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Direito Constitucional III

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Direito Constitucional III 
Professor: Luiz Gustavo de Andrade
Prof.luiz.gustavo@hotmail.com
-Art. 136 até 250 + controle de constitucionalidade 
-Defesa do Estado e das Instituições Democráticas – Direito Constitucional, Alexandre de Moraes
-Ordem Financeira – Hiyoshi Harada – Curso de Direito Financeiro e Tributário
-Seguradidade Social – Sergio Pinto Martins
-Controle de Constitucionalidade – Luiz Roberto Barroso
PROVA 
26/09 – 1 BI
25/11 – 2 BI
SOCRATI – APP
02/08/2019
DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS
-Antigo regime: rei agia de forma absoluta e irresponsável, ele que ditava todas as regras, exercia todas as funções estatais. Movido pelo princípio ‘’The king can do no wrong’’
-Burguesia ascende ao poder – em 1789 Revolução Francesa. Após a rev. Surge o Estado de Direito e com ele dois princípios: separação de poderes e legalidade.
SISTEMA CONSTITUCIONAL DAS CRISES (Estado de Exceção Positivado) – trabalha o direito de exceção
-Conceito: é um conjunto de normas que disciplina a outorga de poderes extraordinários ao chefe de estado (presidente da república) para que este, podendo restringir direitos e garantias fundamentais, reestabeleça a ordem em um momento de crise institucional.
-Dois requisitos para que o presidente possa decretar o Estado Exceção: 
1. Necessidade – a crise tem que ser algo tão grave para que possa permitir que o Presidente da República restrinja direitos fundamentais.
2. Temporariedade – o estado de exceção é como o nome diz é de exceção. Tem que vigorar por curto espaço de tempo, tempo determinado – algo temporário com um lapso de tempo pré-definido.
ESTADO DE DEFESA (art. 163, CF)
-O mais brando, menos energético dos 3.
-Duas hipóteses que permitem o decreto do Estado de defesa: ordem pública ou a paz social estiverem ameaçadas por grave crise institucional ou calamidade decorrente de fenômeno da natureza.
-Exemplo: uma guerra civil interna, a doutrina diz que se isso acontecer é possível decretar o Estado de defesa. 
-Calamidade decorrente de fenômeno da natureza: não é qualquer uma que permite, essa calamidade tem que gerar uma situação de caos e desordem. Caos caracterizado por ausência de autoridade constituída para estabelecer ou manter a ordem. 
-Medidas que o presidente pode adotar para reestabelecer a ordem art. 136 § 3º, I
-Tem que vigorar por um determinado lapso de tempo – decretado por até 30 dias prorrogado por mais uma vez por mais 30. Não dura mais que 60 dias.
-Demonstrar para o Congresso porque deve prorrogar, isso é um mecanismo de controle. O congresso faz análise de mérito.
-Três poderes continuam atuando.
-Judiciário pode falar que o estado de defesa é inconstitucional do ponto de vista formal. A análise do mérito da necessidade é do presidente.
-O Estado de defesa é territorial, pontual, só vale para a região que se instaurou o caos.
-Artigo 5º, XII, XVI, LXI (61) - Direitos que podem ser restritos durante a vigência do estado de defesa
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
I - restrições aos direitos de:
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.
§ 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.
§ 3º Na vigência do estado de defesa:
I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial; - Presidente vai prendendo as pessoas para que consiga reestabeleça a ordem. É legítimo. 
-Liberdade de Locomoção: estado normal – presa em flagrante ou ordem judicial. Então hoje o presidente não pode prender, mas em estado de defesa ele pode prender sem que seja em flagrante ou ordem judicial.
II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e mental do detido no momento de sua autuação;
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário;
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.
§ 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta.
§ 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias.
§ 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados de seu recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa.
§ 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa.
ETADO DE SÍTIO (art. 137, CF) – I e II (é o que ele pode restringir mais direitos)
-Dois tipos de Estado de Sítio
1. art. 137, I 
- 2 hipóteses: Decretará estado de sítio em caso de comoção grave de repercussão nacional ou na ineficácia do Estado de Defesa
-Se o Estado de Defesa for ineficiente para reestabelecer a ordem, pode decretar estado de sítio por conversão.
-Tem abrangência nacional, vale por todo o território, pode restringir direitos e garantias de toda a população, do país inteiro.
-Agora eu posso tomar a propriedade de gente que não foi atingida, por exemplo.
-Não precisa necessariamente atuar em todo o território nacional ele pode restringir a apenas o território atingido.
-Temporariedade: decretado por até 30 dias, prorrogado a cada vez por mais 30 (com aprovação do congresso). Sem limites para prorrogações.
-Comoção grave de comoção nacional – válvula de escape para conseguir decretar estado de sítio de cara, sem passar pelo estado de defesa.
-Presidente pode restringir os direitos – ArT. 5º, XI, XII, XVI, XXV, LXI, e o art. 220 da CF
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;
2. art. 137, II
-Dá mais poderes para o presidente, pode ser decretado em caso de guerra ou ameaça armada estrangeira. 
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
-Tem abrangência nacional, vale para o país inteiro. E esse estado de sítio vigora por prazo indeterminado.
-É uma exceção ao requisito da temporariedade, decreto e não digo por quanto tempo irá vigorar.
-São passíveis de restrição os seguintes direitos na vigência desse segundo tipo, o legislador não deixa implícito, a doutrina então tem duas correntes. A 1º corrente - posso restringir os mesmos do primeiro tipo de estado de sítio + o direito a vida (caso de guerra autoriza pena de morte). 2º corrente: Pedro lenza – se eu posso restringir o direito a vida, de nada adianta eu proteger nenhum direito. Então o presidente da república pode restringir todo e qualquer direito fundamental. – Primeira corrente é majoritária.
	
	Pontos Diferentes
	Pontos comuns
	Estado de Defesa
	-Posterior aprovação pelo Congresso Nacional
-Abrangência: territorial
-Prazo: 30 dias + 30 (prorrogado uma única vez)
-Direitos restritos
	-Consultaprévia aos conselhos – da república e defesa nacional. Art. 89 e 91, CF
-Decretação pelo Presidente da república
-Aprovação por maioria absoluta do Congresso Nacional
-Fiscalização concomitante (ocorre ao mesmo tempo)
-Prestação de contas ao final
	Estado de Sítio
	-Prévia autorização do Congresso Nacional
-Abrangência: nacional
-Prazo – I: 30 + 30 (a cada vez. II: indeterminado
-Direitos restritos: I e II.
-Se ele não consultar os conselhos terá um vício formal, procedimental. Nesse caso o Judiciário pode analisar, pois faz a análise formal. Se o procedimento não for correto ele pode anular.
-Momento que o congresso nacional aprova é diferente para o Estado de defesa e para o estado de sítio, por isso pode ocorrer estádio de defesa sem autorização do Congresso Nacional, mas não Estado de Sítio.
-Maioria – primeiro número inteiro depois da metade.
-Ao mesmo tempo em que ocorre o Estado de sítio ou defesa há fiscalização – Congresso designa uma comissão composta por 5 parlamentares para acompanhar a execução das medidas adotadas pelo presidente da república – mecanismo de controle.
-Prestar contas ao congresso nacional, ao final, sobre o que e como ele fez. Então o congresso nacional analisa se teve abuso, e caso ocorra, é crime de responsabilidade.
OBS: a) tanto estado de sítio quanto estado de defesa são instrumentalizados em um decreto (forma de publicar). Esse decreto que o presidente baixa possui alguns requisitos, elementos que terão que constar nele:
1. Área abrangida pelo estado de exceção
2. Constar o prazo de duração
3. Constar os direitos que estão sendo restritos 
4. Indicar o receptor ou os executores das medidas – quem vai executar as medidas em nome dele 
b) Congresso Nacional tem um prazo de 10 dias para aprovar/deliberar o decreto, seja estado de defesa, seja estado de sítio. Se ele estiver em recesso, deve ser convocada uma sessão extraordinária em 5 dias. – 2 de fev até 17 de julho – 1º de ago até 22 dezembro
c) Poder de emendar as constrições sofre três restrições: restrição formal, material (cláusulas pétras) e circunstancial (não posso emendar a constituição em vigência do estado de sítio e estado de defesa)
d) Prisão decretada pelo presidente dura apenas 10 dias, se ele quer que fique mais tempo tem que buscar autorização judicial.
e) A constituição mantém as imunidades parlamentares em vigência de estado de sítio e de defesa. Exceção: só vale para o estado de sítio – o presidente pode ir até a casa legislativa, e pedir para uma das casas (votação é por casa) colocar em votação a suspenção das imunidades deles mesmos. Se a casa legislativa aprovar essa suspensão, ela vale só para o que o parlamentar fizer fora e não dentro do recinto. O quórum é de 2/3.
FORÇAS ARMADAS
-Art. 142
-Marinha, exército e aeronáutica – três armas.
-Denomina os integrantes das forças armadas de militares. Militares das forças armadas são federais, porque é a união que mantém. 
-A CF impõe algumas proibições aos militares: sindicalizar, fazer greve e se filiar a partido político. Essas proibições são estendidas aos militares estaduais.
-Militar pode ser candidato, porque a CF diz apenas que não pode se filiar a partido, mas pode se candidatar, ele não precisa ter os 6 meses mínimos de filiação partidária.
