Buscar

Instrução probatória

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 149 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 149 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 149 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito Probatório – A Fase de Instrução 
do Processo
Profa. Ms. Bianca M. P. Richter
Mestre e Doutoranda – USP; Professora de Direito Processual Civil e de 
Prática Civil; Advogada; Pesquisadora Visitante – Coimbra – Portugal.
bianca.richter@gmail.com
Instagram: @prof.biancarichter
Referências iniciais básicas:
ARENHART, Sérgio Cruz; MARINONI, Luiz Guilherme; MITIDIERO, Daniel. Novo curso de processo civil: vol. 2. 2.ed. São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 2016.
BUENO, Cassio Scarpinella. Curso sistematizado de direito processual civil: volume 2. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2019.
DIDIER JR., Fredie. Os três modelos de direito processual: inquisitivo, dispositivo e cooperativo. In: AMADEO, Rodolfo da Costa Manso Real; CRUZ E
TUCCI, José Rogério; RODRIGUES, Walter Piva. (Coord.). Processo Civil: Homenagem a José Ignacio Botelho de Mesquita. São Paulo: Quartier
Latin, 2013.
MITIDIERO, Daniel. A colaboração como modelo e como princípio no processo civil. Doutrinas Essenciais: Novo Processo Civil. vol. 1. São Paulo: 
Revista dos Tribunais, 2018. 
MACHADO, Marcelo Pacheco. Princípio da cooperação e processo civil do arco-íris. Disponível em: <https://www.jota.info/opiniao-e-
analise/colunas/novo-cpc/novo-cpc-principio-da-cooperacao-e-processo-civil-do-arco-%C2%ADiris-27042015>. Acesso em 04 de maio de 2018.
RICHTER, Bianca Mendes Pereira. A prova através dos Juízos de Deus na Idade Média. Revista da Faculdade de Direito de São Bernardo do 
Campo, v. 21, 2015.
THEODORO JR., Humberto. Boa-fé e processo - princípios éticos na repressão à litigância de má-fé - papel do juiz. In: Revista Jurídica, ano 56, n. 
368, jun./2008.
1. Direito probatório – a fase de 
instrução do processo;
1.1 Noções gerais: fases:
Fase postulatória
Fase de 
saneamento
Fase instrutória
1.2 Aspectos 
históricos: 
1.2.1 Ordálias;
1.2.2 Modelos de processo: 
inquisitivo, acusatório e 
cooperativo.
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND
http://www.ilsovranista.it/la-menzogna-inficia-la-verita-medicina/
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/
1.3 Verdade real vs. verdade formal;
Subsunção: fato → direito → norma do caso concreto.
Juiz como “boca da lei”.
Busca da verdade real.
Novo papel do Poder Judiciário.
Concepções sobre a verdade.
1. Verdade material, absoluta ou real. 
-Fundamenta a tese da relativização da coisa julgada;
-Argumento contra a vedação às provas ilícitas;
-Crítica: exemplo – preclusão e coisa julgada.
Sugestão: Miguel Reale, “Verdade e Conjectura”.
Concepções acerca da verdade:
Concepções acerca da verdade:
2. Verdade pelo consenso
Discurso, argumentação
Construção da verdade a partir do diálogo e do consenso
“O verdadeiro e o falso não têm origem nas coisas, nem na razão
individual, mas no procedimento.”, ARENHART, e outros, p. 256.
Piero Calandrei
Existem quatro verdades no processo:
Autor
Réu
Juiz
Verdade
Concepções acerca da verdade:
2. Verdade pelo consenso
Discurso, argumentação
Construção da verdade a partir do diálogo e do consenso
“O verdadeiro e o falso não têm origem nas coisas, nem na razão individual,
mas no procedimento.”, ARENHART, e outros, p. 256.
1.4 Conceito de prova
Abandonando a possibilidade de reconstrução de verdade e de certeza...
Prova é “todo meio retórico, regulado pela lei, e dirigido a, dentro dos parâmetros fixados
pelo direito e de critérios racionais, convencer o Estado-juiz da validade das proposições,
objeto de impugnação, feitas no processo”, p. 259, ARENHART e outros.
Exemplo disto:
Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
[...]
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de
direito;
Destinatário da prova
É só o juiz?
Enunciado 50, FPPC - Os destinatários da prova são aqueles que dela
poderão fazer uso, sejam juízes, partes ou demais interessados, não
sendo a única função influir eficazmente na convicção do juiz.
Poderes instrutórios do juiz
Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a
requerimento da parte, determinar as provas
necessárias ao julgamento do mérito.
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão
fundamentada, as diligências inúteis ou
meramente protelatórias.
Poderes instrutórios do juiz (2):
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código,
incumbindo-lhe:
VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos
meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a
conferir maior efetividade à tutela do direito;
VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das
partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não
incidirá a pena de confesso;
1.5 Objeto da prova
Afirmações de fatos pertinentes para o processo desde que:
A) haja controvérsia;
B) relevância; e,
C) haja determinação do tema no espaço tempo e espaço.
Direito depende de prova?
Direito não depende de prova, exceção:
Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou
consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz
determinar.
Art. 374. Não dependem de prova os fatos:
I - notórios;
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III - admitidos no processo como incontroversos;
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
Fato notório: o que é?
“Uma coisa é a afirmação do fato, outra é a afirmação da sua notoriedade: a
notoriedade também é um fato [...] que pode ser reconhecida de ofício pelo
magistrado. No entanto, para conhecer de ofício a notoriedade, o juiz deve aplicar o
art. 10 do CPC e intimar as partes para que se manifestem sobre o assunto.” –
DIDIER JÚNIOR, Fredie.
