Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES Prof. Ricardo Rezende, D.S. Adaptado por: Juliana Schmidt Galera, Ma. PUC Goiás ENG 1920 – Análise Econômica de Investimentos Fonte: sites diversos Introdução 2 • Em maio de 2015, um estudo com 30 países de maior carga tributária no mundo, divulgado pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), mostra que o Brasil é o país onde os impostos arrecadados menos se convertem em serviços para a população • O IRBES - Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade, criado pelo IBPT, relaciona carga tributária (CT) à riqueza gerada (PIB), isto é, aquilo que se paga frente ao bem estar gerado por isto na população • É a 6ª vez consecutiva que o Brasil aparece em último no ranking Fonte: Cálculo do IRBES. IBPT, 2015 Introdução 3 • A carga tributária é a relação % obtida pela divisão do total geral da arrecadação de tributos do país em todas as suas esferas (federal, estadual e municipal) em um ano, pelo valor do PIB, ou seja, a riqueza gerada durante o mesmo período de mensuração do valor dos tributos arrecadados, sendo, como exemplo, no Brasil: 4 5 6https://impostometro.com.br/Noticias/Interna?idNoticia=42 7 Impostos, taxas e contribuições • Embora possam parecer sinônimos, não são • Todo imposto é um tributo, mas nem todo tributo é um imposto; os tributos englobam também taxas e contribuições • Na prática, no entanto, todo tributo é imposto ao cidadão. Ou seja, é uma arrecadação obrigatória e impositiva, ainda que sejamos todos chamados de contribuintes • Resumindo: taxa, imposto e contribuição são todos tributos, porém cada um, diferente em sua essência http://especiais.g1.globo.com/economia/2015/quanto-pagamos-de-impostos/ 8 Impostos, taxas e contribuições http://especiais.g1.globo.com/economia/2015/quanto-pagamos-de-impostos/ 9 10 Impostos, taxas e contribuições http://especiais.g1.globo.com/economia/2015/quanto-pagamos-de-impostos/ • No Brasil, a tributação sobre consumo pesa mais do que a sobre renda e patrimônio. Para tributaristas, esse modelo é injusto, pois recai de modo igual sobre ricos e pobres 11 Impostos, taxas e contribuições • Quantos impostos, taxas e contribuição temos no Brasil: uma consulta rápida ao Portal Tributário (www.portaltributario.com.br) mostra uma lista de 92 tributos vigentes no país • Estes tributos estão divididos em três categorias: – Federais: destinados à união ou governo federal; – Estaduais: destinados aos governos dos estados; – Municipais: destinados aos governos municipais. http://www.portaltributario.com.br 12 Impostos, taxas e contribuições http://especiais.g1.globo.com/economia/2015/quanto-pagamos-de-impostos/ 13 Impostos, taxas e contribuições http://especiais.g1.globo.com/economia/2015/quanto-pagamos-de-impostos/ 14 Impostos, taxas e contribuições http://especiais.g1.globo.com/economia/2015/quanto-pagamos-de-impostos/ 15 Exemplos http://especiais.g1.globo.com/economia/2015/quanto-pagamos-de-impostos/ 16 Regime Tributário • No Brasil, existem 3 regimes de tributação: – Lucro Real – Lucro Presumido – Simples Nacional • Esta é uma questão inicial para o empreendedor pois este necessita escolher o regime de apuração de impostos que melhor se enquadra no seu negócio • É importante ressaltar incialmente que a escolha do regime tributário é feita pelo primeiro pagamento de IRPJ, sendo “irretratável” para todo o ano-calendário; no ano seguinte, a opção poderá ser outra, caso não esteja a empresa “obrigada” ao regime específico 17 Regime Tributário • Associada a este assunto, as atividades econômicas estão designadas por uma Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE • A CNAE abrange as 3 esferas de governo e está adequada à administração tributária • Atualmente, a estrutura da CNAE 2.1 é a seguinte: – 1º nível: 21 Seções – 2º nível: 87 Divisões – 3° nível: 285 Grupos – 4º nível: 673 Classes – 5º nível: 1.318 Subclasses 18 Regime Tributário • Acessando o site http://cnae.ibge.gov.br pode-se buscar a CNAE pelo código ou por palavra-chave - aba Atividade http://cnae.ibge.gov.br 19 Ou acessando a aba Estrutura e buscando pelas Seções/Divisões 20 Lucro Real • É a regra geral para a apuração do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica, onde essa apura o IRPJ determinado a partir do lucro contábil, acrescido de ajustes • Existem empresas obrigadas ao regime, mas o enquadramento também pode ser opcional • A opção obrigatória pelo Lucro Real ocorrerá se a receita bruta anual for superior a R$ 78 milhões no ano anterior, ou proporcional a R$ 6,5 milhões vezes o nº de meses, quando o período for inferior a 12 meses 21 Lucro Real • Além do critério da receita bruta anual, há 6 categorias de atividades obrigadas ao regime Lucro Real: – os bancos comerciais e de investimentos – as cooperativas, corretoras de títulos, previdência privada aberta – aquelas que usufruam