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TRABALHO - ATOS,TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS - PASSEI DIRETO

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5 - Atos, termos e prazos processuais 
 
5.1 - Atos e termos processuais 
 
Os atos processuais são ações praticadas no decorrer do processo, podendo 
ser realizados pelo Estado-juiz, partes ou auxiliares da justiça. 
 
Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o 
interesse social, e realizar-se-ão nos dias útefs das 6(seis) às 20 (vinte) horas. 
 
Forma e publicidade 
 
Em regra, os atos processuais são públicos. Excepcionalmente, é admitido o 
segredo de justiça 
 
Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o 
interesse social, e realizar-se-ão nos dias útefs das 6(seis) às 20 (vinte) horas. 
 
Segredo justiça 
 
O segredo de justiça no processo do trabalho, para preservar o interesse 
social, por exemplo, a intimidade da parte. 
 
Dias da semana e horário 
 
O interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) 
horas. 
 
Dia e horário no processo eletrônico 
 
No processo eletrônico, quando a petição for enviada para atender a prazo 
processual, serão consideradas tempestivas as transmitidas até as 24 horas 
do seu último dia (art. 32,parágrafo único, lei n2 11.419/2006; NCPC, art. 
213, capur). O parágrafo único do art. 213 do NCPC faz a ressalva de que 
para a aferição de atendimento do prazo, será considerado o horário vigente 
no juízo perante o qual o ato deve ser praticado, evitando-se, desse modo, 
problemas relacionados às diferenças de fusos horários no Brasil e até 
mesmo ao horário de verão, que não ocorre em todos os Estados. 
 
5.2 - Contagem dos prazos processuais 
 
Forma de contagem (art. 775, CLT) 
 
Inicialmente, cumpre consignar que não se confunde a, data da ciência da 
notificação com a data do início da contagem dos prazos processuais. 
 
A data da ciência, como o próprio nome já diz, é a data em que a parte toma 
conhecimento da notificação. É o chamado "'dia do susto". 
 
Na contagem dos prazos processuais, o "'dia do susto" é excluído, incluindo-
se o dia do vencimento. Desse modo, a contagem do prazo somente terá 
início no dia seguinte ao recebimento da notificação. É o que estabelece o 
art. 775 da CLT: 
 
Art. 775- Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do 
dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e 
irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente 
necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente 
comprovada. 
 
Sábado (dia útil?) 
 
Parágrafo único- os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou 
dia feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte. 
 
É interessante declinar que o "dia do susto" deve ser em dia que tenha 
expediente forense (dia útil). Caso contrário, a notificação será considerada 
como realizada no próximo dia útil subsequente. 
 
Exemplo: a parte é notificada no domingo. Nesse caso, ela será considerada 
como notificada na segunda-feira (dia do susto) e a contagem terá início no 
dia seguinte (terça-feira). 
 
Além disso, há de se consignar que a contagem do prazo somente se inicia 
nos dias úteis, vez que os atos processuais, em regra, igualmente só podem 
ser realizados nesses dias, nos termos do art. 770 da CLT. Assim, no exemplo 
anterior, se a terça-feira é feriado, somente na quarta-feira terá início a 
contagem do prazo. 
 
Notificação aos sábados 
 
Atente-se para o fato de que o sábado é dia não útil, isto é, não dá início à 
contagem e nem mesmo é considerado como dia de realização da notificação 
(NCPC, art. 216). 
 
Desse modo, se a parte for notificada na sexta-feira, seu prazo terá início na 
segunda-feira, uma vez que o sábado e o domingo não são considerados dias 
úteis. 
 
Súmula n2 1 do TST. Prazo judicial 
Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de 
intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira 
imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no 
dia útil que se seguir. 
 
Por outro lado, se a parte é notificada no sábado, ela será considerada como 
realizada na segunda-feira, e a contagem inicia-se no próximo dia útil 
subsequente. esquematizamos, melhor compreensão: 
 
 
 
IMPORTANTE: 
Existe uma exceção quanto ao início da contagem em· dia não útil. É o caso 
do recurso interposto via fac-símile. Nessa hipótese, enviado o fax, a parte 
tem o prazo de 5 dias para a juntada dos originais, que começa a correr do 
dia subsequente ao término do prazo recursal, mesmo que coincida Com 
feriado, sábado ou domingo (Súmula nº 387 do TST). 
 
