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A influência da sociedade no comportamento dos jovens

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São José 
2020 
 
DJONATA RODRIGUES MALLMANN 
 
 
 
 
 
A INFLUÊNCIA DA PUBLICIDADE NO COMPORTAMENTO 
DOS JOVENS 
 
COMO A PUBLICIDADE INFLUENCIA NO COTIDIANO, 
CULTURA E COMPORTAMENTO DO PÚBLICO JOVEM. 
 
Projeto apresentado ao Curso de Publicidade e 
Propaganda da Faculdade União Bandeirante. 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ 
 
 
DJONATA​ ​RODRIGUES​ ​MALLMANN 
 
 
A INFLUÊNCIA DA PUBLICIDADE NO COMPORTAMENTO DOS 
JOVENS: 
COMO A PUBLICIDADE INFLUENCIA NO COTIDIANO, 
CULTURA E COMPORTAMENTO DO PÚBLICO JOVEM. 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
à Faculdade união Bandeirante, como requisito 
parcial para a obtenção do título de graduado 
em Publicidade e Propaganda​. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
São José, 01 de Junho de 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não há nada de errado em ser um perdedor. Isso depende do quanto você é bom nisso. 
Billie Joe Armstrong 
 
AGRADECIMENTOS 
 
A todos os professores pelo conhecimento, dedicação e paciência ao longo da 
faculdade. 
 
À minha família, pelo apoio e compreensão em todos os momentos, e aos amigos 
conquistados ao longo desses quatro anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MALLMANN, Djonata Rodrigues. ​A Influência da Publicidade no Comportamento 
dos Jovens​: Como a publicidade influencia no cotidiano, cultura e comportamento 
do público jovem. 2019. 30. Trabalho de Conclusão de Curso (Publicidade e 
Propaganda) – Faculdade união Bandeirante, São José, 2019. 
 
RESUMO 
 
Este estudo visa observar os efeitos da publicidade veiculada nas grandes mídias na 
atitude do público jovem, que está mais propenso a absorver a mensagem de forma 
a aceitá-la como modelo de uma vida e mundo ideal a ser seguido, sem se 
questionar sobre o quanto esse mundo de glamour pode ser fictício. 
Este trabalho propõe estudar o comportamento do público jovem, analisando como 
suas atitudes comportamentais nos ambientes sociais, familiares podem ser 
influenciadas de acordo com o consumo de tais produtos, serviços ou conteúdo, ou 
apenas pelo conceito empregado na propaganda. 
 
Palavras-chave: ​Publicidade; Influência; Comportamento; Público; Jovem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MALLMANN, Djonata Rodrigues. ​A Influência da Publicidade no Comportamento 
dos Jovens​: Como a publicidade influencia no cotidiano, cultura e comportamento 
do público jovem. 2019. 30. Trabalho de Conclusão de Curso (Publicidade e 
Propaganda) – Faculdade união Bandeirante, São José, 2019. 
 
ABSTRACT 
 
This works aims to observe the advertising effects in the mainstream media about 
young people’s atitude, who is more likely to absorb the message in order to accept it 
as a model of an ideal life and world to be followed, without questioning how fictional 
this glamor world can be. 
This paper proposes to study the behavior of young people, analyzing the way how 
their behavioral attitudes in social, family environments can be influenced according 
to the consumption of such products, services or content, or just by receiving concept 
employed in advertising. 
 
