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CRIMES CONTRA A DIGNIDADE

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TÍTULO VI
DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL 
1
Ao mencionar a dignidade sexual como bem jurídico protegido, ingressa-se em cenário moderno e harmônico com o texto constitucional, afinal, dignidade possui a noção de decência, compostura e respeitabilidade, atributos ligados à honra. Associando-se ao termo sexual, insere-se no campo da satisfação da lascívia ou da sensualidade.
CAPÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL 
Estupro 
Art. 213.  Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:          (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.          (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o  Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:           (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2o  Se da conduta resulta morte:             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos              (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Crime hediondo
Preceitua a Lei 8.072/90 (art. 1.º, V) ser o estupro um delito hediondo, trazendo, por consequência, todas as privações impostas pela referida lei, entre as quais: o cumprimento da pena inicialmente em regime fechado (há decisão do STF proclamando a inconstitucionalidade da obrigatoriedade do início em regime fechado; consultar o HC 111.840/ES); a impossibilidade de obtenção de liberdade provisória, com fiança; o considerável aumento de prazo para a obtenção do livramento condicional, bem como para a progressão de regime; a impossibilidade de concessão de indulto, graça ou anistia, entre outros.
Estrutura do tipo penal incriminador
Constranger significa tolher a liberdade, forçar ou coagir. Nesse caso, o cerceamento destina-se a obter a conjunção carnal ou outro ato libidinoso. No entanto,
no passado, o termo possuía outros significados.
Conjunção carnal é a cópula vagínica, ou seja, a introdução do pênis na cavidade vaginal. 
Ato libidinoso é o ato capaz de gerar prazer sexual, satisfazendo a lascívia (ex.: coito anal, sexo oral, beijo lascivo).
ABOLITIO CRIMINIS DO ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR
TJDF: “A Lei 12.015/2009 não descriminalizou a conduta anteriormente prevista no artigo 214 do Código Penal. Houve tão somente a incorporação do delito de atentado violento ao pudor ao artigo 213 do mesmo diploma legal” (Ap. 2006.01.1.085254-6/ DF, 1.ª T. C., rel. João Egmont, 28.09.2010, v.u.).
deve-se deixar bem claro não ter havido a revogação do art. 214 do CP (atentado violento ao pudor) como forma de abolitio criminis (extinção do delito). Houve uma mera novatio legis
Estupro como crime único de condutas alternativas
A atual redação do crime de estupro, unificado ao atentado violento ao pudor, tornou-se muito semelhante ao tipo do art. 146 (constrangimento ilegal)
Violência é a coação física, enquanto a grave ameaça é a violência moral
ESTUPRO: CRIME DE CONDUTAS MISTAS ALTERNATIVAS
STF: “Destarte, a jurisprudência desta Corte, anteriormente ao advento da referida Lei 12.015, de 07.08.2009, refutava o reconhecimento da continuidade delitiva nos crimes de estupro e atentado violento ao pudor, sob o fundamento de configurarem delitos de espécies distintas, entendimento que há de ser revisto ante a inserção dos núcleos definidores do crime de atentado violento ao pudor na descrição típica do crime de estupro, passando a configurar delitos da mesma espécie” (HC 108181/RS, 1.ª T., rel. Luiz Fux, 21.08.2012, v.u.).
Sujeitos ativo e passivo
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, do mesmo modo que o sujeito passivo.
A mulher que, mediante ameaça, obrigue o homem a com ela ter conjunção carnal comete o crime de estupro.
Elemento subjetivo
É o dolo. Não existe a forma culposa. Há, também, a presença do elemento subjetivo específico, consistente na finalidade de obter a conjunção carnal ou outro ato libidinoso, satisfazendo a lascívia.18 Aliás, tal objetivo é que diferencia o estupro do constrangimento ilegal.
Estupro de prostituta
O cônjuge como sujeito ativo
Ato libidinoso e o beijo lascivo
Consumação
Na forma da conjunção carnal, não se exige a introdução completa do pênis na vagina, bastando que ela seja incompleta.
