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M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Celi Langhi Gestão de pessoas: a interação entre profissionais e organizações Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Jeane Passos de Souza - CRB 8ª/6189) Langhi, Celi Gestão de pessoas: a interação entre profissionais e organizações / Celi Langhi. – São Paulo : Editora Senac São Paulo, 2019. (Série Universitária) Bibliografia. e-ISBN 978-85-396-2673-1 (ePub/2019) e-ISBN 978-85-396-2674-8 (PDF/2019) 1. Gestão de pessoas 2. Recursos Humanos : Administração I. Título. II. Série. 19-901s CDD – 658.3 BISAC BUS030000 Índice para catálogo sistemático 1. Administração de recursos humanos 658.3 2. Gestão de pessoas 658.3 M at er ia l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . GESTÃO DE PESSOAS: A INTERAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS E ORGANIZAÇÕES Celi Langhi M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. M at er ia l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Administração Regional do Senac no Estado de São Paulo Presidente do Conselho Regional Abram Szajman Diretor do Departamento Regional Luiz Francisco de A. Salgado Superintendente Universitário e de Desenvolvimento Luiz Carlos Dourado Editora Senac São Paulo Conselho Editorial Luiz Francisco de A. Salgado Luiz Carlos Dourado Darcio Sayad Maia Lucila Mara Sbrana Sciotti Jeane Passos de Souza Gerente/Publisher Jeane Passos de Souza (jpassos@sp.senac.br) Coordenação Editorial/Prospecção Luís Américo Tousi Botelho (luis.tbotelho@sp.senac.br) Márcia Cavalheiro Rodrigues de Almeida (mcavalhe@sp.senac.br) Administrativo João Almeida Santos (joao.santos@sp.senac.br) Comercial Marcos Telmo da Costa (mtcosta@sp.senac.br) Acompanhamento Pedagógico Otacília da Paz Pereira Designer Educacional Jussara Cristina Cubbo Revisão Técnica Haliny Torres de Oliveira Câmara Coordenação de Preparação e Revisão de Texto Luiza Elena Luchini Preparação de Texto AZ Design Arte e Cultura Revisão de Texto AZ Design Arte e Cultura Projeto Gráfico Alexandre Lemes da Silva Emília Correa Abreu Capa Antonio Carlos De Angelis Editoração Eletrônica Sidney Foot Gomes Ilustrações Sidney Foot Gomes Imagens iStock Photos E-pub Ricardo Diana Proibida a reprodução sem autorização expressa. Todos os direitos desta edição reservados à Editora Senac São Paulo Rua 24 de Maio, 208 – 3o andar Centro – CEP 01041-000 – São Paulo – SP Caixa Postal 1120 – CEP 01032-970 – São Paulo – SP Tel. (11) 2187-4450 – Fax (11) 2187-4486 E-mail: editora@sp.senac.br Home page: http://www.editorasenacsp.com.br © Editora Senac São Paulo, 2019 M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Sumário Capítulo 1 Interação entre organizações e pessoas, 7 1 Aspectos humanos das organizações, 8 2 Organizações como sistemas sociais, 9 3 Organizações como sistemas abertos, 10 4 Ambiente e cultura organizacional, 11 Considerações finais, 13 Referências, 13 Capítulo 2 Administração de recursos humanos, 15 1 A história da área de Recursos Humanos, 16 2 Subsistemas de Gestão de Pessoas, 18 Considerações finais, 21 Referências, 22 Capítulo 3 Captação de pessoas: recrutamento, 23 1 O mercado de trabalho e o mercado de Recursos Humanos, 24 2 Planejamento de pessoal, 25 3 Conceitos de recrutamento, 26 4 Tipos de recrutamento, 27 5 Técnicas de recrutamento, 27 Considerações finais, 29 Referências, 30 Capítulo 4 Seleção de pessoas, 31 1 Conceitos de seleção, 32 2 Técnicas de seleção, 34 3 Avaliação dos processos de seleção, 36 4 Integração de pessoal, 37 Considerações finais, 37 Referências, 38 Capítulo 5 Gestão e avaliação de desempenho, 39 1 Conceito de desempenho humano nas organizações, 40 2 Como avaliar pessoas nas organizações, 41 3 Modelos de avaliação de desempenho, 43 4 Gestão por competências, 45 Considerações finais, 46 Referências, 47 Capítulo 6 Valorização de pessoas: remuneração, 49 1 Conceito de remuneração de pessoal, 50 2 Desenho do sistema de remuneração, 52 3 Política salarial, 54 Considerações finais, 55 Referências, 56 Capítulo 7 Valorização de pessoas: benefícios, 57 1 Programas de recompensas e benefícios, 58 2 Benefícios e serviços sociais, 60 Considerações finais, 62 Referências, 63 Capítulo 8 Desenho, descrição e análise de cargos, 65 1 Definições de cargos e funções, 66 2 Titulação dos cargos, 67 3 Análise dos cargos, 69 Considerações finais, 70 Referências, 71 M at er ia l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo .Capítulo 9 Desenvolvimento e plano de carreira, 73 1 O conceito de plano de carreira, 74 2 Como administrar o plano de carreira na sua empresa, 76 3 Motivação de colaboradores e plano de carreira, 79 Considerações finais, 80 Referências, 80 Capítulo 10 Treinamento e desenvolvimento de pessoas, 81 1 Conceito de treinamento, 82 2 Processo de treinamento, 83 3 Diagnóstico das necessidades de treinamento, 84 4 Tipos de treinamento, 85 5 Avaliação do programa de treinamento, 88 Considerações finais, 89 Referências, 90 Capítulo 11 Higiene e segurança no trabalho, 91 1 Higiene no trabalho, 92 2 Saúde ocupacional, 93 3 Segurança no trabalho, 95 Considerações finais, 96 Referências, 97 Capítulo 12 Qualidade de vida no trabalho, 99 1 Conceitos, 100 2 Modelos de qualidade de vida no trabalho, 101 3 Programas de qualidade de vida no trabalho, 103 Considerações finais, 105 Referências, 105 Capítulo 13 Banco de dados e sistemas de informações gerenciais para gestão de pessoas, 107 1 Banco de dados e gestão de pessoas, 108 2 Sistema de informação de gestão de pessoas, 109 3 Sistemas de monitoração de gestão de pessoas, 111 Considerações finais, 112 Referências, 112 Capítulo 14 Gestão estratégica de pessoas, 113 1 Conceitos de gestão estratégica de pessoas, 114 2 Delineamento de políticas e processos aderentes aos objetivos individuais e organizacionais, 115 Considerações finais, 118 Referências, 119 Capítulo 15 Liderança e motivação, 121 1 Os diversos conceitos de liderança, 122 2 Estilos de liderança, 123 3 Conceitos de motivação, 124 4 Teorias sobre a motivação humana, 125 Considerações finais, 128 Referências, 129 Capítulo 16 Desafios da área de Gestão de Pessoas, 131 1 Planejamento estratégico de gestão de pessoas, 132 2 4a Revolução Industrial e seus impactos na área de Gestão de Pessoas, 133 3 Tendências para a área de Gestão de Pessoas, 137 Considerações finais, 138 Referências, 139 Sobrea autora, 141 7 M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Capítulo 1 Interação entre organizações e pessoas A Era do Conhecimento, diferentemente da Era Industrial que valori- zava apenas os recursos físicos e financeiros, tem como base de sua excelência organizacional o elemento humano. Por isso, é muito impor- tante analisar quais são os subsistemas da área de Recursos Humanos no contexto das organizações, para que tenhamos uma melhor compre- ensão sobre como atuar, de forma eficiente, no ambiente organizacional, criando condições e favorecendo as atividades de Gestão de Pessoas. Atuar com a Gestão de Pessoas significa lidar com as pessoas que participam de organizações, ou seja, administrar os recursos organi- zacionais com o auxílio de pessoas. Assim, organizações e pessoas constituem a base fundamental em que funciona a área de Recursos Humanos (CHIAVENATO, 2016b). 8 Gestão de Pessoas: a interação entre profissionais e organizações Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Neste primeiro capítulo, vamos analisar os aspectos humanos das organizações, ou seja, a interação entre pessoas que promovem ações organizacionais. Também vamos verificar que as organizações são sis- temas sociais em que cada ação, de cada colaborador, poderá interfe- rir nas ações realizadas por outros profissionais, e isso dentro de uma abordagem de sistema aberto, o qual compreende uma grande varieda- de de requisitos de entrada e saída que nem sempre são bem conheci- dos, com causas e efeitos indeterminados, em um ambiente que possui uma cultura própria. Portanto, esperamos que você compreenda a importância da área de Recursos Humanos no contexto das organizações e das pessoas, para que você tenha melhor performance na sua atividade profissional, pois, independentemente do cargo que exerce ou exercerá em uma de- terminada organização, com certeza trabalhará com pessoas. 