Keywords: ​Advertising; Influence; Behavior; Young; People. 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO 9 
2​ COMO A PUBLICIDADE INFLUENCIA NO COMPORTAMENTO DO PÚBLICO 
JUVENIL 1​0 
2​.1 O CONTEXTO 1​0 
2​.2 ​O IMPACTO DA PUBLICIDADE NO COMPORTAMENTO JOVEM 1​1 
2​.3 ​A PERSUASÃO NA MENSAGEM PUBLICITÁRIA 1​2 
3​ ​A CULTURA DE CONSUMO JOVEM 14 
3​.1 ​A RELAÇÃO DO JOVEM COM AS MARCAS 1​5 
4​ E​STEREÓTIPOS DA PUBLICIDADE 1​7 
4.1​ ​O COMPORTAMENTO DESTRUTIVO 
1​9 
5​ C​ONSIDERAÇÕES FINAIS 20 
REFERÊNCIAS 21 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A publicidade está presente no nosso cotidiano, na televisão, cinema, jornais, 
revistas, músicas, internet e etc, e tem exercido grande influência na cultura, 
comportamento e atitude não apenas do público adulto como também fortemente do 
público jovem mais suscetível a este tipo de persuasão. 
Através do método bibliográfico, a pesquisa foi delimitada a livros de autores 
que exploraram a publicidade como fator de influência na vida e cotidiano do público 
jovem, analisando suas consequências, a forma com que o jovem se relaciona com 
família, sociedade, trabalho, estudos, como também suas formas de lidar com 
valores tradicionais, tais como cultura, tradições, religião e etc. 
Este estudo teve como objetivo principal identificar a forma como a 
publicidade influi no comportamento, cultura, pensamentos, atitudes, conduta e 
formação de caráter do público jovem, que costuma enxergar tudo que a publicidade 
mostra de maneira a considerar exemplo de uma vida e mundo ideal a ser seguido, 
sem se questionar sobre o quanto esse mundo de glamour pode ser fictício. 
Em suma, este estudo visou especificamente entender a forma como a 
publicidade influencia no comportamento juvenil, relacionando o comportamento dos 
jovens com seus hábitos de consumo e identificando as transformações causadas 
pela influência da publicidade na cultura jovem, por estes motivos, esta investigação 
é de extrema relevância para que as pessoas possam entender o funcionamento da 
mensagem publicitária como fator de influência e de que podem estar o tempo todo 
sujeitas a uma possível manipulação. 
2 COMO A PUBLICIDADE INFLUENCIA NO COMPORTAMENTO JUVENIL 
2.1 O CONTEXTO 
 
A publicidade é acima de tudo uma atividade econômica, uma indústria que 
movimenta anualmente rios de dinheiro e que tem por objetivo levar o público a 
tomar uma decisão de compra de determinado produto ou serviço. Porém, muito 
além de vender, a publicidade representa uma ferramenta de grande influência 
cultural, gerando assim deformações sociais, éticas e até mesmo psicológicas no 
público ao qual é direcionada influenciando diretamente em sua atitude e 
comportamento no mundo atual. 
Segundo Gomes (2001, p. 115), “num sentido amplo, ela (a publicidade) é 
definida como atividade mediante a qual bens de consumo e serviços que estão à 
venda se dão a conhecer, tentando convencer o público da vantagem de adquiri-los”. 
Em conformidade com Lorenzo Sanchez Pardo (2017, p.10): 
 
Para nos convencer a comprar um produto, serviço ou marca, a 
publicidade confere a estes certos "significados", de valores positivos 
e subjetivos, associações que fazem com que o público se identifique 
com o que está sendo oferecido. Uma jaqueta de couro não é tratada 
simplesmente como uma peça de roupa, e sim como um emblema de 
rebelião e liberdade, um smartphone não é tratado como uma mera 
ferramenta de comunicação, é um símbolo da conexão social, um 
perfume não é um simples cosmético, e sim um aceno para a 
sofisticação e sedução, e assim por diante. 
 
A publicidade dirigida ao jovem costuma abordar temáticas que correspondem 
a aspectos essenciais de sua vida. Desta forma hoje em dia, não é estranho, não é 
incomum ver assuntos explorando cada vez mais as problemáticas dos mais jovens, 
como amizades, liberdade, autenticidade, rebeldia, sonhos, amores, vida estudantil, 
tribos, estilos, e etc, recriando e/ou sintetizando assim ideais e experiências comuns 
pelasquais estes passam ou esperam passar em algum momento durante essa 
fase. Para Sánchez Pardo (2017, p. 05): 
"A indústria publicitária possui duas dimensões básicas, uma de 
caráter econômica (voltada a venda de produtos e serviços) e outra 
de aspectos sociais ou culturais, com o estabelecimento de modas e 
11 
 
estilos de vida e promovendo novos valores sociais. É precisamente 
esta segunda dimensão social ou cultural a mais relevante para os 
jovens, uma vez que que, para vender e incentivar o consumo, a 
publicidade estimula entre estes de maneira indireta um 
comportamento inapropriado ou explicitamente prejudicial (como por 
exemplo o consumo de alimentos nada saudáveis, bebidas 
alcoólicas, apostas, jogos, etc.)." 
 