-Primeiro militar para se candidatar precisa comparecer a convenção partidária (reunião que o partido político faz no ano da eleição para decidir quem são os candidatos que vão eleger), 20/07 a 05/08 – o militar então comparece a essa reunião. Segundo passo: muda de acordo com a circunstância – se o militar tiver menos de 10 anos de serviço militar, escolhido em convenção ele é exonerado do cargo de militar. Se tiver mais de 10 anos de serviço militar ele é afastado das funções militares, continua vinculado a corporação, mas exercendo funções administrativas. Se ele ganhar a eleição, passa a exercer mandato eletivo e é encaminhado para reserva (tipo aposentadoria) do serviço militar. Se ele perder ele se desvincula totalmente do partido e volta a exercer as funções militares.
-Militar não pode acumular o cargo militar com o cargo publico civil permanente (dura mais de 2 anos).
-Agora em julho, emenda constitucional 101, que diz que vai aplicar as exceções de acumulo de cargo aplicáveis ao servidor civil para os militares estaduais apenas. – Em regra posso ter só 1 cargo público, mas há uma exceção em que pode ter 2. Bolsonaro fez que militares podem ter cargo militar + cargo público. 
SEGURANÇA PÚBLICA
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a:
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;  
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.  
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.  
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.
§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do art. 39.          
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:          
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e         
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma da lei. 
-Art. 144 
-A CF atribui a segurança pública à polícia 
-Polícia – Ostensiva (preventiva) – aquela que atua antes do cometimento do ilícito, para prevenir/inibir a prática de crimes. Os Estados têm a polícia militar. A união mantém uma única polícia que é a federal.
	- Investigativa (Judiciária) – atua depois que o crime foi cometido, investiga o crime. Colhe elementosde autoria e materialidade do crime. Investiga para o poder judiciário poder responsabilizar o infrator. Os estados tem a polícia civil. Polícia Federal
-Guarda municipal, pelo texto constitucional, não é polícia. Ela tem previsão constitucional e serve para proteger o patrimônio público e municipal.
-Polícia civil, polícia militar, corpo de bombeiros, polícia federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal. – Polícias são essas 6. 
Polícia Civil (polícia estadual) / MP / Juiz de direito (Judiciário Estadual) 
Polícia Federal / MPF / Juiz Federal (judiciário federal) 
-Competência federal é expressa e a estadual é residual (o que sobre)
-Competência federal – polícia federal (art. 144 § 1º) , investiga e justiça federal (art. 109) julga os crimes que envolvem os bens e interesses da união, suas autarquias e empresas públicas. Tráfico de drogas, e tráfico interestadual (sumula 522 supremo – polícia federal manda mp estadual)
ORDEM FINANCEIRA
FINANÇAS PÚBLICAS 
-Constituem a atividade econômica do Estado responsável pela obtenção de receitas públicas, realização de despesas, pela administração da dívida publica e pelo controle da economia pelo fluxo da moeda
	
	Receitas
	Despesas
	Corrente
	Impostos + 2mi
	-Pessoal – 2mi 
-Serviços Públicos – 1mi
	De capital
	 2mi
	-Obra pública – 1mi
 /4mi 
Receitas públicas: entrando algo nos cofres públicos, em regra dinheiro.
a) Quanto à periodicidade (ordinária/extraordinária)
-Receita ordinária é aquela receita habitual, aquilo que sempre está ingressando nos cofres públicos. O administrador publico pode pensar numa despesa futura por causa dela. Receita de impostos num modo geral. Estado só pode cobrar os impostos previstos na constituição.
-Receita extraordinária: é excepcional, não habitual, episódica. Não da pra programar coisas com esse dinheiro. Imposto extraordinário de guerra. Art. 1820 CC – herança vacante (vasto patrimônio que é de alguém que morreu e não tem ninguém, herança sem herdeiro é um exemplo de receita extraordinária).
b) Quanto à origem (originária/derivada)
-Receita originária: origem no exercício de atividade econômica pelo Estado. É o Estado empresário, ele se lança no mercado para exercer uma atividade produtiva. Tem esse tipo de receita por meio das empresas estatais.
-Receita Derivada: particular que exerce essa atividade econômica e, o estado por meio do poder de coerção tributa essa atividade, estado pega uma parte pra ele. Imposto de renda.
c) Quanto à natureza (corrente/capital)
-Receita corrente: toda a receita ordinária do Estado seja originária seja derivada (tributando os particulares).
-Receita de capital: é uma receita não natural, é uma receita forçada, o Estado normalmente não teria, mas ele força uma situação para se capitalizar em caráter imediato. Toda receita de capital requer autorização legal. Toda receita de capital está diretamente ligada com o endividamento público. A lei tem que autorizar essas 3 principais espécies de receita capital: título da dívida pública, operação de crédito e alienação de bem público.
-Título da dívida pública: um papel que o Estado emite e o investidor compra esse título do Estado, o Estado se compromete a voltar ao mercado e resgatar esse título, comprar de novo. Aqui o investidor adere as minhas condições.
-Alienação do Bem público – os bens públicos, em regra, são alienáveis, não podem ser vendidos, mas há uma exceção.
-Operação de crédito: empréstimo, mas me submeto as taxas e as regras do banco
Despesas Públicas – os gastos públicos
a) Corrente 
-Despesa com a manutenção da máquina pública, despesas sempre presentes para a manutenção.
-Folha de pagamento – despesa de pessoal, é a que mais onera, principal despesa do Estado
b) De capital
-Despesa com ampliação da estrutura estatal
c)Regras voltadas ao equilíbrio das contas publicas:
1. O administrador não pode aumentar impostos em caráter imediato
2. Corta/reduz despesa de capital
3. Art. 44 da Lei da Responsabilidade Fiscal – é vedada a obtenção de receita de capital mediante alienação de bem público para saldar/pagar despesa corrente. 
-Art. 167, II, CF – regra de ouro do orçamente – receita do capital é aplicada em despesa de capital
4. A limitação das despesas do pessoal – art. 169 CF e 19 e ss da lei 101/2000/LRF 
-Cálculo da receita corrente – art. 2º parágrafo 3 da Lei de responsabilidade fiscal: levo em consideração o mês em referência e os 11 meses anteriores.
-Emenda 19/98 – altera o art. 169 da CF, regulamentado pelo artigo 19 e ss da lei de responsabilidade fiscal.
-A CF e a LRF que a União não pode gastar mais de 50%, os Estados, DF e municípios mais de 60% da receita corrente com funcionalismo. 
-Limite prudencial corresponde a 95% do limite total (50% e 60%).
-Medidas caso ultrapasse o limite prudencial: 1. Não pode fazer concurso público e se tiver candidato aprovado, não pode contratar.
2. Não pode dar reajuste para o funcionalismo
3. Não pode permitir que o servidor público faça hora extra.
-Ultrapassado o limite total o administrador deve adotar medidas mais radicais, previstas no art. 169 p. 2º e 3º:
1ª) Reduzir no mínimo 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança. No mínimo 20, não menos.
2ª) Se a primeira não for suficiente adota: exonerar os não estáveis – empregador públicos e estatutários que ainda não passaram pelo estágio probatório.
3ª) Exonerar os estáveis – depois que você exonera, o cargo fica extinto por pelo menos 4 anos. Se eu precisei adotar essa 3ª medida, o servidor exonerado tem direito a uma indenização correspondente pelo numero de anos vezes a remuneração dele.
Administração Pública Direita União, Estados, DF e Municípios
 	 Indireta Autarquia, Fundação Pública, Sociedade de Economia Mista e Empresa Pública
-Os entes da federação e suas autarquias são pessoas jurídicas de direito público.
-As empresas estatais (sociedade de economia mista e empresa pública) são pessoas jurídicas de direito privado.
-Exemplos de autarquias – INSS, Banco Central, UFPR, Detran PR, Instituto de previdência dos servidores municipais.
-Exemplos de fundações públicas – IBGE, FUNAI, Fundação Padre Anchieta
-Exemplos de Sociedade de economia mista – Banco do Brasil, COPEL, Petrobras, Sanepar, URBS Diretran
-Exemplos de Empresa pública – correios, caixa econômica federal.
-Na Descentralização o ente da federação cria uma pessoa jurídica na administração pública indireta e outorga a ela a execução de um serviço de competência dele, ente da federação 
-Quando o serviço for tipicamente estatal o ente da federação descentraliza para uma autarquia, quando não for tipicamente estatal, ele descentraliza para uma pessoa jurídica de direito privado.
-Empresa pública é só pública, não tem particular 
AGENTES PÚBLICOS 
-Em regra, preciso me submeter a concurso público. A regra vale para toda a administração, tanto para a direita quanto a indireta.
-Concurso público para pessoa jurídica de direito público – administração direta ou autárquica – cargo público, é o servidor público. Regime estatutário, também chamado de regime administrativo, isto significa que seus direitos e deveres estão previstas em um estatuto, o estatuto do servidor público, é uma lei.
-Agente publico concursado da administração indireta – ocupa emprego público – empregado público. Regime jurídico celetista ou contratual (os direitos e deveres desse empregado público estão previstos na CLT, tem os mesmos direitos e deveres de empresas privadas).
-1 direito que distingue o servidor público do empregado público, é a estabilidade. Servidor possui e o empregado não possui. Ter estabilidade significa que o servidor não pode ser demitido sem justo motivo. O servidor público adquire estabilidade depois de 3 anos de estágio probatório.