1 Aspectos humanos das organizações O ser humano não vive isoladamente. Ele é social e interativo, ou seja, vive em constante convívio com seus semelhantes, instituindo in- terações tanto com outras pessoas, como com as mais diversas orga- nizações. Por meio dessas interações ocorre a cooperação, ou seja, o desenvolvimento de atividades que, sozinhas, as pessoas não conse- guiriam realizar devido a vários tipos de limitações que possuem. É esse o tipo de colaboração que ocorre nas organizações, ou seja, as pessoas se reúnem para alcançarem certos objetivos. Por isso, uma organização pode ser considerada como um sistema de atividades, conscientemente coordenadas, de duas ou mais pes- soas. A cooperação entre essas pessoas é fundamental principalmente porque a existência de uma organização exige com que as pessoas se comuniquem, desenvolvam ações conjuntas e estão dispostas a parti- cipar para atingirem um objetivo comum (CHIAVENATO, 2016b). 9Interação entre organizações e pessoas M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. A disposição para participar e contribuir não é simples, principalmen- te porque as pessoas são diferentes umas das outras, têm propósitos diferentes, mudam suas ideias quando desejam, e isso torna a con- tribuição ou o compartilhamento instável. Além das diferenças indivi- duais, existe também o sistema de recompensas que as organizações adotam para valorizar as contribuições. IMPORTANTE “O segredo das organizações bem-sucedidas é saber agregar valores humanos, reintegrá-los e alinhá-los em suas atividades (CHIAVENATO, 2016a, p. 2).” As organizações são compostas de vários tipos de atividades hu- manas e, por isso, podem ser consideradas como sistemas complexos. Ações individuais, em grupos, intergrupos são desenvolvidas mediante um conjunto de normas, valores, atitudes e melhores práticas de trabalho. A ação conjunta adequada leva ao crescimento de uma organiza- ção, e isso provoca o aumento do número de pessoas e de recursos, o que irá requerer novos processos, novas normas, outros tipos de cargos hierárquicos, outras formas de controle e de interação, ou seja, irá re- querer novas formas de interação. Como essa interação é constante e as pessoas são diferentes umas das outras, pode-se dizer que não exis- tem duas organizações semelhantes e que estas estão em constante adaptação por causa das mudanças de necessidades, de objetivos e de relações mutáveis de poder. 2 Organizações como sistemas sociais São as organizações que desenvolvem quase todos os processos produtivos na sociedade moderna. Por isso, atualmente, passamos a maior parte de nossas vidas nas organizações, e somos dependentes 10 Gestão de Pessoas: a interação entre profissionais e organizações Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . delas para nascer, viver, aprender, trabalhar, obter produtos e serviços, etc. Por isso, as organizações podem ser consideradas sistemas so- ciais intencionalmente construídos e reconstruídos para atingir objeti- vos específicos. PARA SABER MAIS Sistema é um conjunto de elementos dinamicamente relacionados que desenvolvem uma atividade para atingir determinado objetivo ou propó- sito. Todo sistema opera sobre matéria, energia ou informação obtidas do ambiente que constituem os insumos ou entradas (inputs) de recur- sos necessários para que o sistema possa operar. Esses recursos são processados pelas diversas partes do sistema (subsistemas) e trans- formados em saídas ou resultados (outputs) para serem devolvidos ao ambiente. Mas, além de recursos, as organizações precisam de compe- tências. (CHIAVENATO, 2009, p. 13) Os sistemas sociais promovem um dinâmico relacionamento com o ambiente, do qual recebe vários insumos (materiais, energia e informa- ção), transforma-os de diversas formas e exporta produtos. Portanto, é considerado um sistema aberto. 3 Organizações como sistemas abertos Para que possa existir e operar um sistema, ele deverá ocorrer em um determinado ambiente, o qual proporciona os recursos necessários para o seu funcionamento e onde são colocados os resultados. Os sistemas podem ser abertos ou fechados, conforme a maneira como se relacionam com o ambiente. O sistema fechado tem poucas entradas e poucas saídas com relação ao ambiente externo. As máqui- nas, os motores e as tecnologias não exemplos de sistemas fechados, ou seja, eles obedecem às leis da física ao se relacionarem com o ambiente. 11Interação entre organizações e pessoas M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. O sistema aberto apresenta uma variedade de entradas e saídas com relação ao ambiente externo, as quais são bem conhecidas e apresen- tam relações de causa e efeito indeterminadas (CHIAVENATO, 2009). Por isso, esse sistema também é conhecidocomo sistema orgânico. As organizações em geral e os seres vivos, incluindo o homem, são exem- plos de sistemas abertos ou orgânicos. No contexto das organizações, o sistema é aberto porque efetua transações ou intercâmbios com o ambiente que o envolve, recebe in- sumos, apresenta entradas (inputs) e saídas (outputs), principalmente por meio dos produtos e serviços que fornece (BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2010). Esse tipo de sistema atua em contínua interação com seu ambiente, em busca de um equilíbrio dinâmico. Em outras pa- lavras, há a constante entrada, transformação e saída de fluxos. 4 Ambiente e cultura organizacional As organizações, enquanto sistemas abertos, atuam em um ambien- te, o qual pode ser considerado como tudo aquilo que existe ao redor de uma organização. Esse ambiente pode ser geral (macroambiente), ou ambiente de tarefa (microambiente). Fatores econômicos, tecnológi- cos, sociais, políticos, legais, culturais, demográficos, etc., ou seja, tudo o que ocorre na sociedade faz parte do ambiente geral. Já o ambiente de tarefa é aquele específico de cada organização, do qual obtém suas entradas e no qual coloca suas saídas ou resultados. No ambiente de tarefa estão os fornecedores de recursos (materiais, financeiros, humanos, de atividades terceirizadas, etc.) e os clientes ou consumidores; também fazem parte desse ambiente os concorrentes e as entidades regulamentadoras. Nesse ambiente, estão os recursos, os meios e as oportunidades. Também estão as demandas, condições, coações, restrições, desafios, contingências e ameaças à organização. E como cada organização realiza essas atividades de forma própria, po- de-se dizer que tem sua própria cultura organizacional. 12 Gestão de Pessoas: a interação entre profissionais e organizações Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo .PARA SABER MAIS Da mesma maneira que nós, as organizações possuem valores, caracte- rísticas e personalidade, por exemplo, flexibilidade do horário de traba- lho, comprometimento com o meio ambiente, característica inovadora, entre outros. São os pontos-chave que adotam, utilizam e compartilham com o intuito de atingir metas e objetivos. É ela que determina o que é ou não aceito como uma boa prática, seja de trabalho, seja de compor- tamento dos indivíduos que nela atuam. A cultura organizacional surge das tradições, dos costumes e da forma como as coisas são feitas a partir do momento em que a organização passa a existir. Essa cultura normalmente parte dos princípios dos seus fundadores e não traz ne- nhuma ideologia preexistente. (LANGHI, 2017, p. 22) A organização bem-sucedida é capaz de coordenar o trabalho de- senvolvido pelas pessoas que nela atuam de maneira que permita ao sistema operar dentro das restrições, responder às demandas e tirar vantagem das oportunidades que surgem no ambiente, conforme a maneira como estão acostumados a trabalhar, ou seja, em conformi- dade com a cultura da organização. Ao finalizar esse capítulo, podemos observar que as organizações são compostas de pessoas que intera- gem e cooperam umas com as outras, de forma constante, para que possam atingir objetivos comuns. Esse movimento é muito dinâmico, principalmente porque as organizações são sistemas abertos, que rece- bem inputs dos mais diversos, atuando sobre eles e devolvendo outputs por meio de produtos e serviços. E tudo ocorre em um ambiente próprio e único para cada organização, que é o que chamamos de cultura or- ganizacional. Portanto, saber lidar com pessoas em uma organização é fundamental. É isso que justifica a importância da área de Recursos Humanos no contexto das organizações. 