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Dispneia: Causas e Sintomas

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Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021.1 -1 
 
12.04.21 
 Dispneia 
• Dificuldade para respirar 
• Subjetiva: percebida apenas pelo paciente 
• Objetiva: acompanhada de manifestações que evidenciam a 
dispneia ao exame físico  
• Presença de sinais físicos: batimento de asas do nariz ou 
elevações da frequência respiratória.  
 
CASO CLÍNICO 
Mulher 49 anos, dá entrada no pronto socorro trazida por familiares em 
franca insuficiência respiratória. Antes que se pudesse realizar uma 
anamnese, entra em parada respiratória. 
• Em que possibilidades diagnósticas você pensaria? Pensar em 
TEP principalmente, asma, pneumotórax... 
• Se tivesse tempo antes da PR, o que perguntaria? 
 
FISIOLOGIA   
• Desproporção entre a demanda ventilatória e a capacidade de 
resposta 
 
Causas de aumento de demanda ventilatória:  
• Alterações nos gases e pH arteriais (ex: exercícios em paciente 
com troca gasosa ineficiente – hipercapneia e acidose)  
 
Causas de capacidade de resposta diminuída:  
• Alterações na mecânica no pulmão ou caixa torácica (ex: 
aumento da resistência das vias aéreas – asma; ou 
enrijecimento da parede torácica – cifoescoliose)  
 
 
CAUSAS:   
6-P’s da dispneia – 
• Possible foreign body (corpo estranho) 
• Pulmonar embolus 
• Pneumonia 
• Pump failure (falha de bomba) 
• Pneumotórax 
• Pulmonary bronchial constricton 
 
Cardíacas: cardiomiopatiaas, doenças isquemias, doenças valvulares, 
síndrome do marca-passo 
Pulmonares: DPOC, asma, doenças intersticiais pulmonares, câncer 
Outras: refluxo gastroesofágico, ansiedade e 
hiperventilação, descondicionamento físico, obesidade, gravidez, 
hipertensão arterial sistêmica, hipertireoidismo  
 
HDA 
Dispneia atual: características do sintoma num momento preciso 
(durante ou após a corrida em esteira - realização de testes de exercício, 
ou quando se avalia a efetividade imediata de uma 
medicação broncodilatadora, numa crise de asma) 
Dispneia usual: limitações provocadas pelo sintoma na execução de 
atividades do cotidiano (subir escadas) 
Escala analogicovisual consiste de uma linha vertical ou horizontal, 
geralmente de 10 cm, ancorada, numa extremidade, na ausência total de 
dispneia e, na outra, pela pior sensação de dispnéia imaginada ou já 
sentida pelo paciente  
Escala de Borg: permite a correlação entre a intensidade dos sintomas 
classificados em categorias e uma graduação numérica, desenhada para 
guardar proporcionalidade com a intensidade do esforço  
 
• Dispneia aguda (paciente sabe quando começou - embolia 
pulmonar, pneumonia); 
Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021.1 -2 
 
• Dispneia subaguda (2 - 8 semanas); 
• Dispneia crônica (mais de 8 semanas - DPOC, fibrose); 
• Dispneia crônica agudizada (TEP sobre uma fibrose, 
exacerbação) 
• Dispneia aos grandes esforços (exercício físico intenso); 
• Dispneia aos moderados esforços (subir escadas); 
• Dispneia aos pequenos esforços (ao se vestir); 
• Dispneia de repouso; 
 
“dispneia aos grandes esforços há 2 meses, evoluiu para pequenos 
esforços há 3 dias”  
Modified medical research council – mMRC 
 
Começar perguntando pelo 4. 
 