-Cargo em comissão e função de confiança – aquele sujeito a livre nomeação e livre exoneração. Administrador nomeia quem quiser e exonera a hora que quiser. Não precisa de concurso e não tem estabilidade. A diferençaentre os dois é que o cargo em comissão eu nomeio quem eu quiser mesmo. A função de confiança eu posso escolher quem eu quiser, mas a pessoa já tem que trabalhar na administração pública.
Dívida Pública
Controle da Economia – estudado pela ciência da economia
FALTEI NA ÚLTIMA AULA 
26/08/19
FASES DE REALIZAÇÃO DE DESPESAS
Lei Empenho Liquidação Pagamento
-1ª etapa: previsão legal, legalidade orçamentária, o administrador público só pode fazer o que a lei expressamente autoriza.
-2ª etapa: empenho: reserva dos cofres públicos de determinado valor para um fim específico, credor específico. Medida de planejamento. Vou nos cofres públicos, tiro o valor de lá e coloco em outra conta. Diz respeito a responsabilidade do administrador com os cofres públicos
-Entre a primeira e a segunda etapa que ocorrem, quando é o caso, as licitações (poder púbico contratar o que é o mais vantajoso)
-3ª etapa: liquidação: verificação do direito do contratado ao recebimento do recurso público. Me certifico que o particular cumpriu as obrigações dele.
-4ª etapa: pagamento: depois de certificar que o particular cumpriu realiza o pagamento.
LICITAÇÃO FRAUDE – poder publica torna público o que ele quer contratar.
-Administrador público antes de publicar já fala com alguém que ele quer que faça para dirigir a licitação
-Empresas que podem concorrer combinam o preço antes
-Mas você oferta publicamente, mas é mais fácil de controlar e fiscalizar.
-Na fase de liquidação a relação é entre o particular e o administrador público – é nessa etapa que tem que tomar mais cuidado
ART. 42 DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – o administrador público não pode contrair obrigação de despesa, nos dois últimos quadrimestres (8 meses) do mandato, se essa obrigação não for paga dentro desse prazo.
Pagamento das condenações judiciais (art. 100, CF)
-Procedimento de pagamento das condenações judiciais transitadas em julgado – coisa julgada material (se forma a partir da solução da lide com análise do mérito, juiz diz quem tem o direito).
-Trânsito em julgado não cabe mais recurso
-Poder público paga suas condenações judiciais por meio de PRECATÓRIO – primeiro motivo pelo qual existe o precatório: impenhorabilidade dos bens públicos, segundo motivo: legalidade orçamentária, o administrador público só pode pagar despesas com previsão legal, nem com decisão judicial posso pagar despesa, se não tiver lei.
-Conceito de precatório: uma ordem do poder judiciário ao chefe do poder executivo, para que este inclua no projeto de lei orçamentária previsão de pagamento de determinada condenação judicial. 
-Os bens das pessoas jurídicas de direito público são os bens públicos, então são as pessoas jurídicas de direito público da administração pública que pagam o precatório. 
-As pessoas jurídicas de direito privado respondem com seu próprio patrimônio 
EXECEÇÕES
-Correios 
-Conselhos profissionais – autarquias. Precisam de poder de polícia. Não vivem de direito público, vivem da anuidade, de dinheiro particular, apesar de ser autarquia, não pagam as condenações judiciais por meio de precatório.
 				Recurso		
				Recurso		tribunal/precatório
Petição inicial defesa (...) sentença execução ofício 
							 requisitório
-O juiz da execução expede um ofício requisitório pro tribunal ao qual ele está vinculado, um tribunal imediatamente em cima dele, e, o precatório é formado e tramita nesse tribunal. Existem precatórios tramitando no TJ, TRF e TRT.
-No tribunal o precatório entra em uma ordem cronológica de apresentação e pagamento. Precatório entra numa fila. Alguns precatórios têm prioridades, os alimentícios (art. 100, p. 1º).
foto do stf 
ORDEM CRONOLÓGICA ALIMENTICIO PRIORIDADE 	 SUPER PRIORIDADE
(...)				(...)				Idoso
272				22				portador de doença grave
273				23				deficiente 
274				24
Precatório de natureza alimentícia é quando ele decorre de uma condenação que impõe o pagamento de uma verba inerente a subsistência do indivíduo.
-Art. 100 p. 1º - rol exemplificativo.
-Condenação não tem natureza alimentícia quando o juiz impõe o pagamento de uma indenização. Exceção – indenização por morte ou invalidez (essa tem natureza alimentícia). 
-Não é possível a cisão do precatório, sai um só. Parcela que tem natureza alimentícia, contamina a que não tem.
-Ate a emenda 62 só existia a ordem cronologica e a prioridade alimentícia, mas a emenda 62 cria a super prioridade. Quem tem super prioridade? Detém super prioridade o titular de precatório alimentício que for idoso (60 ou +), portador de doença grave ou deficiente.
-Se eu for titular de precatório e me encaixar em uma das hipóteses de super prioridade – eu quebro o precatório – 5x o que for considerado condenação de pequeno valor (é aquela que dispensa precatório).
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CONDENAÇÕES DE PEQUENO VALOR 
-Poder público paga por RPV - requisição de pequeno valor – CPC diz que tem que ser paga em no máximo 2 meses (na mesma data do mês seguinte).
-Requisição de pequeno valor não envolve tribunal, é o próprio juiz do primeiro grau que protocola isso.
-Limite: compete ao legislador definir para cada ente da federação o que vai ser considerado condenação de pequeno valor.
-Lei federal, a União considera como sendo pequeno valor até 60 salários mínimos. 
-É possível que o credor renuncie a parte do seu crédito para enquadrá-lo no limite do RPV.
-Lei de Curitiba – 10 mil – condenação de 40 mil – não posso pedir rpv de 10 mil e precatório de 30 mil, porque não posso dividir o precatório.
-Já existe uma reserva nos cofres públicos dinheiro para pagar RPV.
-A CF diz que a lei local, estadual, não pode estabelecer como sendo remuneração de pequeno valor, valor inferior ao maior benefício pago pelo regime pago pela previdência (INSS).
-Na hipótese de omissão, o constituinte previu que considero até 30 salários mínimos para município e até 40 salários mínimos para os estados.
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-Saber o que o juiz mandou pagar, para saber se é alimentício.
-Se não é alimentício não importa se é idoso, portador de doença grave ou deficiente. 
-Prazo para pagar super prioridade até o final do ano seguinte.
-Supremo entende que se o titular do precatório alimentício se torna idoso, portador de doença grave ou deficiente, enquanto aguarda o pagamento do seu precatório, ele passa ter a maior prioridade. 
-Inconstitucionalidade reconhecida pelo Supremo, art. 100. Paragrafo 9 e 10 – eles falam da compensação. Compensação é inconstitucional, porque ela fica a critério do poder público. Parágrafo 12: considerado parcialmente inconstitucional – fala do juros de poupança – diz que tem que corrigir o precatório por juros de poupança. Vou aplicar os mesmos juros que o poder público aplica para corrigir as dívidas que o particular tem com ele, questão de isonomia. Não necessariamente vai ser juros de poupança, mas pode ser.
Súmula Vinculante 17 – Correção do valor do Precatório – o Supremo diz: incide correção monetária desde a expedição do precatório, mas os juros de mora incidem apenas depois de decorrido o prazo fixado pela constituição o pagamento do precatório.
-Prazo para pagamento do precatório: se apresentado até 01/07 (primeiro de julho), o precatório deve ser pago até o final do exercício financeiro seguinte (calendário coincide com o calendário civil – 01/01 até 31/12). Apresentado até 01/07/2018 deveria ser pago até 31/12/2019.
-Correção monetária desde sempre, mas os juros só depois que passa o prazo pra pagar. Correção monetária compensa a desvalorização da moeda, ou seja, a inflação, o titular deixa de perder, não ganha nada. Os juros de mora são uma compensação em razão do atraso do cumprimento da obrigação.
LITISCONSÓRCIO:
-Pluralidade de partes, ativo (autores), passivo (réus)
-Analiso o valor individual ou global?
-Na hipótese de litisconsórcio, eu analiso o valor individual devido para cada litisconsorte.
Substituiçãoprocessual: é uma legitimidade extraordinária, um terceiro que é o substituto processual, postula direito alheio em nome próprio.
-Ministério Publico, associação, sindicato – substitutos processuais.
-Nessa hipótese de substituição processual, existe uma divergência na jurisprudência, e na justiça do trabalho TST, é analisado o valor global da condenação – para o TST, no exemplo sairia um precatório de 100 MIL. O STJ não concorda com isso – se enquadra a hipótese do litisconsórcio.
Cessão (ceder) do Precatório: voluntária e ato por manifestação de vontade 
-Existe tanto a cessão gratuita tanto a onerosa. Eu posso ceder o precatório.
-Cessão gratuita é como se fosse uma doação. 
-Cessão onerosa – vender meu precatório para alguém. 
-Pode ser ainda total ou parcial. Cessão total. Cessão parcial: cedo para duas pessoas – co-titularidade, não estou quebrando o precatório, continua sendo uma coisa só.
-A CF exige dois requisitos de eficácia (não de validade) que essa cessão produza efeitos para terceiros. Mesmo que não cumpra esses dois ele é valido. A cessão do precatório tem que comunicar pro ente devedor do precatório e tenho que comunicar pro tribunal onde tramita o precatório. Exigiu esses dois requisitos para evitar um golpe. 