Início da contagem 
 
É interessante declinar que o "dia do susto" deve ser em dia que tenha 
expediente forense (dia útil). Caso contrário, a notificação será 
considerada como realizada no próximo dia útil subsequente. 
 
Em suma, em regra, a contagem do prazo não pode nem iniciar nem terminar 
em dia não útil. 
 
Término da contagem (vencimento da contagem no sábado, domingo ou 
feriado) 
 
O término do prazo também deve coincidir com dia útil, de modo que, 
recaindo sobre dia não útil, será prorrogado para o primeiro dia útil 
subsequente. 
 
Início da contagem quando marcada audiência de julgamento (Súmula 
197 do TST) 
Em alguns casos, na audiência de instrução (momento em que se colhem 
provas), pode o juiz marcar outra audiência, chamada de audiência de 
julgamento, para proferir a sentença. Nessa hipótese, designada audiência de 
julgamento, incumbe à parte comparecer para tomar conhecimento da 
decisão, sob pena de ser considerada intimada da sentença, mesmo diante de 
sua ausência, conforme declina a Súmula ne 197 do TST: 
 
Súmula n!! 197 do TST. Prazo 
o prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em 
prosseguimento para a prolação da sentença conta-se de sua publicação. 
 
Contagem no processo eletrônico (disponibilização) 
 
A Lei nº. 11.419/2006, que disciplinou a informatização do processo, 
manteve a mesma sistemática anterior, estabelecendo que, nas intimações 
por meio eletrônico, estas serão consideradas realizadas no dia da consulta. 
Além disso, ocorrendo a consulta "em dia não útil, a intimação será 
considerada como realizada no primeiro dia útil seguinte". (art. 5º, § 2º). 
 
Prazos diferenciados (pessoas jurídicas de direito público e MPT) 
 
As pessoas jurídicas de direito público que não explorem atividade 
econômica, o Ministério Público e a Defensoria Pública possuem a 
prerrogativa de prazos diferenciados. 
 
Nesse contexto, os arts. 180, 183 e 186 do Novo CPC, aplicáveis 
subsidiariamente ao processo do trabalho, conferem a tais entes o prazo em 
dobro para manifestar nos autos, ou seja, para a prática de todos os· atos 
processuais, o que inclui, por exemplo, a interposição de recursos, 
contrarrazões etc 
 
ATENÇÃO: 
Não se aplica O benefício da contagem em dobro quando a lei 
estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público, 
Ministério Público ou Defensoria Pública (NCPC, arts. 180, § 2º, 183, § 
2º, e 186, § 4º). 
 
É importante fazer, nesse momento, uma observação quanto às pessoas 
jurídicas de direito público (União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e das autarquias ou fundações de direito público) que não 
explorem atividade econômica. 
 
O art. 1° do Decreto-Lei no 779/69 vaticina: 
 
Art. 1° Nos processos perante a justiça do Trabalho, constituem privilégio 
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias 
ou fundações de direito público federais, estaduais ou municipais que não 
explorem atividade econômica: 
 
( ... ) 
ll-o quádruplo do prazo fixado no artigo 841, "in fine", da onsolidação 
das leis do Trabalho; 
 
lll - o prazo em dobro para recurso; (. .. ) 
 
Litisconsórcio/procuradores distintos 
 
Orientação Jurisprudencial no 310 da SOI-I do TST. litisconsortes. 
Procuradores distintos. Prazo em dobro.Art. 229, capur e §§ 10 e 2o, do CPC 
de 2015. Art. 191 do CPC de 1973. Inaplicável ao processo do trabalho 
 
Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput 
e §§ 10 e 2°, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de 
incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente. (grifo nosso) 
 
5.3 - Prazos processuais 
 
Para que o processo não seja eterno, a legislação prevê determinado tempo 
para que os atos sejam prati~ados pelos sujeitos do processo, definindo-se, 
assim, os prazos processuais. 
 
Eles podem ser classificados em: 
 
Legais, judiciais e convencionais (possibilidade de prorrogação/redução) 
 
prazos legais: quando descrito na própria lei, como é o caso, por exemplo, 
os prazos recursais; 
 
prazos judiciais: quando fixado pelo juiz; 
 
prazos convencionais: quando definidos petas partes de comum acordo. 
Os prazos são, em regra, descritos na lei. 
 