Esta Foto de Autor Desconhecido está 
licenciado em CC BY-SA
Pode existir 
divergência no 
Poder Judiciário 
sobre um fato ser 
notório ou não?
https://fernandofranzini.wordpress.com/2016/07/05/microservices-sistemas-grandes-e-complexos/
https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
IRDR – Espírito Santo – Julgamento:
INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS Nº 040/2016 –
PROCESSO FÍSICO - REF. RI. Nº 0017173-74.2015.8.08.0014 – 3ª TURMA
RECURSAL - REGIÃO NORTE
SUSCITANTE: MAGISTRADOS COMPONENTES DA TURMA RECURSAL –
REGIÃO NORTE
Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas, autuado sob o nº 040/2016,
deflagrado pelos MAGISTRADOS COMPONENTES DA TURMA RECURSAL
REGIÃO NORTE, alegando, em síntese, divergências nas decisões das
inúmeras ações protocolizadas junto aos Juizados Especiais Cíveis, em
especial àqueles vinculados às comarcas de Colatina e Linhares, que visam a
reparação civil decorrente de ato ilícito praticado pela empresa SAMARCO
MINERAÇÃO S/A, [...]
IRDR – Minas Gerais: IRDR decidirá se 
órgão é competente para apreciá-los
I. Pedido feito pela Samarco;
II. Suspensão das ações perante os Juizados pelo TJ-MG: 20 de março de
2017 – julgamento depois de 1 ano e 2 meses.
III. Questão processual: necessidade ou não de realização de perícia para
definição da boa qualidade da água fornecida extraída do Rio Doce;
IV. Quebra da isonomia: alguns juízes inadmitiram casos, com base na
necessidade de perícia X fato notório: condenação da Samarco nos
Juizados em até 35 mil reais.
1.6 Direito da parte à prova
Acesso à Justiça: art. 5º, XXXV, CF;
Contraditório e ampla defesa: art. 5º, LV, CF.
Art. 371, CPC. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a
tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.
Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente
legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que
se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
Indeferida uma prova, cabe recurso? 
Qual?
http://bit.ly/perguntasprovas
Pode-se falar em cerceamento de defesa?
Atenção: Venire Contra Factum Proprium
durante o processo, não ocorreu um ato processual indispensável a parte,gerando assim a
sucumbência ou ainda questões prejudiciais!
Preliminar de 
cerceamento 
de defesa em 
grau recursal: 
qual é a 
consequência 
do seu 
acolhimento?
Preliminar 
recursal 
acolhida
Produção da 
prova
Defesa 
cerceada
Sugestão:
Provas produzidas 
em 1º grau são 
suficientes para 
provimento do 
recurso
Se não provido o 
recurso → Houve 
falta de lastro 
probatório
Alega-se 
cerceamento de 
defesa 
subsidiariamente
“Se o recurso alega como matéria preliminar a nulidade da decisão recorrida por cerceamento
de defesa “sutil” (ato processual dispositivo – ex: não ouvir uma testemunha em um processo
de Alimentos, em que as provas documentais já se apresentam razóaveis), há elevadíssima
probabilidade de o tribunal usar a argumentação-padrão de que “o juiz é senhor da prova”.
Além disso, essa é uma preliminar que não pode ser analisada antes/fora do mérito. Assim,
mostra-se mais adequado de início defender que a prova já colhida é suficiente para
julgar a causa a favor do recorrente e que, caso se entenda que não é possível de
plano reformar a sentença, aí sim, subsidiariamente, se alega o cerceamento de
defesa.” – SICA.
Requerer a conversão do julgamento 
em diligência para colher a prova 
faltante
Art. 938. A questão preliminar suscitada no julgamento será decidida antes do 
mérito, deste não se conhecendo caso seja incompatível com a decisão.
§ 1o Constatada a ocorrência de vício sanável, inclusive aquele que possa ser 
conhecido de ofício, o relator determinará a realização ou a renovação do ato 
processual, no próprio tribunal ou em primeiro grau de jurisdição, intimadas 
as partes.
Imagine o seguinte caso...
• O juiz ouve as partes acerca do julgamento antecipado do mérito por 
desnecessidade de outras provas, com o que as partes concordam.
• Ao proferir a sentença, fundamenta-a no não atendimento do ônus probatório.
Isso é possível?
Sobre o tema: Enunciado 297, FPPC.
1.7 Dever de prova do terceiro
Art. 378. Ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário para
o descobrimento da verdade.
Seria dever de prova ou dever de colaboração?
Art. 380. Incumbe ao terceiro, em relação a qualquer causa:
I - informar ao juiz os fatos e as circunstâncias de que tenha conhecimento;
II - exibir coisa ou documento que esteja em seu poder.
Parágrafo único. Poderá o juiz, em caso de descumprimento, determinar, além da
imposição de multa, outras medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-
rogatórias.
A parte tem dever de prova?
Não seria apenas ÔNUS da prova?
Ônus: imperativo do próprio interesse – James Goldschmidt.
Arenhart, Marinoni e Mitidiero – Curso: dever → descumprimento: litigância de
má-fé (p. 263) → exceções: “privilégios”.
Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:
II - alterar a verdade dos fatos;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
Pergunta para reflexão:
A parte tem um dever ou um ônus de produção de prova de acordo com o Novo
Código de Processo Civil?
Na sua resposta, considere os deveres previstos no art. 77, NCPC, a litigância
de má-fé do art. 80, NCPC, e o quanto previsto nos artigos 379 e 380, NCPC.
1.8 Ônus da 
prova
Distribuição estática do ônus da prova: art. 373, 
NCPC;
Momento de fixação do ônus e de sua distribuição: 
regra de procedimento vs. Regra de julgamento;
Dupla função: partes e juiz;
Distribuição 
dinâmica do 
ônus da 
prova
1990 – CDC: 
art. 6º, VIII
STJ, Info 404 de 
2009 – Direito 
Ambiental –
Princípio da 
Precaução
NCPC - 2015
Seria necessária a previsão legal do 
art. 373, §1º, NCPC, para a inversão?
• Marinoni (p. 273-274): não, sob pena de antes de 2015:
• (i) só admitirmos a inversão em relações de consumo;
• (ii) ainda que necessária a inversão em outras áreas, não poderia o juiz inverter o
ônus da prova por falta de previsão legal.