-A cessão ocorre por escritura pública. O CC diz que sempre que faço um negócio jurídico que tenho objeto litigio judicial tenho que fazer por escritura publica. 
-Peço uma certidão do precatório que tem prova quem é o dono, vai no cartório e faz uma escritura publica de cessão do precatório, pega a escritura e protocola no tribunal e o tribunal anota quem é o novo dono.
-Não cumprir os dois requisitos – não é oponível a terceiros.
-A cessão de um precatório alimentício pra um idoso, portador de doença grave, ou deficiente, não gera maior prioridade. 
-Ex: sou idoso titular precatório alimentício – tenho super prioridade – se cedo para alguém a pessoa perde de qualquer jeito, mesmo sendo idoso. Vai receber na ordem do alimentício.
-Co-titularidade (originários) – exemplo – mãe e pai entram com uma ação, o pai se torna idoso, faz 60, então entra na super prioridade porque não pode dividir o precatório então o idoso contamina.
OBS: EXCEÇÃO DA CESSÃO
-Transferência por sucessão hereditária – titular do precatório morreu e vai para os herdeiros. Se um dos herdeiros, recebedor daquele precatório, desde que seja precatório alimentício, for idoso, portador de doença grave ou deficiente passa a ter maior prioridade.
-Se eu tenho a super prioridade ela vai para os herdeiros também.
SEQUESTRO DE VALORES:
-3 hipóteses 
a) 1ª hipótese – Preterição ou preterimento na ordem cronológica do pagamento de precatório.
-Preterir é passar alguém para trás.
-Só que tem que pedir.
-Tem uma ordem, se algum precatório for pago antes que estava depois do seu, e você ver, você pode pedir e pegar o dinheiro.
-Autoridade judicial competente – peço sequestro de valores é o presidente do tribunal 
b) 2º hipótese – fruto de construção jurisprudencial 
-Atraso no pagamento de RPV: dois meses para pagar RPV 
-Passou dois meses e não pagou, faz uma petição 
-O próprio juiz da execução faz o sequestro de valores
c) 3ª hipótese
-Atraso com demonstrações que existem recursos – publicidade 
-Emenda 62 – positiva na CF essa hipótese – cabe sequestro de valores na hipótese de atraso no pagamento de precatório, exceto se o ente devedor (Estados e Municípios) do precatório tiver aderido o regime especial do pagamento do precatório.
-Regime especial – ele ganha um prazo de 15 anos e nesse prazo não pode sofrer sequestro de valores.
-Para aderir o Regime Especial – Estados e Municípios precisam aderir um mínimo de dinheiro para pagamento de precatório municípios 1% a 1,5% da receita corrente liquida e Estados 1,5% a 2%. Emenda 62 também autorizou o leilão do precatório Ganha esse leilão quem da menos – exemplo – chama os credores e ai renuncia parte do teu crédito.
-STF – ADI – contra o regime especial – diz que é inconstitucional, mas gerou um problema ai em outubro de 2015 o supremo modula os efeitos da decisão.
-Na modulação de efeitos o Supremo fixa uma data, a partir da qual a sua decisão vai começar a produzir efeitos, vai começar a fazer efeito em 2020. Até 2020 tinha que estar quitada toda dívida de precatório no Brasil.
Congresso aprova EC 94/16 – até 2020 
-Fórmula para pagar dívida de precatório – parcela a dívida em 36x – Não cumpriram essa emenda.
EC 99 – Tem que quitar os precatórios até 2024 no Brasil. Ela que mexeu na super prioridade e mexeu de 3x para 5x. Sequestro de valores não pode até 2024.
-Criou a figura da negociação, que permite que o poder público negocio diretamente com o credor.
-5x também só vale até 2024, então volta a ser 3x. Na cf continua falando 3, mas é 5. 
-Leilão não pode mais, o Supremo preservou os leilões que tinham acontecido, mas depois não pode mais.
INTERVENÇÃO FEDERAL
-Art. 34, 35 e 36 – Algumas hipóteses em que a União pode intervir nos Estados e esse nos Munícipios. 
-Uma das hipóteses de intervenção é o não pagamento de dívidas. Supremo diz que não cabe intervenção pelo não pagamento de precatório.
LEIS ORÇAMENTÁRIAS 
-Em vigor essas três leis em cada ente da federação ao mesmo tempo
-Essas três leis se inter-relacionam. Termos de planejamento – para o governante ter um objetivo.
-Administrador público saber o que ele vai fazer durante o governo.
PPA - Plano plurianual
-Tem vigência de 4 anos
-Estabelece de forma regionalizada as metas de investimentos, a longo prazo (4 anos), em programas de duração continuada.
-Necessidades sociais das regiões – é um plano, bem abstrato política de governo
-A constituição diz que o PPA ele é elaborado no primeiro ano do mandato presidencial, entra em vigor no início do segundo e fica em vigor até o primeiro ano do mandato seguinte. 
-A jurisprudência entende que ao lapso temporal do PPA aplica-se o princípio da simetria (norma de repetição obrigatória), entretanto, essa mesma jurisprudência diz que não aplico essa regra aos marcos temporários (início e fim) quando vai começar e terminar a vigência é de escolha dos estados e municípios.
-Emenda Constitucional nº 95 – emenda que limita os gastos públicos. Essas três leis tem que atentar ao contido na EC 95 – ela diz que as leis orçamentárias possuem um limite quanto ao aumento de despesas. Limite = inflação acumulada do último ano – não posso aumentar as despesas mais do que a inflação essa emenda só vale em âmbito federal.
LDO – Lei de diretrizes orçamentárias 
-Tem vigência de 1 ano
-Estabelece as metas de arrecadação e despesas para o exercício financeiro seguinte
-Como que consegue esse dinheiro para investir 
LOA – Lei orçamentária anual
-Tem vigência de 1 ano
-Estabelece e específica quanto vai ser gasto e no que vai ser gasto – a mais específica das três leis.
-Onde eu irei investir – diz exatamente onde eu vou gastar
PROCESSO LEGISLATIVO ORÇAMENTÁRIO 
-Processo de elaboração das leis orçamentárias.
-Eu aplico o processo legislativo comum subsidiariamente ao processo legislativo orçamentário. Na falta de uma norma específica, vou ``emprestar`` as regras. O comum se aplica nas lacunas do orçamentário.
Processo legislativo comum (fases): ver foto
-Fase introdutória – apresentar o projeto de lei no congresso nacional – quem tem legitimidade: privativa (única pessoa ou único órgão, defino se é iniciativa privativa ou concorrente vejo pela matéria), concorrente (constituição não fala, iniciativa é concorrente) e popular (povo apresenta o projeto de lei). Iniciativa privativa a constituição deixa explícito.
-Casa iniciadora (em regra, a câmara) depois manda pra casa revisora. Na casa iniciadora vai passar pela CCJ para analisar a constitucionalidade do projeto de lei e depois vai para votação. Tem dois quóruns – o de instalação, para eu poder colocar em votação, é maioria absoluta – total de integrantes da casa – votação o quórun é maioria simples. Se for rejeitado só pode ser representado na próxima sessão legislativa, exceto se tiver 1/3. Dai vai para o presidente para sançãoe veto. Sanção tácita pelo decurso do tempo. O veto é expresso. Maioria absoluta para derrubar o veto. 
PROCESSO LEGISLATIVO ORÇAMENTÁRIO
Iniciativa 				Comissão			Plenário
-privativa: 				mista 				votação
chefe do executivo 			permanente	 
-Processo abreviado – ele é mais célere
-Iniciativa privativa do chefe do poder executivo, apresenta para o congresso nacional.
-Depois vai para a comissão mista permanente – misto das duas casas do congresso nacional. Permanente porque atua não apenas no processo legislativo orçamentário, mas também atua depois que a lei orçamentária já entrou em vigor, fiscalizando o cumprimento dessa lei. Tem outras prerrogativas. Analisa a constitucionalidade e a adequação do projeto de lei orçamentária. Até antes da votação ele pode mandar modificações.
-Votação: em sessão conjunta das duas casas. – quórum da aprovação – maioria simples – depois que é aprovada aplica o processo legislativo comum.
-Duas correntes na doutrina – primeira corrente – principal represente Jose afonso da Silva – o congresso não pode rejeitar o projeto de lei orçamentária. Pode modificar, mas não rejeitar. Segunda corrente – Alexandre Moraes (mais aceita) - se o projeto de lei orçamentária for rejeitado presume-se prorrogada a vigência da lei anterior, até que a outra seja aprovada.
Art. 35, parágrafo 2º, ADCT 
	Prazos 
	Executivo
	Legislativo
	PPA
	31/08
	22/12
	LDO
	15/04
	17/07
	LOA
	31/08
	22/12
-O presidente tem que apresentar até 4 meses antes do término do exercício financeiro (coincide com o calendário civil) o projeto do PPA e da LOA e o Congresso tem que aprovar até o final do segundo período da sessão legislativa.
-Para LDO apresentar até 8 meses e meio antes do término do exercício financeiro e tem que estar aprovada até o final do primeiro período (17/07) da sessão legislativa.
-A lógica é que para eu poder fazer a LOA, a LDO tem que estar pronta.
-Prazo para as leis orçamentárias da União e os estados e municípios não precisam copiar.
ORDEM ECONÔMICA – art. 170 e ss
-Ordem econômica constitucional é predominantemente liberal, não exclusivamente libera, o que significa que temos sim uma intervenção pontual do Estado na economia. 
