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RESENHA CRÍTICA - BEIJO 2348 72

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FASEM- FACULDADE SERRA DA MESA 
CURSO: DIREITO 
DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
PROFESSORA: THAYS MONIQUE 
ACADÊMICA: PATRÍCIA SANTANA CAMELO 
 
RESENHA CRÍTICA – BEIJO 2348/72 
 
Filme brasileiro de 1990, do gênero comédia dramática, dirigido por Walter 
Rogério. 
Data de lançamento: 29 de julho de 1994 (mundial) 
Direção: Walter Rogério 
Música composta por: Dino Vicente 
Roteiro: Walter Rogério, Mário Prata, José Rubens Chachá 
 
 
O filme Beijo 2348/72, dirigido por Valter Rogério cujo nome faz jus ao 
roteiro e ao número do processo que um dos protagonistas ingressa contra 
empresa que trabalhava. O filme é inspirado num processo trabalhista real que 
se transforma em uma comédia burocrática e consequentemente gera muitas 
críticas quanto à atuação do Poder Judiciário naquela época. 
Em síntese, um operário de uma fábrica de tecidos em São Paulo é 
flagrado, supostamente, beijando uma colega de serviço, durante a jornada de 
trabalho que acaba provocando a demissão dos dois envolvidos. Esta suposta 
conduta gera uma ação trabalhista e uma série de fatos dramáticos para a vida 
do trabalhador. O processo é ajuizado em 1972 e seu desfecho ocorre 4 anos 
depois, percorrendo todas as instâncias da Justiça Trabalhista. 
No filme o autor da ação ganha em última instância com a decisão final 
do Ministro do TST: "Não constitui um ato atentatório à moral o beijo [...] 
Porque terá sido despedido o empregado? Por causa do beijo em si, ou por 
que o beijo, segundo o velho autor mineiro, é falta de higiene? A espécie não 
está prevista na lei, e muito menos no regulamento da empresa. O reclamante, 
se não é primário na prática de beijo, o é pelo menos em qualquer falta de 
natureza trabalhista. Estamos com o Regional, inexiste falta grave". 
Essa mesma decisão vem sendo seguida nos dias atuais, embora não 
haja lei que regule a matéria, a fundamentação se baseia na Constituição 
Federal que prevê o direito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem 
das pessoas sendo majoritário o entendimento de que, em não havendo 
excessos ou condutas impróprias ao ambiente de trabalho, a justa causa não 
pode ser aplicada. 
 Em outra vertente poderia o trabalhador ser imposto na penalidade de 
demissão por justa causa se acaso o mesmo fosse pego em atitudes pouco 
convenientes à imagem pública da empresa ou então que esteja 
negligenciando o trabalho em prol do romance no horário de serviço, esses 
fatos, sim, justificaria uma falta grave sendo corretamente penalizado com a 
demissão. 
Analisando o filme a decisão mais acertada da diretoria da empresa 
seria uma advertência aos dois envolvidos como forma de alertar que a 
empresa não gostou da atitude dos dois, e se posteriormente ocorresse 
novamente aplicaria se uma suspensão como forma mais severa de punição. 
Importante salientar que essa ação só aconteceu por causa do supervisor que 
era apaixonada pela envolvida e que presenciou o suposto fato, pois não 
ocorreu beijo somente carícias. 
A lição que se tira da jurisprudência do TST, que por sinal é a mais 
acertada analisando o contexto da situação é a de que o simples namoro entre 
colegas de trabalho não deve ser proibido e não enseja a justa causa, mas sim 
advertência ou suspensão como forma mais branda de punição. Para uma 
melhor organização, o comportamento dos namorados no ambiente de trabalho 
pode ser disciplinado por regras internas e requer a análise de caso a caso 
para se saber se houve ou não excessos passíveis de punição. Importante o 
trabalhador pesar pela discrição, separando bem trabalho e namoro, para não 
gerar problemas com a empresa. 
Por fim, o aprendizado adquirido com o filme é de grande valia para os 
acadêmicos de direito bem como pessoa da sociedade em geral, pois além do 
conhecimento entregue com a apresentação de situações cotidianas faz o 
telespectador criar críticas e posicionamentos quanto ao tema e 
consequentemente pesquisar sobre o assunto.

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