2.2 O IMPACTO DA PUBLICIDADE NO COMPORTAMENTO JOVEM 
 
“A influência da televisão sobre crianças e jovens tem sido muito 
discutida em diversos países do mundo. Na realidade brasileira essa 
influência é muito forte, uma vez que o aparelho de TV funciona, 
muitas vezes, como uma “babá eletrônica” que mantém a criança 
distraída por várias horas enquanto os pais trabalham. Nesses 
períodos, sem que se perceba, são transmitidos e podem ser 
incorporados valores, hábitos, linguagens e normas que, aos poucos, 
passam a fazer parte do comportamento individual.” (OLIVEIRA, 
2001, p. 17). 
 
Os autores Lorenzo Sánchez Pardo, Ignácio Megías Quirós e Elena 
Rodríguez San Julián (2004, p.07) afirmam que: 
 
​“A publicidade, assim como outros meios de comunicação, projeta 
uma imagem estereotipada dos jovens, que são mostrados 
despreocupados e divertidos, resumidos a uma imagem. Trata-se de 
uma imagem tendenciosa, muito longe da diversidade que 
caracteriza o universo juvenil, das diferentes maneiras de sentir e 
agir dos jovens. Contudo, a medida em que a publicidade repete 
essa imagem simplificada do jovem, a reforça e a faz se transformar 
em referência indiscutível para muitos. Por sua vez, essa visão 
estereotipada é aceita como identidade para alguns jovens, que 
sentem que esse é o modelo com o qual a sociedade espera que se 
identifiquem.” 
 
Por sua vez, Sánchez Pardo (2017, p. 14) alega que: 
 
“A publicidade nos leva a um mundo ideal ao qual devemos aspirar, um 
espelho em que nos olhamos para sermos aceitos pelos outros e alcançar sucesso 
profissional, familiar ou social.” 
 
De acordo com Ribeiro (2005, p. 22): 
 
12 
 
 
“Um mundo onde o ter é mais importante do que o ser. Neste mundo 
consumista, os adolescentes foram escolhidos como o alvo mais fácil dessa 
escalada sem rumo, sendo hoje chamados de filhos do consumismo”. 
Em um contexto histórico onde as referências culturais e tradicionais tais 
como religião, política, ideologias e etc. têm perdido cada vez mais a influência, a 
publicidade e os meios de comunicação oferecem aos jovens uma imagem para que 
se espelhem no desenvolvimento de suas personalidades e identidades. 
 
“Ser jovem significa agir e se posicionar conforme estas instâncias 
nos mostram como pensam, sentem e se comportam os jovens. Essa 
identificação com modelos juvenis fortalece nos jovens a sensação 
de “normalidade”, um elemento central na cultura juvenil, intimamente 
ligado aos processos de integração social. A medida que os jovens 
agem como acreditam que os demais jovens estão agindo se sentem 
mais aceitos e integrados.” (SÁNCHEZ PARDO; QUIRÓS; SAN 
JULIÁN, 2004). 
 