Estupro por inseminação artificial
Impotência sexual e estupro
Violência exercida contra pessoa diversa da vítima
Violência exercida contra coisa
Grau de resistência da vítima
Duração do dissenso da vítima
Concurso com o atentado violento ao pudor
Ausência de lesões na vítima
Condenação por estupro baseada na palavra da vítima
Declarações de crianças e adolescentes
Estupro e importunação sexual
Objetos material e jurídico
O objeto material é a pessoa, que sofre o constrangimento. O objeto jurídico é a liberdade sexual.
Classificação
crime comum
material
delito de forma livre
comissivo
instantâneo
de dano
unissubjetivo
plurissubsistente
admite tentativa
CONCEITO DE CRIME
Materialmente tem-se o crime sob o ângulo ontológico. Procura-se explicar porque o legislador colocou determinada conduta como infração, sujeitando-a a uma sanção penal. 
	Para Manzini, no sentido material: “o delito é a ação ou omissão, imputável a uma pessoa, lesiva ou perigosa a interesse penalmente protegido, constituída de determinados elementos e eventualmente integrada por certas condições, ou acompanhada de determinadas circunstâncias previstas em lei.”
Formalmente conceitua-se o crime sob o aspecto da técnica jurídica, do ponto de vista da lei.
CRIME
=
FATO TÍPICO
ILÍCITO
CRIME
FATO TÍPICO
ILÍCITO
=
+
+
OU
+
culpável
UNIATENEU
28
Requisitos, elementos e circunstâncias do crime 
 Faltando um dos requisitos NÃO há crime.
 São REQUISITOS GENÉRICOS porque estão presentes em todos os crimes.
CIRCUNSTÂNCIAS
ELEMENTOS
VERBO (que descreve a conduta)
OBJETO MATERIAL (bem protegido)
SUJEITO ATIVO e SUJEITO PASSIVO
 São peças que, se retiradas, fazem desaparecer o crime (= atipicidade absoluta) ou o transformam em outro crime (= atipicidade relativa).
dados que aumentam ou diminuem as conseqüências jurídica
 Mexem, portanto, na pena do delito.
UNIATENEU
30
Sujeito ativo do crime 
CONCEITO
	Sujeito ativo do delito é aquele que pratica o fato descrito na norma penal incriminadora. 
 	Somente o homem pode delinqüir, não podendo ser sujeitos ativos de crimes animais ou coisas.
TERMINOLOGIA
Para o Código Penal = “agente” 
No inquérito = “indiciado” 
Durante o processo = “acusado”, “denunciado” ou “réu”
Aquele que sofreu sentença condenatória = “sentenciado” ou “condenado” 
Na execução da pena privativa de liberdade: “preso”, “recluso” ou “detento” 
Sob o ponto de vista biopsíquico = “criminoso” ou “delinqüente”
UNIATENEU
31
Sujeito ativo do crime 
PRÁTICA DA CONDUTA PUNÍVEL
ESTADO
SUJEITO ATIVO
 direito concreto de punir 
 obrigação de impor a sanção penal
 agindo de acordo com os moldes determinados em lei
 direito à liberdade 
 presunção de inocência
 obrigação de não obstacularizar a imposição da pena
UNIATENEU
32
Sujeito ativo do crime 
Capacidade Penal
	Capacidade penal é o conjunto de condições necessárias para que alguém possa tornar-se titular de direitos ou obrigações no campo do Direito Penal. 
CAPACIDADE PENAL
IMPUTABILIDADE
Refere-se a momento anterior ao crime
Verifica-se no momento da prática do delito (tempo da ação/omissão)
Incapacidade Penal
	Ocorre nos casos em que não há a qualidade de pessoa humana viva e quando a lei não se aplica a determinada classe de pessoas.