-A não intervenção predomina.
-Duas espécies de intervenção do Estado na economia:
1. Intervenção direta: estado se faz presente diretamente no mercado, para ele (Estado) exercer uma atividade econômica. Faz isso por meio das empresas estatais, lança uma empresa estatal no mercado – estado empresário, em regime de concorrência com as demais empresas de iniciativa privada. Por meio da concorrência ele interfere diretamente na economia. Por meio do exercício direto da atividade econômica. Art. 173
2. Intervenção indireta: art. 174 – ou intervenção regulatória consiste na regulação de determinado segmento do mercado, o estado escolhe um segmento estratégico do mercado, interesse público justifica isso, e o estado cria regras para que os agentes que atuam naquele centro econômico tenham que seguir. Exemplo: caso das Agências Reguladoras (autarquias) que regulam determinado segmento do mercado – Anatel (comunicações) – Proteger – regulo pensando em proteger o consumidor e pensando na qualidade do serviço.
Princípios:
A) Livre iniciativa
-art. 170 p. único e art. 5º, XIII
-A todos é assegurado o livre exercício de atividade econômica ou profissional. Mas, entretanto, pode a lei restringir a iniciativa. A lei pode criar restrições na livre iniciativa.
-A lei pode criar restrições a livre iniciativa quando o interesse público assim justificar. 
-Previsto em uma Norma de eficácia contida – direito previsto em uma norma constitucional, posso exercer plenamente, mas pode vir uma lei infraconstitucional para criar exceções.
-Lei que condiciona o exercício da atividade empresarial à quitação de dívida fiscal é inconstitucional
-Súmula Vinculante nº 49 – mistura da livre iniciativa com a livre concorrência. Editada depois que chegaram vários recursos tratando de leis municipais – não poderiam ter estabelecimentos concorrentes perto. É inconstitucional lei que estabelece distância mínima entre estabelecimentos de mesma natureza.
-Caso do exame de Ordem – lei abaixo da constituição restringindo a livre iniciativa 
B) Livre Concorrência (e Defesa do Consumidor)
-O Estado deve tutelar, incentivar a livre concorrência
-Diretamente relacionada ao direito do consumidor
-Artigo 173, 4º - constituição diz que o estado tem que inibir, combater o abuso de poder econômico que restringe a livre concorrência. Regulamentado pela Lei 12.529, Lei antitruste – CADE, centro administrativo de defesa econômica, funciona como um tribunal administrativo julgando os agentes que cometem infrações contra a livre concorrência. Truste é a reunião de empresas com o intuito de dominar parcela do mercado. 2 tipos de truste: vertical, há a fusão de empresas de diferentes segmentos produtivos de um determinado mercado; e horizontal, há a fusão de empresas de um mesmo segmento positivo de um mesmo mercado. Truste é um negócio jurídico formal, no cartel tenho a reunião informal de empresas, com o intuito de combinar preços. Outro ponto dessa lei é o art. 36 exercício de posição dominante – há quando da fusão de empresas resultar a participação em 20% ou mais do mercado. Vai caracterizar infração se ficar mais de 20% na fusão – comprar uma marca concorrente não é ilícito, só se ficar mais de 20%, porque a lei presume que fica prejudicial para o consumidor. Essa presunção é uma presunção iures tantum – relativa – aquela que admite prova em sentido contrário. Você que está realizando o negócio jurídico que tem que provar que não prejudica.
-Exemplo: compra da garoto pela Nestlé 
-Decisões do CADE se sujeitam a controle jurisdicional – posso discutir a decisão do CADE no poder judiciário. Outro exemplo – fusão das três cervejarias – ambev
-A participação de 20% ou mais do mercado decorrente de um crescimento natural pautado no êxito empresarial não caracteriza infração da livre concorrência.
-há uma tendência dos julgados no CADE de analisar a concorrência no ponto vista internacional, não apenas o mercado interno brasileiro, mas o mercado internacional, para avaliar se o CADE vai liberar ou não determinada fusão.
-Petrobras se justifica com o princípio da soberania nacional (art. 170, I) – proteger nossas riquezas...
C) Função Social da Empresa
-Princípio implícito no texto constitucional - fruto de descrição doutrinária brasileira
-A empresa tem que contribuir para o desenvolvimento da sociedade.
-Duas vertentes que explicam esse princípio:
1. Vertente Negativa:
-Representante – Fabio Konder Comparato 
-Para que a empresa cumpra sua função social basta que ela observe a lei. Negativa, porque ela não precisa fazer nada além do mero cumprimento da lei.
-Exista e cumpra a lei
2. Vertente Positiva:
-José Afonso Dalegrave Neto
-A empresa para efetivamente contribuir com o desenvolvimento social ela precisa adotar ações positivas para além do mero cumprimento da além.
-Praticar assistencialismo social, patrocinar evento cultural, esportivo, dividir os lucros com os empregados
-Na doutrina e jurisprudência a predominante é a negativa.
-Existe uma opinião divergente dessas duas que é a do Fabio Tokars – não existe esse princípio, nem sobre o viés positivo nem sobre o negativo. Viés positivo é utopia. A vertente negativa – ter que cumprir a lei – é o princípio da legalidade, não preciso de outro princípio para me dizer a mesma coisa. Princípio da função social da empresa tem relação com o Estado mínimo. Reforma administrativa com a emenda 1998 – com o princípio do estado mínimo e a função social da empresa. Reforma administrativa – diminuir máquina estatal, priorizo só saúde, educação e segurança – passo para o particular para fazer – estado fomenta e passa para o particular fazer como a função social da empresa.
D) Função Social da Propriedade – art. 182.a 191
-Ordenamento jurídico tutela a propriedade com status de direito fundamental, mas impõe uma condicionante. Ele condiciona a proteção da propriedadeao cumprimento de uma obrigação pelo proprietário. O proprietário tem que dar uma destinação socialmente útil para propriedade.
-Perda da Propriedade:
Por Aplicação do Princípio da Supremacia do Interesse Público:
-Relação entre o poder público e o cidadão é uma relação verticalizada. Dessa relação prevalece o interesse coletivo (público) em detrimento do interesse particular. Posso tomar a propriedade do particular mesmo que ele não de causa para isso, ele pode não ter feito nenhum ilícito, mas por esse princípio, ele pode perder a propriedade. Autorização constitucional para tirar dinheiro dos cofres públicos e pagar a pessoa.
1. Desapropriação mediante justa e prévia indenização em dinheiro. 
-Pode ser feito por qualquer ente da Federação.
-3 Etapas:
I. Administrativa Declaratória: o poder público declara que tem interesse no imóvel. Essa fase corresponde a uma publicação de um decreto de desapropriação, que é baixado por um chefe do poder executivo. Requisitos do decreto: a) descrever o objeto da desapropriação; b) identificar o sujeito da desapropriação (rg, cpf, proprietário do imóvel); c) decreto identifica a dotação orçamentária, onde na lei orçamentária que tem previsão para pagar essa desapropriação, onde a lei está me autorizando a pagar, visto que o proprietário não deu causa para isso; d) identificar a utilidade pública. Publicado o decreto ele produz dois efeitos principais, o primeiro efeito – fixa temporalmente o estado da coisa, para fins de quantificação da indenização, paga-se o valor da indenização ao tempo em que foi publicado o decreto – segundo efeito – o decreto gera direito de penetração na coisa, o poder público passa a poder ingressar/ adentrar no imóvel. Consenso extrajudicial para acordo ou o poder publico caso não tenha acordo vai ter uma ação – perito – para o juiz julgar
II. Administrativa
Por Inobservância do Princípio da Função Social da Propriedade:
-Proprietário não cumpre o princípio da função social da propriedade, não da uma função útil para propriedade. Ou perde para outro particular ou para o Poder Público. Tem duas maneiras para perder:
a) Desapropriação Sancionatória: o poder público toma a propriedade dele – ele deu causa. É uma punição
2. Desapropriação Urbanística mediante justa e prévia indenização em título da dívida pública
-Tem por objeto imóvel urbano que não cumpre com a sua função social. 
-Imóvel urbano cumpre a função social – ele deve observar as diretrizes do plano diretor do município. É uma lei municipal obrigatória para municípios com mais de 20 mil habitantes. Ditar a política de desenvolvimento urbano do município. Plano diretor que organiza o desenvolvimento da cidade. 
-A CF da para o município a competência para proceder a desapropriação urbanística.
-Passo a passo para que esse proprietário perca sua propriedade: I. Notificação do proprietário para que o proprietário de uma destinação social. II. Aumento progressivo da alíquota do IPTU por 5 anos. Anotado na matrícula do imóvel que está sofrendo esse processo, já pego o imóvel na etapa. III. O município ajuíza a desapropriação urbanística, a propriedade ingressa nos cofres públicos, se torna um bem público. É uma desapropriação para punir o particular, por esse motivo ela vai receber indenização em títulos da dívida pública (natureza: de capital, receita forçada), resgatáveis em até 10 anos.
3. Desapropriação Rural mediante justa e prévia indenização em títulos da dívida agrária 
-Imóvel rural que não cumpre com a sua função social, isto ocorre quando ele for improdutivo ou estiver sendo utilizado em descumprimento a legislação ambiental ou do trabalho. Se aplica apenas para as grandes propriedades rurais, não se enquadra para as pequenas e médias.
-Existe uma lei que define o que é pequeno, médio e grande, que varia entre a dimensão do estado.
