito moral. FONTE: <http://www.gsmfans.com.br/index.php?topic=79513.0>. Acesso em: 28 jan. 2012. TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS 19 Para saber mais sobre as variedades alotrópicas, leia o livro indicado a seguir. CANTO, E.L do; PERUZZO, T. Química na abordagem do cotidiano. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2007. DICAS 3.2.1 Íons Os elementos químicos apresentam a tendência de perder ou ganhar elétrons para se estabilizar quimicamente, ou seja, alcançar os oito elétrons na camada de valência, tal estabilidade é explicada pela regra do octeto. Quando um elemento químico perde ou ganha elétrons ele se torna uma espécie química carregada eletricamente chamada de íon. REGRA DO OCTETO: os gases nobres, elementos da Família 8A ou grupo zero da Tabela Periódica, são elementos estáveis, pois já apresentam a camada de valência completa com oito elétrons, com exceção do gás hélio que é estável com dois elétrons na camada de valência, que é explicado pela regra do dueto. Por este motivo, os gases nobres não perdem ou ganham elétrons. Os íons são espécies químicas carregadas eletricamente. Íons carregados com carga positiva são chamados de cátions e íons carregados com carga negativa são chamados de ânions. • CÁTIONS: são íons que doam (perdem) elétrons, desta forma adquirem carga positiva. Exemplo: Na+1, Ca+2, Al+3 etc. • ÂNIONS: são íons que ganham (recebem) elétrons, desta forma adquirem carga negativa. Exemplo: N-3, O-2, F-1 etc. Exercício resolvido 1: Um átomo de cloro (Cl) apresenta número atômico (Z) igual a 17 e número de massa atômica (A) igual a 35,5. Determine o número de prótons, nêutrons e elétrons que constituem esse átomo. UNIDADE 1 | ESTRUTURA ATÔMICA 20 Resolução: Sabendo que para um átomo neutro (elemento químico) o número atômico (Z) é igual ao número de prótons e ao número de elétrons, temos: Z = 17 ⇒ p = 17 e e- = 17 O número de massa atômica (A) é dado pela soma do número atômico e número de nêutrons: A = Z + n Logo: 35,5 = 17 + n ⇒ n = 18,5 Exercício resolvido 2: Certo cátion trivalente (+3) contém 10 elétrons e 14 nêutrons. Determine o seu número atômico e o seu número de massa atômica. Resolução: O cátion trivalente pode ser representado por X3+, que contém: ⇒ 10 elétrons e 14 nêutrons, logo, por ser um cátion trivalente significa que ele doou três elétrons e assim o seu número atômico (Z) é igual a treze. 13X3+ ⇒ 13 – 3 = 10. Lembre-se: a perda ou ganho de elétrons ocorre sempre no número atômico da espécie química. Como a massa atômica A = Z + n: A = 13 + 14 = 27 4 SEMELHANÇAS ATÔMICAS No início do século XX, experiências realizadas por Soddy e outros cientistas com elementos radioativos mostraram evidências de que um elemento químico pode ser constituído por uma mistura de vários átomos com o mesmo número atômico, mas com diferentes números de massa. Esses átomos foram chamados por Soddy de isótopos. A diferença no número de massa é produzida pelas diferentes quantidades de nêutrons existentes em cada isótopo. (USBERCO; SALVADOR, 1999). FONTE: <bento.ifrs.edu.br/site/midias/arquivos/2009558290143tcc_bruna.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2012. TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS 21 Outros átomos com semelhanças atômicas também são estudados como os: isóbaros, isótonos e isoeletrônicos. Radioisótopo é um isótopo que emite radiação. Os radioisótopos podem ser aplicados na medicina no diagnóstico de muitas doenças e problemas fisiológicos, permitindo sua identificação para um futuro tratamento. NOTA Confira, no quadro a seguir, alguns exemplos. QUADRO 6 – APLICAÇÃO DE RADIOISÓTOPOS NA MEDICINA RADIOISÓTOPOS APLICAÇÃO F18 (Flúor) Mapeamento ósseo. Tc99 (Tecnécio) Mapeamento do coração, fígado, rins, cérebro. I131 (Iodo) Mapeamento da tireoide. Cr51 (Cromo) Mapeamento das hemácias. FONTE: A autora 4.1 ISÓTOPOS São átomos de um mesmo elemento químico que apresentam o mesmo número atômico (Z) e diferentes números de massa de massa atômica (A). O magnésio, por exemplo, é um elemento químico que ocorre na natureza na forma de três isótopos. 