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INFORMAÇÕES 27. 99703.5236 | 99932.9815 APOSTILA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Referente ao edital do Concurso SEDU 2018 Curso Preparatório de Conhecimentos Pedagógicos MATRÍCULAS www.PROFDAVI.com.br FALE DIRETO COM A GENTE https://api.whatsapp.com/message/DLHO2GKTEH3QC1 Curso Completo 200,00 SEDU-ES 2021 CURSO PREPARATÓRIO CONCURSO DA https://www.profdavi.com.br/ https://api.whatsapp.com/message/DLHO2GKTEH3QC1 https://api.whatsapp.com/message/DLHO2GKTEH3QC1 APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 1 Atomística Histórico A preocupação com a constituição da matéria surgiu em meados do século V a. C., na Grécia, onde filósofos criavam várias teorias para tentar explicar o universo. Um deles, Empócledes, acreditava que toda a matéria era formada por quatro elementos: água, terra, fogo e ar, que eram representados pelos seguintes símbolos: Anos mais tarde, por volta de 350 a. C., o muito conhecido e famoso Aristóteles retomou a ideia de Empócledes e aos quatro elementos foram atribuídas as “qualidades” quente, frio, úmido e seco, conforme pode ser observado na figura abaixo: De acordo com esses filósofos tudo no meio em que vivemos seria formado pela combinação desses quatro elementos em diferentes proporções. Entretanto em de 400 a. C., os filósofos Leucipo e Demócrito elaboraram uma teoria filosófica (não científica) segundo a qual toda matéria era formada devido a junção de pequenas partículas indivisíveis denominadas átomos (que em grego significa indivisível). Para estes filósofos, toda a natureza era formada por átomos e vácuo. Leis Ponderais No final do século XVIII, Lavoisier e Proust realizaram experiências relacionado as massas dos participantes das reações químicas, dando origem às Leis das combinações químicas (Leis ponderais). Lei de Lavoisier: A primeira delas, a Lei da Conservação de Massas, ou Lei de Lavoisier é uma lei da química que muitos conhecem por uma célebre frase dita pelo cientista conhecido como o pai da química moderna, Antoine Laurent de Lavoisier: “Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” Em seus vários experimentos, Lavoisier concluiu que: “Num sistema fechado, a massa total dos reagentes é igual à massa total dos produtos” Então, em uma reação química não há alteração na quantidade de átomos, eles apenas se recombinam. Logo como não existe destruição nem criação de matéria, a massa dos reagentes sempre será igual a massa dos produtos. Ou seja: Lei de Proust O químico Joseph Louis Proust observou que em uma reação química a relação entre as massas das substâncias participantes é sempre constante. A Lei de Proust ou a Lei das proporções definidas diz que dois ou mais elementos ao se combinarem para formar substâncias, conservam entre si proporções definidas. Em resumo a lei de Proust pode ser resumida da seguinte maneira: "Uma determinada substância composta é formada por substâncias mais simples, unidas sempre na mesma proporção em massa". Na tabela abaixo vemos um exemplo prático de como a lei de Proust pode ser entendida: Experimento Hidrogênio (g) Oxigênio (g) Água (g) I 10 80 90 II 2 16 18 III 1 8 9 IV 0,4 3,2 3,6 Portanto se a massa de uma molécula de água é 18g, é o resultado da soma das massas atômicas do hidrogênio e do oxigênio. H – massa atômica = 1 → 2 x 1 = 2g (2 átomos de H) O – massa atômica = 16 → 1 x 16 = 16g (1 átomo de O) Então 18g de água tem sempre 16g de oxigênio e 2g de hidrogênio. A molécula água está na proporção 1:8 (para cada quantidade de H2 usa se oito vezes a quantidade de O2). Se 36g de água forem separados, serão produzidos 4g de H2 e 32g de O2, e assim por diante. Teoria Atômica de Dalton Em 1808, John Dalton propôs uma teoria para explicar essas leis ponderais, denominada teoria atômica, criando o primeiro modelo atômico científico, em que o átomo seria maciço e indivisível. A teoria proposta por ele pode ser resumida da seguinte maneira: - Tudo que existe na natureza é formado por pequenas partículas microscópicas denominadas átomos; - Estas partículas, os átomos, são indivisíveis (não é possível seccionar um átomo) e indestrutíveis (não se consegue destruir mecanicamente um átomo); 1. Modelos atômicos. Apostila Digital Licenciada para Marina Almeida Damaceno - daviteodoroad@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 2 - O número de tipos de átomos (respectivos a cada elemento) diferentes possíveis é pequeno; -Átomos de elementos iguais sempre apresentam características iguais, bem como átomos de elementos diferentes apresentam características diferentes. Sendo que, ao combiná-los, em proporções definidas, compreenderemos toda a matéria existente no universo; -Os átomos assemelham-se a esferas maciças que se dispõem através de empilhamento; -Durante as reações químicas, os átomos permanecem inalterados. Apenas se combinam em outro arranjo. Ao mesmo tempo da publicação dos trabalhos de Dalton foi desenvolvido o estudo sobre a natureza elétrica da matéria, feita no início do século XIX pelo físico italiano Volta, que criou a primeira pilha elétrica. Isso permitiu a Humphry Davy descobrir dois novos elementos químicos: o potássio (K) e o sódio (Na). A partir disso, os trabalhos a respeito da eletricidade foram intensificados. Em meados de 1874, Stoney admitiu que a eletricidade estava intimamente associada aos átomos em que quantidades discretas e, em 1891, deu o nome de elétron para a unidade de carga elétrica negativa. A descoberta do elétron Em meados do ano de 1854, Heinrich Geissler desenvolveu um tubo de descarga que era formado por um vidro largo, fechado e que possuía eletrodos circulares em suas pontas. Ele notou que quando se produzia uma descarga elétrica no interior do tubo de vidro, utilizando um gás que estivesse sob baixa pressão, a descarga deixava de ser barulhenta, e no tubo uma cor aparecia que iria depender do gás, de sua pressão e da voltagem a ele aplicada. Um exemplo dessa experiência são as lâmpadas de neon que normalmente se usa em estabelecimentos como placa. Já em 1875, William Crookes se utilizou de gases bastante rarefeitos, ou seja, que estavam em pressões muito baixas, e os colocou em ampolas de vidro. Neles aplicou voltagens altíssimas e assim, emissões denominadas raios catódicos surgiram. Isso porque esses raios sempre se desviam na direção e sentido da placa positiva, quando são submetidos a um campo elétrico externo e uniforme, o que prova que os raios catódicos são de natureza negativa. Esse desvio ocorre sempre da mesma maneira, seja lá qual for o gás que se encontra no interior da ampola. Isso fez os cientistas imaginarem que os raios catódicos seriam formados por minúsculas partículas negativas, e que estas existem em toda e qualquer matéria. A tais partículas deu-se o nome de elétrons. Assim, pela primeira vez na história, constatava-se a existência de uma partícula subatômica, o elétron. Modelo atômico de Thomson No final do século XIX, Thomson, utilizando uma aparelhagem semelhante, demonstrou que esses raios poderiam ser considerados como um feixe de partículas carregados negativamente, uma vez que que eram atraídos pelo polo positivo de um campo elétrico externo e independiam do gás contido no tubo. Thomson concluiu que essas partículas negativas deveriam fazer parte dos átomos componentes da matéria, sendo denominados elétrons. Após isto, propôs um novo modelo científico para o átomo. Para Thomson, o átomo era uma esfera maciça de carga elétrica positiva “recheada” de elétrons de carga negativa. Esse modelo ficou conhecido como “pudim de passas”. Este modelo derruba a ideia de que o átomo é indivisível e introduz a natureza elétrica da matéria. A descoberta do próton Em 1886, Goldstein, físico alemão, provocando descargas elétricas num tubo a pressão reduzida (10 mmHg) e usandoum cátodo perfurado, observou a formação de um feixe luminoso (raios canais) no sentido oposto aos raios catódicos e determinou que esses raios era constituídos por partículas positivas Os raios canais variam em função do gás contido no tubo. Quando o gás era hidrogênio, obtinham-se os raios com partículas de menor massa, as quais foram consideradas as partículas fundamentais, com carga positiva, e denominadas próton pelo seu descobridor, Rutherford, em 1904. A descoberta da radioatividade Wilhelm Conrad Röntgen foi um físico alemão que, em 8 de novembro de 1895, realizando experimentos em que utilizava gases altamente rarefeitos em uma ampola de Crookes, descobriu acidentalmente que, a partir da parte externa do tubo, eram emitidos raios que conseguiam sensibilizar chapas fotográficas. Ele chamou esses raios de raios X. Isso possibilitou que, em 1886, Becquerel descobrisse a radioatividade e a descoberta do primeiro elemento capaz de emitir radiações semelhantes ao raio X: o urânio. Logo a seguir o casal Curie descobriu dois outros elementos radioativos: o polônio e o rádio. Com a finalidade de estudar as radiações emitidas pelos elementos radioativos, foram realizados vários tipos de experimentos, dentre os quais o mais conhecido é o representado a seguir, em que as radiações são submetidas a um campo eletromagnético externo. A experiência de Rutherford Em meados do século de XX, dentre as inúmeras experiências realizadas por Ernest Rutherford e seus colaboradores, uma ganhou destaque por mostrar que o modelo proposto por Thomson era incorreto. A experiência consistiu em bombardear uma fina folha de ouro com partículas positivas e pesadas, chamada de α (alfa), emitidas por um elemento radioativo chamado polônio. Apostila Digital Licenciada para Marina Almeida Damaceno - daviteodoroad@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 3 Rutherford observou que: - Grande parte das partículas α passaram pela folha de ouro sem sofrer desvios; - Algumas partículas α desviaram (B) com determinados ângulos de desvios; - Poucas partículas não atravessaram a folha de ouro e voltaram (C). O Modelo de Rutherford A experiência da “folha de ouro” realizada pelo neozelandês Ernest Rutherford foi o marco decisivo para o surgimento de um novo modelo atômico, mais satisfatório, que explicava de forma mais clara uma série de eventos observados: O átomo deve ser constituído por duas regiões: I - Um núcleo, pequeno, positivo e possuidor de praticamente toda a massa do átomo; II - Uma região positiva, praticamente sem massa, que envolveria o núcleo. A essa região se deu o nome de eletrosfera. Para que fique mais claro, vamos agora relacionar o modelo de Rutherford com as conclusões encontrados em sua experiência. Observações Conclusões Grande parte das partículas alfa atravessaram a lâmina sem desviar o curso. Boa parte do átomo é vazio. No espaço vazio (eletrosfera) provavelmente estão localizados os elétrons. Poucas partículas alfa (1 em 20000) não atravessam a lâmina e voltavam. Deve existir no átomo uma pequena região onde está concentrada sua massa (o núcleo). Algumas partículas alfa sofriam desvios de trajetória ao atravessar a lâmina. O núcleo do átomo deve ser positivo, o que provoca uma repulsão nas partículas alfa (positivas). Em resumo: o modelo de Rutherford representa o átomo consistindo em um pequeno núcleo rodeado por um grande volume no qual os elétrons estão distribuídos. O núcleo carrega toda a carga positiva e a maior parte da massa do átomo. Rutherford comparou seu modelo atômico com o sistema planetário, onde os planetas (elétrons), giram em torno do Sol (núcleo). O Átomo Moderno Quando Rutherford realizou seu experimento com um feixe de partículas alfa, e propôs um novo modelo para o átomo, houve algumas controvérsias. Entre elas era que o átomo teria um núcleo composto de partículas positivas denominadas prótons. No entanto, Rutherford concluiu que, embora os prótons contivessem toda a carga do núcleo, eles sozinhos não podem compor sua massa. O problema da massa extra foi resolvido quando, em 1932, o físico inglês J. Chadwick descobriu uma partícula que tinha aproximadamente a mesma massa de um próton, mas não era carregada eletricamente. Por ser a partícula eletricamente neutra, Chadwick a denominou de nêutron. Hoje, acreditamos que, com uma exceção, o núcleo de muitos átomos contém ambas as partículas: prótons e nêutrons, chamados núcleons. (A exceção é o núcleo de muitos isótopos comuns de hidrogênio que contém um próton e nenhum nêutron.) Como mencionamos, é geralmente conveniente designar cargas em partículas em termos de carga em um elétron. De acordo com esta convenção, um próton tem uma carga de +1, um elétron de -1, e um nêutron de 0. Em resumo, podemos então descrever um átomo como um núcleo central, que é pequeníssimo, mas que contém a maior parte da massa, e é circundado por uma enorme região extra nuclear contendo elétrons (carga -). O núcleo contém prótons (carga +) e nêutrons (carga 0). O átomo como um todo não tem carga devido ao número de prótons ser igual ao número de elétrons. A soma das massas dos elétrons em um átomo é considerada desprezível em comparação com a massa dos prótons e nêutrons. O Modelo de Bohr Apesar de o modelo proposto por Rutherford esclarecer muitas questões sobre a dispersão das partículas alfa (prótons), ele tinha certas falhas na explicação de alguns outros fenômenos, como por exemplo os espectros atômicos. Niels Bohr propôs então outro modelo mais completo, que melhor representava e explicava o átomo e sua natureza. Inicialmente para explicar seu modelo, Bohr agrupou uma certa quantidade de postulados e hipóteses (afirmações aceitas como verdadeira, sem demonstrações), onde podem ser resumidas em cinco: - Os elétrons circulam o núcleo do átomo fazendo em círculos em “camadas” ou “níveis”; - Cada nível tem um valor específico de energia; - Um elétron não pode permanecer entre dois níveis, ou ele está em um ou em outro; - Um elétron pode passar de um nível menos energético para um mais energético desde que absorva emergia externa; - Quando o elétron retorna para seu nível de energia inicial ele libera a energia absorvida. Apostila Digital Licenciada para Marina Almeida Damaceno - daviteodoroad@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 4 Bohr dividiu a eletrosfera em 7 níveis (K,L,M,N,O,P e Q), onde K é a mais próxima do núcleo e Q a mais afastada. Umas das novidades mais relevantes que é oferecida pelo átomo de Bohr é quantização da energia dos elétrons, ou seja, valores de energia determinados. Esse último modelo atômico é o utilizado hoje em dia, por conta das contribuições mais relevantes seu nome é modelo de Rutherford-Bohr. Número atômico e número de massa Um átomo individual (ou seu núcleo) é geralmente identificado especificando dois números: o número atômico Z e o número de massa A. O número atômico (Z) é o número de prótons no núcleo. Como um átomo é um sistema eletricamente neutro, se conhecermos o seu número atômico, teremos então duas informações: o número de prótons e o número de elétrons. O número de massa (A) é o número total de núcleons (prótons mais nêutrons) no núcleo. Pode-se ver destas definições que o número de nêutrons no núcleo é igual a A - Z. Um átomo específico é identificado pelo símbolo do elemento com número atômico Z como um índice inferior e o número de massa como um índice superior. Assim, Indica um átomo do elemento X com o número atômico Z e número de massa A. Por exemplo: Refere-se a um átomo de oxigênio comum número atômico 8 e um número de massa 16. Todos os átomos de um dado elemento têm o mesmonúmero atômico, porque todos têm o mesmo número de prótons no núcleo. Por esta razão, o índice inferior representando o número atômico é algumas vezes omitido na identificação de um átomo individual. Por exemplo, em vez de escrever 16O8, é suficiente escrever 16O, para representar um átomo de oxigênio 16. Íons Os átomos podem perder ou ganhar elétrons, originando novos sistemas, carregados eletricamente: os íons. Nos íons, o número de prótons é diferente do número de elétrons. Os átomos, ao ganharem elétrons, originam íons negativos, ou ânions, e, ao perderem elétrons, originam íons positivos, os cátions. Cátions (íons positivos) Em um cátion, o número de prótons é SEMPRE maior do que o número de elétrons. Veja abaixo um exemplo de cátion: K (Z=19) Número de prótons: 19 carga = +19 Número de elétrons: 19 carga = -19 Carga elétrica total: +19 – 19 = 0 K+ (Z=19) Número de prótons: 19 carga: +19 Número de elétrons: 18 carga: -18 Carga elétrica total: +19 -18= +1 Ânions (íons negativos) Em um ânion, o número de prótons é menor do que o número de elétrons. Vamos agora relacionar o átomo de enxofre (S) com seu ânion bivalente (S2-). S (Z=16) Número de prótons: 16 carga = +16 Número de elétrons: 16 carga = -16 Carga elétrica total: +16 -16 =0 S2- (Z=16) Número de prótons: 16 carga = +16 Número de elétrons: 18 carga = -18 Carga elétrica total: +16 -18 = -2 O Elemento Químico Um elemento químico é definido como sendo o conjunto formado por átomos de mesmo número atômico (Z). A cada elemento químico atribui-se um nome; a cada nome corresponde um símbolo e, consequentemente, a cada símbolo corresponde um número atômico. Elemento químico Símbolo Número atômico Hidrogênio H 1 Oxigênio O 8 Cálcio Ca 20 Cobre Cu 29 Prata Ag 47 Platina Pt 78 Mercúrio Hg 80 Relações atômicas Isótopos Átomos de um dado elemento podem ter diferentes números de massa e, portanto, massas diferentes porque eles podem ter diferentes números de nêutrons em seu núcleo. Como mencionado, tais átomos são chamados isótopos. Exemplo: considere os três isótopos de oxigênio de ocorrência natural: 16O8, 17O8 e 18O8. Cada um destes tem 8 prótons no seu núcleo. (Isto é o que faz com que seja um átomo de oxigênio.). Átomos Prótons Nêutrons Elétrons H1 1 1 0 1 H1 2 1 1 1 H1 3 1 2 1 08 16 8 8 8 08 17 8 9 8 08 18 8 10 8 U92 234 92 142 92 U92 235 92 143 92 U92 238 92 146 92 Número de prótons = número de elétrons Número de massa = número de prótons + número de nêutrons ÍONS: Número de prótons ≠ Número de elétrons Apostila Digital Licenciada para Marina Almeida Damaceno - daviteodoroad@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 5 Devido aos isótopos de um elemento apresentar diferentes números de nêutrons, eles têm diferentes massas. Isóbaros São átomos de diferentes números de próton, mas que possuem o mesmo número de massa (A). Assim, são átomos de elementos químicos diferentes, mas que têm mesma massa, já que um maior número de prótons será compensado por um menor número de nêutrons, e assim por diante. Desse modo, terão propriedades físicas e químicas diferentes. Por exemplo 40K19 e 40Ca20, que tem a mesma massa, 40. Isótonos São átomos de diferentes números de prótons e de massa, mas que possuem mesmo número de nêutrons. Ou seja, também são elementos diferentes, com propriedades físicas e químicas diferentes. Por exemplo 37Cl17 e o 40Ca20, que tem o mesmo número de nêutrons, 20. Isoeletrônicos São átomos e íons que possuem a mesma quantidade de elétrons. Por exemplo o átomo de neônio, 20Ne10, e o cátion de sódio 23Na11+1. Ambos possuem 10 elétrons, logo são isoeletrônicos um do outro. Questões 01. (Unesp-SP) Numa viagem, um carro consome 10 kg de gasolina. Na combustão completa deste combustível, na condição de temperatura do motor, formam-se apenas compostos gasosos. Considerando-se o total de compostos formados, pode-se afirmar que os mesmos: (A) não têm massa. (B) pesam exatamente 10 kg. (C) pesam mais que 10 kg. (D) pesam menos que 10 kg. (E) são constituídos por massas iguais de água e gás carbônico. 