2.3 A PERSUASÃO NA MENSAGEM PUBLICITÁRIA 
Diariamente somos bombardeados por mensagens publicitárias que agem de 
forma agressiva em relação aos consumidores, com o objetivo de manter pautas 
comportamentais, atribuindo uma série de estereótipos para homens, mulheres, 
crianças, adolescentes e idosos, de forma a influenciar e condicionar seus 
comportamentos. Sendo crianças e jovens um público mais suscetível a esse tipo de 
persuasão, a publicidade sugere que estar dentro de padrão de beleza ou de um 
estilo de vida seja condição básica para alcançar a felicidade, induzindo assim o 
consumo de determinados produtos e serviços oferecidos para que assim alcancem 
estes ideais, afastando-os assim de suas próprias realidades. 
"O homem alienado daquilo que produz, mesmo criando os detalhes 
do seu mundo, está separado dele. Quanto mais sua vida se 
transforma em mercadoria, mais se separa dela." (Debord, 1997, p. 
27). 
A medida que os adolescentes formam suas personalidades, a publicidade vai 
oferecendo uma série de papéis estereotipados, muitas vezes prejudiciais aos seus 
 
13 
 
desenvolvimentos, induzindo novos conceitos de antigos valores, como ética, moral, 
religião, cultura, filosofia e etc. Por outro lado, também propõe a ideia de um 
cotidiano alegre, divertida, sem problemas ou preocupações e com um alto poder 
aquisitivo. Desta forma, a publicidade cria e incita necessidades, desejos, paixões e 
minimiza os esforços necessários para satisfazê-los. 
A mensagem publicitária trabalha de forma a apelar para as emoções do 
receptor para que este reaja de acordo com o estímulo sem questionar o motivo, 
assim provocando emoções e despertando desejos consumistas nos jovens, cujas 
reações tendem a corresponder ao estímulo com atitudes comportamentais 
convenientes com os fins comerciais por detrás da propaganda. 
 
3 A CULTURA DE CONSUMO JOVEM 
 
Estratégias publicitárias costumam brincar com desejos e aspirações 
juvenis de independência e sucesso social, e geralmente são centradas em uma 
série de produtos ou marcas de alto custo e variam de acordo com as características 
da população. À medida que a idade avança, os produtos que atuam como ícones 
estratégicos aspiracionais mudam. O primeiro tende a ser o smartphone, cuja posse 
representa a transição entre a infância e adolescência. Depois a condução, a moto 
ou carro, o trânsito. Depois a casa, residência, independência, morada própria. O 
ponto forte desse tipo de estratégia é a ideia do “um dia será seu”, não importa que 
você não possa tê-lo agora, mas deseje. 
"Embora a publicidade não tenha o monopólio das mudanças sociais, 
este é um de seus mecanismos, promovendo modas e tendências e 
influenciando os valores sociais." (Pardo, 2017, p. 33). 
Os jovens têm um papel crescente na atividade publicitária, que vai além 
de sua mera presença em diferentes anúncios. Ser jovem, ou se sentir jovem, 
tornou-se uma referência recorrente na mensagem publicitária, mesmo se tratando 
de produtos voltados para adultos; a juventude se estabeleceu como um valor de 
referência social. Vivemos em uma sociedade em que a luta contra os processos 
biológicos adquiriu uma outra natureza, onde a resistência ao envelhecimento se 
tornou um requisito social, que tem sua projeção em uma série de produtos 
restauradores com ofertas milagrosas para que as pessoas se sintam jovens. De 
fato, a identificação da publicidade com os jovens geralmente é caracterizada pelo 
reforço do estereótipo predominante do que supostamente significa ser jovem, 
através de personas que incorporam em si os ideais juvenis, para os quais são 
direcionados fortes desejos de identificação. A publicidade atua, então, difundindo e 
reforçandoesta imagem com seu receptor. 
Na mesma linha, há evidências de uma série de recursos em campanhas 
publicitárias nas quais os jovens se sentem melhor representados, que ilustrariam 
quais são as tendências nos gostos ou preferências do coletivo em relação à 
publicidade: Apelo emocional é um recurso que funciona bem entre os jovens, pois 
 
representa o tipo de mensagem que agrada seus sentimentos e ideais. Algumas 
mensagens emocionais adotam uma nova orientação, mais crítica, que demonstra os 
jovens como são, com suas carências, inseguranças, imperfeições e limites em sua 
vida pessoal e social. 
"A publicidade tem deixado de vender apenas produtos para vender 
respostas e soluções às necessidades dos consumidores, muitos 
deles criados e estimulados pela própria publicidade." (Pardo, 2017, 
p. 11). 
Uma característica que adquire um novo significado, pois não é valorizada 
apenas de uma perspectiva criativa, mas tende a ser a expressão de uma atitude 
moral diante de tempos de crise, de incerteza política e social. O mundo real dos 
jovens é incorporado à própria história, de modo que os jovens valorizam muito 
positivamente a mensagem que os reflete como um coletivo complexo, que não é 
exclusivo, que os mostra bonitos ou feios, despreocupados ou solidários, mas como 
realmente se sentem. . 
 