-União é responsável pela desapropriação – que transferiu (descentralização) essa competência para o INCRA 
-Etapas: I. Proprietário será notificado para cumprir a função social. II. Descumprindo o prazo é ajuizada a ação para desapropriação.
-Tem apenas duas etapas. Notifica e ajuíza para desapropriar.
-Toma-se a propriedade rural mediante a títulos de dívida agrária, resgatável em até 20 anos.
-Vou resgatando os títulos ao longo dos anos, mas no primeiro ano não posso resgatar título nenhum, só a partir do segundo ano.
-Ressalva as benfeitorias – as necessárias e úteis são pagas em dinheiro. A CF diz ainda que esse imóvel desapropriado deve ser destinado para programas de reforma agrária. Existem famílias cadastradas no INCRA para receber esses bens – essas famílias recebem um título de posse e uso, a propriedade continua a ser público que é cedida para que elas tornem a coisa produtiva. Esses títulos são inegociáveis por 10 anos.
4. Desapropriação Confiscatória (Expropriação)
-Art. 243 – emenda 81
-O proprietário não recebe nada. Vale tanto para imóvel urbano tanto rural. Quando nele for identificado trabalho escravo ou plantio de planta psicotrópica.
-Imóvel rural – ente competente é a União.
-Imóvel Urbano, a doutrina diz, que o Município realizará a desapropriação. – A ec não deixa claro.
-Situação em condição análoga de escravo e não trabalho escravo.
-Particular perde a propriedade e não perde nada em troca. Toda a propriedade será desapropriada, mesmo que parte dela apenas esteja sendo utilizado para fins ilícitos. Isso foi criado por um precedente do Supremo. Presume-se a culpa do proprietário in elegendo (culpa na eleição, em que em eu escolhi para estar na posse da coisa.) e in vigilando (culpa na fiscalização da coisa)
b) Usucapião Constitucional: Particular perde a propriedade para outro particular
-Conceito: Prescrição – perda do direito pelo decurso do tempo – perda aquisitiva da propriedade pelo seu não uso ao longo do tempo
-Requisitos do usucapião constitucional: 
1. Tem que haver posse: proprietário perde a propriedade em favor do consumidor que passa a ser o consumidor. Vou privilegiar quem tá com a posse.
2. A posse deve ocorrer por um determinado lapso de tempo – 5 anos – possuidor vai adquirir depois de transcorridos depois de 5 anos (o da CF)
3. Posse contínua, ininterrupta e sem oposição. Formas de se opor: Notificar extrajudicialmente o invasor, fazer boletim de ocorrência 
4. Possuidor tem que utilizar o imóvel para fins de moradia própria ou de sua família.
5. Possuidor não pode ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural. Direito de usucapião constitucional é reconhecido uma única vez pelo possuidor
6. Dimensão do imóvel – ele deve ter um tamanho máximo – urbano no máximo 250m2 – rural no máximo 50 hectares.
-Art. 191 – não cabe usucapião de bem público, os bens públicos são imprescritíveis e o usucapião é prescrição.
-Bem de natureza privada
b.1 – Urbano 
b.2 – Rural 
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2º bimestre
ORDEM SOCIAL
1. Seguridade Social – art. 194 – é um direito gênero que engloba três outros direitos. Concepção geral que temos de seguro. 	Seguro público mantido pelo Estado. Os segurados são os cidadãos – todo mundo que contribuir para esse seguro será assegurado. 
-Existem eventos que são cobertos pelo Estado – exemplo: morte, invalidez, desemprego, maternidade... Para cada um dos eventos elencados existe um benefício correspondente.
a) Previdência Social – pressupõe contraprestação – você deve pagar para receber o benefício. Ela tem um caráter contributivo. 
b) Assistência Social – não pressupõe contraprestação – benefícios assistências que são pagos pela seguridade social, são benefícios de ajuda, auxílio, para pessoas necessitadas. Quem recebe as vezes contribui muito pouco ou nunca contribuiu. 
c) Saúde
1.2. Princípios da Seguridade – 194 p. único 
-O primeiro princípio é um princípio implícito – Princípio da solidariedade: por esse princípio todo mundo deve contribuir para seguridade social, para que todos usufruam, um sendo solidário com o outro. Contribuição do outro vai ajudar. 
-Princípio da Universalidade: por esse princípio a seguridade social será a mais universal,abrangente possível. Contempla o maior número de pessoas que ela puder. Esse princípio justifica a existência da assistência social (beneficia inclusive quem não contribuiu para ela).
-Princípio da Seletividade e Distributividade: selecionar e distribuir. Seletividade – orienta a atuação do legislador, por esse princípio quando o legislador estiver disciplinando os princípios da seguridade, ele deve selecionar os grupos sociais que necessitam da seguridade social – identifico na sociedade quais são os grupos, as necessidades sociais – Distributividade: regulamenta e cria os benefícios voltados a essas necessidades. Exemplo: auxílio reclusão – benefício previdenciário que é pago para os dependentes do segurado preso.
-Princípio da Irredutibilidade: Existem duas 1ª: irredutibilidade nominal – é a numérica. 2ª: irredutibilidade real ou material – aquela que leva em consideração a desvalorização da moeda. A dos juízes é nominal e da seguridade social é real – os assegurados tem direito que o valor seja ajustado pelo valor da inflação
3. Custeio
 Segurado: trabalhador – segurados obrigatórios e facultativos
a) Obrigatório: obrigado a contribuir para seguridade social – a contribuição é uma espécie de tributo, coercitiva
a.1) Comum – é aquele cujo recolhimento das contribuições para seguridade social, tanto a parte dele assegurado quanto a parte do contribuinte, fica a cargo do contribuinte.
-Empregado – Obrigação do empregador descontar e recolher. Não posso ser punido por um ilícito praticado terceiro. Empregado é aquele do art. 3º da CLT. 4 requisitos para caracterizar a condição do trabalho (distinguir empregado do autônomo): subordinação, pessoalidade, habitualidade e onerosidade (contraprestação pelo trabalho dele) 
-Empregado Doméstico – classificação só para ele para distinguir da diarista. Possui os mesmos requisitos com duas peculiaridades. 1ª, no lugar da habitualidade aparece o requisito da continuidade (um pouco + que habitualidade) e 2ª, para que seja considerado empregado doméstico é necessário trabalhar no âmbito familiar. 3x por semana ou mais – contínuo é empregada doméstica. Se trabalha 3x ou mais é empregado doméstico, mas diarista é autônoma.
-Trabalhador Avulso – exemplo: trabalhador portuário. Entre ele e o tomador existe um órgão que se chama OGMO (órgão gestor de mão de obra). Obrigação de recolhimento é do OGMI.
a.1.2) Individual – é aquele cujo recolhimento das contribuições fica a cargo do próprio assegurado. O autônomo, profissional liberal. Autônomo – dono do próprio empreendimento -é obrigado a recolher. É obrigado a recolher. Uma única aposentadoria.
a.1.3) Especial – 195 parágrafo 8º - assegurado especial é o trabalhador rural, aquele que trabalha em regime de economia familiar sem empregados permanentes. Vive daquilo que produz, em prol da sua própria subsistência. Se aposenta mesmo que não tenha contribuição nenhuma, apenas precisa do tempo necessário.
b) Facultativo – não precisa contribuir, a lei não obriga, mas ele faz voluntariamente para poder usufruir dos benefícios. Exemplo: desempregado, estagiário, estudante
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REGIMES DE PREVIDÊNCIA 
Próprios (RPP)
-Quem contribue para esse regime, em regra, são os servidores públicos, eles têm seus próprios regimes de previdência – daqueles de pessoa jurídica de direito público – união, estado, distrito federal, municípios e autarquias – administração pública direta
Geral (RGPS)/INSS
-Empregados, empresas de estatais, quanto as empresas privadas e os trabalhadores dessas empresas privadas.
-Cargo em comissão contribui para regime geral
OBS: regime geral tem um teto: maior valor a ser pago pelo INSS – mais ou menos uns 6 mil reais
a) A CF admite expressamente a existência de previdências privadas complementares – é um contrato de direito civil, particular e facultativa
b) Diz a CF que os diversos regimes da previdência vão se compensar recíproca e financeiramente 
c) Admite que o ente da federação faça a adesão ao regime geral da previdência
d) A constituição veda que uma pessoa vinculada a regime próprio de previdência contribua para o regime geral em caráter voluntário/facultativo
e) Devo contribuir se sou vinculado obrigatoriamente, ai contribuo para os dois regimes.
f) Exemplo médico: terá três aposentadorias – professor – dois cargos estadual, é possível ter duas aposentadorias ainda do mesmo regime
g) Nunca tem mais de uma aposentadoria no regime geral – nessa todas as suas contribuições somam até você chegar no teto
h) cf isenta de contribuição as instituições filantrópicas sem fins lucrativos
i) CF proíbe que empresas em dívida com seguridade social recebam isenções ou mantenham contratos com o poder público
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 Contribuinte: empregador
-Princípio da Diversidade das Fontes de Custeio – seguridade social será mantida financeiramente por uma pluralidade de meios. 
-3 principais fontes de custeio – Gestão Tripartite – governo, trabalhador e empregador. EC 20 e 41 alteram a gestão para quadripartite e acrescentam os inativos (aposentados e pensionistas), que passam a ter que custear a seguridade social. Cria mais uma fonte de custeios - Taxação dos inativos – Supremo tira o princípio da solidariedade para justificar a reforma da previdência lá trás. 
