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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 30ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP Processo nº ZÍLIO, já qualificado nos autos, vem, por seu advogado, nos termos do art. 77, V, do Código de Processo Civil (CPC), apresentar: IMPUGNAÇÃO Ao cumprimento de sentença, requerido por DEUSTÊMIO, já qualificado nos autos, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. 1. BREVE SÍNTESE DO CASO O exequente, em posse de uma sentença estrangeira condenatória, devidamente homologada pelo Superior Tribunal de Justiça, está propondo a presente em face do executado neste Douto Juízo. Ocorre que o bem penhorado não é da propriedade do executado, pois trata-se de um veículo de propriedade da empresa em que trabalha, estando na sua posse para exercício de profissão. Além do mais, os cálculos elaborados pelo exequente estão em desconformidade com dispositivo da sentença, razão pela qual requer que seja reconhecimento o excesso, bem como a desconstituição da penhora. 2. DOS FUNDAMENTOS 2.1. DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA Inicialmente, cumpre expor uma matéria de ordem pública. Nos termos do art. 105, I, "i", da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CF/88), compete ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) processar e julgar, originariamente a homologação de sentenças estrangeiras. Nesse sentido, compete aos juízes federais processar e julgar a execução de sentença estrangeira após a homologação, nos termos do art. 109, X, CRFB/88. No presente caso, verifica-se que o exequente propôs a presente na justiça comum, contrariando o dispositivo constitucional, restando claro a incompetência absoluta, razão pela qual requer a remessa dos autos para o juízo federal competente. 2.2. DO EXCESSO DE PENHORA Há de ser observar que há um excesso consoante previsão do art. 525, V, CPC, haja vista os cálculos elaborados pelo exequente estarem em desconformidade pelo dispositivo da sentença, devendo, destarte, ser revisto o valor da execução. 2.3. DA PENHORA IRREGULAR Importante ressaltar que é matéria de impugnação quanto o objeto da penhora recair sobre um bem incorreto, ou avaliação errônea, conforme menciona o art. 525, §1°, IV, CPC. No caso concreto, a penhora foi realizada em um bem que não faz parte do patrimônio do executado, pois o mesmo é de propriedade da empresa no qual trabalha e é disponibilizado a este para ser utilizado como meio de sua atividade laboral. Sendo assim, o veículo não pode ser objeto de penhora, requerendo, desde já a sua desconstituição. 3. DO PEDIDO Ante o exposto, requer a V. Exa.: a) A intimação do exequente; b) A remessa dos autos ao juízo federal competente, nos termos do art. 109, X, CF/88; c) O reconhecimento do excesso de execução, prosseguindo o cumprimento de sentença no valor de R$...; d) A desconstituição da penhora, pelas razões já apresentadas; e) A condenação ao ônus de sucumbência, na forma do art. 82 e seguintes do CPC. 4. DAS PROVAS Requer a produção de provas nos termos do art. 369, CPC, em especial prova documental. Pede deferimento. Local/Data Advogado OAB/...
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