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01/03/2020 1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Licenciatura em Ciências Biológicas à Distância/Consórcio Cederj Disciplina de Corpo Humano 2 Profª. Dra. Aline de Sousa dos Santos Tópicos da aula: Discussão das questões do ED1 Resumo de pontos importantes do módulo respiratório O Estudo Dirigido 1 envolve os conhecimentos contidos nas aulas 1 a 6 do Corpo Humano II, relativos aos Sistema Respiratório. O ideal é que você estude todas as aulas pelo livro. Os objetivos desta aula, da vídeo tutoria e do ED1 são: - esclarecer dúvidas - ampliar a discussão do tema - sedimentar o conhecimento. Bom Estudo! 01/03/2020 2 1) Durante a inspiração, o ar entra mais facilmente nos alvéolos da base do que nos alvéolos do ápice. Explique porque isso acontece e como se comporta a relação ventilação/perfusão em diferentes partes do pulmão. Discutir a relação ventilação/perfusão nas diferentes partes do pulmão – Aula 4 Essa diferença ocorre devido ao efeito da gravidade sobre os valores de pressão intrapleural. Os alvéolos do ápice tendem a ser mais abertos do que os alvéolos da base, ou seja, os alvéolos da base têm maior complacência que os do ápice. Assim, na inspiração, os alvéolos da base conseguem se abrir mais e puxar o ar para aquela região. Tanto a ventilação quanto a perfusão são maiores na base do pulmão e decrescem em direção ao ápice. Mas a relação ventilação/perfusão é maior no ápice no nível do CRF. Regiões com V/Q baixa (perfusão normal e ventilação baixa) diminuem a eficiência das trocas gasosas. OBS: Acompanhe a explicação com a Imagem 1A e 1B. Imagem 1A Distribuição da ventilação e perfusão no pulmão 01/03/2020 3 Imagem 1B 2) O fluxo de ar através da árvore respiratória é fundamental para uma boa oxigenação. A frequência respiratória pode influenciar o aporte de oxigênio ao organismo. Explique que volumes respiratórios podem ser influenciados ou não pelo aumento da frequência respiratória. A discussão envolve volumes respiratórios – Aula 3 (Imagem 2) Quando há aumento da frequência respiratória (hiperventilação), a respiração se torna superficial e o volume de ar inspirado que chega aos alvéolos para hematose diminui. Assim, haverá aumento do volume corrente e diminuição nos volumes de reserva inspiratório e expiratório. O volume residual não será afetado. 01/03/2020 4 Imagem 2 3) O exercício tem grande efeitos benéficos sobre o organismo, incluindo os parâmetros cardiorrespiratórios. Comente o impacto do exercício sobre o sistema respiratório. Associar as mudanças nos sistemas respiratório e cardiovascular no exercício físico – Aula 6. (Imagem 3A e 3B) Quando praticamos um exercício, de forma aguda, há necessidade de oxigênio para o trabalho muscular. Os sistemas cardiovascular e respiratório são acionados para adequar o organismo à essa demanda e fornecer mais oxigênio aos tecidos. Há necessidade, portanto, da manutenção da pressão parcial de O2 no sangue arterial. Por outro lado, o exercício promove estimulação simpática com subsequente aumento do débito cardíaco e da velocidade do trânsito cardíaco de sangue nos vasos. Isso é bom para tentar suprir as necessidades de oxigenação aos tecidos, mas leva à uma diminuição da hematose, por diminuição do tempo de permanência da sangue nos capilares pulmonares. A alternativa do organismo é aumentar a ventilação (volume de ar por minuto), aumentando a pressão alveolar de O2 e possibilitando melhoria no fornecimento de O2 para o sangue arterial. 01/03/2020 5 Adaptações para o exercício físico Imagem 3A PO2 PCO2 Imagem 3B pH 01/03/2020 6 Mudanças do sistema respiratório para o exercício físico 4) Embora a integridade da árvore respiratória seja importante para a ventilação pulmonar, os alvéolos também são importantes e precisam estar funcionantes. Baseado(a) em seus conhecimentos sobre complacência e resistência pulmonares, explique o que é surfactante, onde é produzido e qual o seu papel na ventilação pulmonar na vida pós-natal. Explicar sobre o surfactante – Aula 2 O surfactante, classificado no grupo dos fosfolipídios, é produzido pelos pneumócitos tipo II e impedem o fechamento (colabamento) dos alvéolos. Sua ação é especialmente importante nos alvéolos menores, cuja tendência é colabar quando comparado a um alvéolo de maior diâmetro no momento da respiração. Graças ao surfactante esses alvéolos pequenos apresentarão uma menor tensão superficial e podem se encher tanto quanto os grandes alvéolos. OBS: Veja como funciona a ação do surfactante na imagem 4A e 4B. 01/03/2020 7 A superfície interna do alvéolo é recoberta por um fino filme de água em contato com o ar alveolar. As moléculas de água que forram o alvéolo produzem uma intensa tensão superficial. E as moléculas de água não só se aderem apenas uma as outras, como também se aderem a membrana alveolar. Se só as moléculas de água estivessem presente, a tensão superficial seria suficiente para colapsar o alvéolo. Imagem 4A Surfactante - produzido por células que forram os alvéolos (pneumócitos tipo 2). Funciona como um detergente, tem a capacidade de diminuir a tensão superficial que a água impõe nos alvéolos, permitindo que eles possam se inflar. Imagem 4B 1- Quanto menor o alvéolo, maior a tensão superficial e maior a resistência a insuflação. 2- Na inspiração o ar move-se mais facilmente para o alvéolo de maior diâmetro. 3- Nessa tendência o ar move-se do alvéolo de menor diâmetro para o de maior diâmetro. Então, o alvéolo menor tende a se colapsar. • O surfactante reduz a tensão superficial e como consequência os alvéolos pequenos não colapsam e podem se insuflar facilmente, tanto quanto os alvéolos grandes. Sem surfactante Com surfactante 01/03/2020 8 5) Hipóxia é a condição na qual os tecidos não recebem ou não podem utilizar o O2 em quantidade suficiente para suas necessidades metabólicas normais. A hipóxia pode ter várias causas. Caracterize os diferentes tipos de hipóxia. Rever os 4 tipos de hipóxia existentes – Aula 5 (Imagem 5 ) Hipóxica – sangue com capacidade normal de transportar O2, mas a PO2, SO2 e conteúdo de O2 arterial estão diminuídos; causado por PO2 baixo no ar inspirado ou em locais de grandes altitudes. Anêmica – diminuição da capacidade do sangue de transportar O2 seja por impedimento da ligação do O2 com a hemoglobina ou por menor quantidade de hemoglobina; a SO2 e a PO2 estão normais, mas o conteúdo de O2 arterial está diminuído. Estase – tanto a SO2, a PO2 e o conteúdo de O2 arteriais estão normais, porém a perfusão sanguínea está comprometida, ou seja, menor fluxo de sangue para os tecidos; causada por cardiopatias. Histotóxica – estão normais a capacidade de oxigênio, a SO2, a PO2 e o conteúdo de O2 arterial, mas nesse caso os tecidos ficam comprometidos e não são capazes de utilizar o O2; causada por envenenamento por cianeto. O problema não é a falta de O2 e sim a incapacidade de utilizá-lo. Imagem 5
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