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24 Aula de neuro (3)

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REPERCUSSÕES DAS DOENÇAS NEUROLÓGICAS NO SISTEMA RESPIRATÓRIO
REPERCUSSÕES DAS DOENÇAS NEUROLÓGICAS NO SISTEMA RESPIRATÓRIO
	Pacientes com determinadas doenças neurológicas apresentam maior risco de desenvolverem infecções respiratórias e falência respiratória devido à fraqueza muscular. Os com doenças neuromusculares, em particular, estão em maior risco.
	Infelizmente, muitos distúrbios neurológicos que afetam a função respiratória permanecem incuráveis, e, portanto, o objetivo na gestão desses pacientes é ajudá-los a manter e melhorar a função física, respiratória e a qualidade de vida.
DOENCAS NEUROLÓGICAS QUE AFETAM O SISTEMA RESPIRATÓRIO
	LOCALIZAÇÃO	DOENÇA
	CÓRTEX CEREBRAL	AVE, NEOPLASIA, DEGENERAÇÃO CEREBRAL, CONVULSÃO
	TRONCO CEREBRAL	ESCLEROSE MÚLTIPLA
	
GÂNGLIOS DA BASE
MEDULA ESPINHAL	
DOENÇA DE PARKINSON
TRAUMA,NEOPLASIA, SERINGOMIELINA, COMPRESSÃO DA MEDULA
	
CÉLULAS DO CORNO ANTERIOR
	
ATROFIA MEDULAR ESPINHAL, SÍNDROME PÓS-POLIOMIELITE, ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
DOENCAS NEUROLÓGICAS QUE AFETAM O SISTEMA RESPIRATÓRIO
	NERVO PERIFÉRICO	SÍNDROME GUILLAN-BARRÉ
	MIOPATIAS	DISTROFIA MUSCULAR CONGÊNITA
DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE
DISTROFIA MUSCULAR DE BECKER
POLIMIOSITE
	LOCALIZAÇÃO	DOENÇA
Doença de Parkinson
Doença degenerativa e progressiva do SNC, que leva à:
 - Rigidez muscular
 - Tremor de repouso
 - Acinesia ou bradicinesia
 - Alteração de postura e equilíbrio
Os pacientes com DP podem ter uma série de alterações respiratórias, como:
 - taquipnéia
 - dispnéia
 - irregularidade no ritmo respiratório
 - distúrbio respiratório restritivo
 - disfunção das vias aéreas superiores 
 - diminuição da força muscular respiratória
 
 
Doença de Parkinson
Os distúrbios respiratórios podem ser explicados pelos seguintes mecanismos:
	Perda da flexibilidade da musculatura respiratória
	Alterações posturais
	Alteração na ativação e na coordenação muscular
	Envolvimento das VAs superiores ao nível de estruturas glóticas e supraglóticas
	Complicação respiratória mais comum:
Pneumonia de aspiração, que tem alta incidência no estágio tardio da doença
Doença de Parkinson
O padrão restritivo é comum e tem sido relacionado a:
	Diminuição da expansão torácica
	Rigidez dos músculos do tronco
	Perda da flexibilidade musculo esquelética
	Postura cifótica
Todos esses fatores levam a:
	Diminuição da CVF
	Diminuição do VEF1
	Diminuição do PFE
	Aumento do VR
Atuação fisioterapêutica respiratória no paciente com DP
Tratamento:
	Manobras desobstrutivas
	DRR
	EPAP 
	Estímulo à tosse
	Treinador muscular respiratório
	Fortalecimento muscular global
	Treino de equilíbrio
	