Não havendo previsão legal, pode o juiz definir os prazos das partes, tendo 
em conta a complexidade do ato (NCPC, art. 218, § 12:). No entanto, caso 
não haja previsão legal e, ainda assim, o juiz não o tenha estabelecido, o 
prazo será de 5 dias (NCPC art. 218, § 3º). 
 
Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o 
direito de praticar ou de emendar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar 
que o não realizou por justa causa (NCPC, art. 223). Reputa-se justa causa o 
evento imprevisto, alheio à vontade da parte, e que a impediu de praticar o 
ato por si ou por mandatário (NCPC, art. 223, § 1º). Verificada a justa causa 
o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assinar (NCPC, art. 
223, § 2º). 
 
Os prazos também podem ser divididos em: 
 
Prazos peremptórios e dilatórios 
 
Peremptórios: tradicionalmente, conceituam-se tais Prazos como aqueles 
 que não podem ser alterados pela vontade das partes. No entanto, o Novo 
CPC proíbe a redução de tais prazos pelo juiz, salvo se houver anuência das 
partes (NCPC, art. 222, § 1º). Por outro lado, poderão ser ampliados nas 
comarcas, seções ou subseções judiciárias onde for difícil o transporte por 
até 2 meses ou nos casos de calamidade pública, que poderá exceder o prazo 
de 2 meses. 
Dilatórios: são aqueles que podem ser modificados por convenção das 
partes. Com o Novo CPC, surge o chamado calendário processual (art. 191), 
o qual possibilitará diversas negociações sobre os prazos processuais. 
 
Interrupção e suspensão 
 
Na hipótese de interrupção, ocorrido o fato, a parte terá restituído 
integralmente seu prazo, iniciando-se novamente no primeiro dia útil após o 
término do fato, ou seja, volta-se à estaca zero. 
 
Exemplo: proferida sentença~ a parte poderá interpor embargos de 
dec!Qração, no prazo de 5 dias~ e recurso ordinário, no prazo de 8 dias. 
Interpostos os embargos de declaração no 59 dia, fica interrompido o prazo 
para a interposição do recurso ordinário. Após a intimação da decisão dos 
embargos de declaração, inicia-se novamente o prazo de 8 dias para interpor 
o recurso ordinário. 
 
Já no caso de suspensão, o curso do prazo é paralisado durante o período da 
suspensão, voltando a correr no primeiro dia útil após a paralisação, isto é, 
volta a correr do ponto em que havia parado. 
 
Exemplo: prazo de 8 dias, sendo iniciada sua contagem no dia 17 de 
dezembro. Para o TS"T; entre os dias 20 de dezembro a 6 de janeiro há 
recesso na Justiça do Trabalho~ que suspende os prazos recursais'. Nessa 
hipótese, conta-se o prazo do dia 17 ao dia 19 de dezembro (3 dias), 
retornando a correr o restante (5 dias) no dia 7 de janeiro. 
 
Recesso do Judiciário 
 
Súmula m 262 do TST. Prazo judicial 
 Notificação ou intimação em sábado. Recesso forense. 1 - Intimada ou 
notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil 
imediato e a contagem, no subsequente. II - o recesso forense e as férias 
coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho suspendem os 
prazos recursais. 
 
Preclusão e justa causa 
 
Tipos de preclusão (consumativa, lógica, res iudicato, ordinária, máxima) 
 
5.4 - Prazos processuais em espécie 
 
Art. 218, CPC 
 
Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei. 
§ 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração 
à complexidade do ato. 
§ 2º Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente 
obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas. 
§ 3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 
(cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte. 
§ 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do 
prazo. 
 
Art. 841, CLT 
 
Art. 841. [reforma trabalhista 2017] 
Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 
(quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao 
reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do 
julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias. 
§ 1º A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado 
criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a 
notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o 
expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo. 
§ 2º O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou 
na forma do parágrafo anterior. 
§ 3º Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não 
poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação. (Incluído pela 
Lei nº 13.467, de 2017) 
 
Notificação - prova da notificação (AR) 
 
§ 1º A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado 
criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a 
notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o 
expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo. 
 