3.1 A RELAÇÃO DO JOVEM COM AS MARCAS 
Os jovens são fundamentais nos processos de identificação de uma marca 
específica com seu público. Muitos anunciantes buscam conquistar seus clientes 
com seus produtos desde muito cedo, garantindo assim o consumo por longos 
períodos de tempo. A identificação com uma determinada marca na adolescência ou 
juventude tende a ser mantida na idade adulta e afetar outras pessoas que com 
estes convivem. 
As marcas exercem uma influência significativa nos jovens, desde seus 
hábitos de consumo até em seu comportamento no dia a dia. Para esses jovens, a 
imagem de vida ideal passada pela publicidade se torna muito importante que tomam 
as mídias como uma grande influência em sua socialização e cultura. 
Para o jurista Dalmo de Abreu DALLARI (2013), a publicidade e as promoções 
desempenham um papel de grande importância no envolvimento e sedução das 
crianças e adolescentes: 
 
 
"Muitas vezes as mensagens publicitárias e as promoções, 
revestidas de imagens bonitas e atraentes, estimulando a busca 
desenfreada de delícias para o paladar ou de atividades recreativas 
mas danosas, ou ainda provocando a competição entre crianças e 
adolescentes na obtenção dessas armadilhas, são o ponto de partida 
para a degradação física e a deterioração do processo educativo 
(Dallari, 2013). 
 A internet é um meio que tem ganhado cada vez mais força no cotidiano universal, 
a ponto de muitas empresas terem decidido concentrar suas forças nos ambientes 
virtuais, visto que são inúmeras as vantagens de usar a rede como meio publicitário, 
como a interatividade e possibilidade de comunicação direta com o público, a 
segmentação ao público específico e certeiro, menor custo e maior visibilidade em 
relação aos meios tradicionais. 
"Cada vez mais, campanhas publicitárias, principalmente as 
segmentadas ao público jovem, se projetam com seu desdobramento 
exclusivo nas redes sociais." (Pardo, 2017, p. 23). 
 Por outro lado, desde os anos 70, a publicidade se caracteriza por glamour, 
beleza, luxo e popularidade... e tudo isso gerou uma apatia e desinteresse pelos 
consumidores de hoje para que possamos apreciar uma ligeira mudança nos jovens 
consumidores. O grupo de jovens e adolescentes se tornou nos últimos anos 
um dos principais destinatários das mensagens publicitárias. 
"A magia da publicidade consiste em nos fazer acreditar que ao 
adquirir determinada marca ou produto ficaremos mais felizes, 
modernos, atraentes e aceitos, quando estes não são capazes de 
modificar nossa realidade." (Pardo, 2017, p. 11). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 ESTEREÓTIPOS DA PUBLICIDADE 
 
​Frequentemente, a publicidade mostra estereótipos de gêneros nos quais 
aparecem homens, mulheres, meninos e meninas em papéis predefinidos, artificiais, 
relacionados à beleza e aparência física, geralmente relacionados à magreza, no 
caso das mulheres, e ao porte físico atlético, no caso dos homens, modelos de 
beleza que se tornam praticamente impossíveis de se alcançar para a maioria dos 
jovens de ambos os sexos. O grande mal da publicidade se deve ao fato de vender 
expectativas inalcançáveis. O estereótipo da beleza juvenil feminina se resume a 
uma moça loira e magra, sem imperfeições, com belas curvas e atitude sedutora. 
Enquanto o modelo ideal de beleza masculina se resume a um rapaz musculoso com 
o mínimo de gordura corporal, com torso amplo, bíceps e corporal marcados. 
"Buscar a identificação com o estereótipo predominante sobre o que 
é supostamente ser jovem, por meio de personas que incorporam em 
si mesmos todos os ideais juvenis, para os quais são mobilizados 
fortes desejos de identificação, a publicidade reforça então esta 
imagem." (Pardo, 2017, p. 23). 
 