Acidente Vascular Encefálico
	O AVE é considerado, atualmente, o maior causador de incapacidade crônica, e está entre as principais causas de morte no mundo.
	No Brasil, o AVE é a causa mais frequente de óbito na populaçao adulta(cerca de 10%) e compreende 10% do diagnóstico das internações hospitalares públicas.
	É uma doença vascular com consequência neurológica
AVE
 Avaliar:
	Tipo do AVE
	 Área lesada
	 Nível de consciência
	 Reflexos
	 Tipo de respiração
	 Hipo / hiperventilação
	 Assimetria de tônus diafragmático e de musculatura torácica
	 Restrição de função ventilatória
	 Retenção de secreções
Atuação fisioterapêutica respiratória no paciente vítima de AVE agudo
	Tratamento:
	Posicionamento
	Manobras
	EPAP 
	Treinador muscular inspiratório
	Estímulo à tosse
	Aspiração traqueal 
Atuação fisioterapêutica respiratória no paciente vítima de AVE crônico
	Estudos abordam que a reabilitação agressiva por meio de exercício aeróbico, mesmo depois de decorridos seis meses iniciais do evento, pode, efetivamente, aumentar a capacidade aeróbica e a função sensório-motora desses indivíduos.
 Gordon, NF, 2004
Capacidade aeróbia em vítimas de AVE
A baixa capacidade aeróbia se deve a alguns fatores relacionados direta ou indiretamete ao AVE:
	Baixo nível de atividade física antes do evento
	Idade avançada
	Presença de comorbidades
	Efeito neurológico direto, reduzindo a massa muscular disponível para a ativação
	Diminuiçao ou perda da habilidades funcionais após o evento
	Fraqueza muscular
Exercício aeróbio nas vítimas de AVE
	É primariamente realizado naqueles com prejuízo funcional leve a modeardo, que sejam capazes de se exercitar em esteira, bicicleta ou na água
	É possível realizar o exercício aeróbio desde a fase aguda até a crônica
Exercício aeróbio nas vítimas de AVE
	A intensidade do exercício ainda não está bem estabelecida para esta população
	Mas em geral, prescreve-se:
 - 55 a 80% da FCmáx
 - 40 a 60% do VO2 pico
 - duração de 20 a 90 min
 - frequência de no mínimo 3x/semana
 - duração de 8 a 13 semanas
 
Atuação fisioterapêutica respiratória no paciente vítima de TCE
	CUIDADO!!!, pois em geral, é um paciente que apresenta múltiplos traumas e fraturas, como crânio, face e membros
	Pneumotórax
	Hemotórax
Atuação fisioterapêutica respiratória no paciente vítima de TCE e no pós-operatório neurológico
Avaliar:
	ventilação
	relação V/Q
	mecânica da respiração
	controle da respiração
	grau de consciência
 Complicações
respiratórias:
	retenção de secreções pulmonares
	pneumonia
	atelectasia 
	embolia pulmonar 
	SARA
	sepsis
Atuação fisioterapêutica respiratória no paciente vítima de TCE
Tratamento:
* Entubação traqueal
* Monitorização da PIC 
* Hiperventilação
* Posicionamento
* Medidas gerais
* Recursos fisioterápicos devem ser avaliados e adequados de acordo com o quadro clínico e neurológico
Lesado medular
No Brasil, a incidência de traumatismo raquimedular (TRM), é de 40 novos casos/ milhão de habitantes, ou seja, cerca de 6 a 8 mil novos casos por ano, sendo 80% do sexo masculino, e 60% dos casos se encontram entre 10 e 30 anos de idade.
Lesado medular
 Disfunções respiratórias:
 * diminuição dos volumes pulmonares 
 * diminuição da CV na tetraplegia em 24 a 31%
 * diminuição da complacência pulmonar
 * respiração paradoxal na tetraplegia
 * perda da musculatura expiratória na tetraplegia
 * aumento do trabalho respiratório
 * ineficiência da tosse
 * insuficiência respiratória nas lesões altas da medula(C3,C4 e C5)
Complicações respiratórias agudas ( incidência de 36 a 83%):
* retenção de secreções pulmonares
* pneumonia 
* atelectasia
* insuficiência respiratória 
* SARA
* TEP
Lesado medular
	Avaliação:
 * nível de lesão
 * medida da CV
 * oximetria
 * ritmo respiratório
 * RX de tórax
Lesado medular
	Tratamento fisioterapêutico respiratório:
Objetivos: 
* minimizar as complicações pulmonares
* prevenir hipoxemia e atelectasia
* manter ventilação pulmonar adequada
* minimizar riscos de aspiração 
Tratamento: 
 * posicionamento
 * higiene brônquica ( manobras, tosse assistida, EPAP, aspiração broncopulmonar)
 * aumento do volume pulmonar ( exercícios respiratórios, EI, EPAP)
 * treinamento muscular inspiratório
 * VNI ou VMI

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