02. (Fuvest 2008) Devido à toxicidade do mercúrio, em caso de derramamento desse metal, costuma-se espalhar enxofre no local, para removê-lo. Mercúrio e enxofre reagem, gradativamente, formando sulfeto de mercúrio. Para fins de estudo, a reação pode ocorrer mais rapidamente se as duas substâncias forem misturadas num almofariz. Usando esse procedimento, foram feitos dois experimentos. No primeiro, 5,0 g de mercúrio e 1,0 g de enxofre reagiram, formando 5,8 g do produto, sobrando 0,2 g de enxofre. No segundo experimento, 12,0 g de mercúrio e 1,6 g de enxofre forneceram 11,6 g do produto, restando 2,0 g de mercúrio. Mostre que os dois experimentos estão de acordo com a lei da conservação da massa (Lavoisier) e a lei das proporções definidas (Proust). 03. (UEL-PR) 46,0 g de sódio reagem com 32,0 g de oxigênio formando peróxido de sódio. Quantos gramas de sódio são necessários para se obter 156 g de peróxido de sódio? 04. (UFMG-MG) Em um experimento, soluções aquosas de nitrato de prata, AgNO3, e de cloreto de sódio, NaCl, reagem entre si e formam cloreto de prata, AgCl, sólido branco insolúvel, e nitrato de sódio, NaNO3, sal solúvel em água. A massa desses reagentes e a de seus produtos estão apresentadas neste quadro: REAGENTES PRODUTOS AgNO3 NaCl AgCl NaNO3 1,699g 0,585g X 0,850g Considere que a reação foi completa e que não há reagentes em excesso. Assim sendo, é CORRETO afirmar que X, ou seja, a massa de cloreto de prata produzida é: (A) 0,585 g. (B) 1,434 g. (C) 1,699 g. (D) 2,284 g. (E) 2,866 g. 05. (Fuvest-SP) Quando 96g de ozônio se transformam completamente, a massa de oxigênio comum produzida é igual a: (A) 32g. (B) 48g. (C) 64g. (D) 80g. (E) 96g. 06. (ETFSP) No fim do século XIX começaram a aparecer evidências de que o átomo não era a menor partícula constituinte da matéria. Em 1897 tornou-se pública a demonstração da existência de partículas negativas, por um inglês de nome: (A) Dalton; (B) Rutherford; (C) Bohr; (D) Thomson; (E) Proust. 07. (Puc - RS) O átomo, na visão de Thomson, é constituído de: (A) níveis e subníveis de energia. (B) cargas positivas e negativas. (C) núcleo e eletrosfera. (D) grandes espaços vazios. (E) orbitais. 08. (ESPM-SP) O átomo de Rutherford (1911) foi comparado ao sistema planetário (o núcleo atômico representa o sol e a eletrosfera, os planetas): Eletrosfera é a região do átomo que: (A) contém as partículas de carga elétrica negativa. (B) contém as partículas de carga elétrica positiva. (C) contém nêutrons. (D) concentra praticamente toda a massa do átomo. (E) contém prótons e nêutrons 09. (FUCMT-MT) O íon de ²³Na11+ contém: (A)11 prótons, 11 elétrons e 11 nêutrons. (B)10 prótons, 11 elétrons e 12 nêutrons. (C)23 prótons, 10 elétrons e 12 nêutrons. (D)11 prótons, 10 elétrons e 12 nêutrons. (E)10 prótons, 10 elétrons e 23 nêutrons. 10. (Fuvest – SP) O número de elétrons do cátion X2+ de um elemento X é igual ao número de elétrons do átomo neutro de um gás nobre. Este átomo de gás nobre apresenta número atômico 10 e número de massa 20. O número atômico do elemento X é: (A) 8 (B) 10 (C) 12 (D) 18 (E) 20 Respostas 1 – Alternativa B Interpretação direta da Lei de conservação das massas de Lavoisier: Massa dos reagentes = massa dos produtos; 2 - Mercúrio + Enxofre → Sulfeto de mercúrio + Excesso I. 5,0 g 1,0 g 5,8 g 0,2 g de enxofre Apostila Digital Licenciada para Marina Almeida Damaceno - daviteodoroad@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO ConhecimentosEspecíficos 6 II. 12,0 g 1,6 g 11,6 g 2,0 g de mercúrio A soma da massa dos reagentes é igual a soma das massas dos produtos (Lei de Lavoisier). Massas que reagiram efetivamente: Mercúrio + Enxofre → Sulfeto de mercúrio I. 5,0 g 0,8 g 5,8 g II. 10,0 g 1,6 g 11,6 g As proporções são mantidas: ao dobrar a quantidade de mercúrio de 5 para 10, também foi dobrada a quantidade de enxofre e de sulfeto de mercúrio (Lei de Proust). 3 - Pela lei da conservação das Massas: Sódio + Oxigênio → Peróxido de Sódio 46 g + 32 g 78g Pela lei das proporções definidas: Sódio + Oxigênio → Peróxido de Sódio 92g + 64g 156g Ou seja, são necessários 92g de sódio para se obter 156g de peróxido de sódio 4 - Alternativa B Primeiro se soma a massa dos reagentes para podermos determinar a massa total: 1,699g + 0,585g = 2,284g. Em seguida basta subtrair o a massa do NaNO3 desse valor: 2,284g – 0,850 = 1,434g. Logo a massa de AgCl produzida é 1,434g. 5 - Alternativa E Interpretação direta da Lei de conservação das massas de Lavoisier: Massa dos reagentes = massa dos produtos; 6 – Alternativa D Thomson provou experimentalmente a existência de partículas negativas no átomo. 7 – Alternativa B Thomsom propôs que o átomo era formado por uma esfera maciça de carga positiva e que junta a ela existiam pequenas partículas de carga negativa, esse modelo ficou famoso pelo nome de “pudim de passas”. 8 – Alternativa A Segundo Rutherford, o no átomo seu núcleo representava praticamente toda a sua massa e era composto por partículas de cargas positivas (prótons), e ao seu redor as partículas de cargas negativas (elétrons) ficavam circundando o núcleo em uma região denominada eletrosfera. 9 – Alternativa D Seu número atômico (11) representa seu número de prótons, seu número de elétrons seria o mesmo se ele não tivesse carga, mas como foi estudado o íon ²³Na11+ apresenta uma carga positiva, logo sabemos que ele “perdeu” um elétron, ou seja, possui 10. E seu número de nêutrons é a diferença da massa atômica menos o número de prótons: 23 – 11 = 12. 10 – Alternativa C Como sabemos que é um gás nobre ele não apresenta carga, logo seu número atômico é igual ao seu número de prótons e a seu número de elétrons, ou seja, 10. O elemento X está com carga positiva de +2 e se atualmente ele tem o mesmo número de elétrons que o gás nobre basta somarmos os 2 elétrons faltando com os que ele possui: 10 + 2 =12. 1Usberco, J.; Salvador, E. 2002. Química. Editora Saraiva. Classificação periódica dos elementos Histórico Um dos esforços mais antigos, no sentido de se encontrar uma relação no comportamento dos elementos com propriedades similares, foi o método de separar os elemento em grupos de três denominados tríades. Nessas tríades, a massa atômica de um elemento era aproximadamente a média aritmética dos pesos atômicos dos outros dois. Isto foi proposto pelo químico alemão J.W. Dobereiner, em 1829. No ano de 1862, Alexandre-Émile Béguyer de Chancourtois ordenou os valores de massas atômicas ao longo de linhas espirais traçadas nas paredes de um cilindro, dando origem ao parafuso telúrico, em que os elementos que apresentavam propriedades similares estavas reunidos numa linha vertical. Em 1866, John A. R. Newlands desenvolveu um rearranjo dos elementos químicos denominado lei das oitavas. Essa forma de classificação consistia em colocar os elementos agrupados de sete em sete, em ordem crescente de massa atômica. A partir dessa classificação Newlands observou que o primeiro elemento tinha propriedades semelhantes ao oitavo, e assim por diante. Diante disso, ele chamou esta descoberta de Lei das oitavas uma vez que as características se repetiam de sete em sete, como as notas musicais. Em meados de 1869, Lothar Meyer e Dimitri Ivanovich Mendeleev, independentemente, criaram tabelas periódicas dos elementos (semelhantes às usadas atualmente) onde os elementos eram colocados em ordem crescente de massas atômicas. Essas tabelas foram criadas quando tinham conhecimento de apenas 63 elementos químicos.1 Mendeleev ordenou os elementos em linhas horizontais, chamadas de períodos, e em linhas verticais, de grupos, contendo elementos com propriedades similares. Veja a seguir a tabela de Mendeleev. 