Prazos: 
 
- Recebimento da notificação para comparecer na audiência: 5 Dias antes 
da audiência 
 
- Redução a termo da reclamação verbal: 5 Dias 
 
- Contestação verbal: 20 Minutos 
 
- Prazo para interpor recurso e contrarrazoar: 8 Dias 
 
- Embargos Declaratórios: 5 Dias 
 
- Recurso Extraordinário: 15 Dias 
 
- Pagamento e nomeação de bens à penhora: 8 Dias 
 
- Prazo para impugnação de cálculos: 8 Dias 
 
- Embargos à execução: 8 Dias 
 
5.5 - Comunicação dos atos processuais 
 
A comunicação dos atos processuais consiste no meio de dar conhecimento 
a alguém dos atos realizados no processo. 
 
 Carta de ordem, precatória, rogatória 
 
carta rogatória : é utilizada quando o juízo brasileiro comunica atos 
processuais a juizo estrangeiro 
 
 Citação e intimação 
A citação é o "ato pelo qual são convocados o réu, o eXecutado ou o 
interessado para integrar a relação processual" (NCPC, art. 238). 
 
Já a intimação consiste no "ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e 
dos termos do processo" (NCPC, art. 269). 
 
 Notificação 
No processo do trabalho, utiliza-se, em regra, a expressão notificação para 
abranger tanto a citação como ,a intimação. Noutros termos, a CLT não 
diferencioucitação de intimação, utilizando indistintamente a denominação 
notificação. No entanto,para facilitar o aprendizado; vamos dividir o estudo 
em citação e intimação. 
 
5.5.1 - Formas de citação (notificação) 
 
A citação (notificação) pode ser realizada de quatro modos: 
 
a) Notificação Postal - Súmula 16, TST 
 
A notificação via postal é aquela feita por meio dos correios. Em regra, na 
fase de conhecimento, a notificação será feita desse modo. De acordo com o 
art. 841 da CLT: 
Art. 841- Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, 
dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou 
do termo, ao reclamado, notificando-oao mesmo tempo, Para comparecer à 
audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida,depois de 5 
(cinco) dias. 
§ 1º.-A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado 
criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far- 
se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar 
o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou juízo. 
 
Súmula nº- 16 do TST. Notificação 
Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois 
de sua postagem. o seu não recebimento ou a entrega após o decurso 
desse prazo constitui ônus de prova do destinatário. 
 
b) Notificação por Edital 
 
Quando o reclamado criar embaraços para o recebimento da notificação 
postal ou na hipótese de não ser encontrado, a CLT permite a notificação por 
edital, conforme estabelece o art. 841, § 1º: 
 
§ 1º-A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado 
criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a 
notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o 
expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da junta ou Juízo. 
 
Além disso, na fase de execução é admitida a citação por edital, quando o 
executado é procurado por duas vezes no espaço de 48 horas e não é 
encontrado. 
Nesse sentido, o art. 88o, § 3, da CLT: 
 
§ 3º- Se o executado, procurado por 2 (duas) vezes no espaço de 48 
(quarenta e oito) horas, não for encontrado, far-se-á citação por edital, 
publicado no jornal oficial ou, na falta deste, afixado na sede da jur.ta 
ou juízo, durante 5 {cinco) dias. 
 
c) Notificação por Oficial de Justiça (fase de conhecimento/fase de 
execução) 
 
A notificação por oficial de justiça está prevista na CLT apenas para a fase 
de execução , como se verifica pelo art. 88o: 
 
Art. 88o. Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal mandará 
expedir mandado de citação do executado, afim de que cumpra a decisão ou 
o acordo no prazo, pelo modo e sob as cominações estabelecidas ou, quando 
se tratar de pagamento em dinheiro, inclusive de contribuições sociais de 
vidas à União, para que o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a 
execução, sob pena de penhora. 
 
§ lº - o mandado de citação deverá conter a decisão exequenda ou o 
termo de acordo não cumprido. 
 
§ 2º - A citação será feita pelos oficiais de diligência. 
 
§ 3º - Se o executado, procurado por 2 (duas) vezes no espaço de 48 
(quarenta e oito) horas, não for encontrado, far-se-á citação por edital, 
publicado no jornal oficial ou, na falta deste, afixado na sede da junta 
ou juízo, durante 5 (cinco) dias. 
 