12Mg24 12Mg25 12Mg26 Note que os três isótopos apresentam número atômico igual a doze, ou seja, apresentam doze prótons e doze elétrons, porém, os números de massas atômicas são diferentes. Assim, como o número de nêutrons difere para os três, sendo: n = A –Z 12Mg24 24 – 12 = 12 nêutrons 12Mg25 25 – 12 = 13 nêutrons 12Mg26 26 – 12 = 14 nêutrons UNIDADE 1 | ESTRUTURA ATÔMICA 22 A maioria dos elementos químicos é encontrada na natureza na forma de mistura isotópica, ou seja, com um ou mais isótopos. Os isótopos apresentam-se em porcentagens diferentes, os mais estáveis são aqueles que ocorrem com maior frequência, que é representada por porcentagem. Por exemplo, o hidrogênio, é o único elemento químico que os seus isótopos apresentam nomes diferentes. Confira no quadro a seguir. QUADRO 7 – ISÓTOPOS DO HIDROGÊNIO ISÓTOPO NOMENCLATURA OCORRÊNCIA (aproximada) 1H1 Prótio, hidrogênio comum, leve. 99,985% 1H2 Deutério. 0,015% 1H3 Trítio, Tricédio, Tritério. 10-7% FONTE: A autora OBS.: O 1H3 (Trítio) é um radioisótopo. Na Tabela Periódica, você encontrará os números atômicos e de massa dos elementos químicos. O valor da massa é determinado através da média ponderada das massas atômicas dos isótopos dos elementos químicos. UNI 4.2 ISÓBAROS São átomos que apresentam o mesmo número de massa atômica (A) e diferente número atômico (Z), logo, pertencem a elementos químicos diferentes. Na Tabela Periódica, encontram-se vários elementos químicos com o mesmo valor de massa atômica. Exemplo: 18 Ar40 (Argônio) e 20 Ca40 (Cálcio) Note que os dois isóbaros apresentam número de massa atômica igual a quarenta, porém, os números atômicos, 18 e 20, respectivamente, são diferentes, assim como os números de nêutrons, sendo: n = A –Z 18 Ar40 40 -18 = 22 nêutrons 20 Ca40 40 - 20 = 20 nêutrons TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS 23 4.3 ISÓTONOS São átomos de diferentes elementos químicos com números atômicos (Z) e números de massas atômicas (A) diferentes, porém, commesmo número de nêutrons, sendo: n = A –Z Exemplo: 7N14 14 – 7 = 7 nêutrons 6C13 13 – 6 = 7 nêutrons 4.4 ISOELETRÔNICOS São espécies químicas diferentes que apresentam o mesmo número de elétrons. Tais espécies englobam os íons, cátions e ânions, e os elementos químicos. Ex: 13 Al+3 -> Z = 13, como é um cátion trivalente (+3) perde três elétrons e finaliza com 10 elétrons. 8O-2 -> Z = 8, como é um ânion bivalente (-2) ganha dois elétrons e finaliza com 10 elétrons. Portanto, o Al+3 e o O-2 são isoeletrônicos, pois no final apresentam o mesmo número de elétrons. Lembre-se de que a perda ou ganho de elétrons sempre ocorre com número atômico (Z) da espécie química. Veja outro exemplo: 20Ca+2 -> Z = 20, como é um cátion bivalente (+2) perde dois elétrons e finaliza com 18 elétrons. 