 
• Ortopneia (piora em decúbito dorsal - aliviado com a elevação 
da porção superior do tórax pelo uso de um número maior de 
travesseiros ou pela elevação da cabeceira da cama - 
pacientes portadores de insuficiência cardíaca esquerda, 
associada com o estabelecimento de congestão pulmonar - 
alterações da complacência pulmonar, promovendo aumento 
do trabalho dos músculos respiratórios, com consequente 
surgimento de dispnéia - a queda da complacência pulmonar 
é atribuída a elevações da pressão hidrostática intravascular 
(coluna de sangue situada abaixo do nível cardíaco) nas 
regiões dependentes do pulmão, que acabam por ocupar 
áreas mais extensas, quando a posição dentada é assumida 
- pcte asma e DPOC, fraqueza da musculatura diafragmática - 
pacientes com doenças neuromusculares.) 
• Trepopneia (piora em decúbito lateral, desaparece ou 
melhora com o decúbito lateral oposto, pode surgir em 
qualquer doença, comprometendo um pulmão mais 
intensamente do que o outro - derrame pleural unilateral ou 
paralisia diafragmática unilateral)  
• Platipneia (piora em posição ortostática/melhora em decúbito 
dorsal, pctes com pericardite ou na presença 
de shunts direito-esquerdos, pode estar acompanhada 
de ortodeoxia - queda acentuada da saturação arterial de 
oxigênio com a posição em pé - achados clássicos da 
síndrome hepato- pulmonar, que se estabelece 
secundariamente à presença de dilatações vasculares 
intrapulmonares) 
• Dispneia paroxística noturna (pcte acorda com falta de ar - 
sono interrompido por sensação de falta de ar, levando-o a 
sentar-se no leito, ou mesmo levantar-se e procurar uma área 
da casa mais ventilada, visando obter alívio da súbita 
sensação de sufocação, pode estar associada à sudorese 
profusa - pcte com insuficiência cardíaca esquerda, a 
reabsorção do edema periférico leve à hipervolemia sistêmica 
e pulmonar, com conseqüente agravamento da congestão 
pulmonar, sobrecargas hemodinâmicas (ocorrem em uma 
fase particular do sono - REM), podem contribuir para o 
agravamento da congestão pulmonar e facilitar o surgimento 
desse tipo de dispnéia. No sono REM, documenta-se grande 
estimulação dos nervos simpáticos sobre o sistema 
cardiovascular) 
 
 
Taquipneia (frequência respiratória aumentada – respiração rápida, 
redução da amplitude das incursões respiratórias (volume corrente), 
síndromes restritivas pulmonares (derrames pleurais, doenças 
intersticiais, edema pulmonar), febre, ansiedade) 
Hiperpneia (↑amplitude – volume ventilatório aumentado - presente na 
acidose metabólica, febre, ansiedade)  
 
Bradipnéia (redução do número dos movimentos respiratórios, 
geralmente abaixo de oito incursões/min, pcte com lesões neurológicas, 
depressão dos centros respiratórios por drogas (opióides, diazepínicos), 
precedendo a parada respiratória em casos de fadiga dos músculos 
respiratórios) 
Apnéia (interrupção dos movimentos respiratórios por um período de 
tempo prolongado, pacientes com diagnóstico de síndrome da apnéia do 
sono podem permanecer sem respirar durante minutos, cursando com 
hipoxemia acentuada e significantes riscos do surgimento de arritmias 
cardíacas e morte, indivíduos em apnéia necessitam de suporte 
respiratório ou então progredirão para óbito) 
Dispnéia suspirosa (inspirações profundas, esporádicas, em meio a um 
ritmo respiratório normal, pctes com distúrbios psicológicos ou pela 
simples emoção) 
Ritmo de Cantani (aumento da amplitude dos movimentos respiratórios, 
de modo regular, secundariamente à presença de acidose metabólica - 
pode surgir o ritmo de Kussmaul, alternância sequencial 
Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021.1 -3 
 