Percebe-se, por esse artigo, que, nesse caso, o legislador utilizou a 
nomenclatura citação e não notificação como na fase de conhecimento . 
 
d) Notificação por meio eletrônico 
 
A Lei ne 11.419/2006, regulamentada no âmbito da justiça do 
Trabalho pela Resolução nº 136/2014 do CSJT, passou a 
estabelecer que, nos processos eletrônicos, todas as citações, 
intimações e notificações, inclusive as destinadas à Fazenda 
Pública, serão feitas por meio eletrônico (lei Nº 11.419/2oo6, art. 
9º, caput; e CSJT-Res. Nº 136/2014, art. 23, caput). 
 
IMPORTANTE: 
As citações, intimações, notificações e remessas que viabilizem o acesso à 
íntegra do processo correspondente serão consideradas vista pessoal do 
interessado para todos os efeitos legais (lei nº 11.419/06, art. 9º § 1º, e CSJT-
Res. Nº 136/2014, art. 23, § 1º). 
 
5.5.2 - Formas de intimação 
 
a) Intimação pelo Diário Oficial 
 
Como estudado anteriormente, as intimações (notificações) têm como intuito 
dar ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe 
de fazer alguma coisa. Seria o caso, por exemplo, de a parte ser intimada 
para se manifestar sobre documentos, recursos etc. 
 
Nesse caso, a regra é a intimação ser feita no Diário Oficial ou no Diário da 
Justiça eletrônico, ou seja, o despacho será publicado nesses locais, em nome 
do próprio advogado das partes. 
 
Nos termos da Súmula nº 427 do TST, no caso de a parte ter mais de um 
advogado e, "havendo pedido expresso de que as intimações e publicações 
sejam realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a 
comunicação em nome de outro profissional constituído nos autos é nula, 
salvo se constatada a inexistência de prejuízo". Nesse mesmo sentido, dispõe 
o art. 272, § 5•. do NCPC: 
 
§5º Constando dos autos pedido expresso para que as comunicações 
dos atos processuais sejam feitas em nome dos advogados indicados, 
o seu desatendimento implicará nulidade. 
 
b) Intimação postal ou por oficial de justiça 
 
Na hipótese de jus postulandi, ou seja, quando a parte postular em juízo sem 
advogado, a intimação será feita pelos correios ou por meio do oficial de 
justiça Além disso, nos casos em que o juiz determinar a intimação, esta 
poderá ser feita pelo oficial de justiça . 
 
ATENÇÃO: 
As testemunhas deverão comparecer em audiência, 
independentemente de intimação. 
Caso não compareçam, pode o juiz, de officio ou a requerimento 
das partes, intimá-las, ocasião em que deverão se apresentar em 
juízo na data designada para a audiência, sob pena de condução 
coercitiva e aplicação da multa estabelecida no art. 730 da CLT 
(CLT, art. 825). 
 
c) Intimação eletrônica 
 
O art. 270 do NCPC, aplicável subsidiariamente ao processo do trabalho, 
estabelece que as intimações, em regra, devem ser realizadas por meio 
eletrônico, enfatizando a necessidade de que o Ministério Público, a 
Defensoria Pública e a Advocacia Pública mantenham o cadastro nos 
sistemas de processo em autos eletrônicos, nos termos do art. 246, §1º, do 
NCPC. 
 
Apenas quando as intimações não forem realizadas por meio eletrônico, 
deverá ser feita pela publicação no órgão oficial, ou seja, no Diário oficial 
ou no Diário de justiça eletrônico (NCPC, art. 272, caput; lei nº 11.419/06, 
art. 5º). 
 
d) Intimação na audiência 
 
O art. 834 da CLT estabelece que as partes serão consideradas intimadas das 
decisões na própria audiência em que elas forem proferidas, o que também 
vem contemplado no art. 852 da CLT. Desse modo, se o juiz, por exemplo, 
decide uma incompetência na audiência, a intimação é feita na própria 
audiência. 
 
ATENÇÃO: 
No caso de revelia, haverá notificação pela via postal (CLT, art_ 852). 
 
5.6 - Custas processuais 
 
o valor das custas processuais é analisado de forma diferente, a depender da 
fase do processo, ou seja, será um valor na fase de conhecimento e outro 
valor na fase de execução. 
 