de benefícios fiscais – as empresas de factoring (aquisição de direitos creditórios) – as que explorem compra, venda e loteamento de imóveis – as que tenham rendimentos provenientes do exterior 22 Lucro Real • Ao mesmo tempo que é o “regime geral” também é o mais complexo • Como o imposto é calculado sobre o lucro contábil mais os ajustes (= lucro real), na situação de prejuízo fiscal não haverá imposto de renda a pagar • Então, considerando apenas o IR, uma empresa que opera com prejuízo ou margem mínima de lucro poderá perceber vantagem neste regime; entretanto, também devem ser avaliados a CSLL, o PIS e o CONFINS 23 Lucro Real • De modo geral, a carga tributária é a seguinte: – IRPJ: 15% sobre lucro líquido – CSLL: 9% sobre lucro líquido – Cofins: 4% sobre faturamento – PIS: 0,65% sobre faturamento – ISS: 2% a 5% (conforme o município) – INSS: 26,2% sobre folha de pagamento 22,5% para pró-labore e autônomo – FGTS: 8% sobre folha de pagamento http://www.sincor.org.br/downloads/download_portugues_carga_tributaria_2013.pdf 24 Lucro Real • Há duas formas de apuração de IRPJ e CSLL: – Lucro real trimestral: nesta forma, há 4 períodos de apuração – 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro – Lucro real anual: a empresa recolherá o IRPJ e a CSLL com base na “receita bruta e acréscimos” ou com base no “balanço acumulado de redução e suspensão”. Tanto numa forma, como na outra, os valores recolhidos (em única apuração) serão considerados como “estimativa” (antecipação) do valor definitivo a ser apurado em 31 de dezembro 25 Lucro Presumido • É uma forma de tributação simplificada para o IRPJ e da CSLL das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas à apuração do lucro real • A pessoa jurídica pagará o imposto à alíquota de 15% sobre o lucro presumido, apurado de conformidade com o Regulamento do Imposto de Renda, incluindo a pessoa jurídica que explore atividade rural • Poderão optar pelo regime as PJ que, no ano-calendário anterior, tenham auferido receita bruta total igual ou inferior a R$ 78 milhões ou a R$ 6,5 milhões vezes o nº de meses, quando o período for inferior a 12 meses 26 Lucro Presumido • De modo geral, a carga tributária é a seguinte: – IRPJ: 3,3% sobre faturamento – CSLL: 2,88% sobre faturamento – Cofins: 4% sobre faturamento – PIS: 0,65% sobre faturamento – ISS: 2% a 5% (conforme o município) – INSS: 26,2% sobre folha de pagamento 22,5% para pró-labore e autônomo – FGTS: 8% sobre folha de pagamento http://www.sincor.org.br/downloads/download_portugues_carga_tributaria_2013.pdf 27 Lucro Presumido • Ao contrário do Lucro Real, o imposto de renda com base no Lucro Presumido é determinado por períodos de apuração trimestrais, encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano- calendário 28 Simples Nacional • Trata-se de um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresase Empresas de Pequeno Porte • Para ser optante do regime, a microempresa deve auferir em cada ano-calendário receita bruta igual ou inferior a R$ 360 mil e a empresa de pequeno porte superior a R$ 360 mil e igual ou inferior a R$ 4,8 milhões • Esse pode ser considerado como um regime favorecido devido a sua simplificação na hora de pagar os impostos; pagos em apenas uma taxa Le i C om pl em en ta r n º 12 3, d e 14 /1 2/ 2 00 6 29 Simples Nacional • O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, via documento único de arrecadação (DAS), dos tributos: – Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); – Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); – Contribuição para o PIS/Pasep; – Contribuição Patronal Previdenciária (CPP); – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). 30http://pt.slideshare.net/RafinhaMorawski/ndices-e-estatsticas-sobre-as-micro-e-pequenas-empresas-sebrae 31http://pt.slideshare.net/RafinhaMorawski/ndices-e-estatsticas-sobre-as-micro-e-pequenas-empresas-sebrae RECEITA BRUTA ANUAL R$81.000,00 (MÁX.) RECEITA BRUTA ANUAL R$360.000,00 (MÁX.) RECEITA BRUTA ANUAL R$4,8 M (MÁX.) 32h{p://pt.slideshare.net/RafinhaMorawski/ndices-e-estats}cas-sobre-as-micro-e-pequenas-empresas-sebrae 33http://pt.slideshare.net/RafinhaMorawski/ndices-e-estatsticas-sobre-as-micro-e-pequenas-empresas-sebrae 34http://pt.slideshare.net/RafinhaMorawski/ndices-e-estatsticas-sobre-as-micro-e-pequenas-empresas-sebrae 35http://pt.slideshare.net/RafinhaMorawski/ndices-e-estatsticas-sobre-as-micro-e-pequenas-empresas-sebrae 36h{p://pt.slideshare.net/RafinhaMorawski/ndices-e-estats}cas-sobre-as-micro-e-pequenas-empresas-sebrae 37 Simples Nacional • Apesar do número de optantes pelo programa ser grande, nem todas as empresas podem ser enquadradas • As alíquotas estão organizadas por meio de tabelas, específicas para cada grupo de atividades em anexos. • Obs – favor verificar na internet tabelas atualizadas e anexos (fontes confiáveis).
Compartilhar