2. Classificação periódica dos elementos químicos. Apostila Digital Licenciada para Marina Almeida Damaceno - daviteodoroad@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 7 Nesta tabela é possível observar que existe espaços vazios e asteriscos. Estes espaços representam elementos não conhecidos e os asteriscos os elementos que foram previstos por Mendeleev. Esta classificação proposta por Mendeleev foi utilizada até 1913, quando Mosely verificou que as propriedades dos elementos eram dadas pela sua carga nuclear (número atômico-Z). Sabendo-se que em um átomo o número de prótons é igual ao número de elétrons, ao fazermos suas distribuições eletrônicas, verificamos que a semelhança de suas propriedades químicas está relacionada com o número de elétrons de sua camada de valência, ou seja, pertencem à mesma família. Com base nessa constatação, foi proposta a tabela periódica atual, na qual os elementos químicos: - Estão dispostos em ordem crescente de número atômico (Z); - Originam os períodos na horizontal (em linhas); - Originam as famílias ou os grupos na vertical (em colunas). Fonte: www.omundodaquimica.com.br Distribuição Eletrônica2 Bohr propôs que existiam 7 camadas nomeadas K, L, M, N, O, P e Q, e os subníveis propostos pelos estudos subsequentes foram nomeados de s, p, d e f, onde cada camada e cada subnível tem um limite de quantos elétrons eles “abrigam”. A tabela a seguir mostra o número de elétrons que cada camada pode ter assim como os subníveis presentes nela. Canada Nível Subnível Número de elétrons K 1 s 2 L 2 s p 8 M 3 s p d 18 N 4 s p d f 32 O 5 s p d f 32 P 6 s p d 18 Q 7 s p 8 A Distribuição dos Elétrons Os estudos seguintes vieram a mostrar como os elétrons deveriam ser distribuídos dentro dos subníveis de cada camada, onde o químico Linus Carl Pauling criou um método 2Sardella, A.; Química – São Paulo, 2003. Editora Ática. prático que nos dá a ordem crescente de energia dos subníveis. O Diagrama de Pauling mostra a sequência de ocupação dos elétrons onde, na eletrosfera, os elétrons vão ocupando as posições de menor energia. Assim ele conseguiu mostrar de maneira facilitada essa ordem de posicionamento. Essa sequência que é feita através do diagrama de Pauling é chamada de Distribuição Eletrônica ou configuração eletrônica. Seguinte esse diagrama a ordem crescente de energia para a distribuição dos elétrons é: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 7s2 5f14 6d10 Para realizar essa distribuição, algumas regras devem ser seguidas: - O número de elétrons a ser distribuído deve ser correspondente ao do átomo, estando ele no estado fundamental ou em forma de íon; - A última camada não deve ultrapassar 8 elétrons; - A penúltima camada não deve ultrapassar 18 elétrons; - A última camada que contém elétrons é chamada de camada de valência. Na tabela seguinte vemos alguns exemplos de distribuição eletrônica: Elemento Número de elétrons Distribuição Eletrônica He (Hélio) 2 1s2 K = 2 Cl (Cloro) 17 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 K = 2, L = 8, M = 7 Zr (Zircônio) 40 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d104p6 5s2 4d2 K = 2, L = 8, M = 18, N = 10, O =2 Pt (Platina) 78 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s1 4f14 5d9 K = 2, L = 8, M = 18, N = 32, O = 17, P = 1 Pt2+ (Cátion) 76 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s1 4f14 5d7 K = 2, L = 8, M = 18, N = 32, O = 17, P = 1 Tabela periódica atual: Os elementos são agrupados em ordem crescente de seu número atômico (Z), observando-se a repetição periódica de muitas de suas propriedades. Apostila Digital Licenciada para Marina Almeida Damaceno - daviteodoroad@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 8 Como utilizar a tabela periódica? Cada quadro da tabela fornece os dados referentes ao elemento químico: símbolo, massa atômica, número atômico, nome do elemento, elétrons nas camadas e se o elemento é radioativo. As colunas verticais constituem as famílias ou grupos, nas quais os elementos estão reunidos segundo suas propriedades químicas. As filas horizontais são denominadas períodos. Neles os elementos químicos estão dispostos na ordem crescente de seus números atômicos. O número da ordem do período indica o número de níveis energéticos ou camadas eletrônicas do elemento. Famílias ou Grupos As Famílias da Tabela Periódica são distribuídas de forma vertical, em 18 colunas. Os elementos químicos que estão localizados na mesma coluna da Tabela Periódica são considerados da mesma família pois possuem propriedades semelhantes. Esses elementos fazem parte de um mesmo grupo porque apresentam a mesma configuração de elétrons na última camada. A tabela periódica atual é constituída por 18 famílias, a nomenclatura pode ser feita de duas maneiras. A primeira é dividir as famílias em A (de IA até VIIIA) e B (que pode ser considerada uma pequena bagunça, já que segue a ordem: 3B- 4B-5B-6B-7B-8B-8B-8B-1B-2B), onde “A” relaciona os metais alcalinos e alcalinos terrosos, gases nobres, halogênios, semi- metais, e ametais. E “B” é formada pelos metais de transição. A segunda maneira e mais recente adotada é bem mais simples, pois ela nomeia as famílias de 1 a 18. Famílias A Os elementos que constituem essas famílias são denominados elementos representativos, e seus elétrons mais energéticos estão situados em subníveis s ou p. Nas famílias A, o número da família indica a quantidade de elétrons na camada de valência. Elas recebem ainda nomes característicos. Famílias B Os elementos dessas famílias são denominados genericamente elementos de transição. Uma parte deles ocupa o bloco central da tabela periódica, de IIIB até IIB (10 colunas), e apresenta seu elétron mais energético em subníveis d. A outra parte deles está deslocada do corpo central, constituindo as séries dos lantanídeos e dos actinídeos. Essas séries apresentam 14 colunas. O elétron mais energético está contido em subnível f (f1 a f14). O esquema a seguir mostra o subnível ocupado pelo elétron mais energético dos elementos da tabela periódica. Períodos ou séries Cada fila horizontal da tabela periódica constitui o que chamados de período ou série de elementos. Cada período corresponde ao número de camadas eletrônicas existentes nos elementos que os constituem. Os períodos são sete conforme pode ser observado no esquema abaixo. Informações importantes: 1. A família 0 (8A) recebeu esse número para indicar que sua reatividade nas condições ambientes é nula. 2. O elemento hidrogênio (H), embora não faça parte da família dos metais alcalinos, está representado na coluna IA por apresentar 1 elétron no subnível s na camada de valência. 3. O único gás nobre que não apresenta 8 elétrons na camada de valência é o He: 1s2. Apostila Digital Licenciada para Marina Almeida Damaceno - daviteodoroad@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 9 Períodos Camadas eletrônicas 1 1 (K) 2 2 (K, L) 3 3 (K, L, M) 4 4 (K, L, M, N) 5 5 (K, L, M, N, O) 6 6 (K, L, M, N, O, P) 7 7 (K, L, M, N, O, P) Vejamos agora alguns exemplos de localização na tabela periódica: 1H — 1s1: 1° camada (K) 4Be — 1s2 2s2: 2° camada (K, L) 11Na— 1s2 2s2 2p6 3s1: 3°camada (K, L, M) 13Al — 1s2 2s2 2p6 3s2 3p1: 3° camada. Lantanídeos e Actinídeos As séries dos lantanídeos e dos actinídeos correspondem, respectivamente, aos apêndices embaixo da tabela. Esses elementos todos pertencem a família IIIB ou 3. Importante: - Lantânio (La) e Actíneo (Ac) não pertencem às séries - Essas séries são chamadas Elementos de transição Interna - Os lantanídeos também são chamados lantanoides ou terras-raras. - Os actinídeos também são chamados actinoides - O uso dos termos “lantanoide” e actinoide” foi reconhecido pela IUPAC. Classificação dos elementos químicos Uma outra maneira de classificar os elementos pode ser feita relacionando o subnível energético de cada um. Assim temos: Elementos Subnível mais energético Localização Representativos s ou p Grupos A e gases nobres De transição d Grupos B De transição interna f Lantanídeos e Actinídeos Outra maneira de classificar os elementos é agrupá-los, segundo suas propriedades físicas e químicas, em: metais, ametais, semi-metais, gases nobres e hidrogênio. Metais Os metais, são os mais numerosos elementos conhecidos. Eles estão situados do centro para a esquerda da Tabela Periódica. Características gerais: - Apresentam brilho metálico. - Conduzem corrente elétrica e calor. - São maleáveis (maleabilidade). - Podem ser reduzidos a fios (ductilidade). - Apresentam, via de regra, poucos elétrons (menos de 4) na última camada; - Tendem a perder elétrons; - São sólidos a temperatura ambiente (25°C), com exceção do mercúrio (líquido). Ametais ou não-metais São poucos (11 elementos), estão situados à direita da Tabela Periódica, antes dos gases nobres. Características gerais: - Não apresentam brilho metálico; - São maus condutores de corrente elétrica; - Não podem ser reduzidos a fios (ductilidade) e lâminas (maleabilidade); - São utilizados na produção de pólvora e na fabricação de pneus; - Apresentam, geralmente, muitos elétrons (mais do que 4) na camada de valência (última camada); -Tendem a ganhar elétrons em uma ligação química. Semi-metais São poucos (7) e estão situados na Tabela Periódica entre os metais e os não metais Características gerais: - Apresentam brilho metálico têm pequena condutibilidade elétrica fragmentam-se, isto é, apresentam propriedades intermediárias as apontadas anteriormente. Importante: A linha vermelha, de acordo com sugestão da Sociedade Brasileira de Química, separa os metais dos ametais. Os elementos próximos à linha são conhecidos por semi-metais. Apostila Digital Licenciada para Marina Almeida Damaceno - daviteodoroad@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 10 Hidrogênio É um elemento atípico, pois possui a propriedade de se combinar com metais, ametais e semi-metais. Nas condições ambientes, é um gás extremamente inflamável. Gases nobres Como o próprio nome sugere, nas condições ambientes apresentam-se no estado gasoso e sua principal característica química é a grande estabilidade, ou seja, possuem pequena capacidade de se combinar com outros elementos. Elementos Cisurânicos São todos os elementos cujo número atômico é inferior ao 92, ou seja, as que antecedem o urânio. Sendo todos elementos naturais, encontrados na superfície terrestre, com exceção dos quatros seguintes, que são artificiais: Tecnécio (43) Promécio (61) Astato (85) Frâncio (87) Elementos químicos artificiais Os elementos artificiais são átomos de elementos químicos não encontrados na superfície terrestre e que foramsintetizados, isto é, criados em laboratório. Esses elementos possuem número atômico superior a 92, que é o número atômico do Urânio. Por isso foram denominados de elementos transurânicos. Elementos radioativos Os elementos radioativos são aqueles cujos isótopos mais abundante encontram-se, na tabela, do polônio em diante. Propriedades