Art. 6º, VIII, CDC:
direito básico do consumidor:
facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da
prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as
regras de experiência.
Objetivo: facilitar a defesa dos interesses do 
consumidor no campo da instrução probatória.
• REQUISITOS:
• inversão ope judicis: o juiz da causa avalia a presença alternativa de um dos
requisitos:
• verossimilhança das alegações 
ou
• hipossuficiência do consumidor. 
Há hipóteses de inversão do ônus da 
prova “ope legis”:
Art. 12, § 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será
responsabilizado quando provar:
I - que não colocou o produto no mercado;
II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;
Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da informação ou
comunicação publicitária cabe a quem as patrocina.
Direito Ambiental 
PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO:
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NO DIREITO AMBIENTAL: O interessado tem o ônus
de provar que as intervenções pretendidas não trarão consequências indesejadas ao
meio considerado (STJ, Resp 972.902/RS).
Art. 3º, Convenção sobre a Mudança do Clima (incorporada): “as partes devem adotar
medidas de precaução para prever, evitar ou minimizar as causas de mudança do
clima e mitigar seus efeitos negativos. Quando surgirem ameaças de danos sérios ou
irreversíveis, a falta de plena certeza científica não deve ser usada como razão para
postergar essas medidas.”
Distribuição dinâmica do ônus da prova no 
NCPC
Art. 373. § 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa
relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o
encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do
fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde
que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a
oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
Busca do equilíbrio em relação à 
facilidade de produção da prova
PROVA DIABÓLICA:
§ 2o A decisão prevista no § 1o deste artigo
não pode gerar situação em que a
desincumbência do encargo pela parte seja
impossível ou excessivamente difícil.
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA
http://www.optimainfinito.com/2014/01/sostenibilidad-y-equilibrio-en-consultoria-artesana.html
https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
Pode negócio jurídico processual 
versar sobre a prova?
Art. 373, § 3o A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por
convenção das partes, salvo quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4o A convenção de que trata o § 3o pode ser celebrada antes ou durante o
processo.
Questão para reflexão:
Uma vez redistribuído o ônus da prova pelas
partes, através de negócio jurídico processual,
pode o juiz fazer a redistribuição do quanto
pactuado?
Sobre o tema → CJF:
Enunciado 128: Exceto quando reconhecida sua
nulidade, a convenção das partes sobre o ônus da
prova afasta a redistribuição por parte do juiz.
Feita a inversão do ônus da prova, inverte-se 
também o custeio da prova?
Não.
STJ → Nesse sentido:
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. INVERSÃO. ÔNUS. PROVA. Ao cuidar de REsp
remetido pela Terceira Turma, a Seção, ao prosseguir o julgamento, reafirmou que a
simples inversão do ônus da prova, no sistema preconizado pelo CDC, não acarreta à
respectiva parte o custeio das despesas, embora essa fique sujeita aos efeitos de não a
produzir. Assim, não há qualquer incompatibilidade entre a benesse da assistência
judiciária gratuita e aquela inversão, pois, pelo princípio da ponderação, há que se
beneficiar o consumidor por não prevalecer a orientação jurisprudencial sobre
o custeio da prova pericial nos termos da Lei n. 1.060/1950. REsp 639.534-MT, Rel. Min.
Carlos Alberto Menezes Direito, julgado em 9/11/2005.
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=REsp639534NJP – acordo de saneamento e matéria 
probatória
Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz,
em decisão de saneamento e de organização do processo:
II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade
probatória, especificando os meios de prova admitidos;
IV - delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito;
§ 2o As partes podem apresentar ao juiz, para homologação, delimitação
consensual das questões de fato e de direito a que se referem os incisos II e
IV, a qual, se homologada, vincula as partes e o juiz.
Escolha consensual do perito
Regra Geral: perito escolhido pelo juiz.
471, CPC: as partes podem, de comum acordo, escolher o perito.
Requisitos: partes capazes + causa que admite solução por 
autocomposição.
Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o
mediante requerimento, desde que:
I - sejam plenamente capazes;
II - a causa possa ser resolvida por autocomposição.
§ 1o As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos assistentes
técnicos para acompanhar a realização da perícia, que se realizará em data e
local previamente anunciados.
§ 2o O perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente, laudo e
pareceres em prazo fixado pelo juiz.
§ 3o A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria
realizada por perito nomeado pelo juiz.
Calendário processual – toca a temática 
probatória?
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a
prática dos atos processuais, quando for o caso.
[...]
§ 2o Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual
ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no
calendário.
Calendário processual (2)
Em que momento pode ser feito o calendário? 
Em qualquer momento.
Mais provável: fase de saneamento do processo.
Art. 357 (saneamento), § 8o Caso tenha sido determinada a produção de prova pericial, 
o juiz deve observar o disposto no art. 465 e, se possível, estabelecer, desde logo, 
calendário para sua realização.
Enun. 299, FPPC: “O juiz pode designar audiência também (ou só) com objetivo de 
ajustar com as partes a fixação de calendário para fase de instrução e decisão.”
Vedação à prova ilícita
CF, Art. 5º, LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
Argumento a favor da inexistência da verdade real.
Garantismo processual.
Prova ILÍCITA x Prova ILEGÍTIMA.
Questão para reflexão:
As peças processuais que fazem referência à prova
declarada ilícita devem ser desentranhadas do processo
civil?
Recurso ordinário em habeas corpus. 
Penal. Processo Penal.
3. As instâncias ordinárias determinaram a exclusão do exame de alcoolemia. Pedido de
exclusão de peças processuais que fazem referência à realização do exame. A denúncia, a
pronúncia, o acórdão e as demais peças judiciais não são provas do crime, pelo que, em
princípio, estão fora da regra de exclusão das provas obtidas por meios ilícitos – art. 5º, LVI,
da CF. A legislação, ao tratar das provas ilícitas e derivadas, tampouco determina a
exclusão de peças processuais que a elas façam referência – art. 157 do CPP. Não se pode
impedir que os jurados tenham conhecimento da própria realização da prova ilícita e dos
debates processuais que levaram a sua exclusão. As limitações ao debate em plenário são
pontuais e especificadas nos arts. 478 e 479 do CPP, com redação dada pela Lei 11.689/08.