13Interação entre organizações e pessoas M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Considerações finais As pessoas passam boa parte de suas vidas nas organizações. As organizações modernas valorizam a cooperação e a interação entre as pessoas que delas fazem parte, que se reúnem para atingirem um objetivo específico. Como são compostas de vários tipos de atividades humanas, as or- ganizações podem ser consideradas como sistemas complexos; por desenvolverem quase todos os processos produtivos de nossa socieda- de, são consideradas como sistemas sociais; e por apresentarem uma grande variedade de entradas e saídas quanto ao ambiente externo, são consideradas sistemas abertos ou orgânicos. Tanto o macroambiente como o microambiente fazem parte dos sis- temas abertos. O primeiro indica tudo o que faz parte da sociedade; e o segundo é composto por fornecedores de recursos, concorrentes e entidades regulamentadoras. No microambiente estão os recursos, os meios, as oportunidades, as demandas, e as ameaças à organização. Dele também faz parte a cultura da organização, ou seja, suas tradições, costumes, procedimentos e formas como as coisas são realizadas. Ao finalizar a leitura do capítulo, esperamos que você tenha compre- endido a importância da área de Recursos Humanos no contexto das organizações e das pessoas. Nos próximos capítulos, exploraremos ou- tros temas para auxiliá-lo na aquisição de competências relacionadas à Gestão de Pessoas. Referências BOHLANDER, George; SNELL, Scott; SHERMAN, Arthur. Administração de re- cursos humanos. São Paulo: Cengage Learning, 2010. CHIAVENATO, Idalberto. Treinamento e desenvolvimento de recursos huma- nos: como incrementar talentos na empresa. Barueri: Manole, 2016a. 14 Gestão de Pessoas: a interação entre profissionais e organizações Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . ________. Administração de recursos humanos: fundamentos básicos. Barueri: Manole, 2016b. ________. Recursos humanos: o capital humano das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. LANGHI, Celi. Gestão de pessoas e comportamento organizacional. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2017. (Série Universitária). 15 M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Capítulo 2 Administração de recursos humanos A área de Gestão de Pessoas é um excelente parceiro estratégico para qualquer tipo de organização. Desde seu surgimento, teve vários nomes: Relações Industriais, Administração de Pessoal, Administração de Recursos Humanos, Administração de Pessoas e, finalmente, Gestão de Pessoas. Por meio de todos os seus componentes, como habilidades, conheci- mentos, atitudes, comportamentos e percepções, dentre outros, as pes- soas são os principais recursos para as organizações. Por serem dotadas de inteligência, criatividade e capacidade de resolução de problemas, de- vem ser reconhecidas como os principais agentes para o desenvolvimen- to de bens de consumo ou serviços. Assim, não podem ser considerados 16 Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e.P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Gestão de Pessoas: a interação entre profissionais e organizações meros recursos como os físicos, financeiros, mercadológicos ou admi- nistrativos. Para facilitar esse processo de gestão, o sistema de Gestão de Pessoas foi subdividido em outros seis subsistemas: agregar, aplicar, recompensar, desenvolver, manter e monitorar pessoas. Neste capítulo, verificaremos um breve histórico sobre o sistema de Gestão de Pessoas e seus principais subsistemas, para que a gestão de uma organização seja realizada de forma estratégica e eficaz. 1 A história da área de Recursos Humanos A história da área de Recursos Humanos surge na Inglaterra, quando padeiros, carpinteiros, trabalhadores de curtumes e outros artesãos for- mavam associações devidamente organizadas, com o objetivo de me- lhorar as condições dos trabalhos que realizavam (IVANCEVICH, 2008). Com a Revolução Industrial, no final do século XVIII, ocorreu a subs- tituição do trabalho manual pelos maquinários e energia a vapor. Isso fez com que surgissem novas condições de trabalho e a modificação da divisão da mão de obra. Surge um novo tipo de funcionário, o chefe, que mesmo não sendo o proprietário da empresa, tornou-se um profissional com certo poder em relação aos demais. Isso provocou certo distancia- mento entre os trabalhadores e os proprietários. No século XIX foram introduzidos os conceitos de gestão científi- ca e de assistência social, com o objetivo de atuar com a ineficácia no trabalho e na gestão, principalmente com a aplicação de métodos de trabalho, estudo de tempo e especialização (IVANCEVICH, 2008). A partir do início do século XX, com o constante crescimento das or- ganizações, houve a necessidade de contratar inúmeros profissionais, o que tornou as tarefas organizacionais mais complexas. Isso provocou o aumento dos tipos de conflitos. Para auxiliar na redução desses con- flitos foi criada a área de Relações Industriais, que tinha por objetivo 17Administração de recursos humanos M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. ser uma espécie de mediadora entre as organizações e as pessoas que nela trabalhavam. A principal função era articular os conflitos que sur- giam entre a alta gestão, detentora do capital da organização, e os salá- rios pagos aos trabalhadores (CHIAVENATO, 2016). O conceito de Relações Industriais mudou com o passar do tem- po e, por volta de 1950, passou a ser chamado de Administração de Pessoal. Além de intermediar desavenças e reduzir conflitos, adminis- trava as ações que as pessoas realizavam nas organizações confor- me a legislação trabalhista proposta na época e, ainda, administravam conflitos gerados pela ação dos sindicatos. A função da Administração de Pessoal, contudo, ainda estava ligada apenas aos operários e fun- cionários operacionais e se caracterizava por ser uma unidade de ma- nutenção de registros. Alguns anos depois, esse conceito foi novamente ampliado, principal- mente em função da obsolescência gradativa da legislação trabalhista e o crescimento desproporcional dos desafios nas organizações. Como as pessoas começaram a ser percebidas como recursos necessários e fun- damentais para o sucesso organizacional, por volta de 1970 surge o con- ceito de Administração de Recursos Humanos. Nesse período, as pes- soas ainda eram vistas como recursos produtivos, ou agentes passivos, que atuavam somente mediante o planejamento e controle em função das necessidades organizacionais que deveriam ser gerenciadas pela própria organização ou por um departamento indicado para isso. Com os adventos promovidos pela globalização da economia, competitividade nos negócios, dinamismo das mudanças e altera- ções constantes no ambiente de trabalho, as organizações percebe- ram que não basta administrar recursos humanos ou pessoas. Essas organizações perceberam que seus colaboradores não eram simples agentes passivos do processo de produção e sim os principais ato- res para sua evolução, que empregam sua inteligência e suas com- petências para desenvolverem novos produtos e serviços e, assim, 18 Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Gestão de Pessoas: a interação entre profissionais e organizações impulsionarem a competitividade no mercado em que atua. Assim, de acordo com Chiavenato (2016), essa área passou a ser conhecida como Administração de Pessoas, indicando que as pessoas são parceiras e não apenas recursos das organizações. Nos últimos anos, ao perceberem que os profissionais são os princi- pais agentes do desenvolvimento organizacional e dada a importância do desenvolvimento, manutenção e gestão do conhecimento nas orga- nizações para que sejam cada vez mais competitivas, surge uma nova alteração do termo Administração de Pessoas para Gestão de Pessoas ou Gestão com Pessoas. 2 Subsistemas de Gestão de Pessoas Administrar uma organização é a maneira de fazer com que as coi- sas sejam realizadas da melhor forma possível, por meio dos recursos disponíveis, para que os objetivos possam ser atingidos. Esses recursos são diversificados e complexos. Podem ser de propriedade da própria organização, ou obtido por meio de empréstimo, aluguel ou locação. Cabe aos profissionais que atuam nas organizações decidirem quais os melhores recursos com os quais pretendem trabalhar. Dentre os principais recursos utilizados estão os recursos físicos (espaço físico, prédios, edifícios e terrenos, o processo produtivo, etc.); recursos financeiros (capital, fluxo de caixa, empréstimos, financiamen- tos, créditos, etc.); recursos humanos (pessoas que atuam em qualquer nível nas organizações); recursos mercadológicos (contato e influência junto aos clientes e usuários); recursos administrativos (atividades que são planejadas, organizadas, dirigidas e controladas). Cabe à área de Gestão de Pessoas de uma organização atuar da me- lhor forma possível com seus recursos humanos. Portanto, essa área pode ser considerada como um sistema composto de vários subsiste- mas, como pode ser observado na figura 1, a seguir. 