aperiódicas e periódicas A tabela periódica pode ser utilizada para relacionar as propriedades dos elementos com suas estruturas atômicas. Essas propriedades podem ser de dois tipos: aperiódicas e periódicas. Propriedades aperiódicas As propriedades aperiódicas são aquelas cujos valores variam (crescem ou decrescem) à medida que o número atômico aumenta e que não se repetem em períodos determinados ou regulares. Exemplos: a massa atômica de um elemento sempre aumenta de acordo com o número atômico desse elemento, o calor específico, a dureza, o índice de refração etc. Massa atômica A massa atômica é a unidade de peso de átomos feita por comparação com uma grandeza padrão (1/12 da massa de um átomo isótopo do carbono-12). Esta propriedade sempre aumenta de acordo com o aumento do número atômico, sem fazer referência à localização do elemento na tabela periódica. Calor específico O calor específico é a quantidade de calor que um grama de uma substância precisa absorver para aumentar sua temperatura em 1 °C, sem que haja alteração no seu estado físico. O calor específico de um elemento no estado sólido sempre diminui com o aumento do número atômico. Dureza A dureza é uma propriedade mecânica característica de materiais sólidos que representa a resistência destes materiais ao risco ou à penetração quando pressionados. Esta propriedade muito depende do estado em que se encontra o material, bem como das forças de ligação entre os seus átomos, moléculas ou íons. Índice de refração O índice de refração é uma propriedade física descrita como sendo a razão entre a velocidade da luz em dois meios diferentes (no ar e num corpo transparente mais denso). Tal propriedade também aumenta com o aumento do número atômico. Propriedades periódicas As propriedades periódicas são aquelas que, à medida que o número atômico aumenta, assumem valores crescentes ou decrescentes em cada período, ou seja, repetem-se periodicamente. Exemplo: o número de elétrons na camada de valência. Vamos agora detalhar algumas propriedades periódicas da Tabela. Raio atômico O raio atômico é uma propriedade periódica difícil de ser medida. Pode-se considerar que corresponde à metade da distância (d) entre dois núcleos vizinhos de átomos do mesmo elemento químico ligados entre si. Em uma família (grupo) tende a aumentar de cima para baixo (sentido em que aumenta também o número de camadas preenchidas pela eletrosfera de um átomo. Em um período, o raio atômico tende a aumentar da direita para a esquerda. Isso ocorre porque o número de prótons e elétrons aumenta para a direita. Logo, no lado direito do período, os átomos têm o mesmo número de camadas, maior números de prótons e elétrons e, portanto, a força de atração entre eles é maior. Isso provoca uma contração da eletrosfera e a consequente diminuição do raio atômico. Raio iônico Quando um átomo ganha ou perde elétrons, transforma-se em íon. Nessa transformação, há aumento ou diminuição das dimensões do tamanho do átomo inicial. - Raio de cátion: Quando um átomo perde elétron, a repulsão da nuvem eletrônica diminui, diminuindo o seu tamanho. Inclusive pode ocorrer perda do último nível de energia e quanto menor a quantidade de níveis, menor o raio. Resumindo: Nas famílias o raio atômico tende a aumentar com o aumento do número. Nos períodos, ele tende a aumentar com a diminuição do número atômico. Apostila Digital Licenciada para Marina Almeida Damaceno - daviteodoroad@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 11 Exemplo: Portanto: raio do átomo > raio do cátion Raio do ânion: quando um átomo ganha elétron, aumenta a repulsão da nuvem eletrônica, aumentando o seu tamanho. Exemplo: Portanto: raio do átomo < raio do ânion Energia de Ionização A maior ou menor facilidade com que o átomo de um elemento perde elétrons é importante para a determinação do seu comportamento. Um átomo (ou íon) em fase gasosa perde elétron(s) quando recebe energia suficiente. Essa energia é chamada de energia (ou potencial) de ionização. Quanto maior o raio atômico, menor será a atração exercida pelo núcleo sobre o elétron mais afastado; portanto, menor será a energia necessária para remover esse elétron.3 Generalizando: Quanto maior o tamanho do átomo, menor será a primeira energia de ionização (E.I.). - Numa mesma família: a E.I. aumenta de baixo para cima; - Num mesmo período: a E.I. aumenta da esquerda para a direita. Ao retirarmos o primeiro elétron de um átomo, ocorre uma diminuição do raio. Por esse motivo, a energia necessária para retirar o segundo elétron é maior. Assim, para um mesmo átomo, temos: 1ª E.I. < 2ª E.I. < 3ª E.I. Esse fato fica evidenciado pela analogia a seguir, referente ao átomo de magnésio (Z = 12): 1s2 2s2 2p6 3s2. 3 Usberco, J.; Salvador, E. 2002. Química. Editora Saraiva. Afinidade eletrônica (AE) ou Eletroafinidade A Eletroafinidade é a energia liberada quando um átomo isolado, no estado gasoso, “captura” um elétron. X 0 (g) + e– X– (g) + energia A medida experimental da afinidade eletrônica é muito difícil e, por isso, seus valores foram determinados para poucos elementos. Veja na tabela abaixo alguns valores conhecidos de eletroafinidade. A VII Li 60 kJ F 328 kJ K 48 kJ Br 325 kJ Eletronegatividade e Eletropositividade A eletronegatividade e a eletropositividade são duas propriedades periódicas que indicam a tendência de um átomo, numa ligação química, em atrair elétrons compartilhados. Ou ainda, podem representar a força com que o núcleo atrai a eletrosfera. Eletropositividade: tendência que um átomo tem de perder elétrons. É muito característico dos metais. Pode ser também chamado de caráter metálico. É o inverso da eletronegatividade. A eletropositividade aumenta conforme o raio atômico aumenta. Quanto maior o raio atômico, menor será a atração do núcleo pelo elétron mais afastado, maior a facilidade do átomo em doar elétrons, então, maior será a eletropositividade. Os gases nobres também não são considerados, por conta da sua estabilidade. A eletropositividade aumenta nas famílias, de cima para baixo, e nos períodos, da direita para a esquerda. O elemento mais eletropositivo é o frâncio (Fr), que possui eletronegatividade 0,70. Numa família ou num período, quanto menor o raio, maior a afinidade eletrônica. Resumindo: A variação da afinidade eletrônica na tabela periódica: aumenta de baixo para cima e da esquerda para a direita. Apostila Digital Licenciada para Marina Almeida Damaceno - daviteodoroad@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 12 Eletronegatividade: a força de atração exercida sobre os elétrons de uma ligação. A eletronegatividade dos elementos não é uma grandeza absoluta, mas, sim, relativa. Ao estudá-la, na verdade estamos comparando a força de atração exercida pelos átomos sobre os elétrons de uma ligação. Essa força de atração também tem relação com o raio atômico: quanto menor o tamanho do átomo, maior será a força de atração, pois a distância núcleo- elétron da ligação é menor. Assim como na eletropositividade, a eletronegatividade não é definida para os gases nobres. Na tabela periódica, a eletronegatividade cresce de baixo para cima e da esquerda para a direita. Densidade Experimentalmente, verifica-seque: - Entre os elementos das famílias IA e VIIA, a densidade aumenta, de maneira geral, de acordo com o aumento das massas atômicas, ou seja, de cima para baixo. - Num mesmo período, de maneira geral, a densidade aumenta das extremidades para o centro da tabela. Assim, os elementos de maior densidade estão situados na parte central e inferior da tabela periódica, sendo o ósmio (Os) o elemento mais denso (22,5 g/cm3). Temperatura de fusão (TF) e temperatura de ebulição (TE) Também experimentalmente, verifica-se que: - Nas famílias IA e IIA, os elementos de maiores TF e TE estão situados na parte superior da tabela. Na maioria das famílias, os elementos com maiores TF e TE estão situados geralmente na parte inferior. - Num mesmo período, de maneira geral a TF e a TE crescem das extremidades para o centro da tabela. Assim, a variação das TF e TE na tabela periódica é similar com a densidade, tendo como exceção as famílias IA e IIA. Volume atômico Essa expressão é usada para designar (para qualquer elemento) o volume ocupado por uma quantidade fixa de número de átomos. O volume atômico sempre se refere ao volume ocupado por 6,02 x 1023 átomos (número de Avogadro), e pode ser calculado relacionando-se a massa desse número de átomos com a sua densidade. Assim, temos: Por meio de medidas experimentais, verifica-se que: - numa mesma família, o volume atômico aumenta com o aumento do raio atômico; - num mesmo período, o volume atômico cresce do centro para as extremidades. De maneira geral, a variação do volume atômico pode ser representada pelo seguinte esquema: Questões 01. (PUC-MG) Considerando os elementos da coluna VA, na ordem crescente de números atômicos, é CORRETO afirmar que: (A) o ponto de fusão aumenta. (B) o caráter metálico diminui. (C) a eletronegatividade aumenta. (D) o raio atômico diminui. (E) o potencial de ionização aumenta 02. (Cesgranrio-RJ) Na Tabela Periódica, os elementos estão organizados em ordem crescente de: (A) Número de massa Apostila Digital Licenciada para Marina Almeida Damaceno - daviteodoroad@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 13 (B) Massa atômica (C) Número atômico (D) Raio atômico (E) Eletronegatividade 03. (UFPA) Um átomo, cujo número atômico é 18, está classificado na Tabela Periódica como: (A) metal alcalino (B) metal alcalino terroso (C) metal terroso (D) ametal (E) gás nobre 04. (Ufac) O número atômico do elemento que se encontra no período III, família 3A é: (A) 10 (B) 12 (C) 23 (D) 13 (E) 31 05. (UFRJ) Um dos elementos químicos que tem se mostrado muito eficiente no combate ao câncer de próstata é o Selênio (Se). Com base na Tabela de Classificação Periódica dos Elementos, os símbolos de elementos com propriedades químicas semelhantes ao Selênio são: (A) Cl, Br, I (B) Te, S, Po (C) P, As, Sb (D) As, Br, Kr 06. (UFRJ) Cálcio é um dos elementos principais da estrutura óssea dos seres humanos. Uma doença muito comum em pessoas idosas, principalmente em mulheres após a menopausa, é a osteoporose, que consiste na desmineralização óssea causada pela perda de Ca+2, provocando fraturas frequentes e encurvamento da coluna vertebral. Uma das formas utilizadas pelos médicos para estudar a osteoporose consiste em administrar aos pacientes uma dieta contendo sais de estrôncio e acompanhar a taxa de absorção do mesmo pelo organismo. O estrôncio tem a capacidade de substituir o cálcio em seus compostos. A partir da estrutura atômica dos dois elementos, explique por que o estrôncio pode ser utilizado no lugar do cálcio. 