17Cl-1 -> Z = 17, como é um ânion monovalente (-1) ganha um elétron e finaliza com 18 elétrons. Logo, o Ca+2 e o Cl-1 são isoeletrônicos, pois no final apresentam o mesmo número de elétrons, que neste caso é igual a 18. Exercício Resolvido 1: São dados três átomos A, B e C. Sabe-se que: • A tem 21 prótons, B tem número de massa 43 e C tem número atômico 22. • A e B são isótopos, B e C são isóbaros e A e C são isótonos. Qual é o número de massa do átomo A? UNIDADE 1 | ESTRUTURA ATÔMICA 24 Resolução: 21Ax yB43 22Cz A e B são isótopos ⇒ y = 21 B e C são isóbaros ⇒ z = 43 A e C são isótonos, então: x – 21 = z – 22 x – 21 = 43 - 22 x – 21 = 21 x = 42 O número de massa de A é 42. FONTE: Sardella; Falcone ( 2004, p. 75) Exercício Resolvido 2: Considere as representações: 3x + 32 R11x + 15 5x – 8 S12x – 2 4x + 10 T10x + 35 Sabendo que R e S são isótopos, determine os números atômicos (Z) e os números de massa (A) de R, S e T. Resolução: Como sabemos que R e S são isótopos, temos: 3x + 32 = 5x – 8 40 = 2x 20 = x Substituindo o x nas representações, teremos: 92 R235 92S238 90 T 235 TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS 25 Caro acadêmico, é de grande valia que você aprimore seus conhecimentos e contextualize com o seu cotidiano. Sugerimos que você acesse as trilhas de aprendizagem no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) em nosso site: <www.nead.com.br>, lá você encontrará vários materiais como fóruns, enquetes, objetos de aprendizagem etc., que servirão de suporte para complementar o seu aprendizado. DICAS 5 DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA DOS ELEMENTOS QUÍMICOS Linus Carl Pauling é reconhecido como um dos principais químicos do século XX. Estudou química quântica e bioquímica e também é reconhecido como cristalógrafo, biólogo molecular e pesquisador médico. Iniciou a aplicação da Mecânica Quântica em Química e, em 1954, foi galardoado com o prêmio Nobel de Química pelo seu trabalho relativo à natureza das ligações químicas. Linus Carl Pauling é referenciado devido à sua intervenção e perícia em campos diversos como a Química Inorgânica, Química Orgânica, Metalurgia, Imunologia, Anestesiologia, Psicologia e Radioatividade. Recebeu o prêmio Nobel da Paz de 1962, pelo seu movimento contra os testes nucleares e é o único a ter recebido dois Prêmios Nobel não compartilhados. Após sua carreira científica, advogou o uso em maiores concentrações, na alimentação, de vitamina C e outros nutrientes. Ampliou seus estudos nesta área com objetivo a definir Medicina Ortomolecular, que ainda é vista como método não ortodoxo pela Medicina convencional. FONTE: Adaptado de: <http://www.fnquimica.net/t33-biografias-linus-pauling>. Acesso em: 8 mar. 2012. UNIDADE 1 | ESTRUTURA ATÔMICA 26 FIGURA 10 – LINUS PAULING (1901 – 1994 FONTE: <http://polisoquimica.blogspot.com/2010/11/linus-pauling.html>. Acesso em: 23 fev. 2012. 5.1 DIAGRAMA DE LINUS PAULING Linus Pauling desenvolveu um diagrama para o preenchimento da elestrosfera pelos elétrons de um átomo em ordem crescente de energia, em níveis e em subníveis de energia. Cada camada eletrônica ou nível de energia apresenta um número quântico principal (n), que é o valor numérico que se localiza antes do subnível de energia. Confira no quadro a seguir. QUADRO 8 – NÚMEROS QUÂNTICOS PRINCIPAIS Camadas eletrônicas ou Níveis de energia K L M N O P Q Número Quântico Principal (n) 1 2 3 4 5 6 7 Exemplo: 1s2 1 = número quântico principal = camada eletrônica ou nível de energia = K s = subnível. As camadas eletrônicas ou níveis de energia (K, L, M, N, O, P e Q) são subdivididas em quatro subníveis de energia, s, p, d e f. Cada subnível de energia comporta um número máximo de elétrons, que é representado sobre o subnível de energia. Confira na figura a seguir o Diagrama de Linus Pauling. FONTE: A autora TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS 27 K = 1s2 L = 2 s2 2P6 M = 3 s2 3 P6 3d10 N = 4 s2 4 P6 4 d10 4f14 O = 5 s2 5 P6 5 d10 5 f14 P = 6 s2 6 P6 6 d10 Q = 7 s2 7 P6 kbjr FIGURA 11 – DIAGRAMA DE LINUS PAULING FONTE: <http://elixirforexistence.blogspot.com/2009/06/diagrama-de-linus-pauling.html>. Acesso em: 24 fev. 2012. Caro acadêmico, caso seja necessário