19Administração de recursos humanos M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Figura 1 – Sistema de Gestão de Pessoas Ge st ão d e Pe ss oa s Recrutamento Seleção Integração Processos de agregar pessoas Modelagem do trabalho Avaliação do desempenho Processos de aplicar pessoas Remuneração Benefícios Incentivo Processos de recompensar pessoas Higiene e segurança Qualidade de vida Relações com empregados e sindicatos Processos de manter pessoas Treinamento Desenvolvimento Aprendizagem Gestão do conhecimento Processo de desenvolver pessoas Banco de dados Sistemas de informações gerenciais Processos de monitorar pessoas Fonte: Chiavenato (2014, p. 14). A seguir, vamos apresentar cada um desses subsistemas conforme apresentado por Chiavenato (2014). • Agregar pessoas: envolve o recrutamento e a seleção de pes- soas, ou seja, a busca de adequação entre aquilo que a organi- zação pretende e aquilo que as pessoas oferecem. Constitui as rotas de ingresso das pessoas nas organizações. Cada organi- zação codifica as características humanasque são importantes para o alcance dos objetivos organizacionais e para a sua cultura 20 Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Gestão de Pessoas: a interação entre profissionais e organizações interna e passa a escolher aquelas pessoas que melhor se adap- tam a esses requisitos. • Aplicar pessoas: envolve a aplicação de ações junto aos profis- sionais, para que ocorra a melhoria de competências, visando o desenvolvimento de atividades profissionais de forma mais ade- quada e efetiva. Faz parte dessas ações, o desenho de cargos (estrutura de cargos que faz parte integrante do formato estrutu- ral da organização) e a avaliação de desempenho (verificação da contribuição que os indivíduos trazem para o alcance dos objeti- vos organizacionais). • Recompensar pessoas: é uma retribuição, prêmio ou reconheci- mento pelos serviços prestados pelas pessoas que atuam nas or- ganizações. As recompensas podem ser financeiras (salário, prê- mios, comissões, períodos de férias, gratificações, horas extra, o 13o salário, valores decorrentes dos benefícios concedidos, etc.); e não financeiras (oportunidades de desenvolvimento na empre- sa, realização de cursos externos, reconhecimento dos superio- res e pares, segurança no emprego, qualidade de vida no trabalho, orgulho da empresa e do trabalho que realiza, promoções, auto- nomia no trabalho, etc.). Portanto, faz parte desse subsistema de recursos humanos a remuneração, os benefícios e os serviços. • Desenvolver pessoas: envolve o treinamento, o desenvolvimento e o aperfeiçoamento das competências, das capacidades e das motivações dos funcionários, a fim de torná-los membros valio- sos para a organização. Esse desenvolvimento inclui não apenas o treinamento, mas também os processos de gestão de mudan- ças de carreira, os processos de comunicação interna e externa que dizem respeito à organização, e outros tipos de experiências. • Manter pessoas: são as ações praticadas nas organizações para que as pessoas queiram trabalhar nela, evitando o turn over 21Administração de recursos humanos M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. (demissões e contratações em curtos períodos de tempo). Para isso, é necessário encontrar alguns itens que são capazes de pro- mover a motivação desses profissionais no local onde trabalham. Faz parte desse subsistema disciplina, higiene, segurança, quali- dade de vida no trabalho e relações sindicais. • Monitorar pessoas: envolve o processamento de informações sobre as pessoas para que se possa tomar decisões eficazes e adequadas. Quanto mais informações forem disponibilizadas so- bre os profissionais que atuam nas organizações, mais certezas terá ao tomar decisões complexas. Faz parte desse subsistema, Banco de Dados e Sistemas de Informações Gerenciais. Os subsistemas de Gestão de Pessoas são fundamentais para que haja o alinhamento entre as necessidades das organizações e a adequa- ção dos recursos humanos em atenderem a essas necessidades. Eles de- vem atuar de forma encadeada no contexto organizacional, uma vez que poderão interferir no desenvolvimento e implementação do planejamento estratégico das organizações. Nos próximos capítulos desse livro, apre- sentaremos as principais atividades desempenhadas pelos subsistemas. Considerações finais Neste capítulo, verificamos que as pessoas são os principais agentes para que as organizações atinjam suas metas. Mais do que recursos, os profissionais devem fazer parte de um sistema de Gestão de Pessoas, que é composto de vários subsistemas relacionados a agregar, aplicar, recompensar, desenvolver, manter e monitorar pessoas. Mais do que recursos físicos, financeiros, mercadológicos ou admi- nistrativos, as pessoas trazem para as organizações suas competên- cias, conhecimentos, habilidades, atitudes, percepções e comporta- mentos. Elas desempenham papéis e realizam atividades em busca das metas organizacionais desejadas. 22 Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Gestão de Pessoas: a interação entre profissionais e organizações Referências CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos huma- nos nas organizações. Barueri: Manole, 2014. ________. Administração de recursos humanos: fundamentos básicos. Barueri: Manole, 2016. IVANCEVICH, John M. Administração de recursos humanos. São Paulo: McGraw-Hill, 2008. 23 M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Capítulo 3 Captação de pessoas: recrutamento Uma das principais caraterísticas do mundo contemporâneo é a ve- locidade com que as mudanças ocorrem. Atualmente as informações ultrapassam as fronteiras geográficas e promovem o movimento da globalização. Com isso o mundo se torna cada vez mais complexo no que diz respeito à competitividade; ao fluxo intenso de informações; ao acelerado desenvolvimento tecnológico; à ampliação das fronteiras geográficas; aos movimentos de cooperação, parcerias e alianças; à elevação da consciência de cidadania do consumidor; à customização; à conscientização de degradação dos recursos naturais; à necessidade de se compor parcerias; à importância de se compor blocos econômi- cos; e ao fortalecimento de regionalismos, dentre outros. 24 Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Gestão de Pessoas: a interação entre profissionais e organizações Essas mudanças impactaram fortemente na oferta e procura tanto no mercado de trabalho, quanto no mercado de Recursos Humanos. Por isso, neste capítulo, vamos analisar como esses dois mercados vêm se desenvolvendo, e como as organizações realizam seus proces- sos de captação de pessoas por meio do recrutamento. 1 O mercado de trabalho e o mercado de Recursos Humanos O mercado de trabalho e o mercado de Recursos Humanos signifi- cam, respectivamente, o espaço de transações entre as organizações que oferecem ofertas de oportunidades de trabalho; e o conjunto de candidatos às vagas que são oferecidas ou ao emprego. O mercado de trabalho é dinâmico e sofre constantes mudanças provindas de vários fatores: necessidades organizacionais, mercado globalizado, crescimento econômico, natureza e qualidade dos cargos oferecidos, produtividade e regulamentações e restrições propostas na legislação trabalhista, dentre outros. Quando as oportunidades de tra- balho são maiores do que a procura por elas, ou seja, quando há mais oferta de trabalho, os profissionais disponíveis são insuficientes para preencherem as vagas em aberto. Quando as oportunidades de traba- lho são menores do que a procura por elas, são os profissionais que devem disputar empregosno mercado. O comportamento das pessoas é influenciado pelas características desse mercado. Quando há a condição de oferta ou de oportunidades de emprego, os profissionais podem escolher e selecionar as melhores oportunidades de trabalho. Isso também estimula, muitas vezes, esses profissionais a deixarem seus empregos em busca de outros. Contudo, quando o mercado de trabalho está em situação de procura, ocorre a escassez de vagas e de oportunidades de emprego, há muita concor- rência entre empregados, as pessoas procuram se fixar nos empregos atuais e evitam criar atritos (CHIAVENATO, 2014). 