O padrão de beleza atual se trata de uma construção social, que está 
condicionada a interesses comerciais de distintos setores econômicos, como a moda, 
estética, cosméticos, esportes e etc… 
A magreza corporal, como sinônimo de beleza se associa ao êxito pessoal e 
aceitação social, daí vem a enorme pressão que sofrem homens e mulheres para se 
ajustar a esse modelo. O custo para se adequar a este padrão irreal é altíssimo. 
 
 
Mesmo que homens e mulheres se vejam condicionados a esse ideal de 
beleza artificial, são as mulheres que recebem a maior pressão para que se ajustem 
a este, como se devessem sempre ser ou estar perfeitas. 
"A publicidade promove comportamentos alimentares muito 
saudáveis associados a produtos alimentares destinados 
principalmente a crianças e jovens, o que ainda é contraditório com 
um ideal de beleza dominante associado à magreza." (Pardo, 2017, 
p. 49). 
Estes estereótipos de beleza podem trazer sérias consequências para os 
jovens, tais como transtornos alimentares como anorexia ou bulimia, a vigorexia 
(transtorno alimentar caracterizado pela obsessão pelo corpo perfeito) que pode se 
associar a intensificação da atividade física ou a mudanças nos hábitos alimentares 
(consumo de proteínas e carboidratos) e ao consumo de vitaminas e anabolizantes, 
assim como problemas de isolamento e desinteresse da vida social, familiar ou 
sentimental como resultado de seguir uma dieta, e etc… 
A publicidade erotiza a mente do jovem e põe em risco sua sanidade mental, 
conforme estes tentam reproduzir os comportamentos apresentados pelos 
estereótipos, podendo se colocar em situação de perigo sempre que possível. 
 
4.1 O COMPORTAMENTO DESTRUTIVO 
 
Vivemos em uma sociedade que, ludibriada pelos encantos da publicidade, 
não age com pensamento crítico e permite que os anunciantes de bebidas alcoólicas 
continuem direcionando o foco de suas peças publicitárias para o público jovem nas 
grandes mídias. 
Muito frequentemente o álcool é retratado como sinônimo de festa, diversão e 
sociabilidade. É mostrado como um símbolo de maturidade e como um hábito feliz e 
saudável. 
"Nos últimos anos, observou-se que a estratégia de marketing da 
indústria do álcool é orientada cadavez mais no uso de mídias e 
meios de comunicação não regulamentados (Internet e as redes 
sociais) e no fortalecimento das atividades de patrocínio de 
atividades esportivas ou culturais. Essa estratégia permite à indústria 
 
 
impactar suas mensagens em adolescentes e jovens." (Pardo, 2017, 
p. 49). 
Nos últimos anos, observou-se que a estratégia de marketing da indústria do 
álcool é orientada cada vez mais no uso de mídias e meios de comunicação não 
regulamentados (Internet e as redes sociais) e no fortalecimento das atividades de 
patrocínio de atividades esportivas ou culturais. Essa estratégia permite à indústria 
impactar suas mensagens em adolescentes e jovens. 
É necessário maneirar na forma de incitar constantemente o consumo, pois os 
meios de comunicação têm um peso imensurável na transmissão de valores, daí a 
enorme influência que a publicidade tem na tomada de decisão do consumidor. 
"A publicidade tem muita persuasão, o que influencia a transmissão 
de valores e crenças, por isso é tão importante erradicar estereótipos 
e clichês dessa linguagem cotidiana que promove desigualdades 
socioculturais." (Pardo, 2017, p. 37). 
 