07. (Cesgranrio-RJ) O elemento manganês não ocorre livre na natureza e, combinado, encontra-se na forma de uma variedade de minerais, como pirolusita (MnO2), manganita (MnO3.H2O), ausmanita (Mn3O4) e outros. Extraído dos seus minerais, pode ser empregado em ligas de aço (britadores, agulhas e cruzamentos ferroviários), ligas de baixo coeficiente térmico (bobinas de resistência), etc. A respeito desse elemento químico, é correto afirmar que: Dado: Mn (Z = 25). (A) é líquido em condições ambientais. (B) se trata de um ametal. (B) se trata de um metal alcalino terroso. (D) os seus átomos possuem dois elétrons no subnível de maior energia. (E) os seus átomos possuem dois elétrons na camada de valência. 08. (UCDB-MT) Os elementos xA, x+1B e x+2C pertencem a um mesmo período da tabela periódica. Se B é um halogênio, pode-se afirmar que: (A) A tem 5 elétrons no último nível e B tem 6 elétrons no último nível. (B) A tem 6 elétrons no último nível e C tem 2 elétrons no último nível. (C) A é um calcogênio e C é um gás nobre. (D) A é um metal alcalino e C é um gás nobre. (E) A é um metal e C é um não metal. 09. (UFPA) Um átomo, cujo número atômico é 18, está classificado na Tabela Periódica como: (A) metal alcalino (B) metal alcalino terroso (C) metal terroso (D) ametal (E) gás nobre 10. (Unaerp) O fenômeno da supercondução de eletricidade, descoberto em 1911, voltou a ser objeto da atenção do mundo científico com a constatação de Bednorz e Müller de que materiais cerâmicos podem exibir esse tipo de comportamento, valendo um prêmio Nobel a esses dois físicos em 1987. Um dos elementos químicos mais importantes na formulação da cerâmica supercondutora é o ítrio: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d1 O número de camadas e o número de elétrons mais energéticos para o ítrio, serão, respectivamente: (A) 4 e 1 (B) 5 e 1 (C) 4 e 2 (D) 5 e 3 (E) 4 e 3 Respostas 01. Alternativa A Uma vez que o número atômico aumenta, aumenta também o ponto de fusão. 02. Alternativa C Na tabela periódica atual (moderna) os elementos são classificados de acordo com a ordem crescente de seu número atômico (Z). 03. Alternativa E De acordo com a distribuição eletrônica no diagrama de Pauling de 18 elétrons é: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6 A distribuição em camadas é: K=2; L= 8; M 8. Observe que esse elemento possui 8 elétrons na última camada, então ele é da família 8 A ou 18, que é a dos gases nobres. Ao consultar a Tabela Periódica, vemos que se trata do gás argônio (Ar). 04. Alternativa D Ao observar a Tabela Periódica encontramos o elemento Alumínio, cujo número atômico é 13. Mas se não tivermos uma Tabela à disposição, basta realizar a distribuição no diagrama de Pauling, que indica o período III e a família 3A, ou seja: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p1 Agora basta somar todos os elétrons distribuídos: 2 + 2 + 6 + 2 + 1 = 13. 05. Alternativa B Observando a tabela periódica nota-se que os elementos Te (Telúrios), S (Enxofre) e Po (Polônio) estão localizados na mesma família (16 ou 6 A) que o Se (Selênio). 06. Resposta: Cálcio e estrôncio são elementos da mesma família da Tabela Periódica, apresentando portanto a mesma Apostila Digital Licenciada para Marina Almeida Damaceno - daviteodoroad@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 14 distribuição eletrônica na camada de valência e consequentemente propriedades químicas semelhantes. 07. Alternativa E Por meio da distribuição eletrônica desse elemento, descobrimos sua localização na Tabela e conseguimos solucionar a questão. Veja: Mn (Z = 25) → 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d5 a) O manganês é sólido em temperatura ambiente, porque como mostra o próximo item, ele é um metal. b) Ele é um metal da família 7 ou VII B, pois a soma dos elétrons mais energéticos com os mais externos é: 4s2 3d5.). c) O manganês é um elemento de transição externa, porque ele possui o orbital d incompleto. d) O átomo de manganês possui 5 elétrons no subnível de maior energia: 3d5. e) Correta. Os seus átomos possuem dois elétrons na camada de valência, que é a camada mais externa: 4s2. 08. Alternativa C Se B é um halogênio(família 17 ou VII-A), então A está uma “casa” atrás e C está uma “casa” à frente dele na Tabela periódica, sendo assim, A é um calcogênio (família 16 ou VI-A) e C é um gás nobre (família 18 ou VIII-A). 09. Alternativa E A distribuição eletrônica no diagrama de Pauling de 18 elétrons é dada por: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 A distribuição em camadas é: 2 – 8 – 8. Observe que esse elemento possui 8 elétrons na última camada, então ele é da família 8 A ou 18, que é a dos gases nobres. Ao olhar na Tabela Periódica, vemos que se trata do gás argônio (Ar). 10. Alternativa B Pela distribuição eletrônica mostrada no enunciado (1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s23d10 4p6 5s2 4d1), vemos que os elétrons foram distribuídos até a camada 5 (5s2). Visto que essa distribuição já está na ordem energética crescente, o subnível mais energético é o 4d que possui 1 elétron. Radioatividade Radioatividade (ou radiatividade) é a propriedade de determinados tipos de elementos químicos radioativos emitirem radiações, um fenômeno que acontece de forma natural ou artificial. A radioatividade natural ou espontânea ocorre através dos elementos radioativos encontrados na natureza (na crosta terrestre, atmosfera, etc.). Já a radioatividade artificial ocorre quando há uma transformação nuclear, através da união de átomos ou da fissão nuclear. A fissão nuclear é um processo observado em usinas nucleares ou em bombas atômicas. Em 1896, o francês Henri Becquerel percebeu que um sal de urânio era capaz de sensibilizar um filme fotográfico, mesmo quando este era recoberto com papel preto ou até mesmo por lâminas metálicas finas. Becquerel, o descobridor do urânio, percebeu que esse material emitia radiações semelhantes aos raios X, e essa propriedade ele chamou radioatividade. Em 1897, Marie Sklodowska Curie (1867-1934) demonstrou que a intensidade da radiação é proporcional à quantidade de urânio na amostra e concluiu que a radioatividade é um fenômeno atômico. Nesse mesmo ano, Ernest Rutherford criou uma aparelhagem para estudar a ação de um campo eletromagnético sobre as radiações: O esquema mostra o comportamento das radiações α, β e γ em um campo eletromagnético. Rutherford concluiu que, como os raios alfa (α) e beta (β) sofrem desvio no campo magnético, logo devem apresentar carga elétrica, ao passo que os raios gama (γ) não devem apresentar carga. Os raios β são atraídos pela placa positiva; devem, portanto, ter carga negativa. Com o mesmo raciocínio pode-se deduzir que os raios α têm carga positiva. Os tipos de radiação que um elemento pode emanar são divididos, primeiramente, em duas formas: partículas ou ondas. Partículas possuem massa e ondas são apenas energia. Isso é devido aos elementos que compõem esses tipos de radiação. Na categoria das partículas, duas são as mais comuns: alfa e beta. Partículas α (alfa): são partículas formadas por 2 prótons e 2 nêutrons − a mesma composição do Hélio – que são liberadas por elementos radioativos para fora de seu núcleo. Quando um átomo libera 2 prótons, muda seu número atômico e transforma-se em um novo elemento, além de diminuir sua massa atômica em 4. Esse processo irá se repetir até que o núcleo do átomo esteja suficientemente estável, transformando-se em um elemento que não é radioativo - Partículas β (beta): são elétrons disparados para fora do átomo, em forma de radiação, quando um próton se transforma em nêutron ou vice-versa. Com a conversão de um próton em nêutron há a mudança do seu número atômico e, consequentemente, a transformação em outro elemento menos radiativo. Quando o núcleo possui menos nêutrons do que deveria para ser estável, pode transformá-lo em um próton ou mudar a relação n/p e diminuir a instabilidade nuclear até alcançar um elemento não radioativo. Um átomo instável irá liberar partículas alfa ou beta como radiação, mas isso não é a única coisa emitida por um elemento radioativo. Em qualquer um dos casos será emitido um terceiro tipo de radiação. Raios γ (gama): este tipo de radiação não possui massa, é uma onda eletromagnética, como muitos outros tipos de radiação, e é resultante do