volte ao assunto sobre o modelo atômico de Niels Bohr para relembrar as camadas ou níveis de energia. UNI Para realizar uma distribuição eletrônica deve-se usar o número atômico (Z) do átomo e respeitar a ordem do diagrama de Linus Pauling. Para isso, basta seguir as setas de cima para baixo na diagonal. A soma dos elétrons dos subníveis deve ser igual ao valor do número atômico do átomo. No final, deve-se indicar a Camada de Valência, ou seja, a camada ou nível com o maior número quântico principal. Veja o exemplo a seguir: Exemplo: Ba56 - 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 Neste caso, a Camada de Valência é 6s2, pois apresenta o maior número quântico principal, que neste caso é 6, assim: 6s2 6 = número quântico principal = camada ou nível P s = subnível UNIDADE 1 | ESTRUTURA ATÔMICA 28 5.2 NÚMEROS QUÂNTICOS Foi a partir dos NÚMEROS QUÂNTICOS que se conseguiu definir de forma excelente a localização dos átomos na eletrosfera. São quatro os números quânticos: - o Número Quântico Principal (n); - o Número Quântico Secundário (ℓ) (ou azimutal); - o Número Quântico Magnético (ml) e; - o Número Quântico Spin (ms ou s). 5.2.1 Número quântico principal (n) Como já vimos, o número quântico principal indica a camada eletrônica ou nível de energia. Esse número indica a distância do elétron em relação ao núcleo, caracteriza a energia do elétron e nos informa o seu nível energético, lembrando que o número quântico principal assume valores de 1 a 7 e que quanto mais afastada do núcleo mais energética é a camada. Veja no quadro a seguir. Segundo o modelo atômico de Sommerfeld, uma mesma camada eletrônica era composta por orbitais de diferentes excentricidades, isso nos faz deduzir que numa mesma camada eletrônica ou nível de energia pode existir mais de um elétron. O número máximo de elétrons que uma camada comporta é calculado pela equação de Rydberg (cientista sueco Johannes Robert Rydberg). Onde n é o número quântico principal. Número máximo de elétrons na camada = 2 n2 Confira no Quadro 9, o número máximo de elétrons em cada camada eletrônica ou nível de energia. QUADRO 9 – NÚMERO MÁXIMO DE ELÉTRONS EM CADA CAMADA ELETRÔNICA OU NÍVEL DE ENERGIA Camada eletrônica ou Nível de energia. K L M N O P Q Número quântico Principal (n). 1 2 3 4 5 6 7 Número máximo de elétrons nas camadas eletrônicas ou níveis de energia. 2 8 18 32 32 18 8 FONTE: A autora TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS 29 Na prática, só se utiliza a equação de Rydberg, até a quarta camada eletrônica, “N”, que apresenta o número quântico, n= 4. A partir da quinta camada eletrônica, “O”, o número máximo de elétrons não correspondeao que se verifica na teoria. UNI 5.2.2 Número quântico secundário (l) ou azimutal Conforme estudamos anteriormente, cada camada eletrônica ou nível de energia é subdividida em subníveis de energia, s, p, d e f, e cada subnível é representado por um número quântico secundário (ℓ), 0, 1, 2 e 3 respectivamente. Logo, cada subnível de energia recebe um número quântico secundário (ℓ) e ainda, comporta um número máximo de elétrons. QUADRO 10 – NÚMERO QUÂNTICO SECUNDÁRIO E NÚMERO MÁXIMO DE ELÉTRONS NOS SUBNÍVEIS DE ENERGIA Subníveis s P d F N° Máx. de elétrons 2 elétrons 6 elétrons 10 elétrons 14 elétrons N° quântico secundário 0 1 2 3 FONTE: A autora 5.2.2.1 Orbitais atômicos Orbital atômico é o local mais provável de se encontrar os elétrons de um átomo. O orbital atômico é representado por um “quadradinho”. Cada subnível de energia possui um número de orbital, que será sempre a metade do número de elétrons que o subnível comporta. Cada orbital possui um número quântico magnético (ml) que se encontra abaixo do mesmo. Veja na figura a seguir, a quantidade de orbitais que cada subnível de energia comporta e a representação dos orbitais (“quadradinhos”). UNIDADE 1 | ESTRUTURA ATÔMICA 30 FIGURA 12 – QUANTIDADE E REPRESENTAÇÃO DE ORBITAIS subnível s: 1 orbital. subnível p: 3 orbitais. subnível d: 5 orbitais. subnível f: 7 orbitais. FONTE: <professorandrebarbosa.blogspot.com/2011/03/cp...