A exclusão de prova ilícita não é contemplada nas normas de restrição ao debate. Normas
de discutível constitucionalidade e que vêm sendo interpretadas restritivamente pelo STF.
Precedentes.
4. Extinta a ação de habeas corpus, quanto ao pedido de suspensão do julgamento pelo
Tribunal do Júri, por litispendência, e, de resto, negado provimento ao recurso.
(RHC 137368, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 29/11/2016,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-169 DIVULG 01-08-2017 PUBLIC 02-08-2017)
O juiz, que teve contato com o conteúdo 
da prova ilícita, pode julgar o caso?
Art. 157, §4º, CPP reformado: “O juiz que conhecer do conteúdo da prova
declarada inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão.” →
VETADO.
Cassio Scarpinella Bueno: não, pois o juiz perdeu a sua imparcialidade, p.
217.
Valoração da prova – Sistemas:
1. Sistema da tarifação legal;
2. Sistema do livre convencimento;
2.1. Sistema do livre convencimento motivado;
3. Sistema da persuasão racional – NCPC.
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do
sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de
seu convencimento.
Prova emprestada
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro
processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o
contraditório.
A) qualquer processo: trabalhista, criminal, administrativo;
B) determinação de empréstimo mesmo de ofício;
C) contraditório no processo de origem;
D) mesmas partes (?).
Valoração da prova emprestada:
Mesma natureza da prova no processo de origem (enunciado 52, FPPC).
Eficácia e 
aproveitabilidade da 
prova
Possibilidade de 
produção da prova no 
processo de destino
Cuidado: doutrina vs. STJ
A prova emprestada não pode se restringir a processos em que figurem
partes idênticas, sob pena de se reduzir excessivamente sua
aplicabilidade sem justificativa razoável para isso.
Quando se diz que deve assegurar o contraditório, significa que a parte
deve ter o direito de se insurgir contra a prova trazida e de impugná-la.
STJ. Corte Especial. EREsp 617.428-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em
4/6/2014 (Info 543).
Ação Probatória Autônoma
1. Antecipação de prova sem urgência
2. Direito autônomo à prova
3. Competência
4. Interesse de agir
5. Legitimidade
6. Natureza jurídica
7. Poderes de instrução do juiz
8. Defesa do demandado: amplitude
9. Sentença
10. Despesas e honorários
11. Sanções e responsabilidade civil
Referências básicas:
ARRUDA ALVIM, Teresa; DANTAS, Bruno; DIDIER JR., Fredie; TALAMINI, Eduardo
(Coord.). Breves comentários ao Novo Código de Processo Civil. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2015.
TALAMINI, Eduardo. Produção Antecipada de Prova no Código de Processo Civil de
2015. Revista de Processo. Vol. 260. Ano 2016, p. 75-101.
YARSHELL, Flávio Luiz. Antecipação da prova sem o requisito da urgência e direito
autônomo à prova. São Paulo: Malheiros, 2009.
1. Antecipação de prova sem 
urgência
NCPC – inovação: dispensa da urgência para a antecipação da prova.
Função: os interessados podem melhor avaliar suas chances e riscos em
disputa judicial.
De qualquer forma, a urgência ainda está mantida.
Doutrina:
“[...] evidencia-se assim que a prova, ainda que não perdendo seu caráter
de instrumentalidade, não se destina apenas à demonstração de fatos
dentro de um específico processo. Tem um papel que vai
muito além disso, ao fornecer previamente
balizas para as partes, [...]” – Talamini, p.2
NCPC – cabimento:
Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:
URGÊNCIA: I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou
muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação;
II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou
outro meio adequado de solução de conflito;
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o
ajuizamento de ação.
2. Direito autônomo à prova
... Com a desvinculação da urgência.
FUNDAMENTO: direito de ação – art. 5º, XXXV, CF.
Escopo social da jurisdição.
Maiores chances de:
1. o jurisdicionado propor uma demanda bem instruída,
2. não a propor ou
3. transigir.
CJF
Enunciado 129: É admitida a exibição de documentos como objeto de
produção antecipada de prova, nos termos do art. 381 do CPC.
3. Competência
Autonomia e desvinculação da ação que venha a ser proposta:
NCPC, 381, § 3o A produção antecipada da prova não previne acompetência do juízo para a ação que venha a ser proposta.
Prevalece a distribuição LIVRE!
Fundamentos para a distribuição 
livre:
i. Caráter não constritivo da medida;
ii. Ausência de juízo sobre o mérito da pretensão principal;
iii. Eventualidade de uma ação principal.
3.1 Competência de Foro
1. Aquele em que a prova deva ser produzida ou;
2. Aquele do domicílio do réu.
NCPC, 381, § 2o A produção antecipada da prova é da competência do
juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do foro de domicílio do réu.
Qual é mais conveniente?
3.2 Justiça Competente
NCPC, 381, § 4o O juízo estadual tem competência para produção
antecipada de prova requerida em face da União, de entidade autárquica ou
de empresa pública federal se, na localidade, não houver vara federal.
Inspiração: CF, 109, §3º.
Art. 109, CF
§ 3º Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio
dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição
de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de
vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir
que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça
estadual.
4. Interesse de agir
Art. 382. Na petição, o requerente apresentará as razões que justificam a
necessidade de antecipação da prova e mencionará com precisão os fatos sobre
os quais a prova há de recair.
A prova será desnecessária:
I. Quando a própria parte puder obtê-la extrajudicialmente;
II. Art. 374, NCPC;
III. Art. 376, NCPC.
Memo
• Art. 374. Não dependem de prova os fatos:
• I - notórios;
• II - afirmados por uma parte e confessados pela 
parte contrária;
• III - admitidos no processo como 
incontroversos;
• IV - em cujo favor milita presunção legal de 
existência ou de veracidade.