decaimento radioativo (liberação de partículas alfa ou beta). Em outras palavras, quando um átomo dispara uma partícula alfa ou beta, ainda continua instável, pois a emissão da partícula não foi suficiente para estabilizar o átomo. Esta instabilidade é reduzida pela emissão de raios gama, ou seja, energia pura. As partículas alfa, como são formadas por um agrupamento de partículas, têm uma dimensão maior impedindo que ela atravesse mesmo materiais finos. As partículas beta conseguem atravessar materiais como o papel, 3. Radioatividade. Apostila Digital Licenciada para Marina Almeida Damaceno - daviteodoroad@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 15 mas são detidas pelo alumínio. E apenas as partículas gama conseguem atravessar boa parte dos materiais, mas não aqueles muito densos como o chumbo, por exemplo. Para uma melhor compreensão segueo quadro abaixo: Benefícios da radioatividade A radioatividade tem vários benefícios para o ser humano. Entre eles é importante realçar a sua utilização na produção de energia, na esterilização de materiais médicos, no diagnóstico de doenças e no controle do câncer, através da radioterapia. Em alguns alimentos, mais concretamente nas frutas, a radiação iônica emitida sobre elas, permite que a sua durabilidade aumente. Essa radiação não altera o sabor e as qualidades nutritivas dos alimentos. Leis da Radioatividade 1ª Lei: Lei de Soddy A primeira lei da radioatividade, também conhecida como primeira lei de Soddy, tem relação com o decaimento alfa. Veja o que essa lei diz: “Quando um átomo sofre um decaimento alfa (α), o seu número atômico (Z) diminui duas unidades e o seu número de massa (A) diminui quatro unidades”. Genericamente, podemos representar essa lei pela seguinte equação: Exemplo: 90Th232→+2α4+88Ra228 228 + 4 = 232 88 + 2 = 90 2ª Lei: Soddy, Fajans, Russel Quando um átomo emite uma partícula β, o seu número atômico aumenta de 1 unidade e o seu número de massa permanece inalterado. 90Th234 → -1β0 + 91Pa234 Exemplo: Dada a equação: 90X204 → xα + yβ + 92Y192 Determinar x e y Resolução: 90X204 → x+2α4 + y-1β0 + 92Y192 Montamos duas equações: a) uma para os índices superiores: 204 = 4x + 0y + 192 x = 3 b) uma para os índices inferiores: 90 = 2x + (-1y) + 92 90 = 2(3) -1y +92 y = 8 90X204 → 3+2α4 + 8-1β0 + 92Y192 Isso acontece com todo elemento radioativo que emite uma partícula alfa, pois, conforme mostrado no texto emissão alfa (α), essa partícula é constituída por dois prótons e dois nêutrons — de forma semelhante ao que ocorre com o núcleo de um átomo de hélio — e é representada por 2α4. DECAIMENTO E MEIA-VIDA Radioatividade – É a propriedade que os núcleos atômicos instáveis possuem de emitir partículas e radiações eletromagnéticas para se transformarem em núcleos mais estáveis. Para este fenômeno, damos o nome de reação de desintegração radioativa, reação de transmutação ou reação de decaimento. A reação só acaba com a formação de átomos estáveis. Exemplos: U238 sofre decaimento até se transformar em Pb206. O tempo que os elementos radioativos levam para ficarem estáveis, varia muito. Meia-Vida – É o tempo necessário para a metade dos isótopos de uma amostra se desintegrar. Um conjunto de átomos radioativos pode estar se desintegrando neste instante. Outro átomo pode se desintegrar daqui há uma hora. Outro, pode desintegrar daqui há três meses. O U235 é o elemento com meia-vida mais longa. Tem cerca de 7, 04.108anos. Exemplo de um gráfico de Meia-vida: Atividade x Tempo Exemplo de decaimento do bismuto- 210 Meia vida é a estimativa de tempo em que metade da massa de um isótopohaverá decaído. Um exemplo é a própria técnica de datação por Carbono 14. Reforce que a meia vida do isótopo radioativo do Carbono, cuja massa é 14, é de cerca de 5700 anos. Isso quer dizer que a concentração de Carbono 14, após 5700 anos, cai pela metade. Se esperarmos mais 5700 anos, haverá apenas 1/4 de Carbono 14, e assim sucessivamente. O tempo de meia vida depende diretamente do quão instável é o elemento e as variações são muito acentuadas, tendo elemento cuja meia vida pode ser de alguns minutos (isótopo iodo-131) e elemento cuja meia vida pode ser de até milhões de anos (Urânio 238). É importante enfatizar que meia vida não é a Apostila Digital Licenciada para Marina Almeida Damaceno - daviteodoroad@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 16 metade do tempo que o elemento radioativo leva para decair e desintegrar-se. O nome deste fenômeno é vida-média, este sim determina o tempo necessário para a transmutação do elemento radioativo. EFEITOS DA RADIOATIVIDADE NOS ORGANISMOS Os efeitos da radioatividade no ser humano dependem da quantidade acumulada no organismo e do tipo de radiação. A radioatividade é inofensiva para a vida humana em pequenas doses, mas, se a dose for excessiva, pode provocar lesões no sistema nervoso, no aparelho gastrintestinal, na medula óssea, etc., Muitas vezes pode levar a morte (em poucos dias ou num espaço de dez a quarenta anos, através de leucemia ou outro tipo de câncer). Estar em contato com a radiação é algo sutil e impossível de ser percebido imediatamente, já que no momento do impacto não ocorre dor ou lesão visível. A radiação ataca as células do corpo, fazendo com que os átomos que compõem as células sofram alterações em sua estrutura. As ligações químicas podem ser alteradas, afetando o funcionamento das células. Isso provoca, com o tempo, consequências biológicas no funcionamento do organismo como um todo; algumas consequências podem ser percebidas a curto prazo, outras a longo prazo. Às vezes vão apresentar problemas somente os descendentes (filhos, netos) da pessoa que sofreu alguma alteração genética induzida pela radioatividade. Séries radioativas A tabela a seguir indica a meia-vida de alguns isótopos radioativos O período de semidesintegração é aproximadamente 70% do valor da vida média (Vm): P ≅ 0,7 Vm Fissão nucelar A descoberta da reação de fissão nuclear ocorreu devido aos trabalhos de Enrico Ferni, Otto Hahn e Lise Meitner. A fissão nuclear é uma reação que ocorre no núcleo de um átomo. Geralmente o núcleo pesado é atingido por um nêutron, que, após a colisão, libera uma imensa quantidade de energia. No processo de fissão de um átomo, a cada colisão são liberados novos nêutrons. Os novos nêutrons irão colidir com novos núcleos, provocando a fissão sucessiva de outros núcleos e estabelecendo, então, uma reação que denominamos reação em cadeia. Um parâmetro importante para analisar a estabilidade de um núcleo é a razão entre o número de prótons e o número de nêutrons. Por um lado, a falta de nêutrons pode tornar a distância entre prótons tão pequena que a repulsão se torna inevitável, resultando na fissão do núcleo. Por outro lado, como a força nuclear é de curto alcance, o excesso de nêutrons pode acarretar uma superfície de repulsão eletromagnética insustentável, que também resultaria na fissão do núcleo. Assim, um dos principais fatores para a estabilidade do núcleo é que tenhamos N = Z. Quando o isótopo urânio-235 (235U) recebe um nêutron, ele passa para um estado excitado que corresponde ao urânio- 236 (236U). Pouco tempo depois esse novo núcleo excitado se 4 Sardella, A.; Química – São Paulo, 2003. Editora Ática. rompe em dois novos elementos. Esse rompimento, além de liberar novos nêutrons, libera uma grande quantidade de energia. Os nêutrons provenientes do rompimento do núcleo excitado vão encontrar novos núcleos, gerando, portanto, uma reação em cadeia. A fim de que os novos nêutrons liberados encontrem novos núcleos, para assim manter a reação em cadeia, após a fissão do núcleo de urânio, deve-se ter uma grande quantidade de urânio-235. Como a concentração de urânio-235 no mineral urânio é pouca, obtém-se o urânio 235 em grande escala através do processo de enriquecimento do urânio. A fissão nuclear de um átomo de urânio libera grande quantidade de energia, cerca de 200 Mev. Se for descontrolada, a reação será explosiva – é o que acontece com as bombas atômicas. Fusão Nuclear Praticamente toda energia que a Terra recebe diariamente é proveniente do Sol, que libera energia por reações termonucleares. As temperaturas elevadas no centro do Sol fornecem a energia necessária para que átomos de hidrogênio (H) se unam, num processo chamado fusão nuclear. Cinética Radioativa4 Esta parte da Química nuclear nos mostra a diferença do tempo de desintegração entre os elementos, enquanto alguns se desintegram lentamente, outros se desintegram de maneira rápida. As seguintes fórmulas são as bases para determinar as grandezas desse estudo. - Velocidade de desintegração; é o número de átomos de um material radioativo que se desintegram em determinado tempo: v = -∆n/∆t Sua unidade de medida é chamada de desintegrações por segundo (dps), ou becquerel (Bq) Apostila Digital Licenciada para Marina Almeida Damaceno - daviteodoroad@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 17 - Constante radioativa; comprova-se experimentalmente que a velocidade de desintegração é proporcional ao número de átomos radioativos de um material radioativo: v = C . n Onde C é a constante de proporcionalidade chamada de constante radioativa. E para ∆t = 1, temos: C = -∆n/n - Intensidade radioativa; é o número de radiações alfa ou beta emitidas por um material radioativo na unidade de tempo: i = C . n - Vida média; é a média aritmética dos tempos de vida de todos os átomos radioativos de um material radioativo. A vida média é o inverso da constante radioativa: Vm = 1/C Não é