-Trabalhador e empregador são as duas fontes principais
4. Benefícios
Previdenciários 
-Art. 201 – benefícios do regime geral - INSS
-1º benefício: auxílio doença – segurado temporariamente incapacitado do exercício da atividade profissional. Perito do INSS atesta se ele está incapacitado. Tua incapacidade te afasta do trabalho por mais de 15 dias. Os 15 primeiros dias são por conta da empresa, após isso o INSS paga o restante. Temporária
-2º benefício: aposentadoria por invalidez – permanente. Insuscetível de recuperação. O auxílio doença não é pré-requisito para aposentadoria por invalidez, apesar que na prática o INSS faz de tudo para não te dar a aposentadoria de cara – pode ser cancelada, caso a pessoa se recupere. INSS marca exames periódicos 
-OBS: a doença incapacitante não pode ser pré-existente a condição do assegurado (válido para os dois benefícios). Agravamento da doença mesmo sendo pré-existente o benefício é válido
-Auxílio doença acidentário e aposentadoria por invalidez acidentária: esses dois dispensam período de carência. Período de carência – 12 contribuições – para eu poder usufruir do auxílio doença e auxílio de aposentadoria por invalidez, exceto se for por acidente. São aqueles que decorrem de acidente de trabalho ou doença ocupacional, aquele que tem nexo com a sua atividade profissional
201 p. 7º - Aposentadoria por idade – hoje o homem se aposenta com 65 anos de idade e a mulher se aposenta com 60 anos de idade. Tempo mínimo de contribuição – 180 contribuições para poder se aposentar – uma contribuição por mês – 15 anos no mínimo para poder se aposentar com essa idade.
-Mulher se aposentar 5 anos antes – a mulher está sujeita a uma dupla jornada, ao mesmo tempo que se lança no mercado de trabalho, ela trabalha em casa – condensação jurídica – desigualdade fática – discriminação – ação afirmativa = politica de concretização da igualdade material. 
-Essa aposentadoria tem um redutor de 5 anos em favor do trabalhador rural (segurado obrigatório especial, não precisa comprovar o mínimo de contribuições)
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 
-Não levo em consideração a idade e sim o tempo de trabalho
-Homem se aposenta com 35 anos de contribuição 
-Mulher 30 anos de contribuição
-Reforma não interfere em quem preenche os requisitos hoje – direito adquirido 
-Aqui também existe um redutor de 5 anos, mas se dá em favor do professor, modo que o professor homem 30 anos e mulher 25 anos de contribuição – professor deve cumprir dois requisitos: a) dedicação integral ao magistério ao longo desse tempo e b) só vale para o professor de ensino infantil, fundamental e médio
-Esses benefícios são do regime geral
----------------------------------------------------------------------------------HOJE aposentadoria por idade: Homem: 65 / Mulher: 60 
-Mínimo de 15 anos de contribuição 
-Rural homem: 60 / mulher: 55 – sem mínimo de contribuição 
 aposentadoria por tempo de contribuição: homem: 35 / mulher: 30
-Sem idade mínima 
-Professor – aposentadoria por tempo de contribuição - Homem: 30 / mulher: 25 
-Sem idade mínima
COM A REFORMA 
-Homem: 65 anos + 20 de contribuição. 60% do valor do benefício 100%
-Mulher: 62 anos + 15 de contribuição de média das contribuições +
						2% por 1 ano 
						40% em 20 anos 
-Se aposenta com 60% do valor do benefício, que é o valor que você contribuiu 
-Para chegar em 100% você precisa de 20 anos a mais de trabalho – exemplo – homem: começar com 25 anos para chegar com 65 com 40 anos de contribuição menores com as maiores e então ganho 100% daquilo
-Rural- Homem: 60 anos + 15 de contribuição 
-Mulher: 55 anos + 15 anos de contribuição
Professor: Homem: 60 anos + 25 de contribuição
-Mulher: 57 anos + 25 de contribuição 
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BENEFÍCIOS ASSISTENCIAIS ou de prestação continuada
-Previdência pressupõe contraprestação, a assistência não, então eles são pagos até para aqueles que jamais contribuíram para a seguridade social
DO IDOSO
-É pago ao idoso assim considerado 65 anos de idade ou mais inserido em família cuja renda percapita seja de até ¼ do salário mínimo 
-Família que se encontram em estado de miserabilidade 
DO DEFICIENTE
- É pago para o responsável de uma pessoa portadora de deficiência em uma família num estado de miserabilidade 
SAÚDE – ART. 196
-Saúde é direito de todos e dever do Estado
-Conflito do mínimo existencial x Reserva do Possível se o cidadão 
-Cláusula da reserva do possível – dentre todos os direitos sociais que o Estado é obrigado a fornecer a população, o administrador público vai garantir aquilo que for possível de acordo com a sua capacidade orçamentária – relação direta com a legalidade orçamentária – cidadão pode exigir o que está previsto na lei orçamentária
-Mínimo existencial: dentre todos os direitos previstos na constituição há uma parcela mínima de direitos sem os quais o indivíduo não vive dignamente – poder publico para garantir uma vida digna, o Estado deve garantir, essa gama mínima – então o cidadão pode exigir do Estado mesmo que não haja previsão orçamentária – relação com o princípio da dignidade da pessoa humana
-Eu vivo dignamente sem esse direito? – para saber se posso ou não exigir do Estado
-Direito a saúde, por excelência está dentro da concepção do mínimo existencial – posso pedir do Estado coisas além do SUS.
-Judicialização da saúde
EXCEÇÕES:
A) Se o indivíduo puder custear o medicamento/tratamento com seus próprios recursos – próprias expensas 
B) Medicamentos e tratamentos experimentais – fato da anvisa não ter autorizado o comércio do rémedio não quer dizer que é experimental – STJ MUDOU 
C) Se o medicamento não for registrado pela anvisa o Estado não é obrigado a fornecer
-Ainda que não registrado pela anvisa eu posso exigir nas seguintes circunstâncias cumulativas: 1. Se existir uma demora irrazoável da anvisa no medicamento – 365 dias para medicamentos ordinários e 120 dias para medicamentos prioritários; 2. Não pode ter um substituto terapêutico para o medicamento – outro medicamento que sirva para mesma coisa e 3. Medicamente deve ser amplamente utilizado internacionalmente 
TRATAMENTOS ESTÉTICOS
-Reconstrução da Mama pelo SUS – ele fornece
-Mudança de Sexo – sim e não 
OBS: - pode virar a 5ª exceção – recurso extraordinário do Barroso – caso dos medicamentos e tratamentos de alto custo – Estado não precisa fornecer 
OBS FINAIS:
a) Mínimo de investimentos em saúde: o administrador público é livre para distribuir entre os diversos – mas para saúde e educação ele deve direcionar um mínimo – Municípios devem destinar no mínimo 15% das receitas de impostos. Os Estados no mínimo 10% da receita dos impostos. A União no mínimo 15% da receita corrente líquida para serviços de sáude. A não destinação para esses recursos gera a desaprovação das contas, ato doloso de improbidade administrativa e o torna inelegível. 
b) A constituição diz que a iniciativa privada atuará de forma complementar ao Estado. É permitido que a iniciativa privada complemente a atividade estatal. Caráter complementar – ajudar o Estado, não substituir. E os recursos do SUS podem ser destinados para instituições sem fins lucrativos.
DIREITO A EDUCAÇÃO 
-Art. 205 – Direito de todos e dever do Estado – contraprestação do Estado 
-Ensino fundamental e ensino médio mínimo existencial 
-Ensino superior reserva do possível
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA EDUCAÇÃO – art. 206
1. Princípio da liberdade de Cátedra: se dirige especialmente aos professores e também as instituições de ensino em si. 
-É a liberdade que o professor dispõe no exercício do magistério – externar seus posicionamentos, suas ideias, suas metodologias de avaliação (contexto histórico era a ditadura) 
-Respeitar uma matriz – não é um princípio absoluto 
2. Princípio da Liberdade de Aprender e Externar suas Ideias
-Dirigido aos alunos
-Processo de aprendizagem é dialético – confronto de ideias
3. Princípio da Gratuidade e Qualidade do Ensino Público
-Norma programática – Estado deve garantir isso
4. Princípio da igualdade de acesso a educação
-Essas vagas limitadas do ensino superior devem concorrer em igualdade de condições – vestibular é um instrumento para garantir que todos sejam tratados iguais igualdade material, porque existe a política de cotas – é uma concretização da igualdade material, discriminação positiva. Formal para as vagas não reservadas.
-Como toda ação afirmativa ela deve ser temporária transitória – dar tratamento privilegiado até reestabelecer a igualdade 
5. Princípio da Coexistência entre instituições públicas e privadas em si
-Iniciativa privada participa em serviços da educação
-Competência constitucional material comum da educação – todos os entes da federação têm que prestar serviços da educação. Ensino fundamental –prioritária do município. Ensino Médio – estado. Ensino Superior – união. É uma atuação prioritária e não exclusiva. O ente da federação que concede o serviço ao particular é quem tem o serviço prioritário. Por exemplo, para a Unicuritiba é uma concessão federal.