25Captação de pessoas: recrutamento M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. O mercado de Recursos Humanos, também chamado de mercado de candidatos, diz respeito aos profissionais que estão dispostos a traba- lhar ou que gostariam de encontrar um outro emprego. Esse mercado é constituído de pessoas que oferecem habilidades, conhecimentos e des- trezas. Ele pode estar em situação de oferta, quando há a abundância de candidatos, ou de procura, quando há a escassez de profissionais. As práticas de Recursos Humanos e os comportamentos dos profissionais e dos candidatos são fortemente influenciados por esse mercado. 2 Planejamento de pessoal O planejamento de pessoal no contexto de uma organização deve ser dinâmico, e envolve tanto o processo quanto um conjunto de planos. “[...] Trata-se da análise futura feita pela organização visando ao forne- cimento e à demanda de recursos humanos [...]” (IVANCEVICH, 2008, p. 129). É um processo que envolve antecipar e fazer provisão para a movimentação das pessoas nas organizações. Por meio dele é possível determinar as competências necessárias e a quantidade de profissio- nais para ocuparem determinados cargos, em um certo período de tem- po, visando atender os objetivos e as metas organizacionais. A partir daí é que devem ser tomadas as decisões quanto ao recrutamento de novos profissionais, promoções, transferências ou demissões. De acordo com Bohlander e Snell (2015), os três principais elemen- tos que envolvem o planejamento de pessoal são: 26 Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Gestão de Pessoas: a interação entre profissionais e organizações Figura 1 – Principais elementos do planejamento de pessoal Previsão de demanda de funcionários Número e características dos profissionais para atender aos objetivos e metas da organização. Essa previsão pode ser influenciada pelas estratégias competitivas, tecnologia, estrutura e produtividade da organização. Equilíbrio das considerações de oferta e demanda Baseiam-se nas tendências previstas nas atividades das organizações e a determinação de onde encontrar os candidatos com as qualificações exigidas para preencher as vagas. Execução de uma análise de oferta Verificação se há na organização funcionários disponíveis em tipo e número suficientes para preencher as vagas previstas, ou se há a necessidade de contratação de outros profissionais. Isso envolve acompanhar os níveis atuais e fazer projeções futuras. ELEMENTOS DO PLANEJAMENTO DE PESSOAL Fonte: adaptado de Bohlander e Snell (2015). A seguir analisaremos como ocorrem os processos de recrutamento de profissionais para que ocupem cargos específicos nas organizações. 3 Conceitos de recrutamento O recrutamento indica o processo pelo qual as organizações atraem candidatos do mercado de Recursos Humanos para que participem de seus processos seletivos. É um processo que comunica e divulga opor- tunidades de emprego, e atrai candidatos para participarem do processo seletivo. É um conjunto de atividades que tem por finalidade atrair can- didatos devidamente qualificados para atuarem em uma organização. PARA SABER MAIS Recrutamento é o processo de localizar e incentivar candidatos potenciais a disputar vagas existentes ou previstas. Durante esse processo, tenta-se informar plenamente os candidatos sobre as qualificações exigidas para o desempenho do cargo e as oportunidades de carreira que a empresa 27Captação de pessoas: recrutamento M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. pode oferecer aos funcionários. O preenchimento de determinada vaga por alguém de dentro ou de fora da empresa dependerá da disponibilida- de do pessoal, das políticas de Recursos Humanos e dos requisitos do cargo a ser preenchido. (BOHLANDER; SNELL, 2015, p. 76) 4 Tipos de recrutamento O recrutamento pode ser do tipo interno ou externo. O interno pro- cura atrair os funcionários que já atuam na organização, para que se- jam promovidos, ou seja, e ocupem cargos mais elevados e complexos, mas dentro da mesma área de atividade do profissional. Também pode propor transferências para cargos de mesmo nível, mas que envolvam outras habilidades e conhecimentos e que estejam em outra área de atividade na organização. O recrutamento externo busca por profissionais no mercado de Recursos Humanos, ou seja, que ainda não atuam na referida organiza- ção. Esses profissionais são incentivados a participarem de um proces- so de seleção de pessoal. Deve ser realizado de forma precisa e eficaz para que possa alcançar e atrair os profissionais que tenham as com- petências desejadas. 5 Técnicas de recrutamento As técnicas de recrutamento interno abrangem um contingente co- nhecido de funcionários e por isso podem ocorrer por meio da ação direta de um profissional que ocupa um cargo superior ao do candida- to à promoção ou transferência, ou por mecanismos de comunicação organizacional, eletrônicos ou impressos, como: e-mail, chats, intranet, memorandos, quadros, murais, etc. 28 Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Gestão de Pessoas: a interação entre profissionais e organizações Como o recrutamento externo deverá abordar um contingente mui- to maior, que se encontra espalhado em todo o mercado de Recursos Humanos, requer técnicas de recrutamento diferenciadas para influen- ciar e atrair os candidatos. De acordo com Chiavenato (2014), as principais técnicas de recruta- mento externo utilizadas são: • Anúncios na mídia: deve ser atrativo, despertar o interesse do candidato, criar o desejo, apresentando os benefícios oferecidos, principalmente no que diz respeito à oportunidade de crescimen- to na carreira. • Recrutamento eletrônico: é uma alternativa relativamente bara- ta, que atinge um grande número de pessoas qualificadas e que podem estar em qualquer região do mundo. Há vários sites que facilitam esse processo. • Eventos especiais de recrutamento: ocorrem por meio de feiras de recrutamento, agendamento de visitas à sede da organização, distribuição de literatura corporativa e divulgação de participação em eventos utilizando mídias em geral. • Agências de recrutamento: contatar agências tanto para consultar seus bancos de dados como para atuarem como intermediárias no processo de recrutamento. Há agências que atuam com diversosníveis de cargos: técnicos, gerenciais, altos executivos, etc. • Contatos em escolas, universidades e agremiações: divulgações de vagas por meio de palestras, propagandas institucionais ou outros eventos para identificar candidatos em potencial, mesmo que não haja oportunidades a curto prazo. As organizações tam- bém podem promover estágios em períodos de férias escolares ou expediente de meio período durante o ano letivo. 29Captação de pessoas: recrutamento M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. • Cartazes ou anúncios em locais visíveis: é um veículo estático, indicado para cargos mais simples. Geralmente é colocado em locais próximos da organização e em locais de grande movimen- tação de pessoas (ônibus, trens, metrôs). • Apresentação de candidatos por indicação de funcionários: in- dicação de pessoas conhecidas dos profissionais que já atuam na organização. • Consulta aos arquivos de candidatos: banco de dados que cata- loga candidatos que se apresentaram espontaneamente ou que participaram de recrutamentos anteriores. • “Banco de dados de candidatos”: arquivos de curriculum vitae de candidatos que não foram aproveitados em recrutamentos anteriores. É importante lembrar que algumas redes sociais como LinkedIn e Facebook também são utilizadas para auxiliar nesse processo de re- crutamento externo. As técnicas de recrutamento interno e externo geralmente são empregadas de forma simultânea para que as organizações possam obter o máximo de informações sobre candidatos em potencial para ocuparem as vagas disponíveis. Esse processo é denominado de re- crutamento misto Considerações finais Neste capítulo, verificamos que o mercado de trabalho e o mercado de Recursos Humanos são dois elementos fundamentais para a pro- moção da empregabilidade, principalmente porque ambos atuam com processos de oferta de vagas para trabalhadores nas organizações e de profissionais dispostos a atuarem nessas vagas. 