>. Acesso em: 22 fev. 2012. 5.2.2.2 Número quântico magnético (m l ) O número quântico magnético está relacionado com a região de maior probabilidade de se encontrar um elétron, chamada de orbital. Como cada orbital comporta no máximo dois elétrons, estes são associados aos subníveis de energia, e devido a isso, apresentam valores variados, -mℓ, à esquerda do zero e +mℓ, à direita do zero. Cada subnível de energia pode apresentar um ou mais orbitais. 5.2.2.3 Número quântico de Spin (m s ) O número quântico de spin indica a rotação do elétron dentro do orbital. Esse número quântico diferencia os elétrons de um mesmo orbital. Conforme o princípio de exclusão de Pauling, cada orbital comporta no máximo dois elétrons de rotações contrárias. Os elétrons são representados por Spins (setas). Note na figura 13, que o orbital do subnível s, está preenchido com dois elétrons, representados pelos spins. Obs.: Tanto o número quântico magnético quanto o número de spin, são definidos através do elétron de diferenciação ou diferenciador, que é o último elétron (spin) distribuído nos orbitais. FIGURA 13 – SUBNÍVEIS DE ENERGIA E SEUS ORBITAIS ATÔMICOS sub-nível orbitais s p d f spins FONTE: <www.escolainterativa.com.br/.../img/quim01.jpg>. Acesso em: 23 fev. 2012. TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS 31 Número quântico de spin (ms): para cima ↑ = +1/2 Número quântico de spin (ms) para baixo ↓ = -1/2 • Regra de Hund: os orbitais devem ser preenchidos primeiramente com todos os spins para cima e depois se necessário para baixo. Confira na figura a seguir que o elétron de diferenciação ou diferenciador se encontra no primeiro orbital, que foi o último elétron (spin) distribuído. FIGURA 14 – PREENCHIMENTOS DOS ORBITAIS ATRAVÉS DOS SPINS FONTE: <img193.imageshack.us/img193/2124/figura.png>. Acesso em: 25 fev. 2012. Caro acadêmico, os orbitais completos com dois elétrons são chamados de emparelhados ou completos, com um elétron é chamado de desemparelhado ou incompleto e sem elétron, vazio. UNI Para se definir os quatros números quânticos deve-se utilizar o subnível mais energético que se encontra no final da distribuição eletrônica. São eles: número quântico principal (n), número quântico secundário (ℓ) ou azimutal, número quântico magnético e número quântico de spin (ms). A figura a seguir demonstra a configuração completa dos quatro números quânticos que acabamos de estudar. UNIDADE 1 | ESTRUTURA ATÔMICA 32 NÚMEROS QUÂNTICOS Nível Principal (n) n = 1,2,3,4,5,6,7 Subnível Secundário (ℓ) ℓ = 0 → s ℓ = 1 → p ℓ = 2 → d ℓ = 3 → f Orbital Magnético (m ou mℓ) □ □□□ □□□□□ □□□□□□□m = 0 -1 0 +1 -2 -1 0 +1 +2 -3 -2 -1 0 +1 +2 +3 Rotação do e- Spin (s ou ms) FIGURA 15 – NÚMEROS QUÂNTICOS 1 2+ 1 2 FONTE: <pessoal.educacional.com.br/up/50280001/.../EstruturaAtomica(1).ppt>. Acesso em: 23 fev. 2012. TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS 33 ENERGIA NUCLEAR: PERIGO PARA O AMBIENTE OU SOLUÇÃO PARA O AQUECIMENTO GLOBAL? Cláudio J. A. Mota, Nilton Rosenbach Jr., Bianca Peres Pinto A estrutura atômica se assemelha ao sistema solar, onde temos o Sol, o maior astro do sistema, e os planetas girando ao seu redor. O átomo é formado por um núcleo, que concentra praticamente toda a sua massa, e elétrons que orbitam ao seu redor. Grande parte da Química não envolve o núcleo