• Art. 376. A parte que alegar direito municipal, 
estadual, estrangeiro ou consuetudinário 
provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz 
determinar.
“É certo que a necessidade da prova – não apenas da antecipação – depende
da exposição de um substrato fático mínimo e coerente com a medida que
se quer produzir. [...]
Eventual deficiência na narrativa dos fatos que se quer investigar interfere com
a antecipação porque, na verdade, prejudica a admissibilidade da prova.
A atividade probatória representa – [...] – forma de invasão na esfera individual,
a impor restrições a direitos como o sigilo, a intimidade, a privacidade, a
inviolabilidade domiciliar e até mesmo a propriedade.” – Yarshell – Breves
comentários ao NCPC, p. 1031.
E se já houver processo em curso, 
pode-se aplicar o 381?
Não, se já houver processo em curso e houver necessidade da antecipação
de uma prova, aplica-se o 139, VI, NCPC:
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código,
incumbindo-lhe:
VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos
meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a
conferir maior efetividade à tutela do direito;
5. Citação de terceiros
NCPC, 382, § 1o O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a
citação de interessados na produção da prova ou no fato a ser
provado, salvo se inexistente caráter contencioso.
Função?
Terceiro juridicamente interessado
• NCPC, 382, § 3o Os interessados poderão requerer a produção de
qualquer prova no mesmo procedimento, desde que relacionada ao
mesmo fato, salvo se a sua produção conjunta acarretar excessiva
demora.
6. Natureza jurídica DÚPLICE
OBJETO DO PROCESSO: pretensão à produção de determinada
providência de instrução.
ELEMENTOS:
1. Exposição dos fatos que constituem o objeto da prova;
2. Meios de prova adequados a esse escopo.
AUTOR DEFINE ESSES ELEMENTOS INICIALMENTE APENAS.
É exercício do direito de ação.
“A duplicidade, então, consiste no seguinte: as peculiaridades da atividade
probatória, se não são aptas a automaticamente fazer do autor um réu, tornam
irrelevante a distinção entre eles: a prova requerida pelo demandante valerá
e produzirá efeitos tanto para ele quanto para o demandado. A prova
requerida por iniciativa do autor poderá, quanto ao respectivo conteúdo, vir a
favorecer o réu sem que, para qualquer uma dessas situações, tenha sido
necessário que o demandado alargasse o objeto do processo, deduzindo
outro pedido.” – Yarshell, Breves Comentários, p .1038.
Assim...
• Princípio da comunhão da prova: ela a interessa não apenas por
quem a requereu, mas também ao adversário.
• Art. 382, § 4o Neste procedimento, não se admitirá
defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir
totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.
Natureza jurídica:
Procedimento sumário: a ponto de excluir contestação e recursos;
Cognição sumária horizontal (o juiz não se pronuncia sobre o mérito da pretensão
ou defesa para a qual a prova poderá futuramente servir);
Cognição sumária vertical (o juiz averigua superficialmente o pressuposto para
antecipar a prova).
Caso Prático:
O “Condomínio Edifício Caio”
sofre com rachaduras,
infiltrações e outros defeitos em
suas instalações do prédio e
ajuíza produção antecipada de
prova pericial.
Figura como ré a “Construtora
Tício”, responsável pela
edificação, a qual acompanha a
realização da prova.
Esta Foto de Autor Desconhecido 
está licenciado em CC BY-SA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9dio_Coutinho
https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/
Após proferimento de decisão dando por encerrada a produção antecipada da
prova, o condomínio ajuíza ação contra a “Construtora Tício” e “Incorporadora
Mévio”, que comercializou as unidades do empreendimento, e pede antecipação
de tutela louvando-se do laudo pericial como “prova inequívoca da verossimilhança
da alegação”, e alegando a urgência manifesta em realizar os reparos.
Condomínio
Construtora e 
Incorporadora
Pergunta-se:
O juiz defere a providência, e a
“Incorporadora Mévio” se dá por
citada e alega a nulidade da prova
pericial e a revogação da antecipação
de tutela.
Como deve proceder o juiz?
Art. 382. 
§ 1o O juiz determinará, 
de ofício ou a 
requerimento da parte, a 
citação de interessados 
na produção da prova ou 
no fato a ser provado, 
salvo se inexistente 
caráter contencioso.
Doutrina:
“Deve ser incluído no polo passivo, como réu, todo aquele contra o qual se possa
pretender futuramente, de algum modo, utilizar a prova. Por mais incerto e
eventual que seja o uso futuro da prova em outro processo, cabe observar esse
parâmetro. A prova produzida sem a presença do adversário é
despida de valor, não sendo admissível no processo
subsequente.”, Talamini, p.7.
7. Poderes de instrução do juiz
“[...] tanto que requerida em juízo a antecipação da prova, há margem para que o
juiz eventualmente alargue o rol de medidas de instrução, desde que
mantidos os limites fáticos estabelecidos pelas partes [...].” – Yarshell, Breves
Comentários, p. 1041.
Sugestão de leitura: BARBOSA MOREIRA, José Carlos. 
http://www.emerj.tjrj.jus.br/revistaemerj_online/edicoes/revista24/revista24_55.pdf
8. Defesa do demandado: amplitude
382, § 4o Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra
decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente
originário.
Justificação: 382, § 2o O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a
inocorrência do fato, nem sobre as respectivas consequências jurídicas.
Interpretação conforme a CF, art. 5º, LIV e LV: não há defesa para valoração de fato
e mérito, apenas. Matérias como incompetência, ilegitimidade, falta de interesse
podem ser alegadas.
A suposta proibição de defesa 
deve ser compreendida apenas 
como:
I. Ausência de uma via específica para formulação de contestação;
II. Não cabimento de discussão sobre o mérito da pretensão para a qual a prova
pode servir no futuro.
TEMAS DE “DEFESA”:
a. Arguição de incompetência:
Incompetência absoluta: o juiz pode conhecer de ofício, cabendo provocação deexame do tema pela parte interessada.