30 Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Gestão de Pessoas: a interação entre profissionais e organizações Para que essa oferta e essa procura por vagas de trabalho sejam rea- lizadas de forma eficaz, é importante que as organizações desenvolvam seus planejamentos de pessoal para que possam identificar o perfil e o número de profissionais dos quais necessitará para atingir suas metas em períodos de médio e longo prazo. Um bom planejamento auxiliará o processo de recrutamento interno das organizações, o qual poderá realizar promoções ou transferências, se for o caso, antes de se pensar em processos de demissão. Também auxiliará nos processos de recrutamento externo, permitindo que a área de Recursos Humanos tenha mais tempo para atrair e identificar o pro- fissional com o melhor perfil para ocupar cargos específicos. As técni- cas de recrutamento podem ser fortes aliadas nesse processo. Referências BOHLANDER, George; SNELL, Scott. Administração de recursos humanos. São Paulo: Cengage Learning, 2015. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos huma- nos nas organizações. Barueri: Manole, 2014. IVANCEVICH, John M. Gestão de recursos humanos. São Paulo: McGraw-Hill, 2008. 31 M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Capítulo 4 Seleção de pessoas Cada organização codifica as características humanas que são im- portantes para o alcance de seus objetivos organizacionais e para a sua cultura interna e assim passa a escolher aquelas pessoas que as pos- suem em elevado grau. O processo seletivo indica a busca de adequa- ção entre aquilo que a organização pretende e aquilo que as pessoas oferecem. Trata-se de uma escolha recíproca: as organizações escolhem as pessoas que pretendem engajar e as pessoas escolhem as organiza- ções onde pretendem trabalhar. Em uma abordagem mais tradicional, onde predomina o enfoque operacional e burocrático, a seleção de pes- soas obedece a um conjunto de rotinas e procedimentos executados de 32 Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Gestão de Pessoas: a interação entre profissionais e organizações maneira sequencial. A ação é micro-orientada, ou seja, o que interessa é o cargo que está sendo focalizado. O modelo é vegetativo pelo fato de buscar a ocupação da vaga e manter o status quo da organização. Há forte ênfase na eficiência, isto é, na execução correta dos procedimentos de seleção. Há pouca liberdade de decisão para os gerentes de linha. Já na abordagem moderna o que mais importa é o enfoque estraté- gico, ou seja, o processo de selecionar pessoas é um meio de servir às necessidades organizacionais a longo prazo. A ação é macro-orientada, pois transcende cada cargo e envolve a organização como uma totali- dade. É um modelo incremental pelo fato de buscar a melhoria contínua do capital intelectual e agregar novos valores aos ativos intangíveis da organização. Há forte ênfase na eficácia, pois há a busca de aquisição de novas habilidades e competências que permitam à organização rea- lizar sua missão e alcançar seus objetivos globais. Neste capítulo, vamos aprender como ocorre o processo de seleção nas organizações, verificar quais são as principais técnicas que podem ser utilizadas para que esse processo seja mais efetivo, como avaliar esse processo e, ainda, como podemos integrar de forma apropriada o novo funcionário na organização. 1 Conceitos de seleção A seleção de profissionais para atuarem em uma organização repre- senta a escolha do melhor candidato para o cargo. Ela funciona como um filtro por meio do qual apenas as pessoas que apresentam as carac- terísticas desejadas ingressarão. Essa escolha geralmente ocorre a partir de uma lista de candidatos previamente recrutados. A área de Recursos Humanos em conjunto com os gerentes e suas equipes analisam as características do profissional que melhor alcança os critérios desejados para a posição disponível. 33Seleção de pessoas M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. PARA SABER MAIS Seleção é o processo por meio do qual a organização escolhe, com base em uma relação de candidatos, aquele ou aqueles que atendem melhor aos critérios de seleção para preencher as posições disponíveis, levando em conta as condições ambientais do momento. [...] a escolha dos profissionais a serem contratados também deve ser feita de modo adequado e dentro dos limites estabelecidos pela legislação de promo- ção de oportunidades iguais de emprego. Portanto, existem várias me- tas associadas ao processo de seleção organizacional. (IVANCEVICH, 2008, p. 214) A base do processo seletivo são os dados e informações sobre o cargo que deverá ser preenchido. É necessário que haja clareza e obje- tividade a respeito das características quese espera que os candidatos apresentem para que o processo seletivo seja mais efetivo. Por isso, antes de avaliar os curricula vitae (documento que agrupa informações pessoais, profissionais e acadêmicas), entrevistar candidatos ou aplicar qualquer teste relacionado ao trabalho, é necessário entender o contex- to para o qual se contratará um novo profissional. Essas informações são necessárias para que os profissionais que atuam com seleção levem em consideração as características indivi- duais apresentadas pelos candidatos, uma vez que elas interferem nos comportamentos, percepção de determinadas situações e, princi- palmente, no desempenho. A forma como as pessoas aprendem uma determinada tarefa e como a executam posteriormente depende des- sas características. Por isso, cabe ao processo de seleção fornecer um diagnóstico sobre as competências e potencialidades dos candidatos escolhidos, bem como um prognóstico futuro a respeito do tempo de aprendizagem e nível de execução apresentado. Nos processos de seleção, os candidatos passam por várias etapas, como análise preliminar do curriculum vitae e demais documentos dis- poníveis, entrevistas, testes, verificação de referências e recomendações 34 Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Gestão de Pessoas: a interação entre profissionais e organizações e exame médico. À medida que são bem-sucedidos, os candidatos pas- sam para etapas posteriores; caso contrário, saem do processo. Essas etapas contam com vários tipos de técnicas sendo que, nas etapas iniciais estão as técnicas mais simples, mais econômicas e mais fáceis de serem aplicadas. Nas etapas finais estão as técnicas mais caras e sofisticadas. Geralmente o processo seletivo utiliza uma com- binação de várias técnicas conforme as necessidades do cargo a ser preenchido (IVANCEVICH, 2008). 2 Técnicas de seleção O uso de técnicas de seleção apropriadas é fundamental para conhe- cer e escolher os candidatos mais adequados para determinadas vagas. As técnicas podem ser agrupadas em cinco categorias: entrevista, provas de conhecimento ou capacidade, testes psicométricos, testes de personalidade e técnicas de simulação. Vamos conhecer cada uma dessas técnicas: • Entrevista: é a técnica mais utilizada por ser um processo de co- municação entre duas ou mais pessoas que interagem para se conhecerem melhor. Geralmente são aplicados estímulos para se verificar quais serão as reações dos candidatos e se essas são aderentes às necessidades organizacionais. Mesmo sendo sub- jetiva e imprecisa, a entrevista pessoal é a que mais influencia na decisão final pela escolha de um candidato. • Provas de conhecimento ou capacidade: são instrumentos para avaliar o nível de conhecimentos gerais e específicos exigidos pelo cargo a ser preenchido, bem como o desempenho apresen- tado pelo candidato. Podem ser classificadas pela forma de apli- cação – orais, escritas ou de realização; pela abrangência – ge- rais ou específicas; pela organização – tradicionais (dissertativas ou expositivas) ou objetivas (testes). 