atômico, mas apenas os elétrons, responsáveis pelas ligações entre os átomos. O núcleo é composto por partículas subatômicas (Figura 47). O número de prótons caracteriza um determinado elemento químico. Por exemplo, o hidrogênio (H) possui apenas um próton e é o elemento mais simples da natureza. Já o carbono (C) se caracteriza por possuir seis prótons e o oxigênio (O), oito. LEITURA COMPLEMENTAR FIGURA 47 – ESTRUTURA DO NÚCLEO ATÔMICO COM PRÓTONS E NÊUTRONS A massa do átomo é função do número de prótons e de nêutrons no núcleo. Um elemento químico como o urânio (U) pode ter número diferente de nêutrons no seu núcleo. É o que chamamos de isótopos. Por exemplo, hoje em dia é comum a datação de fósseis e objetos antigos com a técnica do carbono 14. A idade de muitas múmias do antigo Egito, assim como de fósseis de dinossauros, pode ser determinada com boa exatidão por esta técnica. Mas o que é carbono 14 e como ele está ligado à energia nuclear? O átomo de carbono pode existir na natureza com diferentes composições do seu núcleo. A forma mais abundante, o carbono 12 (12C) possui 6 prótons e 6 nêutrons. Entretanto, é possível haver átomos de carbono com 5, 7 e até 8 nêutrons, chamados isótopos. O número de prótons não muda, pois ele caracteriza o elemento químico, mas o número de nêutrons pode variar. O átomo de carbono que possui 6 prótons e 8 nêutrons é o carbono 14 (14C) e é instável. Um nêutron do núcleo atômico se transforma em um próton, formando o átomo de nitrogênio, UNIDADE 1 | ESTRUTURA ATÔMICA 34 FIGURA 48 – ESQUEMATIZAÇÃO DE UM PROCESSO NUCLEAR, COM A DESINTEGRAÇÃO DO NÚCLEO DO ELEMENTO 1 PARA FORMAR UM ELEMENTO 2, ELÉTRONS, RADIAÇÃO E ENERGIA As reações nucleares envolvem a transformação de massa em energia, segundo a equação de Einstein, E = mc2, onde c é a velocidade da luz (300.000 Km/s). O valor c2 é muito grande e, portanto, qualquer minúscula variação de massa importa na liberação de uma quantidade enorme de energia. O Sol e todas as estrelas são gigantescos reatores nucleares, explicando a imensa quantidade de energia que fornecem. Na Terra, as usinas nucleares transformam a energia do núcleo atômico do urânio em eletricidade. Os núcleos desse átomo, sob certas condições, se partem formando átomos menores num processo conhecido como fissão nuclear, desprendendo imensas quantidades de energia. Em tempos de aquecimento global, devido ao uso de combustíveis fósseis, muitas pessoas defendem a utilização da energia nuclear, pois ela não produz nenhuma emissão de gases causadores do efeito estufa, que retêm o calor do Sol na atmosfera. Entretanto, a energia nuclear gera resíduos radiativos, que podem ser extremamente nocivos ao homem e à natureza, e precisam ser armazenados liberando radiação. Isto mesmo, o carbono 14 é um isótopo radiativo do carbono e sua decomposição ocorre num ritmo bem conhecido. Assim, a determinação da quantidade de carbono 14 em um fóssil permite estabelecer sua idade. As reações nucleares foram importantes no nascimento do universo, dando origem a todos os elementos químicos encontrados na natureza. Quase todos os elementos possuem isótopos radiativos que, em geral, estão em pequenasproporções. Entretanto, alguns elementos mais pesados, com maior número de prótons e nêutrons, são naturalmente radiativos. Isto ocorre porque seu núcleo é instável e tende a se decompor num ritmo conhecido para formar elementos mais leves. O urânio é um desses elementos. Assim, minerais e compostos de urânio emitem mais radiação que a encontrada na natureza (Figura 48). TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS 35 em local seguro por muitos anos. Há também o risco de acidentes nessas usinas, com liberação