possível prever a duração de vida de determinado átomo, mas pode-se conhecer o tempo estatístico de sua duração. Uso da energia nuclear e suas implicações ambientais A Energia nuclear é aquela gerada a partir da quebra dos átomos de determinados elementos químicos, sendo o urânio o mais utilizado na atualidade. O processo de produção de energia ocorre nas Usinas Nucleares. De acordo com dados atuais, cerca de 15% da energia gerada no mundo é proveniente destas usinas nucleares. Uma das vantagens da usina nuclear é a produção de uma energia mais limpa, já que 10 g de urânio é o suficiente para produzir a mesma quantidade de energia de 700 kg de petróleo e 1.200 kg de carvão. Outra vantagem das usinas nucleares é que não emitem gases, e não contribuem para o aquecimento global. As desvantagens apresentadas são a respeito do lixo radioativo, uma vez que a energia elétrica produzida é por intermédio do processo de fissão nuclear, e não pode ser deixado exposto devido à radiação, o que causaria problemas na fauna e flora da região. O lixo radioativo deve ser muito bem acondicionado, pois pode demorar centenas de anos para perder suas propriedades radioativas. Um outro fator de risco a ser considerado é a possibilidade de explosão da usina nuclear. O processo de fissão resulta em um alto aquecimento do urânio, e caso não seja controlado pode causar fusão do reator causando acidente nuclear de grandes proporções como as que acontecerem em Chernobyl na Ucrânia, e Fukushima no Japão. Questões 01. (UFRB- QUÍMICO- FUNRIO) Becquerel, o descobridor do urânio, observou em seus experimentos que diversos materiais emitiam raios com propriedades semelhantes às dos raios x, e essa propriedade ele denominouradioatividade. O estudo das partículas e radiações foi feito por Rutherford, que observou que elas apresentavam diferentes penetrações. Dessa forma, dentre as partículas e radiações, qual apresenta maior capacidade de penetração? (A) é – elétron. (B)p – próton. (C)α – alfa. (D)β – beta. (E)γ – gama. 02. (PETROBRAS-TÉCNICO QUÍMICO DE PETRÓLEO JÚNIOR) O espectro eletromagnético é dividido em regiões onde se agrupam ondas eletromagnéticas em faixas de energia específicas. Não faz parte do espectro eletromagnético a(s) (A)radiação alfa (B) radiação gama (C)luz visível (D)ondas de rádio (E)micro-ondas 03. (Unicamp-SP) Em 1946 a Química forneceu as bases científicas para a datação de artefatos arqueológicos, usando o 14C. Esse isótopo é produzido na atmosfera pela ação da radiação cósmica sobre o nitrogênio, sendo posteriormente transformado em dióxido de carbono. Os vegetais absorvem o dióxido de carbono e, através da cadeia alimentar, a proporção de 14C nos organismos vivos mantém-se constante. Quando o organismo morre, a proporção de 14C nele presente diminui, já que, em função do tempo, se transforma novamente em 14N. Sabe-se que, a cada período de 5730 anos, a quantidade de 14C reduz-se à metade. A) Qual o nome do processo natural pelo qual os vegetais incorporam o carbono? B) Poderia um artefato de madeira, cujo teor determinado de 14C corresponde a 25% daquele presente nos organismos vivos, ser oriundo de uma árvore cortada no período do Antigo Egito (3200 a.C. a 2300 a.C.)? Justifique. C) Se o 14C e o 14N são elementos diferentes que possuem o mesmo número de massa, aponte uma característica que os distingue. 04. (Fuvest-SP) Para diagnósticos de anomalias da glândula tireoide, por cintilografia, deve ser introduzido, no paciente, iodeto de sódio, em que o ânion iodeto é proveniente de um radioisótopo do iodo (número atômico 53 e número de massa 131). A meia-vida efetiva desse isótopo (tempo que decorre para que metade da quantidade do isótopo deixe de estar presente na glândula) é de aproximadamente 5 dias. A) O radioisótopo em questão emite radiação β–. O elemento formado nessa emissão é 52Te, 127I ou 54Xe? Justifique. Escreva a equação nuclear correspondente. B) Suponha que a quantidade inicial do isótopo na glândula (no tempo zero) seja de 1,000 μg e se reduza, após certo tempo, para 0,125 μg. Com base nessas informações, trace a curva que dá a quantidade do radioisótopo na glândula em função do tempo, utilizando o quadriculado a seguir e colocando os valores nas coordenadas adequadamente escolhidas. 05. (Vunesp) A Tomografia PET permite obter imagens do corpo humano com maiores detalhes, e menor exposição à radiação, do que as técnicas tomográficas atualmente em uso. A técnica PET utiliza compostos marcados com 11C. Este isótopo emite um pósitron, 0β, formando um novo núcleo, em um processo com tempo de meia-vida de 20,4 minutos. O pósitron emitido captura rapidamente um elétron, 0β, e se aniquila, emitindo energia na forma de radiação gama. A) Escreva a equação nuclear balanceada que representa a reação que leva à emissão do pósition. O núcleo formado no processo é do elemento B (Z = 5), C (Z = 6), N (Z = 7) ou O (Z = 8)? B) Determine por quanto tempo uma amostra de 11C pode ser usada, até que sua atividade radioativa se reduza a 25% de seu valor inicial. 06. (Unicamp-SP) Entre o doping e o desempenho do atleta, quais são os limites? Um certo “bloqueador”, usado no tratamento de asma, é uma das substâncias proibidas pelo Comitê Olímpico Apostila Digital Licenciada para Marina Almeida Damaceno - daviteodoroad@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Conhecimentos Específicos 18 Internacional (COI), já que provoca um aumento de massa muscular e diminuição de gordura. A concentração dessa substância no organismo pode ser monitorada através da análise de amostras de urina coletadas ao longo do tempo de uma investigação. O gráfico mostra a quantidade do “bloqueador” contida em amostras da urina de um indivíduo, coletadas periodicamente durante 90 horas após a ingestão da substância. Este comportamento é válido também para além das 90 horas. Na escala de quantidade, o valor 100 deve ser entendido como sendo a quantidade observada num tempo inicial considerado arbitrariamente zero. A) Depois de quanto tempo a quantidade eliminada corresponderá a 1/4 do valor inicial, ou seja, duas meias vidas de residência da substância no organismo? B) Suponha que o doping para esta substância seja considerado positivo para valores acima de 1,0 x 10-6 g/mL de urina (1 micrograma por mililitro) no momento da competição. Numa amostra coletada 120 horas após a competição, foram encontrados 15 microgramas de “bloqueador” em 150 mL de urina de um atleta. Se o teste fosse realizado em amostra coletada logo após a competição, o resultado seria positivo ou negativo? Justifique. 07. (U. E. Maringá-PR) Sobre as representações químicas a seguir, assinale o que for correto. 01) Representam o mesmo elemento químico. 02) Contêm o mesmo número de prótons e nêutrons. 04) Se representassem um mesmo elemento químico e fossem encontrados na natureza na proporção de 80% — 10% — 10%, respectivamente, a massa atômica desse elemento seria 24,3. 08) Se o elemento X pudesse formar um composto com o ânion nitrato, ele seria representado por XNO3. 16) O elemento X pode ser transformado em Y pela emissão de uma partícula β. 08. (Unicamp-SP) Em 1946 a Química forneceu as bases científicas para a datação de artefatos arqueológicos, usando o 14C. Esse isótopo é produzido na atmosfera pela ação da radiação cósmica sobre o nitrogênio, sendo posteriormente transformado em dióxido de carbono. Os vegetais absorvem o dióxido de carbono e, através da cadeia alimentar, a proporção de 14C nos organismos vivos mantém-se constante. Quando o organismo morre, a proporção de 14C nele presente diminui, já que, em função do tempo, se transforma novamente em 14N. Sabe-se que, a cada período de 5730 anos, a quantidade de 14C reduz-se à metade. A) Qual o nome do processo natural pelo qual os vegetais incorporam o carbono? B) Poderia um artefato de madeira, cujo teor determinado de 14C corresponde a 25% daquele presente nos organismos vivos, ser oriundo de uma árvore cortada no período do Antigo Egito (3200 a.C. a 2300 a.C.)? Justifique. C) Se o 14C e o 14N são elementos diferentes que possuem o mesmo número de massa, aponte uma característica que os distingue. 09. (Vunesp) Os radioisótopos são isótopos radioativos usados no tratamento de doenças. Várias espécies de terapias para câncer utilizam radiação para destruir células malignas. O decaimento radioativo é discutido, normalmente, em termos de meia-vida, t1/2, o tempo necessário para que metade do número inicial dos nuclídeos se desintegre. Partindo-se de 32,0g do isótopo 53 I131, e sabendo que seu tempo de meia-vida é 8 dias, A) determine quantas meias-vidas são necessárias para que a massa original de iodo se reduza a 8,0g, e quantos gramas de iodo terão sofrido desintegração após 24 dias; B) qual o tempo transcorrido para que a massa original de iodo seja reduzida a 1,0g. 10. O radioisótopo 222 Rn 86, por uma série de desintegrações, transforma-se no isótopo do 82Pb206. Determine o número de partículas alfa e o número de partículas beta envolvidas nessas transformações. (A) 2 partículas alfa e 2 partículas beta (B) 2 partículas alfa e 4 partículas beta (C)4 partículas alfa e 3 partículas beta (D) 4 partículas alfa e 4 partículas beta (E)3 partículas alfa e 3 partículas beta Respostas 01 Resposta: E Fazendo-se um comparativo entre as velocidades das partículas: A partícula Alfa é a mais lenta, apesar de ser mais energética, e atinge uma velocidade de 20.000 km/s A partícula Beta pode atingir uma velocidade de até
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