Incompetência relativa: 5 dias.
Art. 218. § 3o Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5
(cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.
b. Arguição de impedimento ou suspeição:
Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte
alegará o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do
processo, na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com
documentos em que se fundar a alegação e com rol de testemunhas.
IMPEDIMENTO: matéria de ordem pública.
c. Arguição de ilegitimidade para a causa:
Matéria de ordem pública.
O réu tem o direito de usar os mecanismos do arts. 338 e 339, NCPC.
Casuística:
Contestação. “Se no pedido de medida cautelar de vistoria ad perpetuam rei
memoriam o contestante alega, preliminarmente, ilegitimidade de parte passiva,
deve o magistrado, desde logo, proferir decisão a respeito.” (RT 519/169)
Participação no procedimento de produção 
de prova:
Na prova pericial, tem o réu o direito de formular quesitos, indicar
assistentes técnicos, impugnar quesitos do autor, etc?
Na prova testemunhal, tem o direito de apontar a incapacidade,
impedimento ou suspeição de testemunha, formular perguntas, etc?
8.1 Recurso
382, § 4o Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra
decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente
originário.
Premissa legal: o deferimento da prova não pode acarretar prejuízo ao
demandado, como violação de sigilo, intimidade e privacidade→ Falso.
Interpretação deve ser feita à luz da CF.
Só não há interesse recursal para tratar de aspectos relativos à valoração da
prova ou ao mérito da decisão.
Cabe AI? Doutrina (Yarshell):
“...no curso do processo é possível, em tese, que haja atos de caráter decisório –
sobre competência, composição da relação processual, de deferimento ou
indeferimento de quesitos, de nomeação de perito incapaz ou suspeitos, ... a gerar
prejuízo imediato e não apenas potencial...”
“Eles ensejarão recurso de agravo na forma de instrumento, pela simples razão de
que, como a sentença nada resolverá sobre o mérito, isso tende a tornar
realmente desnecessário eventual recurso de apelação; donde não haver como
concentrar a impugnação para o final. Nem seria sustentável – porque irracional –
que o autor tivesse a faculdade e ônus de apelar exclusivamente para suscitar as
irregularidades cometidas ao longo do processo.” 1042
Essa posição é compatível com o NCPC 1.015?
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de
cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
9. Sentença
A. Declara a regularidade da prova produzida;
B. Constitui a prova para eventual uso subsequente.
9. Sentença
• Art. 383. Os autos permanecerão em cartório durante 1 (um) mês para extração
de cópias e certidões pelos interessados.
• Parágrafo único. Findo o prazo, os autos serão entregues ao promovente da
medida.
Art. 382. § 2o O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do
fato, nem sobre as respectivas consequências jurídicas.
O juiz limita-se a “homologar” a prova produzida.
A validade e a eficácia da prova não dependem de homologação e duram por
tempo indefinido.
10. Despesas e honorários
• Não há regra específica. Aplica-se a regra geral (Yarshell):
• Art. 82. § 2o A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas
que antecipou.
• PREMISSAS IMPORTANTES:
i. A demanda probatória goza de autonomia;
ii. Tem caráter dúplice;
iii. Não consiste em “mero” procedimento de jurisdição voluntária.
Casuística – em sentido oposto:
• Honorários de advogado. São indevidos os honorários advocatícios na produção
antecipada de prova, vez que, se tratando de providência destinada à colheita de
prova cuja verificação posterior possa tornar-se impossível ou difícil, inexiste
litígio ensejador da sucumbência.
• STJ, Resp 39441.
• Enunciado 118, CJF: É cabível a fixação de honorários advocatícios na ação de
produção antecipada de provas na hipótese de resistência da parte requerida na
produção da prova.
10. Despesas e honorários – SOLUÇÃO?
i. Repartir as despesas;
ii. Atribuir a cada parte o ônus de suportar a verba honorária de seu advogado.
Pré-constituição da prova
Pode o requerente querer constituir uma prova para utilizar 
em processo futuro que só admite prova documental, p.ex.? 
Caso: Mandado de Segurança, monitória, obtenção de tutela de evidência.
Sobre o tema: Ação Monitória
Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova
escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz:
I - o pagamento de quantia em dinheiro;
II - a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel;
III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer.
§ 1o A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, produzida
antecipadamente nos termos do art. 381.
Empréstimo da prova produzida 
antecipadamente
Quando utilizada em processo subsequente, a prova entra como emprestada: 372.
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o
valor que considerar adequado, observado o contraditório.
No 2º processo, a prova tem forma documental, mas preserva seu valor originário de pericial,
testemunhal, etc.
Para que se admita seu empréstimo, a prova precisa ter sido produzida em regime de contraditório.
Casuística:
Prova pretendida por condôminos contra construtora de edifício. É cabível a
produção antecipada de prova pericial para a constatação de defeitos de
construção de edifício de habitação coletiva, logo após a conclusão das obras, de
sorte a não confundi-los com os decorrentes de uso, pelos condôminos, das
respectivas unidades habitacionais. (STJ, 3ª T, Resp 11670-SP)
Efeitos da propositura da demanda
• Interrupção da prescrição (STF-STJ)
• Constituição em mora (em certos casos)
Pontos de atenção (1) – Art. 381, CPC
Produção 
antecipada da 
prova
Inversão do ônus 
da prova...
...quando da 
propositura da 
demanda (Bonizzi)
Esse mecanismo probatório tem sido utilizado?
Poderiam 
mecanismos de 
incentivos 
econômicos 
estimular o uso do 
art. 381, CPC?
Prova indiciária 
•Inquérito Civil: procedimento investigatório: não é possível
identificar nulidades aptas a maculá-lo
•Obs: não há nulidade, mas a prova indiciária recebe maior ou
menor consideração de acordo com as circunstâncias em que
foi tomada
Decisões interlocutórias e prova:
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que
versarem sobre:
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;
Meios de prova
Típicos: aqueles previstos pelo legislador.