de material radiativo para a atmosfera. Um grave acidente ocorreu na usina de Chernobyl, na antiga União Soviética, onde houve uma explosão do reator nuclear liberando grande quantidade de radiação para o ambiente, causando a morte de inúmeras pessoas devido aos efeitos nocivos da radiação. O homem possui tecnologia para domar o átomo e utilizar, de forma segura, a energia nele contido. A energia nuclear é e continuará sendo utilizada pelo homem para satisfazer suas necessidades. Porém, não se pode esperar que ela resolva toda a questão energética e climática do planeta. O uso racional do átomo pode ajudar na diminuição do aquecimento global, mas a massificação das usinas nucleares pode trazer mais riscos ao meio ambiente, que soluções para o clima do planeta. FONTE: Mota, Rosenbach Jr. e Pinto (2010, p. 94-98). Disponível em: <http://www.quimica.seed. pr.gov.br/arquivos/File/AIQ_2011/quimica_energia.pdf>. Acesso em: 8 mar. 2012. 36 Neste tópico, você viu que: • Toda matéria apresenta massa, volume e ocupa um lugar no espaço. • A matéria pode ser classificada como uma substância pura ou mistura. • Uma substância pode ser definida como elementar formada apenas por um elemento e uma mistura pode ser classificada como homogênea (uma fase e um aspecto visual) ou heterogênea (duas ou mais fases e dois ou mais aspectos visuais). • Todas as substâncias são definidas por suas propriedades físicas e químicas. • Os átomos são definidos como as menores partículas que constituem a matéria. Apresentam um núcleo positivo onde estão situados os prótons e nêutrons e uma eletrosfera onde estão situados os elétrons. • O número atômico (Z) é a característica mais importante de um elemento químico, pois é igual ao número de prótons (p) e elétrons (e-) do mesmo. • A massa atômica (A) é resultante da soma do número atômico (Z) com o número de nêutrons (n) é o número de massa (A). • Isótopos são átomos de mesmo elemento químico, possuem o mesmo número atômico (Z), porém apresentam números de massas atômicas (A) diferentes. • Isóbaros são átomos que apresentam o mesmo número de massa atômica (A), porém apresentam números atômicos (Z) diferentes. • Isótonos são átomos com o mesmo número de nêutrons (n), porém apresentam diferentes números atômicos (Z) e números de massas atômicas (A). • Íons são espécies químicas carregadas eletricamente. Cátions são espécies carregadas positivamente e por isso doam elétrons. Ânions são espécies carregadas negativamente e por isso recebem elétrons. • Para os íons, cátions e ânions, o número atômico (Z) é igual ao número de prótons (p), porém, é diferente do número de elétrons (e-). • Isoeletrônicos são espécies químicas que apresentam o mesmo número de elétrons. RESUMO DO TÓPICO 1 37 • Segundo a teoria atômica atual, representada pelo modelo atômico de Niels Bohr, as camadas eletrônicas ou níveis de energia são representadas pelas letras e numeradas pelos números quânticos principais, respectivamente por, K, L, M, N, O, P e Q, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7. • As camadas eletrônicas são divididas em quatro subníveis de energia: (s, p, d e f) e cada subnível de energia apresenta um número de orbitais, 1, 3, 5 e 7, respectivamente. • A distribuição eletrônica é realizada através do Diagrama de Linus Pauling, distribuindo-se o número de elétrons de um átomo, seguindo a ordem crescente de energia em níveis e subníveis, até que a somatória dos números de elétrons dos subníveis seja igual ao número de elétrons do átomo. • Os números quânticos determinam a posição exata do elétron dentro do orbital. • Número quântico principal (n) – determina a camada eletrônica ou nível de energia em que se encontra o elétron. • Número quântico secundário (ℓ) ou azimutal – determina o subnível de energia em que se encontra o elétron. • Número quântico magnético (mℓ) – determina o orbital em que está localizado o elétron. • Número quântico spin (ms) – determina a rotação do elétron localizado no orbital. 