Valor das custas (art. 789 e 789-A, CLT) 
o valor das custas processuais é analisado de forma diferente, a depender da 
fase do processo, ou seja, será um valor na fase de conhecimento e outro 
valor na fase de execução. 
 
a) Valor da condenação 
 
Da análise do dispositivo anterior, é possível extrair que as custas são sempre 
no valor de 2%, calculados sobre o: 
 
Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, 
nas ações e procedimentos de competência da justiça do Trabalho, bem como 
nas demandas propostas perante a justiça Estadual, no exercício da jurisdição 
trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base 
de 2°k (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10, 64 (dez reais e 
sessenta e quatro centavos) e serão calculadas: 
 
I - quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor; 
II - quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, 
ou julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da causa; 
III- no caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória 
e em ação constitutiva, sobre o valor da causa; 
IV- Quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar . 
.§ 1º. As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da 
decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovadoo 
recolhimento dentro do prazo recursal. 
§ 2º. Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e 
fixará o montante das custas processuais. 
§ 3º. Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, 
o pagamento das custas caberá em partes iguais aos litigantes. 
§ 4º- Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente 
pelo pagamento das custas, calculadas sobre o valor arbitrado 
na decisão, ou pelo Presidente do Tribunal. 
 
Da análise do dispositivo anterior, é possível extrair que as custas são sempre 
no valor de 2%, calculados sobre o: 
 
b) Valor do acordo 
 
Da análise do dispositivo anterior, é possível extrair que as custas são sempre 
no valor de 2%, calculados sobre o: 
 
c) Valor da causa 
 
Da análise do dispositivo anterior, é possível extrair que as custas são sempre 
no valor de 2%, calculados sobre o: 
 
d) Valor que o juiz definir 
 
§ 2º. Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e 
fixará o montante das custas processuais. 
 
e) Valor arbitrado na decisão 
Da análise do dispositivo anterior, é possível extrair que as custas são sempre 
no valor de 2%, calculados sobre o: 
 
- Responsabilidade pelo pagamento 
 
Por serem as custas despesas decorrentes da movimentação do Poder 
Judiciário, a legislação incumbiu seu pagamento àquele que deu causa ao 
processo, ou seja, o pagamento das custas processuais é de responsabilidade 
da parte vencida (CLT, art. 789, § 1•). 
- Momento do recolhimento 
 
O recolhimento das custas deverá ocorrer da seguinte forma: 
 
Depois do transito em julgado - Quando não houver recurso 
No prazo do recurso - Quando existir recurso 
No fim do processo - Custas na fase de execução 
 
O recolhimento das custas é um pressuposto recursal. de modo que, não 
sendo recolhido integralmente, o recurso não será conhecido. Cumpre 
consignar que o C. TST entende que os§§ 2ºe 7" do art. 1.007 do NCPC são 
aplicáveis ao processo do trabalho. Desse modo, a insuficiência do valor 
das custas processuais implica em deserção tão somente se o recorrente não 
supri-la no prazo de 5 dias (NCPC, art. 1.007, § 2º). Regisra-se que o C. TST 
apenas aplica o dispositivo no tocante às custas processuais e não ao deposito 
recursal (TST-IN nº 39/2016, art. 10, parágrafo único). 
 
- Pessoas isentas do pagamento das custas 
 
Estão isentos do pagamento das custas processuais:. 
1) o beneficiário da justiça gratuita (CLT, art. 790, § 3•); 
2) a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas 
autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não 
explorem atividade econômica (CLT, art. 790-A, I); 
3) o Ministério Público do Trabalho (CLT, art. 790-A, II); 
4) Empresas Brasileira de Correios e Telégrafos; 
5) Estados estrangeiros, missões diplomáticas e repartições consulares 
(Convenções de Viena de 1961 e 1963) . 
- Honorários periciais 
Os honorários periciais são devidos ao perito indicado pelo juiz, pela 
realização de perícia de qualquer espécie (contábil, médica etc.). 
A responsabilidade pelo seu pagamento é da parte sucumbente na pretensão 
objeto da perícia (CLT, art. 790-B), ou seja, aquele que perdeu o objeto da 
perícià é o responsável pelo pagamento. 
Exemplo: reclamante postula pagamento de adicional de insalubridade, 
ficando constatado que o local não é insalubre. Nesse caso, o reclamante é 
responsável pelo pagamento da perícia, mesmo que tenho, por exemplo, 
outros pedidos no processo em relação aos quais ele seja vencedor. 
 
 
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA : 
 
Processo do trabalho / Élisson Miessa. 2019 
https://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:rede.virtual.bibliotecas:livro:2018;001117158

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