de apnéias inspiratórias e expiratórias, encontrada na cetoacidose 
diabética ou insuficiência renal) 
Ritmo de Biot (ritmo respiratório irregular, pacientes com hipertensão 
intra-craniana e lesões do sistema nervoso central) 
Ritmo de Cheynes-Stockes (alternância de períodos de apnéia, seguidos 
por hiperpnéia crescente e decrescente, até uma nova apnéia, pacientes 
com insuficiência cardíaca, congestiva grave - aumento do retardo 
circulatório dos pulmões para o cérebro, ocorre uma dissociação entre 
os valores de pH e PaCO2 no nível pulmonar e no nível 
dos quimiorreceptores centrais, levando ao surgimento da respiração 
periódica.), lesões do sistema nervoso central e hipertensão 
intracraniana) 
 
MANIFESTAÇÕES ASSOCIADAS 
Tosse, sibilância, edema de membros inferiores, hemoptise  
 
TRATAMENTOS REALIZADOS 
Nebulização, diurético, vasodilatadores (isordil)  
 
HMP 
• Internações anteriores  
• Comorbidades 
• Doenças prévias 
Cirurgias prévias  
• Alergias  
 
HFS 
• História familiar de doenças cardíacas, pulmonares…• Alterações no desenvolvimento? Infertilidade? Abortos 
frequentes?  
• Tabagismo (carga tabágica)/etilismo → ver se fuma e 
também se já fumou anos anteriores. 
• Ambiente  
• Viagens frequentes? 
• Exame físico 
 
EXAME FÍSICO 
INSPEÇÃO 
• Avaliar tipo de tórax/padrão ventilatório 
• Esforço ventilatório 
• Uso de musculatura acessória 
• Cianose 
• Baqueteamento digital 
• Confusão/agitação 
 
SINAIS VITAIS 
• Oxigenação 
• PA 
• FC 
• FR 
• Pulsos centrais e periféricos 
 
EXAME FÍSICO COMPLETO 
• Cabeça e pescoço 
• Cardiovascular (pulsos, arritmias?, turgência jugular?) 
• Pulmonar 
• Abdome (dor à palpação?) 
• Neurológico 
 
EXAME FÍSICO PULMONAR 
• Avaliar expansibilidade pulmonar, FTV 
FTV  
Diminuição: afecções da pleura  
Aumento: afecções do parênquima  
 
 
• Avaliar sonoridade/comparar bilateralmente 
Claro Pulmonar; Maciço; Sub-maciço; Timpânico; Hipertimpânico 
Som timpânico ou hipertimpânico - pneumotórax  
Som maciço - derrame pleural, pneumonia, tuberculose, atelectasias  
 
Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021.1 -4 
 
• Comparar MV bilateralmente, presença de ruídos adventícios? 
 
MV 
MV aumentado difusamente: hiperventilação  
MV diminuído localmente: atelectasia, PNM, d. pleural, PNMT  
MV diminuído difusamente: enfisema, obesidade, asma grave, DPOC  
 
RUÍDOS ADVENTÍCIOS  
Contínuos: RONCOS E SIBILOS - significa espasmo (asma, bronquite, 
reação alérgica, enfisema)  
Sibilos monofônicos (um segmento brônquico acometido) ou 
polifônicos *geralmente expiratórios  
Descontínuos: ESTERTORES 
Crepitantes- ouvidos no fim da inspiração (PNM lobar, fibrose pulmonar, 
ICC c/ HAP, bronquiectasias) 
Bolhosos - pode ser modificado pela tosse (congestão pulmonar da ICC, 
EAP)  
ATRITO PLEURAL “ranger de couro cru” **Sem relação com inspiração 
ou expiração/ não é modificado pela tosse  
 
CAUSAS DE DISPNEIA 
ATMOSFÉRICAS 
• Atmosfera pobre em O2 ou pressão parcial de O2 diminuída  
• Grandes altitudes 
• Dispneia aos pequenos esforços 
• Taquipneia compensatória 
Compensação do organismo: ↓ pressão atmosférica, ↓ níveis de O2, 
liberação de eritropoietina (rins), compensatória  
Pacientes com insuficiência respiratória crônica, compensada, ao 
mudarem de altitude, apresentam dispneia.  
 
