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REPERCUSSÕES DAS DOENÇAS NEUROLÓGICAS NO SISTEMA RESPIRATÓRIO REPERCUSSÕES DAS DOENÇAS NEUROLÓGICAS NO SISTEMA RESPIRATÓRIO Pacientes com determinadas doenças neurológicas apresentam maior risco de desenvolverem infecções respiratórias e falência respiratória devido à fraqueza muscular. Os com doenças neuromusculares, em particular, estão em maior risco. Infelizmente, muitos distúrbios neurológicos que afetam a função respiratória permanecem incuráveis, e, portanto, o objetivo na gestão desses pacientes é ajudá-los a manter e melhorar a função física, respiratória e a qualidade de vida. DOENCAS NEUROLÓGICAS QUE AFETAM O SISTEMA RESPIRATÓRIO LOCALIZAÇÃO DOENÇA CÓRTEX CEREBRAL AVE, NEOPLASIA, DEGENERAÇÃO CEREBRAL, CONVULSÃO TRONCO CEREBRAL ESCLEROSE MÚLTIPLA GÂNGLIOS DA BASE MEDULA ESPINHAL DOENÇA DE PARKINSON TRAUMA,NEOPLASIA, SERINGOMIELINA, COMPRESSÃO DA MEDULA CÉLULAS DO CORNO ANTERIOR ATROFIA MEDULAR ESPINHAL, SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITE, ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA DOENCAS NEUROLÓGICAS QUE AFETAM O SISTEMA RESPIRATÓRIO NERVO PERIFÉRICO SÍNDROME GUILLAN-BARRÉ MIOPATIAS DISTROFIA MUSCULAR CONGÊNITA DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE DISTROFIA MUSCULAR DE BECKER POLIMIOSITE LOCALIZAÇÃO DOENÇA Doença de Parkinson Doença degenerativa e progressiva do SNC, que leva à: - Rigidez muscular - Tremor de repouso - Acinesia ou bradicinesia - Alteração de postura e equilíbrio Os pacientes com DP podem ter uma série de alterações respiratórias, como: - taquipnéia - dispnéia - irregularidade no ritmo respiratório - distúrbio respiratório restritivo - disfunção das vias aéreas superiores - diminuição da força muscular respiratória Doença de Parkinson Os distúrbios respiratórios podem ser explicados pelos seguintes mecanismos: Perda da flexibilidade da musculatura respiratória Alterações posturais Alteração na ativação e na coordenação muscular Envolvimento das VAs superiores ao nível de estruturas glóticas e supraglóticas Complicação respiratória mais comum: Pneumonia de aspiração, que tem alta incidência no estágio tardio da doença Doença de Parkinson O padrão restritivo é comum e tem sido relacionado a: Diminuição da expansão torácica Rigidez dos músculos do tronco Perda da flexibilidade musculo esquelética Postura cifótica Todos esses fatores levam a: Diminuição da CVF Diminuição do VEF1 Diminuição do PFE Aumento do VR Atuação fisioterapêutica respiratória no paciente com DP Tratamento: Manobras desobstrutivas DRR EPAP Estímulo à tosse Treinador muscular respiratório Fortalecimento muscular global Treino de equilíbrio Acidente Vascular Encefálico O AVE é considerado, atualmente, o maior causador de incapacidade crônica, e está entre as principais causas de morte no mundo. No Brasil, o AVE é a causa mais frequente de óbito na populaçao adulta(cerca de 10%) e compreende 10% do diagnóstico das internações hospitalares públicas. É uma doença vascular com consequência neurológica AVE Avaliar: Tipo do AVE Área lesada Nível de consciência Reflexos Tipo de respiração Hipo / hiperventilação Assimetria de tônus diafragmático e de musculatura torácica Restrição de função ventilatória Retenção de secreções Atuação fisioterapêutica respiratória no paciente vítima de AVE agudo Tratamento: Posicionamento Manobras EPAP Treinador muscular inspiratório Estímulo à tosse Aspiração traqueal Atuação fisioterapêutica respiratória no paciente vítima de AVE crônico Estudos abordam que a reabilitação agressiva por meio de exercício aeróbico, mesmo depois de decorridos seis meses iniciais do evento, pode, efetivamente, aumentar a capacidade aeróbica e a função sensório-motora desses indivíduos. Gordon, NF, 2004 Capacidade aeróbia em vítimas de AVE A baixa capacidade aeróbia se deve a alguns fatores relacionados direta ou indiretamete ao AVE: Baixo nível de atividade física antes do evento Idade avançada Presença de comorbidades Efeito neurológico direto, reduzindo a massa muscular disponível para a ativação Diminuiçao ou perda da habilidades funcionais após o evento Fraqueza muscular Exercício aeróbio nas vítimas de AVE É primariamente realizado naqueles com prejuízo funcional leve a modeardo, que sejam capazes de se exercitar em esteira, bicicleta ou na água É possível realizar o exercício aeróbio desde a fase aguda até a crônica Exercício aeróbio nas vítimas de AVE A intensidade do exercício ainda não está bem estabelecida para esta população Mas em geral, prescreve-se: - 55 a 80% da FCmáx - 40 a 60% do VO2 pico - duração de 20 a 90 min - frequência de no mínimo 3x/semana - duração de 8 a 13 semanas Atuação fisioterapêutica respiratória no paciente vítima de TCE CUIDADO!!!, pois em geral, é um paciente que apresenta múltiplos traumas e fraturas, como crânio, face e membros Pneumotórax Hemotórax Atuação fisioterapêutica respiratória no paciente vítima de TCE e no pós-operatório neurológico Avaliar: ventilação relação V/Q mecânica da respiração controle da respiração grau de consciência Complicações respiratórias: retenção de secreções pulmonares pneumonia atelectasia embolia pulmonar SARA sepsis Atuação fisioterapêutica respiratória no paciente vítima de TCE Tratamento: * Entubação traqueal * Monitorização da PIC * Hiperventilação * Posicionamento * Medidas gerais * Recursos fisioterápicos devem ser avaliados e adequados de acordo com o quadro clínico e neurológico Lesado medular No Brasil, a incidência de traumatismo raquimedular (TRM), é de 40 novos casos/ milhão de habitantes, ou seja, cerca de 6 a 8 mil novos casos por ano, sendo 80% do sexo masculino, e 60% dos casos se encontram entre 10 e 30 anos de idade. Lesado medular Disfunções respiratórias: * diminuição dos volumes pulmonares * diminuição da CV na tetraplegia em 24 a 31% * diminuição da complacência pulmonar * respiração paradoxal na tetraplegia * perda da musculatura expiratória na tetraplegia * aumento do trabalho respiratório * ineficiência da tosse * insuficiência respiratória nas lesões altas da medula(C3,C4 e C5) Complicações respiratórias agudas ( incidência de 36 a 83%): * retenção de secreções pulmonares * pneumonia * atelectasia * insuficiência respiratória * SARA * TEP Lesado medular Avaliação: * nível de lesão * medida da CV * oximetria * ritmo respiratório * RX de tórax Lesado medular Tratamento fisioterapêutico respiratório: Objetivos: * minimizar as complicações pulmonares * prevenir hipoxemia e atelectasia * manter ventilação pulmonar adequada * minimizar riscos de aspiração Tratamento: * posicionamento * higiene brônquica ( manobras, tosse assistida, EPAP, aspiração broncopulmonar) * aumento do volume pulmonar ( exercícios respiratórios, EI, EPAP) * treinamento muscular inspiratório * VNI ou VMI
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