ÚLTIMAS OBS:
a) art. 212 – mínimo de recursos em educação – União destinar no mínimo 18% - os Estados, DF e Munícipios no mínimo 25% da receita de impostos para educação 
b) Ensino Confessional – ensino de uma única religião – não é ensino religioso, é o ensino de uma religião específica. Ensino religioso é facultativo, pode ter ensino de uma única religião sim, desde que seja facultado ao aluno frequentar a aula ou não.
c) Homeschooling – ser ensinada só dentro de casa – da forma como nosso direito está posto hoje, dois problemas que não permitem o homeschooling. Primeiro, o Supremo disse que a escola tem o papel de atestar que aquela está avançando no processo educacional, isso só o Estado faz, Estado não tem uma estrutura para avaliar se a criança está aprendendo dentro de casa. Segundo, é direito da criança e do adolescente aprender a viver em sociedade, inserção na sociedade, tirar isso dela é prejudicial.
d) Ensino Fundamental deve ser ministrado em língua portuguesa, para os índios, além da língua portuguesa, pode ser ministrado na sua língua materna
DIREITO A CULTURA – art. 215 e 216
-Estado deve garantir e incentivar a cultura
-Reserva do possível
-Estado tirar o dinheiro do bolso, criar um aparato estatal – criar estrutura e segunda forma: fala para o particular incentivar cultura e dá um benefício (tirar um imposto)
-Principal forma de incentivo a cultura é um incentivo indireto – Estado fomenta o particular para que ele incentive e em troca o Estado dá um benefício ao particular Lei Rouanet – abater do imposto de renda – estado mínimo vinculado a função social da empresa...
DIREITO – DESPORTOS 
-Art. 217 
-Acesso as práticas esportivas – informaise formais 
-Reserva do possível 
-Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observados: § 2º A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do processo, para proferir decisão final.
-A justiça desportiva não faz parte do poder judiciário, portanto, não exerce função jurisdicional. Mas, julga lides, vários litígios. 
-As lides julgadas são de natureza administrativa, um contencioso administrativo
-Primeira competência: julgar a devida aplicação das regras em competição esportivas 
-Verificar e julgar se as regras estão sendo devidamente aplicadas
-Segunda competência: julga e aplica sanções aos atletas e clubes
-A justiça desportiva afasta temporariamente a garantia do acesso a justiça – exceção temporária para inafastabilidade do poder judiciário. Temporária, porque o texto constitucional no art. 217 p. 2º fixa um lapso de tempo pelo qual não posso discutir a decisão no poder judiciário – esse prazo é 60 dias
-217 regulamentado pela lei 9615/98 – conhecida como lei Pelé, feita quando ele era Ministro do Esporte. Primeiro o apelido do atleta: a lei protege o nome profissional, o nome pelo qual o atleta se torna conhecido, e diz que só o próprio atleta pode explorar seu apelido profissional, independentemente de registro. Atleta estudante: diz que é direito do atleta estudante a adaptar a sua frequência em instituições de ensino e suas avaliações de modo a viabilizar sua participação em competições esportivas oficiais
-Status constitucional a justiça desportiva 
COMUNICAÇÃO SOCIAL
-Art. 220
-Liberdade de imprensa 
-Parágrafo 2º Princípio da Vedação a Censura – proibido censurar veículo de comunicação
-Contexto histórico: ditatura – tinha um censor que dizia o que poderia ou não ir ao ar.
-Regulamentado pela lei 5250/67 – essa lei era a chamada lei de imprensa, regulamentava todos os institutos inerentes a liberdade de imprensa, mas foi declarada totalmente inconstitucional pelo Supremo. 
-Tribunais inventaram – fruto de construção jurisprudencial 
Institutos relacionados a liberdade de imprensa
a) Sigilo da Fonte
-Direito do jornalista, prerrogativa do jornalista, de não relevar a fonte da matéria jornalística 
-Não precisa revelar como obteve a fonte.
-Segundo a jurisprudência é um direito do jornalista, ele usa da forma como ele quiser, entretanto, o jornalista dizendo ou não, a partir do momento que ele publica ele responde solidariamente pela matéria, ele e o veículo respondem pela publicação.
-Para ser jornalista você não precisa ser formado em jornalismo, se fosse exigir diploma estaria restringindo 
b) Direito de Resposta
-O direito que a pessoa, objeto da matéria jornalística, possui de fazer veicular a sua versão dos fatos. 
-Aplicação do contraditório aplicada a liberdade de imprensa 
-A pessoa tem o direito de forçar o veículo de comunicação a publicar minha resposta
-Quando o veículo de comunicação vai ser forçado:
1. Matéria foi publicada e a pessoa não foi ouvida 
2. Ainda que a pessoa noticiada tenha sido ouvida ela consegue forçar a publicação da resposta dela se a matéria for inverídica, imprecisa ou errônea 
-Supremo – jornalista tem um compromisso com a verdade – máxima do direito de resposta 
-Procedimento do direito de resposta para forçar: 
1º - notificar extrajudicialmente o veículo de comunicação com o teor da sua resposta – prazo decadencial de 60 dias para fazer isso
-Resposta deve ser veiculada no mesmo tamanho, destaque e formato da matéria original
-Publicada ou não a resposta a pessoa tem direito a indenização por danos morais em caso de abuso
c) Prevalência da Tutela Reparatória em detrimento da tutela inibitória:
-a lei não excluirá da prestação do poder judiciário lesão ou ameaça a lesão – tutela inibitória é aquela que acontece antes do dano, pede para o juiz impedir o dano. Depois quando o direito já foi lesionado eu peço uma tutela reparatória
-Em se tratando de liberdade de imprensa prevalece a tutela reparatória em detrimento da inibitória 
-Publica e depois eu vejo se é mentira, não proíbo por antecipação, porque equivaleria a censura
-1 Uma exceção posso utilizar tutela inibitória se o réu for reincidente em condutas que caracterizem abuso da liberdade de imprensa
OBS FINAIS:
1. Rádio e TV precisam de outorga da União para funcionar – serviço público federal, para que o veículo público ganhe o Congresso Nacional deve aprovar e essa concessão tem uma duração e deve ser renovada. Rádio 10 anos e TV 15 anos. 
-A constituição proíbe que a edição dos programas jornalísticos, o comando, fiquem na mão de estrangeiros, podem ser natos ou naturalizados (acionistas, sócios ou proprietários – 70%), mas não estrangeiros. Estrangeiros não pode ser editor chefe nem ter o comando, apesar de ser o acionista majoritário. Não posso ter estrangeiro interferindo na opinião pública, porque tem muita importância. Internet não precisa.
FAMÍLIA – art. 226 e ss
 Estatuto Constitucional da Família:
-Constituo família pelo casamento, união estável e monoparental
-Princípio da Livre Organização da Família: por esse princípio a família tem liberdade para se auto organizar, os pais têm liberdade para educar seus filhos, decidir o rumo, interesses...Sem sofrer ingerência estatal
-Princípio da Igualdade entre o homem e a mulher no seio familiar – poder familiar – antes da cf de 88 existia o pátrio poder 
1. Efeitos do casamento 
-Diz a cf que o casamento religioso gera os mesmos efeitos do casamento civil 
-Direitos e deveres do casamento: assistência material (sustento) e moral (respeito, cuidado) recíproca, fidelidade, vida comum (comunhão de intimidades) 
Crise do casamento: originalmente na redação da cf de 88 
-Na redação originária de 88 dizia que você só podia se divorciar depois de 1 ano de separação.
-Emenda Constitucional 66/2009 – remove o instituo da separação da CF, que agora trata apenas do divórcio – extinguiu ou apenas deixou de tratar sobre? CC 2002 – 2 correntes na doutrina:
Unânime – depois da emenda 66 posso casar um dia e me divorciar no outro – antigamente casamento tinha um tempo mínimo de validade. 
a) Yussef Cahali – defende que a ainda existe o instituto da separação, mas depois da emenda 66, a separação existe não como um pré-requisito para o divórcio, mas como uma faculdade do casal. O casal pode optar por separar ou divorciar – CF da grande importância para família, dar um instituto que de para preservar a família
b) Maria Berenice Dias – Não existe mais a separação – se divorcia quer voltar casa de novo
I. Separação – não está mais na CF – põe fim aos direitos e deveres do casamento, mas não coloca fim ao casamento
II. Divórcio – coloca fim ao casamento 
-Pode ser:
a) Judicial: faço perante o poder judiciário – necessariamente perante o poder judiciário quando ele for litigioso –consensual se tiver filhos incapazes, 
b) Extrajudicial: perante um tabelionato, escritura pública, sem precisar de um juiz – pode fazer fora do poder judiciário quando: for consensual e sem filhos incapazes – precisa ser assistido de um advogado, pelo menos um dos dois 
2. Paternidade Responsável
-Pais tem o dever de assistência moral e material para com os seus filhos. Dever de sustento, cuidado, educação...
-Relações afetivas (não só biológicas) decorrem direitos e deveres jurídicas
-Abandono afetivo 
3. União Estável
-Outra forma de se constituir família.
-É convivência pública, contínua com intuito de constituir família.
-Essencialmente informal, mas pode ser formalizada 
-Transparece para o meio social em que você vive, que vice como casal
-O casal atrai para si, voluntariamente e conscientemente, os direitos e deveres do casamento
-Passam a agir publicamente como se casados estivessem
-Não existe tempo mínimo, o importante não é o lapso de tempo, mas a estabilidade da união, esse intuito a consciência
-Estado incentiva a conversão da União estável em casamento – ideia protetiva 
-Ação de dissolução para união estável está para a união estável esta como o divorcio e casamento

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