OBSTRUTIVAS   
Vias respiratórias, da faringe aos bronquíolos, podem sofrer redução ao 
calibre (intraluminais, parietais ou mistas) 
Obstruções laríngeas (parietais): difteria, laringite estridulosa, 
edema angioneurótico, estenose por tuberculose ou blastomicose e 
neoplasia  
Obstruções da traqueia: compressão extrínseca – bócio, neoplasias, 
malignas, aneurisma da aorta, linfonodomegalias↑ produção de 
hemácias, poliglobulia, adenomegalias medistínicas  
 
Agitação, mãos aos pescoço, ausência de ventilação, incapacidade de 
falar, incapacidade de tossir, cianose rapidamente progressiva, perda de 
consciência, várias causas 
Obstruções brônquicas (intraluminais, parietais ou mistas): neoplasias 
do mediastino, linfonodomegalias (adenomegalias) 
e arcinoma brônquico 
 
Obstruções bronquiolares (mistas): asma e bronquiolites  
 
PARENQUIMATOSAS 
Todas as afecções que reduzam a área de hematose de modo intenso 
(condensações, rarefações parenquimatosas). 
Lenta instalação do processo: menor dificuldade respiratória, se houver 
tempo de adaptação.  
Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021.1 -5 
 
 
 
TORACOPULMONARES 
Alterações capazes de modificar a dinâmica pulmonar, reduz a 
elasticidade e movimentação, provoca assimetria dos hemitórax.  
Fraturas dos arcos costas, cifoescoliose, alterações musculares 
(miosites, pleurodinias ou mialgias intensas) 
 
 
DIAFRAGMÁTICAS   
• Paralisia, hérnias, elevações uni ou bilaterais 
• Músculo respiratório mais importante; toda afecção que 
interfira com seus movimentos pode gerar dispneia  
 
 
 
TECIDUAIS 
• Aumento do consumo celular de O2, resposta fisiológica 
normal ao aumento da atividade metabólica.  
• Exercício físico, crises convulsivas, tetania 
 
 
PLEURAIS 
• Redução da expansão pulmonar 
• Limitação dos movimentos respiratórios devido à dor 
 
 
Bruna Altvater Saturnino XLII – 2021.1 -6 
 
Pleura parietal (inervação sensitiva, quando irritada provoca dor que 
aumenta com a inspiração, para evitá-la, o pote procura limitar 
movimentos e deitar-se do lado que o incomoda) 
Grandes derrames  
 
VASCULARES   
• Redução da área de troca gasosa  
• Embolia pulmonar 
 
CARDÍACAS 
• Mau funcionamento da bomba cardíaca  
• Insuficiência cardíaca, síndrome coronariana. 
• Dispneia devido a congestão passiva do pulmão 
 
 
LIGADAS AO SNC 
Origem neurológica 
• Alterações do ritmo respiratório (hipertensão intracraniana) 
 
Origem psicogênica 
• Dispneia suspirosa 
• Se grave: hiperventilação – alcalose respiratória – espasmos 
musculares e dormências (podem levar à perda de 
consciência) 
 
RELAÇÃO V/Q 
 
A: normal 
B: aspiração. Tem pouco oxigênio no alvéolo e bastante CO2. A ventilação 
está diminuída e a perfusão normal. Relação V/Q diminuída. 
C: ventilação normal, perfusão obstruída. Relação V/Q aumentada. 
EXAMES COMPLEMENTARES 
• Ecocardiograma  
• Gasometria arterial – pH, pressões parciais de gases  
• Broncoscopia – através da broncoscopia se tiver acesso 
consegue até “pescar” e tirar  
• Exames de imagem  
• Espirometria

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