O rol é taxativo?
Não, há meios de prova atípicos:
1. Parecer de jurista e professor de direito;
2. Estatística ou prova científica (William Santos Ferreira);
3. Depoimento por iniciativa da própria parte;
4. Carta psicografada,etc.
Ata notarial – art. 384, NCPC
• CPC/73 – meio atípico de prova + Lei n. 8.935/94;
• NCPC – prova típica.
• Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.
• Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos
poderão constar da ata notarial.
• Ex: área física ou internet.
• Não há juízo de valor pelo tabelião.
Vantagens da ata notarial:
1. Fundamentar o pedido liminar para concessão de tutelas de urgência e de evidência (art. 311, II e
III, CPC).
2. Prova de relações virtuais, aplicativos, etc.
3. Mensagens de voz de whatsapp.
4. Ligação feita no cartório e transcrição da conversa – seria ilícita?
5. Vistoria de lugares: contratos de locação.
6. Imagens captadas por um drone? Possível?
7. Reunião de condomínio.
Depoimento pessoal
• Oitiva das próprias partes pelo juízo;
• Pode gerar a confissão → intimação deve ser pessoal;
• Prova oral→ AIJ, como regra geral;
• Pedido do depoimento pessoal é feito pela outra parte;
• PERGUNTA: pode um litisconsorte pedir o depoimento pessoal do outro? Sim, nos termos do
Enunciado 584, FPPC.
Diferenciações importantes
INTERROGATÓRIO DEPOIMENTO PESSOAL POR 
INICIATIVA DA PARTE
DEPOIMENTO PESSOAL
Oitiva da parte Oitiva da parte Oitiva da parte
Determinada pelo juiz, de 
ofício ou mediante 
provocação
Espontânea Pedido deve ser feito pela 
outra parte
Pode ocorrer em qualquer 
momento do processo
Qualquer momento Regra geral, ocorre na AIJ
Não gera a pena de confesso Não gera pena de confesso Pode gerar a confissão
Art. 139, VIII, e artigo 385, CPC Prova atípica Arts. 385 a 388, CPC
Confissão
• Admissão pela parte da verdade de um fato contrário ao seu interesse e favorável ao adversário;
• Meio de prova típica: arts. 389 a 395, CPC;
• Há relação entre a confissão de uma parte e a prestação de tutela jurisdicional em favor 
da outra? A confissão é a “rainha das provas”?
• Ex: art. 1.602, CC → é insuficiente a confissão da mãe para excluir a paternidade.
Efeitos da confissão e 
litisconsórcio:
• Autonomia para a prática de condutas entre os litisconsortes: condutas
alternativas e determinantes;
• Litisconsórcio simples x unitário.
Condutas alternativas vs. Condutas determinantes
CONDUTAS DETERMINANTES CONDUTAS ALTERNATIVAS
Leva a uma situação desfavorável. A parte busca uma melhora da sua situação 
processual.
Alternativa: o resultado pode não ocorrer, mas é o 
que se busca.
Confissão, revelia, reconhecimento de procedência 
do pedido, renúncia ao direito sobre o qual se funda 
a demanda, etc.
Recorrer, contestar, fazer prova, etc.
Regra – A conduta determinante de um 
litisconsorte não pode prejudicar o outro, 
qualquer que seja o regime do litisconsórcio
Unitário: a conduta será TOTALMENTE ineficaz;
Simples: somente prejudica aquela que a praticou.
Exibição de documento ou coisa – arts. 396, ss, CPC:
• Documentos ou coisas em poder de terceiro ou da parte contrária: multa cominatória 
ou medidas atípicas podem ser determinadas.
• O que fazer nos casos em que a exibição de documento ou coisa precisa 
anteceder o início do processo?
1. Procedimento da tutela provisória de urgência antecipada antecedente ou cautelar 
antecedente;
2. Produção antecipada de prova;
3. Procedimento de exibição de prova ou coisa – arts. 397 e ss, CPC – Cassio S. 
Bueno.
Prova documental
• Força probante dos documentos;
• Momento de produção;
• Arguição de falsidade:
• Art. 430. A falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no
prazo de 15 (quinze) dias, contado a partir da intimação da juntada do
documento aos autos.
• Parágrafo único. Uma vez arguida, a falsidade será resolvida como questão
incidental, salvo se a parte requerer que o juiz a decida como questão
principal, nos termos do inciso II do art. 19.
• Abolição da ação declaratória incidental de falsidade de documento!
Prova para comprovar a (não) falsidade: ela 
pode ser dispensada?
• Art. 432. Depois de ouvida a outra parte no prazo de 15 (quinze) dias, será
realizado o exame pericial.
• Parágrafo único. Não se procederá ao exame pericial se a parte que produziu o
documento concordar em retirá-lo.
• VERDADEIRO NJP UNILATERAL.
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE 
JURISDIÇÃO CONTENCIOSA –
DAS AÇÕES DE FAMÍLIA
Previsão legal:
Arts. 693, SS, NCPC
Sem correspondência no CPC 
de 1973.
Por que criar um rito especial? 
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-ND
http://www.ufrgs.br/vies/vies/vem-pro-time-dos-viloes-voce-tambem/
https://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/
Quero te 
ouvir!
http://bit.ly/
acoesdealimentos
http://bit.ly/acoesdealimentos
http://bit.ly/acoesdealimentos
Cabimento:
Art. 693. As normas deste Capítulo aplicam-se aos processos contenciosos de divórcio,
separação, reconhecimento e extinção de união estável, guarda, visitação e filiação.
Parágrafo único. A ação de alimentos e a que versar sobre interesse de criança ou de
adolescente observarão o procedimento previsto em legislação específica, aplicando-se,
no que couber, as disposições deste Capítulo.
→ Lei de Alimentos – Lei 5.478/69
→ ECA – Lei 8.069/90
Alienação parental:
• Art. 699. Quando o processo envolver discussão sobre fato relacionado a abuso
ou a alienação parental, o juiz, ao tomar o depoimento do incapaz, deverá
estar acompanhado por especialista.