35Seleção de pessoas M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. • Testes psicométricos: é uma medida objetiva e estandardizada de uma amostra do comportamento no que diz respeito à presen- ça de aptidões nas pessoas, com a finalidade de prever seu com- portamento em determinadas formas de trabalho. Utilizando-se de dados estatísticos, mede as aptidões individuais para oferecer um prognóstico futuro do potencial de desenvolvimento. • Testes de personalidade: revelam certos aspectos das caracte- rísticas superficiais das pessoas, principalmente os que são de- terminados pelo caráter (traços adquiridos) e pelo temperamento (traços inatos). • Técnicas de simulação: são realizadas por meio de dinâmicas de grupos e substituem o método verbal ou de execução pela ação social. Trabalha com o contexto dramático, por meio da represen- tação de papéis, para que se possa prever como o candidato agi- ria em uma situação real. A partir da aplicação dessas técnicas é possível avaliar os tipos de comportamentos e os resultados apresentados pelos candidatos du- rante o processo de seleção. Os principais tipos de avaliação são: • objetiva: inclui métodos baseados em resultados mensuráveis ou resultados imparciais de comportamento. • subjetiva: inclui métodos que envolvem julgamentos humanos do desempenho, costumam ser mais incertos. • subjetiva absoluta: envolve comparar o desempenho de um empre- gado com o de um “modelo” descrito na declaração de desempenho. • subjetiva relativa: compara o desempenho de um empregado com o desempenho de um outro para determinar o nível de desempenho. 36 Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Gestão de Pessoas: a interação entre profissionais e organizações 3 Avaliação dos processos de seleção As formas de aplicação dos processos de seleção devem ser ana- lisados constantemente para que se verifique se estão realmente se- lecionando os melhores candidatos para a organização. Essa análise deverá envolver a eficiência e eficácia do processo. Para Chiavenato (2014) a eficiência indica o saber entrevistar bem, aplicar testes de co- nhecimentos que sejam válidos e precisos, ser rápido e ágil, contando com um baixo custo operacional, envolvendo tanto a gerência como as equipes no processo de escolha. A eficácia indica trazer os melhores talentos para a empresa e contribuir para torná-la melhor por meio da aquisição de profissionais qualificados. Para saber se o processo de seleção foi eficiente e eficaz é necessá- rio medir e avaliar os resultados apresentados. Isso é necessário para corrigir inadequações e ajustar o funcionamento do processo para me- lhorá-lo. Algumas empresas utilizam o quociente de seleção para medir a eficácia desse processo, conforme podemos observar na figura 1. Figura 1 – Quociente de Seleção No de candidatos admitidos N 0 o de candidato Q i . n S. s exam ados x 10= Fonte: Chiavenato (2014, p. 192). “O quociente de seleção (selection ratio) é o resultado da proporção entre o número de pessoas admitidas e o número de candidatos subme- tidos às técnicas de seleção.” (CHIAVENATO, 2014). Quando o quociente de seleção diminui é porque o processo de seleção de pessoas foi efi- ciente. Em geral, ele sofre alterações provocadas pela situação de oferta e procura no mercado de trabalho e no mercado de Recursos Humanos. 37Seleção de pessoas M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. 4 Integração de pessoal Após passar por todos os processos e técnicas planejados, os can- didatos que parecem ser mais promissores são encaminhados aos departamentos que estão oferecendo as vagas, para serem entrevis- tados pelo profissional que tomará a decisão final pela contratação. Na sequência o candidato geralmente é encaminhado para a contratação. Geralmente essa tarefa fica a cargo da área de Recursos Humanos (BOHLANDER;SNELL 2015). É importante lembrar, contudo, que o processo de seleção ainda não foi concluído. É necessário que haja um processo de adaptação do fun- cionário à empresa e ao cargo que ocupará. Esse processo é chamado de Programa de Integração de Pessoal que consiste em várias ações que fornecem informações e treinamentos, visando o ajuste ao ambien- te organizacional e às tarefas que serão exigidas no cargo. Toda empresa tem uma rotatividade mínima de profissionais. Isso significa que há sempre funcionários saindo e novos funcionários en- trando. Esses novos funcionários habitualmente deverão passar pelos Programas de Integração de Pessoal para se aclimatarem à cultura organizacional o mais rápido possível, para que a produtividade seja potencializada. Por isso, cabe às organizações estimularem processos contínuos de adaptação e acolhimento para seus novos funcionários. A integração deve ser vista como uma ótima oportunidade para capacitar e qualificar os recém-chegados, visando o bom desempenho de suas atribuições. Considerações finais O processo seletivo oferece importantes resultados para as organiza- ções: adequação das pessoas ao cargo, rapidez na integração do novo 38 Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Gestão de Pessoas: a interação entre profissionais e organizações empregado às suas funções, melhoria gradativa do potencial humano, estabilidade e permanência das pessoas na organização, aumento do rendimento e da produtividade, melhoria do nível das relações humanas, menores investimentos com treinamento. Para os profissionais também promove resultados importantes, como: aproveitamento das habilidades e características, favorecimento do sucesso do potencial no cargo, eleva a satisfação por aliar cada pes- soa à atividade a ela indicada, evita perdas futuras de substituição de pessoas pelo insucesso no cargo. Por isso, as organizações devem investir esforços em manter equipes de seleção sempre atualizadas e atentas às estratégias organizacionais que visam atingir as metas propostas, para que possam selecionar os can- didatos mais adequados e que realmente possam contribuir para esses esforços. Essas equipes também devem ser capacitadas para avaliarem o processo de seleção de forma constante e para proporem Programas de Integração de Pessoal adequados à realidade organizacional. Referências BOHLANDER, George; SNELL, Scott. Administração de recursos humanos. São Paulo: Cengage Learning, 2015. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos huma- nos nas organizações. Barueri: Manole, 2014. IVANCEVICH, John M. Gestão de recursos humanos. São Paulo: McGraw-Hill, 2008. 39 M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Capítulo 5 Gestão e avaliação de desempenho O desempenho humano é fundamental para que as organizações possam atuar de forma adequada junto ao mercado. Ele indica as ta- refas que os profissionais realizam, conforme as atribuições dos car- gos que ocupam, e as competências que possuem para realizá-las de forma adequada. Para que as metas das empresas estejam alinhadas com o desem- penho dos funcionários, os gestores, supervisores e demais executivos desenvolvem a Gestão de Desempenho. Por meio dela é que se cria um ambiente de trabalho adequado para que os profissionais possam reali- zar o melhor de suas habilidades, a fim de alcançar as metas da empresa. 40 Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Gestão de Pessoas: a interação entre profissionais e organizações Para isso é necessário que a organização apresente, de forma cla- ra e objetiva, qual é o desempenho esperado, avalie esse desempenho e forneça feedback para que os funcionários possam melhorar cada vez mais a sua atuação. Esse processo é chamado de avaliação de desempenho. Neste capítulo, vamos analisar, primeiramente, o conceito de desem- penho humano nas organizações, para depois verificarmos quem faz a avaliação desse desempenho, quais os métodos mais utilizados e como ocorre a gestão por competências. 1 Conceito de desempenho humano nas organizações O desempenho humano nas organizações indica a execução de ta- refas pelos profissionais que nela atuam, e que visam atingir as metas e os resultados que deverão ser alcançados. É a aplicação direta dos po- tenciais dos profissionais frente às tarefas que são de sua responsabi- lidade. As tarefas e as atividades podem ser realizadas individualmente ou em grupos de trabalho. De acordo com Marras (2011), o desempenho é diretamente propor- cional ao “querer fazer”, ou à motivação de cada pessoa; e ao “saber fazer”, que corresponde à condição cognitiva ou experiências que faz com que se realize algo com mais facilidade. As organizações modernas não têm mais tempo para se preocupar com desempenhos sofríveis ou abaixo da média. Elas precisam de pro- fissionais que atuam com excelência em todos os momentos, principal- mente por causa da competitividade provocada pelo mundo globaliza- do (CHIAVENATO, 2014). 41Gestão e avaliação de desempenho M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. 