38 1 O titânio já foi conhecido como o “metal maravilha” devido às suas qualidades. É mais resistente à corrosão que o aço inoxidável, suas ligas metálicas são empregadas na indústria aeronáutica, em próteses e em implantes dentários. A produção mundial anual de titânio é cerca de 10 milhões de toneladas e as principais reservas estão no Canadá e na Austrália. Sobre o Titânio (Z=22), determine: a) A configuração eletrônica dos elétrons. b) O número de elétrons em cada camada (nível). 2 Faça a distribuição eletrônica dos seguintes elementos: a) Na (Z=11) b) Br (Z=35) c) K (Z=19) 3 Faça a distribuição eletrônica dos seguintes ânions: a) I- (Z=53) b) Cl- (Z=17) c) P3- (Z=15) 4 Faça a distribuição eletrônica dos seguintes cátions, considerando que os elétrons serão retirados do subnível mais energético da última camada. a) Rb+ (Z=37) b) Sr+2 (Z=38) c) B3+ (Z=5) 5 Calcule o número atômico e o número de massa de um átomo que apresenta 30 nêutrons e 26 prótons. 6 Temos os seguintes átomos: 20A40 18B40 20C42 20D44 18E38 a) quais são isótopos? b) quais são isóbaros? c) quais são isótonos? 7 Para o elemento Ouro, representado 79 AU197, pede-se: a) o número atômico; b) o número de massa; c) o número de prótons; d) o número de elétrons; e) o número de nêutrons. AUTOATIVIDADE 39 8 Qual o número máximo de elétrons podem apresentar as camadas eletrônicas ou níveis de energia abaixo: a) n=2 b) n=4 c) n=6 9 Indique o número quântico secundário dos subníveis de energia a seguir. a) f b) p c) d d) s 10 Quantos elétrons possui o átomo de enxofre na camada de valência? 11 Um átomo possui Z = 24 e A = 52. Calcule o número de prótons, elétrons e nêutrons existentes nesse átomo. 12 Um átomo neutro possui 28 elétrons e número de massa 59. Determine-lhe o número de nêutrons e o número atômico. 13 Dois átomos X e Y possuem o mesmo número de massa. Sabendo que o nº atômico de X é 64 e que o átomo Y possui 60 prótons e 94 nêutrons em seu núcleo, calcule o nº de nêutrons do átomo X. 14 Um átomo M possui Z = 17 e número de massa igual ao do átomo N, que apresenta 18 prótons e 19 nêutrons em seu núcleo. Calcule o número de nêutrons existentes no núcleo do átomo M. 15 O elemento 20A42 é isótopo de B, que tem 20 nêutrons. B é isóbaro do elemento C. Sabendo-se que C tem 18 prótons, diga: a) o número atômico dos três elementos; b) número de massa e número de nêutrons dos três elementos; c) qual é isótono de C. 16 Qual o número atômico de um átomo que apresenta, no último nível, os seguintes números quânticos: n = 5 L = 2 m = -1 ms = -1/2 Convenção: o primeiro elétron a ocupar um orbital possui spin igual a +1/2. 17 A camada de valência de um átomo possui a configuração eletrônica 4s24p3. Qual o número atômico desse elemento? 18 Para um elemento genérico X de número atômico 34, faça o que se pede: a) Utilizando o Diagrama de Linus Pauling, realize a distribuição eletrônica. b) Indique os quatro números quânticos (n, ℓ, m ℓ e ms) para o último elétron distribuído. c) Quantos orbitais desemparelhados existem no elemento neutro? d) Realize a distribuição eletrônica para o íon 34X2+ 40 19 Os átomos K e L são isóbaros e apresentam as seguintes características: 10 + x K 5x 11 + x L 4x + 8 Determine os números atômicos e os números de massa de K e L. 20 São dadas as seguintes informações relativas aos átomos A, B e C: a) A é isóbaro de
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