• Lei 12.318 de 2010 – dispõe sobre a alienação parental.
Recomendação de leitura:
• O Novo CPC e o Direito de Família: Primeiras Impressões
• Por Pablo Stolze
• http://salomaoviana.jusbrasil.com.br/artigos/195620876/o-novo-cpc-e-o-
direito-de-familia-primeiras-impressoes
• Acesso em: 28 de agosto de 2018.
http://salomaoviana.jusbrasil.com.br/artigos/195620876/o-novo-cpc-e-o-direito-de-familia-primeiras-impressoes
Prova e intervenções de 
terceiros
Nova intervenção de terceiros : amicus curiae
Amicus 
curiae
Prova 
pericial
Amicus Curiae (art. 138 NCPC) 
• Não é uma figura nova.
• Direito romano.
• Já havia previsão legal: ADI, ADPF, p.ex.
• Novidade: o instituto espraia-se para todo o processo civil.
• NCPC – 138: intervenção de terceiros!
• É preciso demonstrar interesse jurídico? Não. 
• Deve demonstrar representatividade sobre a matéria.
• “Interesse institucional” – Cássio. S. Bueno.
Objetivos do AC:
➢As decisões judiciais, ainda que individuais, têm reflexo para toda a
sociedade.
➢Aumento de força dos julgados dos Tribunais.
➢Ampliar a legitimidade democrática da decisão judicial ministrando
elementos importantes para julgamento.
➢Ouvir e trazer para o processos outros aspectos da demanda.
Cabimento em qualquer processo, desde 
que haja: 
i) relevância da matéria e ii) a especificidade do tema objeto da 
demanda ou 
a repercussão social da controvérsia 
Texto da lei:
Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a
especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social
da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a
requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se,
solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica,
órgão ou entidade especializada, com representatividade
adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.
• (espontânea ou provocada): 
• pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada 
c/representatividade adequada 
Legitimidade
Diferenças 
• a) MP como fiscal (sem interesse no resultado do julgamento +
órgão opinativo + poderes mais amplos que o amicus)
• b) Assistente (com interesse no resultado do julgamento + poderes
mais amplos que o amicus)
Poderes (art. 138, §§ 2º e 3º, NCPC)
1. o juiz define + não pode recorrer (salvo IRDR) 
2. não se altera competência.
3. Pode opor embargos de declaração.
• Ex: processo na estadual → União intervém: não há deslocamento para a 
federal.
Art. 138 NCPC. O juiz ou o relator, considerando a relevânciada
matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão
social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a
requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar
ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou
entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo
de 15 (quinze) dias de sua intimação.
Art. 138,
• § 1o A intervenção de que trata o caput não implica alteração de
competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a
oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3o.
• § 2o Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a
intervenção, definir os poderes do amicus curiae.
• § 3o O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente
de resolução de demandas repetitivas.
Cabe agravo de instrumento pelo AC?
• Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que 
versarem sobre:
• IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
• Cf. STF, ADPF 187/DF – Amicus curiae pode recorrer da decisão que haja 
denegado seu pedido de admissão no processo.
O AC tem direito a remuneração?
• Não é parte.
• Não é contemplado no dispositivo da sentença.
• Não responde por custas, ônus, honorários.
Cabe a intervenção de AC nos procedimentos 
especiais em que há vedação de intervenção 
de 3os?
• Sim. “O veto deve ser interpretado como aplicável apenas às 
formas de intervenção em que o 3º torna-se parte ou assume 
subsidiariamente os poderes de parte.” – p. 440 – CPC 
comentado – Eduardo Talamini.
• Cabe, assim, AC em processo dos Juizados e em MS!
Amicus X Perito
• Art. 464. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.
• § 2o De ofício ou a requerimento das partes, o juiz poderá, em substituição à
perícia, determinar a produção de prova técnica simplificada, quando o ponto
controvertido for de menor complexidade.
• § 3o A prova técnica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialista,
pelo juiz, sobre ponto controvertido da causa que demande especial
conhecimento científico ou técnico.
• § 4o Durante a arguição, o especialista, que deverá ter formação acadêmica
específica na área objeto de seu depoimento, poderá valer-se de qualquer recurso
tecnológico de transmissão de sons e imagens com o fim de esclarecer os pontos
controvertidos da causa.
Produção de prova técnica simplificada
• O perito e a perícia são, portanto, inevitáveis naquelas causas em que o
conhecimento técnico e científico, necessários ao julgamento, ultrapassam
aqueles que podemos exigir de uma pessoa com nível médio de instrução.
• O juiz nomeia o perito, este afirma se aceita a incumbência, estipula seus
honorários, as partes se manifestam sobre o valor, podendo impugná-lo,
depois têm prazo para recolher a quantia, para formular quesitos e apresentar
assistente técnico, depois podem impugnar os quesitos da parte contrária,
sendo o juiz chamado a decidir a impugnação...
• Isso tudo, evidentemente, sem levar em consideração a possibilidade de a
parte pedir a destituição do perito e a produção de nova prova pericial…
• Ufa! Complexo, caro e demorado!
O perito-testemunha no Novo CPC: uma boa ideia -
http://jota.info/artigos/o-perito-testemunha-no-novo-cpc-uma-boa-ideia-01022016#.WKEAAgkeFDs.email
• Temos aqui, ao menos nesse ponto, uma racional simplificação
da técnica processual, associada a recursos tecnológicos.
• Uma novidade a ser comemorada e que, talvez não seja
suficiente para acalmar as águas do maremoto da (in) Justiça,
vem como um pequeno alento.
http://jota.info/artigos/o-perito-testemunha-no-novo-cpc-uma-boa-ideia-01022016#.WKEAAgkeFDs.email
Compartilhamento de prova
I. Regime processual experimental – Portugal
II. Regime de agregação e desagregação
III. Compartilhamento de prova.
IV. Brasil: tese doutrinária.
V. Questão de tempo?

Outros materiais