2 Como avaliar pessoas nas organizações Avaliar pessoas não é uma tarefa simples, principalmente porque a obtenção de dados objetivos muitas vezes fica prejudicada pelos aspec- tos subjetivos que envolvem esse processo. Por isso, o avaliador deve obter dados tanto quantitativos como qualitativos (MARRAS, 2011, p. 167). Os dados quantitativos envolvem o planejamento estratégico; defini- ção dos objetivos das unidades; combinação dos objetivos, indicadores e padrões de desempenho esperados com a equipe de trabalho ou de forma individual; acompanhamento dos resultados; e avaliação dos re- sultados conquistados. Os dados qualitativos são obtidos por meio do acompanhamento do processo de trabalho executado pelos funcionários, com o objetivo de fornecer feedback constante. Nesse caso, são avaliados o comporta- mento, as competências ou os resultados da pessoa, tendo como parâ- metro os alvos desejados. As organizações modernas, que realmente se preocupam com os pro- cessos de avaliação e compreendem que seus resultados são fundamen- tais para a revalidação de seu planejamento, atuam não apenas com os gestores, mas também com outros profissionais nesse processo. De acordo com Bohlander e Snell (2015), os avaliadores podem ser supervisores, colegas, integrantes de equipe, o próprio funcionário, su- bordinados e clientes. A seguir, apresentamos quais são as contribui- ções que esses avaliadores trazem para o processo de avaliação de desempenho em geral. • Avaliação realizada pelo gerente: fornece elementos confiáveis quando o líder trabalha próximo do avaliado. Em muitas empre- sas, principalmente as que adotam equipes virtuais de trabalho e home office, os subordinados podem estar distantes, o que difi- culta uma observação. 42 Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ado em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Gestão de Pessoas: a interação entre profissionais e organizações • Autoavaliação: promove o aumento da participação do funcioná- rio no processo, principalmente porque promove uma reflexão so- bre o próprio desempenho. É consistente quando a organização pratica valores como autogerenciamento, autonomia e confiança. Geralmente é complementada pela avaliação do gestor. • Avaliação do subordinado: os subordinados avaliam o desempe- nho de seu gestor e fornecem feedback sobre sua atuação. Esse processo, embora exija muita maturidade e confiança na relação, é muito rico porque poderá abordar questões como: reação a crí- ticas, temperamento, segurança na condução dos objetivos, jus- tiça e respeito no trato com a equipe, escolha entre urgência e importância, inovação. Pode ser também um meio eficaz para os profissionais aprenderem a receber feedback. • Avaliação de pares: profissionais do mesmo nível hierárquico ava- liam-se mutuamente. Os pares podem ser da mesma equipe ou de outras, desde que tenham conhecimento sobre as atividades desenvolvidas pelos colegas. • Avaliação de equipe: é uma extensão da avaliação de pares. Embora haja uma posição de igualdade entre si, o trabalho pode não ser desenvolvido em conjunto. Daí se avaliar a contribuição de cada um no desenvolvimento do trabalho integral. • Avaliação do cliente: o cliente avalia os profissionais com quem atuou diretamente, fazendo apontamentos sobre pontos relevan- tes sobre o relacionamento estabelecido e a qualidade dos servi- ços prestados. • Avaliação 360 graus: considerada como um dos tipos mais efica- zes de avaliação, procura reunir em um único processo todos os tipos de avaliação anteriores. Tem por objetivo tornar a avaliação e o feedback um processo mais completo, uma vez que as obser- vações são oriundas de várias fontes. 43Gestão e avaliação de desempenho M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Apesar da atuação de vários tipos de avaliadores, não podemos es- quecer que é o desempenho dos profissionais que está em análise e, para isso, os padrões pelos quais esse desempenho será avaliado devem ser definidos com clareza e comunicados de forma ampla para todos os en- volvidos. Também deverão ser empregados modelos ou métodos confor- me o tipo de gestão de desempenho adotado pela organização. 3 Modelos de avaliação de desempenho A avaliação de desempenho é um instrumento utilizado pelas orga- nizações para mensurar quais foram os resultados obtidos por um pro- fissional ou grupos de trabalho, em determinados períodos de tempo, e conforme a área de atuação desse profissional. Os principais modelos ou métodos utilizados para a avaliação de de- sempenho são os métodos de traços ou características de personalida- de, comportamentos e resultados (BOHLANDER; SNELL, 2015). Os métodos de características de personalidade destinam-se a me- dir o grau em que o funcionário apresenta características como con- fiabilidade, criatividade, iniciativa e liderança. São métodos fáceis de serem desenvolvidos, mas devem ter por base a análise do cargo para que não sejam realizadas de forma subjetiva ou tendenciosa. O quadro 1 apresenta exemplos e características deste tipo de método. Quadro 1 – Métodos de características de personalidade TIPO DE MÉTODO CARACTERÍSTICAS Escalas de classificação gráfica Cada característica ou traço avaliado é representado por uma escala. O avaliador indica o grau em que o funcionário possui esse traço. Escalas de padrão misto É uma modificação das escalas de classificação gráfica, em que, em vez de avaliar traços de acordo com uma única escala, o avaliador recebe três descrições específicas de cada traço, que refletem três níveis de desempenho: superior, médio e inferior. (cont.) 44 Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Gestão de Pessoas: a interação entre profissionais e organizações TIPO DE MÉTODO CARACTERÍSTICAS Método de escolha forçada O avaliador deverá escolher afirmações, muitas vezes em pares, que pareçam ser igualmente favoráveis ou desfavoráveis. As sentenças devem distinguir entre o sucesso ou insucesso no desempenho. Seleciona-se a sentença sem saber qual delas descreve corretamente o comportamento bem-sucedido no trabalho. Método de ensaio O avaliador elabora uma redação descrevendo o funcionário avaliado. Deverá conter pontos fortes e fracos e recomendações para o desenvolvimento do profissional. Geralmente é utilizado de forma complementar aos outros métodos. Fonte: adaptado de Bohlander e Snell (2015). Os métodos comportamentais auxiliam a tornar a avaliação de de- sempenho mais objetiva, uma vez que ela permite a descrição de com- portamentos em uma escala, para que o avaliador possa identificar o ponto em que cada profissional se enquadra na escala. Eles descrevem quais ações devem, ou não, ser exibidas no trabalho. Elas são importan- tes para o fornecimento de feedback aos funcionários. No quadro 2, a seguir, pode-se analisar alguns tipos de métodos comportamentais. Quadro 2 – Métodos comportamentais TIPO DE MÉTODO CARACTERÍSTICAS Incidente crítico Registra-se o comportamento do funcionário em função da eficiência ou omissão incomum de alguma coisa que ocorreu no trabalho. Ele abrange todo o período da avaliação. Lista de verificação comportamental O avaliador verifica, em uma lista de sentenças descritivas, as que acredita que caracterizam o desempenho ou comportamento do funcionário. Escala de classificação comportamental Em uma série de cinco a dez escalas verticais são descritos incidentes críticos e a eles são atribuídos valores em pontos, de acordo com a opinião dos avaliadores a respeito da atuação de cada funcionário. Escala de observação do comportamento É similar às escalas de classificação comportamental, mas destina-se a medir com que frequência cada um dos comportamentos foi observado. Fonte: adaptado de Bohlander e Snell (2015). 45Gestão e avaliação de desempenho M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Os métodos por resultado, ao invés de analisarem os traços de perso- nalidade ou comportamentos, avaliam os resultados que os funcionários atingem por meio do trabalho que realizam. Os dados obtidos são mais objetivos e envolvem informações, como: número de vendas e de produ- ção. O quadro 3 apresenta alguns exemplos desse tipo de método. Quadro 3 – Métodos por resultados TIPO DE MÉTODO CARACTERÍSTICAS Medidas de produtividade Está diretamente relacionada ao que os funcionários realizam e aos resultados que beneficiam a empresa. Gerenciamento por objetivos Os funcionários são levados a estabelecer seus objetivos e o cumprimento desses objetivos são utilizados como base para a avaliação de desempenho. Fonte: adaptado de Bohlander e Snell (2015). O resultado da avaliação de desempenho deverá promover um plano de desenvolvimento individual para auxiliar os profissionais a se aperfei- çoarem cada vez mais. 4 Gestão
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