 
UNIATENEU
33
Sujeito ativo do crime 
Capacidade Penal das PESSOAS JURÍDICAS
	Duas posições a respeito:
 pessoa jurídica = ser real
 com vontade própria = pode delinqüir
 tendência criminológica especial 
(= possuidora de poderosos meios e recursos)
 personalidade jurídica = ficção legal
 pessoa jurídica não pode cometer crimes = não possui vontadeprópria
 sua vontade = vontade de seus membros diretores e representantes 
(= penalmente responsáveis pelos crimes cometidos em nome da pessoa jurídica)
Teoria da REALIDADE
Teoria da FICÇÃO
Arts. 173, §5º e 225, §3º da CF
legislação infraconstitucional estabelecesse punições para as pessoas jurídicas
Crimes:
 contra economia popular
 contra a ordem econômica e financeira
 contra o meio ambiente
A Lei de Proteção Ambiental (lei n.9605/98) – arts. 3º e 21 a 24 = responsabilidade penal da pessoa jurídica
34
Sujeito ativo do crime 
Capacidade especial do sujeito ativo
PODE SER PRATICADO POR QUALQUER PESSOA
EXEMPLOS:
 homicídio
 furto
 lesão corporal
CRIME PRÓPRIO
EXIGE DETERMINADA POSIÇÃO JURÍDICA OU DE FATO DO AGENTE
EXEMPLOS:
 peculato
 auto-aborto
 concussão
CAPACIDADE ESPECIAL DO SUJEITO ATIVO
CRIME COMUM
UNIATENEU
35
Sujeito passivo do crime 
CONCEITO
	Sujeito passivo do delito é o titular do interesse protegido.
 	Assim, deve-se, a priori, perguntar qual o interesse tutelado pela lei penal incriminadora, para depois chegarmos ao seu titular.
ESPÉCIES
 FORMALMENTE
Estado = titular da regra proibitiva desrespeitada 
sujeito passivo constante 
(genérico, formal, geral) 
 MATERIALMENTE
Sujeito = aquele que teve seu bem jurídico lesionado 
passivo eventual 
(particular, acidental ou material) 
Todo homem (criatura viva) pode ser sujeito passivo (incapaz, recém-nascido, menor de idade, demente, ...)  
Também, a pessoa jurídica pode ser sujeito passivo, desde que o tipo não exija a qualidade de pessoa física.
UNIATENEU
36
Objeto do crime 
Pode haver crime sem objeto material (por exemplo: falso testemunho ou ato obsceno), mas nunca haverá crime sem objeto jurídico.
OBJETO contra o qual se dirige a conduta humana criminosa
objeto jurídico 
bem ou interesse que a norma penal tutela
EXEMPLOS:
 vida
 integridade física
 honra
 patrimônio
objeto material 
coisa ou pessoa sobre a qual recai a conduta criminosa
EXEMPLOS:
 homem vivo – no homicídio
 coisa – no furto 
 documento – na falsificação
UNIATENEU
37
Circunstâncias especiais
Qualificadora
Resultado qualificador
Pergunta: é possível o crime de estupro sem o contato físico? Ou seja, o crime de estupro exige o contato físico entre os sujeitos? 
Violação sexual mediante fraude            (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 215.  Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima:            (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.             (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo único.  Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.   (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
são raros os casos ofertados aos juízos e tribunais; 
muitos desses casos poderiam ser resolvidos, com perfeita adequação, na esfera civil, com danos materiais e/ou morais; 
não segue o princípio penal da intervenção mínima.50 Trata-se do art. 215 do CP.
É preciso precaução para não misturar os elementos do tipo previstos no art. 217-A com os elementos do art. 215. Afinal, no cenário do estupro de vulnerável, há referência a quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tiver o necessário discernimento para o ato, bem como aquele que, por qualquer outra causa, não possa oferecer resistência.