A indústria de bebidas alcoólicas deve assumir sua responsabilidade, na 
devida proporção dos danos causados ​​pela mera promoção do consumo e suas 
consequências para a sociedade. 
O problema do álcool não é propriamente o álcool; mas sim a glamourização e 
romantização do consumo habitual e generalizado como também a naturalização do 
comportamento destrutivo que pode derivar do consumo de álcool por jovens, como 
irresponsabilidade, comportamento violento, homicídios, acidentes de trânsito, 
suicídios, e etc, seriam alguns dos incidentes que ocorrem nas ocasiões em que se 
bebe, gerando uma cultura de consumo de álcool que difere do consumo tradicional 
e responsável. 
Mas também deve-se ter em mente que a educação começa em casa e os 
pais devem se preocupar em educar seus filhos desde a infância para que assumam 
riscos de seus comportamentos e estejam preparados para ocasiões que envolvam o 
possível consumo de álcool. Fortalecer a confiança em si mesmos e em pessoas 
próximas pode reduzir as chances de que os jovens precisem de estímulos externos 
para que se sintam bem ou socialmente aceitos. 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente estudo procurou observar e compreender os efeitos da publicidade 
no cotidiano do consumidor jovem, analisando a mensagem publicitária veiculada 
nas grandes mídias como fator de influência no comportamento, atitudes e cultura do 
público adolescente e pós-adolescente, mais suscetível a este tipo de persuasão, 
além de diagnosticar a relação deste público com as marcas e quais as 
transformações causadas por tal influência. 
A publicidade faz parte do nosso cotidiano e está cada vez mais inserida em 
nossa cultura, o desenvolvimento deste trabalho mostrou-se extremamente 
necessário para a comunidade científica, pois visou explorar a relação do jovem com 
a publicidade a ponto de considerá-la um fator de grande influência na formação da 
cultura e hábitos do público jovem de acordo com a mensagem publicitária. 
Em resumo, o estudo destaca uma série de aspectos que refletem muito 
expressivamente como é construída a relação entre jovens e a publicidade. Porém, 
essas mesmas mensagens pecam por serem excessivamente padronizadas, óbvias 
e simplificadas demais; os jovens tendem a corresponder da forma que teoricamente 
se espera que correspondam, apesar de muitas vezes se sentirem estereotipados 
pelas imagens que pretendem reproduzir, quando focam em suas aspirações de 
consumo, acabam refletindo em si os mesmos estereótipos. 
Assim, de maneira geral, com base no estudo bibliográfico levantado sobre a 
influência da publicidade no cotidiano do público jovem, pode-se dizer que os 
objetivos foram atingidos com êxito, uma vez que demonstradas as consequências 
da influência publicitária, possibilitando dessa forma a reflexão, análise e 
pensamento mais crítico em relação às mensagens propagadas pelas grandes 
mídias, de forma a evitar manipulações e restrições à liberdade de escolha causadas 
por estas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
DALLARI, D. A. ​Publicidade Danosa Para Crianças​. Jornal do Brasil, 11 jan 2013. 
 
DEBORD, Guy. ​A Sociedade do Espetáculo​. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997. 
 
GOMES, N. D. ​Publicidade ou propaganda? É isso aí! Revista FAMECOS. Porto 
Alegre, v. 1, n. 16, dez. 2001. 
 
OLIVEIRA, R. S. (ORG). A formação do ser social. In: ​Sociologia: ​consensos e 
conflitos. Ponta Grossa. UEPG. 2001. 
 
RIBEIRO, P. C. P. O adolescente e os consumos. ​Adolescência & Saúde​, Rio de 
Janeiro, v.2, n.3, p.21-24, jul/set. 2005. 
 
SÁNCHEZ PARDO, Lorenzo; MEGÍAS QUIRÓS, Ignácio; RODRÍGUEZ SAN 
JULIÁN, Elena. ​Jóvenes y Publicidad – Valores en la comunicación publicitaria 
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SÁNCHEZ PARDO, Lorenzo. ​Jóvenes, Publicidad y Valores – Cómo evitar la 
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Alicante, 2017.

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