Sujeitos ativo e passivo
Elemento subjetivo
Objetos material e jurídico
Classificação
Comum
Material
Forma livre
Comissivo
Instantâneo
Dano
Unissubjetivo
Plurissubsistente
ADMITE A TENTATIVA
Importunação sexual   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro:  (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
O tipo penal é constituído pelo verbo principal praticar, que significa realizar, executar algo ou exercitar, em suas formas básicas. A realização refere-se a um ato libidinoso (ato voluptuoso, lascivo, apto à satisfação do prazer sexual). Para deixar clara a existência de uma vítima direta – e não algo voltado à coletividade (como é o caso da prática de ato obsceno – art. 233, CP) –, inseriu-se a expressão contra alguém (contra qualquer pessoa humana, sem distinção de gênero).
Sujeitos ativo e passivo
Elemento subjetivo
Objetos material e jurídico
Classificação
Comum
Material
Forma livre
Comissivo
Instantâneo
Dano
Unissubjetivo
Plurissubsistente
ADMITE A TENTATIVA
Assédio sexual             (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
        Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.                (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
        Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.              (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
        Parágrafo único. (VETADO)               (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
        § 2o  A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos.             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Constranger tem significados variados – tolher a liberdade, impedir os movimentos, cercear, forçar, vexar, oprimir –, embora prevaleça, quando integra tipos penais incriminadores, o sentido de forçar alguém a fazer alguma coisa. No caso presente, no entanto, a construção do tipo penal não foi bem feita.
Sujeitos ativo e passivo
Elemento subjetivo
Objetos material e jurídico
Seriedade da ameaça
Classificação
Trata-se de crime próprio (aquele que só pode ser cometido por sujeito qualificado, no caso é o superior hierárquico ou chefe da vítima); formal (crime que não exige, para sua consumação, resultado naturalístico, consistente em obter o agente o favor sexual almejado). Caso consiga o benefício sexual, o delito atinge o exaurimento; de forma livre (aquele que pode ser cometido de qualquer forma eleita pelo agente); comissivo (o verbo constranger implica ação); instantâneo (cuja consumação não se prolonga no tempo, dando-se em momento determinado); unissubjetivo (aquele que pode ser cometido por um único sujeito); unissubsistente (praticado num único ato) ou plurissubsistente (delito cuja ação é composta por vários atos, permitindo-se o seu fracionamento), conforme o caso concreto; admite tentativa na forma plurissubsistente, embora seja de difícil configuração.
DA EXPOSIÇÃO DA INTIMIDADE SEXUAL
Registro não autorizado da intimidade sexual
Art. 216-B.  Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes:  (Incluído pela Lei nº 13.772, de 2018)
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
Parágrafo único.  Na mesma pena incorre quem realiza montagem em fotografia, vídeo, áudio ou qualquer outro registro com o fim de incluir pessoa em cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo.   (Incluído pela Lei nº 13.772, de 2018)
CAPÍTULO II
DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL 
Estupro de vulnerável                (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 217-A.  Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:               (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.              (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o  Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2o  (VETADO)               (Incluído pela Lei nº 12.015,de 2009)
§ 3o  Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:            (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 4o  Se da conduta resulta morte:              (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.           (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 5º  As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º deste artigo aplicam-se independentemente do consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido relações sexuais anteriormente ao crime.  (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
 Corrupção de menores 
Art. 218.  Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem:           (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.               (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo único.  (VETADO).            (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente              (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 218-A.  Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem:          (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável.                 (Redação dada pela Lei nº 12.978, de 2014)
Art. 218-B.  Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone:               (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o  Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.               (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2o  Incorre nas mesmas penas:             (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo;          (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo.              (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 3o  Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.                (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia  (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Art. 218-C.  Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia:  (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o fato não constitui crime mais grave.   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Aumento de pena   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
§ 1º  A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se o crime é praticado por agente que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de vingança ou humilhação.   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Exclusão de ilicitude   (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
§ 2º  Não há crime quando o agente pratica as condutas descritas no caput deste artigo em publicação de natureza jornalística, científica, cultural ou acadêmica com a adoção de recurso que impossibilite a identificação da vítima, ressalvada sua prévia autorização, caso seja maior de 18 (dezoito) anos.  (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)

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